Educação sexual na sala de aula - Relações de gênero, orientação sexual e igualdade étnico-r

Page 12

Apresentação

Realizar a apresentação do livro Educação sexual na sala de aula – Relações de gênero, orientação sexual e igualdade étnico-racial numa proposta de respeito às diferenças, da professora Jimena Furlani, gerou em meu coração sentimentos de alegria e esperança. Alegria, porque tenho o prazer de conviver cotidianamente com a autora, no Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Sua obra revela aquilo em que a autora acredita e o que faz. Não existe distanciamento entre aquilo que ela vive e aquilo que se reflete em seu texto. Em cada leitura dos capítulos, eu sentia como se estivesse, pessoalmente, vivenciando um vigoroso diálogo entre mim e a professora em suas defesas sempre vibrantes, ousadas e necessárias à atualidade social e escolar. Jimena consegue escrever com a rigorosidade acadêmica necessária, mas suas reflexões não são herméticas como de alguns/algumas pesquisadores/as da área. Pelo contrário, seu livro possibilitará que docentes da Educação Infantil, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e universitário, por todo o Brasil, possam realizar outras práticas pedagógicas e curriculares, não como alguém que copia, mas, sobretudo, como alguém que aprende e se desafia

a construir uma sociedade mais justa, a partir das leituras realizadas. Esperança, porque o livro revela um compromisso fundamental com a formação docente para construção de uma sociedade brasileira que respeite as diferenças sexuais, de gênero, de raça e etnia, de culto religioso, de condição física, de classe, de origem, etc. Essa contribuição se manifesta em seus oito capítulos, numa inequívoca articulação ente compromisso político, teoria e prática pedagógica. O Capítulo 1 (“Abordagens contemporâneas para educação sexual”) prende o/a leitor/a do início ao fim. Já que estão didaticamente explicitadas, é impossível ler apenas uma abordagem por vez. A leitura flui, não como alguém que está sendo convencido ou doutrinado por esta ou aquela tendência, mas pelo incômodo desafio de olharmos para nós mesmos/as, para nossas escolhas, para nossa Escola e para nossas práticas docentes, relacionando-as, inevitavelmente, com uma, ou mais, das oito possibilidades apresentadas. Em “Pressupostos teóricos e políticos de uma educação sexual de respeito às diferenças – Argumentando a favor de um currículo pós-crítico” (Capítulo 2), percebemos que outras práticas pedagógicas e curriculares são possíveis para além 11

Educacao_sexual_na_escola_150611.indb 11

25/7/2011 16:26:30


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.