Potência HMNews - Edição 105 - agosto de 2014

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CADERNO

Caderno Ex

ATMOSFERAS Áreas classificadas em edificações de EXPLOSIVAS

pequeno porte também exigem trabalho de prevenção

Agosto’2014

Plugues e tomadas industriais Fabricantes esperam por retomada econômica para que negócios voltem a aquecer

A N O 11 N º 10 5

Elétrica, Iluminação, Automação, Sustentabilidade e Sistemas Prediais

Revisão da ANO 11 – Nº 105 • Potência

ABNT NBR 5419

Depois de quase dez anos de trabalho, novo texto da norma para a proteção de estruturas contra descargas atmosféricas vai para consulta nacional. Mais completo e detalhado, documento tende a elevar nível dos projetos nessa área

Entrevista José Roberto Muratori, da Aureside, fala sobre o bom momento vivido pela área de automação predial no Brasil






sumário

Foto: DollarPhotoClub

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José Roberto Muratori, diretor-executivo da Aureside, fala sobre o bom momento vivido pela área de automação predial no Brasil, que tem crescido de forma consistente nos últimos anos.

20 matéria de capa Depois de quase uma década de trabalho, novo texto da ABNT NBR 5419 segue para consulta nacional. Mais completo e detalhado, documento para a proteção de estruturas contra descargas atmosféricas tende a elevar nível dos projetos nessa área.

32 evento enie

Público qualificado chama a atenção dos expositores em mais uma edição do Encontro Nacional de Instalações Elétricas, ocorrido em São Paulo no final de agosto.

46 mercado

Outras seções 07 › ao leitor 08 › Ponto de vista 14 › Holofote 56 › Painel de produtos 58 › espaço abreme 78 › Radar panduit

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82 › Radar cummins 84 › economia 88 › opinião 90 › vitrine 96 › link direto 98 › agenda

Fabricantes de plugues e tomadas industriais esperam por retomada econômica do País para que vendas de produtos voltem a crescer.

62 evento Abraceel

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Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia defende o direito de livre escolha do consumidor pelo seu provedor de energia elétrica.

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Nem sempre percebidas, áreas classificadas em edificações de pequeno porte também exigem trabalho sério de prevenção.

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Uma nova etapa

ao leitor

Durante dez anos, e 104 edições, a Revista Potência foi editada e publicada pela Grau 10 Editora. Foi uma década de trabalho intenso em que a revista ocupou espaços e construiu um nome forte no setor eletroeletrônico, conquistando o respeito de fontes, leitores e anunciantes. Agora, a revista entra em uma nova fase. Não de ruptura, mas de continuidade! A edição que chega às suas mãos é a primeira sob a direção da HMNews Editora e, mais que o nome Potência, ela traz o histórico e a credibilidade adquirida ao longo do tempo. O momento é de renovar as forças e seguir em frente. E com o total apoio da Grau 10 Editora, na figura de Beth Bridi, sua diretora, que foi responsável, junto com o eterno Habib Bridi, pela idealização e lançamento de uma revista que tinha a ambição de tratar da área elétrica com um enfoque diferente, voltado mais para o mercado. Ao transferir a Potência para nossas mãos, Beth não efetuou uma transação comercial. Ela nos ajudou a realizar um sonho, ou melhor, dois sonhos. E por isso somos muito gratos. Assim como somos gratos aos parceiros da revista, que entenderam nossa nova fase e permaneceram a nosso lado: A Abreme, que está com a Potência desde a primeira edição; e a ABPEx, que se juntou à publicação no meio da caminhada. Assumimos a revista cheios de energia e com a responsabilidade de manter e elevar o nível de suas reportagens. Sempre inovando e se reinventando. Uma ação importante já nessa primeira edição sob a nova direção é a formalização de uma parceria com a Aureside, que é a principal associação ligada à área de automação predial e residencial no Brasil. A partir de agora, as empresas e leitores dessa área terão um espaço para encontrar informações sobre o setor e divulgar seus produtos e marcas. Com a qualidade característica da revista Potência. No entanto, a principal novidade nesse momento é a imediata integração entre a revista Potência e o Portal HMNews, que está há dois anos no mercado e se tornou referência na produção e divulgação de conteúdo de qualidade na internet para a área elétrica. Juntos, Portal e Revista unem informação, credibilidade e um poder de cobertura enorme. Sejam bem-vindos à nova Potência!

Hilton Moreno e Marcos Orsolon

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E X P E D IE N TE ponto de vista

A história continua! Uma história é contada através de episódios marcantes, motivadores, desafiadores... É assim que se constrói uma trajetória, especialmente as de sucesso. A revista Potência traçou seu caminho de uma década encarando desafios e conquistando espaços. Agora inicia um novo e importante capítulo. Além de comemorar a entrada em seu 11º ano de vida, esta edição da Potência marca uma nova fase, com novos desafios, nova gestão, novos planos e muitos ideais. É também a minha despedida neste espaço. A credibilidade conquistada nestes anos, o respeito com que sempre tratou seus leitores e parceiros, a linha editorial diferenciada e as parcerias que compôs conduziram a Potência até os dias de hoje. Começou como uma opção de leitura moderna e arrojada e se consolidou no mercado como uma leitura essencial. A partir de agora, Potência muda de mãos. Deixará a Grau 10 Editora e passará a ser conduzida pela HMNews Editora, comandada pelo reconhecido engenheiro Hilton Moreno, que tanto contribuiu com o setor e com as nossas pautas ao longo desses anos, e pelo jornalista Marcos Orsolon, que neste período foi o editor-chefe da publicação, ao meu lado desde o lançamento da edição número zero, e que continuará com a condução editorial da publicação. Estará, portanto, em ótimas mãos. Não posso aguardar nada menos do que bom jornalismo, ética e profissionalismo. Tenho certeza que esta história continuará sendo escrita, com capítulos que destacarão o crescimento, progresso e superação. Muita coi-

Fundadores: Elisabeth Lopes Bridi Habib S. Bridi (in memoriam) a n o X I • n º 1 0 5 • Ag o s to 2 0 1 4

Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a indústrias, distribuidores, varejistas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharias, instaladores, integradores e demais profissionais que atuam nos segmentos de elétrica, iluminação, automação e sistemas prediais. Órgão oficial da Abreme - Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos.

sa nova e interessante deverá surgir. A Grau 10 Editora faz votos de pleno êxito à Potência nesta nova empreitada e a seus novos proprietários desejamos força e determinação, pois competência não lhes falta. Pessoalmente, passarei à condição de leitora assídua, com enorme prazer, para acompanhar essa trajetória. Gostaria de aproveitar o espaço e agradecer a todos os leitores que sempre nos trataram com imenso carinho; a todas as empresas que acreditaram no veículo e fizeram dele seu canal de comunicação com este mercado; aos nossos anunciantes que nos privilegiaram com suas campanhas publicitárias; à Abreme, na pessoa de sua secretáriaexecutiva e de seu Colegiado, composto por empresários a quem nutro enorme respeito; à ABPEX e seu diretor Nelson López, que se tornou referência em nossas pautas e nos envolveu pela dedicação e amor com que atua neste segmento; e a todos os que tive o prazer de conhecer e com quem tive oportunidade de aprender, em função da Potência. Agora, é hora de desejar boa sorte à HMNews! Boa sorte Potência! Continuem esta caminhada e escrevam os novos capítulos com muita sabedoria. E aos leitores, como sempre, desejo boa leitura. Continuem fiéis, pois a Potência promete muitas e boas novidades.

Beth Bridi 8

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Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, Carlos Soares Peixinho, Daniel Tatini, Francisco Simon, José Jorge Felismino Parente, José Luiz Pantaleo, Marcos Sutiro, Nellifer Obradovic, Nemias de Souza Noia, Paulo Roberto de Campos, Roberto Said Payaro, Roberto Varoto, Nelson López, José Roberto Muratori e Juarez Guerra. Redação Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor-assistente: Paulo Martins Colaborou nesta edição: Clarice Bombana Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231) Departamento Comercial Executivos de Vendas: Cecília Bari, Francisco Jannuzzi e Renato Andrioli Contato Publicitário: Pietro Peres Atendimento e Relações Institucionais Décio N. Gomes Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC Impressão Yangraf Gráfica e Editora Ltda. Equipe Portal HMNews Diretor: Gustavo Tikao Redes Sociais: Ricardo Sturk Motion Design: Rafael Paes Design: Raissa Santana Contatos Geral Caixa Postal 75.002 - CEP 09521-970 contato@hmnews.com.br Fone: 55 11 3636-6063 Redação redacao@hmnews.com.br Fone: 55 11 4746-1330 Comercial publicidade@hmnews.com.br F. +55 11 3636-6063

Fechamento Editorial: 19/09/2014 Circulação: 26/09/2014 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Potência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Abreme são de responsabilidade da Associação. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.



entrevista

José Roberto Muratori

Área de automação predial cresce de forma consistente no Brasil e setor tende a avançar ainda mais nos próximos anos. Foto: Divulgação

Um mercado que promete Entrevista a Marcos Orsolon

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área de automação predial tem crescido de forma rápida e consistente no Brasil. Mas este mercado ainda é pequeno no País. Pequeno, porém, promissor. E isso fica claro na entrevista que segue, com o engenheiro José Roberto Muratori, diretor-executivo da Aureside – Associação Brasileira de Au-

tomação Residencial. Para ele, o setor tende a evoluir bastante nos próximos anos, mas é necessária uma mudança cultural no mercado. “Temos que mudar a cultura de quem investe na construção civil e também de quem projeta. Uma vez vencida esta etapa, mesmo que parcialmente, o crescimento será irreversível”, declara o executivo.


Temos fabricantes tanto de origem estrangeira como empresas locais participando desse setor e não temos praticamente defasagem tecnológica com os mercados mais desenvolvidos no mundo.

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Trace um panorama sobre o mercado de Automação Predial no Brasil. O mercado de Automação Predial, como é conhecido no Brasil, enfrenta hoje uma importante reformulação. Enquanto os prédios destinados ao uso corporativo e outros específicos, tais como shopping centers, hospitais, prédios públicos e similares, continuam a receber sistemas de uso já conhecidos e consolidados, um novo e importante nicho vem despontando. Prédios de uso múltiplo, principalmente os comerciais, residenciais e de hotelaria, estão conquistando uma parcela crescente no mercado imobiliário. Some-se a estes os empreendimentos exclusivamente residenciais de maior porte, os chamados “condomínios clube” e temos uma considerável proporção dos lançamentos recentes.

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O que um projeto de automação predial pode oferecer ao usuário? Sempre falamos em segurança, conforto e economia. Para cada um destes fatores podemos fornecer subsídios concretos para justificar a implantação de sistemas automatizados. Com relação à segurança e ao conforto, parecem benefícios mais simples de se entender. No quesito economia a amplitude é cada vez maior, principalmente com a certeza de que insumos e energia são recursos cada vez mais caros e, em contrapartida, os custos de informatização e processamento são decrescentes. Nesta equação é o uso de sistemas de automação que

proporciona um novo equilíbrio, podendo dosar o uso destes recursos e garantir a sua aplicação eficiente na operação rotineira das edificações. No Brasil, qual o perfil do consumidor que investe em automação predial? No Brasil a preocupação mais frequente ainda é com a segurança patrimonial. Por isto estes sistemas evoluíram muito nos últimos anos e estão presentes em grande parte das edificações, seja qual for o seu uso ou tamanho. Infelizmente, dedicamos pouca ou nenhuma atenção ao desempenho operacional da edificação (incluindo a manutenção) e ao seu

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Este é um mercado em evolução no Brasil? O mercado deve crescer de forma geral, mesmo nos países mais desenvolvidos, visto que é a tecnologia que está evoluindo e se tornando cada vez mais viável. Mas no Brasil podemos esperar um crescimento acima da média, inclusive porque partimos de uma base ainda incipiente e temos que mudar a cultura de quem investe na construção civil e também de quem projeta. Uma vez vencida esta etapa, mesmo que parcialmente, o crescimento será irreversível.

Foto: Divulgação

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entrevista

José Roberto Muratori

consumo de energia e insumos. Estamos atrasados nestes quesitos em relação à maior parte do mundo e temos que correr contra o tempo para não deixarmos nossas edificações perto do sucateamento, devido à sua baixa eficiência e elevados custos de operação e manutenção. O que é mais comum no mercado hoje: o usuário investir em projetos parciais de automação predial ou projetos mais completos? Quando um prédio é projetado e construído e tem desde o início um gestor designado, existe uma maior preocupação com a utilização da automação, pois este gestor sabe das dificuldades operacionais que o esperam. No entanto, quando um prédio é construído e somente depois de ocupado é que será discutida a sua gestão, deixa-se um vácuo no projeto e, no máximo, é implantada uma infraestrutura para automação. A implantação dos sistemas automatizados será discutida com os usuários e, neste caso, o índice de sucesso é baixo, pois envolve diversas opiniões, além de restrições de ordem financeira e de cronograma, o que dificulta uma implantação mais completa. Até que ponto a busca por certificações, como a LEED,­tem ajudado a impulsionar os negócios nessa área? A busca pela certificação das edificações tem aumentado e o Brasil é um dos países que mais tem solicitado estes selos. Isto é um bom sinal, pois estudos indicam que o uso de automação pode colaborar com a maior parte dos requisitos

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necessários às certificações. No entanto, é preciso um trabalho de caráter multidisciplinar mais intenso e um projeto cada vez mais integrado para garantir que isto se concretize na prática. Considerando um projeto mais completo em um edifício, em quanto tempo o investimento se paga? Se considerarmos a eficiência energética proporcionada pela automação predial, temos normalmente “pay back” entre dois e quatro anos. Isto se fizermos apenas a medida financeira, objetivamente calculada. Mas os benefícios proporcionados vão além da economia de dinheiro, pois envolvem segurança, conforto e praticidade. Por exemplo, para um condomínio residencial em São Paulo, com quatro torres e grande área de lazer e social, chegamos a um retorno da ordem de 23 meses e, após este período, uma economia de cerca de 15% na taxa condominial.

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Os benefícios proporcionados pela automação predial incluem economia de insumos, segurança, conforto e praticidade. 12

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Foto: Divulgação

Quais as principais novidades em termos de desenvolvimento das soluções nos últimos anos? Quais as tendências tecnológicas do mercado? Com relação às tecnologias disponíveis, estamos bastante atualizados no mercado nacional. Temos fabricantes tanto de origem estrangeira como empresas locais participando do mercado e não temos praticamente defasagem tecnológica com os mercados mais desenvolvidos no mundo. Neste momento valorizam-­ se muito as tecnologias de medição de energia, em função da adoção iminente do Smart Grid, e aquelas com processamento “na nuvem“. Com a adoção desta última, podemos reduzir a complexidade dos equipamentos locais e levar o processamento para os servidores disponibilizados pelos fornecedores. Este tipo de tecnologia também permite que os conceitos de mobilidade e de gerenciamento a distância ganhem presença cada vez maior. Outra tendência que acompanha este tipo de implantação é a possibilidade de cobrança apenas pelo serviço fornecido (conhecido como Saas, ou System as a Service), reduzindo a necessidade do condomínio investir em ativos (hardware) e pagar apenas pelos serviços efetivamente contratados e entregues pelos fornecedores da automação.


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holofote

notícias do setor

Pela primeira vez, o tema sistemas prediais foi abordado em um Workshop de Inovações Wago (WIW), tradicional evento realizado desde 2011 pela empresa alemã especializada em conexões elétricas e automação, voltado a apresentar a clientes e usuários as soluções da companhia para seus mercados de atuação. O encontro ocorreu no dia 3 de setembro, em São Paulo (SP), e contou com a presença de cerca de setenta convidados. “Até então, os WIW eram sempre voltados para o mercado industrial. Entretanto, com o crescimento das nossas linhas de produtos na construção civil, sentimos a necessidade de trazer para o evento também as soluções para o segmento predial. Queremos com essa iniciativa divulgar conceitos e produtos destinados a sistemas prediais que há muito são utilizados na Europa, mas ainda tratados como novidade no Brasil”, explica Carlos Eduardo Demonte, consultor de Vendas da Wago. Construtores, consultores, instaladores e representantes de empresas de engenharia acompanharam as três palestras apresentadas. A primeira tratou da eficiência energética em conexões elétricas, indicando como a praticidade e a rapidez são essenciais para a produtividade das instalações elétricas prediais. Projetos focados no desempenho energético nem sempre garantem a eficiência dos sistemas prediais. Diante dessa constatação, Marcos Torres, da Torres Commissioning, consultoria dedicada ao mercado de construção sustentável, explicou ao público como um agente

Fotos: Divulgação

Sistemas prediais

independente de comissionamento pode aprimorar o processo de execução para obter a qualidade e o rendimento esperados. A última apresentação mostrou que as edificações ambientalmente sustentáveis já são realidade no Brasil e que, muito mais do que o aspecto mercadológico de ostentar um selo verde em suas construções, as empresas estão buscando certificações ambientais a fim de garantir suas próprias políticas no que se refere à sustentabilidade. Neste ano, a Wago irá organizar seis etapas do WIW, sendo que os próximos já estão marcados: 16 de outubro em Ribeirão Preto (SP) e 23 de outubro em Curitiba (PR). Haverá também um encontro no Rio de Janeiro (RJ), mas ainda sem data definida. Os três focarão o tópico produtividade para o mercado industrial.

A Schneider Electric tem procurado alertar o mercado sobre os perigos que produtos piratas voltados ao segmento elétrico podem causar às instalações. Estes itens, como contatores, botões e disjuntores, são cada vez mais pirateados e vendidos no mercado. Por não seguirem as especificações dos órgãos reguladores e nem passarem por testes de qualidade, a utilização dos produtos falsificados aumenta a probabilidade de curtoscircuitos na rede elétrica, que podem levar a incêndios nas edificações e colocar a vida das pessoas em risco. Além disso, os produtos piratas utilizam matérias-primas agressivas ao meio ambiente, como chumbo e cádmio, apresentam menor durabilidade que os originais e são mais suscetíveis a falhas, afetando a segurança das pessoas. “Uma falha em um botão de emergência ou em um contator, por exemplo, pode causar danos irreparáveis à produção de uma indústria. Por isso é importante garantir a autenticidade dos produtos”, afirma João Carro Aderaldo, vice presidente da Schneider Electric.

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Para evitar problemas, é importante que o consumidor se informe sobre a origem dos itens, verifique as certificações, o ano de fabricação e se a impressão dos códigos e números no produto é legível e de fácil identificação. “A internet pode ajudar neste momento, pois permite que o comprador busque informações atualizadas sobre qualquer produto e empresa, e confira a satisfação dos demais consumidores em relação a eles. A Schneider Electric desenvolveu um selo que é aplicado a todas as linhas de produto da companhia, que garantem a autenticidade dos itens”, completa João Carro Aderaldo.

Foto: Divulgação

Pirata expõe usuário a risco


como profissional do setor, vi uma oportunidade de reciclar meu conhecimento e me atualizar”, afirma. Neste início de curso já foi possível observar que o conteúdo é apresentado, segundo ele, de modo prático, bem trabalhado e voltado para a aplicação em campo, facilitando o dia a dia do profissional. A seu ver o curso é importante, uma vez que o mercado de trabalho exige um profissional sempre atualizado e com a maior carga de conhecimento que possa ser aplicado no dia a dia da empresa. “Tenho certeza de que o curso de pós-graduação em Instalações Elétricas irá me proporcionar tal conhecimento, além de proporcionar a oportunidade e troca de conhecimento com outros profissionais da área”, avalia Saulo. Outro ex-aluno da FACENS, Ednelson de Moraes, elogia o fato da faculdade conseguir reunir profissionais e parceiros de expressão nacional e consolidar em um curso lato sensu focado em diversos assuntos que, em geral, são ofertados separadamente pelas instituições. “O primeiro contato já foi empolgante, tanto por atender a expectativa pela qualidade do curso, quanto pelo fato do grupo de alunos ser composto por profissionais de diversas áreas, o que enriquece ainda mais o networking característico deste tipo de curso”, afirma ele, que completa: “Atualmente desenvolvo trabalhos relacionados com a qualidade de energia na área de Gestão de Ativos da CPFL Piratininga e acredito que este curso me possibilitará melhorar o suporte aos consumidores quanto as orientações sobre suas instalações internas”. Já Matheus Bianchini Cruz, que também se graduou pela FACENS,

explica que seu interesse por um curso como este vem de longa data. “Trabalho nesta área desde que entrei na faculdade e, desde então, penso em ter uma oportunidade como esta de aprendizado. Além disso, não existe nenhum curso no Brasil Hilton Moreno como esse. São sempre cursos pontuais, que abordam apenas um assunto. Não tratam o tema de forma completa como acontece no curso de pósgraduação da FACENS”. “Como esta área é bastante prejudicada pela baixa qualidade dos serviços prestados e pelo não seguimento de normas, o investimento que a FACENS está fazendo com o objetivo de aumentar a qualidade Roberto Menna Barreto dos profissionais da área é extremamente importante”, conclui Matheus. Chegar à realização do curso, no entanto, não foi fácil. Como conta o professor Joel Rocha Pinto, coordenador do curso de Engenharia Elétrica da FACENS e um dos responsáveis pela viabilização dessa pós-graduação, ela resulta de esforços empenhados ao longo de 12 anos. “É importante ressaltar Paulo Barreto que se trata de um curso pioneiro nessa área. E agora, saber que 80% dos que estão cursando são ex-alunos da FACENS constitui não apenas uma boa oportunidade de revê-los, mas prova também que os profissionais formados aqui estão na vanguarda desse conhecimento. Esta formação busca suprir uma importante carência do mercado de trabalho”, afirma Joel. José Starosta

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Foto: Divulgação

Teve início em setembro o curso de pós-graduação em Instalações Elétricas da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (FACENS), que é oferecido em parceria com os professores Hilton Moreno e Roberto Menna Barreto em encontros presenciais quinzenais. O curso tem duração de 360 horas/aula, em cinco módulos independentes e complementares, que se estendem ao longo de 18 meses. Seu objetivo principal é proporcionar aos alunos participantes, em geral profissionais já atuantes na área de elétrica, uma base técnica e científica para a capacitação, reciclagem e aprimoramento voltados às principais questões relacionadas com as instalações elétricas prediais, comerciais e industriais. Integram o corpo docente, além dos especialistas citados, os professores Paulo Barreto, Jobson Modena e José Starosta, entre outros. O programa do curso, elaborado de acordo com a CES - CNE nº 1, de 08/06/2007, abrange: Baixa tensão, aterramento de sistemas eletroeletrônicos, SPDA e inspeção (módulo I); média tensão, proteção, aterramento e subestações (módulo II); qualidade de energia elétrica, compatibilidade eletromagnética, manutenção e automação de sistemas elétricos (módulo III); segurança, redes de distribuição e legislação (módulo IV), e automação de edificações e iluminação, com opção de pósgraduação (módulo V). O conteúdo do curso atraiu engenheiros como Saulo Guilherme Ernesto, ex-aluno da FACENS. “O curso me interessou, pois é uma especialização voltada para a área técnica e,

Fotos: Ricardo Brito/HMNews

Curso de pós-graduação


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notícias do setor

Foto: DollarPhotoClub

Fraudes com fios e cabos

A prática da pirataria continua sendo combatida no Brasil, mas ainda há muito a ser feito. Nesse sentido, a conscientização dos consumidores e construtoras é primordial na luta contra o mercado negro, pois produtos falsificados e de origem duvidosa, popularmente conhecidos como piratas, podem gerar sérios danos. “É preciso ter cuidado redobrado na hora de comprar, mais ainda na hora de receber e, principalmente, onde comprar materiais elétricos. Existem revendedores que vendem condutores normatizados, mas entregam às construtoras fios e cabos desbitolados, ou seja,

mais finos do que os condutores normatizados, o que é contra a lei”, alerta o supervisor de Compras da Loja Elétrica, Jorge Luiz Silva Carvalho. Carvalho explica que, como utilizam menor quantidade de cobre, os condutores desbitolados - produzidos com diâmetros e pesos inferiores ao mínimo que a norma exige - são mais baratos que o condutor normatizado, mas não conduzem a corrente elétrica especificada em norma, podendo provocar incêndios de grandes proporções. Exemplo: um cabo pirata de 150 mm² tem, na realidade, cerca de 130 mm² e, consequentemente, custa 14% menos do que o cabo de 150 mm² normatizado.

24 anos de vida A Lâmpadas Golden completou 24 anos de atividades em agosto e como parte do processo de expansão da marca no varejo, a empresa inaugurou um centro de distribuição em Santa Catarina para melhorar o fluxo de entrega na Região Sul. Ao longo deste período, a companhia, que nasceu com o propósito de ser uma importadora de produtos variados, não tardou a apostar no segmento de lâmpadas. Desde 1990 o mercado de iluminação passou por ondas de revolução tecnológica, e a Golden acompanhou esta tendência se posicionando, segundo a sua direção, como a quarta maior marca. A decisão de não fabricar mais a lâmpada incandescente foi um dos acontecimentos marcantes dessa história. O ano era 1998, e a sociedade ainda não estava preocupada com eficiência energética. “Este fato é um marco para nós, pois antecipamos tendência e tivemos a ousadia de apostar em um novo tipo de produto, capaz de gerar luz com redução do consumo de energia, muito antes de o apagão levar o tema à tona”, afirma o presidente da Lâmpadas Golden, Álvaro Diniz. Com a recente popularização do LED, e seus preços mais acessíveis, a Lâmpadas Golden acredita que esse produto ganhe mais competitividade e a empresa aposta nos modelos de bulbo para substituir as incandescentes de 40, 60 e 100W e conquistar o consumidor. Segundo Diniz, o LED deverá representar 50% do valor das vendas de produtos de iluminação no Brasil, segmento este que corresponde atualmente por 21% dos negócios da empresa, com a meta de chegar a 60% em 2017. A Lâmpadas Golden vem numa curva ascendente de crescimento, em torno de uma taxa anual de 20% desde 2005, o que significa que a cada cinco anos a empresa dobra de tamanho. Sua meta é manter este patamar, apesar da conjuntura econômica desfavorável. “Embora o crescimento do setor de iluminação tenha aumentado no último ano cerca de um dígito percentual, a Golden trabalha com a meta institucional de 20% também para 2014”. Neste processo, a empresa deve ser favorecida pela retirada das incandescentes do mercado que tem levado o consumidor a buscar tecnologias mais econômicas. Fotos: Divulgação

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Além disto, Carvalho cita que é comum a prática de um golpe com relação à quantidade. Por exemplo: a construtora compra um lance de 280 metros de cabo de 120 mm². O revendedor fraudulento envia uma bobina ou rolo com 265 metros, ou seja, faltando 5% na metragem. “Como nas obras não existem máquinas para medir cabos para fazer a conferência, as construtoras não detectam a fraude. Estes são os ‘milagres’ que alguns revendedores estão fazendo. Apresentam preços mais baixos, mas, na realidade, estão enganando as construtoras”, lamenta.

Catálogo Eletrônico O Catálogo Eletrônico Wetzel agrupa todo o portfólio dos produtos da Unidade Eletrotécnica da empresa, reunindo informações técnicas e comerciais das peças. Ele contempla as áreas de Peças e Acessórios em Alumínio, Peças e Acessórios em PVC, Conector Prensa-Cabos Nylon, Iluminação, Linha à prova de Explosão e Linha de Dutos PEAD. No catálogo ainda é possível consultar as características técnicas dos produtos, como dimensões e aplicabilidades, e fazer a cotação de preços diretamente com a Wetzel. Aliada a essas facilidades, o cliente também encontra dentro do catálogo as imagens e modelos dos produtos, em 2D e 3D, além das curvas de iluminação necessárias para montar plantas e projetos, facilitando assim a escolha do produto e esclarecendo dúvidas.


Com base em recente análise do mercado de soluções de monitoramento de desempenho de rede (AANPM), a Frost & Sullivan, empresa internacional de consultoria e inteligência de mercado, premiou a solução unificada de monitoração de desempenho e troubleshooting da Fluke Networks, Visual TruView™, com o Prêmio Global Frost & Sullivan 2014 New Product Innovation Leadership Award. Projetado com recursos best-in-class e atributos de satisfação completa do cliente, o Visual TruView é direcionado a uma vasta gama de usuários, incluindo varejo, manufatura, saúde e serviços financeiros. Com o Visual TruView™, a Fluke Networks atende os desafios do usuário final relacionados à segurança da rede local sem fio (WLAN), segurança, mobilidade, comunicações unificadas e data centers. Esta solução pode identificar com rapidez e precisão problemas relacionados com VoIP e transações de aplicações. “O Visual TruView coleta das mais importantes fontes de dados de performance, como pacotes, transação, NetFlow / IPFIX e SNMP, e apresenta análises em Dashboard correlacionado por tempo”, afirma Rohan Thomas, Research Associate da Frost & Sullivan, que completa: “Ele não somente ajuda as equipes de TI a enxergar o quão boa é a infraestrutura para transportar aplicações, mas também lhes permite compreender como cada aplicação está executando no contexto da experiência do usuário final”. A cada ano, a Frost & Sullivan premia a empresa que desenvolveu um elemento inovador em um produto, aproveitando as tecnologias de ponta. O prêmio reconhece o valor agregado nas características/benefícios do produto e o aumento do ROI que ele oferece aos clientes, que, por sua vez, aumenta a aquisição de clientes e potencial penetração no mercado global. O Prêmio de Melhores Práticas da Frost & Sullivan reconhece empresas em uma variedade de mercados regionais e globais que tenham excelente desempenho em áreas como liderança, inovação tecnológica, serviço ao cliente e desenvolvimento de produtos. Os analistas da indústria comparam os participantes do mercado e medem seu desempenho por meio de entrevistas em profundidade, análise e ampla pesquisa secundária.

Nova associação Empresas que atuam na área de iluminação urbana agora contam com uma entidade de representação. A Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Iluminação Urbana (Abrasi), sediada na cidade de São Paulo, tem como finalidade integrar e criar estratégias para desenvolver e fortalecer o segmento. A Abrasi está empenhada na busca de soluções eficientes para melhoria da prestação de serviços aos municípios e no trabalho articulado com fornecedores para promover a modernização tecnológica na área de iluminação urbana no Brasil. A associação é presidida pelo empresário Pedro Alberto de Miranda Santos, sócio-diretor da Sadenco SulAmericana de Engenharia e Comércio Ltda., sediada em Florianópolis (SC), e tem como presidente-executivo o engenheiro eletricista Robson Barbosa, doutorando em Energia pela Universidade de São Paulo (USP). São objetivos da Abrasi: exercer a representação política e institucional das empresas de serviços de iluminação urbana; promover permanente defesa dos interesses do segmento representado junto ao mercado de iluminação, aos poderes públicos, às instituições da sociedade civil e demais entidades; atuar na criação e aprimoramento de leis, normas e regulamentos que aumentem a eficiência do setor; estabelecer e implantar políticas que visem o desenvolvimento do mercado no âmbito de sua atuação e desenvolver programas de formação, qualificação e certificação profissional. Foto: DollarPhotoClub

Investimento em software Investindo continuamente em inovação tecnológica, adquiriu os softwares de simulação computacional ANSYS, comercializados exclusivamente na América do Sul pela ESSS. Os softwares adquiridos foram: ANSYS Mechanical, ANSYS LS Dyna HPC-08 e ANSYS Geometry Interface. Ferramentas destinadas a praticamente todos os campos da engenharia que requerem a simulação no processo de desenvolvimento de produtos, os softwares ANSYS proporcionam redução de tempo, otimização e maior confiabilidade nos processos. Segundo o engenheiro Roberto Escobar, gerente Técnico da KRJ, os sistemas de simulação permitem a prototipagem virtual, o que possibilita testar e simular condições reais do comportamento do projeto sem a necessidade de construção do projeto físico. “O uso desta ferramenta torna possível estudarmos diferentes variações de desenhos e de materiais até o alcance do resultado esperado. Em seguida, depois que o projeto está adequado, partimos para a fase de protótipos e testes de bancada, o que gera economia de tempo, melhor retorno sobre o investimento e maior segurança em todas as etapas”, explica.

Foto: DollarPhotoClub

Solução premiada

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holofote

notícias do setor

Site modernizado Com novo endereço (www.avantled.com.br) e design mais moderno e interativo, a Avant, lança seu novo site, numa iniciativa para fortalecer a comunicação on-line. O site tem como objetivo disponibilizar novas informações sobre a companhia e seus produtos e facilitar a navegação e consultas de clientes, revendedores e especificadores. Visualmente, o layout desenvolvido para o site da Avant ocupa toda a área do monitor, ampliando o espaço focal e arejando a página. Tecnicamente, a preocupação foi oferecer um site funcional também em dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Pela nova versão, pode ser navegado em sete idiomas à escolha do usuário, ante o anterior que era acessível apenas em português e inglês. “Ao desenvolver o novo site, nossa intenção foi mantê-lo atualizado com as novas facilidades tecnológicas e oferecer ao internauta um design mais moderno, já que o antigo site existia há dois anos e estava limitado a uma estrutura considerada obsoleta”, explica Gilberto Grosso, CEO da Avant.

Entre as vantagens tecnológicas para lojistas e especificadores estão os novos menus com informações mais amplas sobre os vários canais de atendimento da Avant, como o que atende às indústrias e construtoras, chamado de OEM/Corporativo. A página de produtos também sofreu grande interferência estética e qualitativa. Agora, um menu dividido entre os portfólios LED, Tradicional e Luminárias traz imagens de cada produto, facilitando a consulta do usuário. Mas o principal diferencial deverá ser o ícone Lighting Center, onde o usuário poderá consultar a grade de cursos da Avant, bem como se inscrever em treinamentos de iluminação que serão oferecidos a partir do mês de outubro. Também estão previstos cursos online abertos ao público em geral a partir de dezembro e vídeos que difundirão informações, novidades e produtos ligados à iluminação.

Novo slogan No ano de seu 60º aniversário, a Finder apresenta seu novo slogan mundial, que traduz a missão da empresa desde sua fundação: “Switch to the future”. A empresa garante que vem se posicionando como uma companhia que olha para o futuro, com produtos que vão muito além de relés e temporizadores para uma grande variedade de segmentos de mercado. A Finder possui produtos para automação, comando e controle aplicáveis a diversos segmentos e mercados.

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Pesquisa e desenvolvimento

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O IPD Eletron, entidade criada pela Abinee, assinou, em 12 de setembro um acordo de Cooperação Técnica com o Centro de Pesquisas Wernher von Braun. A parceria foi oficializada durante visita ao Instituto de um grupo de empresários, gestores e profissionais ligados à pesquisa, desenvolvimento, inovação e microeletrônica. O objetivo do acordo é captar projetos de PD&I, com foco na Internet das Coisas (IoT). O IPD Eletron atuará como articulador entre o Instituto e as empresas do setor eletroeletrônico e o von Braun vai oferecer um cardápio de soluções tecnológicas para as demandas das empresas.

Em seu discurso, o presidente da Abinee, Humberto Barbato, destacou: “Esta é, sem dúvida, uma grande contribuição para que possamos fortalecer nossa atuação em prol da maior eficiência nos processos de produção e na competitividade das nossas empresas dos segmentos de TIC, bens de consumo e componentes, que necessitam de uma constante modernização tecnológica”. Barbato ressaltou também a necessidade de incentivo à formação de uma cultura de inovação no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento do País, gerando mais negócios e nos colocando em posição estratégica no cenário mundial.

O diretor Técnico do Centro de Pesquisas Wernher von Braun, Dario Sassi Thober, mencionou que o Brasil é um dos países que mais fazem uso de informação e sistemas tecnológicos, e tem potencial para desenvolver um grande legado para o futuro. Segundo ele, as integrações passam por dimensões que antes não se conversavam e que o objetivo é mostrar que existem mecanismos imediatos para integração de sistemas. “Queremos ser protagonistas, não expectadores. Não precisamos esperar o que os outros façam”, afirmou. Thober ressaltou, ainda, que o País pode ser referência na América Latina e no mundo.



matéria de capa

ABNT NBR 5419

Depois de quase dez anos de trabalho intenso, revisão da NBR 5419 entra na reta final com o envio do projeto para consulta nacional. Expectativa é que norma seja publicada em 2015 e transforme a maneira de trabalhar com proteção de estruturas contra descargas atmosféricas no Brasil.

Completa e

Foto: DollarPhotoClub

revolucionária Por Marcos Orsolon

O

Brasil está a poucos passos de elevar o nível de proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. O país, que é o campeão mundial em incidência de raios, entrou na fase final da revisão da ABNT NBR 5419, cujo projeto encontra-se em consulta nacional, ou pública, nesse exato momento. Segundo informações divulgadas pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), que é ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), por ano, o território brasileiro é atingido por cerca de 50 milhões de raios, que acertam, em média, 500 pessoas e um 20

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grande número de edificações. Com isso, a cada 50 mortes por raios no mundo, uma ocorre no Brasil. São 130 mortes e mais de 200 feridos por ano, sem contar os prejuízos financeiros causados para o País, que são estimados em cerca de um bilhão de reais. Os riscos não se limitam às pessoas. Eles também se estendem às edificações. Um prédio residencial, por exemplo, pode sofrer danos sérios se for atingido por uma descarga atmosférica, inclusive com a queima de equipamentos e risco de incêndio. O mesmo pode ocorrer se um raio atingir uma linha elétrica ou tubulação metálica que entra na sua estrutura física.

Para evitar esses riscos o caminho é um só: adotar medidas adequadas de proteção. Daí a importância da NBR 5419, que é a norma brasileira referente à proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. A última versão desse documento foi publicada


000012586605 000012586605

PAS

em 2005 e, agora, ele está passando por um profundo e complexo processo de revisão. De acordo com alguns especialistas dessa área, o novo texto da norma tende a revolucionar a forma de desenvolver projetos e efetuar instalações

nesse setor. Isso porque a sua revisão agregou muitas novidades e detalhamentos. Para ter uma dimensão do tamanho da mudança, basta verificar o número de páginas da versão atual da NBR 5419 e do projeto que está em consulta. Hoje, a norma tem 42 pági-

nas e sua versão revisada deverá sair com mais de 300. “Em 1993 essa norma passou por uma revisão e houve um grande boom, foi o primeiro degrau técnico, que elevou a NBR 5419 a um nível superior até então. O novo degrau técnico está ocorpotência

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ABNT NBR 5419

Foto: Divulgação

rendo agora, com essa revisão”, afirma o engenheiro eletricista Jobson Modena, que foi o coordenador da comissão de estudos responsável pelo trabalho de revisão do documento. Aliás, o desenvolvimento do projeto de revisão foi longo e desafiador. Ele teve início em 2005, sob a responsabilidade da Comissão de Estudos CE03:64.10 - Proteção Contra Descargas Atmosféricas, do Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações (Cobei), tendo como base a norma IEC 62305-1 a 4: 2010. Além da coordenação de Modena, a secretaria ficou a cargo do engenheiro eletricista Hélio Sueta, que também é chefe-adjunto do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo. Comparada à atual versão da NBR 5419, a IEC 62305 é bem mais ampla e completa. Tanto, que está dividida em quatro partes. Em sua última revisão, ocorrida em 2010, a opção da IEC foi agrupar assuntos de outras normas, iniciativa que permitiu a organização das regras para Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) de um modo mais global.

Foto: DollarPhotoClub

matéria de capa

Perigo

E foi este mesmo caminho que a revisão da 5419 seguiu. Por isso o seu texto teve um aumento tão grande no número de páginas. Além disso, o documento brasileiro também ampliou seu poder de cobertura com a divisão em quatro partes: Princípios Gerais;

Brasil é atingido por cerca de 50 milhões de raios por ano.

Gerenciamento de Risco; Danos Físicos às Estruturas e Perigos à Vida; e Sistemas Elétricos e Eletrônicos Internos na Estrutura.

Quatro partes e muita novidade A parte 1 do projeto da NBR 5419 que está em consulta nacional estabelece os requisitos para a determinação

Profissionais desse setor vão precisar de tempo para entender e se acostumar com os detalhes da nova versão da norma, que está em consulta pública. Jobson Modena | coordenador da CE-03:64.10

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de proteção contra descargas atmosféricas. Com 75 páginas, o documento traz os chamados princípios gerais. “Essa parte explica como deve ser feita a proteção de uma estrutura contra os raios e dá várias definições que serão usadas na norma. E também tem quatro anexos que indicam como estudar as correntes dos raios, quer dizer, tem coisas para laboratórios, parâmetros para modelamento matemático,



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ABNT NBR 5419

Mais completa, nova versão da NBR 5419 tende a elevar o nível de proteção das estruturas contra as descargas atmosféricas. ele é debelado e o problema fica resolvido. Mas se não tiver o sistema de combate ao incêndio, a edificação vai pegar fogo e ser consumida. Esse é um fator importante que entrará na nova versão da norma”. E há outras situações. Por exemplo, há diferença de risco se as instalações chegam por vias aéreas ou Fotos: DollarPhotoClub

enfim, essa é uma parte mais científica, mais para dar os conceitos”, comenta Hélio Sueta. A segunda parte do projeto trata da análise de risco, e ela é relativamente nova em relação ao texto anterior. “A norma atual, em vigor, tem o Anexo B que fala de cálculo de densidade de proteção de SPDA. Esse anexo passou a se chamar Análise de Risco no projeto, porque além dos itens relacionados diretamente com o SPDA, a nova norma contempla outros riscos que não estão diretamente ligados a ele, mas que vão contribuir para reduzir o risco da edificação”, explica Normando Alves, diretor de Engenharia da Termotécnica Para-raios. Como exemplo, ele cita que a norma atual não considera se a edificação tem um sistema de combate ao incêndio, mas a nova versão contempla isso. “Se cair uma descarga que eventualmente venha a provocar um incêndio no prédio, com um sistema de combate que esteja instalado, rapidamente

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subterrâneas, principalmente para a manutenção da qualidade da energia e dos equipamentos instalados na infraestrutura. “Essa abrangência da norma é uma diferença, inclusive com mais detalhes, desenhos, que era algo que o mercado reclamava”, completa Normando Alves. Hélio Sueta destaca que serão aproximadamente 70 parâmetros utilizados para se analisar na estrutura. Com base nessa análise é que se define as medidas de proteção para deixar a estrutura com um risco tolerável. A norma dá os limites. E basicamente são quatro riscos que ela analisa: risco de perda de vida humana, de perda de serviço ao público, de perda de patrimônio cultural e de perdas econômicas. Sueta cita que, a partir do novo texto, serão analisados aspectos como o local onde está a estrutura, quantos raios caem na região, que tipo de proteção existe, ou que tipo de proteção é possível instalar, tanto na questão da estrutura como na dos sistemas internos, que é outra novidade da norma, que são as medidas de proteção contra surto.


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SINDUSTRIAL

“Quando cai um raio ele pode gerar surtos em qualquer coisa que tenha fiação, como a parte elétrica, de telefonia ou de internet. E isso queima equipamentos e pode até levar uma pessoa a tomar um choque, se estiver no telefone, por exemplo. E a norma antiga não abrangia tanto essa parte”, observa Sueta. Para ele, o detalhamento da análise de riscos tende a criar uma revolução no mercado. “Isso porque essa parte mexe muito com probabilidades. Esses mais de 70 parâmetros que citei são todos interligados em função de probabilidade. Então, você vai analisar o local, tamanho da estrutura, a forma como ela foi feita, se será um hospital, escola ou casa, e você analisa tudo o que tem lá dentro, se tem um sistema de extintor de incêndio, se ele é manual ou automático, se tem medidas de proteção para diminuir a questão dos incêndios, o material no solo, o uso ou não do DPS, se tem o SPDA, as estruturas em volta, enfim, são muitas variáveis”, ressalta. Uma grande novidade nesse contexto é que o profissional não poderá

Confiança - uma palavra que levamos a sério Excelência na fabricação de painéis elétricos, testados e certificados, montagens industriais, eletrocentros e serviços de automação industrial, a Sindustrial, em parceria com os principais fabricantes do mercado, oferece soluções eficientes, produtos de alta qualidade e projetos flexíveis para empresas dos mais variados portes. Seja qual for a necessidade, tem sempre uma solução Sindustrial.

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ABNT NBR 5419

estudar apenas a estrutura em si. Tem de estudar as estruturas adjacentes que estejam ligadas a ela. “Isso significa que eu tenho meu prédio e tenho o cabo de força ou de telefonia que alimenta ele. E tem um prédio adjacente de onde saem esses cabos. Então, tenho que ver todas as descargas que vão cair no meu prédio, próximo ao prédio, nas linhas que o alimentam e as descargas no prédio interligado ao meu. Aí sim eu identifico todos os danos que podem ocorrer com um raio que cai em um desses locais”. Evidentemente para fazer na mão essa análise é bem complicado. O ideal é usar algum software.

Mesmo parte semelhante apresenta mudanças

Sob o ponto de vista técnico, todas as partes do novo texto da NBR 5419 são relevantes e devem ser estudadas, compreendidas e aplicadas. 26

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o método para cálculo de captação, descida, aterramento, etc. No entanto, mesmo apresentando uma correlação grande com a 5419 atual, essa parte é bem mais detalhada, ou seja, ela também traz mudanças. Jobson Modena cita, por exemplo, que na parte de material não ocorreram alterações, mas foram acrescentados outros materiais que podem ser utilizados. Também houve mudanças em seções de condutores e no espaçamento de malhas. “Essa parte tem 60 páginas e seria o equivalente a essa norma atual. Ela fala do SPDA mesmo, do sistema de proteção contra descargas atmosféricas. Ela fala como é um sistema de captores, um sistema de descida, de aterramento”, completa Sueta Por fim, a parte 4 da norma fornece informações para o projeto, instalação, inspeção, manutenção e ensaio de sistemas de proteção elétricos e eletrônicos (Medidas de Proteção contra Surtos - MPS) para reduzir o risco de danos permanentes internos à estrutura devido aos impulsos eletromagnéticos de descargas atmosféricas (LEMP). Ou

seja, esse item discorre sobre as ações necessárias para se evitar danos aos equipamentos eletroeletrônicos. “É a parte dos sistemas internos, da proteção dos sistemas eletroeletrônicos Foto: Divulgação

A parte 3 da norma é a que mais se assemelha à sua versão atual da NBR 5419. Entre outros aspectos, esse item trata da padronização das dimensões, tipos de materiais e de instalação, métodos de cálculo e de tudo o que envolve o SPDA externo e a parte do SPDA interno. Ou seja, esse item é que traz

Detalhamento da análise de risco tende a criar uma revolução nesse mercado. Hélio Sueta | IEE-USP


Foto: DollarPhotoClub

dentro da estrutura. E são vários tipos de medidas nessa parte 4, que tem 97 páginas. Ela é para ver o que pode-se fazer para limitar o surto nos equipamentos, para não danificá-los. Aqui entram os DPS, as blindagens, a parte de roteamento de cabo e até de interfaces isolantes – pois pode-se, por exemplo, substituir uma fiação por fibra óptica.

“Todas as normas de proteção contra surtos, relacionadas a equipamentos, está condensada nessa parte 4. A gente fazia a proteção contra surto voltada especificamente à instalação elétrica, e obviamente embasada na NBR 5410. E os equipamentos acabavam sendo protegidos pegando uma carona nessa proteção imposta pela instalação. Agora

eles vão ser realmente protegidos com uma proteção normalizada via parte 4 da NBR 5419. E essas proteções são complementares, porque a NBR 5410 leva a proteção contra surtos até a tomada e a 5419 pega daí para a frente, com uma série de atitudes técnicas”, explica Jobson Modena. Segundo Sueta, a proteção dos equipamentos era meio que desvinculada da proteção da estrutura. “A maioria das pessoas entendia como SPDA só a proteção da estrutura, só essa questão de colocar captores, descida, aterramento e algumas medidas de equipotencialização. Agora não. Para o risco ficar dentro, você tem que fazer o SPDA e o MPS. Porque você está preocupado com a proteção das pessoas e dos equipamentos também. Não adianta fazer só o captor, a descida e não fazer um sistema de DPS para seus equipamentos, porque se cair um raio, um arco dentro do equipamento pode dar início a um incêndio e aumentar o risco. Essas coisas agora terão de andar juntas”, destaca Sueta.

Entre tantos detalhes, surge uma pergunta inevitável: qual a parte mais relevante ou importante dessa nova versão em consulta da NBR 5419? “Se olharmos sob o ponto de vista técnico, todas as partes são relevantes. Agora, se formos pelo lado econômico da história, sem dúvida a parte 2 se torna mais importante, pois é nela que você consegue, com um determinado tipo de configuração, deixar uma proteção mais acirrada, mais dura, ou mais desleixada”, comenta Jobson Modena. E ele completa: “Isso porque essa norma leva em consideração aspectos como a rota de fuga, extintor de incêndio, sprinkler, o tipo de acionamento de outras proteções, se tem proteção de pânico, ou seja, coisas que não têm nada a ver diretamente com para-raios

Foto: Divulgação

Tudo é importante e tem relevância

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ABNT NBR 5419

Nova versão da NBR 5419 também traz oportunidades de negócios às empresas e profissionais do setor. Nuno Poças | Montal

ou com o raio. Mas se existe uma rota de fuga bem sinalizada, ampla, você consegue aliviar no nível de proteção do para-raios, que faz com que essa eficiência caia 1% ou 2% e, consequentemente, você utiliza menos material na instalação do mesmo”. O fato é que as alterações e a evolução da norma tende a trazer benefícios e vantagens a todo o mercado, sendo que o aspecto mais evidente é o aumento da segurança nas instalações. No entanto, é preciso considerar que os conceitos e novidades da nova versão da NBR 5419 são bastante complexos. Por isso, se o profissional envolvido no trabalho não entender os detalhes da norma, ele não vai conseguir sair do lugar. Nesse sentido, é consenso que levará um tempo para que os profissionais

Proteção

Projeto de SPDA deve considerar, entre outros aspectos, que tipo de atividade será exercida na edificação, como um hotel, escola ou hospital, por exemplo. 28

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da área entendam o teor da nova NBR 5419. É o chamado tempo de maturação. “Diria que até as pessoas se acostumarem com tudo o que existe nessa norma vai demorar uns dois ou três anos. E isso para as pessoas que realmente utilizam a norma. Não é aquele que pega a norma, olha um parágrafo e sai fazendo projeto. Esse nunca vai conhecer a norma. Porque ela é extremamente abrangente”, declara Jobson Modena. Nesse contexto, o projetista tende a ser o profissional que mais será impactado pelas alterações. Pelo menos num primeiro momento. “Isso porque o primeiro estágio de qualquer ação é o projeto. Então, o primeiro profissional que vai sofrer é o projetista”, observa Jobson Modena. Para Nuno Poças, diretor da Montal Para-raios, poderá haver, inclusive, uma maior profissionalização no mercado. “Porque existem profissionais sérios no setor dispostos a estudar e a se adequar. Porque essa norma não é só dar uma lida e sair fazendo projeto. Há um tempo de maturação para que o profissional possa estudar, esclarecer dúvidas, para depois aplicá-la. Então,

sob esse ponto de vista vamos melhorar bastante. As empresas especializadas em SPDA, aterramento e medidas de proteção com certeza vão oferecer sistemas muito mais adequados e com um nível muito melhor de projeto e instalação”, comenta.

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ABNT NBR 5419

Para o dia a dia do instalador as mudanças são menores, mas elas também existem. “Tem algumas coisas em relação à instalação, como por exemplo a distância entre fixação para condutores de descida ou cabos captores. Isso não estava bem fixado na norma atual. Então, se o instalador levar a sério o trabalho, tem mudança para ele sim, embora não sejam muitas”, comenta Jobson Modena destacando que o impacto das mudanças afeta também outros profissionais. “Tem mudança até para o pessoal de compras, já que materiais como alumínio cobreado e aço cobreado foram inseridos na utilização, quer dizer, a norma permite que se utilize estes materiais agora. Tudo isso é novo para o comprador”, completa. Obviamente, a nova versão da norma também causa efeito na vida dos fa-

Áreas internas

Parte 4 da norma trata da proteção dos sistemas elétricos e eletrônicos instalados dentro da estrutura.

bricantes. Especialmente em relação aos fornecedores de DPS, que esperam que o documento colabore para o uso em maior escala desse tipo de dispositivo. “A parte 4 da norma trata da proteção dos sistemas elétricos e eletrônicos no interior da estrutura. Com isso, a utilização dos DPS fica mais clara. Sem contar que a inclusão dos DPS na norma tende a disseminar o uso desse dispositivo no Brasil. Com a publicação da revisão, os DPS passam a ser tão parte de um SPDA quanto os captores

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ou os condutores de descida”, ressalta Sérgio Roberto Santos, gerente de Vendas e especialista em dispositivos de proteção contra surtos da OBO Bettermann.

Oportunidades devem surgir Se a complexidade da norma exige que os profissionais corram atrás de informação, também é fato que o documento pode gerar algumas oportunidades no mercado. Especialmente para quem estiver preparado e sair na frente. “Quem pegar essa norma e entendê­ -la antes dos outros em termos de tempo, certamente terá uma vantagem monstruosa, porque todos os participantes, o mercado como um todo, estará extremamente carente de especialistas nessa área. E isso em todos os níveis, seja como fabricante, projetista, instalador, etc. Esse é um Inclusão do DPS na nova versão da norma tende a disseminar o uso desse tipo de dispositivo no Brasil.

mercado monstruoso”, afirma Jobson Modena. Normando Alves segue na mesma linha de raciocínio. “Uma norma técnica sempre é uma excelente oportunidade de desenvolver novos produtos ou serviços. Mas depende muito do entrosamento que o profissional tem com a norma”, declara Alves, que acredita que a norma tende também a ajudar a organizar melhor o mercado. “Há uma tendência, a partir de uma norma mais rigorosa, de melhoria no mercado, com a permanência das empresas mais capacitadas. O mercado começa a filtrar esse pessoal”.

Sérgio Roberto Santos | OBO Bettermann Foto: Divulgação

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Nuno Poças, da Montal, cita ainda que a evolução da qualidade da proteção oferecida é um ganho importante para a sociedade. “A norma ficou mais exigente. Então, o primeiro ponto é a questão de termos aumentado a qualidade da proteção. Ou seja, vamos ter sistemas mais confiáveis, que levam em conta mais detalhes, mais situações, mais riscos, buscando a prevenção contra a queima de equipamentos, proteção da vida humana, proteção das estruturas. Então, o primeiro ponto é qualitativo. Isso é inquestionável e é um ponto muito positivo”, ressalta. Nuno também acredita que poderão surgir oportunidades interessantes de negócios. “Para quem tem o domínio do assunto, quem está familiarizado com a IEC e com essa norma que está chegando, há um bom potencial de aumentar mercado, no sentido de oferecer cursos, consultorias, ajudar o cliente na especificação de um produto conforme a aplicação, etc”.


EMPRESA ASSOCIADA


Evento

Enie 2014

Balanço

positivo Edição 2014 do Enie atrai público qualificado e expositores aproveitam oportunidade para estreitar relacionamentos e mostrar novidades.

Reportagem: Paulo Martins e Clarice Bombana

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oi um sucesso a 15ª edição do Encontro Nacional de Instalações Elétricas - Enie 2014, realizada entre os dias 26 e 28 de agosto, em São Paulo (SP). O evento, constituído por feira e congresso, reuniu empresas e profissionais do mercado de instalações, equipamentos e sistemas elétricos industriais e prediais. Ao longo dos três dias, milhares de visitantes compareceram ao Pavilhão Branco do Expo Center Norte para assistir as palestras e conhecer as últimas novidades apresentadas pelos mais de 90 expositores. Para as empresas, o evento foi uma ótima oportunidade para rever antigos clientes e fazer novos contatos. A propósito, os expositores fizeram questão de destacar o bom nível de qualificação

do público visitante, formado por projetistas, instaladores, consultores e prestadores de serviços, além de representantes de construtoras, concessionárias de energia elétrica, fabricantes, distribuidores, órgãos governamentais, institutos e fundações de ensino. A Cobrecom Fios e Cabos Elétricos é uma das empresas que fizeram um balanço positivo de sua participação no Enie 2014. Um dos destaques apresentados pela companhia no evento foi a linha de cabos não halogenados. Outra atração que chamou atenção foi o Laboratório Técnico montado no próprio estande. Lá o visitante pode conferir alguns ensaios e testes de qualidade que são realizados durante a fabricação de fios e cabos elétricos. Segundo o gerente de Marketing Paulo Alessandro Delgado, é importan-


Fotos: Divulgação

Diversidade

te estar no evento porque a estratégia da companhia é se aproximar cada vez mais do público técnico que visita a feira. “Por isso preparamos e fornecemos para o visitante diversos materiais e catálogos de conteúdo educativo”, observa. De acordo com o executivo, o objetivo de distribuir todos os catálogos e informativos levados ao evento foi atingido. “Nos três dias de feira recebemos em nosso estande cerca de 1.100 pessoas”, contabiliza. A Steck participou do Enie pela décima vez e também aprova a qualidade do evento. A proposta da empresa foi fortalecer sua imagem e, com isso, conquistar novos compradores. “Sempre existem clientes em busca de novidades no setor elétrico. Acredito que o Enie seja a feira mais indicada do segmento e, com isso, a

melhor oportunidade de relacionamento para a Steck em 2014”, avalia Carla Flores, gerente de Produto da Steck. O presidente da companhia, Luis Valente, entende que a participação no Enie ajuda a empresa a se aproximar do seu público-alvo, e, por este motivo, muitas novidades voltadas ao setor elétrico foram apresentadas durante a mostra. Entre os lançamentos, a Steck destacou as linhas Cosmos, Diamant Box VDI, tomadas com tampa Quasar Padrão Brasileiro e fita isolante Fiteck Autofusão. Já o congresso do Enie envolveu a discussão de temas diversos, como eficiência energética, normalização, automação de subestações, correção do fator de potência, variações de tensão, microrredes, redes inteligentes, data centers, qualidade e disponibilidade de energia,

Evento reuniu expositores de diversos setores da área elétrica.

proteção contra surtos e descargas atmosféricas, compatibilidade eletromagnética e luminotécnica. Outro importante assunto discutido foi a Certificação de Instalações de Baixa Tensão, que ganhou um novo estímulo com a recente publicação da Portaria nº 51/2014 do Inmetro. O tema foi abordado pelos engenheiros Eduardo Daniel, superintendente da Certiel Brasil (Associação Brasileira de Certificação de Instalações Elétricas), e Paulo Barreto, diretor Técnico da Barreto Engenharia. Eduardo Daniel destacou que a certificação compulsória das instalações elétricas já é uma realidade em diverpotência

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Enie 2014

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Evento

Foto: Divulgação

No que tange à certificação das instalações elétricas, Brasil continua atrasado em relação ao resto do mundo. Eduardo Daniel | certiel brasil

sos países, e lamentou que no Brasil esse processo ainda esteja no campo da voluntariedade, e mesmo assim, de forma incipiente. A certificação compulsória de instalações elétricas já foi adotada por países do primeiro mundo, como Suíça, Inglaterra e França. Na própria América do Sul, Argentina, Chile, Colômbia e Peru também implantaram o sistema. Até mesmo países menos desenvolvidos que o Brasil, como os africanos Benin, Camarões, Costa do Marfim e Senegal possuem a referida certificação. “Infelizmente continuamos atrasados em relação ao resto do mundo”, comentou Daniel. De acordo com o porta-voz, mesmo na Europa, onde existe a compulsoriedade, por volta de 70 milhões de edificações não atendem aos requisitos técnicos atuais. No Brasil, onde a certificação é recente, a situação é ainda mais grave no que se refere à segurança das instalações elétricas - fato que pode ser comprovado pelas estatísticas de acidentes envolvendo eletricidade. Daniel destacou também que a tendência é o País caminhar para o que se chama de certificação “voluntória”, ou seja, um misto de voluntária com com34

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pulsória. Conforme explica o especialista, o ideal seria que órgãos públicos colocassem nos editais - de um programa habitacional, por exemplo - um item ‘exigindo’ que os construtores certificassem as instalações das edificações por eles construídas. Além dessa frente de trabalho, existem outras propostas sobre segurança das instalações sendo discutidas no País, graças a diversas leis municipais e estaduais. Entretanto, na prática, ainda não se vê uma grande movimentação do mercado nesse sentido, ficando essa questão limitada principalmente a iniciativas isoladas. Para Paulo Barreto, a segurança das instalações elétricas pode ser considerada uma “eterna busca”, pois desde o começo do uso da eletricidade já se discutiam aspectos envolvendo essa condição. Ele destacou que nada nesse segmento aconteceu por acaso, mas sim graças à dedicação de muitos profissionais. “Existe um trabalho hercúleo por trás das medidas que visam a segurança das instalações”, garante. O engenheiro atuou como inspetor na primeira certificação de instalações elétricas do Brasil, em 2002, e analisou o con-

teúdo do RAC (Regulamento de Avaliação da Conformidade) que consta na Portaria nº 51 do Inmetro. Para ele, há algumas impropriedades no documento, entretanto, existem muitos pontos positivos. Como vantagens do RAC, Barreto destaca a padronização de procedimentos de certificação das instalações elétricas e o fato da certificação acontecer no âmbito do Inmetro, que é um organismo de referência no País. O engenheiro aponta ainda que o RAC reforça a importância da NBR 5410 e demais normas ABNT. Enfim, Barreto conclui que a portaria é um instrumento que de fato deverá fomentar a segurança nas instalações elétricas no País. O engenheiro fez ainda um alerta às empresas e profissionais do setor, que a partir de agora tendem a ser mais requisitados pelo mercado. De acordo com Barreto, projetistas e instaladores precisam se preparar adequadamente para o momento, criando ou melhorando procedimentos administrativos e técnicos. Ele destaca ainda que as normas técnicas devem ser adotadas como referências mínimas e que não se deve cair na tentação de alterar especificações técnicas - para priorizar preço, por exemplo.


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Evento

Enie 2014

Paralelamente ao Enie foi realizada a Intersolar South America 2014, feira do setor de energia solar líder no mundo. A mostra reuniu mais de 100 expositores, enquanto que o congresso envolveu mais de 70 palestrantes e por volta de 600 expectadores. Entre os temas debatidos estiveram as atuais políticas governamentais, tecnologias inovadoras, geração distribuída e leilão para fonte fotovoltaica. Conforme destacaram os palestrantes, o setor solar fotovoltaico é um dos que mais crescem no mundo. Essa é uma indústria que pode proporcionar diversos benefícios para qualquer País, pois é sustentável, gera um bom número de empregos qualificados, agrega valor à manufatura e aumenta as possibilidades de exportação. Por conta do alto índice de irradiação solar, o Brasil está entre os mercados mais promissores em termos de geração fotovoltaica. Entretanto, o País ainda precisa montar um parque industrial relevante para a fabricação de equipamentos e componentes. Mas, para chegar a esse ponto, é preciso superar uma série de desafios, como buscar financiamento, exigir incentivos governamentais, encontrar os parceiros adequados e tornar-­s­e competitivo. Outro tema abordado durante as palestras foi a geração distribuída de energia, ou microgeração - quando o consumidor gera sua própria energia elétrica a partir do ponto de consumo. O modelo ainda é recente no País, mas, segundo pesquisa feita pela Aneel, as perspectivas para esse sistema são positivas. A pesquisa de satisfação dos consumidores em relação à geração distribuí36

potência

da foi respondida por 42 consumidores, de alta e baixa tensão, rurais, comerciais, industriais e residenciais. Para 45% dos entrevistados, a maior motivação para gerar a própria energia é a contribuição para o desenvolvimento sustentável do planeta. Sobre a redução da conta de energia após o início da geração distribuída, 26% disseram que a queda ficou entre 50 e 75%. Para outros 26%, a redução foi maior que 75%. Também foi perguntado se o consumidor estava satisfeito por ter instalado um sistema de geração distribuída. Quase a totalidade dos entrevistados (98%) disseram sim. Curiosamente, outra pesquisa, realizada pelo Greenpeace e apresentada pela BlueSol, apontou outros aspectos envolvendo o processo de implantação da microgeração no Brasil. Ao avaliar o quanto já ouviram falar sobre a proposta de microgeração de energia, apenas três, em cada dez pessoas, afirmaram conhecer muito ou alguma coisa sobre o tema. A grande maioria (71%) disse estar pouco ou nada ciente desta proposta, o que indica que ainda há muito trabalho de esclarecimento a ser feito no País.

Fotos: DollarPhotoClub

Panoramas da energia solar fotovoltaica e térmica

Também no Expo Center Norte, entre os dias 27 e 28 de agosto, foi realizado o 2º CB-SOL (Congresso Brasileiro de Aquecimento Solar), realizado pela Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento). Entre os principais temas debatidos estiveram a escassez de energia e as contribuições do aquecimento solar térmico para o País. A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) apresentou um panorama da energia solar térmica no Brasil. Segundo a instituição, em 2013, a área coberta por esse tipo de coletor chegou a 9,8 milhões de metros quadrados, dos quais 7,6 milhões estão instalados em residências (78%). O número de domicílios equipados com aquecedores chega a 2,6 milhões (4,1% do total de residências). Até 2050, serão instalados mais de 250m²/1.000 habitantes de aquecimento solar térmico no Brasil. Com isso, cerca de 20,2% dos domicílios (19.931 unidades) terão o sistema. Veja nas próximas páginas alguns dos produtos apresentados durante as feiras.



Evento

Enie 2014

Astra

HellermannTyton A empresa apresentou uma série de lançamentos no evento. Entre eles está a fita isolante Hela Tape Plus, em rolo de 19mm x 20m e espessura de 0,21mm, que atende aos requisitos de segurança e desempenho da ABNT NM 60454-3. A empresa também expôs sua nova impressora de transferência térmica TT430, para impressão de etiquetas com baixo e médio volume de impressão. Compacta, rápida e de fácil manuseio, foi desenvolvida para identificação de fios e cabos, componentes elétricos e maquinário em geral.

O Grupo Astra apresentou algumas soluções industrializadas para instalações elétricas. Um dos lançamentos foi a série “Ei”, de tomadas, interruptores e acessórios. Os produtos serão vendidos em conjuntos montados e prontos para instalação, e também em módulos individuais, o que possibilita a substituição completa ou parcial das peças. Os módulos são formados por tomadas de 10 e 20A e interruptores simples e paralelos. Também compõem a linha acessórios como o módulo cego, passa-fio, antena (coaxial) e telefone.

Multiway

Strahl

Vepan Um dos destaques da Vepan na exposição foi a linha Vepact, composta de sistemas de painéis de distribuição de baixa tensão até 6.000A. As soluções oferecidas pela empresa são especificadas de acordo com as necessidades de cada projeto, priorizando facilidade de instalação, redução de dimensões e possibilidade de ampliação simples a um baixo custo dos projetos. Os painéis Vepan são pré-testados de acordo com as normas NBR IEC 60439-1 (TTA - PTTA) e NBR IEC 62271-200. 38

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A empresa destacou na feira os seus centros de medição agrupada, fabricados conforme a NBR 15820 - Caixa para medidor de energia elétrica. Principais características: produzidos em policarbonato, na cor cinza, com grande resistência mecânica e proteção anti UV; tampas transparentes que facilitam visualizar toda a instalação; tampas anticorrosivas e isolantes (evitam acidentes); leves, robustas e de fácil instalação; homologadas pelas principais concessionárias do País. Os centros permitem diversas configurações de montagem, conforme o projeto. Exemplos: centros de medição agrupada (CMA), caixas plug-in, quadros gerais de BT, centros de medição indireta, montagens de caixas de proteção/seccionadoras, montagens de quadros e painéis elétricos em geral.

Desenvolvido e patenteado pelo Grupo Multiway, o Smart Server Rack atende à demanda dos data centers que requerem alto nível de monitoramento e controle. São racks capazes de melhorar a distribuição de ar frio para os servidores, reduzindo as perdas do sistema de refrigeração causadas por problemas como contaminação do ar, recirculação do ar quente, barreiras e bloqueios. O sistema da linha Smart Server é parametrizável, ou seja, o gestor tem condições de ajustar as alterações de cor, conforme a necessidade de seu ambiente. Essas inovações trazem ganhos de até 30% no arrefecimento térmico da carga, segundo a empresa. Outras características: venezianas em policarbonato de alto impacto VO instaladas nas portas; menor índice PUE do sistema; monitoramento visual da temperatura e umidade do rack, através da iluminação das portas (sistema LED).


Telbra Entre os vários lançamentos, a Telbra apresentou o bloco autônomo para iluminação de emergência, de fabricação própria e certificado. A caixa é à prova de explosão, em alumínio fundido, com luminária à prova de explosão modelo Ex-d, e faróis em LED de alto brilho. Possui sistema eletrônico microprocessado de controle de carga e flutuação d a bateria; botoeira à prova de explosão para liga-desliga e sinalizador; e bateria selada estacionária de 12V.

Crimper O alicate hidráulico CR51-C é uma ferramenta de alto desempenho indicada para crimpar terminais e luvas de compressão de 16 a 300mm em fios de eletricidade. Matrizes de aperto no sistema hexagonal evitam que filamentos do condutor se danifiquem na hora da crimpagem. Possui, além de um elevado torque, uma grande secção nominal de crimpagem, aliado ao fácil manuseio. O produto é fabricado coåm alto controle dimensional através da operação de retificação de suas partes internas, gerando assim uma baixa manutenção, e consequentemente, prolongando a vida útil da ferramenta.

Steck A empresa lançou a linha Cosmos de disjuntores de caixa aberta para proteção de circuitos elétricos de baixa tensão. Os equipamentos permitem a otimização na operação e monitoramento da instalação em conjunto com disparadores eletrônicos. As suas principais áreas de aplicação são a chegada, distribuição, barramento e saídas em sistemas de distribuição de energia, proteção de motores, geradores e bancos de capacitores, com as vantagens de instalação e upgrade. São compactos, possuem design com apenas dois tamanhos (ou frames), atendendo correntes de 630 a 4.000A. potência

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Evento

Enie 2014

Dutoplast

Naville Os lançamentos da Naville da feira foram as luminárias à prova de explosão EYL04 e EYL114. Produzidas pela própria Naville, as luminárias possuem corpo e aro em alumínio fundido e três anos de garantia. Oferecem proteção para Zona 2 - IIA, IIB, IIC; e Zona 22 IIIA, IIIB, IIIC. E são devidamente certificadas. Características técnicas: potência até 120W; durabilidade de até 50 mil horas e grau de proteção IP 65.

A Dutoplast aproveitou a feira para destacar sua ampla linha de produtos, que inclui dutos, eletrodutos (com rosca e sem rosca), abraçadutos, Spiraduto, Dutodin, Fitduto, Fixaduto, Dutoprático, Duto-X, Dutopiso, linha adesivada, Dutopop, minicanaletas articuladas e sistemas de identificação e fixação de fios e cabos.

Siemens A Siemens apresentou seus novos disjuntores de baixa e média tensão e contatores. A linha de disjuntores de baixa tensão 5SL, por exemplo, é de fácil instalação e atende às exigências específicas de grandes projetos prediais e comerciais, como hospitais, shop­p­ings, data centers e indústrias. Para instalações de média tensão, a empresa lançou o disjuntor a vácuo Sion 3AE5, adequado aos painéis com isolamento a ar. O produto é um dos mais compactos para o segmento, e possibilita a construção de quadros menores e redução de custos. Outras novidades tecnológicas apresentadas pela companhia foram os contatores 3TS, que podem ser utilizados em diversas áreas e equipamentos, como construção civil, máquinas com partidas individualizadas, bombas, compressores, HVAC e iluminação.

Steck A linha Diamant Box VDI, da Steck, possui amplo espaço interno para interligações e passagem de cabos. O produto é indicado para dispositivos de voz (telefonia), dados (rede) e imagem (TV), podendo ser instalado em residências, edifícios comerciais e industriais. Fabricado em termoplástico autoextinguível a 650ºC, possui um maior número de entradas para eletrodutos, base com pré-furos para parafusos autoatarrachantes e porta reversível com abertura a 180º. O produto possui grau de proteção IP40 e proteção mecânica IK06. 40

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Grupo A. Cabine A nova solução High Tech System apresentada pelo Grupo A.Cabine representa uma evolução do conceito convencional de disjuntor de média tensão. Trata-se de um único disjuntor para instalações de 17,5 a 24kV, com proteção indireta incorporada, além da vantagem de instalação devido à sua aplicação poder ser frontal ou lateral. Características técnicas: corrente nominal de 800A e capacidade de ruptura de 16kA. Principais vantagens: tecnologia suíça, disjuntor A.Cabine modelo HT - frontal ou lateral, com ampolas a vácuo englobadas; elevado número de manobras e longa duração elétrica e mecânica; compacto; dispensa a utilização de acessórios, como bobina de abertura, fechamento e motor; controle através de um módulo inteligente microprocessado.


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Enie 2014

Holec A Holec lançou o adaptador plug-in para minidisjuntores engatável no Sistema T60 compacto. A empresa disponibiliza adaptadores para disjuntores mono, bi e tripolares até 63A, com largura de 18mm por polo, e simples engate ao barramento. Contatos ajustáveis para R, S ou T. Acompanha conectores tipo faca para os minidisjuntores.

Chint Maior fabricante de material elétrico de baixa tensão da China e produtor líder do segmento de energia solar, a companhia destacou no Enie sua capacidade de prover ao mercado todos os produtos que compõem a cadeia industrial de energia solar fotovoltaica. O portfólio inclui o módulo solar fotovoltaico, caixas combinadas PV, quadros de comando, inversores e demais equipamentos que formam o sistema.

Soprano A linha de plugues e tomadas industriais da Soprano é indicada para conexão de diversos equipamentos em ambientes sujeitos a pó, água, umidade, intempéries, respingos quentes, agentes químicos, impactos e vibrações. A linha é formada por plugues, acopladores, tomadas de embutir e de sobrepor. Especificações técnicas: fabricação conforme as normas NBR IEC 60390-1 e NBR IEC 60309-2; alto desempenho e resistência; tensão nominal de operação 220-240VCA (azul) e 380-440VCA (vermelho); correntes nominais: 16, 32, 63 e 125A; 3, 4 e 5 polos (2P + T, 3P + T e 3P + T + N); IP 44 para os modelos de 16 e 32A, e IP 67 para os modelos de 63 e 125A.

Kanaflex

Obo Bettermann A incidência de descargas atmosféricas em instalações solares fotovoltaicas é altíssima, podendo comprometer todo o sistema. O inversor de frequência é extremamente sensível e precisa de uma proteção segura e eficaz. Pensando nisso, a Obo Bettermann desenvolveu o dispositivo de proteção para instalações fotovoltaicas (modelo FV). Características: proteção nível II ou I + II, módulos descartáveis sem necessidade de desconexão das bases do quadro de energia; e baixa corrente de fuga. Três polos em circuito Y. Módulo V20 FV; Módulo V25 FV e Módulo V50 FV. 42

potência

A Kanaflex apresentou sua extensa linha de produtos e acessórios para infraestrutura, englobando telecomunicações, energia, saneamento, drenagem e gás combustível. Entre os produtos, destaque para as linhas KanaLex e KanaDuto (dutos para proteção de cabos subterrâneos), OptiLex (subduto e duto para proteção de cabos subterrâneos), KanaNet e KanaDren (tubo perfurado para drenagem), KanaSan (tubo para saneamento e esgoto), KanaLiso, KanaGás (tubo para gás combustível), KNTS Super (tubo corrugado de grandes diâmetros).


Telbra A Telbra destacou na feira o projetor modelo TPRW006, para atmosferas explosivas Ex-d, com IP 66, indicado para lâmpadas de até 400W, com tipo de proteção à prova de explosão Ex de IIB T3, apropriado para uso em Zona 1, Zona 2, Zona 21 e Zona 22.

Mersen Além da sua linha completa para proteção elétrica, como fusíveis para semicondutores, barramentos blindados, dissipadores a ar, fusíveis CC e chaves seccionadoras, a Mersen também apresentou alguns lançamentos voltados a instalações solares fotovoltaicas (FV). Entre eles, o sistema PV Monitoring, nível string, para monitoramento da performance de cada string, a fim de acompanhar o rendimento e o desempenho do equipamento, identificar erros, etc. Também foi lançado o PV Safety, para fazer o seccionamento individual por painel em geração distribuída (GD). E ainda a linha de protetores contra surtos IEC, para proteção específica de sistemas de iluminação pública a LED.

Cobrecom Os destaques da empresa no Enie foram os cabos não halogenados da linha Superatox (Flex 70ºC e Flex HEPR 90ºC) para 1, 2, 3 e 4 condutores. Em casos de incêndio, eles emitem baixa quantidade de fumaça translúcida e sem a presença de gases tóxicos e corrosivos. Os cabos Superatox Flex da Cobrecom possuem tensão de isolamento de 450750V e são indicados para locais com grande afluência de pessoas, conforme recomendado pelas normas NBR 5410 e NBR 13570. No estande da Cobrecom Fios e Cabos Elétricos, o visitante também pode conferir o Laboratório Técnico, onde foram realizados alguns ensaios e testes de qualidade nos produtos.


Evento

Enie 2014

Perfil Líder A empresa apresentou sua linha completa de eletrodutos e conexões para instalações elétricas. Tratam-se de eletrocalhas lisas e perfuradas, perfilados com dois furos e perfurados, materiais para fixação, leitos para cabos, eletrodutos, curvas e luvas. Aplicações: condução, proteção e distribuição de fios e cabos, condução e derivação de fiação e sustentação de luminárias, montagem e fixação de eletrocalhas, leitos, perfilados e eletrodutos.

Holec

Intelli A Intelli apresentou sua linha completa de luvas e terminais bimetálicos, como solução para as conexões de condutores de alumínio em barramentos, bornes de cobre ou liga de cobre, bucha de transformador e emendas de condutores de alumínio e cobre, com objetivo de eliminar a formação de corrosão galvânica. Os produtos são fabricados em cobre eletrolítico e alumínio com alta condutividade elétrica e resistência à corrosão, unindo os materiais pelo processo de solda por fricção. A conexão é feita através de compressão, utilizando ferramentas mecânicas ou hidráulicas, e matrizes intercambiáveis. Recomenda-­ se que, em regiões litorâneas, após a aplicação do terminal ou luva, se faça a isolação da conexão com tubo termocontrátil ou fita de autofusão.

Entre as novidades da Holec na feira estão os barramentos blindados da linha HBc. O sistema é supercompacto, composto por estrutura em alumínio anodizado, barras coladas com duplo sistema de isolação e junções de elementos que facilitam e asseguram a montagem correta e simples na instalação. Outras características: condutores em cobre ou alumínio, de 250 até 6.000A, elevada capacidade de curto-circuito, invólucro em alumínio anodizado, mínima queda de tensão, isolação híbrida, flexibilidade na distribuição de energia e ótima troca de calor.

Obo Bettermann A empresa lançou uma gama de produtos de proteção passiva contra incêndio, feitos na Alemanha, que ajudam a conter o fogo, evitando a propagação de chamas, calor e fumaça. Entre os produtos estão o Pyromix (argamassa especial), Pyroplate (placa de fibra mineral), Pyrosit (cartucho de espuma antiincêndio), Pyrobag (almofadas intumescentes), Pyroplug (bloco de espuma intumescente e flexível), Pyrowrap (bandagem para envolver cabo ou eletrocalha), Pyroline (dutos de proteção para passagem de cabos). A empresa também lançou o USM-LED, dispositivo de proteção contra surtos (DPS), tipo II, para lâmpadas a LED de sistemas de iluminação pública. Características: proteção nível II - 230V; e corrente de descarga 10-20kA. 44

potência

Ekoled A Ekoled apresentou sua nova luminária LED Phosphor, com tecnologia avançada e de baixo consumo de energia elétrica. Trata-se de uma opção para substituir as lâmpadas convencionais, com versatilidade, e que pode ser aplicada em iluminação comercial, residencial e em escritórios. Especificações técnicas: potência de 27, 32, 39 e 45W; temperatura de cor de 3.000 a 6.000K; bivolt; emissão de luz de 2.700 a 4.500lm; IRC maior ou igual a 80; ângulo de iluminação de 360 graus; e fator de potência maior ou igual a 0,90. A empresa também lançou a lâmpada tubular T5 a LED, com mais de 3.000lm, para várias aplicações e usos.


Atack Eletrometalúrgica Desenvolvidos seguindo as prescrições da NBR IEC 60439-1, os Painéis de Distribuição em Baixa Tensão consistem em uma solução para proteção e distribuição de circuitos principais e secundários em aplicações industriais ou comerciais. São adequados às exigências da NR10; permitem montagem side-by-side ou back-to-back; podem ser equipados com disjuntores fixos, plug-in ou extraíveis e possuem grau de proteção IP 30, 31, 41 e 54. Modular (permitindo expansões futuras) e totalmente sem solda (o que diminui o tempo de montagem), o equipamento é aplicável em instalações de até 3.200A.

Burndy

Romagnole A empresa está lançando uma linha de estruturas para fixação de painéis fotovoltaicos. O material é confeccionado em aço carbono galvanizado ou em alumínio. Na foto, o modelo Tracker Solar, cujo diferencial é o mecanismo de regulagem dos ângulos para obter um melhor aproveitamento da incidência solar. A estrutura permite ao usuário fazer até cinco tipos de regulagem. O ajuste pode ser feito de forma manual.

Os conectores BURNDY® ISB e IJB são aplicáveis em cabos de cobre e alumínio nas redes secundárias, instalações subterrâneas de infraestrutura, redes internas de distribuição e em diversos segmentos da construção. Projetados com flexibilidade de estanqueidade, são submersíveis e isolados. O sistema proporciona agilidade por ser aparafusado e com estanqueidade própria, levando a uma redução no tempo de aplicação, facilidade na instalação; além disso, não há necessidade de ferramenta especial para sua aplicação. Classe de tensão até 600V; em sete versões de 2, 4, 6 e 8 saídas, atende às normas de desempenho ANSI C119.1 e ANSI C119.4; são fornecidos com parafusos de alumínio; todas as versões com composto inibidor e podem ser instaladas diretamente no solo. Os conectores são utilizados em sistemas de iluminação pública, condomínios industriais, empresariais e residenciais, shopping centers e estádios esportivos.

FLIR FLIR VP 50 é um detector de tensão sem contato + lanterna profissional. Instrumento de bolso robusto e à prova d´água, ele detecta tensão em sistemas elétricos em instalações industriais, baixa tensão em aplicações residenciais e sistemas localizados atrás de obstruções (utilizando o modo de sensibilidade alta). É dotado de LED multicolorido e alarme vibratório que proporciona facilidade na identificação de tensão (acima de 1.000V) em ambientes com ruídos. A lanterna de trabalho possui iluminação intensa (60 lúmens) para delimitar locais; a lâmpada com LED duplo aumenta a eficiência na inspeção do alvo.

Full Gauge PhaseLOG E plus é um registrador da qualidade da energia elétrica que monitora e protege equipamentos elétricos trifásicos contra falta de fase, inversão de fase, sub e sobretensões (flutuações da rede elétrica), assim como contra o desbalanço entre as fases (modular e angular) em instalações industriais, comerciais e residenciais. O produto é também voltímetro sequencial e mede as tensões eficazes da rede elétrica (True RMS). O PhaseLOG plus possui relógio em tempo real, memória interna (datalogger) e comunicação com o software Sitrad. potência

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Foto: DollarPhotoClub

Mercado

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potĂŞncia

Plugues e tomadas industriais


Robustez e

segurança

Fabricantes esperam que economia volte a crescer para impulsionar vendas de plugues e tomadas industriais. Mas mercado não para.

Reportagem: Paulo Martins

S

olução básica para garantir a alimentação elétrica de equipamentos na indústria, no comércio e na construção civil, os plugues e tomadas industriais constituem uma linha de produtos de aplicação bastante versátil. Eles estão presentes nos mais diversos ambientes, que vão desde um modesto canteiro de obras, até uma complexa refinaria de petróleo, passando por supermercados, instalações portuárias e plantas de mineração. A diversidade de modelos disponíveis no mercado brasileiro é grande. Consequentemente, a qualidade também pode apresentar variações, o que exige atenção para a correta especificação e aquisição desses itens, a fim de obter o melhor desempenho da instalação e não comprometer a segurança dos usuários. No momento, os fornecedores que atuam no Brasil mantêm-se na expectativa da retomada do crescimento da economia do País em um ritmo mais forte, de maneira a impulsionar novos pedidos. Mas, enquanto esperam, eles não estão de braços cruzados. Muito pelo contrário: é grande a movimentação nas empresas em torno do desenvolvimento de produtos melhores e na conquista de novos mercados e clientes. O País conta hoje com apenas dois fabricantes locais, ambos instalados na

capital paulista: Steck, que detém cerca de 70% do mercado, e Strahl, que fica com outros 20%. O restante do bolo é disputado por aproximadamente uma dezena de empresas brasileiras e multinacionais que importam essa linha. Não existem estatísticas precisas, mas calcula-se que as vendas de plugues e tomadas industriais no Brasil movimentem pelo menos R$ 70 milhões por ano. Entretanto, há quem arrisque uma estimativa ainda mais otimista. Para essa corrente do mercado, o volume comercializado pode chegar a R$ 100 milhões. Conforme mencionado, a utilização dos plugues e tomadas industriais é bastante ampla. Eles são necessários para a conexão elétrica de diversos tipos de máquinas e equipamentos na indústria em geral, em quadros e painéis elétricos, na agricultura, no comércio e nas dependências de portos e aeroportos. A solução é instalada até mesmo no baú de caminhões frigoríficos, que eventualmente precisam se conectar a uma fonte externa de energia, quando o veículo está com o motor desligado. Novas fábricas, estabelecimentos comerciais e empreendimentos imobiliários, bem como a realização de serviços de manutenção e adequação da estrutura existente são fundamentais para gerar demanda. “Esses produtos têm forte aplipotência

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Mercado

Plugues e tomadas industriais

Foto: D

ivulg

cação no desenvolvimento de máquinas. Portanto, a modernização de instalações e a consequente compra de novas máquinas para aumento de produtividade ajudam as vendas”, comenta Carla Flores, gerente de Produto da Steck. Outro segmento importante para o escoamento dessa linha é a construção civil, graças à maior exigência de atendimento à segurança e cumprimento de normas nesse ambiente - pelo menos em relação às instalações elétricas. Os plugues e tomadas industriais são res-

ação

ponsáveis pela ligação de uma série de equipamentos, como betoneiras, motores, martelos demolidores, serras e quaisquer tipos de ferramentas elétricas. “Este tipo de produto é utilizado para dar segurança às instalações elétricas. Logo, é imprescindível no canteiro de obras de qualquer nova planta, seja um edifício comercial ou residencial”, complementa Carla. Atenta às necessidades do mercado, algumas empresas passaram a oferecer unidades portáteis para distribuição de energia contendo diver-

sas tomadas, além de dispositivos de proteção. Existem modelos no formato de caixa, com alça, para serem pegos com a mão. Outros, em formato de torre, são afixados a um carrinho com rodas; há ainda aqueles com suporte estático, tudo para facilitar o transporte e a alocação no ambiente de trabalho. “Nos canteiros de obras não pode mais haver aquela madeirinha servindo de suporte para as tomadas. Isso é proibido, pois houve muitos acidentes, inclusive envolvendo choque elétrico”, alerta Fabrizio Ferro, diretor da Strahl. As unidades portáteis também são indicadas para utilização em eventos temporários onde haja necessidade de mobilidade, como shows e feiras, pois proporcionam rapidez de manuseio e instalação.

Em ritmo lento, economia atrapalha negócios

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potência

do desenvolvimento do País, com a concretização de novas construções, investimentos em infraestrutura e a modernização do parque industrial brasileiro. “Isso nos ajudaria não só em termos de crescimento em nível nacional, mas também seríamos mais competitivos, abrindo-se desta forma as portas para o mercado internacional”, destaca. De acordo com ela, a linha de plugues e tomadas industriais é de extrema importância para a Steck, pois ajudou a tornar a empresa conhecida. “Hoje em dia abastecemos mais de 70% do mercado nacional e já temos bastante representatividade em outros países da América Latina”, comemora. A executiva acredita que a economia brasileira tem tudo para deslanchar e que certamente isso acontecerá nos próximos

anos, graças aos investimentos em infraestrutura necessários ao desenvolvimento do País e à volta da confiança do setor privado. “Com certeza a consequência será muito positiva, inclusive com um bom crescimento neste setor”, prevê Carla. Outro problema mencionado pela porta-voz da Steck é a grande competitividade das empresas asiáticas, que em alguns casos estariam fornecendo produtos de qualidade inferior. “Providências como a criação de políticas de incentivo fiscal para a produção nacional; a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados

Crescimento do mercado depende do desenvolvimento do País, com novas construções, investimentos em infraestrutura e a modernização do parque industrial. Carla Flores | Steck

Foto: Divulgação

A venda de plugues e tomadas industriais depende diretamente do desempenho da atividade econômica do País como um todo. O problema é que o Brasil passa por um período de baixo crescimento, com o setor industrial em recessão e a construção desaquecida em muitas cidades. Para complicar, é ano de eleição presidencial. Isso acaba intimidando os investimentos do setor privado, que normalmente prefere esperar o desfecho da situação para depois tomar decisões. Como consequência desse quadro macroeconômico, a exemplo de outras linhas de produtos, o mercado de plugues e tomadas industriais apresenta desempenho apenas discreto no momento. Mas há exceções, com algumas empresas comemorando resultados acima da média. Apesar dos problemas relatados, os fornecedores do setor tentam não se deixar abater e procuram dar continuidade ao trabalho, na expectativa de alcançar melhores resultados mais à frente. Carla Flores confirma que um crescimento maior deste mercado depende


Monumento ao Cristo Redentor

IIuminado e protegido com a tecnologia da Phoenix Contact

O monumento ao Cristo Redentor é constantemente atingido por descargas atmosféricas que causam danos ao monumento, como também danos ao seu sistema eletrônico de iluminação. A Phoenix Contact participou do projeto que modernizou suas instalações elétricas através da utilização de Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) de Classe I e II nos sistemas de energia que alimentam a iluminação e garantem a proteção contra descargas atmosféricas. A instalação de fibra óptica, garantiu a comunicação sem interrupções dos sistemas de controle de iluminação temática. Com a tecnologia inovadora da Phoenix Contact, o Monumento ao Cristo Redentor agora conta com o funcionamento seguro e ininterrupto de sua iluminação. Assim, ele poderá iluminar nossa população ainda mais e sempre.

FOTO: DANIEL COELHO/RIOLUZ

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Plugues e tomadas industriais

pois ela necessita de uma política específica de desenvolvimento em função do estado em que se encontra atualmente”. Fabrizio Ferro destaca que o segmento de plugues e tomadas industriais é bastante importante também para a Strahl, até porque constitui a área que se destacou na criação da empresa, há quase 30 anos. E, até hoje, responde por boa parte do faturamento. “Apesar de fabricarmos mais de 40 linhas de produtos, muitos clientes nos conhecem por esses itens”. A Strahl disponibiliza ao mercado tomadas de 16 a 200 ampères e identifica que o ano pode ser considerado positivo, apesar de ter havido queda de vendas em função de existirem mais empresas comercializando essa linha no País. O executivo confirma que este segmento depende muito dos investimentos, que se retraíram. Inevitavelmente, essa situação acaba refletindo nos negócios: “O primeiro semestre foi difícil, mas no segundo já houve uma melhora”, revela. Fabrizio observa que os plugues e tomadas industriais são consumidos durante todas as etapas de uma obra - desde o canteiro, ou seja, a construção em si, até a operação final das máquinas e equipamentos de uma instalação comercial ou industrial. Isso garante um volume uniforme de pedidos, ao contrário de determinados itens - como iluminação -, que só entram após tudo terminado. Gustavo Luis Boff, coordenador Corporativo da empresa gaúcha Soprano, conta que as perspectivas de crescimenFoto: DollarPhotoClub

e a fiscalização para saber se os produtos atendem às normas que regem o mercado ajudariam muito as empresas do nosso País”, aponta Carla. Marcelo Soares, diretor de outra companhia de São Paulo, a SOB Brasil, cita mais problemas que atravancam o crescimento do segmento de plugues e tomadas industriais: a falta de conhecimento dos usuários sobre a necessidade de as instalações respeitarem as normas e a falta de punição para os responsáveis pelas instalações irregulares. “É necessário que exista maior fiscalização e que as normas de segurança sejam melhoradas e, principalmente, cumpridas”, defende o executivo. Apesar de tudo, as vendas da SOB Brasil nessa área vêm crescendo nos últimos anos. Em 2014 o resultado deve ficar abaixo da meta planejada, mas ainda assim com um aumento de dois dígitos, em termos percentuais, em relação ao ano passado. “Para 2015 temos a expectativa de continuarmos nessa direção”, adianta o porta-voz. Para o diretor da SOB, as perspectivas para esse mercado nos próximos anos são positivas, mas com moderação. Tende a haver crescimento, pois a atualização das estruturas existentes é uma necessidade inadiável em muitos casos, e o setor de construção civil deve voltar a ficar aquecido após o período eleitoral. Entretanto, pondera Soares, ainda existirão pendências a serem resolvidas: “A incógnita maior ficará a cargo de quando e se teremos a recuperação da indústria,

Foto: Divulgação

Mercado

Quando se estabelece a compulsoriedade, a intenção não é eliminar concorrentes, mas melhorar a qualidade dos produtos. Fabrizio Ferro | Strahl

to para esta linha de produtos são boas, em função da maior exigência e mesmo conscientização do mercado quanto à melhoria da qualidade das instalações elétricas. “O desempenho de vendas desta linha vem crescendo acima da média do mercado, visto que a Soprano tem uma tradição de 35 anos na comercialização de disjuntores e outros produtos para proteção elétrica, e o segmento de plugues e tomadas industriais torna-se um complemento de nosso portfólio junto a nossos clientes”, analisa. Boff informa que a Soprano lançou a linha de plugues e tomadas industriais no ano de 2011 e, desde então, praticamente tem dobrado o volume de vendas nessa área a cada ano. “Nossa expectativa para 2014 e próximos anos é manter este ritmo de crescimento, em função de ainda estarmos entrando com a linha em clientes atuais que não conhecem os plugues da Soprano, além do desenvolvimento de novos clientes e do lançamento de novos produtos”, complementa.

Construção civil

Os plugues e tomadas industriais são imprescindíveis para a segurança no canteiro de obras. 50

potência


Inovar sempre é possível e necessário Para quem não é especialista da área, nem está familiarizado com o tema, vale o esclarecimento: os plugues e tomadas industriais são bem diferentes daqueles destinados ao uso residencial. Para começar, os dois tipos são regidos por diferentes normas, o que os torna completamente distintos, dos pontos de vista estético e técnico. A linha industrial destina-se a aplicações com maiores exigências, em termos de tensão e corrente de trabalho. Enquanto os plugues e tomadas residenciais estão limitados por norma a uma corrente de 20 ampères e a uma tensão de trabalho de 250 Volts, em corrente alternada, seus ‘primos’ voltados ao serviço mais pesado são projetados para atender correntes de até 800 ampères e tensões de até 1.000 Volts.

Construtivamente, os produtos industriais são bem maiores e robustos, sem grande apelo de design. Como eventualmente é preciso fazer a conexão de equipamentos em ambientes sujeitos a pó, água, umidade, respingos quentes, agentes químicos, impactos e vibrações, foram desenvolvidos modelos resistentes às intempéries e à corrosão. “O ambiente industrial é muito mais agressivo do que o residencial. Logo, os plugues e tomadas industriais possuem características e especificações mais rígidas para suportar esses ambientes”, reforça Gustavo Boff, da Soprano. O coordenador da empresa informa que os plugues industriais também se diferenciam pela segurança de operação, já que impedem o contato acidental com partes energizadas, prote-

gendo assim a vida dos usuários. “Eles também impedem a conexão acidental de equipamentos em tensões erradas, pois uma tomada de 220Vac não encaixa em uma tomada de 380Vac. Além disso, elas possuem cores diferentes para cada tensão”, completa Boff. O executivo da Soprano lembra que especificar e comprar corretamente uma tomada ou plugue industrial é fundamental para a adequada aplicação e utilização dos produtos. De acor-

Foto: Divulgação


Plugues e tomadas industriais

Especificar e comprar corretamente uma tomada ou plugue industrial é fundamental para a adequada aplicação e utilização dos produtos. Gustavo Luis Boff | Soprano

do com ele, as principais especificações que devem ser observadas são a tensão de funcionamento (127, 220, 380V, etc.), a corrente nominal da carga/equipamento que será alimentada através do plugue/tomada e o número de polos utilizados pela carga/equipamento. “E, talvez o mais importante, porém, menos solicitado: o Índice de Proteção da tomada”. Marcelo Soares, da SOB Brasil, lembra que a especificação dos produtos precisa ser definida por meio de cálculos e deve ser feita por um engenheiro especialista responsável. “Depois é preciso comparar os produtos oferecidos, pois todos são intercambiáveis. Portanto, irão funcionar mesmo que o par da conexão tenha dois fabricantes diferentes em cada uma de suas extremidades. Porém, existem diferenciais e vantagens que poucos produtos oferecem”, alerta o diretor. O curioso é que apesar de configurarem uma tecnologia já 52

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consagrada, os plugues e tomadas industriais têm conseguido agregar inovações ao longo dos anos, não só pela exigência das normas, mas também pela necessidade dos usuários em ter um produto mais funcional e seguro. As novas aplicações surgidas mais recentemente, como os veículos elétricos, também obrigam as empresas a buscarem soluções. Carla Flores garante que a Steck está atenta às necessidades dos consumidores e focada em melhorar o tempo de instalação dos produtos, para que o cliente consiga instalar mais plugues e tomadas em menos tempo. “O encaixe rápido da base com a carcaça, o tipo de prensa-cabos e o sistema de aparafusar são coisas que constantemente estudamos como melhorar. Tanto que há pouco tempo lançamos a linha Albany Wave II, com novas características de instalação”, informa. A executiva da Steck destaca também os recursos da Linha Quasar, destinada a canteiros de obras e indústrias. A solução é totalmente modular e pode ser montada de acordo com a necessidade de cada ambiente. Equipado com chassis removíveis, o quadro vem com a furação pré-marcada, o que permite a montagem de equipamentos e cabos com mais facilidade para instalação. Além disso, o produto possui um amplo espaço interno que possibilita fácil acesso das mãos e ferramentas. Fabrizio Ferro, diretor da Strahl, destaca os benefícios proFoto: Divulgação

Foto: Divulgação

Mercado

porcionados pela tomada de bloqueio mecânico e proteção elétrica. Em carga, o equipamento não permite a conexão nem a desconexão do plugue, evitando inclusive o arco voltaico. “Isso oferece maior segurança ao operador e ao equipamento”, aponta. Outra solução destacada pelo executivo é a tampa trava. Todas as tomadas da Strahl contam com este elemento, que garante hermeticidade à peça e atua como trava mecânica, que impede desconexões acidentais. Além disso, os pinos de contato utilizados nos plugues são construídos em uma só peça de latão maciço niquelado, o que assegura um contato perfeito. Gustavo Boff informa que os plugues da Soprano possuem corpo na cor cinza, o que garante a manutenção da aparência de novo por evitar que a peça absorva pó e sujeira. Além disso, possuem prensa-cabo com indicação de diâmetro que pode ser ajustado de acordo com a bitola do cabo, facilitando sua instalação. A Soprano possui uma linha com toda a grade de plugues, acopladores, tomadas de embutir e sobrepor e está trabalhando na ampliação do portfólio com o desenvolvimento de quadros e caixas plásticas, voltados para o segmento da construção civil, dotados de tomadas industriais e disjuntores. As novidades não param por aí. “Recentemente lançamos uma grade de produtos com tomadas invertidas e linha de 125A. Estamos ampliando a grade com modelos para utilização em 110V e lançando em breve uma nova linha com IP67, incluindo plugues para uso em container refrigerado”, destaca Boff. Marcelo Soares, diretor da SOB Brasil, garante que os produtos da companhia primam por serem pioneiros em conveniência e praticidade ao usuário, com a substituição de parafusos para montagem por elementos


Onde o Brasil mostra sua força, a IPCE está presente

“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo” Peter Drucker

A IPCE acredita que o futuro é moldado segundo as ações que são criadas e postas em prática a cada dia. Por isto, há 48 anos, tem como foco constante, o aperfeiçoamento de sua linha de produtos e do perfil de relacionamento com clientes de diversos segmentos. Todos os dias, a equipe IPCE, cria diferenciais que proporcionam vantagens competitivas para os usuários de seus produtos, além de contribuir para a construção de um país mais forte, moderno e arrojado. Se o futuro é moldado segundo nossas ações, a IPCE tem orgulho de participar deste esforço coletivo que conta com o reconhecimento mundial: o Brasil, é o país do presente e o futuro, um universo de oportunidades.

www.ipce.com.br


ulga ção : Div

Plugues e tomadas industriais

Foto

Mercado

de fixação já integrados ao corpo do conector. Além disso, os prensa-cabos são integrados; os contatos, tanto dos pinos quanto dos insertos são na tecnologia Lamella, aumentando o número de pon-

tos de contato e garantindo uma melhor conexão. “Somos os únicos com a opção dos contatos serem fixados pelo sistema de mola, possibilitando a montagem do plugue sem a necessidade de nenhuma

ferramenta, nenhum parafuso sequer. Isso, para o usuário, é um avanço muito grande”, considera Soares.

Mercado quer compulsoriedade para melhorar qualidade

Foto: Divulgação

Ainda não existe no Brasil uma legislação que torne compulsória a certificação de plugues e tomadas industriais. Como não há fiscalização específica para verificar o atendimento às especificações estabelecidas, o mercado nacional acaba ficando sujeito à circulação de produtos de qualidade duvidosa. Convém aos compradores compararem aspectos que vão desde os materiais utilizados na fabricação dos dispositivos até detalhes como a espessura da parede de uma tomada. Marcelo Soares, da SOB Brasil, destaca que em geral os produtos desse segmento são compatíveis com o padrão mundial e intercambiáveis entre si. Porém, prossegue ele, “é uma grande questão”, se todos os itens possuem de fato os padrões mínimos desejáveis, em termos de segurança elétrica. Para o executivo, há casos em que a qualidade dos artigos vendidos no Brasil deixa a

desejar. “Algumas marcas oferecem produtos com tecnologia ultrapassada, não se importando em oferecer algo melhor ao consumidor”, lamenta. Gustavo Boff, da Soprano, também denuncia a existência no País de itens de baixa qualidade fabricados com materiais reciclados e que não oferecem a mesma durabilidade e desempenho de produtos comercializados por empresas sérias. “A maioria dos fabricantes informa que o produto está de acordo com a norma, porém, não há fiscalização para a verificação do cumprimento ou não dos requisitos da norma. De forma geral o mercado tem conhecimento da existência da norma, porém, desconhece os requisitos da mesma”, relata. Marcelo Soares, da SOB, também destaca a falta de informação como um grande problema: “Além da falta da norma compulsória para esses produtos, as normas que regularizam os serviços e instalações que se utilizam deles, como por exemplo a NR-10, também não são muito divulgadas e de conhecimento do público geral, atrapalhando bastante o desenvolvimento do mercado”. Fabrizio Ferro, da Strahl, destaca que os plugues e tomadas precisam ser fabricados com material autoextinguível. “No caso de curto-circuito ele derrete mas não propaga chamas. Se o material não é autoextinguível, pode haver propagação das chamas e gerar um inHá casos em que a qualidade dos artigos vendidos no Brasil deixa a desejar. Marcelo Soares | Sob Brasil

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potência

cêndio. Muitas vezes o comprador não enxerga isso, ele pensa apenas nos custos”, lamenta. Antes de fazer a escolha do produto, o executivo recomenda exigir do fabricante ou importador a relação de ensaios executados e de normas seguidas pelos produtos. Conforme observa Carla Flores, da Steck, foram criadas no Brasil comissões de estudo que trabalham para nacionalizar as normas IEC que regem estes produtos (IEC 60309-1, IEC 60309-2 e IEC 60309-4). “Atualmente já está publicada a norma NBR IEC 60309-1, que está em processo final de revisão para acompanhar a última revisão da IEC. Além disso, já estão em trabalho de tradução as normas IEC 60309-2 e IEC 60309-4”, informa. A executiva lembra que, apesar de não existir no País uma legislação específica que torne compulsória a certificação dos plugues e tomadas industriais, o Código de Defesa do Consumidor na prática ‘obriga’ o atendimento às normas. De qualquer forma, comenta-se que finalmente há uma movimentação no mercado para estabelecimento da certificação compulsória desse tipo de produto, o que seria altamente positivo para todos os agentes sérios. “Quando se estabelece a compulsoriedade, a intenção não é eliminar concorrentes, mas melhorar a qualidade dos produtos. Se começam a surgir produtos de má qualidade do mercado isso se torna um problema para todos nós, porque os consumidores vão associar que esse não é um produto bom, não importando a marca”, comenta Fabrizio Ferro, da Strahl.



Plugues e tomadas industriais

Painel de Produtos

mercado

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potência

Nutsteel

SOB Brasil

Foxlux

As Tomadas e os Plugues Nutsteel são desenvolvidos para uso nos mais adversos ambientes. Eles são à prova d´água, à prova de explosão e resistentes à corrosão e vibração. A Série PRE possui modelos de 16, 32, 63 e 125A e é utilizada com equipamentos elétricos portáteis ou fixos, tais como sistemas de iluminação, transportadores, geradores e compressores. Trata-se de produtos de segurança aumentada para Zonas 1 e 2, 21 e 22, com grau de proteção IP66.

A Tomada com Bloqueio Mecânico e Disjuntor 16/32A da fabricante austríaca PCE está disponível com 3, 4 ou 5 polos até 690V (5h). O produto possui grau de proteção IP44 e IP66/67, trava com cadeado, com ou sem proteção (DIN-rail e janela). Há duas opções de tamanho: H=230mm (sem proteção) e H=340mm (com proteção). Quanto ao sistema de bloqueio mecânico, depois de ligar e conectar, o plugue fica bloqueado, não permitindo sua remoção sem antes desligar a chave.

As Tomadas Industriais de Sobrepor Foxlux são disponibilizadas nas tensões de 220 a 240V e 380 a 440V e corrente de 16 ou 32A. A tampa dos produtos conta com um dispositivo que facilita sua abertura, e ainda uma estrutura que impede a inversão de polos e erros de inserção com tensões diferentes.

Soprano

Steck

Strahl

A linha de Plugues e Tomadas Industriais da Soprano é formada por plugues, acopladores, tomadas de embutir, tomadas de sobrepor e tomadas de embutir invertidas e está disponível nas correntes de 16, 32, 63 e 125A e nas tensões de 110/130 e 220/240 ou 380/440Vca. Os produtos podem ser utilizados em diversos equipamentos, tanto na indústria quanto em instalações comerciais. Possuem grau de proteção IP44 até 32A e IP 67 na corrente de 63 e 125A.

A linha Surelock® é composta por Tomadas com Bloqueio Mecânico em duas versões: com carcaça em termoplástico ou alumínio e também com proteção adicional de disjuntor ou diazed. As tomadas evitam problemas como toque acidental nos pinos, pois só poderão ser ligadas com o plugue conectado. Além disso, evitam faíscas (arco voltaico) na retirada do plugue, pois o mesmo só poderá ser desconectado com a tomada desligada.

As Unidades de Distribuição Portáteis da Strahl foram desenvolvidas para utilização em locais temporários, podendo ser armazenadas e reutilizadas por inúmeras vezes. São recomendadas para canteiros de obras na construção civil, shows, eventos e para quaisquer situações em que haja necessidade de mobilidade, segurança, versatilidade, rapidez e economia. As unidades podem ser produzidas de acordo com o projeto do cliente.


Painel de Produtos

Steck

Strahl

Eaton

Shock Tite® é a linha completa de Plugues, Tomadas de embutir/ sobrepor e Acoplamentos, indicada para lugares onde existe a necessidade de proteção total contra umidade. Adequada para instalações elétricas em portos, onde existe constante corrosão, bem como lugares de contínuo contato com a água, a Shock Tite® foi desenvolvida de acordo com as principais normais internacionais. Disponível com graus de proteção IP 65 e 67; nas correntes de 16 até 250A.

Produzidas segundo normas nacionais e internacionais, as Tomadas e Plugues Strahl são aplicáveis a instalações elétricas comerciais e industriais. Robustas, oferecem segurança máxima aos usuários. Evitam curto-circuito, ligações com inversão de polos e incêndios. A Tomada de Bloqueio Mecânico e Proteção Elétrica possui grau de proteção IP55. Em carga, não permite a conexão nem a desconexão do plugue, dando segurança ao operador e ao equipamento. Evita arco voltaico.

Os Plugues e Tomadas para Áreas Classificadas (foto) são fabricados em poliéster reforçado com fibra de vidro. Estão disponíveis nas versões de 16, 32, 63 e 125A. Possuem marcação Ex de IIC T6 Gb e grau de proteção IP66. A Eaton tem também uma ampla linha de Conectores Elétricos Ex-Link para Áreas Classificadas. As peças são fabricadas em poliamida, latão niquelado ou aço inox, nas versões para instrumentação ou iluminação e para motores e bombas.

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espaço abreme

Editorial

Francisco Simon Diretor Colegiado Abreme - abreme@abreme.com.br

O

“boom” da construção civil no Brasil, que vivenciamos na última década, tornou o mercado muito mais competitivo, acirrando a concorrência e obrigando as empresas que atuam no setor a buscar novas perspectivas para enfrentar a concorrência e garantir a própria sobrevivência. Nesse cenário, muitos distribuidores de material elétrico optaram por ampliar o portfólio de produtos e serviços como, por exemplo, itens para MRO (manutenção, reparo e operações), EPIs (equipamentos de proteção individual) e ferramentas, ou novos serviços, como a montagem de painéis, almejando agregar valor ao produto que comercializam e também como um diferencial competitivo. Mas, do meu ponto de vista, para obter o sucesso almejado não basta ampliar aleatoriamente o portfólio de produtos e serviços suplementares. Antes, é preciso saber em que momento tomar essa decisão, quais os itens ou serviços que irão – de fato – agregar valor ao seu produto, a ponto de torná-lo um diferencial competitivo, e quais cuidados precisam ser tomados para que seus esforços não sejam em vão. Quando falo em agregar valor, não estou falando em redução de preços ou de investimento em marketing para divulgação da sua empresa, mas, sim, 58

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Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos

Portfólio de produtos e serviços como diferencial competitivo num diferencial de qualidade que torne o serviço ou produto ofertado relevante a ponto do consumidor o escolher em detrimento de outros. E afirmo: isso não é tarefa fácil! Para obter sucesso nessa empreitada não podemos abrir mão de um planejamento estratégico com objetivos claros e programas de ação para sua execução, considerando os seguintes pontos:

• Conhecer bem os produtos que comercializa, a estrutura disponível na empresa, o concorrente e, principalmente, investir na capacitação do pessoal de vendas e colaboradores de modo geral;

• Escolher o segmento de mercado no qual deseja atuar para determinar o público alvo ou grupo de consumidor que deseja atingir;

• Manter o foco no público-alvo escolhido e detectar seus anseios e necessidades. É fundamental conhecer profundamente o cliente, seus hábitos, vontades e valores a fim de gerar vantagens competitivas para a empresa, através da percepção do cliente;

• Identificar as falhas e pontos vulneráveis nos concorrentes - através da percepção do cliente - também nos ajuda a determinar quais ser-

viços geram mais vantagens em relação à concorrência, por isso é tão importante conhecermos bem o nosso público-alvo;

• Investir em pesquisas não só para detectar as necessidades dos clientes, mas, também, no desenvolvimento de tecnologias, além de buscar formas de administração mais eficazes, são outros pontos igualmente importantes a serem considerados. Mesmo nos cercando de todos esses cuidados, ainda corremos o risco de ver nossos esforços irem por água abaixo, seja motivado por mudanças de regras de mercado advindas dos processos de globalização, seja pelo crescente nível de exigência dos nossos consumidores ou, ainda, pelo surgimento de novas tecnologias que simplesmente substituem as disponíveis no mercado. Concluindo, a procura por melhores resultados é salutar e imprescindível para que as empresas se mantenham competitivas, e optar pela ampliação do portfólio de produtos e serviços com a finalidade de agregar valor ao seu negócio é bastante válido, porém, não é simples. O caminho a ser trilhado é árduo, requer planejamento, foco, investimento de tempo e dinheiro, objetivos claros e inovação, além, é claro, de uma boa dose de sorte.


2014

Prêmio

ABREME

FORNECEDORES A pesquisa relativa ao Prêmio Abreme Fornecedores 2014, realizada pela NewSense, está encerrada e em breve divulgaremos as empresas finalistas deste ano.

Dia 04 de dezembro

Esporte Clube Sírio - São Paulo - SP

Informações: (11) 5077-4140

Revendedor

A Diretoria da Abreme agradece sua participação na pesquisa, fundamental para a qualidade do trabalho. Realização

Pesquisa

Entidade Beneficiada

Apoio de Divulgação


espaço abreme

perfil do associado

Grupo Legrand

Foto: Divulgação

Know-how centenário para desenvolver produtos inovadores

O

Grupo Legrand, especialista mundial em sistemas elétricos e digitais para infraestruturas prediais, é formado por um conglomerado de empresas que usam alta tecnologia para trazer ao mercado soluções inovadoras e inteligentes para os setores residenciais, comerciais e industriais. São mais de 200 mil itens de produtos e 4 mil patentes que cobrem em torno de 1,5 mil sistemas e tecnologias diferentes capazes de atender às mais diversas demandas, de interruptores a sistemas completos de videovigilância, passando por quadros elétricos desenvolvidos para operar com diferentes demandas de energia. Fundada em 1865 na cidade de Limoges, na França, como uma oficina de porcelana, a Legrand entrou no ramo de produtos elétricos em 1919 com o desenvolvimento de interruptores de porcelana. Com o passar dos anos, foi voltando seu conhecimento e esforços para o emergente setor elétrico.

Forte presença mundial Atualmente, o grupo está presente em mais de 180 países dos cinco con60

potência

tinentes, emprega cerca de 35 mil profissionais e lidera o ranking mundial nos segmentos de interruptores e tomadas (em que detém 20% da participação de mercado) e produtos para gerenciamento de cabos (13%). Os números não param de crescer. Em 2012, registrou faturamento de 4,5 bilhões de euros. A estratégia de apostar em novas economias, como Brasil, Rússia, Índia e China, mostra-se acertada, respondendo por 38% das vendas totais da companhia. Por muitos anos a Legrand tem se comprometido com um processo de melhoria contínua para garantir o crescimento rentável e sustentável de seus negócios. Combinar uma performance de

No ano de 2012, o Grupo Legrand registrou faturamento de 4,5 bilhões de euros.

longo prazo com a proteção do meio ambiente e a valorização do capital humano é uma grande prioridade para o grupo. Tais diretrizes contribuem para um crescimento vertiginoso ao longo dos anos, consolidando uma pequena manufatura de porcelana no Grupo Legrand.

Brasil No Brasil, as atividades do grupo se iniciaram ainda na década de 1970, com a aquisição da Pial, empresa com então 30 anos no mercado de interruptores e tomadas. De lá para cá, o crescimento foi constante. Hoje, a Legrand Brasil responde por marcas, como: Bticino, Cemar, HDL, Lorenzetti Materiais Elétricos, Daneva e SMS, além da própria Pial, que garantem uma fortíssima presença de mercado. No portfólio da companhia, destacam-se os já citados interruptores e tomadas, quadros de distribuição (plásticos e metálicos), quadros de comando, mini disjuntores, interruptores diferenciais e protetores de surto, acessórios para quadros, caixas de embutir, plugues, sensores de presença, blocos de iluminação de emergência, automação


Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos

residencial, sistemas aparentes, canaletas plásticas, cabeamento estruturado (voz, dados e imagem), painéis metálicos, disjuntores de alta potência, eletrocalhas, perfilados e leitos de cabo, interfones, produtos para CFTV (circuito fechado de televisão), fechaduras elétricas, nobreaks e estabilizadores. Com unidades fabris em Caxias do Sul (RS), Diadema (SP), Guaxupé (MG), Manaus (AM) e Aracajú (SE), além de seis centros logísticos, diversas filiais e representantes de vendas, o Grupo Legrand pode atender à crescente demanda que o mercado brasileiro exige. Além disso, a sede administrativa, em São Paulo (SP), reúne espaços dedicados ao aprimoramento profissional, com um centro de treinamento próprio, e também conta com um amplo showroom que contempla toda a gama de produtos para os setores residencial, terciário e industrial.

Futuro Antenado à realidade à sua volta, o Grupo Legrand em todo o mundo vem voltando suas atenções para novas tendências, como a sustentabilidade e as facilidades do dia a dia do homem moder-

no. Para isso, conta com mais de dois mil profissionais dedicados em tempo integral à pesquisa e ao desenvolvimento de produtos e soluções. Nada menos que 5% do resultado líquido anual mundial são destinados aos setores de pesquisa e desenvolvimento. Além disso, muitos investimentos do grupo são voltados diretamente para setores vitais que permearão as tecnologias a ser desenvolvidas sob a demanda das últimas tendências: infraestruturas digitais, soluções inteligentes, eficiência energética, soluções de gerenciamento de cabos e sistemas domésticos. Dentro desses mercados, há um foco especial nos segmentos de autonomia assistida, na qual o Grupo Legrand está desenvolvendo soluções inovadoras desenhadas para otimizar o controle de todo o sistema elétrico de forma unificada e até remota, e estações de recarga para veículos elétricos, as quais se encaixam perfeitamente ao compromisso de Desenvolvimento Sustentável do Grupo e uma das maiores tendências globais de soluções ecologicamente corretas. No Brasil, as perspectivas continuam as mais otimistas, a avidez do brasileiro por buscar sempre as melhores soluções

tanto no âmbito residencial quando no terciário e industrial vem colaborando para alavancar as vendas dos produtos de todas as marcas do Grupo Legrand. Dados de 2012 indicam que, enquanto o crescimento global da companhia ficou na casa dos 5%, no Brasil atingiu impressionantes 18%, o que dá a certeza de que a empresa está no caminho certo do desenvolvimento de soluções que atingem em cheio as necessidades do consumidor brasileiro. Para o Grupo Legrand, a competitividade do mercado e as novas tendências não são obstáculos, mas sim desafios que podem – e devem – ser superados. Para isso, a empresa conta com seu know-how centenário e um corpo de funcionários altamente capacitado para manter a marca como referência em sua área de atuação por ainda muitos anos.

Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos FUNDADA EM 07/06/1988

Rua Oscar Bressane, 283 - Jd. da Saúde 04151-040 - São Paulo - SP Telefone: (11) 5077-4140 Fax: (11) 5077-1817 e-mail: abreme@abreme.com.br site: www.abreme.com.br

Crescimento

Membros do Colegiado

No ano de 2012 o crescimento da companhia no Brasil foi da ordem de 18%. No mesmo período, o avanço global do grupo ficou na casa dos 5%.

Francisco Simon Portal Comercial Elétrica Ltda. José Jorge Felismino Parente Bertel Elétrica Comercial Ltda. José Luiz Pantaleo Everest Eletricidade Ltda. Roberto Varoto Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda. Paulo Roberto de Campos Meta Materiais Elétricos Ltda. Marcos Augusto de Angelieri Sutiro Comercial Elétrica PJ Ltda.

Conselho do Colegiado Nemias de Souza Nóia Elétrica Itaipu Ltda. Carlos Soares Peixinho Ladder Automação Industria Ltda. Daniel Tatini Sonepar

Secretária Executiva Nellifer Obradovic Foto: Divulgação

potência

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Evento

Energia Elétrica

Abraceel defende direito de livre

Energia livre

A

Foto: Divulgação/Erick Diniz

escolha pelo

possibilidade de migrar de operadora de telefone celular conquistada pelos brasileiros deveria ser estendida para a portabilidade da conta de luz entre diferentes fornecedores de eletricidade. É o que defende a Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), que em agosto lançou a campanha “A energia da democracia é livre”. De acordo com a entidade, existem várias razões para ampliar o mercado livre de energia no Brasil. A associação destaca que essa seria uma forma de incentivar o aproveitamento de fontes limpas de eletricidade, como eólica, solar, biomassa e PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas). Além disso, a energia proveniente do mercado livre seria mais barata - já teria ajudado os consumidores a reduzirem a conta de luz em R$ 50 bilhões nos últimos 18 anos e pode62

potência

consumidor do seu provedor de energia.

Reportagem: Paulo Martins

ria contribuir ainda mais, nesse sentido. De acordo com Oderval Duarte, presidente do Conselho de Administração da Abraceel, o conceito de livre escolha do consumidor pelo seu provedor de energia já existe em larga escala em outros países, e é o que a entidade quer propor para o Brasil. “Esta discussão é oportuna, principalmente se considerarmos os enormes desafios que se apresentam para o setor elétrico nacional e levando em consideração o calendário político que temos previsto para outubro”, comenta. Para debater o assunto, a Abraceel realizou no dia 7 de agosto, em São Paulo, o seminário “A energia da democracia é livre - Liberdade de escolha pelos consumidores de energia elétrica”. Na ocasião, foi apresentado o resultado de uma pesquisa sobre o tema, encomendado pela associação. O levantamento


foi feito pelo Ibope, que ouviu 2.002 pessoas em todo o País, e entregue para representantes dos principais candidatos à Presidência, que inclusive participaram dos debates. Na pesquisa, foi perguntado se o cidadão gostaria ou não de escolher a empresa que oferece energia elétrica na sua casa, assim como pode escolher a operadora de telefone celular; 66% disseram sim, e 23%, não. Em outro tópico, 57% dos entrevistados afirmaram que trocariam o fornecedor de eletricidade se isto fosse possível; 25% não trocariam. Foram questionados também os motivos para essa mudança. Para 57%, o maior motivador é o preço. Foram citadas ainda a qualidade de atendimento (21%) e a procura por fontes mais limpas (11%). Os entrevistados também disseram que o preço pago pela energia elétri-

Fotos: Divulgação/Erick Diniz

Pesquisa do Ibope indica que 57% dos entrevistados trocariam o fornecedor de eletricidade se isto fosse possível.

ca atualmente é muito caro (28%) ou caro (39%). Outro tópico abordado foi o índice de interrupções de energia. Na opinião de 19% das pessoas consultadas, em comparação com o ano passado, esses eventos aumentaram muito; 21% disseram que aumentou um pouco. Para Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel, ampliar o mercado li-

vre para os consumidores residenciais, como já ocorre na maior parte dos países desenvolvidos, é a melhor solução para resolver a percepção negativa que existe sobre o setor elétrico. “Queremos evidenciar que a transparência e a liberdade são condições fundamentais para vencermos a crise que enfrentamos hoje”, conclui. potência

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Evento

Energia Elétrica

Questões técnicas devem ser consideradas

Fotos: Divulgação/Erick Diniz

Representando o governo federal no debate, Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) destacou que é preciso olhar a questão de maneira técnica. Ele disse que é positivo dar oportunidade para o consumidor fazer escolhas mas observa que é preciso pensar na segurança do abastecimento. “Do ponto de vista conceitual, a gente está de acordo. Mas tem que haver uma discussão séria de como fazer isso sem desmantelar todo o sistema de expansão que a gente tem hoje e que funciona bem”, ponderou. O porta-voz mencionou que dentro do atual modelo do setor elétrico, grande parte da expansão no Brasil depende dos leilões que são feitos no mercado regulado, ambiente no qual a distribuidora assina contratos de 20, 25 e até 30 anos. Tolmasquim observou que o próprio mercado livre sobreviveu graças ao que ‘sobra’ dos leilões do mercado regulado e levantou a seguinte questão: supondo que a distribuidora ‘fica’ com o fio e o comercializador comercializa a energia, quem é que assina o contrato que vai dar garantia para o consumidor e construir a usina? “A partir do momento que separa a distribuidora, e o consumidor

Transparência e liberdade são condições fundamentais para vencermos a crise que enfrentamos hoje. Reginaldo medeiros | Abraceel

Liberdade de escolha entre os provedores de energia também depende de avanços técnicos. pode saltar de um comercializador para outro, como é que eu, comercializador, posso assinar um contrato de 30 anos sem a garantia de que o consumidor estará lá?”, questiona. O presidente da EPE apontou que o modelo brasileiro é diferente de alguns países da Europa, que não trabalham com contratos de longo prazo, e disse acreditar que algumas nações daquele continente irão adotar nosso sistema.

O conceito de livre escolha do consumidor pelo seu provedor de energia já existe em larga escala em outros países. Oderval Duarte | Abraceel

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Tolmasquim garantiu também que é favorável ao aumento do mercado livre no Brasil. “Quando fizemos o novo modelo do setor elétrico, praticamente não existia mercado livre no Brasil. Um dos grandes sucessos deste modelo foi ter feito com que hoje o mercado livre represente 25% do mercado total”, concluiu. Também para Luiz Eduardo Barata Ferreira, presidente do conselho de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a questão precisa ser analisada com atenção. “Vendo as respostas da pesquisa, parece que, ao optar por um novo supridor de energia, está se mudando o fornecedor direto, que é a distribuidora, e isso não é verdade. Nós sabemos que quando se muda o fornecedor, está mudando o comercializador”, explica. O executivo destacou que de fato é um ganho para o consumidor poder escolher seu fornecedor, a exemplo do que ocorre nas telecomunicações. Para Ferreira, o caminho natural a ser seguido é o mesmo de alguns países da América do Sul, Europa e Estados Unidos, ou seja, a liberdade dos consumidores. Mas ele defende maior reflexão sobre o assunto. “Nosso modelo hoje está calcado em cima de dois ambientes, o livre e o regulado, que se suporta de contratos de longo prazo. Se você libera todo mundo, ninguém vai fazer contrato de longo prazo. Além disso, existem contratos de longo prazo que já foram feitos. Essa mudança, a migração de um ambiente em que 75% do mercado é regulado, e os contratos são longos, para um ambiente onde todo mundo é livre, tem que ser feita com muita cautela, muita discussão”, propõe.



projeto conectar

notícias de automação predial

Congresso Habitar e

Expo Predialtec Eventos movimentam setor de automação predial em São Paulo

E

ntre os dias 11 e 13 de agosto ocorreram no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, o XIII Congresso Habitar e o V Expo Predialtec. A feira reuniu cerca de 30 expositores dos setores de Automação Residencial e Áudio & Vídeo que, com seus lançamentos mais recentes, demonstraram que estamos plenamente atualizados no Brasil com as principais tecnologias em uso no mundo. Com visitação expressiva e de alto nível, o evento atendeu à expectativa de geração de novos negócios e estabeleceu novas redes de contato entre expositores e visitantes. Já o Congresso Habitar, que anualmente é realizado pela Aureside, contou com participantes de todo o País e recebeu palestrantes locais e estrangeiros para tratar de tendências na área, bem como falar de tecnologias emergentes e novas vertentes de negócios. Durante os três dias de evento, os debates, sempre conduzidos por especialistas, envolveram diversos tópicos. Entre eles, destaque para a relação cada vez mais próxima entre a automação e as tecnologias assistivas, voltadas aos portadores de necessidades especiais, deficientes e

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Fotos: Divulgação/Adriana Elias


Apoio:

idosos. Pesquisas de ponta conduzidas pelo CNRTA (Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva) foram mostradas e debatidas. A eficiência energética, o uso racional da água e a energia fotovoltaica compuseram um bloco de discussões coeso em busca de soluções para os problemas emergentes do custo crescente da energia e da escassez de recursos naturais.

Fotos: Divulgação/Adriana Elias

Outro foco de discussões foi a adoção cada vez maior pelas incorporadoras e construtoras da automação em seus novos empreendimentos, fato que tem gerado novos e estimulantes formatos de negócios para empresas e profissionais da área. Por último, especialistas dos Estados Unidos e da China mostraram como as novas tecnologias de automação estão estimulando um crescimento sem precedentes deste mercado mesmo em países mais desenvolvidos. Ao trazerem estas informações para a nossa realidade local, ficou evidente que podemos estimar

um futuro muito promissor para os próximos anos para a Automação Residencial no Brasil. A próxima edição destes eventos já tem data e local: eles serão realizados entre os dias 28 e 30 de julho de 2015 no Pavilhão de Convenções do Anhembi, em São Paulo. Informações sobre a edição 2014 do Congresso Habitar: www.congressohabitar.com.br

AURESIDE Associação Brasileira de Automação Residencial Rua Hilário Ribeiro, 121 CEP 04319-060 São Paulo-SP Fone: (11) 5588-4589 E-mail: contato@aureside.org.br Site: www.aureside.com.br

Diretoria José Roberto Muratori Diretor-Executivo Edison Puig Maldonado Diretor Técnico Raul Cesar Cavedon Diretor Administrativo e Financeiro Fernando Santesso Diretor de Marketing

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projeto conectar

notícias de automação predial

A Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside), em parceria com o Procobre, lançou o aplicativo Casa Segura e Inteligente, que pode ser utilizado para o check list de projetos de automação. O aplicativo, que pode ser baixado gratuitamente no site www.casasegurainteligente.com.br, traz um questionário interativo com uma lista de sugestões de funções que podem ser automatizadas em uma residência. E a utilização é simples: o profissional de automação aplica o questionário ao seu cliente e, com base nas respostas, consegue identificar quais as funções que ele deseja implementar. Obviamente, é fundamental que

Prédio Eficiente

Foto: Divulgação

A Aureside estará presente na Feicon Batimat Nordeste 2014, um dos principais eventos nordestinos do setor da construção, que ocorre entre os dias 22 e 24

o profissional também converse com o cliente para não correr o risco de se prender a necessidades e hábitos momentâneos, pois a vida útil de uma casa é longa e muitas coisas podem mudar com o tempo. Por isso, é fundamental garantir flexibilidade de uso por muitos anos e por diversos tipos de pessoas, em fases diferentes da vida. Importante destacar que o resultado final de um projeto depende, essencialmente, da sua concepção inicial e de sua consolidação em todas as fases: anteprojeto, projeto executivo e memorial, além do acompanhamento da obra. Para garantir o sucesso da automação residencial e a segurança dos moradores, o profissional deve conhecer em profundidade todos os

de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Recife (PE). A associação, através do Projeto Conectar, irá aproveitar a oportunidade para realizar no primeiro dia da feira, das 13:00 às 18:00h, mais uma etapa do Projeto Prédio Inteligente, com foco em engenheiros, projetistas, integradores, arquitetos, técnicos, instaladores, estudantes de engenharia e áreas afins. Gratuito, o curso aborda os seguintes temas: cenário atual das tecnologias de automação predial e residencial; automação para edificações eficientes; apresentação

Sistemas de áudio e vídeo Já tem data e local a próxima turma do curso ‘Projetando Sistemas de Áudio e Vídeo Residenciais’, promovido pelo Projeto Conectar. Será entre os dias 27 e 29 de outubro, das 9:00 às 18:00h, no Espaço Ettore, no bair-

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Foto: Divulgação

Segurança e inteligência

outros projetos de construção ou reforma da residência, entre eles o elétrico. O uso de ações preventivas faz parte do projeto elétrico que prevê a implantação de condutor de proteção (fio terra) e o dimensionamento adequado de fios e dispositivos de proteção para cada circuito do imóvel. Mais informações sobre segurança elétrica podem ser encontradas no site do Programa Casa Segura. www.programacasasegura.org.

de estudos de casos, e demonstração de produtos e soluções. www.predioeficiente.com.br.

Organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, a Feicon Batimat Nordeste 2014 chega à sua seugunda edição e será realizada de 22 a 24 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Recife. O evento deverá reunir mais de 150 marcas em uma área de 7 mil m², e a expectativa é receber 9 mil visitantes e compradores qualificados. Além da exposição, o evento abre espaço para discussão e estudo dos principais temas da construção civil com a rea­lização de palestras e seminários.

ro da Aclimação, em São Paulo. O curso, que tem como instrutor o engenheiro Cláudio Marins, se destina a profissionais e estudantes que desejam iniciar ou ampliar seus conhecimentos em projetos de Home Theater e distribuição de áudio e vídeo residencial. O conteúdo foi elaborado para capacitar os participantes a desenvolverem projetos de Home Theater e distribuição de


Apoio:

Numa iniciativa inédita, a Aureside está lançando um programa de capacitação e atualização para profissionais de automação. Batizado de Instituto da Automação (www.institutodaautomacao. com.br), o programa, a princípio, é destinado aos profissionais que participaram do ‘Curso de Integrador de Sistemas Residenciais’ da Aureside, e que desejam se manter atualizados não somente com a tecnologia, mas também com novos modelos de gestão para os seus negócios. Os interessados que desejarem atender a necessidades específicas de conhecimento podem participar de atividades

avulsas, montando uma carga horária flexível, dentro de sua disponibilidade. A estrutura básica do programa contempla quatro núcleos ou dimensões de atuação (Técnico, Negócios, Produtos/Soluções e Tecnologias emergentes), sendo que dentro de cada núcleo há módulos temáticos compostos por cursos específicos. Em geral, cada curso tem duração entre 2 a 4 horas-aula e pode ser realizado à distância (online), de forma síncrona (com

Foto: Divulgação

Programa de capacitação

videoconferências) ou assíncrona (aulas gravadas e atividades autônomas). O programa prevê também eventos realizados presencialmente com duração de um a três dias.

Conheça os núcleos temáticos

Núcleo Técnico

Núcleo de Negócios

Infraestrutura, cabeamento, redes e protocolos ➧ Projeto integrado de automação ➧ Cabeamento estruturado residencial ➧ Redes: conceitos - redes sem fio ➧ Protocolos: KNX e Z-Wave Instalações elétricas ➧ Regulação e normas técnicas ➧ Aterramento e proteção ➧ Eficiência nas instalações Sistemas residenciais ➧ Áudio & vídeo ➧ Segurança eletrônica ➧ Iluminação ➧ Climatização Sistemas prediais ➧ Gerenciamento predial ➧ Manutenção e operação prediais Automação e sustentabilidade ➧A utomação e certificações de edificações

Estratégia ➧ Terceirização ➧ Planejamento ➧ Empreendedorismo Gestão ➧ Gerenciamento de projetos ➧ Direito empresarial ➧ Gestão contábil e financeira ➧ Gestão de pessoas e liderança Marketing e vendas ➧ Marketing interno ➧ Marketing externo ➧ Marketing digital ➧ Como vender automação residencial ➧ Marketing de relacionamento e CRM

Núcleo de Tecnologias Emergentes Tendências em computação ➧ Internet das coisas ➧ Computação na nuvem ➧ Inteligência computacional Tecnologias assistivas ➧ Automação e assistividade Smart Grid ➧ Redes de energia inteligentes ➧ Novas fontes de energia Smart Cities ➧ Automação para cidades inteligentes

Núcleo de Produtos e Soluções (*) Sistemas de Automação Cabeados, Sistemas de Automação sem Fio, Controladores Autônomos, Gateways de Integração, Pré-automação, Aplicativos e Soft­ wares, Soluções específicas.

áudio e vídeo pela residência, prevendo, inclusive, as interfaces adequadas para integração com a automação. Elementos técnicos apresentados: ➧ especificação de eletrodutos, cabos e dimensionamento do circuito elétrico ➧ elaboração de memorial descritivo de equipamentos

(*) desenvolvido em parceria com os fabricantes

➧ c uidados necessários na confecção do móvel que irá abrigar os equipamentos do Home Theater ➧ dimensionamento de tamanho de telas e televisores ➧ modelo de proposta comercial para fornecimento de soluções em áudio e vídeo www.aureside.org.br/treinamento/base.asp?file=av. htm&menu=treinamento

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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf Riscos em ambientes de pequeno porte

Estabelecimentos de menor porte também precisam se precaver contra os riscos das áreas classificadas.

Pequenose

perigosos

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Q

Reportagem: Paulo Martins

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uando lemos algo ou conversamos a respeito do tema áreas classificadas, é natural que de imediato nos venham à cabeça imagens clássicas que representam esse tipo de ambiente, como plataformas de petróleo, refinarias e grandes complexos químicos, que fazem uso intensivo de energia elétrica, inclusive em tensões mais elevadas, em alguns pontos.

Entretanto, as chamadas atmosferas explosivas também podem estar presentes em diversos estabelecimentos de menor tamanho e cujas atividades aparentemente não apresentam tantos riscos, como marcenarias, gráficas e até mesmo oficinas mecânicas, que se valem no dia a dia da não menos perigosa alimentação em baixa tensão. Isto porque não é o porte da empresa e nem o tipo de consumo elétri-


Foto: DollarPhotoClub

feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

Apoiador:

Apoio Institucional:

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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

As atmosferas explosivas também podem estar presentes em estabelecimentos cujas atividades aparentemente não apresentam tantos riscos, como marcenarias, gráficas e oficinas mecânicas. Ivo Rausch | Project-Explo Foto: DollarPhotoClub

co que determinam o grau de periculosidade que se tem, mas sim os tipos de produtos com os quais se trabalha. Ou seja, mesmo que o ambiente em questão seja uma microempresa, se lá houver a manipulação de produtos inflamáveis - como o gás acetileno, por exemplo -, o perigo pode ser considerado grande. Mesmo que um eventual acidente em um pequeno estabelecimento possa atingir menores dimensões do que em um grande empreendimento, as consequências desse fato ainda tendem a ser graves. Portanto, até nas pequenas unidades é necessário seguir todos os protocolos de segurança, inclusive obedecendo as normas existentes. Ivo Rausch, gerente de Projetos da empresa de consultoria Project-Explo, destaca um ponto que mostra bem o quanto podemos nos enganar, ao tirar conclusões precipitadas. De acordo

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Riscos em ambientes de pequeno porte com ele, todas as medidas que forem implantadas para controlar o perigo em um determinado ambiente tendem a resultar na diminuição do risco, ou seja, a exposição que se tem a determinado perigo. Tomando como exemplo uma planta petroquímica, cujo perigo é elevado, devido à natureza dos produtos manipulados, o controle de risco que normalmente se faz é tão grande que este acaba se estabilizando em níveis aceitáveis. “Já em locais onde aparentemente o produto tem perigo menor, se não se tomarem os mesmos cuidados, os riscos serão maiores”, alerta o especialista. Na prática, são muitos os ambientes sujeitos à formação de áreas classificadas, e que portanto requerem a devida atenção. No caso de uma indústria química, essa situação pode ocorrer nos setores de envase, armazenamento e expedição, além, é claro, do departamento de produção. Eventualmente, até mesmo uma sala de operação ou de controle pode atingir esse status. Uma atmosfera explosiva também pode se formar na agroindústria, em

caderno ex

Acidentes em pequenos estabelecimentos podem gerar graves consequências às pessoas e às edificações. Apoiador:

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Apoio Institucional:



• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

Postos de combustíveis

caderno ex

Processo de transferência de produtos entre as carretas e os tanques nem sempre é feito de forma segura e adequada.

laboratórios, em uma fábrica de produtos de limpeza, em serralherias e até em cozinhas industriais e restaurantes que disponham de central de gás. “É difícil encontrar um ramo industrial onde não haja a manipulação de algum produto inflamável, seja ele na forma de gás, líquido ou até poeira”, observa Rausch. Em uma marcenaria, por exemplo, o problema decorre do acúmulo de pó da madeira. “Se por algum motivo esse material entra em suspensão, o próprio maquinário utilizado pode constituir a fonte de ignição”, alerta Rausch, lembrando que essa é uma combinação com potencial para gerar explosão. Nesse caso, evitar o acúmulo de pó no ambiente certamente irá ajudar a reduzir os riscos.

Outra situação típica envolve as gráficas, que manipulam tintas, que geram vapor, que pode concentrar-se em níveis perigosos. Ou se instala um sistema de ventilação eficiente para diluir esse vapor ou a área terá de ser classificada - o que exigirá a instalação dos equipamentos elétricos apropriados. Algo parecido acontece nas oficinas de automóveis. Além do mesmo risco de concentração de vapor durante o processo de pintura, existe ainda a questão da manipulação de outros inflamáveis, quando se esvazia o tanque de combustível ou o reservatório de óleo para a execução de reparos mecânicos no veículo. Tem quem simplesmente abandona esses resíduos em tambores plásticos num canto qualquer, não se atentando para o perigo que se corre, por conta do uso de ferramentas elétricas que se faz nesses ambientes. Apoiador:

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Fotos: DollarPhotoClub

Riscos em ambientes de pequeno porte

Apoio Institucional:



• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf

caderno ex

Fotos: DollarPhotoClub

Riscos em ambientes de pequeno porte

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Riscos em toda parte

Claro que nesse contexto não poderíamos deixar de falar dos postos de combustíveis, que recebem uma análise crítica de Rausch em torno do processo de descarregamento normalmente verificado nesse tipo de estabelecimento. Mais especificamente, ele vê irregularidades na transferência dos produtos das carretas para os tanques subterrâneos. Segundo o especialista, o ideal seria haver um espaço em separado para descarregamento, afastado das bombas de abastecimento dos veículos, para evitar contato dos vapores com a ignição que se forma ao ligar carros e motos. Outra alternativa, prossegue Rausch, seria fechar o posto durante o processo de transferência de combustíveis. “Alguém vê isso acontecer?”, questiona. Rausch identifica outro problema nesse tipo de ambiente. Ele observa que os postos precisam ser bem ventilados, o que, por norma, significa ter no máximo uma parede divisória, ou seja,

É difícil uma atividade em que não haja a manipulação de produto inflamável. Problema é a junção com fontes de ignição.

três lados precisam estar livres de barreiras. “Muitas vezes a gente encontra posto dentro de uma edificação, com três lados fechados e um aberto. Um posto de combustível sempre tem uma pequena atmosfera (explosiva), que não pode chegar a uma concentração suficiente para provocar explosão. Isso é garantido através de ventilação natural”, aponta. Felizmente, o especialista diz que já há alguns indícios de que legislação será mais respeitada, principalmente após a publicação, em 2012, da NR-20, Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho que engloba questões de saúde e segurança no trato com produtos inflamáveis e combustíveis. “Inclusive, agora encontramos circulando na internet manuais de atendimento à NR-20 focados em postos de combus-


feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

tíveis. Ou seja, começa a haver movimentação das entidades que representam os postos no sentido de divulgar

a norma aos estabelecimentos. O que se espera agora é uma ação maior do Ministério do Trabalho baseada nessa

NR, porque há muitas situações que a gente entende serem irregulares”, complementa Rausch.

Até por limitações econômicas e de pessoal, típicas dos estabelecimentos de pequeno porte, é compreensível que o empresário busque soluções que proporcionem segurança ao menor custo para seu negócio. Nessa linha de pensamento, Rausch aponta que a empresa tem sempre dois caminhos. O primeiro é tentar reduzir ou eliminar a área classificada. Para isso, nem sempre é preciso gastar muito dinheiro. “Às vezes, ações simples podem ser suficientes para reduzir os riscos”, garante o executivo da Project-Explo. Há casos em que apenas uma mudança de procedimentos resolve o problema. Como exemplo de ações preventivas, é possível instalar sistemas mais eficientes de ventilação, de captação de

Nem sempre a redução dos riscos envolve altos investimentos. Mudanças em procedimentos podem aumentar o nível de segurança em vários ambientes.

Foto: DollarPhotoClub

Temos um problema. Como podemos resolvê-lo?

líquidos e de resíduos e simplesmente intensificar a limpeza do local de trabalho, evitando o acúmulo de partículas que podem gerar atmosferas explosivas. Rausch diz que já viu coisas absurdas, como um balde de plástico de 60 litros contendo tolueno, aberto, embaixo de um painel elétrico. Será que ninguém nesse estabelecimento se tocou a respeito, ou não quis ter mais trabalho? O segundo caminho envolve as situações onde não é possível controlar o problema. Nesse caso, não tem conversa: assume-se que a área é classificada e regulariza-se a situação instalando os equipamentos com as proteções necessárias. “É possível criar um bom sistema de ventilação para que a parte externa de uma cabine de pintura não seja classificada, mas a parte interna dela acaba sendo classificada”, exemplifica Ivo Rausch. Apoiador:

I N F O R M E P U B L I C I TÁ R I O

Soluções eficientes A Project-Explo é a mais tradicional empresa especializada em Atmosferas Explosivas do país. Há mais de 25 anos oferece soluções e presta serviços de alto nível em todo o Brasil e América Latina, apresentando soluções práticas e eficientes para prevenção, proteção, controle e eliminação de riscos de explosões. Para maiores detalhes ou informações, contate-nos através do www.project-explo.com.br ou pelo tel. 11 5589-4332. Apoio Institucional:

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Relacionamento

Foto: Divulgação

RADAR

Panduit investe em espaço para mostrar portfólio

Vitrine de

de soluções a clientes e usuários de seus produtos.

Reportagem: Marcos Orsolon 78

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I

soluções

nvestir no relacionamento com o mercado é uma das formas mais eficazes para se destacar frente à concorrência. Mais que isso, ao se manter próximas dos clientes, as empresas têm a possibilidade de mostrar diferenciais competitivos e sua gama de produtos e soluções com maior nível de detalhamento, o que pode fazer toda a diferença na conquista de novos usuários. Atenta a essa necessidade a Panduit inaugurou no final de maio, na capital paulista, seu primeiro Customer Briefing Center (CBC) da América Latina. A iniciativa faz parte de um plano maior de investimentos da companhia no Brasil e

foi concebida e construída para que os clientes possam ter uma visão abrangente das soluções fornecidas pela empresa. Em linhas gerais, o CBC pode ser entendido como um amplo showroom, uma área de exposição e demonstração que reúne algumas das soluções da Panduit. Ele funciona como um laboratório para demonstrar de forma interativa as diversas aplicações dos produtos, por meio da abordagem de Infraestrutura Física Unificada (UPI). “O CBC é uma proposta da Panduit para nos aproximarmos dos clientes. Isso para que eles possam ver um ambiente de simulação de data center, automação


Exposição de produtos

CBC pode ser entendido como um amplo showroom para a demonstração de soluções da Panduit.

industrial e também toda a parte de rede corporativa com soluções da empresa”, explica Maria Cecília Miquel, gerente regional de Marketing da Panduit. O modelo de CBC não é novidade no grupo. Atualmente, a companhia possui espaços como esse em Londres, Paris, Frankfurt, Mumbai, Pequim, Singapura e Tóquio. A unidade de São Paulo é a primeira a ser instalada na região e servirá também para receber clientes e usuários de países vizinhos ao Brasil. “Antes do CBC a gente acabava levando os clientes para o EBC (Executive Briefing Center), que é um showroom grande que temos na sede mundial da Panduit, em Tinley Park (Estados Unidos), bem maior que o CBC. Nós levávamos alguns clientes para lá, dependendo do projeto, para eles verem o showroom, conhecerem melhor a empresa, assistirem algumas palestras, enfim, isso tem um ótimo resultado, pois o cliente volta impressionado e tem uma ideia melhor das nossas soluções”, comenta Cecília. E ela ressalta: “Numa escala menor, o CBC também é para este fim. Para su-

Fotos: Divulgação

prir a necessidade de um cliente que não consegue ir ao EBC, mas que pode vir ao CBC para conhecer as funcionalidades dos produtos”. A intenção da empresa é também fazer com que seus parceiros certificados, principalmente os de menor porte que não têm condição de ter um showroom próprio, levem seus clientes para visitar o CBC. A ideia é fazer com que o CBC seja um ponto de apoio para todos os canais da companhia, o que inclui os parceiros certificados, os gerentes de contas da empresa e os distribuidores. “Ter um CBC no Brasil é um diferencial para a empresa e também para os distribuidores, integradores e instaladores. Este

Investimento tem como objetivo oferecer aos parceiros um local que funciona como uma extensão de suas empresas. investimento tem como objetivo oferecer aos parceiros um local que funciona como uma extensão de suas empresas e onde possam trazer seus clientes e mostrar todas as soluções em funcionamento”, completa Fabio Henrique, diretor regional da Panduit. potência

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RADAR

Relacionamento

Outra funcionalidade do CBC é que ele também tem dado suporte à empresa na parte de treinamento. Na verdade, esse tipo de ação já ocorre nas dependências da Panduit há algum tempo. Mas com o CBC os alunos passam a ter a oportunidade de ver in loco parte das soluções citadas durante as aulas. “Damos o embasamento teórico no treinamento e, quando os alunos vão ao CBC, geralmente eles já sabem o que está sendo mostrado. Vão observar mesmo a parte de construção das soluções e como elas são elaboradas”, comenta Diogo Avelino, engenheiro de Sistemas e Soluções. Avelino destaca ainda que o CBC também ajuda no momento das vendas, pois permite que o cliente veja algumas soluções em exposição. “Muitas vezes usamos o CBC como um apoio para a área de vendas. Pois é um espaço que permite ao cliente visualizar como uma

solução ficaria no data center dele. Isso é muito interessante para nós”, afirma. Cecília Miquel observa que este aspecto é altamente positivo pois, muitas vezes, o cliente não tem noção de tudo o que a Panduit tem em sua linha de produtos, que é ampla. “Tem gente que não sabe que temos a calha de encaminhamento aéreo, por exemplo. A pessoa está habituada a comprar alguns itens, mas não tem noção de tudo o que oferecemos. E com o CBC ela passa a ter uma visão mais ampla da Panduit”. E aí vem a pergunta: Com uma linha tão diversificada, como escolher as soluções que fazem parte do CBC? Cecília explica que há um padrão de CBC no mundo Panduit, por isso eles são bastante parecidos, seja qual for o local. Além disso, todo CBC deve incluir as três áreas básicas da Panduit: data center, automação industrial e edifícios conectados, que é a parte de redes corporativas. Nesse contexto, entre os destaques no CBC brasileiro estão as demonstrações da linha SmartZone™ para gerenciamento de infraestrutura (DCIM) e as soluções voltadas para melhor eficiência energética nos data centers, como o Net-Contain™, Sistema Universal para Contenção de Corredor que ajuda a reduzir em até 40% o consumo de energia para refrigeração. Este sistema pode ser utilizado em instalações novas ou exis-

Mercado aquecido

Além de funcional, o CBC tende a colaborar para que a Panduit atinja seus objetivos de vendas no Brasil. Mesmo com os impactos negativos da Copa do Mundo e das eleições, a empresa projeta um ano de resultados positivos no País. De acordo com Fábio Henrique, diretor regional da Panduit, no primeiro semestre a empresa registrou um desempenho muito bom. “Tivemos um primeiro trimestre muito forte, assim como o segundo. E também vamos fechar bem o terceiro, apesar do efeito Copa, com impactos entre junho e julho. Agora estamos com a retomada dos projetos e, mesmo com as eleições, vamos fechar bem o ano”, comenta Fábio Henrique, que destaca que a Panduit atua em um mercado em ascensão no Brasil.

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Fotos: Divulgação

Complemento para as vendas e treinamento

Sempre atualizado

As instalações do CBC evoluem com o passar do tempo, absorvendo as novidades apresentadas pela companhia.

tentes e permite uma melhor separação entre o ar quente e o frio, fato que possibilita uma maior densidade por gabinete, otimizando em cerca de 10% a capacidade de refrigeração e diminuindo em até 27% as despesas operacionais. Já o sistema de monitoramento para rack Smart Zone™ foi desenvolvido especialmente para data centers de menor porte, com até 30 racks. A solução viabiliza o monitoramento inteligente, a visibilidade e o controle da energia e ambiental, favorecendo a redução do consumo de energia associado principalmente à refrigeração. Um aspecto interessante é que as instalações do CBC evoluem com o passar do tempo, absorvendo as novidades apresentadas pela companhia. “A ideia é trazer para dentro do CBC as soluções que vão sendo lançadas no mercado e que são atrativas para o mercado nacional. Porque o intuito da empresa é fazer com que essa seja uma ferramenta que possamos chamar de estado da arte para data center”, comenta Diogo Avelino.


Solução Completa em Sistemas de Proteção contra Surtos

Capture o código e assista ao vídeo da aplicação dos Dispositivos de Proteção.

Dispositivo de Proteção contra Surtos MCD

Novo Dispositivo de Proteção contra Surtos V20

Ideal para instalação antes dos medidores de energia e pode ser aplicado em edificações com medição agrupada ou coletiva.

Ideal para instalação nos quadros de distribuição de energia. Possui módulos destacáveis, facilitando a inspeção e teste do dispositivo.

Características: - DPS tipo I - Vida útil ilimitada - Baixa corrente de fuga e alta capacidade de condução de corrente - Módulos destacáveis

Características: - DPS tipo II - Codificação de tensão por modelo e voltagem - Indicadores visuais do estado de vida útil dos varistores

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RADAR

Investimento

Produção Cummins investe na nacionalização de mais um modelo de grupo gerador de energia elétrica e equipamento poderá ser exportado para países da região.

Reportagem: Paulo Martins

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local A

Cummins Power Generation, uma divisão da Cummins Inc., anunciou a nacionalização de mais um grupo gerador de energia elétrica. Trata-se do modelo C600D6, voltado à faixa de potência de 600kW (750kVA). Anteriormente importado da Europa, o conjunto passa a ser fabricado na planta que a empresa mantém no Estado de São Paulo. A companhia projeta que a estratégia proporcionará redução de custo e do tempo de entrega do produto. Equipado com motor diesel VTA28-G5, de 28 litros, o modelo C600D6 permite a configuração de determinados opcionais conforme a necessidade do cliente e destaca-se ainda pela facilidade de manutenção. Segundo a empresa, o grupo gerador apresenta excelente desempenho nas aplicações Stand-by (emergência) - 600kW ou 750kVA - e Prime Power (horário de

ponta) - 545kW ou 681kVA. A máquina destina-se à aplicação em segmentos como hospitais, indústrias, construção civil, mineração e varejo, entre outros. O presidente da Cummins América do Sul, Luis A. Pasquotto, destacou que a faixa de potência na qual o modelo se enquadra é bastante requisitada no País a estimativa é de que a demanda dessa máquina gire em torno de 700 unidades/ano. A expectativa da empresa é tornar-­se líder de mercado dentro dessa faixa de atuação. “Este lançamento será uma das alavancas de crescimento da Cummins num futuro próximo”, acredita Pasquotto. Ele informou ainda que a iniciativa produzirá outros benefícios para a empresa e para os compradores. “Com este lançamento, o produto, que antes trazíamos da Inglaterra, agora será feito aqui. Assim, a gente oferece ao mercado um custo menor e com prazo de entrega também menor, o que vai ao encontro das demandas da sociedade”, comenta. Kip Schwimmer, diretor geral da Cummins Power Generation para a América do Sul, explicou que o mesmo modelo destinado ao mercado nacional poderá ser exportado de imediato para países como Colômbia, Equador, Venezuela e Peru, que a exemplo do Brasil, adotaram a frequência de 60 hertz. Em uma segunda etapa, o produto passará pelos ajustes necessários para ser comercializado junto a países que utilizam a frequência de 50 hertz, como Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai. “Nossa fábrica irá exportar para toda a América do Sul”, comemora Schwimmer.


Fotos: Divulgação/NewMind

A conjugação de esforços que fizemos para o lançamento deste produto foi impressionante. Luis Pasquotto | presidente da cummins América do Sul

A propósito, a produção no Brasil de mais esse grupo gerador chama atenção também pelo fato de representar uma importante conquista do País, num cenário

global cada vez mais competitivo. “Mostramos que era importante a fabricação nacional para termos sucesso no mercado brasileiro”, conta Schwimmer, a respeito da estratégia de convencimento utilizada perante a matriz. O investimento necessário para a produção local do grupo gerador C600D6 foi de 500 mil dólares. O dinheiro foi empregado em estudos e em recursos humanos, na adequação da linha de montagem e também na reestruturação da sala de testes. Durante o evento em que foi anunciada a novidade, no dia 16 de setembro, Luis Pasquotto agradeceu aos funcionários e distribuidores pelo empenho em torno do projeto. “A conjugação de esforços que fizemos para lançamento deste produto foi impressionante”, reconhece o executivo. Ainda sobre esse assunto, Kip Sch­ wim­mer destacou que o trabalho envolveu equipes de diversas áreas, como pro-

Estimativa é de que a demanda dessa máquina no Brasil gire em torno de 700 unidades por ano. jeto, engenharia, manufatura, compras, marketing, aplicação, serviços e peças. O executivo observou que um desenvolvimento como esse normalmente consome dois anos de dedicação, mas que a equipe conseguiu superar as expectativas: “Fizemos em cinco meses. Foi um trabalho forte de time. E respeitamos os processos globais e o padrão da Cummins, assegurando a qualidade necessária em todas as fases”, garante.

Perspectivas positivas Fundada em 1919, nos Estados Unidos, a Cummins possui mais quatro fábricas: Brasil, Índia, Inglaterra e China. Em 2014 a empresa está completando 40 anos de produção de motores na unidade de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Já a fabricação local de grupos geradores pela Cummins Power Generation teve início em 2000. Atualmente a companhia disponibiliza ao mercado 36 modelos de grupos geradores equipados com motor diesel,

com potências que vão de 12 a 3.250kW, e 9 modelos a gás, com potências entre 334 e 2.000kW. Luis Pasquotto fala sobre as perspectivas da empresa. Segundo ele, hoje a Cummins consegue crescer mais rapidamente que o mercado como um todo. “No Brasil, nossa participação no mercado de geração de energia é de cerca de 30%. Em 2013, já tínhamos crescido 25%, comparado com 2012, em termos de unidades de geradores. Neste ano, nossa produção de geradores tem sido 27% maior, na comparação com o mesmo período do ano passado”, revela.

Modelo destinado ao mercado nacional poderá ser exportado de imediato para países como Colômbia, Equador, Venezuela e Peru. Kip Schwimmer | diretor geral para a América do Sul

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finanças e investimentos

O uso do gás em debate

Desempenho segue baixo

O Sindigás e a Abrinstal realizaram no dia 16 de setembro, na Fiesp, em São Paulo, o workshop técnico “Eficiência Energética em Edificações: contribuições do Gás LP”. O programa incluiu palestras com especialistas do setor sobre temas como conceitos básicos da Regulamentação e sistema de aquecimento de água. Foram destacadas as vantagens de se usar o Gás LP para o aquecimento de água em empreendimentos novos em comparação à infraestrutura de sistemas de energia elétrica, com apresentação de exemplos e estudos de casos. Foram apresentadas, ainda, informações sobre a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence) - iniciativa que indica o nível de eficiência energética em construções comerciais e residenciais - e sobre como edificações com sistemas movidos a gases combustíveis saem na frente para conquistar a classificação ‘A’. De acordo com dados apresentados na ocasião, o sistema de edificações consome, hoje, 50% da energia elétrica gerada no Brasil. “Uma alternativa é o Gás LP. Hoje, 97% das residências já utilizam o Gás LP”, afirmou Aurélio Ferreira, diretor do Sindigás. Segundo o diretor, outro ponto de importância fundamental é a segurança energética. “Hoje, não temos uma grande reserva nos reservatórios brasileiros, dependemos da natureza. O Gás LP representa uma grande oportunidade para os consumidores, para as construtoras e, principalmente, para o País, que precisa buscar modelos energéticos mais eficientes”. Sergio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás, afirmou que o grande desafio do século é a eficiência energética. “A única saída que temos é o aumento das eficiências energéticas. É fundamental que os construtores percebam a importância da etiquetagem nos edifícios e comecem a usá-la como ferramenta de marketing na venda, em busca de uma matriz energética melhor para o País”. O presidente do Sindigás afirmou, ainda, que a capilaridade do Gás LP já é total. “Pode ser usado para calefação e banho quente, no inverno, e para ar-condicionado, no verão. Temos hoje um consumo crescente no País, e o consumidor vai querer cada vez mais conforto”, assinalou. O presidente da Abrinstal, José Jorge Chaguri, afirmou que o mercado de Gás LP no Brasil está em pleno caminho de desenvolvimento e que as perspectivas de crescimento do setor são positivas. “O Gás LP, durante muito tempo, foi usado apenas como gás de cozinha; hoje é usado também no aquecimento de água para banho. E ainda há muito a ser desenvolvido nesse setor e nas aplicações do uso do Gás LP”, finalizou. O diretor-executivo da Abrinstal, Alberto Fossa, ressaltou que é importante que seja aberto um debate sobre o fornecimento de energia no País. “Quando se fala em energia no Brasil, logo se pensa na energia elétrica e esquecemos que há outras formas de energia, como o uso de gases combustíveis, particularmente o Gás LP”, frisou.

Conforme Sondagem de Conjuntura da Abinee, no mês de agosto não se verificou a retomada dos negócios do setor, como se esperava para depois da Copa do Mundo. O baixo crescimento da economia, a redução de investimentos na infraestrutura, inflação, risco do aumento de desemprego, juntamente com as incertezas quanto ao rumo da economia e política do País, estão inibindo a atividade do setor eletroeletrônico nos últimos meses. Nesta Sondagem, os principais indicadores mostraram que os negócios do setor em agosto foram tão fracos como os registrados no mês de junho. Em julho, esses mesmos indicadores foram um pouco mais positivos. No caso das vendas/encomendas, houve aumento de 37% (na pesquisa de julho), para 45% na sondagem de agosto o total de respostas que indicou retração em relação ao igual mês do ano passado. Ao comparar com o mês imediatamente anterior, as respostas que verificaram queda passaram de 31% para 39% do total. Quanto ao ritmo dos negócios, o resultado ficou abaixo do esperado para 65% dos entrevistados. Com isso, observa-se aumento dos estoques, tanto de componentes e matérias-primas, cujas indicações acima do normal passaram de 20% para 27%, como de produtos finais, que subiram de 21% para 26%, nas últimas duas pesquisas. Apesar dos resultados abaixo do esperado, a expectativa de vendas para setembro é de crescimento para 43% dos entrevistados, comparadas a setembro do ano passado.

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Decreto beneficia indústria

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Foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto nº 8.304, de 12 de setembro de 2014, que regulamenta a aplicação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra). A revitalização do mecanismo, que tem por objetivo devolver, parcial ou integralmente, o resíduo tributário remanescente na cadeia de produção de bens exportados, era um pleito da Abinee. A decisão já havia sido anunciada pela presidente Dilma Rousseff em junho, durante reunião do Fórum Nacional da Indústria da CNI, que contou com a participação do presidente da Abinee, Humberto Barbato. No novo decreto ficou definido que as alíquotas do Reintegra serão fixadas entre 0,1% a 3%, mediante decisão do Ministro de Estado da Fazenda. Conforme o anúncio de junho, em 2014, a alíquota será de 0,3%.

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economia


De olho no mercado externo Para tratar as vendas externas de forma diferenciada, o Grupo Tramontina, do qual a Tramontina Eletrik faz parte, fixou escritórios internacionais em nove países, incluindo Estados Unidos, México, Alemanha e China, que dão às fábricas o suporte comercial para realização dos procedimentos de exportação. Em países em que não há escritórios, um representante comercial atua nas negociações e transações. Em poucos casos a comercialização é realizada diretamente com o importador ou distribuidor. Com o objetivo de aumentar sua participação no mercado externo, a empresa está ampliando sua estrutura e equipe interna para atingir os objetivos de crescimento planejados. A principal estratégia é a incorporação de complementos de linhas fundamentais em alguns países. Em 2015, novos itens chegarão ao mercado,

Automação residencial em alta

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O recente boom imobiliário no País indicou uma nova tendência de mercado, uma vez que as soluções em automação passaram a fazer parte de projetos como forma de diferenciá-los. Segundo a iHouse, diversas construtoras pelo Brasil apostaram nisso, sendo que 95% dos projetos da empresa atendem esse tipo de demanda. Neste segundo semestre, por exemplo, a iHouse entregará 29 projetos, em empreendimentos de 14 cidades brasileiras. Somente na cidade de São Paulo, haverá oito entregas, sendo que a maioria contemplará as seguintes soluções: Wallpad (central de automação), Touchdoor (leitor biométrico) e Smartgate. Segundo o empresário Leonardo Senna, presidente da iHouse, o mercado de au-

tomação está em uma fase nova, pois a tecnologia de automação agrega estilo, conveniência, conforto e economia para as residências: “As pessoas valorizam tecnologia em seus equipamentos pessoais, em seus automóveis e, consequentemente, também desejam uma casa mais inteligente”. De acordo com dados da Aureside (Associação Brasileira das Empresas de Automação Residencial), o setor de sistemas inteligentes tem crescido 30% ao ano no País, movimentando cerca de 1 bilhão de reais. A entidade estima que existam hoje no país cerca de 300 mil residências automatizadas. Para os próximos meses, a IHouse prevê entregar oito empreendimentos em São Paulo, fruto de parcerias com as construtoras Helbor, Stan, Tishman e Lindencorp. Para o engenheiro da iHouse, Sérgio Corrigiliano, os moradores dessas residências poderão ampliar o uso da automação. “Eles conseguirão controlar a iluminação, abrir portas e persianas, acionar alarmes ou ligar o ar condicionado de forma automática. Inclusive poderão comandar tudo à distância”, afirma.

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tendo como alvo revendedores e consumidores da Bolívia, Equador, Colômbia, Paraguai e Peru. Na avaliação do diretor da Tramontina Eletrik, Roberto Aimi, o mercado internacional está em aquecimento, com potencial de crescimento em países em desenvolvimento de regiões como América do Sul, África e Oriente Médio. “As possibilidades de negócios neste segmento são importantes e a Tramontina Eletrik estima crescer consideravelmente nos próximos cinco anos. A meta da empresa para 2015 é que as exportações correspondam a 6% do total faturado”, declara.

Ampliações em Osasco

A recém-inaugurada loja de Osasco (SP) da Santil continua em expansão e, a partir de setembro, passou a contar com maior área de estacionamento e espaço ampliado para estoque. A obra inclui as duas áreas e agregará 400 m² construídos aos atuais 1.000 m². Com a ampliação do estoque, cresce também a linha de produtos, com mais opções de material para os clientes. Atualmente, a Santil conta com aproximadamente 30 mil itens cadastrados em seu portfólio. O quadro de colaboradores também deve mudar com a expansão, abrindo novos postos de trabalho. Felipe Abduch, responsável pelo Departamento de Vendas da Santil, conta que, desde a inauguração da loja, em março último, o fluxo inicial de clientes já indicava a necessidade de ampliação das vagas de estacionamento. Foto: Divulgação

A Tramontina Eletrik, fabricante de materiais elétricos, vem ano a ano intensificando sua presença em diversos países do mundo. Atualmente, cerca de 4% do faturamento originam-se das exportações, tendo como principais itens comercializados as linhas de interruptores, que são adaptadas às características e padrões de cada mercado. Hoje, a empresa fornece para revendedores de quase todos os países da América Latina (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, República Dominicana e México), além de Estados Unidos, Portugal e Japão. Os produtos são revendidos em home centers, lojas de materiais elétricos, de ferragens para construção e distribuidores, e incluem itens da divisão predial e da divisão Eletropeças.

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finanças e investimentos Foto: Divulgação

economia

Recursos da ordem de R$ 5 milhões foram investidos pela Termomecanica nos últimos anos em inciativas relacionadas às áreas de energia e utilidades, visando ampliar a sua eficiência energética. Além da aquisição de máquinas mais eficientes, estes recursos foram empregados também em modificações no sistema de iluminação de todas as plantas e em melhorias efetivas dos equipamentos das linhas de produção. “A Termomecanica sempre se preocupou em relação aos riscos de escassez energética, com o cenário de grandes mudanças meteorológicas e também alterações nas regras do mercado de energia, estas provocadas principalmente pela elevação dos preços. Além de uma utilização mais consciente, paralelamente buscamos outras formas e mecanismos de aquisição ou geração própria de energia, objetivando cada vez mais nos aproximarmos da autossuficiência no que diz respeito à matriz energética”, explica Luiz Henrique Caveagna, diretor de Operações Industriais da Termomecanica. A companhia conta com uma equipe dedicada, que atua fortemente no controle, monitoramento e contratação dos insumos energéticos. Em meados de 2004, implantou geração própria de energia por meio de grupos geradores que usam gás natural e óleo diesel, possibilitando maior flexibilidade na geração de energia. Os investimentos recentes incluem a substituição de equipamentos obsoletos por outros de maior eficiência, como motores, transformadores e fornos. A Termomecanica também destinou recursos para a transformação de fornos elétricos em fornos a gás, o que não só aumenta a eficiência, como também reduz os custos com energia. A troca do grupo de compressores que modula o consumo conforme demanda e a instalação de bancos de capacitores setorizados, capazes de eliminar perdas elétricas no sistema de distribuição, também fizeram parte das modificações.

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Incremento de luminosidade

A unidade brasileira da Cummins deu um passo adiante para aprimorar o nível de luminosidade e a eficiência energética da iluminação externa da fábrica instalada no município de Guarulhos, na Grande São Paulo. A empresa investiu na substituição das antigas lâmpadas de vapor metálico por 90 luminárias LED fornecidas e implantadas pela GE Lighting. São dois modelos de luminárias LED implantadas na fábrica: Cobrahead Modular, que ilumina as vias de passagens de veículos; e Area Light, instalada no estacionamento da unidade. A combinação entre tecnologia ecoeficiente e mais segurança para funcionários e clientes que circulam pelo local no período noturno resulta em uma economia significativa nos custos de manutenção e no consumo de energia elétrica. Enquanto a Cobrahead Modular, com potência de 130W, gera economia de 48% a 68% em relação às lâmpadas de vapor metálico, a Area Light (202W) reduz o consumo em até 50%. A adoção da tecnologia LED na área externa da unidade da Cummins é altamente providencial para as dezenas de pessoas e veículos que, diariamente, trafegam pela instalação para transportar motores dos mais diversos tipos que equipam caminhões, ônibus, barcos, tratores, colheitadeiras, trens e aplicações estacionárias e marítimas. Paulo Rogério dos Santos, chefe de Engenharia Elétrica da Cummins Brasil, valoriza a nova iluminação externa diante do crescente movimento na fábrica. “O crescimento das operações locais da Cummins e a localização nas proximidades do Aeroporto Internacional de Cumbica geram uma grande movimentação de carga no pátio e a nova iluminação é fundamental para que o ritmo de produção se mantenha elevado também no período noturno”, explica Santos.

Menor emissão de CO2 Em apenas dois meses, o Curitiba Ecoelétrico garantiu uma redução de quase duas toneladas (1.908 kg) de CO2 emitidos na atmosfera da capital paranaense. Com o uso de veículos movidos a eletricidade, foram poupados 1.522 litros de combustível, o equivalente a dez barris de petróleo. O projeto-piloto é composto por oito eletropostos e uma frota de dez veículos elétricos. Se esse comparativo levasse em consideração um universo de mil carros elétricos em um ano, por exemplo, 1.160 toneladas de CO2 deixariam de poluir o ar, quantidade de poluentes que, para ser neutralizada, exigiria o oxigênio produzido por 165 mil árvores. O resultado foi apresentado no dia 20 de agosto, durante a primeira avaliação do Curitiba Ecoelétrico, projeto piloto que reúne a Itaipu Binacional, a Prefeitura de Curitiba, a Renault, o Centro de Excelência da Indústria da Mobilidade (CeiiA) e outros parceiros. A reunião foi no escritório de Itaipu, em Curitiba. Integram a frota do Curitiba Eco-elétrico seis Zoes, dois Kangoos e dois Twizys, da montadora Renault. No total, 40 usuários

compartilham os veículos, distribuídos entre a Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) e Instituto Curitiba de Turismo. Há ainda um veículo elétrico Zoe, da Itaipu Binacional, ligado ao sistema. A frota opera dentro do sistema de gestão de mobilidade elétrica inteligente Mobi-me, sistema desenvolvido pelo CeiiA, que permite o monitoramento online, com a atualização de indicadores de energia elétrica consumida, número de viagens e distâncias percorridas, entre outras informações. O monitoramento inclui o cálculo dos gases de efeito estufa que deixam de ser lançados na atmosfera, principalmente o CO2, já que os veículos elétricos não provocam poluição do ar e nem sonora, pois o motor é silencioso. Esses dados podem ser acompanhados no endereço www.ecoeletrico.curitiba.pr.gov.br. Foto: Divulgação

Eficiência energética



opinião

Protocolo de comunicação

KNX: o sonho

hoje é realidade!

Protocolo KNX ganha espaço no mundo e no mercado brasileiro

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época atual é caracterizada, entre outras coisas, pelos contínuos avanços tecnológicos, que exigem do integrador atenção redobrada e investimentos em atualização permanente, uma vez que suas obras têm a meta de preparar as instalações para o futuro, reduzindo custos de manutenção e atualização de sistemas. Entre as inovações presentes no Brasil, como reflexo do que acontece

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na Europa, o protocolo KNX aportou aqui no País em novembro de 2012 pelas mãos da associação mundial responsável por ditar todas as regras que promoveram o sucesso do protocolo. Com ela, chegaram algumas importantes marcas do mercado europeu, como a JUNG, fabricante alemã muito conhecida e de forte representatividade entre as outras marcas internacionais atuantes na Europa. Como acontece com toda tecnologia inovadora e revolucionária, muitas pessoas que não dominam o assunto citam a sigla do KNX sem saber exatamente o que é e o que ela representa. KNX, antes de mais nada, é uma associação internacional sediada na Bélgica, fundada em 1999 pela fusão de três grandes associações europeias: a francesa BCI (BatiBUS Club International), a belga EIB (European Installation Bus) e a holandesa EHSA (European Home Systems Association). A Associação KNX é detentora da tecnologia KNX ou, como preferimos,

do Protocolo de Comunicação KNX, que é o único protocolo aberto em todo o mundo, padronizado de tal forma que todos os fabricantes homologados, assim como seus produtos certificados KNX, possuem a possibilidade de se comunicarem abertamente. Desse modo, ele torna realidade o sonho da liberdade de projeto, desvinculado de marcas e tendendo ao estado da arte pelo uso das melhores tecnologias em cada disciplina, sem a necessidade de conversores de comunicação. Atualmente, mais de 300 empresas estão associadas, somando mais de 15.000 produtos homologados, mais de 50.000 projetos implantados, com 15 milhões de produtos instalados no mundo. Esses números asseguram aos integradores e instaladores uma gama enorme de possibilidades em soluções que podem ser oferecidas aos seus clientes, atendendo a meta e a demanda por conforto e funcionalida-


Atualmente, mais de 300 empresas fazem parte da Associação KNX, somando mais de 15.000 produtos homologados. de na gestão de sistemas de iluminação, controle de persianas, sistemas de segurança, aquecimento, ventilação, ar condicionado, alarme, controle de bombas hidráulicas, eficiência energética, medição de energia, eletrodomésticos, som e vídeo, entre outros. Torna também realidade o tão requisitado controle através de seus dispositivos móveis, como tablets e smartphones, ou até da Smart TV.

Por que utilizar o KNX? Essa pergunta é facilmente respondida pela frequência mundial de utilização de tecnologias e protocolos em instalações prediais e residenciais. Estatísticas europeias apontam para preferência pelo KNX superior a 75% em comparação com os demais protocolos existentes. Os motivos para utilização do KNX são diversos e devem levar em conta os vários ângulos do ponto de vista do usuário final, do instalador e até mesmo do fabricante.

Analisemos brevemente alguns motivos para aplicação do KNX pelo ponto de vista de cada um dos atores envolvidos no projeto. Para o usuário final, o protocolo proporciona facilidade no manuseio do sistema, designs modernos e atraentes dos produtos e a certeza de que o sistema estará sempre preparado para o futuro. Você sabia que o usuário final pode alterar uma cena (pela predefinição dos valores de um conjunto de luzes, persianas e até uma playlist de som e vídeo entre outros itens da automação) via um “Interruptor Inteligente KNX” ou até mesmo através de um “Interruptor Convencional de Mercado” que, instalado na parede, pode ser acionado através de simples toques em um dispositivo móvel? A partir do momento que se torna um KNX Partner, o instalador terá em suas mãos mais de 15.000 produtos homologados KNX, que podem ser ofertados aos seus clientes. Além disso,

através de um único software de programação chamado ETS (Engineering Tool Software), irá programá-­los de forma simples e objetiva, sem a necessidade de dar aqueles famosos jeitinhos para que os produtos de diferentes fabricantes se comuniquem, atendendo, dessa forma, todos os requisitos de seu cliente. O fabricante, por sua vez, não terá a necessidade de desenvolver uma linguagem dedicada ao seu produto nem necessitará criar uma gama enorme de produtos para conseguir atender o mercado, pois terá a garantia de que seu produto não ficará isolado dos demais itens disponibilizados no mercado devido à linguagem própria. Em resumo, o importante ao pensar em um projeto com KNX é lembrar do desejo de liberdade e independência que estimula todo profissional de projeto. O sonho acena de bem perto para todos e pede como contrapartida a adoção de um protocolo universal, disponível e consolidado. O futuro agradece, agora.

Danillo Bettoni

Responsável pela Comfortclick no Brasil, América Latina e Angola, além de ser o primeiro KNX Tutor no Brasil. potência

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produtos e soluções

Cabos Multipolares A linha de Cabos Multipolares AtoxSil, da SIL, agora conta com cabos com dois, três e quatro condutores nos Cabos AtoxSil 0,6/1 kV 90ºC. Os novos cabos estão disponíveis nas seções 2x1,5 a 2x16mm²; 3x1,5 a 3x70mm² e 4x1,5 a 4x70mm². Com cobertura preta, os produtos possuem veias em diferentes cores, de acordo com cada versão. Com dois condutores: cores preta e azul clara; três condutores: preta, azul clara e branca; quatro condutores: branca, vermelha, preta e azul clara. Indicados para diversas aplicações, os cabos multipolares deixam a instalação mais organizada, uma vez que facilitam a identificação de cada circuito elétrico. A utilização de cada seção dependerá do circuito a ser formado. Como exemplos, em circuito monofásico sem terra será utilizado o cabo de dois condutores; havendo o condutor terra, três condutores; em circuito trifásico mais neutro, será necessário um cabo de quatro condutores.

Para grandes áreas A nova High Bay Eco da linha Extreme LED da Golden é uma solução econômica em iluminação para áreas industriais e comerciais com pé direito alto que demandam luminárias de alta eficiência. Indicada para grandes locais cobertos, ela pode ser usada em galpões industriais, logísticos, refrigerados e quadras cobertas com uma economia de energia de 60% em relação às luminárias de vapor de sódio e vapor metálico. Possui três opções de potências (120, 150 e 180W) e temperatura de cor de 5.700K, que além de estimulante, evita o ofuscamento da visão e é indicada para ambientes de trabalho ou locais em que as pessoas pratiquem esportes e atividades físicas, sem alterar a cor dos objetos. Outra vantagem é que ao final de sua vida útil, estimada em 50.000 horas, a depreciação máxima de luminosidade da luminária é de 20%.

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Lâmpada LED Vela A Avant apresenta mais um item de sua linha de lâmpadas com LED. Indicada para iluminação decorativa, a LED Vela High Power destaca-se pelo mesmo tipo de soquete já reconhecido entre as incandescentes, sem a necessidade de qualquer adaptação. Com LEDs exclusivos de potência superior a 1W por ponto luminoso, a LED Vela High Power emite luz brilhante e quente, com temperatura de cor de 3.000K, mais confortável para uso residencial ou em lustres decorativos em áreas comerciais. A emissão constante e uniforme do feixe luminoso a torna indicada também para abajures, pendentes e luminárias. Em complemento, a abertura de facho de 200° e o Índice de Reprodução de Cor (IRC) superior a 80 garantem ao consumidor excelente definição de cores. Os novos itens estão disponíveis na tensão bivolt automático 100V ~ 230V e base E14, com adaptador para base E27 incluído.


Sistemas de segurança A multinacional alemã Schmersal, especialista em sistemas de segurança, inova mais uma vez no segmento de dispositivos opto-eletrônicos de segurança e lança no mercado as Cortinas de luz de Segurança SLC 440COM e Grades de Luz de Segurança SLG 440COM, com dimensões compactas e de fácil instalação. Os dispositivos identificam objetos ou partes do corpo ao longo do seu campo de detecção. Possuem certificação TÜV-Nord em conformidade com as normas IEC 61496 1-2, ISO 13849 (PLe) e EN 62061(SIL3) - recomendadas para as adequações exigidas na NR 12. Podem ser utilizados em máquinas de embalagens, prensas, injetoras, dobradeiras, robôs, paletizadoras e guilhotinas, entre outras. As grades de luz de segurança podem ser utilizadas como controle de acesso em áreas de risco.

Teste expresso Automação Predial A Munddo, importadora e distribuidora de sistemas inteligentes para automação residencial e predial, apresenta a central Fibaro Home Center Lite, um sistema de automação sem fio lançado mundialmente com menor custo para o consumidor final. Trata-se de um novo dispositivo que permite controlar o lar de qualquer lugar do mundo, por meio do smartphone ou tablet. O Home Center Lite permite controlar recursos como iluminação, áudio, vídeo, ar-condicionado e segurança (alarme de incêndio, inundação, roubo e gás), além de monitorar o consumo de energia.

O Testador de Lâmpada Fluorescente Fluke® 1000FLT elimina o trabalho de manutenção das lâmpadas fluorescentes por meio de adivinhações, realizando todos os testes essenciais na lâmpada em menos de 30 segundos: testador de lâmpada, testador de reator, detector de tensão sem contato, testador de pino de continuidade e de reatores discriminadores. O reator discriminador ‘aponte e atire’ do 1000FLT acelera a substituição dos antigos reatores magnéticos por novos modelos eletrônicos energeticamente eficientes, ao rapidamente identificar exatamente que tipo de reator está no lustre antes da verificação in loco. Não há necessidade de remover as lâmpadas ou fazer contato com o circuito ao vivo. Basta apontar o testador de lâmpada fluorescente 1000FLT para a lâmpada incandescente e determinar o tipo de reator.

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produtos e soluções

Identificador de cabos A novidade da Extech Instruments, uma empresa do grupo Flir, é o CT40, kit de identificador/testador de cabos. O equipamento soluciona problemas de circuitos elétricos/eletrônicos e identifica até 16 linhas locais ou instaladas. As funções de multímetro incluem: tensão e corrente AC/DC, resistência, diodo e continuidade. O transmissor/receptor permite que uma pessoa identifique remotamente até 16 fios. Faz a verificação da tensão do fio de 5 a 16VDC. Destaque ainda para as função de armazenamento de dados e armazenamento máximo, ligar/desligar automático desativado e indicador de pouca bateria (transmissor e receptor). Completo, com transmissor de 16 linhas, multímetro/receptor, duas baterias de 9V, estojo de tecido e duas baterias AAA.

Visão mecânica A Cognex Corporation, especialista mundial em visão mecânica, lançou um portfólio ampliado de sensores de deslocamento a laser 3D, um controlador de visão industrial e novas ferramentas poderosas de visão em 3D. Os sensores DS1050, DS1101 e DS1300 abordam uma variedade sem precedentes de aplicações em 3D que exigem alta resolução e variedade de medida expandida. Agora, a série DS1000 vem com o novo controlador de visão Cognex VC5, proporcionando uma solução completa para satisfazer às necessidades de 3D mais desafiadoras. O VC5 pode controlar mais de quatro sensores em 3D e também as comunicações de fábrica. Vem pré-instalado com o Designer™ da Cognex, um novo framework de software de fácil configuração que simplifica o desenvolvimento de aplicativos em 3D e a criação de uma interface de usuário com aparência profissional. Além das ferramentas comprovadas de visão em 2D PatMax®, IDMax® e OCRMax™, a Série DS1000 agora oferece ferramentas 3D como altura em 3D, adequação de plano, ângulo plano a plano (direto), volume e seção transversal.

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Sensor compacto A Soprano apresenta ao mercado da construção civil o novo Sensor de Presença para Soquete E27 Compacto. O modelo SPI-S360-E27-AB Compacto é um dispositivo eletrônico de alta sensibilidade, que detecta movimento e funciona através da captação de raios infravermelhos como controle de sinais. O Sensor de Presença aciona a carga imediatamente quando um sinal entra no campo de detecção, desligando após o tempo programado. O produto reúne as funções de automação, segurança, economia de energia e praticidade no manuseio. A fotocélula permite que o sensor funcione dia e noite ou somente à noite. Dispensando a ligação de fios, o modelo pode ser instalado facilmente pelo usuário, conectando o sensor no soquete existente. É recomendado para diversos ambientes, como corredores, garagens, áreas de serviço e sacadas, entre outros.


Campainha modular A Campainha Cigarra modelo Home, da fabricante B-LUX, está disponível nas cores branca, grafite e marrom e possui acabamento em alto brilho. A empresa observa que o produto é modular, permitindo a montagem com diferentes combinações de peças, sem parafuso aparente na placa. Com garantia exclusiva de seis anos, a Linha Home aumentou sua linha de produtos com o lançamento da campainha cigarra, que possui um timbre suave e completa a instalação na obra, mantendo a harmonia com os interruptores e tomadas da marca.

Botões e botoeiras Desenvolvida para atender as mais variadas aplicações de interface homem-máquina, a família Max Botton, da Steck, inclui botões à impulsão, botões cogumelos (tipo soco) à impulsão, botões de retenção (tipo soco) girar para destravar, botões duplos, comutadores luminosos, botoeiras para fixação em paredes, ideais para elevadores, talhas elétricas, operatrizes, além de LEDs que possuem alta luminescência e vida útil superior a 30 mil horas. Para possibilitar a máxima liberdade de movimentos do operador, fazem parte ainda da família as botoeiras pendentes Max Botton. Resultado de longos estudos de ergonomia, a Linha é indicada para aplicação em pontes rolantes, talhas elétricas, guinchos de coluna, pórticos e equipamentos de elevação e transporte.


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produtos e soluções

Instalação rápida A Tramontina Eletrik amplia sua linha de canaletas com o lançamento dos modelos com fita dupla face. Indicados para instalações elétricas aparentes, de sobrepor e para cabeamento estruturado, os produtos dispensam os parafusos na instalação em paredes de alvenaria, proporcionando rapidez e melhor acabamento. A fita dupla face de alta aderência acompanha o produto e é indispensável para a fixação da canaleta em qualquer superfície limpa, seca e não porosa. Fabricadas em termoplástico de engenharia, as canaletas estão disponíveis nas medidas 20x10, 40x20 e 50x20mm, sempre com 2.000mm de comprimento, nas opções com ou sem divisória, usadas para a separação dos fios ou cabos, a fim de evitar interferências eletromagnéticas. Podem ser adquiridas nas cores branco e branco palha, em embalagens plásticas e a granel.

Disjuntor aberto A ABB apresenta o novo disjuntor aberto SACE Emax 2. Ele foi desenvolvido para atender diversos setores industriais em aplicações de maior complexidade, como nas áreas de óleo e gás, mineração, naval, plantas de geração de energia tradicionais e renováveis, bem como em instalações tradicionais da construção civil, como: shoppings, data centers e redes de comunicação. O produto é adequado às instalações brasileiras e atende aos padrões mundiais de qualidade e tecnologia. A linha Emax evoluiu, e destaca-se pela variedade de protocolos de comunicação nativos, pelas novas proteções incorporadas ao relé do disjuntor e pela facilidade na instalação de acessórios. Uma das vantagens que o produto oferece é a exclusiva função Power Controller, que monitora e controla o consumo de potência da planta de baixa tensão, chaveando até 15 cargas.

Iluminação portátil A Luminária de Emergência Foxlux é leve e portátil, o que facilita o transporte para utilização em diversos ambientes onde haja necessidade de iluminação em caso de falta de energia elétrica. Possui 30 LEDs, para oferecer maior luminosidade, e bateria de lítio. A autonomia mínima é de três horas, e a máxima, de até 6 horas. O equipamento possui botão de teste.

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www.cordeiro.com.br

contato@cordeirocabos.com.br

ETTORE

51

(11) 5571-5152

www.ettorehd.com.br

contato@ettorehd.com.br

FINDER

39

(11) 2147-1550

www.findernet.com

finder.br@findernet.com

GENERAL CABLE

41

(11) 3457-0300

www.generalcablebrasil.com

vendas@generalcablebrasil.com

www.hmnews.com.br

contato@hmnews.com.br

CORDEIRO

HMNEWS

4 e 5

site

-

e-mail

IFC COBRECOM

99

(11) 4023-3163

www.cobrecom.com.br

cobrecom@cobrecom.com.br

INTELLI

23

(16) 3820-1500

www.grupointelli.com.br

intelli@intelli.com.br

IPCE FIOS E CABOS

53

(11) 2065-1100

www.ipce.com.br

vendas@ipce.com.br

JBLF PROJETOS ELÉTRICOS

93

(81) 3039-1380

www.jblf.com.br

sac@jblf.com.br

KIAN BRASIL

100

(21) 2702-4575

www.kianbrasil.com.br

sac@kianbrasil.com.br

LACERDA SISTEMAS DE ENERGIA

65

(11) 2147-9777

www.lacerdasistemas.com.br

lacerda@lacerdasistemas.com.br

MARBIE SYSTEMS

57

(11) 5034-0434

www.marbie.com.br

-

NAMBEI FIOS E CABOS

35

(11) 5056-8900

www.nambei.com.br

vendas@nambei.com.br

NEXANS BRASIL S. A

9

(11) 3084-1647

www.nexans.com.br

nexans.brazil@nexans.com

OBO BETTERMANN

81

(15) 3335-1382

www.obo.com.br

info@obo.com.br

PANDUIT

75

(11) 3613-2353

www.panduit.com

info@panduit.com.br

PHOENIX CONTACT

49

(11) 3871-6400

www.phoenixcontact.com.br

-

PRODUTO SEGURO

97

-

www.produtoseguro.com.br

-

PROJECT - EXPLO

73

(11) 5589-4332

www.project-explo.com.br

contato@project-explo.com.br

QUALIFIO

95

SCHNEIDER ELECTRIC BRASIL LTDA

13

0800-7289110

SIL FIOS E CABOS ELÉTRICOS

31

SINDUSTRIAL

- www.qualifio.org.br

-

www.schneider-electric.com.br

call.center.br@br.schneider-electric.com

(11) 3377-3333

www.sil.com.br

sil@sil.com.br

25

(14) 3366-5200

www.sindustrial.com.br

faleconosco@sindustrial.com.br

STECK IND. ELÉTRICA

29

(11) 2248-7000

www.steck.com.br

vendas@steck.com.br

STRAHL

37

(11) 2818-3838

www.strahl.com

vendas@strahl.com

TIKAO COMUNICAÇÃO

43

(11) 2376-3700

www.tikao.com.br

-

TRAMONTINA

19

WETZEL SOLUÇÃO EM ILUMINAÇÃO

55

- www.tramontina.com 0800-474016

www.wetzel.com.br

eletrotecnica@wetzel.com.br



agenda

outubro/novembro 2014

eventos Futurecom 2014 Data/Local: 13 a 16/10 – São Paulo – SP Informações: (41) 3314-3221 ou ingressos@futurecom.com.br

Seminário Elétrica Segura 2014 Data/Local: 14/10 – Recife – PE Informações: (11) 4028-5451 ou secretaria@abracopel.org.br

Encontro de Profissionais Eletricistas 2014 Data/Local: 15/10 – Recife – PE Informações: (11) 4028-5451 ou secretaria@abracopel.org.br

Feira da Ind. Mecânica, Metalúrgica e de Material Elétrico de Pernambuco Data/Local: 21 a 24/10 – Olinda – PE Informações: www.mecanicanordeste.org.br

Feicon Batimat Nordeste – 2º Salão Internacional da Construção Data/Local: 22 a 24/10 – Recife – PE Informações: www.feiconne.com.br

cursos Check-list das normas NBR 5410 e NBR 13570 - Requisitos essenciais para projetos e instalações elétricas seguras contra incêndios, choques e danos aos equipamentos Data/Local: 02 a 03/10 - Belém - PA / 13 e 14/11 - Palmas - TO Informações: www.hiltonmoreno.com.br

Integrador de sistemas residenciais Data/Local: 13 a 15/10 – São Paulo – SP Informações: www.aureside.org.br

Luz como ferramenta de vendas no varejo Data/Local: 16/10 – São Paulo – SP Informações: (11) 4704-3540 ou treinamentos@expersolution.com.br

Projeto Prédio Eficiente Data/Local: 22/10 – Recife – PE Informações: www.predioeficiente.com.br

Simulação Computacional Termoenergética Data/Local: 22 a 24/10 – São Paulo – SP Informações: cursos@gbcbrasil.org.br

98

potência




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