mundo_h#18

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mundo h. 18 ABR.MAI.JUN.12

Ano5 Distribuição Gratuita

MOÇAMBIQUE PREMIAR A EDUCAÇÃO; S.TOMÉ REABILITAÇÕES ESTRUTURAIS; PORTUGAL UM OLHAR SOBRE 2011; ESTÓRIAS QUOTIDIANO NO CENTRO DE NUTRIÇÃO INFANTIL; QUEM HELPA ANÓNIMOS QUE AJUDAM ; IMAIS A HELPO NO TEDX


ÍNDICE 3

17

EDITORIAL

ESTÓRIAS

obrigado!

vou à escola para aprender. 18

4

MOÇAMBIQUE fotoreportagem: ano novo, salas novas. 6

contributo extraordinário.

apadrinhamento neonatal. 20

solidariedade em festa. 21

QUEM HELPA? 8

S. TOMÉ E PRÍNCIPE apoio constante.

apoios sem nome próprio... 22

i MAIS 10

PORTUGAL mundo helpo 2011. 14

destino: moçambique corrente de bens. 16

do faial a moçambique, uma onda de ajuda.

a helpo no flea market, no porto. tedx cascais.


EDITORIAL

OBRIGADO! Caxias, António Perez Metelo

V

ivemos dias de uma grande intensidade emocional. A crise manifesta-se nas suas múltiplas máscaras de penúria, marginalização e desemprego. O contingente destes não pára de crescer, assustadoramente. Os jovens aparecem como os mais afastados do caminho natural, que consistiria em encontrarem - em seu benefício, daqueles que neles investiram e da comunidade nacional - um emprego e uma atividade profissional à altura das qualificações que foram amealhando. Entre desempregados, subempregados (a tempo parcial) ou inativos, mas disponíveis para trabalhar, serão já uns 216 mil, entre 480 milhares (45%!). Dias de aflição tolhem a vida de muitas famílias em Portugal. A nossa comunidade de madrinhas e de padrinhos não podia ficar resguardada de tudo isto: os incumprimentos atingiram meio milhar em 2011. Em contrapartida, juntou-se outro tanto à nossa associação e, em diálogo, franco e amigo, tem-se revelado possível recuperar o contributo regular de um bom terço dos que haviam deixado de contribuir. Da parte da Helpo só encontrarão palavras de compreensão e de encorajamento, para que cada um possa superar as dificuldades do presente, sabendo que o laço de profunda amizade,

que o amor pelas nossas crianças - lá, tão longe na geografia, mas tão dentro dos nossos corações - criou entre nós, permanece intacto. O nosso dever na Direção da Helpo, enquanto depositários das contribuições de mais de 4 mil padrinhos e madrinhas, em tempo de escassez, é gerir com a máxima parcimónia as verbas disponíveis, é estabelecer prioridades rigorosas nos investimentos a lançar, é revermos, uma e outra vez, cada despesa nova que saia da atividade rotineira do dia a dia nas comunidades que apoiamos. Garanto-vos que o fazemos com alegria e esperança, por sabermos que a vida há-de melhorar para todos e que sairemos mais fortalecidos e motivados deste aperto! E, depois, surgem surpresas, como se de um maná caído dos céus se tratasse: no 1º. ano, no qual a Helpo pôde beneficiar dos 0,5% em sede de IRS – 2010 –, a verba canalizada pelos contribuintes totalizou 21 332,76 euros! Calculado na base do rendimento médio em Portugal, houve na casa dos milhares de cidadãos a confiar à Helpo esta parte do seu rendimento, pelo bem comum. É um acréscimo de energia fantástico para o nosso trabalho! Em nome dos nossos afilhados, muito obrigado!


MOÇAMBIQUE

fotoreportagem:

ano novo, salas novas. Pemba, Sara Sangareau

No passado dia 19 de janeiro, a Helpo inaugurou três salas de aulas na Escola Primária Completa de Impire, província de Cabo Delgado. A construção do edifício demorou 4 meses e a inauguração celebrou-se na semana de abertura do novo ano letivo. O momento foi de grande alegria para toda a comunidade, mas principalmente para as 6 turmas, de 250 alunos, que vão passar a ter aulas nas salas de aula, com carteiras, deixando finalmente de aprender à sombra do cajueiro. A inauguração contou com a presença da Administradora do Distrito de Pemba-Metuge, Helena André Nikutume, o Diretor da EPC e da Zona de Influência Pedagógica, Ismael Biché, o Coordenador Nacional da Helpo, Carlos Almeida, os Líderes comunitários, Encarregados de educação, Professores e Alunos. O trabalho da Helpo vai prosseguir na Comunidade de Impire com a instalação de um sistema de recuperação de águas para abastecer o depósito de 5000 litros oferecido pela Helpo. A este projeto junta-se um outro, numa parceria com The Clean Energy Company, e já aprovado pelo Fundo Nacional de Energia (FUNAE), para equipar três salas de aulas e o gabinete administrativo com energia solar e eólica, e a instalação de um posto de carregamento de telemóveis. A eletrificação destas 3 salas irá também permitir realizar um velho sonho da comunidade, a alfabetização de adultos. Além disto, a Helpo apoiou a criação da Biblioteca Escolar, para além da entrega regular de material de primeiros socorros


Antes...

... e agora!

Ficha Técnica Projeto: Construção e equipamento de 3 salas de aula. Localidade de ação: Comunidade de Impire, Distrito de Pemba-Metuge, Província de Cabo Delgado, Moçambique. Nº Beneficiários: 1551 alunos, divididos em 28 turmas, da 1ª à 7ª classe. Custos do projeto: 25.000,00€. Inauguração: 19 de janeiro de 2012.


MOÇAMBIQUE

contributo extraordinário. Nampula, Carlos Almeida

Q

uando a Helpo começou a operar na província de Nampula, no ano de 2008, todos sabíamos que havia um longo caminho a percorrer. Os anos passaram e cada vez temos menos crianças a ter aulas debaixo da árvore, cada vez temos menos abandono escolar precoce, cada vez mais as meninas ficam mais tempo na escola e adiam o casamento e a gravidez em idade que ainda é de brincadeira. Não se consegue compreender os problemas destas crianças sem perceber os problemas da comunidade em que estão inseridas. Aprendi uma frase, “it takes a village to raise a child” que significa em português “é necessário uma aldeia inteira para criar uma criança”. Nós acreditamos que a criança pode prosperar se estiver inserida num meio que permite que ela cresça. A Helpo tem sempre feito investimentos que vão muito além das crianças apadrinhadas, tentando sempre alcançar o maior número de crianças das escolas onde estão inseridas e, se possível, intervir na comunidade. As entregas de material escolar, a construção de salas de aula, a construção de poços vão além da criança apadrinhada e acreditamos que fazem todo o sentido, deixando os padrinhos e madrinhas ainda mais satisfeitos: não estão a apoiar apenas uma criança mas todas as crianças de uma comunidade. Mas, passados estes 5 anos, as crianças apadrinhadas cresceram e, à distância de milhares de quilómetros e de uma realidade paralela, os orgulhosos padrinhos e madrinhas foram acompanhando este difícil percurso. Existe em Moçambique uma

barreira muito grande, tão grande que por vezes, mesmo com o empurrão de uma mão amiga, se torna impossível ultrapassar: a escolaridade obrigatória termina na 7ª classe e no final destes 7 anos de “aprendizagem” (entre aspas, porque muitas vezes a pressão estatística do Governo e a falta de formação de alguns professores faz com que as passagens automáticas criem situações incríveis, como as de crianças que chegam ao final deste percurso sem saber ler nem escrever), as crianças têm de passar para a escola secundária que muitas vezes ultrapassa a distância

“nós acreditamos que a criança pode prosperar se estiver inserida num meio que permite que ela cresça” que conseguem fazer a caminhar. Muitas crianças das comunidades onde trabalhamos apenas podem prosseguir os estudos se conseguirem lugar numa escola com internato, ou se algum familiar perto da escola secundária as puder receber. Para tentar minimizar este problema, a Helpo investiu na construção de um pavilhão na escola profissional do Marrere, para que as crianças possam optar pelo ensino profissional, tendo formação espe-

cializada. E foi criado paralelamente um acordo com a Missão de S. João Batista do Marrere, responsável pela escola, que estabelece um estatuto especial para as crianças apadrinhadas pela Helpo. Além disso, o Ministério da Educação obriga os alunos a usar uniforme escolar e nas escolas das cidades é prática comum os alunos serem proibidos de entrar na escola se não estiverem devidamente fardados. Aqui em Moçambique, as leis são muito flexíveis e em nenhuma das escolas onde estamos presentes essa lei se aplica. No entanto, nas escolas secundárias, mesmo fora da cidade, os alunos têm mesmo de usar o uniforme escolar. Passados 4 anos, algumas crianças que começámos a apoiar em 2008, estão a chegar à 8ª classe. Sabendo que muitos pais retiram as crianças da escola, pois o simples facto de ter que comprar uniforme escolar pode ser um entrave para a sua inscrição, a Helpo promoveu uma campanha junto dos animadores. Todas as crianças que terminam a 7ª classe serão por eles informadas que o apoio da Helpo não é só para os alunos da escola onde estão inseridos e que poderão receber da Helpo um apoio extraordinário: mesmo que sejam transferidos de escola e se desloquem para outro local, o fato de receberem o uniforme e continuarem a receber o precioso material escolar faz com que o percurso não termine, quando ainda está a meio. Na Escola Primária Completa Eduardo Mondlane, no Namialo, província de Nampula, as crianças que receberam o apoio extraordinário estavam felizes e orgulho-


sas do seu novo uniforme escolar. Foi curioso falar um pouco com elas e tentar perceber o impacto do apoio dos padrinhos e madrinhas nestas crianças. Todas elas reconheceram que no início não percebiam porque tinham de fazer uma carta com desenho e tirar fotos, mas aos poucos começou a ficar claro que havia alguém do outro lado. As entregas

A nova geração escolar de Nampula.

de presentes e as visitas de padrinhos à escola foram ajudando esta construção. Quando são mais crescidos, compreendem a figura do padrinho que ajuda desde Portugal e têm muita curiosidade sobre como serão, como será a família, se tem filhos, qual a sua profissão e como é a sua casa. O próprio animador referiu que tinha curiosidade de saber se

os padrinhos tinham cabritos!!! Daqui a 4 anos teremos um novo desafio que pretendemos vencer: procurar bolsas de estudo para as crianças apadrinhadas, de maneira a que estas crianças tenham direito à escola toda e tenham direito a ter as ferramentas necessárias para mudar a sua vida e mudar a vida da comunidade onde estão inseridas.


SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

apoio constante. São Tomé, Flora Torres

N

a Helpo temos como objetivo permitir que as crianças com quem trabalhamos possam usufruir de condições que conduzam a uma melhor aprendizagem e desenvolvimento, criando um ambiente saudável, limpo e agradável no espaço físico onde elas pas-

sam parte do seu dia. Em São Tomé, as infraestruturas, onde as creches se encontram estão normalmente localizadas em edifícios antigos, pertencentes às roças ou suas dependências, tendo ficado à mercê do passar do tempo e das intempéries que acontecem ao

longo dos anos. Naturalmente o desgaste acontece com frequência e procuramos estar presentes sempre que necessário para suprir a necessidade que a comunidade escolar nos apresenta. Na creche de São José foi dada total prioridade ao equipamento e entrega de material diverso que permita o seu regular funcionamento, como lápis, canetas, folhas, cartolinas, plasticina, papel, tintas e tudo aquilo que antes apenas cabia na imaginação da professora e agora se encontra à sua disposição para poder, com as crianças, trabalhar todos os conteúdos pedagógicos. Seguiu-se a cozinha e a cantina, que foi beneficiada com copos, talheres, pratos, panelas e utensílios tão práticos, que escasseavam nesta comunidade. Foi identificada também a necessidade de apetrechar a creche com novos bancos, mesas e cadeiras. Alguns dos antigos bancos foram reciclados e convertidos em mobiliário, e novos foram construídos, permitindo assim a divisão de todas as crianças na sala de aula por idade e com espaço para as atividades. O edifício onde funciona a creche encontrava-se em relativo bom estado de con-


servação, verificando-se apenas o envelhecimento nas paredes e alguma humidade que as escurecia. Lançámos o desafio à comunidade para nos ajudar a renovar o interior da creche: a fachada exterior, pintada pela Helpo anteriormente, estendeu-se para as duas divisões que compõem o espaço. A comunidade não deixou de responder ao apelo e depois de escolhidas as cores, procedemos à pintura que alegrou e deu muita luz às salas. Os desenhos nas paredes foram escolhidos pelas professoras e auxiliares com os motivos que as crianças gostam mais. O resultado final foi do agrado de todos. A pequena creche da Saudade, apesar de servir uma comunidade pequena, trabalha não só com as crianças dessa comunidade, mas também com as crianças de Nova Moca, uma comunidade próxima. Beneficiou também de uma pintura integral do espaço - onde foram escolhidas tintas laváveis e claras para as paredes - que se encontrava já muito desgastado pelas chuvas e pelo próprio uso da creche. Um artista local pintou desenhos que dão cor e alegria à creche! Esta renovação foi feita com a boa disposição e vontade da comu-

nidade de pais da Saudade e Nova Moca que prontamente abraçou o desafio de renovar todo o espaço num curto período de tempo, aproveitando as férias escolares para o efeito. A cozinha e todo o material de apoio à

“um artista local pintou desenhos que dão cor e alegria à creche!” cantina foi fornecido pela Helpo. Em Monte Café, o antigo armazém de secagem de café foi reconvertido e reaproveitado para servir a creche da comunidade. A creche é composta por um edifício de alguma dimensão, com dois andares, 4 salas de aula e um refeitório/espaço de atividades e lazer.

Também aqui se verificou a necessidade de pintar as paredes, pois elas encontravam-se já muito sujas, sendo imperativo retirar-lhes a humidade instalada. A creche da comunidade da Bemposta foi alvo de intervenção do Ministério da Educação, que reabilitou todo o espaço no decorrer do ano passado. Nesta comunidade, o apoio da Helpo foi direcionado para o fornecimento de todo o material pedagógico necessário à continuação das aulas que, no decorrer do período das obras, foram realizadas no centro comunitário reabilitado pela Helpo. Em Santa Catarina, na creche Arca de Noé, o tempo já demonstrava os seus sinais de uma forma mais presente num edifício antigo, tendo sido necessário substituir o telhado, reabilitar o chão, cozinha e casas de banho, que foram recentemente equipadas com novos sanitários. No exterior foi realizada uma nova pintura pela comissão de pais que, com o apoio da Helpo, efetuou os trabalhos de melhoramento do espaço. Intervenções que encheram de cor as creches e proporcionam melhores condições de aprendizagem e brincadeira a quem as frequenta.




PORTUGAL

mundo helpo 2011. Cascais, Joana Lopes Clemente

Num ano, a terra percorre silenciosamente 150 milhões de quilómetros numa estrada circular. Num ano, a população mundial cresce mais de 1%, espalhada pelo globo. Num ano, são descobertas, em média, 18.250 novas espécies de vida na terra. Nos 365 dias do ano de 2011, milhões de pequenos e grandes acontecimentos transformaram o rumo da História, ou simplesmente permitiram que a mesma continuasse a seguir o seu curso! Na Helpo, a História é a amálgama dos dias que nos circundam, das pessoas que nos povoam. É a soma dos milhares de histórias que vemos espelhadas nos rostos ora silenciosos ora risonhos, conforme a generosidade dos dias. É o carreiro gigante de ínfimos pontos negros tão próximos quanto numerosos, qual linha de intermináveis segredos indizíveis, só aquilo que é preciso vividamente para passar a ponte dos dias até amanhã. Só mais um fôlego, só mais um pedido de coisas que não se pedem. Dias feitos dos “sins” possíveis, inacreditavelmente menos do que os necessários. A Helpo compõe-se de histórias, de patamares alcançáveis e por vezes, as mais memoráveis, alcançados. E compõe-se de compromissos compridos, no meio de braços abertos entre duas margens que se tocam e que não se tocam. Padrinhos e afilhados que ocupam os papéis que aceitam, que aceitam o desafio de ocupar esses mesmos papéis. Em 2011 a Helpo sentiu a dificuldade de um ano amargo para muitos, mas constatou também o compromisso e responsabilidade sentidos ao mais alto nível por aqueles que podem e não abdicam de desempenhar o seu papel de padrinhos.




Em termos de projetos de Desenvolvimento e/ou estruturais, os maiores investimentos que efetuámos consistiram na conclusão da reabilitação total da sala anexa da Escola Primária 16 de Junho e construção de latrinas para uso de alunos e professores na Ilha de Moçambique (28.885,00€); a construção e equipamento de um edifício de 3 salas de aula na EPC Teacane (22.246,41€); o arranque da construção de um bloco de 3 salas de aula na EPC de Impire (25.000,00€); a manutenção, reciclagem de formadores e orientação das crianças do espaço CAI, construído pela Helpo em 2010 (8.826,67€); a reabilitação e equipamento de 2 bibliotecas (4.580€) e o equipamento de outras 7 bibliotecas; bem como a implementação da primeira ludoteca Helpo em Moçambique (5.321,73€), tendo reabilitado o espaço, equipado o mesmo e formado os auxiliares que ficarão afetos à manutenção do espaço, no edifício da Biblioteca Provincial de Pemba.

Ilha de Moçambique, Nampula

Teacane, Nampula

Esc. Sec. Muçulmana, Nampula

Na área da assistência alimentar, destacamos aqui a distribuição diária de papas de farinha, óleo e açúcar, a 310 crianças menores de 6 anos de idade (5.500€); a entrega de um total de 10.520,80€ ao Centro de Nutrição Infantil, para implementação estrutural do mesmo e apoio na compra da alimentação (leite em pó, manutenção da consulta e suplementos vitamínicos) aos 180 recém-nascidos subnutridos que frequentam o centro; foi introduzido, na EPC de Mahera, o dia do lanche escolar, distribuído, em dias alternados, a 500 crianças como reforço para a luta contra o abandono escolar (2.676,60€); foi entregue um total de 29.522,00€ ao Centro das Irmãs Pastorelas, na cidade de Pemba, como meio de apoiar a distribuição diária de lanche a 800 crianças e distribuição semanal de kits de reforço alimentar às famílias mais desprotegidas, manutenção de consulta médica semanal e entrega de medicamentos anti-retrovirais a todos os progenitores inscritos e infectados com o vírus do HIV/SIDA (a Helpo assistiu ainda a ação integrada destas irmãs com a alocação de um voluntário no centro, dois dias por semana); e por fim, o tradicional apoio prestado em material e formação na constituição e manutenção das machambas (hortas) escolares.

Monte Café, São Tomé

Centro de Nutrição Infantil, Nampula

Mahera, Cabo Delgado




No que toca à Educação para a saúde, destacamos aqui a parceria estabelecida com a Universidade Lúrio, em Moçambique, que originou o acompanhamento pedagógico sobre manutenção da higiene dentária e as distribuições de pastas e escovas de dentes levadas a cabo pelos nossos técnicos; a continuação da parceria com o Hospital de São João do Porto, que permitiu levar a 3 roças em São Tomé e Príncipe vários workshops temáticos na área da prevenção e prestação de cuidados primários; e a introdução de formação comunitária em manutenção da higiene pessoal, segurança e conservação alimentar, através de uma nutricionista parceira no projeto, que chegou a 4 comunidades, após terem sido detetados casos de escorbuto entre as crianças apoiadas.

Chinda, Cabo Delgado

Santa Catarina, São Tomé

Murrupula, Nampula

finalmente, no que à assistência genérica e de emergência diz respeito, foi reabastecido mensalmente o kit de primeiros socorros em 35 escolas e escolinhas; foram distribuídos kits de material escolar a 5830 crianças; prestámos assistência na reparação e apoio de estruturas não convencionais em 12 escolas, com um total de 28 salas de aula; assinalámos, com festejos, eventos e distribuição de refeições, o Dia Internacional da Criança, o Dia da Criança Africana, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, a propósito do qual se realizou a primeira edição da Corrida Solidária Internacional da Helpo e ainda a festa de Natal.

Nampula

Nampula

São Tomé




Ao nível do investimento, os Recursos Humanos representam grande parte do investimento efetuado pela Organização e aquele que, a longo prazo, mais frutos duradouros pode trazer no universo das comunidades, ao desmistificar hábitos e costumes muitas vezes impeditivos de um crescimento saudável e de um desenvolvimento efetivo. Assim, como forma de optimizar gradualmente o seu potencial, a estratégia da Helpo durante o ano de 2011 centrou-se na aposta da formação dos seus colaboradores. No entanto, e após os referidos destaques, a conquista de 2011 à qual gostaria de dar maior relevância, é a das crianças apoiadas pela Helpo que, há 5 anos atrás, frequentavam uma das 7 escolas da Província de Nampula onde começámos a pôr em prática o programa de apoio, na 4ª classe. No final de 2011, graças a uma vitória de um grupo entre estas crianças, a Helpo vê-se forçada a desenvolver um programa de apoio específico para um grupo com novas e diferentes necessidades: o grupo de crianças que transitou para o 8º ano de escolaridade e que leva consigo a certeza de poder contar com um apoio de padrinhos e madrinhas que, do lado de cá, permitem a continuidade deste percurso de verdadeiro Desenvolvimento. Em 2011, confrontámo-nos com obstáculos e, consequentemente com os “sins” possíveis entre tantos “sins” necessários. Descobrimos ainda no final do ano, com a transição de 11 alunos para 8ª classe (em Moçambique o ensino secundário), que há os “sins” obrigatórios, aqueles, como este, por força do empenho de quem espera de nós uma mão, que têm que surgir como resposta, como caixa de ressonância, como sinal de que esse empenho, e os resultados que o mesmo alcança, são as bases com que se traça a sólida estrada do crescimento efetivo. Como sinal de que nessa estrada, estamos juntos!

“dias feitos dos “sins” possíveis, inacreditavelmente menos do que os necessários”




PORTUGAL

destino: moçambique -

corrente de bens. Sintra, Margarida Assunção

O

projeto “contentor” resulta do esforço e alegria de centenas de pessoas que, numa cadeia de passos cada vez mais experienciados e organizados, dão o seu contributo por esta iniciativa. Processo mais demorado e dispendioso do que muitos de nós imaginamos, sentimos que valeu a pena nos olhos brilhantes e sorrisos esperançosos das crianças e instituições que são agraciadas pelas distribuições da Helpo, em Moçambique. No ano de 2011, direcionámos a nossa recolha de bens essencialmente para: material escolar de base (onde incluímos cadernos, esferográficas, lápis de carvão, borrachas, afias, lápis e canetas de colorir, plasticinas), livros - sobretudo livros de leitura - jogos didáticos, mantas do tipo polar, escovas e pastas dos dentes e chinelos. Felizmente, e como já vem sendo hábito no que à entrega de bens diz respeito, os nossos padrinhos e amigos são atentos e sensíveis às nossas solicitações, possibilitando recolher ao longo de todo o ano, mais de 12.000kg de material diverso que seguiu para o Moçambique, porto de Nacala no final do mês de fevereiro. O material enviado assegurará boa parte das distribuições mensais realizadas pelos nossos técnicos entre os 25 centros/ comunidades apoiados pela Helpo nas províncias de Nampula e Cabo Delgado. Cada caderno que nos foi entregue, cada manta recebida, cada livro, todos os itens que compõem o lote enviado, um a um – revestem-se para nós e para as crianças que os vão receber de um valor muito precioso; com a certeza que irão proporcionar um quotidiano melhor, mais digno, que se concretiza através de uma noite mais quente, material escolar que proporciona uma melhoria na aprendizagem, a possibilidade de uma viagem pelo mundo dos sonhos através da leitura de um conto infantil. Assim, gostaria de reforçar que todos os que contribuíram para este projeto, com a entrega de um simples caderno que seja, merecem o nosso sincero obrigado, pois estão a ser agentes de mudança na vida de alguém! Gostaria também de partilhar com todos o apoio que nos chegou por parte de algumas entidades/particulares que são já uma presença constante nas nossas campanhas de recolha e que, pelo




seu empenho e dedicação, são também uma inspiração para todos nós. Sem qualquer ordem, apresento-os: Papa Léguas, AMI, Instituto de Informática, Fundação PT, PT PRO, SAPO, Abreu Carga, Gente Gira, Disney, Câmara Municipal de Vila Viçosa (que nos doou 2 cadeiras de rodas), Câmara Municipal de Cascais (que agilizou os passos necessários ao carregamento do contentor), a madrinha Luísa Borges e Marina Sousa. O nosso sincero obrigado! Como já foi referido, o contentor enviado em fevereiro resultou da campanha de recolha de bens que decorreu ao longo de todo o ano de 2011. Mês a mês, com esforço, foram organizadas recolhas pontuais espalhadas um pouco por todo o país; semanalmente, voluntários animados, de todas as idades, dedicaram-se a selecionar, inventariar e fechar cada uma das mais de 700 caixas que foram enviadas e agora, já no porto de Nacala, aguar-

dam permissa para cumprir o seu destino. Do lado de cá do globo, o culminar de todas estas etapas, de todo o esforço investido (onde foi precisa alguma força também!) aconteceu no passado dia 19 de Fevereiro, com a reunião de uma equipa de 52 voluntários, que, com entusiasmo, vontade e boa disposição carregou o bendito contentor de 20 pés. Numa corrente humana com mais de 100 mãos, caixa a caixa, juntos enchemos o contentor com uma perícia tal que não sobrou nem um buraco! De coração cheio, neste dia extraordinário para todos os que marcaram presença, ficou a vontade que houvesse “buracos” suficientes que nos transportassem para o lado de lá do globo, para continuarmos a viver esta história. Nessa impossibilidade, mas com confiança em quem está do lado de lá, contamos com a nossa equipa em Moçambique, para nos trazer notícias brevemente!




PORTUGAL

do faial a moçambique, uma onda de ajuda. Porto, Ana Luísa Machado e Ericeira, João Clemente

N

o passado dia 18 de março, realizou-se, pelo quinto ano consecutivo, “a festa” das Sopas do Espírito Santo.Trata-se já de uma tradição da família Helpo na Ilha do Faial, que conta com a participação e convívio tanto de padrinhos como de amigos. Como sempre, a grande mentora foi a nossa queridíssima Madrinha Luísa Borges, uma senhora de uma força estupenda que, mesmo debilitada, consegue mover céu e terra. Os padrinhos Belmira e António Faria, ofereceram a vaca, o Sr. Humberto Rodrigues (da padaria Bico Doce), o pão, a Esperança Regelo, o arroz doce e a também queridíssima Conceição Matos

e toda a família ofereceram, como aliás já vem sendo hábito, a massa sovada que não pode faltar na mesa. Para além destes beneméritos, a festa contou com a participação de cerca de vinte voluntários, que se repartiram entre o serviço de mesa e cozinha. Mais uma vez, a ocasião foi inesquecível e o valor angariado neste dia especial foi de 5768,74€. O almoço contou com mais de 350 pessoas sentadas à mesa a deliciarem-se com as maravilhosas sopas, mostrando o verdadeiro espírito da Helpo: a partilha. O nosso muito obrigado a todos! Bem hajam!

A voluntária Sónia Borges, num momento de alegria com algumas das pessoas presentes.




vou à escola para aprender.

ESTÓRIAS

Linda-a-velha, Augusta Lima

O

desejo de visitar Moçambique já era antigo. Nasci em Quelimane, e a minha família materna viveu em Moçambique praticamente a vida toda, tendo vindo para Portugal, como muitos Portugueses, quando se deu a Independência. Desde pequena que ouço histórias, invariavelmente felizes, desse tempo, no qual a família viveu um pouco por todo o país, mas sobretudo na Ilha de Moçambique e em Lourenço Marques, hoje Maputo. Por isso, quando em fevereiro surgiu a oportunidade de visitar Moçambique, não pensei duas vezes. Fiquei ainda mais feliz quando vi que era possível ir visitar o meu afilhado, o pequeno Piteleque, a Pemba. Fui recebida pelo Carlos Almeida, o Coordenador da Helpo em Moçambique, a quem agradeço a simpatia, a hospitalidade e o acolhimento na casa da organização. O Piteleque tem seis anos e frequenta o Centro das Irmãs Pastorelas após a escola. Antes da visita, e talvez face ao meu entusiasmo, o Carlos

advertiu-me para o facto de os afilhados geralmente não retribuírem a emoção dos padrinhos… O Piteleque não foi exceção. Aguardava por mim, acompanhado pela mamã e a irmã mais nova, ainda bebé, e quando me viu, como previsto, retraiu-se, acanhado. Ofereci-lhe uma bola, penso que gostou, e fui tentando falar com ele, mas a comunicação não foi fácil, uma vez que ele ainda não fala português. A mamã disse-me que tem sete filhos. Destes, apenas o Piteleque frequenta a escola. Infelizmente, esta realidade é muito comum em Moçambique. Impressionou-me o número de crianças que vi naquele país, nas cidades, nas aldeias, muitas, imensas, lindas, de sorrisos abertos e olhar curioso. Mas esta realidade esconde outra menos risonha, sobretudo nos meios rurais e mais pequenos. A falta de estímulos no seio familiar, aliada a carências alimentares e ao absentismo escolar, compromete o desenvolvimento intelectual de muitas crianças. Vi no terreno, quão im-

portante é o trabalho que as organizações não governamentais desenvolvem neste país. Percebi que, para muitas crianças o acesso ao ensino pré-escolar e à educação só é possível porque organizações como a Helpo desenvolvem projetos nesse sentido. E o acesso à educação significa algo tão fundamental como aprender a língua portuguesa. Na Ilha de Moçambique, um rapaz com cerca de quinze anos disse-nos que estudava à noite. Tinha desistido da escola anos antes, na quarta classe, e agora tinha decidido retomar os estudos. Quando lhe perguntámos a razão, foi esta a resposta: ”Eu voltei à escola para ter conhecimento, eu vou à escola para aprender!” Sorri. Acredito que no futuro haverá mais respostas como esta. Acredito que haverá mais e melhores escolas e mais crianças e jovens dentro delas. E tenho a esperança de que, quando voltar a Moçambique, o Piteleque me fale em português.




ESTÓRIAS

apadrinhamento neonatal. Nampula, Cécile François

Beneficiários… Este programa tem lugar no Hospital do Marrere, Província de Nampula, norte de Moçambique. As consultas são frequentadas, atualmente, por 462 crianças em risco, com os mais variados problemas: desnutrição, filhos de seropositivos, crianças seropositivas, gémeos em risco, prematuros em risco, crianças com tuberculose, orfãos e crianças que deixaram de ser amamentadas prematuramente, fruto de 462 mamãs que ignoram os compor-

tamentos de saúde básicos e vitais das crianças, por serem mães muito jovens, que cresceram numa sociedade muito rígida, cheia de tabus, proibições e outras práticas, como ritos culturais, prejudiciais à saúde da criança.

Em que consiste o nosso trabalho… De 2ª a 6ª feira, recebemos as mamãs enviadas pelo Hospital do Marrere (secção de pesagem de bebés e vacinação), por outros hospitais, ou que vêm por iniciativa própria. Começamos por medir, pesar e ver a circunferência do braço das crianças. Todos estes dados são registados nas nossas fichas e nos cartões de saúde das crianças e é graças a esse passo, que podemos avaliar o seu crescimento. Em seguida, escutamos a paciente: a sua história, tentamos perceber qual o estado de saúde da criança e os motivos para tal, compreender os contextos e as causas. A desnutrição, por exemplo, pode ser a consequência de um outro problema de saúde que vamos acabar por descobrir na consulta e tratar devidamente; pode ser devido ao estado de precariedade socioeconómica, ao estado de saúde da mãe (mamãs com lepra, com HIV/SIDA, que não beneficiam de qualquer apoio moral e financeiro da família e dependem dos vizinhos); pode ser a negligência relativamente à saúde dos filhos, que é um problema cultural nestas comunidades rurais de Moçambique; ou, ainda, a situação de mamãs que são muito jovens: recebemos recentemente uma mamã com 12 anos! Após efetuar os testes de enfermagem adequados (teste da malária, HIV/SIDA,

consulta especializada), as mamãs cozinham uma papa enriquecida com produtos cedidos pelo Programa Neonatal, importantes para a correta nutrição das crianças, e finalmente espalham-se as esteiras para as mamãs poderem alimentar as suas crianças. Antes de elas partirem, cada uma recebe apoio alimentar: leite, farinha e açúcar, para a confeção das papas.

As dificuldades… As principais dificuldades sentidas consistem no problema da comunicação intercultural. A nossa conceção europeia sobre as questões relacionadas com a saúde é diferente da de estas mães. Também a nossa relação com o sofrimento é diferente. O tratamento que as crianças recebem aqui é considerado negligente no nosso país, mas aqui não. Esse é o nosso papel : tentar educar as mães, mas é extremamente dificil fazê-las entender e integrar algumas mensagens, que nos parecem simples e básicas.

O Programa de Apadrinhamento Neonatal…. Graças à ajuda dos padrinhos e madrinhas, cada mamã recebe, em função do estado de saúde da criança e das suas necessidades, bens alimentares como: leite, farinha e açúcar. Em caso de rutura dos medicamentos prescritos, nós completamo-los para que o tratamento seja eficaz e não seja interrompido. Quando necessário, fornecemos fraldas, vestuário e transporte para as mamãs poderem comparecer às consultas diariamente, no caso de desnutrição aguda.


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Termino com uma explicação que me parece muito importante: a taxa de abandono neste programa é muito grande (22%), pois a desnutrição muitas vezes não é entendida pelas mães como um problema de saúde. Muitos pais abandonam as consultas, mesmo sem as crianças atingirem o peso ideal. Ainda que as tentemos recuperar, nem sempre conseguimos, daí a dificuldade em dar, por vezes, notícias das crianças aos padrinhos e sermos forçados a terminar o programa de apadrinhamento. Infelizmente, muitos padrinhos que abraçam este programa não conhecem o final das histórias das crianças, porque nem mesmo nós o conhecemos. Outras, felizmente, recebem alta e a frequência das consultas termina com sucesso. Muito obrigado a todos os padrinhos do apadrinhamento neonatal, pois, sem o vosso apoio, este projeto seria impossível!


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ESTÓRIAS

solidariedade em festa. Sintra, Margarida Assunção

À

margem do apadrinhamento à distância, a Helpo coloca à disposição de todos os que habitualmente nos seguem, outras formas de apoiar os projetos e atividades da Organização, nomeadamente, através de diplomas para ocasiões especiais. Como o nome indica, estes diplomas inserem-se naqueles dias que queremos tornar de fato mais especiais, como seja a cerimónia de um casamento, de um batizado ou, até, podem fazer parte do seu aniversário! No contexto atual em que vivemos, onde as necessidades são tantas e diferentes e nos chegam de todas as direções, faz ainda mais sentido que utilizemos os nossos recursos de forma cuidada e responsável. E se tantas vezes preferimos e exigimos às empresas que nos rodeiam que sejam socialmente responsáveis, também o devemos ser! Em substituição dos tradicionais brindes de casamento, que muitas vezes se revestem de pouca utilidade, estes pequenos diplomas, são entregues sob a forma de “rolinho” ou em envelope, das cores e estilo que convier à temática da festa em questão. Neste ano de 2012, felizmente, contamos já com cinco pares de noivos Helpo, são eles: a Nádia e o Chivambo, o Pedro e a Maria João, a Joana e o Bernardo, a Andreia e o Pedro, a Lena e o Renato. Para os cinco casais vai o nosso especial obrigado: em primeiro lugar, pela contribuição que reforçará as nossas atividades e projetos, em segundo, pela oportunidade que nos dão de fazer chegar o “mundo Helpo” a um conjunto cada vez mais alargado de pessoas.

SABER MAIS: Se ficou com curiosidade e pretende saber mais sobre os diplomas para ocasiões especiais, não hesite em contactar-nos através do número de telefone: 211537687 ou através do endereço de e-mail: margaridaassuncao@helpo.pt.


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QUEM HELPA?

apoios sem nome próprio... Cascais, Sofia Nobre

N

um ano que todos já adivinhávamos difícil, a direção da Helpo, por opção estratégica, canalizou alguns esforços e energia à captação de donativos livres (donativos que não advêm do Programa de Apadrinhamento de Crianças à Distância) que, deste modo, apresentaram um crescimento no 1º trimestre do ano de 2012, comparativamente com o 1º trimestre de 2011. Apesar da situação económica adversa que o país atravessa, a importância dos apoios para os projetos de desenvolvimento que possibilitem a melhoria das condições de vida das populações mais carenciadas é tida em conta pelas empresas e particulares, que arregaçam as mangas no sentido de tornar este mundo num mundo mais humano! Se, por um lado, os apoios canalizados para o Programa de Apadrinhamento têm vindo a sofrer uma quebra desde o ano transato até à presente data, os donativos direcionados para os projetos que a Helpo leva a cabo têm apresentado um crescimento simpático. Como podem consultar no gráfico apresentado, desde 2010, os donativos livres têm vindo a crescer ao longo dos anos. Em Abril de 2011 verificávamos uma entrada de 1761,30€ em donativos, comparando com Abril de 2012, onde se regista uma entrada de 7477,84€. Esta rubrica representa, mais do que mostrar quem helpa e como, um singelo agradecimento às entidades que confiam no trabalho da Helpo, apoiando, seja em géneros ou monetariamente, na prossecução dos nossos projetos e atividades. Ainda que as empresas não efetuem as contribuições a pensar na sua divulgação, e ainda que esse não seja o cerne da questão, não queríamos deixar de partilhar com os nossos padrinhos e leitores os nomes dos benfeitores que, a par com os padrinhos, colaboradores, voluntários e amigos, constituem a grande família Helpo, depositando uma gota de esperança num poço de necessidades gritantes! Quando a rubrica Quem Helpa foi criada, foi a pensar no reconhecimento que pretendíamos dar às entidades como forma de agradecimento pelo apoio efectuado. No entanto deparamo-nos várias vezes com entidades que não pretendem divulgar o seu apoio, agradecendo a discrição do mesmo. Ainda assim, e não revelando os seus nomes, não queríamos deixar de agradecer a todas estas empresas e elevar a importância dos seus inestimáveis apoios! Agradecemos os lanches, o material informático, o trabalho gráfico, entre outros,… agradecemos, porque o impacto que estes apoios têm nos beneficiários dos nossos projetos, é tudo menos discreto!!

Comparação dos donativos do 1º quadrimestre do ano 2011 e 2012.


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i MAIS

a helpo no flea market, no porto. N

o dia 25 de fevereiro, na cidade do Porto, realizou-se uma vez mais o “Flea Móbile”. Trata-se de um mercado de compra, venda e troca de objetos usados, que reúne habitualmente cerca de trezentos vendedores que colocam bens, de que já não precisam, à disposição do público que visita a Feira. A Helpo foi a Associação convidada pela organização do evento, a S.P.O.T., a marcar presença neste dia. Para além de termos tido a

honra de nos apresentarmos a quem ainda não conhece o nosso trabalho, fomos presenteados por alguns visitantes com escovas e pastas de dentes, roupa interior para crianças institucionalizadas e algum vestuário e calçado também de criança. Aproveitamos para agradecer o convite, bem como a todos aqueles que, de alguma forma, participaram na campanha de angariação de bens para as crianças mais carenciadas.

tedx cascais. S

ob o mote “A linha que nos separa - A linha que nos une”, realizou-se no passado dia 18 de fevereiro de 2012, o primeiro TEDx em Cascais, na Casa das Histórias – Paula Rêgo. A Helpo foi desafiada pela Organização do evento a partilhar com os participantes a sua perspectiva sobre o

tema, refletindo de que forma o mesmo se enquadra no âmbito do trabalho desenvolvido pela Associação. A Coordenadora Geral Executiva da Helpo, Joana Lopes Clemente, mostrou que a linha que nos separa é também a linha que une, de uma forma geral, respeitando o breve tempo que foi impos-

to a cada orador e deixando muito por desvendar sobre o tema… Por sua vez, António Perez Metelo, Vice-presidente e padrinho na Associação, demonstrou, com a sua experiência de visita à afilhada Ragina e sua comunidade, Silva Macua, em Moçambique, que esta linha é ténue…

Agradecemos à equipa organizadora, que está desde já de parabéns pelo excelente trabalho realizado, a oportunidade de abrir ao 3º sector a participação neste evento, e o convite endereçado à Helpo, como Associação representante desta atividade.


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FICHA TÉCNICA

Entidade Proprietária e Editor

Associação Helpo Morada e Redação: Associação Helpo, Rua Catarina Eufémia, Fontaínhas, 2750-318 Cascais

Correspondente em África

Diretor Responsável

Design

António Perez Metelo

Codex - Design e Relações Públicas

Carlos Almeida

Diretora Editorial

Joana Lopes Clemente Nº de registo no ICS: 124771 Tiragem: 4500 exemplares

Informações: Associação Helpo

Tel.: 211537687 info@helpo.pt www.helpo.pt

Periodicidade:

Trimestral NIF: 507136845 Depósito Legal: 232622/05 Impressão

ORGAL, Rua do Godim, 272 4300-236 Porto Redação Portuguesa

Sofia Nobre (secretária de redação) Joana Lopes Clemente Margarida Assunção Colaboradores neste número

Ana Luísa Machado António Perez Metelo Augusta Lima Carlos Almeida Cécile François Flora Torres Joana Lopes Clemente João Clemente Sara Sangareau Sofia Nobre

A responsabilidade dos artigos é dos seus autores. A redação responsabiliza-se pelos artigos sem assinatura. Para a reprodução dos artigos da revista mundo h, integral ou em parte, contactar a redação através de: info@helpo.pt.


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