Arquivos Catarinenses de Medicina 2003

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OTOPLASTIA: REVISÃO DE UMA CASUÍSTICA Autor: Tasch, Patricia MD Co-autores: Scwartzman, Gilberto MD; Albers, Deivis H. MD; Alvarez, Suhira MD; Chrisóstomo, Paulo H. MD; Torres, Aryadne MD; Wobeto, Rodrigo MD Instituição: Residência de Cirurgia plástica do Hospital Cristo Redentor R. Domingos Rubbo,20 Porto Alegre RS email: dhalbers @hotmail.com DESCRITORES: otoplastia , orelha proeminente KEY WORDS: otoplasty, proeminent ear

RESUMO

Concorre à cirurgia plástica, a remoção cirúrgica da orelha proeminente, restituindo a harmonia da forma e reintegrando o indivíduo ao convívio social . Referenciamos a técnica de Stenströn, defendida em 1963, que modificou o conceito do comportamento da cartilagem conchal quando escarificada , conceito este fundamentado em Gibson. Relatamos uma seqüëncia de quarenta e sete ( 47 ) casos realizados no Hospital cristo Redentor, com técnica mista ( Stenströn associada a rotação conchal), com obtenção de excelentes resultados. ABSTRACT

Plastic surgery is credited with the correction of the protruding ear, making beneficial changes on patient s self image. We make reference to the Stenströn technique that was described in 1963 and brought a new concept on conchal cartilage s physical and phisiological changes.We also consider the use of this technique associated to conchal rotation procedures. Fourty seven ( 47 ) cases have been treated by this method at Hospital Cristo redentor, wich is described herein. INTRODUÇÃO

Orelha saliente, também comumente referida como orelha em abano ,protui excessivamente da superfície temporal da cabeça. Esta protusão é definida, em termos de distâncias e ângulos. A orelha externa normal forma um ângulo de aproximadamente 21o a 25o com o couro cabeludo temporal.Quando este ângulo se torna mais obtuso ( maior que 25o ) pode causar orelhas mais aparentes nas vistas posterior e anterior.(1) 198

Embora DIEFFENBACH geralmente tenha os créditos por ter realizado a primeira correção de uma orelha proeminente em 1845, sua técnica foi usada para correção de uma deformidade pós-traumática. A primeira otoplastia eletiva foi realizada por ELY em 1881(1). O plano cirúrgico final, para otoplastia, é uma seleção de procedimentos, baseados em parte no diagnóstico anatômico da deformidade e em parte na preferência pessoal do cirurgião(2). Cada paciente necessita de avaliação individual para determinar qual técnica é melhor para as necessidades específicas da deformidade. Nem toda orelha proeminente necessita de excisão de concha, sutura de Mustardé ( conchoescafóidea), suturas conchoescafóideas ou abrasão da superfície anterior da antihélice. A maioria, entretanto , necessita de alguma combinação destas técnicas para conseguir os objetivos desejados da otoplastia. A maioria dos procedimentos de otoplastia inclui uma manobra para recriar o sulco da anti-hélice(1). Dentro das inúmeras técnicas desenvolvidas ao longo dos tempos desde DIEFFENBACH, STENSTRON (1963) é um dos procedimentos mais populares e foi um dos pioneiros em aplicar o princípio de Gibson na otoplastia, através de uma incisão pós-auricular, quando uma raspa de orelha é usada para modelar a superfície anterior da anti-hélice e recriar o sulco da mesma. (1,3,4,5) OBJETIVOS

A otoplastia tem como objetivo a produção de uma dobra bem definida de anti-hélice, redução da concha e um ângulo conchoescafóide de 90o . A extensão em que cada um desses objetivos é buscada depende da gravidade de características específicas da deformidade . Arquivos Catarinenses de Medicina - Volume 32 - Suplemento 01 - 2003


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