Guia das Profissões do Mar 2011

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Semana Tanto Mar: Queres participar? Vai a www.forum.pt

guiadasescolas

&profissõesdomar Edição especial da revista FORUM ESTUDANTE | Anual | distribuição gratuita – NÃO PODE SER VENDIDO | disponível em pdf em www.forum.pt • Ano I

2011

MAR um futuro para ti!

28 licenciaturas 39 pós-graduações + cursos profissionais patrocínio

patrocínios


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Guia das Escolas & Profissões do Mar 2011

GUIA DAS PROFISSÕES DO MAR - [MARÇO 2011] edição especial da Revista FORUM ESTUDANTE | PROPRIEDADE E PRODUÇÃO DE: PRESS FORUM - Comunicação Social, S.A. Capital Social: 299.400,00€. NIF 502981512 | Periodicidade Anual | Depósito Legal n.º 510787/91 | Registo ICS: Isento de Registo ao abrigo do decreto regulamentar n.º 8/99, de 9 de junho, art.º 12.º, n.º 1a) | Sede: Tv. das Pedras Negras, nº 1 - 4º. 1100-404 Lisboa. Telefone: 218 854 730 — Fax: 218 877 666 | DIRECÇÃO Francisca Assis Teixeira | DIRECÇÃO DE FOTOGRAFIA Gonçalo Gil | DIRECÇÃO DE IMAGEM Miguel Rocha (miguel.rocha@forum.pt) | REDACÇÃO Sara Las Cunha; Madalena Castelo Branco; Tiago Belim; Nelson Nunes | DEPARTAMENTO DE PUBLICIDADE: DIRECÇÃO Paulo Fortunato Telefone: 218 854 741 (paulo.fortunato@forum.pt) VENDAS Duarte Fortunato Telefone: 218 854 742 (duarte.fortunato@forum.pt) | ATENDIMENTO AO CLIENTE Paula Ribeiro Tel.: 218 854 730 | PRÉ-IMPRESSÃO e IMPRESSÃO LISGRÁFICA - Casal de Stª Leopoldina, Queluz de Baixo | TIRAGEM: 30.000 exemplares

Índice 04 Semana Tanto Mar Participa numa semana fantástica! 06 Escola Superior de Turismo e do Mar 10 Aporvela Os jovens e o Mar 12 Escola Naval 16 Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar 18 Zoo de Lisboa 20 Entrevista Marcos Perestrello, Secretário de Estado da Defesa e Assuntos do Mar 24 Tempo de Poupança 26 Entrevista Manuel Pinto de Abreu, responsável da EMAM 28 Entrevista António José Correia, Presidente da Câmara de Peniche 30 Profissões do Mar 42 Cursos do Mar

Editorial

Mar, uma oportunidade. Os gloriosos anos das Descobertas Portuguesas foram consequência da grande abertura que Portugal fez ao mar e às suas potencialidades. Quinhentos anos passados, o nosso país parece querer recuperar essa sua relação histórica com o mar, retirando dele todo o seu potencial. É urgente que todos nos empenhemos para que a relação de Portugal com o Mar se transforme num verdadeiro Desígnio Nacional. Esta é uma aposta que a tua geração pode aproveitar! Num tempo em que a palavra crise surge a cada nova notícia, vale a pena perceber o que pode representar uma aposta pensada e integrada na chamada Economia do Mar. Na situação actual, as actividades ligadas directamente à economia do mar representam cerca de 2% do PIB sendo que, se se considerarem as ligadas indirectamente, o valor subirá para cerca de 6% do PIB. Mas pode representar muito mais. Para isso precisamos de mais empresas e novos profissionais ligados à Economia do Mar. Aqui tens uma oportunidade para ti. A Forum Estudante aliou-se aos que querem transformar o Mar numa oportunidade de desenvolvimento para as novas gerações e criou em 2010 a Semana Tanto Mar, que obteve o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos e o apoio incondicional da Câmara Municipal de Peniche e da Escola

Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche e tivemos ainda a honra de contar com o Alto Patrocínio do Ministério da Defesa Nacional e o apoio da Estrutura de Missão dos Assuntos do Mar. Em 2011, a aposta vai ser mais forte e, para além da Semana Tanto Mar, que voltaremos a realizar em Setembro próximo, editamos este Guia das Escolas e Profissões do Mar que te chega hoje às mãos. Trata-se uma abordagem que te disponibiliza informação sobre as principais escolas e profissões ligadas ao mar. Faremos também dez workshops em outras tantas escolas secundárias e profissionais do País que queiram desenvolver esta actividade conjunta. De salientar que a rede de parceiros se dilatou: aos parceiros de 2010 juntaram-se a Escola Naval e o Forum Empresarial da Economia do Mar. As instituições de ensino superior especializadas neste domínio e que apresentamos neste Guia dão já um contributo muito importante para formar novos profissionais. As ofertas são muito variadas e estão presentes em todo o país. Ao teu alcance está, portanto, a possibilidade de optar por uma formação e uma profissão neste sector de futuro. E para a escolheres, este Guia vai ser útil. Mergulha connosco nesta aventura marítima!


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Entra GOSTAS DO MAR E DE AVENTURA? Se gostavas de aprender a surfar; Se tens um apelo para conhecer o fundo do mar; Se gostavas de aprender a salvar uma vida; Se gostavas de saber como actua um salva vidas; Se gostas de investigação científica; Se gostavas de conhecer histórias de naufrágios; Se gostas de pesca; Se gostas de passear e ver paisagens bonitas; Se gostas de conviver e fazer novos amigos; Então participa no Concurso Tanto Mar e entra nesta aventura.


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a na Onda inscreve-te já em www.forum.pt/tantomar

O que é?

Quanto custa?

Uma fantástica semana de aventura e diversão para aprender tudo sobre o mar e o que ele tem para nos oferecer.

Zero. Os cinquenta participantes seleccionados não pagarão nada. As actividades, o alojamento, e a alimentação são fornecidos pela organização. Basta que cheguem a Peniche e depois é por nossa conta.

Quando é? Em Peniche, de 31 de Agosto a 7 de Setembro.

Como posso participar? › Vai a www.forum.pt e entra em Tanto Mar › Segue os passos que te são propostos; › Podes começar a construir o teu blogue que pode conter textos, fotografias, vídeos,…. Deves usar imaginação e originalidade. › No final entrará o júri, que escolherá os 50 melhores blogues e os seus autores partirão para a grande aventura em Peniche.

O que será valorizado? › A qualidade e originalidade dos textos, fotografias e vídeos produzidos; › A coerência das temáticas escolhidas; › Será importante a assiduidade com que se colocam posts no blogue; › Serão valorizadas as referências bibliográficas quando os documentos colocados não são originais;

Quem pode participar? A iniciativa está aberta à participação de estudantes do Secundário, 10º, 11º e 12º anos, do ensino público e privado, de todo o país.

Quem organiza? A semana Tanto Mar é uma iniciativa da Revista Forum Estudante em coorganização com a Câmara Municipal de Peniche e a Escola Superior de Turismo e Tecnologias do Mar (ESTTM) – Instituto Politécnico de Leiria. A equipa de direcção da semana será constituída por elementos das instituições organizadoras.

Quem patrocina? A Semana Tanto Mar tem o Alto Patrocínio do Ministério da Defesa e o Patrocínio da Caixa Geral de Depósitos

E que mais é necessário? Se fores um dos escolhidos, precisarás de ter autorização do teu encarregado de educação para poderes participar.

E AGORA? DE QUE ESTÁS À ESPERA PARA PARTICIPAR?


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~ publireportagem ~

ESCOLA SUPERIOR DE TURISMO E TECNOLOGIA DO MAR EM PENICHE

Um mar de opções A Escola Nem que seja apenas pela atractividade do local, a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) em Peniche vai deixar-te completamente encantado. Situada em Peniche, com as Berlengas como pano de fundo, adopta o Mar como imagem de marca e suporte da sua identidade. Conta já com 10 anos de experiência no ensino politécnico e encontra-se especializada em duas grandes áreas: o Turismo e a Ciência/ Tecnologia, com especial enfoque na relação com o Mar.

Objectivos A ESTM é uma Instituição de Ensino Superior Público, integrada no Instituto Politécnico de Leiria. Durante a Licenciatura, serás incentivado a participar em projectos de investigação que, apesar de serem uma aposta na tua formação profissional, apresentam igualmente um forte contributo para a comunidade local e nacional. Sempre com um enorme foco no desenvolvimento pessoal e social do indivíduo, a ESTM investe constantemente na tua formação cultural, científica e técnica, através do intercâmbio entre alunos, professores, instituições e empresas.


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~ publireportagem ~

Como está organizada e o que podes encontrar na ESTM ? A ESTM possui laboratórios modernos e adequados às áreas da Biologia, Microbiologia, Aquacultura, Física, Química, Tecnologia Alimentar, Análise Sensorial e Pescas, os quais possuem equipamentos avançados tecnologicamente e disponíveis para utilização por parte dos alunos. Destacam-se ainda as várias salas de Informática e a sala prática de cozinha onde,

pelo menos duas vezes por semana, os alunos de Restauração e Catering têm aulas práticas e fazem verdadeiras iguarias (que a comunidade académica de quando em vez degusta). De referir igualmente a existência de um Hotel-Escola com Restaurante e Bar, espaços devidamente equipados, recém inaugurados e que prestam apoio às aulas práticas dos cursos da área do Turismo.


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~ publireportagem ~

Alunos e Docentes A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), já atingiu os 1300 alunos vindos das mais variadas regiões do continente, ilhas e dos países de língua oficial portuguesa. O corpo docente da ESTM é composto por cerca de 130 professores. Destes, cerca de 25% encontram-se a frequentar programas de doutoramento e 30% são titulares do grau de doutor, o que constitui uma sólida garantia de qualidade da formação ministrada por esta Instituição.

Sempre na Vanguarda A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), como todas as instituições de ensino superior, está já completamente adequada ao Processo de Bolonha. Dentro das suas áreas de competência, a ESTM promove ainda projectos de cooperação internacional interuniversitária no âmbito da investigação e desenvolvimento, bem como a mobilidade de estudantes (com especial ênfase no programa Erasmus), professores e investigadores.


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~ publireportagem ~

Cooperação Desde que abriu portas, a ESTM não tem deixado de estar atenta a toda a variedade de questões relacionadas com o Mar que surgem na região de Peniche e não só, podendo deste modo participar activamente no seu desenvolvimento e colaborar na sua solução. Como tal, promove debates e discussões interactivas com alguma regularidade. As temáticas vão desde a Segurança Alimentar à Preservação dos Recursos Marinhos no meio natural, passando pela Potencialidade de Aplicação de Organismos Aquáticos (animais e plantas) produzidos em Aquacultura, tornando a ESTM uma Escola dinâmica, activa e com um compromisso social sério e responsável. Com todo este dinamismo, a Escola conta já com um alargado número de protocolos de cooperação com Empresas, Instituições de Ensino Superior e Instituições I&D, colaborando, sempre que solicitado, em estudos relacionados com as suas áreas de interesse científico.

Ensino A oferta formativa da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar está compreendida entre Licenciaturas, Mestrados e Cursos de Especialização Tecnológica, sendo eles: LICENCIATURAS ~ Animação Turística ~ Biologia Marinha e Biotecnologia ~ Engenharia Alimentar ~ Gestão do Lazer e Turismo de Negócios ~ Gestão Turística e Hoteleira ~ Marketing Turístico ~ Restauração e Catering ~ Turismo

Grupos de Investigação O GITUR, Grupo de Investigação em Turismo pretende contribuir para o reforço da investigação em turismo, em Portugal, dinamizando actividades que permitam posicionar o IPL como uma referência nesta área. O GIRM, Grupo de Investigação em Recursos Marinhos, foi criado em 2007 por investigadores da ESTM, e tem o mar como marca e base da sua identidade. A unidade de investigação está registada na Fundação de Ciência e Tecnologia e tem como missão a criação, o desenvolvimento e aplicação do conhecimento associado aos recursos marinhos, de forma a promover a inovação na sua utilização e contribuir para o desenvolvimento de novos produtos.

MESTRADOS ~ Biotecnologia dos Recursos Marinhos ~ Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar ~ Marketing e Promoção Turística ~ Gestão e Sustentabilidade no Turismo ~ Aquacultura ~ Turismo e Ambiente * ~ Gestão e Direcção Hoteleira * ~ Biotecnologia Aplicada * CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA ~ CET em Aquacultura e pescas. ~ Gestão da Animação Turística ~ Logistíca em Emergência ~ Qualidade Alimentar ~ Práticas Administrativas e Relações Públicas ~ Técnicas e Gestão Hoteleira *A aguardar aprovação pela tutela


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~ publireportagem ~

APORVELA

Jovens e o Mar A APORVELA – Associação Portuguesa de Treino de Vela é uma instituição sem fins lucrativos, fundada em 1980 e tem como principais objectivos fomentar o treino de mar e vela, o interesse pelos assuntos do mar e a preservação do património náutico português, tendo sempre um especial enfoque nos jovens. CARAVELAS Em 1987 a associação lançou-se na construção de uma réplica de uma caravela quinhentista portuguesa tendo, para o efeito, reunido uma equipa de especialistas que Caravela Vera Cruz

procuraram as melhores soluções para o desenho e a construção da embarcação. Esta caravela, baptizada Bartolomeu Dias, foi lançada à água em 1988 e navegou até à África do Sul para celebrar os 500 anos da dobragem do Cabo da Boa Esperança. Hoje é um museu em Mossel Bay. Logo de seguida promovemos a construção da Caravela Boa Esperança que navegou com a APORVELA entre 1990 e 2001, tendo efectuado várias travessias transatlânticas e treinado milhares de jovens. Em 2001 construímos a Caravela Vera Cruz, que actualmente operamos. Esta caravela recebe diariamente crianças e jovens de todo o país para uma visita escolar onde são aprofundados alguns conhecimentos sobre a História da Expansão e dos Descobrimentos Portugueses e utilizados métodos interactivos. Todos os anos a caravela navega até outros portos nacionais para facilitar a visita ao maior número de crianças possível. Este ano vamos navegar todos os meses, sempre com tripulações de jovens e tu

também podes ser um deles. Vai já ao nosso site saber como podes ser um dos novos marinheiros da caravela. THE TALL SHIPS RACES A APORVELA é membro fundador da Sail Training International. Esta organização promove as famosas Tall Ships Races – um dos maiores eventos náuticos mundiais. Todos os anos, dezenas de grandes veleiros cruzam os mares da Europa com tripulações maioritariamente constituídas por jovens dos 15 aos 25 anos. Os portos que recebem estes grandes veleiros organizam desfiles, competições desportivas, passeios culturais e milhares de pessoas sobem a bordo dos navios atracados. Em 2012 é a vez de Lisboa receber de novo esta grande regata e, uma vez mais, a APORVELA é a instituição organizadora. Neste momento, estamos já a trabalhar para que tudo corra na perfeição tanto ao nível da animação como do número de barcos e tripulantes. Esperamos mais de um milhão de


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~ publireportagem ~

CONCURSOS

Tall Ships Race - Lisbon 2006

visitantes e um espectáculo único quando os navios saírem do porto de Lisboa! Para seres voluntário e participares nesta grande festa, vai já ao site e inscreve-te! JOVENS E O MAR Em 2007 a APORVELA criou o programa “Jovens e o Mar” que visa oferecer a oportunidade à juventude portuguesa de navegar num grande veleiro e ter uma experiência inesquecível. Este programa

Lançámos um concurso de “Curtas sobre o Mar” que vai permitir a 3 jovens embarcarem num grande veleiro. Inscreve a tua equipa, faz um vídeo sobre o Mar e envianos. A melhor equipa ganha uma viagem inesquecível no Verão de 2011! Em breve vamos lançar outros concursos. Fica atento.

conta com dezenas de navios que participam nas Tall Ships Races e milhares de jovens tripulantes de todo o Mundo. Em 2009 um dos nossos “Jovens e o Mar” foi distinguido com o importante prémio Young Sail Training Volunteer of the Year pelo seu extraordinário desempenho nas regatas e na Caravela Vera Cruz.

Se tens entre 15 e 25 anos, este é o teu programa de Verão! O objectivo da APORVELA é aumentar significativamente a presença de jovens portugueses nestas regatas e estimular a vivência no Mar. Em 2010 embarcaram 20 jovens e em 2011 pretendemos muitos mais! Podes consultar tudo no nosso site a até te ajudamos a encontrar patrocinadores. Este ano, as regatas passam pela Irlanda, Escócia, Ilhas Shetland, Noruega, Suécia, Lituânia, Finlândia e Polónia. É um verdadeiro InterSail! Vais conhecer dezenas de jovens, algumas cidades costeiras maravilhosas e

aprender muito sobre o mar, a vela, os veleiros e outras culturas. Estudos da Universidade de Edimburgo comprovaram recentemente que o treino de Mar e Vela contribui decisivamente para o crescimento pessoal e social dos jovens, tanto ao nível da auto-confiança, como da responsabilidade e da assertividade. Por outro lado, também vais desenvolver as tuas competências técnicas, pois vais ser responsável pelo leme, pelas manobras de velas, pelas comunicações, pela navegação e por tudo o que faça o teu tall ships ser o primeiro na linha de chegada. Já podes escolher os teus veleiros e as etapas que queres fazer. Consulta tudo no site da APORVELA.

Associação Portuguesa de Treino de Vela Travessa do conde da ponte nº8 1300-141 LISBOA Tel: 218 876 854 www.aporvela.pt geral@aporvela.pt www.talshipslisbon2012.com


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ESCOLA NAVAL

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Talant de Bien Faire

Sabias que… ~ As origens da Escola Naval remontam à época dos Grandes Descobrimentos em pleno século XVI, onde o aumento da ambição exploratória dos portugueses obrigou à criação de uma escola específica para formar e preparar os navegadores? ~ Foi o matemático Pedro Nunes que criou a primeira aula de formação de pilotos e outros oficiais de bordo das carreiras em que circulavam os navios portugueses? ~ Só em 1779 foi criada a primeira instituição de ensino para formar oficiais para a Armada, Marinha Mercante e Engenheiros do Exército – a Academia Real da Marinha? ~ A Escola Naval, tal como hoje a conhecemos, foi fundada em 1845, por ordem da Rainha D. Maria II, substituindo a Academia Real dos Guardas-Marinhas, que existia desde 1782? ~ A Academia Real dos GuardasMarinhas/Escola Naval se mudou para o Brasil devido às invasões francesas, de 1808 a 1822, juntamente com o Rei de Portugal, a Corte e o Governo, voltando a Portugal em 1825? ~ A Sala do Risco do Arsenal serviu de instalações à Escola Naval de 1825 até 1936, ano em que um incêndio ditou a mudança para o Alfeite, onde até hoje se mantém?

ESCOLA NAVAL

Futuro &

TRADIÇÃO

O que é? A Escola Naval é uma Universidade Pública Militar, inserida no sistema de ensino superior público português, com elevado prestígio e tradição. O que podes esperar da Escola Naval? Sendo um órgão de base da Marinha, a Escola Naval prepara-te para comandar em situações de risco e de incerteza, ao mesmo tempo que te proporciona conhecimentos científicos (técnicos e tecnológicos), uma formação comportamental alicerçada numa educação militar, moral e cívica, e uma

excelente preparação física. A Escola Naval forma oficiais da Marinha que, muito mais do que uma simples profissão, é um estilo de vida ao serviço do País. Como está organizada a Escola Naval? Com autonomia pedagógica, científica, cultural, administrativa e disciplinar, a Escola Naval tem um comando, normalmente exercido por um Contra-almirante, coadjuvado por Orgãos de Conselho. Sob a sua orientação, o comando tem a área de ensino, o corpo de alunos e os departamentos de apoio.


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Entrevista ao Comandante da Escola Naval, Contra-almirante Seabra de Melo

O Ensino Como funciona? Os Cursos da Escola Naval não só são totalmente gratuitos, como ainda te oferecem alojamento, alimentação, material académico, fardamento e assistência médica. Paralelamente, ainda recebes uma remuneração mensal que vai crescendo ao longo dos anos, bem como um suplemento diário de embarque, sempre que estiveres em alto-mar. Na Escola Naval o regime é de internato sendo as saídas controladas nos primeiros

anos do curso, começando a flexibilizar à medida que vais progredindo nos estudos. A partir do 4º ano, a escolha de ir ou ficar é totalmente tua.

No final de cada ano, tens ainda a oportunidade de embarcar numa das unidades navais da Marinha – fragatas, corvetas ou o navio Escola “Sagres” – para que possas pôr em prática alguns dos conhecimentos adquiridos, para além de viajar e conhecer alguns países, povos e culturas. Mestrados Integrados Obedecendo ao Processo de Bolonha, a Escola Naval ministra Mestrados Integrados, com a duração de 5 anos lectivos que te conferem o grau académico de Mestre. As especialidades são: ~ Marinha – actividades técnicas de navegação, comunicações, táctica naval,

O que é que a Escola Naval oferece aos seus alunos? Oferece uma formação universitária de qualidade, à qual associa uma sólida formação ética e moral, para além de uma valorosa formação militar e física, tudo isto num ambiente organizado de disciplina e de acompanhamento permanente dos alunos. Mas, mais importante ainda, oferece a formação de Oficial da Armada, preparado para servir a bordo dos navios e servir o País, onde seja necessário qualquer que seja o cenário. O que é que representa ser aluno da Escola Naval? Significa pertencer a um grupo restrito de homens e mulheres que herdam do passado as tradições, o saber, a experiência, e uma cultura muito própria. Significa também a possibilidade de adquirir saberes de natureza cívica, militar, científica e tecnológica, de modo a melhor servirem o seu País como Oficiais da Marinha Portuguesa. Como se processam as candidaturas à Escola Naval? Para poder concorrer à Escola Naval é necessário ter o 12º ano completo e realizar os exames específicos (consoante o curso escolhido serão Matemática, Física, Biologia e Química). De seguida tem de se inscrever no concurso de admissão aberto anualmente (geralmente nos meses de Junho e Julho). Após realização de diversas provas, são seleccionados os candidatos a ingressar na Escola Naval nos diversos cursos superiores.


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A Escola Naval permite

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~ publireportagem ~

~ Adquirir saberes de natureza cívica, militar, científica e tecnológica para seres um excelente Oficial da Armada. ~ Após conclusão do Mestrado, ingressar nos quadros permanentes da Marinha com o posto de Guarda Marinha.

hidrografia, oceanografia e autoridade marítima na protecção do ambiente marítimo e das pescas; ~ Administração Naval – serviço de abastecimento dos navios e à direcção, inspecção e organização / gestão dos recursos financeiros, além da participação no abastecimento da Marinha; ~ Engenharia Naval (Área de Mecânica) – funções de chefia no serviço de máquinas, condução e manutenção dos sistemas e equipamentos de propulsão dos navios, bem como actividades de estudo, projecto, manutenção e reparação dos mesmos; ~ Engenharia Naval (Área de Armas e Electrónica) – funções de gestão administrativa e técnica dos sistemas de armas eléctricos e electrónicos a bordo de meios navais e terrestres, a par da prática de liderança e relacionamento humano; ~ Fuzileiros – desempenho de cargos de imediato de companhia de fuzileiros, de unidades de apoio de combate ou de unidades de apoio de serviços. Podem ainda exercer cargos de Estado-maior no Corpo de Fuzileiros ou nos Batalhões de Fuzileiros, como oficial de logística, informações, operações ou comunicações; ~ Medicina Naval – após a frequência de 6 anos curriculares (5 escolares e 1 de estágio na Faculdade de Medicina da

Universidade de Lisboa), é iniciado o Internato Geral para o exercício profissional autónomo. Mais tarde é feito o Internato Complementar, onde se obtém a especialização numa determinada área. A Escola Naval dispõe ainda de capacidade para ministrar outros ciclos de estudos. Licenciaturas A Escola Naval integra também um departamento de Ensino Politécnico que coordena os cursos que te dão o grau de Licenciatura em Armas e Electrónica, Mecânica, Comunicações, Hidrografia, Informática, Fuzileiros, Mergulhadores, Contabilidade, Administração e Secretariado. Actividades Extra-Curriculares O Corpo de Alunos da Escola Naval proporciona-te ainda três grandes tipos de actividades: Físicas – Vela, Tiro, Mergulho, desportos colectivos e individuais, etc; Militares-Navais – prática de desportos náuticos, participação em regatas nacionais e internacionais, etc; Circum-Escolares – programa anual de actividades como a Feira do Livro, da Música, da Informática, concursos de fotografia e literários, visitas de estudo, concertos, etc.


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ESCOLA NAVAL

Talant de Bien Faire

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e técnico com instituições nacionais e estrangeiras. Este conjunto de iniciativas é coordenado pelo Centro de Investigação Naval (CINAV), criado em 2010. A Escola Naval é também responsável pela organização das Jornadas do Mar e elemento co-fundador da Universidade Itinerante do Mar. Benefícios e Infraestruturas Existem, na Escola Naval, recursos materiais, laboratoriais, tecnológicos e logísticos equiparados às melhores Universidades, que possibilitam a realização de cursos que trazem grande valor acrescentado. Para além disso, as boas condições de habitabilidade oferecidas pela Escola, assim como os cuidados com a saúde, alimentação, isenção de propinas e integração no espírito de grupo da Marinha são grandes vantagens. No dia-a-dia, a prática regular de uma grande variedade de desportos e actividades físicas, tanto indoor como outdoor, é uma das principais prioridades, respeitando a máxima “Mente sã em corpo são”.

Saídas Profissionais Quando acabares o teu curso na Escola Naval, passas a fazer parte do Quadro Permanente, como Oficial da Armada, e tens como compromisso prestar 8 anos de serviço à Marinha. Docentes e Investigação Com um Corpo Docente de cerca de 100 professores, militares e civis, com provas

dadas, e dos quais um terço lecciona também em outras instituições de ensino superior, a Escola Naval aposta na qualidade do ensino, valorizando também a componente prática: o Saber Fazer. A realização de projectos de investigação em áreas de interesse para a Marinha, Forças Armadas, Defesa Nacional ou ainda Assuntos do Mar, são também uma prioridade, projectando o intercâmbio cultural, científico

Relações Externas A par das cooperações com diversos organismos nacionais, a Escola Naval possui relações bilaterais com Marinhas estrangeiras. Neste sentido, são neste ano 25 os alunos estrangeiros a frequentar os cursos da Marinha portuguesa, em particular dos PALOP e da Argélia, existindo também a possibilidade de ires estudar lá para fora.

escolanaval.marinha.pt Tel.: 808201467 / 210901900 escolanaval@marinha.pt


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CIÊNCIAS

do Meio Aquático

Entrevista a Alexandre Lobo da Cunha Prof. Catedrático de Biologia Aquática e Director da Licenciatura em C.M.A. O que esteve na base da criação da Licenciatura em Ciências do Meio Aquático? Inicialmente, o curso era orientado para a aquacultura e gestão de recursos aquáticos. Actualmente, há um equilíbrio entre o número de disciplinas dedicadas à produção animal em meio aquático e ao ambiente. Em que é que este curso se diferencia de outras ofertas de universidades e politécnicos existentes no mercado? É um curso de Biologia vocacionado para a investigação científica e o desenvolvimento tecnológico, relacionado com o meio marinho e águas interiores. A formação básica abrange as diversas áreas da biologia. Na formação especializada destaca-se a ecologia aquática, ictiologia e pescas, aquacultura, patologia e sanidade, tecnologia alimentar e gestão de recursos aquáticos, entre outras áreas. Informação sobre as disciplinas pode ser obtida no site

do ICBAS (www.icbas.up.pt > Cursos). Actualmente, as disciplinas são de tipo modular de ensino intensivo, com a avaliação distribuída ao longo do ano lectivo. O número relativamente pequeno de estudantes permite um melhor e mais próximo acompanhamento por parte dos professores. São feitas saídas de campo e visitas de estudo que não se realizam em cursos com muitos alunos. Têm sido feitos investimentos em equipamento e em breve iremos ocupar novas instalações, pelo que temos boas condições de ensino. Além disso, beneficiamos da ligação à Estação Litoral da Aguda (dirigida por um professor do curso) e ao CIIMAR, centro de investigação ao qual pertencem a maioria dos professores. Por tudo isto, este curso é uma boa escolha para os interessados na biologia dos organismos aquáticos, tendo simultaneamente uma preparação geral em biologia que lhes

permite também seguir outras opções na área das ciências da vida. Que mais-valias apresenta esta licenciatura para os alunos e para o país? Os docentes são qualificados e maioritariamente dedicado à investigação na área do curso, fazendo reflectir no ensino a sua experiência científica e tecnológica. Este curso dá uma boa preparação teórica e prática no âmbito da biologia fundamental e aplicada. O desenvolvimento do país depende da qualificação tecnológica e científica dos seus jovens, e este curso dá um contributo neste domínio. Que saídas profissionais tem o curso e Qual a taxa de empregabilidade que apresenta? O curso tem permitido saídas profissionais aliciantes. Diversos antigos alunos são hoje Professores Universitários ou Investigadores,


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outros ocupam cargos superiores nos Oceanários e Aquários públicos ou dedicaramse à divulgação da ciência, por exemplo. Alguns desenvolvem a sua actividade na área da aquacultura e dos produtos alimentares, outros conseguiram emprego como técnicos em áreas relacionadas com o curso. Contudo, muitos iniciam a vida profissional como bolseiros antes de terem um emprego mais estável. O site da Licenciatura (http://www1.icbas.up.pt/cma) inclui uma secção que ilustra a variedade de saídas profissionais. Que formações complementares (pós graduações, mestrados e doutoramentos) disponibiliza o ICBAS para solidificar a sua carreira? Temos no ICBAS o Mestrado em Ciências do Mar - Recursos Marinhos e o Mestrado em Contaminação e Toxicologia Ambiental, este último em parceria com a Faculdade de Ciências do Porto. Relativamente ao Doutoramento, saliento o programa doutoral em Ciências do Mar e do Ambiente. Além deste, os programas doutorais em Ciência Animal e em Ciências Biomédicas cobrem áreas científicas amplas

Caso de sucesso Graça Casal é exaluna do ICBAS. Concluiu a sua licenciatura em Ciências do Meio Aquático em ‘92 e desde então tem estado ligada a esta área. “Sempre tive uma grande afinidade com a Biologia e com as Ciências Farmacêuticas e esta licenciatura permitia-me ainda conjugar isso com o gosto pelo Mar”, conta à Forum. Porém, a decisão de ingressar no ICBAS deu-se quando soube que havia a possibilidade de de fazer investigação científica desde o 1º ano. “Tive de me empenhar bastante e mostrar muito interesse e motivação, mas consegui começar a fazer investigação em Parasitologia em Animais Aquáticos, área esta em que continuo a trabalhar até hoje”. Pelo meio, Graça tirou o curso de mergulho, enveredou pela carreira de docente em Biologia Celular, que lecciona no Instituto Superior de Ciências da Saúde-Norte, desde ‘93, e terminou o seu Douturamento em 2009. “Como tudo na vida, é preciso gostar-se bastante daquilo que se faz. E, com muito trabalho acrescido, tudo se alcança”.

que permitem incluir teses sobre organismos aquáticos. Considera que é uma formação adaptada às necessidades do mercado de trabalho? As licenciaturas de 3 anos devem ter como primeiro objectivo dar uma boa formação científica básica, ficando para o Mestrado a componente formativa mais especializada e profissionalizante. Por outro lado, a licenciatura deve também incluir uma formação prática que prepare os alunos para tarefas técnicas. Nesta licenciatura procuramos conciliar estas duas vertentes. Analisando o percurso profissional dos nossos licenciados podemos constatar que têm tido sucesso, pelo que a formação recebida terá dado um bom contributo para as suas carreiras. Quais as características que considera indispensáveis a futuros profissionais desta área? Um espírito empreendedor, rigor científico e técnico, grande capacidade de trabalho e criatividade são características importantes. Que conselhos dá a quem decida enveredar por esta profissão? Não se trata de uma profissão específica, mas sim de varias de opções profissionais. Aconselho os estudantes a esforçarem-se para concluir o curso com boas notas e muitos conhecimentos. Em segundo lugar, que apostem numa carreira que lhes proporcione satisfação. Para aqueles que queiram seguir uma carreira científica há, actualmente, em Portugal muito mais oportunidades que no passado. Temos centros onde se faz investigação de qualidade internacional, incluindo a área da Biologia Marinha. Contudo, a ciência é global e os nossos investigadores podem trabalhar noutros países, assim como temos em Portugal investigadores de diferentes nacionalidades.

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar Largo Prof. Abel Salazar, 2 4099-003 Porto

Ana Ferreira tirou igualmente a sua licenciatura em Ciências do Meio Aquático, no ICBAS O que a fez optar pela área do Meio Aquático? Nunca fui daquelas pessoas que sempre soube o que queria fazer. Por isso, quando chegou o momento de escolher, fui eliminando as hipóteses que não queria e aquelas para as quais não tinha vocação. Esta área consegue reunir duas grandes mais-valias para mim: a água e os animais. Por que razão escolheu o ICBAS? O ICBAS oferece uma formação muito abrangente, o que não me limitava a um ramo específico. Considero importante que cada um descubra qual o nicho de mercado onde se insere e, deste modo, tinha margem de manobra para descobrir o meu. O que é preciso ter na prática? Comecei a trabalhar de forma voluntária em aquários públicos enquanto ainda estudava e isso deu-me logo uma grande vantagem. Tive a oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos nas aulas e de ir aprendendo o que funciona realmente no terreno. Penso que o mais importante é não ficar à espera que o curso acabe para ir atrás de emprego. Os alunos devem começar desde logo à procura de locais onde possam aprender e ganhar experiência, nem que seja somente nas férias. Este factor, aliado a uma grande capacidade de adaptação e persistência, é a receita para aquirir vantagens competitivas no mercado. Como foi o seu percurso profissional? Quando terminei a licenciatura já tinha alguns contactos e nunca fiquei sem trabalhar, estando sempre ligada à área dos aquários públicos. Comecei como voluntária na Estação Litoral da Aguda até assumir a gestão do aquário. Pelo meio, fiz vários estágios e formações pontuais até que, há sensivelmente dois anos, integrei o Projecto Sea Life, no Porto, onde sou hoje responsável pelo Departamento de Biologia. Que conselhos tem para dar a futuros profissionais? Acima de tudo, que não desistam daquilo que gostam devido às dificuldades do mercado de trabalho. A situação está complicada para todos e, sendo assim, mais vale estarem a fazer algo em que acreditam. Nem tudo é fácil, mas como costumo dizer: quem corre por gosto, cansa-se menos!


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em forma de Baía Considerada como uma das mais famosas atracções do Jardim Zoológico, a Baía dos Golfinhos é um espaço de onde brota uma empatia natural entre animais marinhos e seres humanos, criando-se uma afinidade que, nas apresentações diárias, impressiona gentes de todas as idades. Mas, para chegarmos à harmonia, existiu coragem numa história que vale a pena ser contada. Começando do zero... Depois da empresa Mundo Aquático ter deixado de concessionar um espaço à entrada do Jardim, no qual apresentava um espectáculo de Golfinhos e Leões-marinhos, Arlete Sogorb, antiga veterinária da empresa, entra em cena. Nascida no Brasil, é convidada a ficar em Lisboa para criar o conceito do novo Delfinário do Zoo, assim que a Mundo Aquático termina o contrato. Aceitando o desafio de mangas arregaçadas, Arlete acabou por ficar até aos dias que correm, desenvolvento e coordenando todo o trabalho que o Jardim Zoológico promove em redor dos mamíferos marinhos. Reunião de forças internacionais Tinha chegado a altura de criar o que agora é a Baía dos Golfinhos. Um consultor finlandês e dois americanos juntaram-se ao


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Departamento de Arquitectura do Zoo, que havia definido como cenário uma vila piscatória. Todos os esforços se uniram para criar esta enorme obra. Os barcos, as redes e as piscinas. Tudo foi cuidado de modo a criar o melhor ambiente para os animais. Só faltavam mesmo as estrelas. Foi dos EUA, de Chicago e da Florida, que vieram os primeiros inquilinos do novo delfinário: quatro Golfinhos e os cinco Leõesmarinhos. Nascia a Baía dos Golfinhos. Hoje, o Delfinário alberga 4 Golfinhos (3 fêmeas e 1 macho) e vários Leões-marinhos. Preservar, preservar A Vila Piscatória como cenário foi o incentivo perfeito para a criação das histórias para os espectáculos de Golfinhos e Leões-marinhos. Os imaginários já passaram por várias versões, mas o objectivo permanece sempre o mesmo: alertar para a importância da preservação e conservação das espécies. As apresentações dos animais marinhos, tal como todas as outras, são de carácter educativo e têm como propósito transmitir conhecimentos sobre as espécies e, principalmente mostrar qual a missão do Jardim Zoológico na melhoria das atitudes que devemos adoptar perante a Natureza. Aplicar o trabalho no terreno Para cumprir o que diz, o Zoo sai da Baía dos Golfinhos e vai para a rua. Mais

concretamente, para o rio Sado, onde há uma população de Golfinhos em risco de desaparecer. Esta és uma problemática sempre abordada nas apresentações, não só porque o Homem é o principal responsável por estas questões, mas também porque a resolução está nas nossa próprias mãos. É neste sentido que o Jardim Zoológico tem desenvolvido o seu trabalho, em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB).

Estrada de Benfica, 158-160 1549-004 Lisboa Tel.: 217 232 900 - info@zoolisboa.pt


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ENTREVISTA AO SECRETÁRIO DE ESTADO DA DEFESA NACIONAL E ASSUNTOS DO MAR, MARCOS PERESTRELLO Entrevista por Francisca Assis Teixeira

PORTUGAL SEMPRE ESTEVE VIRADO PARA O MAR O Governo tem falado do Mar como desígnio nacional. Em concreto o que é que isso quer dizer? A Estratégia Nacional para o Mar vem desde 2006 e tem merecido por parte do Governo uma atenção especial, muito em torno do Projecto de Extensão da Plataforma Continental, cuja apresentação e submissão já foi feita às Nações Unidas e que agora demorará alguns anos a ser avaliada. Este projecto constitui uma oportunidade significativa de expansão da actividade económica e das responsabilidades

ambientais e de segurança do país sobre uma área muito importante que irá estar à nossa disposição. Mas o país sempre esteve de alguma forma virado para o mar. Quando Portugal, nos séculos XV e XVI retirou do mar, por via dos Descobrimentos Marítimos, riquezas que até então jamais tinha conhecido, fê-lo porque na altura teve a capacidade, o engenho e o conhecimento de se afirmar no mundo, como um dos países que mais sabia sobre técnicas de navegação e de construção naval. Foi esse conhecimento,

essa capacidade de inovação, que lhe permitiram aventurar-se no mar. Mas depois virámos as costas a este mar? Eu não creio que lhe tenhamos virado as costas. Eu creio que esse momento representou o tempo em que tivemos mais capacidade de inovação em relação aos assuntos do mar. Depois perdemos esse pioneirismo, perdemos essa capacidade de inovação e esse conhecimento e fomos retirando do mar apenas aquilo que a nossa capacidade de inovação nos permitia tirar,


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dedicando-nos apenas às actividades tradicionais. Quais são as áreas de maior peso em que actualmente estamos? Actualmente, e falando das actividades tradicionais ligadas ao mar, temos o turismo de sol e praia como uma área fundamental da nossa economia. Também as pescas, que sempre foram uma componente importante da nossa economia, embora com recuos significativos em meados dos anos 80. Fomos uma potência durante o século XX em termos de construção naval, tínhamos empresas importantes este sector, que entrou em crise profunda nos anos 70 e 80. Desse sector conseguiu-se recuperar a Lisnave, que é hoje uma empresa importante já não na construção, mas na reparação naval, sendo uma empresa dinâmica e uma das empresas portuguesas mais conhecidas no mundo. Há também um conjunto de pequenos estaleiros de construção e reparação naval ao longo da costa portuguesa, que se têm vindo a afirmar e têm vindo a ganhar o seu espaço. A este propósito tenho esperança, e tudo faremos para isso, que aproveitando o exemplo da Lisnave, seja possível encontrar um parceiro estratégico para os estaleiros navais de Viana do Castelo e assim recuperar a nossa capacidade de construção naval de média dimensão. Existe ainda um conjunto de novas áreas ligadas ao mar, muito associadas à capacidade de conhecimento, de investigação e de inovação que é fundamental desenvolver. A capacidade que desenvolvemos a pretexto do projecto de Extensão da Plataforma Continental, deve ser aproveitada para criar condições para o desenvolvimento, por exemplo, da biotecnologia. A biotecnologia marinha é uma área de grande potencial económico, portanto uma actividade que gera muita riqueza, que gera emprego muito qualificado, muito ligado às universidades. Além disso incrementa indústrias, como a dos cosméticos ou a farmacêutica, profundamente desenvolvidas, profundamente rentáveis, indústrias próprias de países muito desenvolvidos. Por outro lado também temos procurado incentivar a investigação, por exemplo, na área das energias renováveis ligadas ao mar. Há, por exemplo, alguns países que já exploram a energia eólica offshore com rentabilidade, mas as características da nossa costa, que é de grande profundidade, obrigam ao desenvolvimento de tecnologia específica para esse fim. O potencial de instalação de torres eólicas no mar é enorme dada a área disponível. Enquanto em terra

estamos profundamente limitados e os parques eólicos têm uma dispersão muito grande, a capacidade de concentração de eólicas no mar é muito grande. E tem ainda uma grande vantagem que é o facto de na zona onde se instalarem as eólicas, poderem criar-se centros de vida marinha. Esta zona funcionará para reprodução dos peixes e de espécies marinhas como uma área protegida. A economia do mar já representa uma percentagem significativa da economia global portuguesa? Representa uma percentagem significativa do nosso PIB, naquilo que podemos considerar os sectores tradicionais ligados à economia do mar. O turismo, por exemplo, que em Portugal está muito ligado ao mar, a pesca que tem um peso significativo na nossa economia, a actividade portuária que também tem um peso significativo, a reparação naval, a construção naval, no conjunto de todos os estaleiros, a náutica de recreio, a actividade universitária e científica tem também já alguma dimensão. Resumindo, já tem um significado, mas acho que o devemos ampliar. Acha que a economia do mar é uma área com futuro, com emprego para os jovens universitários ou parece-lhe que ainda temos de aguardar? Acho que sim, mas acho que é um caminho que tem de ser desenvolvido. Por exemplo, na área da construção naval, a contratação de engenheiros navais é uma necessidade absoluta que os nossos estaleiros têm para desenvolvimento do projecto. Na área da biotecnologia, que muito tem interessado as universidades, há um grande espaço para crescimento. Uma área de negócio, para o qual não se tem olhado com muita atenção mas que tem enorme potencial, é a ligada ao ensino das actividades náuticas, como o surf, windsurf, bodyboard, ou a organização de eventos como o Campeonato do Mundo de Surf que se realiza em Peniche. Também as actividades ligadas à aquicultura por

"A economia do mar representa uma percentagem significativa do nosso PIB"

exemplo, são pequenos projectos empresariais que precisam de gente que olhe por eles. Todo o desenvolvimento feito em torno da energia das ondas, da energia eólica offshore, ou mesmo das energias convencionais, disponibiliza áreas de emprego absolutamente fantásticas. O professor Ernani Lopes, orientou um grande estudo sobre o Hypercluster da Economia do Mar que tem várias pistas de possíveis caminhos. São seguidos, não são ou é mais uma daqueles estudos fantásticos que ficam na gaveta? Esse estudo tem uma característica muito importante do meu ponto de vista, que é o facto de ser um estudo abrangente e genérico, que olha para o potencial marítimo como um todo e não na lógica do cluster, por isso lhe chama hypercluster. Também o facto desse estudo ter sido financiado por um conjunto de empresários que esteve depois na génese do Fórum Empresarial da Economia do Mar, dá-nos uma perspectiva muito positiva sobre o que pode acontecer em torno daquilo que são as suas propostas. Na sequência da Estratégia Nacional para o Mar, desenvolvemos aquilo a que chamámos o Plano Mar Portugal, que é exactamente um plano de acções que visam a execução da Estratégia do Mar. O Plano Mar Portugal foi desenvolvido, atendendo aos programas necessários para o desenvolvimento da Estratégia, do que está no programa do Governo e daquilo que está no estudo do hypercluster do Mar. E há


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várias áreas que têm de ser desenvolvidas, há um trabalho que compete ao Estado, ao poder público, mas há um trabalho que compete à sociedade civil, que compete aos empresários. Por exemplo, o trabalho de sensibilização compete ao Estado mas

"As universidades e os centros de investigação estão no caminho certo" também compete à sociedade civil. O trabalho que a Forum Estudante faz com o Guia e com a Semana Tanto Mar é um exemplo do que a sociedade civil pode fazer, e bem, de execução da Estratégia Nacional para o Mar. O papel do Estado deve residir sobretudo no desenvolvimento do conhecimento e da inovação. Temos de criar condições para que os empresários possam investir no desenvolvimento desses recursos e daí tirar proveitos económicos. Temos que regular para que a actividade preserve o mar. O Estado tem também uma outra preocupação, que é aquilo que eu gostava que acabasse no conceito: um projecto, uma licença.

Um Simplex para o Mar... Precisamente um Simplex para o Mar. Estão a começar a reunir os grupos de trabalho compostos pelos diferentes organismos da administração ligados às actividades marinhas, que visam a construção deste simplex para o mar, que nos conduza ao conceito: “um projecto, uma licença”. Se eu quiser desenvolver um projecto de aquicultura offshore, o que é que tenho de fazer, onde tenho de me dirigir, com a certeza de que, para aquele projecto, vou ter necessidade de uma licença e não de 10 licenças. O importante é que o empreendedor saiba que para desenvolver um determinado projecto precisa de uma única licença. A montante o Estado tem de se organizar. Este é o trabalho mais importante que a administração, o Governo e o Estado podem fazer. Criar condições favoráveis para que as pessoas que se queiram dedicar ao mar, o possam fazer sem encontrar na administração um obstáculo. Já falámos muitas vezes aqui da investigação científica. Parece-lhe que a oferta das universidades e ensino superior se coaduna com as necessidades do mercado? Julgo que esse é um caminho que deve ser feito e onde há concerteza muita coisa a melhorar, mas tenho notado, quer por parte das agências públicas ligadas ao investimento, em particular da Agência para

o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) quer de empresários que querem investir no mar que o têm feito via universidades. Julgo que as universidades e os seus centros de investigação estão claramente no caminho certo. A Marinha tem um papel fundamental na prossecução da Estratégia do Mar. Tem os meios para o fazer? Nós temos uma Marinha muito equilibrada, com capacidade de responder às missões que lhe estão confiadas, quer em termos de patrulhamento da costa, quer em termos de fiscalização, quer em termos de salvamento. No domínio da investigação, a Marinha tem um dos mais prestigiados institutos do mundo nesta área (o Instituto Hidrográfico), que tem sido um suporte fundamental para, por exemplo, o projecto de Extensão da Plataforma Continental e é também um instrumento fundamental de apoio à política externa do Estado Português. Também nesta área do mar, onde estamos a iniciar o desenvolvimento de novos programas de cooperação com os países de língua portuguesa, a Marinha tem um papel muito importante, juntamente com a Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar. A Marinha é uma boa saída profissional? Claro que sim. As Forças Armadas são uma boa saída profissional.


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Em onda d É tempo de começares a preparar o teu futuro. A escolha da tua profissão é uma importante decisão que tens de tomar e este Guia pode ser uma preciosa ajuda. O Mar representa, cada vez mais, não apenas a reafirmação de Portugal como uma nação marítima à escala global mas fundamentalmente um domínio de grande importância para o desenvolvimento económico do País. E o teu futuro profissional pode passar por aqui. Mas para alcançar este e outros objectivos na tua vida, não basta querer. A Caixa dá-te uma ajuda. O génio da lâmpada até pode realizar alguns desejos, mas se queres fazer o teu dinheiro crescer, o melhor é começares a poupar. No site www.saldopositivo.cgd.pt encontras informações que te ajudam a gerir a tua vida financeira. Queremos que tenhas decisões conscientes, realistas e enquadradas na realidade. És tu e só tu, dia após dia, mês após mês, que decide os destinos do teu dinheiro. Ser capaz de poupar é uma grande qualidade, é sinal de inteligência, responsabilidade e visão orientada para o futuro. Descobre qual das Soluções de Poupança Jovem da Caixa te dá mais vantagens para começares a preparar o teu futuro. Caixa PopNet 3M, 6M e 12M O Caixa PopNet é um Depósito a Prazo online com uma remuneração bastante atractiva e com liquidez. Oferece uma boa taxa de juro e a possibilidade de teres as poupanças sempre à tua disposição para qualquer eventualidade. Tens a possibilidade de constituir o Caixa PopNet por um montante mínimo de €250 e um montante máximo de €25.000 pelo prazo de 90 dias (Caixa PopNet 3M), 181 dias (Caixa PopNet 6M) e 365 dias (Caixa PopNet 12M). O Caixa PopNet está apenas disponível para constituição no Caixadirecta on-line e tem renovação automática por período idêntico ao inicialmente contratado.

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~ publireportagem ~

de poupar? A Caixa vai continuar a promover e apoiar iniciativas que permitam desenvolver a economia da maior zona económica exclusiva da União Europeia: o mar português. Caixaprojecto Esta é a conta que te acompanha sempre até aos 25 anos. Para pores de lado sempre que tenhas aquele dinheiro a mais ou quando quiseres simplesmente começar a poupar. Podes abrir a tua conta com €125 e fazer reforços quando te apetecer, a partir de €50. Podes depois movimentar as tuas poupanças em qualquer altura. Só terás penalização de juros se as levantares fora das datas de pagamento / renovação da tua conta (semestralmente). A partir do 2º ano e sucessivamente até ao 5º ano, a taxa da tua conta Caixaprojecto é acrescida de um bónus anual até ao máximo de 0,25%. Como os juros são adicionados semestralmente ao saldo, a tua conta está sempre a crescer. Crediformação O caminho para o teu sucesso profissional passa também pelo investimento que fazes na tua formação. Para alcançares a tua profissão de sonho vais precisar de formação académica ou profissional. Para isso podes começar já a poupar mas, se não bastar, conta com a Caixa para financiar os teus estudos, em Portugal ou no Estrangeiro, com opções ajustadas às tuas necessidades. Podes pedir financiamento Crediformação* para custos relacionados com Licenciaturas, Pós-graduações, Especializações, Mestrados, MBA, Doutoramentos ou simplesmente para equipamento informático ou qualquer outro tipo de material associado à formação.

Para estudar em Portugal o empréstimo vai de €5.000 até €30.000 (no estrangeiro até €50.000), com prazo máximo de 14 anos. Durante a frequência do curso, e até 2 anos após a conclusão, podes pagar só os juros e só depois é que liquidas a dívida (capital e juros), para que tenhas tempo para te integrar no mercado de trabalho. Outra boa notícia é que se tiveres boas notas, a taxa de juro reduz. Porque queremos premiar os bons alunos. Faz as tuas escolhas profissionais e conta com a Caixa para te apoiar, qualquer que seja a tua decisão.

Para mais informações, consulta www.cgd.pt, liga 707 24 24 24 (24horas por dia / todos os dias do ano) ou dirige-te a uma Agência da Caixa. *TAEG de 5,0%, calculada com base na Euribor 3M + 3,00%, em Fevereiro de 2011, para um crédito de €12.000, com reembolso a 60 meses. Exemplo para operação com finalidade licenciatura numa Instituição de Ensino Superior com Protocolo Caixa e garantia de fiança. Prestação mensal €224,15. Montante total imputado ao consumidor: €13.568,04.


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"O MAR PODE SER UMA SAÍDA PARA ESTA CRISE" A Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar (EMAM) é um dos organismos com maior importância na construção de estratégias para a exploração marítima. A Forum Estudante esteve à conversa com Manuel Pinto de Abreu, responsável da EMAM, para saber mais sobre o funcionamento deste gabinete técnico. Quais são as linhas prioritárias de intervenção da EMAM? Com a fusão da EMAM e da EMEPC numa mesma Estrutura de Missão, no início deste ano, a nova EMAM acumula duas missões distintas: uma no âmbito dos Assuntos do Mar e outra no âmbito da Plataforma Continental. No âmbito da primeira, o principal objectivo centra-se na implementação da Estratégia Nacional para o Mar (ENM), documento lançado pelo Governo em 2006, e que apresenta o roteiro para a uma política marítima transversal aos mais diversos sectores de actividade relacionados com o Mar. Esta ENM assenta em três pilares estratégicos: o conhecimento, o planeamento e o ordenamento espaciais e a promoção e a defesa activas dos interesses nacionais, os quais sustentam as acções estratégicas e as medidas que concretizam a política nacional para o mar. No conhecimento, é notório o esforço assumido pelo país em campanhas oceanográficas que nos permitirão conhecer melhor o nosso mar e os seus recursos para assim se inferir do seu real valor em termos económicos. Na área do planeamento e ordenamento espaciais, está em fase avançada de elaboração o Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo, o qual irá regular as diversas utilizações existentes e futuras do mar, sendo, assim, o suporte de uma gestão verdadeiramente integrada

do mar. Na promoção e defesa activas dos interesses nacionais, Portugal tem assumido uma postura de participação activa em projectos europeus e internacionais que nos colocam entre os países marítimos com melhores perspectivas de utilização deste recurso. Já no âmbito da Plataforma Continental, a principal linha de actuação tem a ver com a avaliação, por parte da Comissão de Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas, do limite exterior da nossa plataforma continental, tal como foi apresentado. Os trabalhos e estudos continuam, não sendo de excluir que em algumas partes do traçado o resultado passe a ser ainda mais favorável para Portugal.

"O Mar pode tornar-se de novo um dos principais factores de desenvolvimento do País"

Em que é que a relação com o Mar pode ser importante para o futuro de Portugal? O Mar pode-se tornar de novo um dos principais factores de desenvolvimento do País e, nessa medida, a nossa relação com ele é inequivocamente da maior importância para o futuro de Portugal. Esta convicção está bem espelhada nas medidas delineadas na Estratégia Nacional para o Mar com vista, nomeadamente, a fomentar a Economia do Mar através das novas tecnologias aplicadas às actividades marítimas. A criação da Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar, e a alteração que conduziu a que a sua presidência seja presentemente do Primeiroministro, são a prova da importância e visibilidade especiais dos assuntos do mar. Por outro lado, a capacidade de pôr a mais moderna tecnologia ao serviço da nossa relação com o Mar será um elemento distintivo entre os países mais dinâmicos e os menos avançados, sendo imperioso que Portugal esteja entre os primeiros nomeadamente no âmbito ciência, da economia, e do interesse estratégico. O investimento no Mar pode ser uma porta de saída para a crise? Certamente que o mar pode ser uma saída para momentos difíceis, em partícular para esta crise que estamos todos a viver. É


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O que tem sido feito para que o Mar seja um projecto nacional? Desde 2006 que Portugal tem uma Estratégia Nacional para o Mar onde estão delineadas as acções estratégicas e as medidas que concretizam a política nacional para o mar. Para além disso, foi aprovado na última reunião da Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar (CIAM), que teve lugar no Forte de S. Julião da Barra a 25 de Setembro último, o Plano Mar Portugal, que é um instrumento para a concretização do potencial estratégico do mar português de uma forma transversal, integrada e concertada, sendo constituído por Programas de Acção e respectivos Projectos, os quais pretendem, no seu conjunto, contribuir para o pleno desenvolvimento cultural, científico, social e económico dos portugueses no âmbito dos assuntos do mar. O Plano Mar Portugal surge naturalmente como um instrumento para a concretização do potencial estratégico do mar no desenvolvimento da economia

Mar, o Relatório, o Hypercluster da Economia do Mar e o Relatório da Comissão Estratégica dos Oceanos. Estes documentos encerram as mais recentes reflexões sobre a importância do mar para Portugal e as correspondentes orientações políticas, tendo sido, a partir deles, identificadas as actividades e as áreas de acção estratégica que no seu conjunto definem o espectro dos Assuntos do Mar, bem como as linhas de acção e os objectivos estratégicos essenciais à realização do seu potencial. De que forma Portugal pode aproveitar de uma forma mais eficaz os recursos dos oceanos? Embora a prospecção de recursos no mar seja muito onerosa para privados, ela pode perfeitamente ser realizada — sobretudo a bioprospecção — co-lateralmente no quadro de cruzeiros de investigação e das campanhas oceanográficas realizadas no âmbito dos cruzeiros do Projecto de Extensão da Plataforma Continental. Esta politica tem sido seguida desde 2007 pela antiga EMEPC, actual EMAM, através do envolvimento de investigadores multidisciplinares nos trabalhos em questão. A colecção de dados hoje existente na

EMAM compreende cerca de 5000 amostras do mar profundo (águas, sedimentos, biodiversidade) que têm sido potenciadas no quadro de projectos de investigação. Pretende-se igualmente estudar o potencial destas amostras no quadro da biotecnologia azul tendo em vista a criação de produtos com aplicação nas ciências médicas, indústrias e cosméticas. No quadro das energias renováveis, e em articulação com o Plano do Ordenamento do Espaço Marítimo, deverão ser instituídos locais de monitorização permanente para estabelecer com maior resolução espacial e temporal os regimes de ondulação e ventos, podendo esta necessidade ser colmatada através da instalação de observatórios marinhos. As profissões relacionadas com o Mar são profissões de futuro? Se queremos fazer do Mar um desígnio nacional, é imperativo que este esteja na base de saídas profissionais aliciantes para as gerações mais jovens. Neste âmbito, Portugal está a apostar claramente em áreas como a prospecção e exploração mineiras, a biotecnologia azul e a biologia marinha, o transporte marítimo e as energias renováveis.

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imperioso fomentar esta parceria entre os portugueses e este valioso e decisivo recurso que temos à nossa disposição. É por isso que o empenho de todos no regresso ao mar tem de ser completo e inequívoco, nomeadamente por parte dos investidores. A adesão do investimento às actividades marinhas e marítimas dependerá de como for levada a cabo a divulgação e a promoção do mar e das suas potencialidades.

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA LICENCIATURAS Biologia Marinha Ciências do Mar MESTRADOS Aquacultura e Pescas Biodiversity and Marine Conservation (1) Biologia Marinha Ecohydrology (1) Oceanografia DOUTORAMENTOS

"É imperativo que o Mar esteja na base de saídas profissionais aliciantes para os mais jovens"

Ciências do Mar Ciências do Mar, da Terra e do Ambiente Marine and Coastal Management (2) Marine Ecosystem Health and Conservation (2) (1) Mestrado Erasmus Mundus (2) Curso Europeu

portuguesa. Atento o universo de documentos que poderiam melhor servir como ponto de partida para a elaboração do plano Mar Portugal, foram tomados como enformadores o Programa do XVIII Governo Constitucional, a Estratégia Nacional para o Universidade do Algarve | Faculdade de Ciências e Tecnologia | Campus de Gambelas | 8005-139 Faro Tel.: 289 800 905 | Fax: 289 800 066 | fct@ualg.pt | www.fct.ualg.pt


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ENTREVISTA AO PRESIDENTE DA CÂMARA DE PENICHE, DR. ANTÓNIO JOSÉ CORREIA

PENICHE Capital da Onda

Peniche afirma-se como concelho-líder de um cluster do Mar. O que está a ser feito para isso? Temos tido acima de tudo uma posição muito pró-activa em diversos domínios da dimensão MAR, a qual foi inclusive reconhecida recentemente pelo Presidente da República como sendo um caso de referência a nível nacional. Face à especificidade local, o nosso território possui enormes potencialidades ao nível da pesca, dos recursos marinhos, do turismo, das energias renováveis e do património natural, histórico e cultural. Mas para que as potencialidades possam gerar mais valias para o território, definimos a “Estratégia Municipal para o Mar” baseada em 6 acções estratégicas: 1 ‐ Sensibilização e Mobilização da Sociedade para a Importância do Mar; 2 – Promoção do ensino e divulgação nas escolas de actividades ligadas ao Mar; 3 ‐ Planeamento e ordenamento espacial das actividades; 4 ‐ Protecção e recuperação dos ecossistemas marinhos; 5 ‐ Fomentar a Economia do Mar e 6 ‐ Apostar nas novas tecnologias aplicadas às actividades marítimas. As 6 acções estratégicas, assim como as medidas

constantes em cada uma, constituem a Estratégia Nacional para o Mar aprovada em Conselho de Ministros no dia 16 de Novembro de 2006 (Dia Nacional do Mar), a qual foi adoptada a nível municipal como linha orientadora da sua intervenção nesta área. As actividades do Porto de Peniche vão gerar novas oportunidades de emprego? Em que áreas? O Porto de Peniche é de extrema relevância a nível regional e nacional, estando neste momento em curso por parte do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) um estudo que conduzirá ao reordenamento da bacia portuária. Com esta alteração, irão ser criadas condições para o surgimento de novas actividades económicas relacionadas nomeadamente com a náutica de recreio e turismo. Actualmente, assiste-se no porto de Peniche ao surgimento de novas actividades económicas. Há menos de um ano foi inaugurada uma unidade de transformação de pescado fresco que abastece uma rede de grandes superfícies comerciais, estando igualmente projectada a construção de um

entreposto de marisco vivo. Estes dois exemplos em concreto serão geradores de emprego no âmbito do processamento e controlo de qualidade de pescado. No âmbito do concurso “Sistema de Apoio a Infra-Estruturas Científicas e Tecnológicas” do Programa Mais Centro (QREN), o Instituto Politécnico de Leiria viu aprovada a candidatura do “CETE MARES – Centro de I&D, formação e divulgação do conhecimento marítimo”. Trata-se de um projecto que visa a construção de uma infraestrutura de apoio às actividades científicas relacionadas com os recursos marinhos, que localizar-se-á dentro da área da Bacia Portuária. Prevê-se que a construção deste equipamento esteja concluída em 2013, sendo uma mais valia inegável para o Porto de Peniche e criará condições para o empregabilidade de quadros superiores. Peniche tem feito uma grande aposta no turismo relacionado com desportos marítimos, nomeadamente, o surf. Que impacto é que já tem na vida do concelho esse filão? Um dos impactos mais visíveis é o facto de Peniche ser definitivamente reconhecido


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como sendo a “Capital da Onda”, reconhecimento sustentado nas condições naturais de qualidade mundial para a prática de surf ao mais alto nível, na organização de uma das etapas do World Tour (Rip Curl Pro Portugal) e na construção do “Centro de Alto Rendimento do Surf”. Estes aspectos contribuem para o aumento significativo de atractividade do nosso território, reflectindo-se não só ao nível de um maior afluxo de visitantes fora da época alta, mas também nas intenções de investimento e compra de 2ª habitação. Está também instalada no concelho uma das Escolas Superiores que Portugal tem com especialização das Tecnologias do Mar. Que importância lhe atribui? A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Instituto Politécnico de Leiria (ESTM-IPL), possui duas grandes áreas de formação – Turismo e Tecnologia aplicada aos recursos marinhos, a qual reconheço como sendo de extrema importância para o concelho de Peniche e Região Oeste. Fruto do seu crescimento em termos de

“A comunidade académica da ESTM assume actualmente uma grande importância para a economia local, o que por si só justifica o facto de a Câmara Municipal de Peniche desenvolver todos os esforços possíveis para que os estudantes se sintam bemvindos a Peniche.” número de alunos e investigadores, nos tempos mais recentes tem vindo a envolver-se na promoção do desenvolvimento local e regional. A formação de profissionais das duas áreas referidas anteriormente é igualmente importante para o tecido económico, para a prestação de serviços e transferência de conhecimento para a indústria e para o aumento do conhecimento em torno dos recursos marinhos. A importância que o Município de Peniche tem dado à ESTMIPL é expressa em 3 milhões de euros de envolvimento na sua instalação para além da criação de condições para a consolidação do seu projecto educativo que julgamos ser extremamente importante para esta região. Temos vindo a apoiar um conjunto significativo de

iniciativas promovidas pela ESTM-IPL e conjuntamente com outros parceiros, entre os quais se destacam a Revista Forum Estudante e a ESTM-IPL, organizamos desde o ano de 2010 a Academia de Verão denominada “Semana Tanto Mar”. Nas novas perspectivas de futuro, coloca-se a questão da energia, nomeadamente da energia das ondas. Há projectos na calha nesse domínio? O Município de Peniche, juntamente com vários parceiros tecnológicos europeus, integra um consórcio internacional que submeteu uma candidatura ao Sétimo Programa Quadro de Investigação e Desenvolvimento da União Europeia. Essa candidatura obteve um financiamento de 3 milhões de euros para a realização de um projecto demonstração da tecnologia

“Waveroller”. O projecto SURGE teve início no 1º semestre de 2010 e visa a instalação de uma unidade de demonstração de 300 kw a norte da praia da Almagreira , curiosamente muito próximo do local para onde esteve projectada em 1975-76 a instalação de uma central nuclear. O envolvimento de vários parceiros tecnológicos europeus e nacionais tais como o Grupo Lena e os Estaleiros Navais de Peniche, contribuirá para o aprofundamento do conhecimento científico e optimização desta tecnologia que visa o aproveitamento das ondas de fundo. De referir que este projecto envolve um investimento total de 5 milhões de euros. Estamos também a acompanhar e fazer a intermediação para o teste de uma outra tecnologia da empresa portuguesa Sea For Life. Esta outra dimensão reforça a marca “PENICHE-CAPITAL DA ONDA”


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como sendo a “Capital da Onda”, reconhecimento sustentado nas condições naturais de qualidade mundial para a prática de surf ao mais alto nível, na organização de uma das etapas do World Tour (Rip Curl Pro Portugal) e na construção do “Centro de Alto Rendimento do Surf”. Estes aspectos contribuem para o aumento significativo de atractividade do nosso território, reflectindo-se não só ao nível de um maior afluxo de visitantes fora da época alta, mas também nas intenções de investimento e compra de 2ª habitação. Está também instalada no concelho uma das Escolas Superiores que Portugal tem com especialização das Tecnologias do Mar. Que importância lhe atribui? A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Instituto Politécnico de Leiria (ESTM-IPL), possui duas grandes áreas de formação – Turismo e Tecnologia aplicada aos recursos marinhos, a qual reconheço como sendo de extrema importância para o concelho de Peniche e Região Oeste. Fruto do seu crescimento em termos de

“A comunidade académica da ESTM assume actualmente uma grande importância para a economia local, o que por si só justifica o facto de a Câmara Municipal de Peniche desenvolver todos os esforços possíveis para que os estudantes se sintam bemvindos a Peniche.” número de alunos e investigadores, nos tempos mais recentes tem vindo a envolver-se na promoção do desenvolvimento local e regional. A formação de profissionais das duas áreas referidas anteriormente é igualmente importante para o tecido económico, para a prestação de serviços e transferência de conhecimento para a indústria e para o aumento do conhecimento em torno dos recursos marinhos. A importância que o Município de Peniche tem dado à ESTMIPL é expressa em 3 milhões de euros de envolvimento na sua instalação para além da criação de condições para a consolidação do seu projecto educativo que julgamos ser extremamente importante para esta região. Temos vindo a apoiar um conjunto significativo de

iniciativas promovidas pela ESTM-IPL e conjuntamente com outros parceiros, entre os quais se destacam a Revista Forum Estudante e a ESTM-IPL, organizamos desde o ano de 2010 a Academia de Verão denominada “Semana Tanto Mar”. Nas novas perspectivas de futuro, coloca-se a questão da energia, nomeadamente da energia das ondas. Há projectos na calha nesse domínio? O Município de Peniche, juntamente com vários parceiros tecnológicos europeus, integra um consórcio internacional que submeteu uma candidatura ao Sétimo Programa Quadro de Investigação e Desenvolvimento da União Europeia. Essa candidatura obteve um financiamento de 3 milhões de euros para a realização de um projecto demonstração da tecnologia

“Waveroller”. O projecto SURGE teve início no 1º semestre de 2010 e visa a instalação de uma unidade de demonstração de 300 kw a norte da praia da Almagreira , curiosamente muito próximo do local para onde esteve projectada em 1975-76 a instalação de uma central nuclear. O envolvimento de vários parceiros tecnológicos europeus e nacionais tais como o Grupo Lena e os Estaleiros Navais de Peniche, contribuirá para o aprofundamento do conhecimento científico e optimização desta tecnologia que visa o aproveitamento das ondas de fundo. De referir que este projecto envolve um investimento total de 5 milhões de euros. Estamos também a acompanhar e fazer a intermediação para o teste de uma outra tecnologia da empresa portuguesa Sea For Life. Esta outra dimensão reforça a marca “PENICHE-CAPITAL DA ONDA”


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Testemunho

Arqueólogo Se és apaixonado pelo mundo subaquático, pelo passado de antigas civilizações, pelo mergulho e tens perfil para encarar os desafios de frente, esta profissão é a tua cara. É um trabalho entusiasmante, que te vai deixar de olhos a brilhar com a descoberta de vestígios dos teus antepassados.

Conversámos com vários arqueólogos subaquáticos e concluímos que todos se sentem profissionalmente realizados, porque fazem diariamente aquilo que gostam e trabalham na área para a qual se formaram. Ao fim de muitos anos nesta área, o Prof. Francisco Alves, da Divisão Arqueologia Náutica e Subaquática do IGESPAR, conta-nos que o mergulho é uma das melhores actividades, na arqueologia subaquática, “Um arqueólogo tem que ter “olhos para ver” as peças, no fundo do mar. Um simples mergulhador pode nem reparar num objecto que o arqueólogo identifica imediatamente.” A Dra. Luísa Blot, arqueóloga responsável pelas investigações do navio espanhol, San Pedro de Alcântara, naufragado junto a Peniche, confirma que “uma das melhores sensações é mergulhar num navio naufragado e imaginar toda a sua história.” No entanto, como em tudo, é preciso ser muito paciente e cuidadoso. Esta profissão implica muito estudo e trabalho de pesquisa bibliográfica e histórica. O Dr. António Fialho aconselha-te a “ter a perfeita noção das dificuldades que irás encontrar nesta profissão, porque apesar de ser uma profissão aliciante, precisa de muita motivação e perseverança”

Texto: Madalena Castelo Branco Descrição da profissão O Arqueólogo subaquático estuda o passado do Homem na sua relação com o meio aquático e procura conhecer as sociedades do passado através de vestígios por elas deixados. Em locais relacionados com mar, rios ou lagos e também áreas terrestres com passado náutico, os arqueólogos têm um papel essencial e contribuem para um melhor conhecimento histórico e social, não só de Portugal, mas de toda a Humanidade. As suas actividades, além do mergulho, passam pela documentação, investigação e conservação dos achados e pela intervenção e protecção de vestígios subaquáticos, culminando todo este processo com a divulgação dos resultados obtidos. É por esta diversidade que a profissão se torna tão entusiasmante. Por vezes, são chamados para identificar achados fortuitos, encontrados na praia por acaso, por pescadores ou mergulhadores. Fica atento, nunca se sabe o que é que te pode vir parar às mãos! Saídas Profissionais Empresas de Arqueologia – empresas contratadas para uma obra (todas as obras precisam de um acompanhamento

arqueológico). O arqueólogo subaquático é chamado para obras relacionadas com dragagens ou intervenções no subsolo. Trabalha em todos os meios que envolvam água, seja mar, rio, ou lagos. Cursos de acesso à profissão Não há nenhum curso específico para se ser arqueólogo subaquático. Aquilo que podes fazer é tirar uma Licenciatura nas áreas de História, com especialização em Arqueologia ou tirar uma Licenciatura em Arqueologia. Já há dois cursos em Portugal que oferecem disciplinas de Arqueologia Marinha: › Licenciatura em Arqueologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa › Licenciatura em História da Universidade Autónoma de Lisboa Depois da Licenciatura, tens as seguintes especializações: › Mestrado em História da Náutica e Arqueologia Naval, na Universidade Autónoma de Lisboa › Pós-Graduação em Arqueologia Subaquática, na Universidade Autónoma de Lisboa, em parceria com o Instituto Politécnico de Tomar Não te esqueças, o curso de mergulhador é também um requisito obrigatório!

Análise SWOT PONTOS FORTES › Participação em projectos reais, mesmo durante a formação › Compensações pessoais pela descoberta › Trabalho por gosto, por vocação PONTOS FRACOS › Trabalho muito dependente das condições meteorológicas e do mar › Nem sempre o trabalho é entusiasmante (trabalho de gabinete) › Risco de acidentes OPORTUNIDADES › Área com recente reconhecimento a nível nacional, mas com crescente importância › Trabalho de intercâmbio e cooperação a nível internacional – Brasil, Índia, PALOP’s AMEAÇAS › Dificuldade em obter financiamento para todos os projectos › Pouca oferta de formação – pessoas vão para fora e por lá ficam


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Testemunho É verdade que Portugal é um laboratório natural para o estudo da Biologia Marinha, pela sua riqueza de recursos, disso não há dúvidas! No entanto, o Prof. Sérgio Leandro, da Escola Superior de Turismo e Tecnologias do Mar, é mais audaz e aconselha todos os seus alunos a investirem na sua formação após a licenciatura: “É preciso arriscar, ter espírito aventureiro e pró-actividade. Não devem ficar à espera que o emprego venha ter com eles só porque terminaram a formação académica”. Para além disso, relembra que “marcar a diferença pela positiva pode ser crucial nesta profissão. O estudante deve escolher diferentes disciplinas durante o curso, de diferentes áreas da biologia, e saber um pouco de tudo. Deve igualmente ser participativo ao ponto de ir a formações, congressos e de procurar projectos de investigação nos quais possa participar e dar um contributo activo.”

Análise SWOT PONTOS FORTES › Não há rotina diária, sendo as funções desempenhadas muito diferentes › Recompensa emocional por fazer aquilo que se gosta › Relação de proximidade com o Mar e espírito de aventura PONTOS FRACOS › Falta de investimento, por parte do Estado ou privados, porque implica recursos materiais com custos elevados › Recém-licenciados chegam ao mercado de trabalho com pouca maturidade profissional OPORTUNIDADES › Localização estratégica de Portugal, devido à enorme zona costeira › Parceria com a União Europeia, que permite intercâmbios de profissionais e de conhecimentos, bem como a criação de uma rede de Instituições Europeias. › Integrar um projecto de investigação durante o curso e ir ganhando experiência profissional › Crescimento dos mercados da Aquacultura e Aquariofilia Ornamental AMEAÇAS › Fraca empregabilidade em algumas áreas, a nível nacional › Falta de investimento por parte do Governo

Biólogo Marinho És fascinado pela vida animal, em especial pelos seres que vivem na água? Sempre quiseste saber mais e estudar o modo de vida e o funcionamento destes animais? Como Biólogo Marinho, poderás tornar-te um especialista nesta área, estudando desde os golfinhos do Sado até aos corais dos lugares mais exóticos. Texto: Sara Las Cunha Descrição da profissão Partindo da premissa que a Biologia estuda a vida dos seres vivos, a Biologia Marinha é o ramo desta ciência que estuda os organismos que vivem nos ecossistemas aquáticos, principalmente em águas salgadas, bem como a relação de cada um deles com o ambiente em que habita. Saídas profissionais A licenciatura em Biologia Marinha tem como objectivo formar recursos humanos que possam responder à aposta estratégica de Portugal nas temáticas do Mar como a biotecnologia marinha, a exploração racional dos recursos marinhos, a aquacultura e as pescas. › Técnicos especializados em Parques Naturais, Reservas Marinhas, Aquários, Parques Oceanográficos e Zoológicos e empresas de pesca e de aquacultura › Assessores/consultores de empresas na área do ambiente marinho. › Assistentes de investigação integrados em equipas de Investigação e

Desenvolvimento de Institutos, Centros de Investigação e Laboratórios de Estado. › Empresários em áreas de inovação tecnológica, produtos naturais e ecoturismo. › Técnicos superiores de Serviços de Ambiente da Administração Local e Central. › Formadores na área da Biologia Marinha integrados em equipas de Educação Ambiental. Cursos de acesso à profissão › Licenciatura em Biologia Marinha na Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade do Algarve › Licenciatura em Biologia Marinha e Biotecnologia na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche, do Instituto Politécnico de Leiria


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Profissões Testemunho

Comandante da Marinha Mercante Gostas de te imaginar à frente do leme de um grande navio, sonhas em conhecer novos países e culturas e imaginas-te sempre no comando das situações? Nesse caso, se fores igualmente responsável e trabalhador, a Marinha Portuguesa dá-te a oportunidade de enveredar por esta profissão. Texto: Sara Las Cunha Descrição da profissão O Comandante é a mais alta autoridade a bordo de um navio. Este é o representante legal do Armador (proprietário do navio) que se compromete a levar a embarcação até ao destino final, tendo à sua responsabilidade a carga e/ou os passageiros transportados. O Comandante ocupa-se das tarefas administrativas relativas aos regulamentos internacionais, ao controlo e à actualização dos documentos oficiais, efectua a ligação entre o armador, o afretador, o agente marítimo e as autoridades marítimas e ainda supervisiona todo o trabalho do Imediato e do Engenheiro de Máquinas Marítimas, devendo as decisões mais importantes passar sempre por ele. Nos grandes navios, o comandante pode delegar as suas responsabilidades de Quarto de Navegação a outros oficiais. No entanto, ele deve estar sempre presente na ponte de comando do navio nas chegadas e partidas dos portos e nas passagens difíceis.

Saídas profissionais Com a Formação em Pilotagem, os alunos ficarão aptos para desempenhar os seguintes cargos: › Oficial Piloto da Marinha Mercante Nacional e Internacional › Quadro Superior para a chefia e gestão no sector dos Transportes Marítimos (Operações Portuárias, Inspecção Marítima, Superintendente de Armamento Piloto da Barra, Controlo de Tráfego Marítimo, Construção Naval, Agências Marítimas, entre outros) › Oficial Chefe de Quarto de Navegação › Imediato e Comandante da Marinha Mercante Cursos de acesso à profissão Licenciatura e Mestrado em Pilotagem, na Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, em Paço d’Arcos, Oeiras.

Há quem ainda olhe para os “Homens do Mar” como os boémios desta vida, que conhecem o mundo e têm uma namorada em cada porto. Mas, apesar dos oficiais portugueses serem bastante conceituados no estrangeiro devido ao seu profissionalismo, nem tudo são rosas, conta-nos o Comandante da Marinha Mercante, João de Deus. “É preciso ter estofo para passar grande parte da vida a bordo, num espaço limitado, rodeado de mar. Os enjoos, as tempestades em alto mar e as saudades da família comprometem a motivação de muitos. Há que estar preparado para enfrentar todo o tipo de obstáculos.” Para os mais aventureiros, no entanto, os ganhos vão mais para além disso: “São as viagens e as histórias que trazemos para contar que fazem tudo valer a pena. Quem sabe se não é numa destas paragens que têm oportunidade de visitar os lugares mais belos e exóticos que já viram, ou então de encontrar o vosso verdadeiro amor num desses portos?”, termina entre sorrisos lembrando, com saudade, a sua própria história.

Análise SWOT PONTOS FORTES › Viajar bastante e conhecer locais que de outra maneira seria difícil › Bom ordenado, comparando com profissões mais recorrentes › Forte sensação de aventura, quando se tem o espírito PONTOS FRACOS › Ficar muito tempo sem ver a família › As más condições climatéricas, como tempestades e mau tempo › Os enjoos e as longas temporadas confinadas no mesmo sítio sem ver terra OPORTUNIDADES › Forte expansão dos mercados estrangeiros › É uma profissão com futuro, uma vez que grande parte do comércio internacional é feito por vias marítimas › Estão a abrir mais locais de trabalho em terra para oficiais da marinha, com tarefas ligadas ao mar AMEAÇAS › Aumento do preço dos combustíveis › Redução dos postos de trabalho, devido ao avanço tecnológico › Falta de oportunidade de integração dos oficiais recém formados, uma vez que os armadores nacionais preferem manter as suas equipas fixas


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Profissões Testemunho

Engenheiro de Máquinas Marítimas Imagina um navio de grandes dimensões, no qual farás uma viagem longa a um qualquer destino paradisíaco, mas com a pequena diferença de que tudo na embarcação depende de ti. Tudo, mesmo. Se fores oficial de máquinas, podes fazer isso e muito mais! Texto: Nelson Nunes Descrição da profissão A função deste especialista baseia-se em controlar todos os equipamentos de que dependa o funcionamento total do navio, sejam motores (que fazem andar a embarcação), bombas de óleo ou água, geradores (que criam energia eléctrica ou vapor), e até equipamentos eléctricos indispensáveis à vida a bordo, como frigoríficos, iluminação, aquecimento e equipamento de cozinha, entre outros. Além disso, o oficial de máquinas ainda supervisiona e faz vistorias aos equipamentos, verifica os consumos do navio e ainda faz listas sobre as peças que são precisas substituir. Saídas profissionais Existem muitas saídas profissionais para a marinha mercante portuguesa e internacional, e a procura de oficiais de máquinas é enorme: nesta altura, são precisos cerca de 40 mil oficiais de máquinas, em todo o mundo.

Cursos de acesso à profissão Nesta altura, em Portugal, o curso de Engenharia de Máquinas Marítimas existe apenas na Escola Náutica Infante D. Henrique, em Oeiras. Mas possui todas as condições para alunos de todo o país, incluindo alojamento, piscina e cantina, entre outras funcionalidades. Além disso, há ainda vagas para alunos que queiram estudar em regime pós-laboral. Para concorrer, basta fazer o procedimento normal de um aluno que queira seguir a vida académica, com a particularidade de precisar de 9,5 valores de média de acesso e ter Matemática ‘A’ como disciplina específica. No entanto, é importante referir que a Escola Naval da Marinha Portuguesa tem um curso que, de certa forma, se equipara ao da Escola Náutica, denominado de Engenharia Naval, com as variantes de Mecânica de Armas e Electrónica. Porém, para entrar na Escola Naval, o acesso terá de ser feito por via militar e permanecer na Marinha durante, pelo menos, oito anos.

O Professor Luís Baptista, Presidente do Departamento de Engenharia Marítima, do qual depende o curso de engenharia de máquinas marítimas na Escola Náutica Infante D. Henrique, ajudou-nos a perceber por que razão é aliciante tirar esta licenciatura. Ele próprio tirou o curso e andou no mar durante oito anos, depois de ter sabido da existência da escola náutica, em Oeiras, “através de um amigo que me incentivou a vir para cá”. Este instituto é o único a formar oficiais de máquinas em Portugal e está na lista das melhores da Europa a educar estes especialistas. E, como em todos os empregos, há dias bons e dias… menos bons. Como nos conta o Professor Luís Baptista, “um dia terrível é quando temos uma avaria inesperada cheia de aborrecimentos e termos de passar o dia todo lá em baixo a resolver os problemas”. E também não é fácil ter de trabalhar naquelas condições, em que o ar não é puro e o barulho incomoda. Mas tudo compensa quando chegam “aqueles dias fantásticos, como eu já vivi, em que está tudo a funcionar perfeitamente e estamos a apreciar a vista no Canal do Panamá ou nas Caraíbas”.

Análise SWOT PONTOS FORTES › Várias oportunidades para viajar e conhecer novos países, possibilidade de trabalhar em companhias internacionais e garantia de remunerações muito gratificantes (estágios de 1200 euros/mês e contratos profissionais de 2750 euros/mês, em média). As candidaturas são abertas a rapazes e raparigas. PONTOS FRACOS › Longas estadias no mar (normalmente, as saídas duram entre um e dois meses); › Trabalho muito exigente do ponto de vista da concentração. OPORTUNIDADES › Este é um negócio em clara expansão, nomeadamente com o crescimento das companhias de cruzeiros. Há uma grande procura de oficiais de máquinas por parte das companhias de marinha mercante. AMEAÇAS › Os oficiais de máquinas possuem imensas ofertas de trabalho em terra, pela sua elevada qualificação e pela aptidão que têm em trabalhar com máquinas muito variadas. É fácil cair na tentação de deixar a vida marítima.


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Testemunho Numa troca de ideias com Fernanda Pereira da Silva do Gabinete de Comunicação e Marketing do Porto de Lisboa, foi sublinhada a importância da gestão portuária como uma actividade fundamental para o país, que exige profissionais especializados e que proporciona uma grande abertura ao exterior, com frequentes contactos com profissionais de vários países. Esta é uma profissão que te traz satisfação pessoal e profissional, pelo contributo que darás para o desenvolvimento dos transportes marítimos e portuários em Portugal, além do impacto positivo no volume do comércio que o país faz com o estrangeiro. Se gostas de estar perto do Mar e se gostarias de perceber melhor todas as mais-valias que um porto traz a uma cidade, a Gestão Portuária pode ser o teu futuro.

Gestor Portuário Análise SWOT PONTOS FORTES › Profissão com expressão cada vez maior, num mercado importante para a economia nacional; › Sector com elevadas perspectivas de progressão profissional; › Variedade de saídas profissionais e de ramos de actividade em que podes trabalhar PONTOS FRACOS › Não existem ainda muitos profissionais qualificados especificamente neste sector OPORTUNIDADES › Perspectivas animadoras devido à tendência da promoção da eficiência portuária, que é um factor decisivo para aumentar a competitividade nacional; › As cadeias logísticas são cada vez mais importantes para o desenvolvimento de negócios e para a globalização da economia mundial; › Os portos concentram nas suas infraestruturas a circulação de cerca de três quartos do comércio internacional AMEAÇAS › Situação económico-financeira precária do país, que pode levar à diminuição da actividade portuária

Tens curiosidade em saber o que se faz num porto? Gostavas de contribuir para o aumento das exportações do país? Coloca-te na linha da frente e informa-te sobre a Gestão Portuária! Texto: Tiago Belim Descrição da profissão Um gestor portuário participa nas decisões e planificações de várias áreas da gestão de serviços portuários, desde a componente comercial, passando pela manutenção de toda a rede de transportes, à recolha e tratamento da informação interna e externa das várias organizações afectas ao porto, culminando na gestão dos recursos humanos ligados às actividades portuárias. Seres gestor portuário é estares orientado para os desafios que se colocam às empresas do sector marítimo-portuário, dos transportes e da cadeia logística, com vista à globalização da economia mundial. Estás, portanto, apto a trabalhar no seio de empresas de logística portuária, de importação e exportação, de transportes, bem como em agências marítimas, nas administrações portuárias, etc. Saídas profissionais › Comercialização de serviços portuários; › Manutenção e comercialização da rede multimodal de transportes; › Gestão da informação interna e externa das organizações; › Gestão de recursos humanos nas várias funções portuárias.

Cursos de acesso à profissão Formação específica em Port Management › Instituto Superior Técnico › Escola Superior Náutica Infante D. Henrique Licenciatura em Gestão das Actividades Marítimas e Portuárias › Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração Mestrado em Gestão Portuária › Escola Superior Náutica Infante D. Henrique › Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração Pós-Graduação em Gestão do Transporte Marítimo e Gestão Portuária › Instituto Superior de Economia e Gestão (Universidade Técnica de Lisboa) Pós-Graduação em Logística e Gestão Portuária › Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração


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Profissões Testemunho

Hidrógrafo Os segredos que os oceanos nos escondem exercem, em muitos, uma forte atracção, mas só alguns se dedicam à sua descoberta. Estes exploradores, aliados incondicionais de todos os navegantes, conhecem e dão a conhecer os relevos do fundo dos oceanos e os mistérios da meteorologia a quem deles necessita. Sabias que a superfície da lua é melhor conhecida que o fundo do mar? Texto: Nelson Nunes Descrição da profissão A hidrografia tem como função estudar o relevo e outras características geológicas do fundo do mar. Por isso, um hidrógrafo trabalha para obter todas essas informações, viajando pelas zonas em que pretende construir verdadeiros mapas subaquáticos. Fá-lo com a ajuda da mais recente tecnologia presente nas embarcações em que trabalha. A ele se deve a recolha de informação que está na base das cartas náuticas, instrumentos fundamentais para quem navega no mar ou nos rios? A acção dos hidrógrafos, é crucial para todos os que fazem do mar a sua vida. Por exemplo, esta ciência ajuda a desenvolver vias de transporte marítimo mais eficazes, dá informações importantes sobre os recursos marinhos, promove a protecção do ambiente e dá ainda uma grande ajuda ao turismo e às obras marítimas (como marinas ou pontes). Saídas profissionais Apesar de, actualmente, ainda existirem poucas saídas profissionais, há cada vez mais procura de profissionais na área da hidrografia. Realça-se no entanto, a riqueza do arquivo de dados já existente, que por si só, permitirá, com o envolvimento das universidades e outros organismos nacionais, uma diversidade elevada de estudos científicos relacionados com o conhecimento do oceano. Tal como noutras áreas a grande oportunidade para os hidrógrafos que começam a trabalhar, ainda é o estrangeiro. Quem quiser seguir uma carreira internacional

e tiver uma paixão pelo mar, pode aproveitar a oportunidade e ganhar experiência lá fora. Cursos de acesso à profissão Para quem quer trabalhar em hidrografia dispõe, em Portugal, de três caminhos possíveis, conferindo diferentes graus de especialização: ser Engenheiro Hidrógrafo, ser Licenciado com especialização em hidrografia ou ser Técnico de Hidrografia. Para a primeira alternativa, o caminho mais completo e exigente, só fazendo uma opção pela carreira militar, ou seja, ingressar na Escola Naval, fazer os 5 anos necessários, passando depois um ano de especialização no Instituto Hidrográfico (IH), após o qual, será necessário frequentar uma especialização em Hidrografia no Canadá ou Estados Unidos da América. Tal como os restantes cursos ministrados na Escola Naval, a saída profissional para o Engenheiro Hidrógrafo está garantida. Para a segunda hipótese é necessário tirar uma qualquer licenciatura nas áreas das ciências ou engenharias (com formação base em matemática e física) e depois tirar uma especialização em Hidrografia (com equivalência a uma pós-graduação) no IH. Para se ser Técnico de Hidrografia basta completar o 12º ano (mais uma vez com as disciplinas de matemática e física) e fazer o Curso Técnico de Hidrografia. Estes cursos, com componentes teóricas e práticas, têm anualmente apenas oito vagas e são reservados a alunos integrados na Marinha. Caso algum aluno civil pretenda

O Capitão-Tenente Hidrógrafo João Paulo Delgado Vicente, contou à Forum Estudante o que o fez embarcar nesta aventura da hidrografia. Na actividade há quase 12 anos, a escolha desta área aconteceu porque “na Marinha é a única especialização que nos permite ter acesso às disciplinas relacionadas com as ciências do mar e, em simultâneo, mantermos uma relação directa com o mar”. Na sua opinião é extremamente interessante trabalhar em missões nos navios hidrográficos e, ao mesmo tempo, manter o contacto com o conhecimento científico necessário para perceber o que se observa. Ser-se responsável por uma missão hidrográfica, é ter a possibilidade de gerir um projecto inovador, completo e apaixonante, que envolve uma equipa de profissionais, meios e equipamentos materiais e, um ambiente sempre em constante mudança e imprevisível: o Oceano. O melhor de tudo é que se fazem “descobertas surpreendentes todos os dias”.

Análise SWOT PONTOS FORTES › Oportunidade de estudar o mar podendo até fazer descobertas pouco convencionais, como barcos afundados ou paisagens belíssimas. › Crescimento do número de organismos privados à procura de hidrógrafos, como os que trabalham com energias renováveis em plataformas marítimas. PONTOS FRACOS › Em Portugal é uma área com algumas restrições no acesso a formação (prioritariamente para militares da Marinha) e na oferta de emprego a civis.. OPORTUNIDADES › Um hidrógrafo com experiência pode, no estrangeiro, conseguir um vencimento bastante bom. Os projectos ligados à extensão e exploração da plataforma continental portuguesa podem vir a criar oportunidades para quem queira ser hidrógrafo. AMEAÇAS › O investimento nacional nesta área está reservado a alguns organismos e institutos. tirar o curso, terá de pedir autorização ao Chefe de Estado-Maior da Armada e pagar, posteriormente, 1500 euros. A especialização é equiparada a uma pósgraduação e é reconhecida pela Organização Hidrográfica Internacional.


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Guia das Escolas & Profissões do Mar 2011

Testemunho

Mergulhador A quem mergulha ouve-se com frequência falar da beleza do silêncio. Há também o desafio das profundidades e a consolação da paz. Mas o mergulho pode ser também o salvamento de pessoas ou a desactivação de bombas. Uma carreira que pode ser civil, mas que em Portugal é ainda, sobretudo, uma opção militar. Descobre onde te pode levar esta escolha. Texto: Madalena Castelo Branco Descrição da profissão A profissão de mergulhador tem vindo a ganhar relevância com a evolução das técnicas de mergulho. Aos mergulhadores é pedido que participem em importantes missões, sobretudo em tempo de paz, mas também em tempo de guerra. Acções como a coordenação e execução de operações de salvamento marítimo, a participação na limpeza de portos e canais de acesso, a destruição e/ou remoção de minas e destroços, a manutenção de navios e as inspecções a edifícios submersos (como as pontes) são algumas das suas actividades do dia-a-dia. Em Portugal, a formação para se ser Mergulhador profissional ainda só está aberta para quem quiser abraçar, também, a vida militar. O Núcleo do Serviço de Mergulhadores, constituído pela Escola de Mergulhadores e pelo Serviço de Mergulho, está integrado na Esquadrilha de Submarinos da Marinha Portuguesa. Tem como responsabilidade a inactivação de engenhos explosivos (bombas ou minas) e respectiva formação, assegurar a reparação e manutenção de todo o equipamento utilizado, desde os navios e submarinos até aos fatos de mergulho. Há mergulhadores profissionais a trabalhar em empresas que se dedicam a inspecções submarinas com fotografia e vídeo, manutenção subaquática de navios e de edifícios, controlo de poluição entre muitas outras actividades.

Saídas profissionais No Serviço de Mergulhadores da Marinha, podes integrar um dos 3 Destacamentos de Mergulhadores Sapadores: › DMS 1 – Responsável por acções de carácter militar, tudo o que estiver relacionado com desactivação de agentes explosivos. › DMS 2 – Responsável por acções de busca e salvamento, em colaboração com outras entidades, bombeiros, GNR. E também pelas acções de cariz civil tais como reparação, filmagem, soldagem dos navios ou dos materiais de navegação, dentro de água. › DMS 3 – Responsável por missões militares no âmbito de guerra de minas. Neste destacamento, os Mergulhadores têm competências para ir até 81 metros de profundidade, com um equipamento de características muito específicas. Para quem conseguiu tirar o curso no estrangeiro é possível prestar serviço como Mergulhador Profissional, com funções relacionadas com o ambiente marinho, tais como obras marítimas, dragagens, complexos industriais, construção e manutenção de emissários submarinos, aplicação de explosivos, aquacultura, hidrografia, operações de salvamento ou qualquer outro tipo de operações relacionado. Cursos de acesso à profissão Para se ser mergulhador profissional em Portugal a única hipótese é a Escola Naval da

Para conhecer melhor esta profissão, fomos até à Base Naval da Marinha, no Alfeite, conversar com o Comandante Duarte da Conceição responsável pelo Serviço de Mergulhadores. “Ser Mergulhador é uma profissão aliciante e auto-motivadora. Na Marinha aprendemos a ser Militares, Mergulhadores e melhores pessoas.” O Comandante deixa o desafio: “A exigência é grande e as condições para permanecer são rigorosas, mas a recompensa pessoal é inigualável. As aventuras que ultrapassamos juntos, desde acções de salvamento num acidente, até à participação em exercícios de resgate de bombas em contextos internacionais, criam um enorme espírito de camaradagem. Na Marinha conhecem-se companheiros para a Vida.”

Análise SWOT PONTOS FORTES › Actividade aliciante e motivante › Sentimento de camaradagem, de “segunda família” › Progresso técnico reconhecido a nível europeu PONTOS FRACOS › Formação profissional em Portugal ainda só disponível para militares › A opção militar tem obrigatoriamente exigência de disponibilidade total › Profissão com ocasiões de risco de vida OPORTUNIDADES › Progressão rápida na carreira (na Marinha) › Pouca concorrência AMEAÇAS › Exclusividade da formação profissional na Marinha mal vista pelos amantes do mergulho civil › Opção de mergulho profissional civil inexistente em Portugal Marinha Portuguesa, a única que oferece uma Licenciatura em Mergulho, com possibilidade de Mestrado Integrado, com uma duração de 3 ou 5 anos, consoante a opção. Neste curso a Escola Naval é coadjuvada pelo Serviço de Mergulhadores da Esquadrilha de Submarinos da Marinha que complementam a formação na sua vertente mais prática. As candidaturas à Escola Naval incluem provas de ingresso ao ensino superior (normalmente matemática ou física) e várias provas de aptidão física.


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Profissões

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Guia das Escolas & Profissões do Mar 2011

Testemunho É imprescindível que um bom Nadador Salvador seja perseverante, bom observador e que tenha uma forte capacidade de improviso, isso é sabido. Mas José Jesus, Nadador Salvador desde 1981 e Formador do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) desde 2000, vai mais longe e afirma que “acima de tudo, um bom Nadador Salvador deve ter a capacidade de sentir amor por qualquer desconhecido, ao ponto de estar disposto, sem hesitar, a arriscar a sua própria vida por essa pessoa sem esperar nada em troca”. Nos conselhos a futuros Nadadores Salvadores, sublinha que o mais importante é a humildade e o respeito por eles próprios, nunca pondo o profissionalismo de lado. “Espero que tenham a capacidade de cuidar bem dos que confiam neles em situação de perigo. Afinal, ser Nadador Salvador, é uma paixão para toda a vida”, termina, com o brilho nos olhos de quem, ainda hoje, se sente contagiado por essa paixão.

Análise SWOT

Nadador Salvador Todos os anos somos confrontados com os números assustadores de pessoas afogadas seja no mar, em rios, lagoas ou piscinas. Normalmente estes acidentes têm em comum a falta de vigilância profissional. Salvar estas vidas seria possível, desde que estivesse perto um nadador salvador. Uma profissão que exige paixão pelo mar, mas também dedicação e grande sentido de responsabilidade. Aceitas o desafio? Texto: Sara Las Cunha Descrição da profissão Nadador Salvador é uma pessoa com formação em Suporte Básico de Vida (SBV), que tem a responsabilidade de informar, prevenir, salvar, resgatar e prestar socorro, em qualquer circunstância, nos locais onde ocorram práticas aquáticas. Saídas profissionais Uma vez certificado pelo ISN, o Nadador Salvador poderá exercer funções em qualquer local onde se realizem práticas aquáticas: › Piscinas Municipais ou Privadas › Praias de Banhos › Áreas concessionadas

Cursos de acesso à profissão É necessário fazer o Curso de Nadador Salvador, certificado pelo Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) e organizado pelas Capitanias Locais, que decorre durante todo o ano, conforme as solicitações de cada Capitania. O curso tem a duração previsível de 29 dias e 135 horas, custando 127 euros a cada candidato a Nadador Salvador. Para serem admitidos, estes candidatos terão ainda de passar alguns testes físicos de carácter eliminatório.

PONTOS FORTES › Valorização do Curriculum Vitae › Conhecimentos em salvamento e SBV aplicáveis a qualquer eventualidade › Sentimento de autoconfiança e autodomínio adquiridos na formação e na efectividade do serviço › Poder ajudar quem precisa PONTOS FRACOS › Períodos de longas horas de exposição ao sol › Em Portugal, dificilmente passa de um trabalho sazonal, excepto para quem trabalha em piscinas OPORTUNIDADES › Conhecer todo o tipo de pessoas e criar admiradores pela prestação de um serviço honorífico › Trabalhar em sítios privilegiados › Possibilidade de abertura de portas profissionais, através dos contactos estabelecidos e da exposição pública AMEAÇAS › Falta de responsabilidade e de profissionalismo de muitos Nadadores Salvadores no activo, colocando em causa, com a sua conduta negligente, a imagem não só da instituição mas de todos os profissionais que lá trabalham.


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Guia das Escolas & Profissões do Mar 2011

Testemunho São muitas as áreas em que se fala da saturação de mercado e falta de emprego. No entanto, a Prof. Isabel Amber, Coordenadora de Oceanografia Física do Centro De Oceanografia de Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, confidenciou-nos que, “se um aluno estiver disposto a trabalhar bastante para completar a sua formação académica e depois se juntar a um grupo de investigação, começando posteriormente a produção de artigos científicos, já tem meio caminho percorrido para ganhar nome e alcançar o sucesso, uma vez que há uma grande procura de profissionais competentes nesta área”. Estás à espera de quê para arregaçar as mangas e lançar-te neste mercado?

Análise SWOT PONTOS FORTES › Não é uma profissão monótona – tão depressa se está no laboratório, no mar, a dar aulas, ou mesmo a integrar novos projectos de investigação › É um verdadeiro desafio, tendo em conta que há tanta coisa que não sabemos acerca dos oceanos e estamos a falar de 70% do Globo por descobrir PONTOS FRACOS › Falta de financiamento e elevados custos associados ao trabalho no terreno › Equipamentos muitos caros e sujeitos aos danos provocados pela natureza/pescadores quando são deixados no mar OPORTUNIDADES › Se uma pessoa for boa naquilo que faz, tem o sucesso garantido, pois há muita falta de profissionais competentes e de referência na área › Interacção e colaboração internacional, despertando a oportunidade de adquirir experiência e troca de informações com outros mercados AMEAÇAS › Má canalização do dinheiro para os investimentos › Falta de apoios governamentais

Oceanógrafo Se sempre tiveste curiosidade para saber como se formam as ondas e as correntes, se tens uma grande vontade de contribuir para o desenvolvimento da zona costeira portuguesa e se és um apaixonado pela aventura ao mundo do desconhecido, esta profissão existe para ti. Texto: Sara Las Cunha Descrição da profissão Os oceanógrafos são as pessoas responsáveis pelo estudo de tudo o que tem a ver com os fenómenos físicos que ocorrem no oceano, como as correntes marinhas, a temperatura das águas, a salinidade, as marés, as ondas e a pressão ou profundidade dos oceanos. Este tipo de informação é extremamente importante para a navegação e para os vários estudos de impacte ambiental, podendo ser recolhidas através de observação directa – onde os profissionais vão para o mar e fazem medições das várias variáveis, ou através da modelação matemática, recorrendo a modelos algorítmicos que tentam simular o comportamento da natureza. Saídas profissionais Os graduados adquirem competências específicas para seguirem uma carreira de oceanógrafo, sendo para tal necessário conhecer e compreender o funcionamento do Oceano. Estes profissionais desenvolvem uma actividade essencial para a sociedade, nos domínios da Oceanografia, dos estudos

ambientais e da vigilância e previsão meteorológica e oceanográfica. › Instituto de Meteorologia › Instituto Hidrográfico › Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) › Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR) › Universidades e Institutos de Investigação › Empresas de Modelação, Consultadoria, Aquacultura, Monitorização ou relacionadas com a exploração de energias alternativas (solar, eólica, marés, ondas) e impacte ambiental › Administrações de Zonas Portuárias › Aeroportos › Força Aérea e Marinha Cursos de acesso à profissão A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e a Universidade de Aveiro (UA) oferecem a possibilidade de integração na licenciatura em Meteorologia, Oceanografia e Geofísica, podendo os alunos dar continuidade à sua formação através de um Mestrado em Ciências Geofísicas (mais dedicada aos fenómenos físicos) ou em Ciências do Mar (mais abrangente).


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Profissões

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Testemunho Para trabalhar com animais aquáticos é necessário ter um enorme gosto pela área, ter um local onde adquirir/aplicar conhecimentos (estágio ou trabalho) e ter a sorte de estar no lugar certo à hora certa para aprender com os melhores. A Forum falou com Arlete Sogorb, veterinária de mamíferos marinhos do Zoo de Lisboa, que deixou algumas dicas para os amantes dos animais que pensam seguir esta profissão. “Fazer muitos cursos por fora, estarem sempre actualizados, participar nas associações e fóruns existentes, ter um bom nível de inglês, ter uma forte capacidade de encaixe e de dedicação, marcar pela diferença e nunca desistir por falta de oferta de trabalho” foram alguns dos conselhos da especialista.

Veterinário de Animais Aquáticos As tuas memórias de infância remetem-te para aqueles dias de praia, em que gostavas de mergulhar com os óculos da natação para ver o fundo do mar? Sempre foste um apaixonado pela vida animal e ficavas irritado por não poder salvar o peixinho de aquário que estava doente? Então pode ser que as linhas abaixo te ajudem a encontrar o teu emprego de sonho: uma vida dedicada a ajudar estes animais. Texto: Sara Las Cunha Descrição da profissão A actuação de um Médico Veterinário na vida animal aquática pode ser abrangente, tendo em conta que existem 3 áreas fortes onde o profissional pode dar o seu contributo. São elas a Sanidade, que consiste na Prevenção e Tratamento de Doenças dos animais; a Segurança Alimentar, que consiste na Inspecção de Organismos Aquáticos, assegurando que estes são próprios para consumo; e ainda a Produção Animal, mais vulgarmente conhecida como Aquacultura e que, apesar de ser uma vertente não-médica, consiste na Produção de Organismos Aquáticos. Saídas profissionais Os titulares do grau de Mestre em Medicina Veterinária, ficarão habilitados a exercer actividade nas seguintes áreas: › Clínica - prevenção e tratamento de doenças › Produção animal › Várias vertentes do Ensino e da

Investigação › Biotecnologia e Diagnóstico › Inspecção sanitária, segurança e controlo da qualidade alimentar dos produtos de origem animal › Saúde Animal e Saúde Pública Cursos de acesso à profissão O Mestrado Integrado em Medicina Veterinária pode ser frequentado nos seguintes locais: › Faculdade de Medicina Veterinária, da Universidade Técnica de Lisboa › Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro › Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa › Escola de Ciências e Tecnologias, da Universidade de Évora, › Escola Universitária Vasco da Gama, em Coimbra › Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto.

Análise SWOT PONTOS FORTES › Contacto directo com os animais, com a natureza, com a vida e, por isso mesmo, um desafio extremamente recompensador › Não há monotonia no dia-a-dia, existindo uma constante polivalência de funções PONTOS FRACOS › A grande “ginástica e disponibilidade laboral” uma vez que acabam por não ser só veterinários, mas também gestores de tudo o que se passa à sua volta OPORTUNIDADES › Desenvolvimento de pesquisa e investigação › Usar a boa imagem dos animais para poder transmitir mensagens educativas e poder “Alertar a Brincar”. › Mercado da Aquacultura em forte expansão AMEAÇAS › Falta de mercado de trabalho com mamíferos marinhos


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Guia das Escolas & Profissões do Mar 2011

Formações possíveis Apresentamos neste Guia das Profissões do Mar os cursos (licenciaturas e pós graduações) que te poderão dar acesso a uma profissão ligada ao mar. Escolhemos somente os cursos que se relacionam directamente com o Mar, muitos outros havendo que, não estando directamente relacionados, ao mar podem ir ter. Exemplos? As biologias, as geologias, as geografias, o turismo, etc.

Também quisemos dar alguns exemplos de cursos de escolas profissionais ligadas ao Mar. Aqui a escolha não foi exaustiva. Quisemos, antes de mais, despertar a tua curiosidade para procurares na tua área de residência se a tua escola ou alguma escola vizinha tem cursos relacionados com o Mar. Percebemos que há muitas que já oferecem esses cursos e deixamos-te aqui alguns exemplos possíveis.

LISTA DE INSTITUIÇÕES COM CURSOS PROFISSIONAIS, LICENCIATURAS E PÓS-GRADUAÇÕES EM ASSUNTOS DO MAR Escola

Morada

Esc. Sup. Turismo e Tecnologia do Mar, Inst. Politéc. Leiria

Santuário N. Senhora Remédios

Escola Naval

Base Naval de Lisboa

Inst. Ciências Biomédicas Abel Salazar, Univ. Porto

Lg. Prof. Abel Salazar, 2

Fac. Ciências e Tecnologia, Univ. Algarve

Campus de Gambelas

Esc. Sup. Náutica Infante D. Henrique

Avenida Eng. Bonneville Franco

Esc. Sup. Tecnologia de Tomar, Inst. Politéc. Tomar

Qta. Contador - Estrada da Serra

Inst. Sup. Ciências da Saúde - Norte

Rua Central de Gandra,1317

Inst. Sup. Ciências Informação e Administração, ISCIA

Av. D. Manuel de Almeida Trindade (Santa Joana)

Universidade dos Açores - Horta

R. Mãe de Deus, Ponta Delgada

Universidade Autónoma de Lisboa

R. Santa Marta, n º 56

Universidade de Aveiro

Campus Universitário de Santiago

Faculdade de Ciências, Univ. Lisboa

Campo Grande, Edifício C5

Faculdade de Letras, Univ. Lisboa

Alameda da Universidade

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Campo Grande, 376

Faculdade de Ciências, Univ. Porto

R. Campo Alegre, s/n

Faculdade de Medicina, Univ. Porto

Alameda Prof. Hernâni Monteiro

Instituto Superior de Economia e Gestão, Univ. Técnica Lisboa

Rua do Quelhas, nº 6

Instituto Superior Técnico (Campus Alameda), Univ. Técnica Lisboa

Av. Rovisco Pais

AEMAR - Instituto de Tecnologias Náuticas

Av. Eng. Bonneville Franco, Espargal

Escola Profissional de Economia Social

R. da Alegria, nº 598, Bonfim - Porto

FORMAR

Av. Brasília - Ed. FOR-MAR, Pedrouços


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Guia das Escolas & Profissões do Mar 2011

Para saberes mais, aconselhamos-te uma visita a www.forum.pt onde encontrarás a melhor base de dados sobre cursos em Portugal. É indispensável.

Código postal

Telefone

Email

Sítio na Web

2520–641 Peniche

262783607

estm@estm.ipleiria.pt

www.estm.ipleiria.pt

2810-001 Almada

210902000

escolanaval@marinha.pt

http://escolanaval.marinha.pt

4099-003 Porto

222062221

secposgrad@icbas.up.pt

www.icbas.up.pt

8005-139 Faro

289800905

fct@ualg.pt

www.fct.ualg.pt www.ualg.pt/fct

2770-058 Paço d’Arcos

214460010

info@enautica.pt

www.enautica.pt

2300 Tomar

249328100

estt@ipt.pt

www.estt.ipt.pt

4585-116 Gandra

224157100

ingresso@cespu.pt

www.cespu.pt

3811-904 Aveiro

234423045

info@iscia.edu.pt

www.iscia.edu.pt

9500-801 Ponta Delgada

296650000

aplaneamento@uac.pt

www.uac.pt

1169-023 Lisboa

213177600

callcenter@universidade-autonoma.pt

www.ual.pt

3810-193 Aveiro

234370349

ambiente@ua.pt

www.ua.pt/mestrados

1749-016 Lisboa

217500000

dbanimal@fc.ul.pt

dba.fc.ul.pt/

1600-214 Lisboa

217920000

flul.informacoes@fl.ul.pt

www.fl.ul.pt

1749-024 Lisboa

217515500

informacoes@ulusofona.pt

www.ulusofona.pt

4169-007 Porto

220402000

imagem@fc.up.pt

www.fc.up.pt

4200-319 Porto

225513600

fmup@med.up.pt

www.med.up.pt

1200-781 Lisboa

213925834

spg@iseg.utl.pt

www.iseg.utl.pt

1049-001 Lisboa

218417000

nape@ist.utl.pt

www.ist.utl.pt

2770-058 Paço de Arcos

214697010

aemar@itn.com.pt

www.itn.com.pt

4000-037 Porto

225180973

epesajms@epesajms.com

www.epesajms.ods.org

1400-038 Lisboa

213037100

lisboa@for-mar.pt

www.for-mar.pt


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LICENCIATURAS Escola

Curso

Esc. Sup. Turismo e Tecnologia do Mar, Inst. Politéc. Leiria; Tel: 262783607

Biologia Marinha e Biotecnologia, ramo Aquacultura, Pescas e Biotecnolo

Inst. Ciências Biomédicas Abel Salazar, Univ. Porto; Tel: 222062200

Ciências do Meio Aquático

Escola Naval; Tel: 210902000

Ciências Militares Navais - Administração Naval

Escola Naval; Tel: 210902000

Ciências Militares Navais - Fuzileiros

Escola Naval; Tel: 210902000

Ciências Militares Navais - Engenheiros Navais, ramo de Mecânica

Escola Naval; Tel: 210902000

Ciências Militares Navais - Marinha

Escola Naval; Tel: 210902000

Ciências Militares Navais - Engenheiros Navais, ramo de Armas e Electró

Escola Naval; Tel: 210902000

Ciências Militares Navais – Médicos Navais

Escola Naval; Tel: 210902000

Tecnologias Militares Navais, Ramo Hidrografia

Escola Naval; Tel: 210902000

Tecnologias Militares Navais, Ramo Mergulhadores

Escola Naval; Tel: 210902000

Tecnologias Militares Navais, Ramo Fuzileiros

Fac. Ciências e Tecnologia, Univ. Algarve; Tel: 289800905

Ciências do Mar

Fac. Ciências e Tecnologia, Univ. Algarve; Tel: 289800905

Biologia Marinha

Esc. Sup. Náutica Infante D. Henrique; Tel: 214460010

Engenharia de Máquinas Marítimas

Esc. Sup. Náutica Infante D. Henrique; Tel: 214460010

Engenharia de Máquinas Marítimas

Esc. Sup. Náutica Infante D. Henrique; Tel: 214460010

Engenharia de Sistemas Electrónicos Marítimos

Esc. Sup. Náutica Infante D. Henrique; Tel: 214460010

Engenharia de Sistemas Electrónicos Marítimos

Esc. Sup. Turismo e Tecnologia do Mar, Inst. Politéc. Leiria; Tel: 262783607

Biologia Marinha e Biotecnologia, ramo Aquacultura, Pescas e Biotecnolo

Inst. Sup. Ciências Informação e Administração, ISCIA; Tel: 234423045

Gestão das Actividades Marítimas

Univ. Aveiro; Tel: 234401558

Ciências do Mar

Univ. Aveiro; Tel: 234401558

Meteorologia, Oceanografia e Geofísica

Univ. Aveiro; Tel: 234401558

Meteorologia, Oceanografia e Geofísica

Univ. Aveiro; Tel: 234401558

Ciências do Mar

Fac. Ciências, Univ. Lisboa; Tel: 217500000

Meteorologia, Oceanografia e Geofísica

Inst. Sup. Técnico (Campus Alameda), Univ. Técnica Lisboa; Tel: 218417000

Engenharia e Arquitectura Naval

Univ. Lusófona de Humanidades e Tecnologias; Tel: 217515500

Ciências Naturais - Ciências do Mar

CURSOS PROFISSIONAIS Escola

Curso

AEMAR - Instituto de Tecnologias Náuticas; Tel: 214697010

Contramestre (Marinha Mercante)

AEMAR - Instituto de Tecnologias Náuticas; Tel: 214697010

Técnico de Administração Naval

AEMAR - Instituto de Tecnologias Náuticas; Tel: 214697010

Técnico de Electricidade Naval

AEMAR - Instituto de Tecnologias Náuticas; Tel: 214697010

Técnico de Mecânica Naval

Escola Profissional de Economia Social; Tel: 225180973

Técnico de Segurança e Salvamento em Meio Aquático

Universidade dos Açores - Horta; Tel: 296650000

Operador Marítimo - Turístico

Escola Náutica Infante D. Henrique; Tel: 214460010

Electrónica e Automação Naval

Escola Náutica Infante D. Henrique; Tel: 214460010

Manutenção Mecânica Naval


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Guia das Escolas & Profissões do Mar 2011

otecnologia

ca

e Electrónica

otecnologia

Disciplinas específicas

Grau

Biol. e Geol. (B) ou Fís. e Quím. (Q) ou Mat.

Licenciatura - 1º Ciclo

Biol. e Geol. (B)

Licenciatura - 1º Ciclo

Mat. Concurso Local. Consulte Instituição

Mestrado Integrado

Mat. Concurso Local. Consulte Instituição

Mestrado Integrado

Mat. e Fís e Quím (F). Concurso Local. Consulte Instituição

Mestrado Integrado

Mat. Concurso Local. Consulte Instituição

Mestrado Integrado

Mat. e Fís e Quím (F). Concurso Local. Consulte Instituição

Mestrado Integrado

Bio. e Geo.(B) e Fís e Quím (Q) e Mat. Concurso Local. Consulte Instituição

Mestrado Integrado

Consultar Instituição

Licenciatura - 1º Ciclo

Consultar Instituição

Licenciatura - 1º Ciclo

Consultar Instituição

Licenciatura - 1º Ciclo

Consultar Instituição

Licenciatura - 1º Ciclo

Consultar Instituição

Licenciatura - 1º Ciclo

Mat. ou um dos seguintes conjuntos: Fís. e Quím. (F) e Mat. ou Fís. e Quím. (Q) e Mat.

Licenciatura - 1º Ciclo

Mat. ou um dos seguintes conjuntos: Fís. e Quím. (F) e Mat. ou Fís. e Quím. (Q) e Mat.

Licenciatura - 1º Ciclo

Mat. ou um dos seguintes conjuntos: Fís. e Quím. (F) e Mat. ou Fís. e Quím. (Q) e Mat.

Licenciatura - 1º Ciclo

Mat. ou um dos seguintes conjuntos: Fís. e Quím. (F) e Mat. ou Fís. e Quím. (Q) e Mat.

Licenciatura - 1º Ciclo

Biol. e Geol. (B) ou Fís. e Quím. (Q) ou Mat.

Licenciatura - 1º Ciclo

Consultar Instituição

Licenciatura - 1º Ciclo

Biol. e Geol. (B) ou Fís. e Quim. (F) ou Fis. e Quim. (Q) ou Mat.

Licenciatura - 1º Ciclo

Fís. e Quim. (F) ou Mat. ou Biol. e Geol. (B) e Mat. ou Biol. e Geol. (G) e Mat.

Licenciatura - 1º Ciclo

Consultar Instituição

Licenciatura - 1º Ciclo

Consultar Instituição

Licenciatura - 1º Ciclo

Mat. ou Mat. e Fís. e Quím. ou Mat. e Biol. e Geol.

Licenciatura - 1º Ciclo

Fís. e Quím. (F) e Mat. ou Fís. e Quím. (Q) e Mat.

Licenciatura - 1º Ciclo

Biol. e Geol. (B) ou Mat. ou Port.

Licenciatura - 1º Ciclo


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Guia das Escolas & Profissões do Mar 2011

PÓS-GRADUAÇÕES Escola

Curso

Esc. Sup. Turismo e Tecnologia do Mar, Inst. Politéc. Leiria; Tel: 262783607

Aquacultura

Esc. Sup. Turismo e Tecnologia do Mar, Inst. Politéc. Leiria; Tel: 262783607

Biotecnologia e Recursos Marinhos

Inst. Ciências Biomédicas Abel Salazar, Univ. Porto; Tel: 222062221

Ciências do Mar - Recursos Marinhos

Inst. Ciências Biomédicas Abel Salazar, Univ. Porto; Tel: 222062221

Gestão Ecológica de Bacias Hidrográficas ECOCATCH-PT

Fac. Ciências e Tecnologia, Univ. Algarve; Tel: 289800905

Biodiversidade e Conservação Marinha

Fac. Ciências e Tecnologia, Univ. Algarve; Tel: 289800905

Oceanografia

Fac. Ciências e Tecnologia, Univ. Algarve; Tel: 289800905

Biologia Marinha

Fac. Ciências e Tecnologia, Univ. Algarve; Tel: 289800905

Ecohidrologia (Mestrado Eurpeu - Erasmus Mundus)

Fac. Ciências e Tecnologia, Univ. Algarve; Tel: 289800905

Gestão da Água e da Costa

Fac. Ciências e Tecnologia, Univ. Algarve; Tel: 289800905

Aquacultura e Pescas

Inst. Sup. Técnico (Campus Alameda), Univ. Técnica Lisboa; Tel: 218417000

Engenharia e Arquitectura Naval

Esc. Sup. Náutica Infante D. Henrique; Tel: 214460010

Gestão Portuária

Esc. Sup. Náutica Infante D. Henrique; Tel: 214460010

Sistemas Electrónicos Marítimos

Esc. Sup. Náutica Infante D. Henrique; Tel: 214460010

Engenharia de Máquinas Marítimas

Esc. Sup. Náutica Infante D. Henrique; Tel: 214460010

Pilotagem

Esc. Sup. Tecnologia de Tomar, Inst. Politéc. Tomar; Tel: 249328100

Arqueologia Subaquática

Inst. Sup. Ciências da Saúde - Norte; Tel: 224157100

Hidrologia e Análises Hidrológicas

Inst. Sup. Ciências Informação e Administração, ISCIA; Tel: 234423045

Gestão Portuária

Univ. Açores; Tel: 292200400

Estudos Integrados dos Oceanos

Univ. Autónoma de Lisboa; Tel: 213177600

História da Náutica e Arqueologia Naval

Univ. Autónoma de Lisboa; Tel: 213177600

Arqueologia Subaquática

Univ. Aveiro; Tel: 234370356

Meteorologia e Oceanografia Física

Univ. Aveiro; Tel: 234401558

Hidrogeofísica

Univ. Aveiro; Tel: 234370349

Ciencias do Mar e Zonas Costeiras

Fac. Ciências, Univ. Lisboa; Tel: 217500000

Ecologia Marinha

Fac. Ciências, Univ. Lisboa; Tel: 217500000

Ciências do Mar

Fac. Ciências, Univ. Lisboa; Tel: 217500000

Especialização em Política, Governança e Gestão do Mar

Fac. Letras, Univ. Lisboa; Tel: 217920000

História Marítima

Univ. Lusófona de Humanidades e Tecnologias; Tel: 217515500

Direito Marítimo

Fac. Ciências, Univ. Porto; Tel: 220402000

Recursos Biológicos Aquáticos

Fac. Ciências, Univ. Porto; Tel: 220402030

Biologia e Gestão da Qualidade da Água

Fac. Medicina, Univ. Porto; Tel: 225513600

Climatologia e Hidrologia

Inst. Sup. Economia e Gestão, Univ. Técnica Lisboa; Tel: 213925834

Gestão do Transporte Marítimo e Portuário


42a47 Cursos_Layout 1 3/3/11 6:39 PM Page 47

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Guia das Escolas & Profissões do Mar 2011

Grau

Propinas

Coordenador

Mestrado

€2000

Prof. Doutor Raúl José Silvério Bernardino

Mestrado

€2000

Prof. Doutor Célia Paulete Correia Neves Afonso

Mestrado

€3000

Prof. Doutor Prof. Doutor Eduardo Rocha

Mestrado

Contactar instituição

Prof. Doutor Prof. Doutor Adriano Bordalo e Sá (ICBAS-UP)

Mestrado

Contactar instituição

Prof. Doutor Prof. Doutor Karim Erzini

Mestrado

Contactar instituição

Prof. Doutor Prof. Doutor Joaquim Luis

Mestrado

Contactar instituição

Prof. Doutor João Varela; Maria Alexandra Chícharo; Ana Barbosa

Mestrado

Contactar instituição

Prof. Doutor Luis Chícharo

Mestrado

Contactar instituição

Prof. Doutor Alice Newton

Mestrado

Contactar instituição

Prof. Doutor Prof. Doutor Karim Erzini

Mestrado

Contactar instituição

Prof. Doutor Prof. Doutor Carlos Guedes Soares

Mestrado

€2880

Prof. Doutor Eduardo Martins

Mestrado

€2000

Prof. Doutor Victor Gonçalves

Mestrado

€2000

Prof. Doutor Manuel Nogueira

Mestrado

€2000

Prof. Joaquim Henrique Almeida de Oliveira

Pós-graduação

€1400

Prof. Doutor Alexandra Figueiredo

Mestrado

€5760

Prof. Doutor Prof.ª Doutora Cristina Couto

Mestrado

€3600

Prof. Doutor Prof. Doutor António Silva Ribeiro

Mestrado

€3000

Prof. Doutor Doutor João Alberto Gil Pereira

Mestrado

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Prof. Doutor Adolfo A. Silveira Martins

Pós-graduação

Contactar instituição

Prof. Doutor Adolfo Silveira

Mestrado

€998

Prof. Doutor Alfredo Moreira Rocha

Especialização

€2750

Prof. Doutor Manuel Augusto Marques da Silva

Mestrado

€998

Prof. Doutor Filomena Martins

Mestrado

€986

Prof. Doutor Francisco Andrade

Mestrado

€1200

Prof. Doutor Vanda Brotas

Pós-graduação

Contactar instituição

Prof. Doutor Carlos Assis; José Ângelo Guerreiro

Mestrado

€1200

Prof. Doutor Francisco Contente Domingues

Pós-graduação

€1800

Mestres Duarte Lynce de Faria e Sandra Ayres

Mestrado

€996

Prof. Doutor Aires Manuel Pereira de Oliva Teles

Mestrado

€986

Prof. Doutor Maria da Natividade Ribeiro Vieira

Pós-graduação

€500

Prof. Doutor Serafim Correia Pinto Guimarães

Pós-graduação

€5000

Prof. Doutor José Augusto Felício


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