Ediçao 2 - Revista FOSSGIS Brasil - Junho 2011

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por consequência o desaparecimento de soluções de software e consequentemente a “destruição” de conhecimento. Com software livre esse perigo não existe, porque o software livre é do domínio público e pode ser continuado e mantido por qualquer um. O software livre SIG no ensino As necessidades de promover a utilização de software livre SIG no ensino são também reconhecidas por diversas instituições e organizações públicas, nacionais e internacionais, destacando-se a organização OSGeo, que em 2007 decide tomar a iniciativa de criar um repositório livre de material educativo (http://www.osgeo.org/education). Outro sinal de apoio a esta prioridade, foi a atribuição no ano passado do prémio Sol Katz no FOSS4G 2010 (http://www.osgeo.org/solkatz), a Helena Mitasova, docente e investigadora na North Carolina State University (Raleigh, EUA). Para além da sua contribuição significativa em comunidades e desenvolvimento do software livre nas Ciências Geoespaciais, destaca-se pelo seu envolvimento na promoção de software livre ligado às Ciências Geoespaciais na Educação e à criação de vários cursos graduados baseados em software livre. No Brasil No Brasil são conhecidos diversos projetos de desenvolvimento de software livre SIG que partem das próprias universidades e instituições públicas, como é o caso do SPRING, Terraview e o MARLIN desenvolvidos na Divisão de Processamento de Imagens (DPI) do INPE (http://www.dpi.inpe.br/spring/), do SAGA: Sistema de Análise Geoambiental desenvolvido na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e do IpeaGEO desenvolvido pela Assessoria de Métodos Quantitativos da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanos e Ambientais do Ipea. Estes projetos fomentam a utilização deste tipo de software no meio acadêmico, na investigação e no ensino. Atualmente é comum encontrarem-se cursos Universitários onde se utilizam ferramentas de software livre SIG para lecionar disciplinas relacionadas com as Ciências Geoespaciais e em outras áreas. A título de exemplo apresenta-se o caso do “Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento, do Instituto Federal de

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Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB”, onde Marcello Benigno Borges de Barros Filho ministra as disciplinas: Sistemas de informações geográficas livres Nesta disciplina propõe-se conhecer a aplicação de ferramentas computacionais livres para geoprocessamento, com ênfase na utilização de softwares com capacidade de realizar tratamento e modelagem de dados espaciais, nas suas diversas formas de representação, visualização e armazenamento. (GNU/Linux, Spring, GRASS, GvSIG, Quantum GIS, OrbisGIS, PostGreSQL e PostGis) Disponibilização de Dados Geográficos na Internet Nesta disciplina propõe-se capacitar os alunos a criarem aplicações webmapping através de diversos programas, dentre eles: o Mapserver, a biblioteca Open Layers e outros frameworks livres. Existem também diversas iniciativas, quer de âmbito federal, quer local que resultam em projetos educativos que promovem o uso de geotecnologias no ensino, baseadas em software livre. Apresentam-se os mais conhecidos, divulgados pela GeoLISTA*: GEODEN: Geotecnologias Digitais no Ensino (Projeto de Pesquisa e Extensão) – Universidade Federal Fluminense (UFF). Este projeto tem por objetivo principal inserir as geotecnologias em geral no ambiente escolar, enfocando escolas da rede pública de ensino. No site é possível realizar o download gratuito do SIG para a educação, o EduSPRING 5.0 (customização do SPRING da DPI/INPE), banco de dados para serem trabalhados no EduSPRING 5.0, manuais, tutorias, entre outros. http://www.uff.br/geoden/ Projeto Educa SeRe III do INPE: Este projeto tem como objetivo a elaboração da Carta Imagem para o Ensino de Sensoriamento Remoto, projeto do Revista FOSSGIS Brasil | Junho 2011 | www.fossgisbrasil.com.br


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