Galiza vencerá!

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Do bilingüismo harmónico à livre eleiçom Portal Galego da Língua, 1 de Abril de 2009

No meio de tanto ruído em torno do idioma como tem havido nos últimos meses, é importante sermos capazes de analisar se os fenómenos em curso respondem a umha simples sucessom de factos casuais e isolados ou suponhem um salto a umha nova fase do processo substitutivo em vigor no nosso país. Nom é preciso lembrar aqui qual tem sido o eixo vertebrador do discurso oficial em matéria de língua na Galiza das últimas três décadas. As virtudes do bilingüismo harmónico ou equilibrado tenhem servido de enquadramento teórico das políticas desenvolvidas polos sucessivos governos autonómicos, desde Albor até Tourinho, passando por Laje e Fraga. Umha doutrina só questionada, do ponto de vista sobretodo teórico, polo nacionalismo galego nas suas diferentes correntes políticas e culturais. Falamos de um questionamento principalmente teórico porque, na hora de aplicar umha política de língua nas instituiçons em que governou, esse nacionalismo foi incapaz de apresentar umha estratégia alternativa à bilingüista; mas esse nom é agora o tema. O tema é agora que o sistema autonómico, lançado em fins da década de setenta polo regime resultante da reforma ‘ordenada’ do franquismo, assumiu um discurso diferente, baseado num objectivo alegadamente “democrático”. Assim sendo, quem ia poder questionar tam louvável e igualitária meta como o tal “bilingüismo harmónico”?

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