Jornal Nacional da Umbanda Ed 33

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São Paulo, 01 de Abril de 2012. Edição: 33 contato@jornaldeumbanda.com.br

que, sem o menor constrangimento, se dizem umbandistas, mas com a cabeça feita no candomblé, fato este que lhes permite fazer o que bem entendem dentro dos seus terreiros, pois ora é de umbanda e ora é de candomblé. Tudo em acordo com seus interesses! Mas ela, segundo a Espiritualidade, sobreviverá, porque a Lei Maior, mais dia menos dia colocará para fora dela essas pessoas com dupla religiosidade, mas que não são fiéis nem à umbanda nem ao candomblé, e sim, só são fiéis aos seus interesses. Lamentavelmente, lá na frente, quando o acerto de contas chegar, muitos se arrependerão dessa duplicidade de culto, mas aí já será tarde porque já estarão do outro lado da vida e tudo o que ganharam em cima das desgraças alheias lhes voltarão como Karma pesadíssimo, a ser pago da forma mais dolorida possível. Paciência! Cada um colherá do outro lado da vida o que semeou aqui na terra. Esta é a Lei de Deus, ensinada em todas as religiões, em todos os tempos e em todos os lugares. Inclusive, isto é ensinado tanto na Umbanda quanto no Candomblé, só não seguindo o que ela determina os que são movidos por este desvirtuamento das finalidades dessas duas religiões maravilhosas, quando praticadas sem que interesses financeiros se sobreponham. Quanto ao Candomblé, também já esta começando a pagar um preço altíssimo por muitos dos seus seguidores terem se tornado “fazedores de cabeça” de umbandistas e de quem mais aparecer em seus centros, pois estão fazendo a cabeça até de quem não é médium e não incorpora Guias Espirituais ou Orixás. Se antes só entrava para fazer a cabeça quem bolasse para o Santo, hoje até quem tem encosto esta sendo obrigado a se recolher para seu “suposto santo”, mas que não incorpora. E isto, esse oportunismo em cima de pessoas ingênuas e desconhecedoras da verdadeira mediunidade que permite a alguém incorporar seus Guias ou Seus Orixás, já esta se voltando contra o Candomblé, pois são, a cada dia, milhares e milhares de pessoas que, mesmo não podendo e não devendo fazer tais coisas, no entanto estão sendo induzidas a fazê-las, uma vez que soltam sobre elas um terror falso de que, se não as fizerem, irão sofrer muito mais do que já estão sofrendo. Com o tempo, elas percebem que foram enganadas e se afastam revoltadas contra essas pessoas que as enganaram. Mas não se revoltam só contra elas, e sim, contra o próprio Candomblé, pois foi a ele que lhe disseram que deveriam seguir para serem ajudadas. Como a ajuda não veio, mas as últimas economias se foram, alguém tem que ser responsabilizado, e é justamente a Religião Candomblé que paga esse elevado preço, que é o de ser associado à exploração de pessoas sofridas, e que só precisavam de uma boa orientação espiritual e de algum auxilio dos Orixás, mas que nada lhes custasse além dos elementos que deveriam comprar e oferendar, eles mesmos, para serem ajudados, que é como se faz na Umbanda. A descaracterização esta visível e só não a vê quem não quer. Ela esta visível nos centros de Umbanda cujos dirigentes fizeram suas cabeças e depois obrigam seus filhos espirituais a fazerem-nas com eles. Esta visível nos centros onde, se os guias vêm uma demanda contra alguém não podem corta-la e devem mandar a pessoa para o dirigente cortar, a troco de uma remuneração vultuosa. Esta visível nos supostos umbandistas que dão atendimento com seus “supostos guias” e estes mandam a pessoa necessitada procurarem seu aparelho, pois ali, dentro do centro não é possível corta-la, de tão forte que é o trabalho feito contra ela, já assustando-a. Lamentavelmente os sinais estão aumentando a cada dia e a tendência é piorar cada vez mais. Então, que ninguém reclame de outras religiões quando os seguidores da Umbanda e do Candomblé os abandonar, pois só estarão procurando um auxilio mais barato. E que ninguém dentro dos cultos afros fique apontando os “supostos pastores”, que tiram tudo dos seus seguidores em nome de Deus e de Jesus, pois no lado de cá a coisa não anda melhor ou menos barata para alguém ser ajudado de fato, certo? E que ninguém reclame pela falta de “clientes”, pois com tantos “fazedores de cabeças” disponíveis no mercado, já esta faltando cabeças para sustentar a tantos! A concorrência esta brava!

Jornal Nacional da Umbanda

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