NT Maio 2020

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Notícias do ténis

MILLENNIUM ESTORIL OPEN

EDIÇÃO ONLINE | MAIO 2020

AT PORTO

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Ao trabalho!


VAMOS SUPERAR!

warming up

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Plano de Retoma da Atividade da Federação Portuguesa de Ténis está a desenvolver-se na quarta fase. Falta a quinta e última fase, com a retoma dos torneios internacionais em Portugal, organizados sob a égide de ITF, ATP e Tennis Europe. Enquanto os tenistas estrangeiros não nos visitam, à procura de pontos em competições que demonstram a qualidade organizativa de clubes e entidades portuguesas, os eventos nacionais inscritos no Calendário Oficial de Provas podem realizar-se a partir de 8 de junho. O ténis e o ténis em cadeira de rodas voltam, ainda não existe autorização para o ténis de praia. A situação epidemiológica mantêm-se, com outros contornos, é verdade, mas é necessária a observância das determinações e recomendações das autoridades sanitárias e do Governo, com quem temos vindo a trabalhar diariamente. Desde início de maio que é possível a prática do ténis, permitindo que a Federação Portuguesa de Ténis colocasse em prática a segunda fase do Plano de Retoma da Atividade. Em meados de maio, a terceira fase, com a abertura das estruturas de apoio e dos courts cobertos, embora com balneários inacessíveis. Agora, a quarta fase. O trabalho que a Federação Portuguesa de Ténis tem desenvolvido, em permanente diálogo com organismos e instituições, tem sido uma equação complicada, porque há que atender não só à premência do regresso da atividade, e ultrapassar um interregno que causou mossa em termos económicos, como o respeito escrupuloso pela saúde pública. Tudo tem um equilíbrio e a nossa ação tem-se fundado nisso. Mantemos as boas perspetivas de regresso à normalidade em breve, cumprindo com todas as recomendações e determinações. Vamos todos superar esta fase! Esta edição de Notícias do Ténis é a centésima da segunda série. Em janeiro de 2012, a Federação Portuguesa de Ténis iniciou, com periodicidade mensal, as edições regulares da newsletter eletrónica. Ao longo deste período superior a oito anos, a Federação Portuguesa de Ténis manteve esta janela aberta, mostrando a realidade da modalidade em Portugal e a evolução do ténis português, que subiu de patamar e ganhou reconhecimento no estrangeiro.

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Federação Portuguesa de Ténis

Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | geral@fptenis.pt | www.tenis.pt EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis


passing-shot

MILLENNIUM ESTORIL OPEN UNITED PRESS / JOSÉ RASQUINHO

AT PORTO NEUZA SILVA, TREINADORA NO CAR (CENTRO DE ALTO RENDIMENTO), MINISTROU TREINOS NOS COURTS COBERTOS DO LOUSADA ATLÂNTICO TÉNIS

O REGRESSO AOS COURTS OS TENISTAS DE ALTA COMPETIÇÃO REGRESSARAM AO TRABALHO NOS COURTS DOS COMPLEXOS DO JAMOR, DO MONTE AVENTINO E DA MAIA E NOS COBERTOS DO LOUSADA ATLÂNTICO TÉNIS. O RETOMAR DA COMPETIÇÃO AINDA NÃO TEM DATA MARCADA — ITF, ATP, WTA E TENNIS EUROPE PROLONGARAM A SUSPENSÃO DE TODOS OS EVENTOS ATÉ 31 DE JULHO —, PORÉM OS TENISTAS PORTUGUESES TRABALHAM JÁ, PROCURANDO RECUPERAR DA PARAGEM PROLONGADA, MOTIVADA PELA PANDEMIA DE COVID-19. DURANTE O PERÍODO DE ESTADO DE EMERGÊNGIA NO PAÍS, OS TENISTAS DE ALTA COMPETIÇÃO NÃO ESTIVERAM PARADOS, TENDO SEGUIDO À DISTÂNCIA PLANOS DE TRABALHO ORIENTADOS PELOS TÉCNICOS, PARA NÃO PERDEREM A FORMA FÍSICA POR COMPLETO. AGORA, O TRABALHO NO COURT É NO DURO! FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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AT PORTO

FRANCISCA JORGE, CAMPEÃ NACIONAL ABSOLUTA EM TÍTULO, NO COMPLEXO DESPORTIVO DO MONTE AVENTINO, NO PORTO

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esde finais de abril que os tenistas de Alto Rendimento regressaram ao trabalho no court, depois de um período de confinamento devido à pandemia do novo coronavírus, em que cumpriram programas de treino em casa, ministrados à distância. Nas últimas semanas, os courts ganharam vida e um colorido especial. O retomar do trabalho dos tenistas de Alto Rendimento nos courts dos complexos do Jamor, do Monte Aventino e da Maia e do Lousada Atlântico Ténis está consagrado no Plano da Retoma de Atividade, um conjunto de recomendações da Federação Portuguesa de Ténis, com cinco etapas, a última das quais a realização dos torneios inscritos nos circuitos de ITF, ATP e Tennis Europe. O Plano de Retoma da Atividade resulta de um trabalho conjunto entre a estrutura técnica e a direção clínica da Federação Portuguesa de Ténis e a superintendência médica do IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude). O objetivo do Plano de Retoma de Atividade é concretizar «um regresso de forma progressiva e com a máxima segurança».  FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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D.R. ASSOCIAÇÃO DE TÉNIS DE LISBOA

PORTO ATDO PORTO CLUBE DE TÉNIS

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de desportos individuais a partir de 4 de maio — e Machado vinca a «responsabilidade da modalidade na sociedade». «Temos de saber respeitar todo este processo», afirma o também «capitão» de Portugal na Taça Davis, acrescentando que «a comunidade do ténis» no país é «grande, com mais de 250 clubes e muitos atletas» e salientando que, por isso, «o ténis tem de ter responsabilidade no regresso». «Na verdade, o ténis é uma das modalidades melhor posicionadas para recomeçar a atividade competitiva», sublinha, lembrando que a Alta Competição «não esteve parada, porque se esteve sempre a trabalhar em casa», desde que foi decretado o estado de emergência devido à pandemia de covid-19, em 18 de março.

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Rui Machado, coordenador técnico nacional, sustenta que «a paragem foi muito prolongada», o que fez que a programação tenha sido feita «de forma diferente». «Temos muito tempo pela frente até à competição e temos de o saber gerir. É muito importante saber definir objetivos, para manter os atletas motivados e comprometidos com o trabalho, porque eles não estão também habituados a treinar tanto tempo sem competição», refere Rui Machado. Assinalando a necessidade de evitar lesões nesta fase de trabalho específico, Rui Machado enaltece a adaptação dos tenistas e treinadores a uma nova realidade. O ténis foi uma das modalidades a recomeçar — o Conselho de Ministros permitiu a prática

OS COURTS COBERTOS DO LOUSADA ATLÂNTICO TÉNIS RECEBERAM TAMBÉM TREINOS DA ALTA COMPETIÇÃO

NO COURT João Sousa, Pedro Sousa, João Monteiro, Luís Miguel Saraiva, José Pedro Freitas, Nuno Borges, Miguel Gomes, Jaime Faria, Luís Faria, Henrique Rocha, Gonçalo Marques, João Dinis Silva, Filipe Krohn e Rodrigo Fernandes foram os profissionais e tenistas de alto rendimento que retomaram trabalho no court. Francisca Jorge, Matilde Jorge, Maria Inês Fonte, Maria Santos, Mafalda Guedes Isabel Gonçalves e Mafalda Almeida também regressaram aos treinos no court, com as três primeiras no norte e as últimas no sul.

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gisto de participação da jornada inaugural, com 935 vídeos. Ala Nun’Álvares Gondomar Ténis foi o mais participativo, com 114 vídeos, seguindo-se Lousada TA (112) e Clube de Ténis de Viana (101). Os finalistas dos respetivos grupos são: Lousada TA e CT Braga, no Grupo Francisca Jorge; ANA Gondomar e Tennis Lovers Boavista, no Grupo Nuno Borges; e AT Sra. Hora e GC Santo Tirso, no Grupo João Monteiro. A última tarefa a cumprir pelos clubes, que vai definir os vencedores em cada agrupamento, é: Body Volley — Coordenação óculomanual e criatividade. Nos quadros B, CT Amarante defronta CT Marco, AT Alfenense enfrenta CSN Álvares e Vizela TA tem encontro marcado com Cabeceiras TA.

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A Associação de Ténis do Porto criou a Liga de Clubes Online. Uma competição virtual, com o propósito de diversão, que envolve 22 clubes, divididos por três agrupamentos: Grupo Francisca Jorge, Grupo Nuno Borges e Grupo João Monteiro. A Liga de Clubes Online «surge para aproximar os jogadores e jogadoras de todas as idades, proporcionando interação entre todos os clubes e na comunidade de ténis da região norte». Esta iniciativa reúne os clubes: Lousada TA, AT Alfenense, CT Viana, GC Vilacondense, CT Ermesinde, ACR Sobrão, CSN Álvares e CT Braga, no Grupo Francisca Jorge; CT Gaia, Vizela TA, ANA Gondomar, CT ESAF, Grijó TC, TL Boavista e Cabeceiras TA, no Grupo Nuno Borges; e ET Igor Vale, CT Amarante, AT Sra. Hora, SC Caminhense, GC Santo Tirso, CT Marco, Ténis Monção e CT Trofa, no Grupo João Monteiro. Cada clube tem em prova uma equipa de qualquer género ou escalão e cada encontro é disputado entre duas formações. Na página da Associação de Ténis do Porto no Facebook são divulgados desafios, «que terão de ser cumpridos por cada equipa durante a semana, de segunda-feira e quinta-feira». «O vencedor de cada encontro é decidido tendo em conta o melhor rácio de respostas bem sucedidas ao desafio do encontro proposto. Esse mesmo valor será determinado em função do número de vídeos apresentados, número total de jogadores/federados do clube e número de courts», explica o regulamento. A Liga Clubes Online está em marcha desde meados de maio e, na segunda ronda, superou-se o re-

JORGE CUNHA / AIFA JORGE CUNHA / AIFA

COMPETIÇÃO VIRTUAL

JOÃO MONTEIRO DÁ O NOME A UM DOS GRUPOS DA LIGA DE CLUBES ONLINE, PROMOVIDA PELA ASSOCIAÇÃO DE TÉNIS DO PORTO


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CLUBE

wheelchair tennis

MOMENTUM PHOTOGRAPHY

PERSEGUIR A BOLA SOBRE RODAS DE FORMA LÚDICA, OS TENISTAS VOLTARAM AO COURTS, ANTECIPANDO O RETORNO À COMPETIÇÃO

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guesa de Ténis observou que os tenistas da variante mantiveram «a atividade das formas o mais adequadas possíveis», depois «de dois meses longe da rotina do treino e da competição». «O importante foi voltar ao campo e trocar bolas pelo prazer que esta modalidade proporciona», disse Joaquim Nunes. O responsável adiantou que «a

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ténis em cadeira de rodas está ativo. Os tenistas voltaram aos courts com a segunda fase do Plano de Retoma de Atividade, da Federação Portuguesa de Ténis, para «a prática da modalidade na vertente lúdica», como notou Joaquim Nunes. O coordenador do ténis em cadeira de rodas na Federação Portu-



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ITF SENIORS TENNIS


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LOUSADA TÉNIS ATLÂNTICO

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próxima fase será o retorno à competição. No estrangeiro e de norte a sul do território continental de Portugal, os tenistas dedicam-se ao trabalho, procurando recuperar a forma, antes da competição, que poderá ser reatada em agosto. No Canadá, em Toronto, Jean Paul Melo, o tenista português mais bem cotado de sempre no ranking mundial (73.º, em 1 de julho de 2019), «prepara a visita a terras lusitanas, previsivelmente quando as provas internacionais tiverem lugar», declarou Joaquim Nunes. No sul de Portugal, na Vilamoura Tennis Academy, Fábio Reis «retomou o trabalho», enquanto João Sanona recuperou também a atividade, no Clube de

Ténis de Setúbal, «apenas falta regressar Joaquim Leitão, a recuperar de uma lesão, embora esteja muito perto» o retorno ao court. Na Parede, no Clube Nacional de Ginástica, João Couceiro «está também em movimento». No centro do país, Carlos Leitão, campeão nacional em título, e Pedro Silva «também já rolam atrás das bolas amarelas», no Clube de Ténis do Pombal. No Porto, no Club Sportivo Nun’Álvares, Francisco Aguiar, José Sousa, Ricardo Pinto e Paulo Silva «recuperam igualmente o tempo perdido», ao passo que em Marco de Canaveses, o Clube de Ténis do Marco acolhe já Cristiano Magalhães e Joaquim Soares, que «recuperam as batalhas pelos pontos de jogo».

PEDRO SILVA, CARLOS LEITÃO, JOÃO SANONA E JOÃO COUCEIRO (DA ESQUERDA PARA A DIREITA), NO TCR 2 LOUSADA DO ANO PASSADO. NO MEIO DAS DUAS DUPLAS, RUI SILVA, DIRETOR TÉCNICO DO LOUSADA ATLÂNTICO TÉNIS. SANONA E COUCEIRO AVERBARAM O TÍTULO

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A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO QUERER AR-

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DOMINGUES (NA FOTO, NO ATP 250 BUENOS AIRES), JOGOU O TERCEIRO TORNEIO ATP 500 NA CARREIRA

O regresso do Maia Open 17 anos depois do último Challenger no Complexo de Ténis da Maia realizou-se em novembro do ano passado e foi o evento que fechou o calendário do circuito. A edição deste ano da competição maiata, em terra batida, está prevista novamente para o mês de novembro.

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Federação Portuguesa de Ténis está a estudar a possibilidade de organizar três provas com prize money assinalável. O presidente da Federação Portuguesa de Ténis, que reserva novidades para breve, refere a necessidade de «dar-se ritmo aos tenistas do Alto Rendimento e aos jogadores nacionais mais cotados» nos rankings mundiais, pelo que o conjunto de três provas pretende também ser uma solução para a ausência de competição nos circuitos ITF, ATP e WTA, suspensos até 31 de julho. Vasco Costa reitera ao desejo que Portugal tenha mais do que «30 provas internacionais» no presente ano, no ITF World Tennis Tour e no ATP Challenger Tour. Neste último circuito, três torneios — Lisboa Belém Open, Braga Open e Maia Open — estão inscritas no calendário deste ano, mas apenas a competição no Complexo de Ténis da Maia não foi cancelada devido à situação pandémica no mundo.

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tie-break

A FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS PRETENDE DAR MAIS COMPETIÇÃO AOS TENISTAS DO ALTO RENDIMENTO E AOS MAIS COTADOS

ATLETAS DO ALTO RENDIMENTO NO JAMOR, NO REGRESSO AOS TREINOS APÓS O CONFINAMENTO. A FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS QUER DAR-LHES MAIS COMPETIÇÃO



PORTO OPEN

LOUSADA TÉNIS ATLÂNTICO

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APOIO A TENISTAS DE 500.º A 700.º A REUNIÃO DO ITF BOARD DE 2 DE JUNHO VAI DEFINIR O PLANO DE MEDIDAS PARA APOIAR TENISTAS MENOS COTADOS NOS RANKINGS ATP E WTA

THE CAMPUS SPORTS COMPLEX

JORGE CUNHA / AIFA

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medidas de apoio, esclarecendo que «a abordagem ao problema não pode ser simples e o processo demora». «A ITF está a ver todas as opções possíveis para dar apoio a todos aqueles que precisam», sublinhou David Haggerty. Este plano é outra das respostas ao problema provocado pela co-

FRED GIL ESTÁ POSICIONADO EM 478.º NA HIERARQUIA MUNDIAL

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prize money

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ITF decidiu estender o apoio aos jogadores menos cotados, posicionados entre 500.º e 700.º no ranking dos circuitos profissionais. As medidas, que estão a ser estudadas, serão decididas em reunião do ITF Board de início de junho. Num comunicado divulgado, o presidente da ITF, David Haggerty, garantiu que está-se a «fazer tudo para garantir que os jogadores talentosos que estão a passar pelo circuito ITF recebem o apoio de que precisam», para que possam «continuar o seu desenvolvimento nestes tempos de incerteza», marcados pela pandemia de covid-19. O plano de medidas visa apoiar «os jogadores que não estão cobertos pelos outros programas de apoio», numa altura em que «muitos profissionais e muitas organizações têm sido significativamente prejudicados por esta pausa no ténis». David Haggerty explicou a razão de não estarem ainda definidas as


ANDRÉ FERREIRA

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tenista a ter competido em pelo menos seis torneios WTA nos últimos doze meses e/ou em provas do Grand Slam no mesmo período. Os apoios da WTA não serão aplicados a jogadoras que ganharam pelo menos 350 mil dólares (320.980 euros) nos últimos doze meses ou tiveram um ganho total de 1,4 milhões de dólares (1.283.932,50 euros) nos últimos quatro anos. De fora das medidas ficam também as tenistas que, ao longo da carreira, ganharam um prize money acumulado de 3,5 milhões de dólares (3.209.831,25 euros). Nos pares, os apoios beneficiam tenistas que se encontrem atualmente entre o 51.º e o 175.º nas hierarquias mundiais. Nos homens, o valor do apoio é de 2.165 dólares (1.985.51 euros) por tenista, enquanto nas senhoras aplicam-se os critérios de atribuição individual.

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vid-19. No início deste mês, as associações organizadoras dos circuitos mundiais em femininos (WTA) e masculinos (ATP), suspensos desde meados de março, lançaram o Programa de Apoio aos Jogadores (Player Relief Programme). Os apoios serão concedidos a tenistas que figuram entre a 101.ª e 500.ª posições dos rankings em singulares ATP e WTA. No caso do setor masculino, cada tenista poderá receber 4.325 dólares (3.966,43 euros, ao câmbio atual), constituindo exceção os jogadores que se encontrem a cumprir período de suspensão e os que amealharam no último ano 250 mil dólares (229.000,27 euros) ou pelo menos uma milhão de dólares (917.094,64 euros) nos últimos quatro anos. No que concerne a senhoras, o apoio pode atingir 10.400 dólares (9.537,78 euros), com a

MARIA INÊS FONTE, DURANTE UM ENCONTRO NO CAMPEONATO NACIONAL ABSOLUTO DE 2019, NA QUINTA DA MAGNÓLIA, NO FUNCHAL



hard court

COMPETÊNCIAS PARA O FUTURO EM TEMPO DE SUSPENSÃO DOS CIRCUITOS, ITF E ATP DISPONIBILIZAM CURSOS EM ÁREAS COMO NEGÓCIOS, TECNOLOGIA E BEM-ESTAR MENTAL

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No programa ITF Academy Educational, o universo de tenistas pode acessar aos mais variados cursos, em domínios que se complementam: «How much do I Know about tennis?», «Ethics in Coaching», «Introduction to communication», «ITF Coaching Beginner and Intermediate Players Course», «Traveling with advanced

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em competição por causa da doença da covid-19, ITF e ATP apresentam uma variedade de propostas online, para que os tenistas, e também treinadores, possam reunir competências para o futuro, sem que seja necessáAçores rio quaisquer encargos financeiros.


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ANDRÉ FERREIRA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

online, nesta circunstância de pandemia são variadas: negócios, tecnologia, gestão de carreira, bem-estar mental e ciência. Andrea Gaudenzi, ATP Chairman, sustentou que os tenistas que adiram ao programa de cursos podem «beneficiar das novas competências ao longo da vida». «Estes cursos versáteis, oferecidos num formato online são propostas não só para casa, neste período, mas também para fora de casa», salientou o antigo tenista italiano.

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players», «Variability in tennis training» e «Introduction to the diferent types of drills». A ATP disponibiliza aos tenistas, em parceria com a Coursera — plataforma de ensino à distância de reconhecidas competências —, um total de quatro mil cursos, ministrados pelas mais proeminentes universidades e entidades industriais no mundo, como Imperial College London, em Inglaterra, e University Pennsylvania, Yale University e IBM, nos Estados Unidos. As áreas dos cursos administrados pela ATP, em modelo

ITF E ATP DISPONIBILIZAM CURSOS PARA TENISTAS, EM PLATAFORMAS ONLINE


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FARO EM PRIMEIRO APÓS INTERREGNO A 16.ª EDIÇÃO DO GRAND PRIX PRAIA DE FARO É O PRIMEIRO TORNEIO DO CIRCUITO MUNDIAL QUE PODERÁ REALIZAR-SE

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O Grand Prix Praia de Faro — uma das provas internacionais mais antigas em Portugal — insere-se na série BT50, distribuindo um total de quatro mil dólares em prémios monetários pelas duplas masculinas e femininas participantes. A competição na praia de Faro, junto ao Centro Náutico, antecede torneios em St. Georges de Didonne (França), de 4 a 8 do mesmo mês, sendo que o segundo evento é da série BT200.

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pandemia provocada pela covid-19 obrigou à suspensão ou cancelamento das provas do circuito mundial de ténis de praia (a última estava calendarizada de 14 a 26 de julho, em Itália). Caso seja levantado o impedimento da realização dos eventos, o 16.º Grand Prix Praia de Faro, agendado para 1 e 2 de agosto, será o primeiro torneio do calendário do ITF Beach Tennis World Tour.

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beach tennis

JORGE CUNHA / AIFA ANDRÉ FERREIRA

BEATRIZ RUIVO

D.R. CENTRO DE TÉNIS DE FARO ANDRÉ FERREIRA

PEDRO MAIO E HENRIQUE FREITAS, VICE-CAMPEÕES EM FARO, EM 2019


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BRAGA OPEN 2019


CENTRO DE TÉNIS DE FARO

Portugal acolhia três provas na Póvoa de Varzim, duas de categoria BT50 e uma inserida no calendário de BT10. A circunstância epidemiológica impediu também a realização dos Campeonatos do Mundo de Ténis de Praia 2020. O Campeonato do Mundo Individual estava previsto para meados de junho, em Terracina, na Itália, um dos países europeus mais atingidos pela pandemia. O Mundial Equipas — no qual a seleção portuguesa, formada por Manuela Cunha, Ana Catarina Alexandrino, Henrique Freitas e Pedro Maio, registou o melhor resultado de sempre em 2017, com a sexta posição — estava programado para a segunda semana de julho, novamente para Moscovo, também com índices trágicos de perdas de vida devido à covid-19.

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No ano passado, a dupla Henrique Freitas/Pedro Maio terminou o torneio como vice-campeã, enquanto os franceses Maxence Rolland e Guillaume Sin ergueram os troféus destinados aos campeões. A 16.ª edição do torneio organizado conjuntamente pelo Centro de Ténis de Faro e Junta de Freguesia do Montenegro, com André Nunes na direção da prova, será igualmente a primeira em Portugal neste ano, uma vez que a pandemia forçou a suspensão ou cancelamento de cinco torneios do circuito mundial de ténis de praia. Para abril, mês em que Portugal esteve sob estado de emergência, duas provas estavam programadas para os Açores, mas os dois eventos na Praia da Vitória (um da série BT10 e outro da BT50) acabaram por não se realizar. Na segunda metade deste mês,

O GRAND PRIX PRAIA DE FARO ANTECEDE DUAS PROVAS EM FRANÇA, NO CALENDÁRIO DE AGOSTO DESTE ANO DO CIRCUITO MUNDIAL DE TÉNIS DE PRAIA

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MILLENNIUM ESTORIL OPEN

flash-interview

João Sousa

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«SUCESSO

SIGNIFICA SER FELIZ NO QUE FAÇO»

O TENISTA VIMARANENSE É O PORTUGUÈS MAIS COTADO NO PRESENTE E DE SEMPRE NO RANKING MUNDIAL (28.º, EM 16 DE MAIO DE 2016)

O ténis é... maravilhoso. Jogo ténis porque… amo a modalidade.

O sucesso significa… ser feliz no que faço. No ténis, quero atingir… o melhor de mim. Depois de vencer um encontro… tenho a melhor sensação do mundo.

Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi... vencer o Millennium Estoril Open. E a maior tristeza no ténis foi… todas as derrotas são tristes, mas necessárias. Se eu mandasse no ténis… faria tudo para ajudar o ténis em Portugal. Em Portugal, o ténis precisa de… crescer.

O que mais gosto no ténis é … competição.

Um português ou uma portuguesa no top 10 do ranking mundial de ténis seria… ótimo para o ténis português.

O que mais detesto no ténis é… perder.

Um bom treinador… é exigente.

Para mim, treinar é… uma boa obrigação

O meu torneio preferido é … Millennium Estoril Open.

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m 30 de março, João Sousa completou 31 anos. O tenista português mais cotado de sempre é natural de Guimarães, onde começou a dar os primeiros passos na modalidade, com sete anos, no Clube de Ténis de Guimarães, que frequentava, na companhia do pai, Armando de Sousa. João Sousa ingressou no Centro de Treino da Maia antes de radicar-se em Barcelona, para ingressar na academia BTT (Barcelona Total Tennis). Tinha 15 anos quando iniciou o trabalho que o levou a concretizar o sonho de ser profissional. O tenista vimaranense, detentor de vários recordes no ténis português, é treinado por Frederico Marques.

CARREIRA João Sousa, atual 66.º em singulares e 65.º nos pares no mundo, inscreve no palmarés três títulos no ATP Tour: Millennium Estoril Open (2018), Valência (2015) e Kuala Lumpur (2013). Foi vice-campeão em: Kitzbuhel e Auckland (2017): São Petersburgo, Umag e Genebra (2015); e Metz e Bastad (2014). O vimaranense é o único português a jogar um encontro dos oitavos de final de uma prova do Grand Slam — Wimbledon, em 2019. Em pares, é igualmente o único português que jogou uma final no ATP Masters 1.000. Foi em Roma, ao lado do espanhol Carreño Busta, em 2018. João Sousa é o atual 66.º (singulares) e 65.º (pares) no mundo.

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