Patricia Moura
Patrícia Maria Gomes Maranhão de Araújo ou, sim- e identidade, começando assim a transformar e plesmente, Tita Araújo, é uma ex dona de casa re- embelezar com técnicas de pintura, envelhecimencifense que está chegando aos 50 anos com todo to e decoupage, os mais inusitados objetos do noso frescor da vida, representando muito bem o novo perfil da mulher madura contemporânea que cada vez mais vem trocando o conforto e comodidade de uma boa cadeira de balanço por uma vida cheia de atividades e compromissos, visando a construção dos seus sonhos e abrindo espaço no mercado de trabalho, focando não só o prazer da realização pessoal, mas também o profissional, através da geração de sua própria renda. Há dez anos, quando vivia em São Paulo, a então dona de casa, despretensiosamente, resolveu participar de alguns cursos de pintura em cerâmica e madeira. Dois anos mais tarde, sentiu que estava prota para desenvolver um trabalho com conceito
so cotidiano, seja desde panelas velhas, quenga de coco ou galochas à garrafa do espumante que alguém consumiu para festejar uma ocasião especial. Isso sem falar nos móveis, mesas, consoles, cadeiras, que ganham nova roupagem e um charme todo especial através da flores que povoam o universo de Tita Araújo, que mais parece uma criança eufórica apontando um novo presente, quando mostra e conta as tantas histórias dos objetos garimpados pela vida afora, seja aqui noBrasil ou em viagens internacionais. Tita é uma espécie de garimpeira com olhos clínicos à cata do que, para a maioria dos desatentos, não passaria de lixo natural, doméstico ou industrial e aí vive um dos grandes prazeres da artista: Restaurar e resgatar histórias de vida através de objetos que aparentemente perderam a utilidade e foram descartados.