Hell Divine Magazine 01

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forma, Belus consegue cumprir seu papel da jornada do Deus-Sol e sua destruição, representando a morte da luz e da inocência. Com um tema inteligente e uma composição de letras e melodias bem trabalhadas, qualquer fã do grande projeto de Vikernes com certeza verá em Belus um novo Burzum, tão bem produzido e superior a qualquer um de seus antecessores. Destaque para as faixas Belus’ Død e Morgenrøde, sendo duas das mais bem produzidas. Nota: 9.5 Yuri Azaghal

CARNIFEX “Hell Chose Me” Victory Records O gênero denominado Deathcore tem crescido de alguns anos para cá de uma mistura com muito peso do Death Metal e velocidade do Metalcore. No ano de 2010 o espaço para bandas parece ter aumentado com a popularidade e um dos fortes precursores é, sem duvida, o Carnifex (que significa “carrasco” em latim). Com extrema qualidade técnica a banda vem mostrando a evolução de seu som brutal nos últimos anos. Em Julho de 2007, a banda lançou seu primeiro álbum Dead in My Arms. O sucesso deste álbum foi tão grande que atraiu a atenção da Victory Records com quem assinaram, em 2008, e no mesmo ano lançaram o álbum The Diseased and The Poisoned e, em 2010, Hell Chose Me. O novo álbum vendeu cerca de 3.100 cópias nos Estados Unidos em sua primeira semana de lançamento

e mostra mais que a evolução da banda. Mostra, ainda, qualidade de música pesada, letras agressivas, riffs pesados e marcantes e um vocal brilhante de Scott Lewis. O disco inicia com a faixa-título com temática obscura e até considerada blasfêmia, que não foge da fúria da música. Em “Sorrowspell” o lado Death Metal da banda se destaca de maneira aterrorizante com um instrumental perturbante do início ao fim. O álbum ainda contém uma versão bônus com um cover monstruoso de “Angel Of Death” do Slayer e a arte da capa pode expressar o conteúdo do CD. Até agora foram lançados oficialmente dois clipes que, diferentemente da capa, todo o horror brutal é capturado em seu desempenho, sem frescuras, sem sangue cenográfico e efeitos. É só caos, e é exatamente nisso que a banda consiste: “Toda noite, nós nos esforçamos para tocar extremamente apertado, às vezes pode ser difícil fazer uma demonstração tão intensa de forma interativa, mas temos certeza de que todos estão envolvidos.” explica Lewis. Hell Chose Me com certeza é uma aula de Deathcore para quem pensa em começar nesse cenário. Em turnê com As I Lay Dying, All That Remains e Unearthly, Carnifex segue ao lado de grandes nomes dessa geração mostrando sua capacidade no palco e aumentando o número de admiradores por onde passa causando caos. Nota: 9 Matheus “myu” Oliveira

DECREPIT BIRTH “Polarity” Nuclear Blast O Decrepit Birth é aquela banda que você às vezes vai ter uma noção do que esperar, mas eles vêm e te surpreendem. Aconteceu no disco anterior a esse, o “Diminishing Between Words” e mais uma vez os caras me pegaram pelos pés. O Polarity abre com uma música que parece uma simples introdução, mas não, (A Departure Of The Sun) Ignite The Tesla Coil só vem mostrando como o disco vai caminhar. É aí que rola um lance, ele é maravilhoso, com passagens de violão clássico e tudo mais, coisa que no Death Metal, dentro do estilo desses caras é algo bem legal. No entanto, o uso constante disso pode “encher” um pouco, coisa que acontece com a faixa “Polarity”. Uma música extremamente rica, com andamentos arrastados em alguns momentos e em outros a velocidade clássica que marca o Death Metal, mas se você exagerar nessa mistura fica cansativo e pode levar à estafa auditiva. Bem, acho que vale a pena pegá-lo e dar aquela orelhada! Tenho certeza que, como eu, vai ouvi-lo sem parar por um tempo. No entanto, o inevitável poderá acontecer: ele cair em esquecimento... Mas tem algo bom nisso, pois sempre que você ouvir uma música, vai querer ouvir o disco inteiro e essa é a mágica de uma boa banda! Nora: 9 Augusto Hunter

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