Arquivos Catarinenses de Medicina 2003

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MOLA ALAR: CONTRIBUIÇÃO NO BALANÇO NASAL Nota prévia Autor : Osvaldo João Pereira Filho, M.D. Co-autores: Jorge Bins-Ely, Msc.- PhD. Alfredo Spautz Granemann, M.D. Lee Kuang Lee, M.D. Alexandre Bufon, M.D. Clinica Jane Cirurgia Plástica Centro Humanitas - Hospital Florianópolis Rua: Deputado Antônio Edu Vieira, 1414 Pantanal, Florianópolis SC - 88040-001 clinicajane@clinicajane.com.br

RESUMO

É demonstrado em caráter de nota prévia, a utilização do segmento cranial da cartilagem alar, que sofre uma rotação ascendente distal de 60 a 70o e é fixada sobre o respectivo ramo caudal previamente bipartido. Esta manobra adiciona conteúdo cartilaginoso contribuindo para aumento do lóbulo nasal e melhor definição da ponta. O procedimento é indicado para pacientes de pele espessa, usualmente oleosa, columela curta, pendente, com cartilagem alar de boa espessura. No período de 1998 a 2002 o procedimento foi realizado em 13 pacientes, com média de idade de 31 anos, sendo 5 homens e 8 mulheres com seguimento pós-operatório de 1 a 3 anos. A avaliação preliminar revela ser esta manobra cirúrgica, uma opção para tratamento de casos seletivos. ABSTRACT

In this study, it is investigated a 60 to 70o. rotation of the cranial part of the alar cartilage over the caudal segment in the nasal bulbous tip, after bipartition of the alar unit. Optimal result is achieved in patients with good thickness of the alar cartilage and consistent skin sleeve. This manoeuvre can add cartilaginous support enhancing the lobule/nostril relationship and better nasal tip profile. In this article it was indicated in 13 patients, mean age 31 years-old, 5 male and 8 female patients, follow-up varying from one to three years. The results were encouraging, opening the options of the specialist to indicate the procedure in selective cases INTRODUÇÃO

A ponta nasal torna-se um desafio em seu tratamento, quando envolta por um tegumento cutâneo espesso, próprio de pele oleosa, associada á columela Arquivos Catarinenses de Medicina - Volume 32 - Suplemento 01 - 2003

curta, pendente. Em busca da harmonia deste segmento muitas técnicas têm sido propostas(1-7). Contudo, todas possuem limitações inerentes, manifestadas por táticas complexas dificultando sua universalização pelos especialistas. Neste estudo, propomos o aproveitamento do segmento cranial da cartilagem alar, que é rodada distalmente sobre a partição cartilaginosa alar remanescente, criando-se um neo-dômus. Isto agrega volume ao lóbulo nasal, ângulo ao perfil, equilibrando a relação dorso-ponta. MÉTODO

Foram submetidos ao procedimento 13 pacientes no período de 1998 á 2002. O segmento pós-operatório variou de 1 á 3 anos. A média de idade dos pacientes foi 31 anos, sendo 5 pacientes do sexo masculino e 8 do sexo feminino. Técnica cirúrgica: Demarcação trans-cutânea com agulha 30x7 com azul de metileno, salientando dômus e o contorno das cartilagens alares. Infiltração de todo arcabouço nasal com xilocaína 1: 100.000 adrenalina. Incisão intercartilaginosa á 2mm da prega mucosa na válvula nasal interna. Incisão infra-cartilaginosa na borda anterior da cartilagem alar desde dômus até sua base. Descolamento da cartilagem alar com tesoura de ponta curva.e eversão do retalho bipedicular muco-cartilaginoso com pinça Kelly mosquito bilateralmente, com simetria. Divide-se a cartilagem alar como numa ressecção normal, mantendo-o fixado na linha do dômus. Roda-se a parte cranial do segmento alar-usalmente desprezado nas técnicas convencionais- em torno de 60 a 70 º sobre o terço superior da parte caudal remanescente, fixando-a com fio inabsorvível 5-0. Cria-se assim um neo-dômus, que devolvido á loja anatômica, dará volume e definição ao lóbulo nasal.(Fig. 1 e 2). 319


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