Cabora Bassa - Várias fases da sua construção

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Cabora Bassa Várias fases da sua construção wertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfg hjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqw (fotos de José do Ó. Caeiro com texto do jornalista Adulcino Silva e complementado com informação 2012 da Wikipédia) ertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghj klzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwer tyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjkl


Barragem de Cahora Bassa (Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre) A barragem de Cahora Bassa (Cabora Bassa durante o período colonial português) situa-se no Rio Zambeze, na província de Tete (a 120 km desta cidade), em Moçambique. A sua albufeira é a quarta maior de África (depois de Assuão, Volta e Kariba), com uma extensão máxima de 250 km em comprimento e 38 km de afastamento entre margens, ocupando cerca de 2700 km² e tendo uma profundidade média de 26 metros. É ainda a maior barragem em volume de betão construída em África e o maior empreendimento do Estado Português no antigo império É actualmente o maior produtor de electricidade em Moçambique, com capacidade superior a 2000 megawatts, que abastece Moçambique (perto de 250MW), África do Sul (1100MW) e Zimbabué (400MW). Decorrem negociações para o abastecimento do Maláui com energia eléctrica de Cahora Bassa. "Kahoura-Bassa", grafia original da barragem na língua CiNyungue, falada na região de Tete, significa "acabou o trabalho", pois o rio deixa a de ser navegável a partir deste ponto. História Foi projectada no âmbito do Plano de Desenvolvimento do Vale do Zambeze, um projecto ambicioso de desenvolvimento daquela região, lançado pelo Estado português. Os estudos hidráulicos e estruturais do projeto foram desenvolvidos pela empresa de consultoria Hidrotécnica Portuguesa, em Lisboa, com a orientação geral do Prof. Alberto Abecassis Manzanares, com a colaboração na parte hidráulica do Prof. Eng.º António Quintela e na parte estrutural dos engenheiros João de Salvador Fernandes Página 1 de 42


e António Cruz. Os estudos hidráulicos em modelos reduzidos foram desenvolvidos no LNEC sob a supervisão do Eng. Fernando Lemos na Divisão de Hidráulica das Estruturas com a participação do Eng. Jorge Paes Rios. A sua construção começou em 1969 e a segurança durante esta fase esteve garantida pelos Batalhões de Caçadores Páraquedistas portugueses 31 e 32. A albufeira começa a encher em Dezembro de 1974. É administrada pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa, uma empresa que desde a independência e até 2006 foi detida conjuntamente pelo estado de Moçambique, com uma participação de 18%, e pelo estado português, com uma participação de 82%. O sistema hidroeléctrico esteve apenas esporadicamente a funcionar durante a década de 1980, devido à guerra de desestabilização de Moçambique. Em 1986, a barragem recebeu a visita do então presidente da República de Moçambique, Samora Machel. A seguinte inscrição comemorativa foi então colocada: Esta maravilhosa obra humana do género humano constitui um verdadeiro hino à inteligência, um promotor do progresso, um orgulho para os empreiteiros, construtores e trabalhadores desta fantástica realização. Cahora Bassa é a matriz do desenvolvimento do Moçambique independente. Os trabalhadores moçambicanos e portugueses, fraternalmente, juntando o suor do seu trabalho e dedicação, garantem que este empreendimento sirva os interesses mais altos do desenvolvimento e prosperidade da R.P.M. Moçambicanos e Portugueses consolidam aqui a unidade, a amizade e solidariedade cimentadas pelo aço e betão armado que produziu Cahora Bassa. Que Cahora Bassa seja o símbolo do progresso, do entendimento entre os povos e da paz no mundo. — Samora Machel - Songo, 17 de Setembro de 1986 A 31 de Outubro de 2006 o Estado português vendeu parte da participação de 82% que detinha no consórcio, ao estado moçambicano, por 760 milhões de euros, ficando apenas com 15% do capital. Os restantes 85% passaram a caber ao Estado moçambicano, em troca de 950 milhões de dólares.[2] O acordo foi assinado entre o primeiro-ministro português José Sócrates e o presidente moçambicano Armando Guebuza, em Maputo. A última tranche do pagamento devido pelo estado moçambicano só se Página 2 de 42


realizou a 27 de Novembro de 2007, tendo a cerimónia de reversão do empreendimento para Moçambique sido realizada na vila do Songo a 28 de Novembro de 2007. A 9 de Abril de 2012, Portugal vendeu os restantes 15% da participação que detinha, por 97 milhões de dólares (74 milhões de euros). O Primeiro-Ministro português Pedro Passos Coelho reuniu-se com o Presidente Armando Guebuza, em Maputo, para assinar a venda, em partes iguais, daquela participação, a uma empresa moçambicana e à REN... (http://pt.wikipedia.org/wiki/Barragem_de_Cahora_Bassa)

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Cabora Bassa - Várias fases da sua construção (fotos de José do Ó Caeiro) Songo

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Local da barragem

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Início

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Ensecadeira

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Construção do paredão

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Minuto Zero

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Escavação

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Caracol

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Chaminé de equilíbrio

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Conduta forรงada

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Sala das turbinas

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Subestação

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Linhas

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Cabora Bassa - a grande epopeia portuguesa do século XX Texto do jornalista Adulcino Silva (Página 1/5)

SALDAMOS AO ESTRANGEIRO AO PREÇO DA "UVA MIJONA" O MAIOR EMPREENDIMENTO PORTUGUÊS EM ÁFRICA Um silêncio comprometedor assola o Parlamento e contagia a comunicação social do "politicamente correcto" sobre a transmissão da maioria do capital da Hidroeléctrica da Cabora Bassa (HCB) para o Estado moçambicano. O acordo da transferência prejudica Portugal. A HCB tem vindo a gerar receitas superiores a cem milhões de dólares/ano, mostrando tendência para gradual aumento das receitas nos próximos anos. Apesar da importância que o caso se reveste, não temos conhecimento de se ter realizado qualquer debate sobre o mesmo, nem do Governo ter sido questionado no Parlamento antes da concretização do negócio, o que se nos afigura estranho. A passagem do controlo português para o moçambicano da Hidroeléctrica da Cabora Bassa foi um mau negócio para Portugal, que passa a deter apenas 15% e, destes, 5% podem vir a ser alienados a favor de uma empresa privada. Acresce que o Governo de Lisboa perdoou a dívida da HCB ao Estado português no montante aproximado de 1,9 mil milhões de euros. Nesta verba não estão incluídos os juros que, de acordo com Bagão Félix, antigo ministro português das Finanças, "seriam quase o dobro", tendo apontado para um total de "mais de 3500 mil milhões de dólares". Dos 750 milhões de euros que Moçambique se comprometeu a pagar, 250 milhões são liquidados pelas receitas obtidas pela própria empresa. Isto é, 82% dessa importância já pertencia a Portugal por repartição de lucros, pelo que Moçambique apenas paga 18% dos 250 mil milhões. Não é, como a evidência o demonstra, um bom negócio para os Portugueses, contrariamente ao noticiado por certa comunicação social portuguesa, que "embandeirou em arco". O restante débito deverá ser pago até ao fim do próximo ano, existindo Página 37 de 42


ainda a possibilidade de Moçambique liquidar essa verba em duas tranches até Julho de 2008. Segundo Bagão Félix "o acordo estava praticamente concluído em Cabora Bassa - a grande epopeia portuguesa do século XX (Texto do jornalista Adulcino Silva Página 2/5)

2004. Só que Moçambique teria de pagar 1.250 milhões de dólares no prazo máximo de um ano", o que nos leva a perguntar as razões ou não razões que levaram o Governo português, liderado pelo Engº José Sócrates, a reduzir substancialmente os valores anteriormente acordados? As negociações entre Portugal e Moçambique sobre Cabo Bassa - a segunda maior empresa em Moçambique arrastavam-se há mais de 30 anos e concretizam-se quando a hidroeléctrica está a arrecadar receitas, pela venda de energia eléctrica à África do Sul e ao Zimbabwe. Este país importa de Moçambique 32% da energia que consome. Recorde-se que desde 1981 as receitas arrecadadas pela HCB têm vindo a aumentar. O fornecimento de electricidade a outros países limítrofes de Moçambique tende a ser uma realidade, o que irá proporcionar aumento do volume de receitas (e ganhos) para a HCB, S.A. Presentemente decorrem conversações para fornecimento de energia eléctrica ao Malawi. Segundo um trabalho publicado pela Média Fax (Moçambique), a HCB registou em 2004 um volume de negócios de 17,8 triliões de meticais (moeda moçambicana). A empresa é detentora de uma das maiores linhas de condução de electricidade do mundo: 1.402 km, ligando Songo à subestação Apollo, na África do Sul. E, não menos importante, o facto de Cabora Bassa proporcionar a Moçambique de excelentes condições para empreender novas iniciativas de invulgar interesse para a economia daquele africano lusófono. Saliente-se que Cabo Bassa é um dos maiores empreendimentos de todos os tempos erguido em África pelos portugueses, aliás durante um período muito conturbado pela guerrilha que obrigou a redobrada segurança em redor do gigantesco empreendimento. A guerrilha em Moçambique e uma situação internacional adversa à política de Portugal em África, originaram o atraso no retorno do volume do capital investido. Agora, com a estabilidade política que se vive naquela antiga província ultramarina portuguesa, as expectativas quanto ao futuro da HCB são as melhores. Terá sido neste contexto que o então presidente do Conselho de Administração da HCB, Carlos Veiga Anjos afirmara ao semanário Expresso:"Cabo Bassa é uma empresa muito rentável e se o seu preço de energia (decorriam negociações com a África do Sul, com Nelson Mandela em presidente) estiver de acordo com o que se pratica Página 38 de 42


no mercado, criando-se as condições para o normal funcionamento da barragem e retomando assim o seu desígnio inicial". Recorde-se que em 2004 a HCB deixou de apresentar saldo negativo. Não teria sido possível a efectivação de um acordo entre Portugal e Moçambique que pelo menos não fosse tão penoso para o primeiro? Ao Governo cabe esclarecer detalhadamente os Portugueses sobre este negócio de Estado. Se o não fizer, quanto antes, incorre em suspeição. Cabora Bassa - a grande epopeia portuguesa do século XX (Texto do jornalista Adulcino Silva Página 3/5)

FORAM PORTUGUESES QUE DOMARAM A FÚRIA DO ZAMBEZE Foram Portugueses os domadores das águas revoltas do rio Zambeze, cuja bacia hidrográfica ultrapassa 1.200.000 km2, percorrendo 800 km em território moçambicano. O Gabinete do Plano do Zambeze foi criado por Salazar para concretizar o plano destinado a transformar o vale do Zambeze numa região invulgarmente rica e para proporcionar aos portugueses (brancos, negros e mestiços) condições de vida muito para além do que se verificava nos países africanos independentes. Os meios financeiros para o referido Plano estavam assegurados, sem recurso a empréstimos externos. Para quem desconheça (e serão certamente muitos), o vale do Zambeze possui um subsolo rico em gás e carvão mineral, e um solo fértil para diversas culturas agrícolas, bem como condições privilegiadas para a pecuária e também para aproveitamento de rendabilidade segura de indústria transformadora. Acresce a tudo isto o facto de constituir uma região com todas as condições para empreendimentos turísticos. Este conjunto de riquezas despertou interesses da "holding" Geocapital de Macau, de que fazem parte, como foi recentemente noticiado em alguns meios da comunicação social moçambicana e portuguesa, Stanley Ho, Ferro Ribeiro e Dr. António Almeida Santos, entre algumas personalidades políticas e governamentais moçambicanas. A ÚLTIMA GRANDE OBRA DE SALAZAR Cabora Bassa fazia parte de um projecto mais vasto e de singular importância que tinha por finalidade eliminar o subdesenvolvimento de uma região quase duas vezes superior à superfície do Portugal europeu. Era o Plano de Desenvolvimento do Vale do Zambeze que já estava a ser executado e que previa, no seu todo, abranger uma Página 39 de 42


área superior a 210 mil km2, o equivalente a cerca de 1/4 da superfície de Moçambique. A barragem serve para regularizar os caudais do Zambeze e destina-se também a irrigar cerca de 1,5 milhão de hectares de terras do vale a que aquele rio deu o seu nome. A 11 de Janeiro de 1968 foram abertas as propostas para o início das obras preliminares do desvio do rio Zambeze bem como as obras de pavimentação de duas estradas de acesso a Cabora Bassa Cabora Bassa - a grande epopeia portuguesa do século XX Texto do jornalista Adulcino Silva Página 4/5)

e a construção de uma pequena mas bem delineada cidade, dotada de todas as infraestruturas (esgotos, água potável canalizada, energia eléctrica), e servida de escolas, hospital, aeródromo, telefones, estabelecimentos comerciais, clube e espaços de lazer, destinada ao alojamento do pessoal trabalhador, cuja população chegou a ser de nove mil almas, metade da qual era composta por naturais de Moçambique. Concorreram empresas portuguesas, da Alemanha Ocidental, da África do Sul, da França e da Suécia, e a 12/3/68 foram abertas as propostas para a execução da gigantesca barragem - a segunda maior de África e a quinta maior do mundo. Os estudos sobre os caudais do Zambeze na zona de Cabo Bassa, bem como noutros locais, foram realizados por técnicos portugueses de reputação internacional do Laboratório Nacional de Engenharia Nacional. Em meados de Julho de 1968 o Dr. Oliveira Salazar reuniu o Conselho de Ministros, tendo sido decidido adjudicar a obra ao consórcio ZAMCO que apresentou a proposta mais baixa: 7.033.048.345$00, não se tendo verificado "derrapagem orçamental" e os prazos cumpridos, pormenores de rigor que deixaram de se verificar, com frequência nas obras públicas depois de "25 de Abril. O concurso previa que o "financiamento estará completado no prazo de 20 anos, contados a partir da data do início da exploração do aproveitamento", salienta o jornalista e escritor A. Santos Martins no seu livro "Cabora Bassa - a última epopeia", editado no início de 2006. O autor acompanhou muito de perto a construção da gigantesca barragem e proporciona no livro citado um conjunto de pormenores de vária ordem que arrasa os argumentos dos cérebros virgens e dos almocreves do actual regime político.

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A albufeira de Cabora Bassa tem, no seu ponto máximo, 40 km de largura e a sua extensão é de 270 km. Com estes números, o leitor pode ter uma ideia aproximada do que é aquele gigante erguido numa zona muito acidentada. A sua construção não colidiu com a Natureza, com o meio ambiente, como se diz agora. A África do Sul garantiu ao Governo presidido por António de Oliveira Salazar: "se necessário compraria até 2/3 da energia produzida por Cabo Bassa" e, já então, era suposto que os países limítrofes passariam a importar energia eléctrica produzida por Cabora Bassa.

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