Hell Divine Magazine 02

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HELL DIVINE: Desde 1999, quando lançaram “Discouraged Ones”, a banda veio a desenvolver um modo completamente diferente e mais suave de fazer música. Essa mudança na sonoridade foi forçada por alguma situação com algum membro à época, ou foi algo que ocorreu naturalmente? A.N.: Na verdade, foi em 1998, mas realmente, tivemos nossa maior mudança na sonoridade naquela época. Era a única porta aberta para seguirmos em frente, e olhando para trás, aquela mudança de estilo tem sido representada em seis álbuns ao longo de 13 anos, enquanto o “antigo” estilo, como as pessoas se referem, só foi ouvido em dois álbuns ao longo de quatro anos. Sendo assim, acredito que a mudança tenha sido a evolução natural da banda. HELL DIVINE: Sobre o mais recente álbum, “Night is the New Day”, como foi o processo de composição e o período em que passaram no estúdio? Conte-nos um pouco sobre a experiência de gravação desse disco. A.N.: Demorou bastante para compor esse álbum devido a alguns problemas. Estávamos muito ocupados mantendo o lado dos negócios da banda correndo e estávamos na estrada em turnê, onde não escrevemos material algum. Ainda havia nossa rotina de cuidar de nossas famílias e, finalmente, talvez o maior obstáculo, não conseguíamos encontrar motivação, pelo menos não aquela criatividade mágica! Quando a retomamos, deslanchou como no passado e o processo de gravação não foi diferente dos demais discos. É assim que funciona: sentamos e gravamos idéias e fragmentos que são, então, arranjados. Uma vez que a música está completa, gravamos uma vesão demo que é enviada a todos os membros para que possam mergulhar nela e voltar com observações, ou simplesmente ensaiá-la. Então entramos em um estúdio e vamos desde a gravação de baterias, guitarras, baixo, teclados e vocais até uma mistura de todos eles, a masterização e então os arquivos estão prontos para serem enviados à gravadora. Durante esse período colaboramos simultaneamente com um designer para fazermos a arte da capa para o disco, então a essa altura todos estão felizes, o mundo terá um novo álbum do Katatonia saindo nos próximos meses.

HELL DIVINE: Este é o oitavo álbum da carreira e vocês têm uma formação sólida, desde 1999. Pode nos contar o segredo disso? Em tempos de mudanças naturais na formação da banda vocês ainda soam iguais. Como conseguem isso? A.N.:Bom, se tivesse me perguntado isso um ano atrás eu provavelmente teria uma resposta diferente, pois perdemos dois de nossos membros. No entanto, penso que isso se deve ao fato de que não importa qual seja a situação, o Jonas e eu temos, exclusivamente, escrito as músicas e letras de todos os álbuns, então nosso som não mudará até que outra pessoa comece a escrever. Apesar disso, percebemos que o som muda, pois cada músico tem seu próprio estilo que dá seu toque à apresentação. HELL DIVINE: Sabemos que estão se preparando para fazerem sua primeira passage pela América do Sul. O que os fãs podem esperar de vocês? A.N.: Nos ver ao vivo pela primeira vez! HELL DIVINE: Quais são suas expectativas sobre sua passagem pelo Brasil, em particular? A.N.: Não temos expectativas. Só estamos nos preparando para as impressões. HELL DIVINE: Anders, muito obrigado pela entrevista! Deixe uma mensagem para os fãs brasileiros e para a equipe da HELL DIVINE. A.N.: Acho que veremos alguns de vocês muito em breve, saudações! Entrevista por Augusto Hunter Tradução por Fernanda Cunha

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