Relatório de Atividades 2009 - Fundação Abrinq

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Mortalidade na infância (indica quantas crianças morreram antes de completar cinco anos) O Brasil tem realizado grandes avanços no que se refere à sobrevivência infantil. O relatório da Unicef “Situação Mundial da Infância 2009” mostrou a progressiva e contínua redução no número anual de mortes de crianças menores de 5 anos, de 1990 a 2008, passando de 12,5 milhões para 9 milhões. De acordo com os dados, o país faz parte do grupo de 25 nações - em meio a 196 analisadas - que mais avançaram. Foi a 18ª maior diminuição entre todos os países. Foram atribuídos como fator determinante para essa melhoria os avanços no que se refere à saúde infantil, com destaque para a ampliação da oferta de vacinas. Para manter o ritmo e alcançar a meta de desenvolvimento do milênio, de reduzir a mortalidade em dois terços até 2015, não devendo passar de 20 a cada mil nascidos vivos, é necessário levar em conta as grandes variações de territorialidade e voltar a atenção para o Norte e Nordeste, que apresentam o dobro da taxa de mortalidade registrada no Sul e no Sudeste do país.

Mortalidade materna Entre as metas do milênio recomendadas pela ONU, o Brasil ainda está longe de cumprir com êxito a redução da taxa de mortalidade materna. O compromisso é diminuir os óbitos de gestantes e parturientes até 42 dias após o término da gestação em 75% até 2015, tomando 1990 como o ano base. No Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde, a cada 100 mil nascidos vivos, ocorrem 74,5 mortes de mulheres. A principal causa dessas mortes no país ainda é a hipertensão arterial. As outras causas são, por ordem, hemorragias, infecções puerperais, doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto, puerpério e os abortos, além da gestação na adolescência. De acordo com o levantamento, adolescentes com faixa etária de 15 a 19 anos têm 2,5 vezes mais chances de evolução para óbito em decorrência de complicações diretas da gestação, parto e puerpério. Para reverter esse quadro, o governo brasileiro estabeleceu um pacto com os estados e os municípios que têm como meta reduzir a taxa de mortalidade materna em 5% este ano e outros 5% em 2010, com prioridade para o semi-árido nordestino e os estados que compreendem a Amazônia Legal. Foram definidas medidas que vão desde a capacitação de profissionais de saúde até o aperfeiçoamento dos comitês estaduais que notificam e investigam as causas dos óbitos maternos, com o objetivo de elaborar estatísticas confiáveis. Mas há avanços a registrar. Entre 2002 e 2008, o Ministério da Saúde registrou um aumento de 70% no atendimento a consultas pré-natal, o que significa que 70 milhões de mulheres tiveram atenção hospitalar especializada, com 97% de partos realizados em ambientes adequados.

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