Primeira Edição

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BOLETIM

Edição 01 - Setembro / 2009 - Mensal - Tiragem 500 exemplares - Distribuição gratuita Estamos organizando um abaixo assinado reivindicando melhorias nas condições do telefone público do Povoado Mato grosso e implantação de telefones públicos nos povoados vizinhos. Sua participação é muito importante e imprescindível para sermos ouvidos pelos órgãos competentes. Contamos com sua participação. Afinal de contas, um serviço de qualidade é um direito de todos nós. Aguarde uma visita em sua residencia. Desde já agradecemos.

Editorial Por Tayguara Vieira Santos

/ Povoado Mato Grosso uitas pessoas estão lendo esse editorial e se perguntando o motivo de tal publicação, o por que desse movimento? Qual o objetivo? Para que alguém se disporia a fazer isso? Bem, a resposta a todas essas perguntas é simplesmente o anseio social de alguns jovens da cidade que querem de alguma forma contribuir com o desenvolvimento do nosso querido município, tão jovem, tão promissor e tão necessitado em algumas áreas. Nossa intenção é fazer essa edição impressa mensal e também teremos uma versão on line na internet atualizada com mais freqüência. Nessa primeira edição, procuramos registrar o que mais importante aconteceu no mês de agosto como a Corrida do Jegue onde tem varias pessoas na cidade que desconhecem o evento que já está na quinta edição. Outro evento importante foi o casamento no Núcleo III onde se fez história e também estamos pesquisando detalhes da nossa da cidade, se você tiver fotos, relatos da época e queira compartilhar nos procure. Boa leitura! .

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Entrevista do Mês Por Tayguara Vieira Santos / Povoado Mato Grosso

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om o objetivo de resgatarmos a história da nossa cidade é que vamos procurar o máximo de pessoas que participaram da emancipação e criação do município e a primeira delas é o Sr. Dely Vieira dos Santos que na Dely Vieira dos Santos época da emancipação, era vereador da câmara municipal de Palmas de Monte Alto e representava a região que depois se tornaria a cidade de Sebastião Laranjeiras. Folha Sebastianense: De quem partiu a iniciativa da criação do município? Dely Vieira dos Santos: A iniciativa partiu de Sebastião Rocha, Vavá Lima, Lionel e eu. FS: Quais foram os primeiros passos? DV: O primeiro passo foi procurar informação para saber se era possível e na época tinha o período de emancipação. Procuramos um padre que era muito amigo nosso e ele nos garantiu ser sim possível depois, procuramos o senhor Milton Laranjeiras, prefeito na época de Palmas de Monte Alto e que nos deu todo o apoio. FS: Depois das informações, quais os passos seguintes? DV: Depois o Nonuta (Sebastião Rocha Filho que viria a ser o primeiro prefeito do novo município) se prontificou a fazer as viagens necessárias e os custos ficou por conta de Vavá Lima, Lionel e eu que juntamos o equivalente a trinta milhões (Na Época). Lá ele conheceu o então candidato a Deputado, o Senhor Nicolau Suerdick que fez todos os trâmites. Foram necessárias três viagens e

para os encargos da ultima viagem já se procurou as pessoas que seriam os primeiros sebastianenses a patrocinarem também e não deixar tudo às nossas custas. Ele precisou ainda fazer mais uma viagem e os custos dessa ultima viagem já foi por conta do novo município ou seja, a primeira dívida havia sido contraída mas na volta já foi festa e ele dizia: “Buqueirão está emancipado! Agora somos um município”. FS: Isso foi em 1963. Na época, o senhor fazia uma projeção e imaginava que quase cinqüenta anos depois estaríamos da forma que estamos ou estaríamos melhor ou pior? DV: Claro que sempre queremos o melhor e foi isso que aconteceu. Na época, no Buqueirão as casas eram cobertas de palha, se pegasse fogo em uma delas todas se queimariam. Hoje, apesar de sermos um município pequeno, é um ótimo lugar para agricultura, um dos melhores municípios do sudoeste baiano para esse fim. O problema é que tem poucas pessoas, é pouco habitado e as distancias são grandes. Poderia estar melhor mas, em se comparando com a época melhorou muito. FS: Sebastião Laranjeiras está prestes a completar cinqüenta anos, qual sua projeção para quando ela estiver com cem anos? DV: A gente sempre espera o melhor, acredito que na época terão melhores estradas para escoar a produção, sem estrada nada vai e nada vem e acredito que estará melhor do que a Espinosa atual. FS: Como era a vida na época? DV: Na época, a melhor feira era aqui no Mato grosso, vinha gente de todos os lugares para cá e era no domingo. Naquele tempo não tinha as lojas que tem hoje, eu fui o primeiro comerciante a abrir uma loja lá. Não tinha farmácia e eu que vendia compridos básicos para dor de cabeça, aspirina e até penicilina.

FS: Vocês tiveram apoio da população na época? O que eles achavam? Na época a gente conversava com todo mundo e todos nos incentivavam, todos achavam uma ótima iniciativa. Nós andamos a cidade toda a cavalo juntamente com o senhor Sebastião Rocha e na época como eu era comerciante eu conhecia muitas pessoas e muitos deles nos deram apoio e no dia da festa em comemoração à emancipação recebemos vários animais para fazermos um churrasco grande para todos da cidade. Na época não havia veículos e então fui em Espinosa fretar um caminhão para levar o máximo de pessoas para a festa e no dia da festa veio gente também de outros municípios como Palmas de Monte Alto, Urandi e até de Guanambi. Esse dia foi 07 de Abril de 1963. Tem que se lembrar também de Gildete Alcântara Rocha, a oradora da emancipação e a primeira professora formada no município e que ajudou muito também na emancipação. FS: Na época, Palmas de Monte Alto não foi contra a emancipação? Afinal de contas o novo município tomou boa parte do território deles. DV: Não, recebemos todo o apoio e nos ajudaram muito, Sr. Valdemar Moura que era o chefe político da região e foi juntamente com sua senhora os padrinhos do novo município, o Sr. Milton Laranjeiras que era o prefeito na época. Ajudaram não só com ações mas financeiramente também e até hoje as relações entre as duas cidades são muito amistosas. FS: Na época vocês conheceram ou se sabe quem foi a primeira pessoa que nasceu no novo município? DV: Não, na época era tudo muito difícil, as pessoas nasciam nas próprias casas e os registros eram feitos depois de muitos anos.

Levítico 19:16 - Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; nem conspirarás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor.

Corrida do Jegue no Assentamento Paus preto Por Vivaldo Nogueira / Comunidade Assentamento Paus Preto

de Paus preto dispor de um grande numero desse tipo de animal, o jegue e os fundadores, pensando em uma atividade a ser desempenhada em comemoração ao dia dos pais, surgiu então a idéia da corrida de jegues, onde foi apresentada a proposta aos pais que deram um total apoio ficando estabelecido a primeira corrida para o segundo domingo de agosto de 2005. Neste dia do evento, estiveram presentes pessoas das comunidades circunvizinhas, autoridades municipais, tais como o Sr. Prefeito e esposa, empresários, medico, secretária de educação, diretora, professores, funcionários públicos, policia militar, etc. Ao termino da corrida, a animação ficou por conta da dupla Robson e Jucelio (Artistas da Terra) que animou até o raiar do dia.

A edição de 2009 Ocorrida no dia oito de agosto de 2009, a V corrida do Jegue contou com a presença de vários populares e autoridades públicas, como a Prefeita Municipal, Dra. Luciana e o Presidente da Câmara de Vereadores, Mica. A competição foi dividida em três baterias eliminatórias e a grande final foi disputada com os vencedores das citadas baterias, sendo eles, Sebastião Gonçalves, Jailton Ribeiro e Antonio Francisco, consagrando-se o Campeão o Sr. Antonio Francisco, o segundo colocado, Sr. Jailton Ribeiro e o terceiro colocado o Sr. Sebastião Gonçalves.

Dados sobre o evento

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raças à educação e aos esforços da comunidade, estamos resgatando a nossa cultura de forma significativa, surgindo assim novas modalidades culturais, especialmente no esporte. Hoje, em nosso município, apreciamos um dos esportes que se tornou uma grande atração para as comunidades rurais que é a corrida de jegues. Deu-se inicio no ano de 2005 na comunidade de Paus preto, no município de Sebastião Laranjeiras, estado da Bahia tendo como fundadores, o atual diretor das escolas rurais, Vivaldo Nogueira de Souza e o professor Marcos Roberto. O surgimento deste esporte ocorreu devido a localidade

A corrida se desenvolve em uma pista enfeitada com percurso de 400 m em curva sinuosa. A primeira corrida apenas premiou o primeiro colocado, a partir da segunda edição, a premiação se estendeu ao segundo e terceiro colocados. Ano

Competidores

2005

17

2006

28

2007

23

2008

27 33

2009

Acesso à internet, pesquisas, jogos, gravação e cópia de cd’s e dvd’s, músicas em formato .mp3, locação de filmes (Diversos titulos e gêneros), digitação, impressão, impressão de fotos, Cursos de informática básico e avançado com certificado, scanner, cópias preto e branco e coloridas e manutenção de micros. Tudo em informática para você! Povoado Mato Grosso, S/N (Ao lado da Escola Otavio Mangabeira) Sebastião Laranjeiras


Crônica

ESPAÇO RESERVADO PARA SUA MARCA! Nas próximas edições, espaços como esse estarão disponíveis para sua empresa. Contamos com seu apoio em um veículo de repercussão, além da edição impressa mensal, tem o blog do Boletim on line 24 horas por dia na internet. Boa chance de negócios.

Por Gildazio Vieira Futebol Nas Tabocas

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ilberto tinha acabado de chegar de Brasília, o País vivia a euforia do tricampeonato de futebol, dizia ele todo entusiasmado ter visto os jogadores desfilando na Avenida W3 e na Esplanada dos Ministérios. apertou a mão do Tostão que na intimidade o chamava de “Tusta”. De volta ao Sertão, quis logo montar um time, consultou os principais jogadores da época, Tábua Lascada, Branco, Dodô, Vavá, etc. e em pouco tempo o time estava montado e recebeu o nome: Mato Grosso Futebol Clube (MGFC) ele mesmo técnico e juiz e depois de muitos treinamentos chegou o dia do primeiro desafio, íamos jogar contra as Tabocas, digo íamos porque, eu, irmão do técnico, tinha o meu lugar meio tempo somente, mas tinha. Subimos a Serra Geral, o técnico dando as últimas instruções e estratégias para o evento chegamos e fomos recebidos pelo técnico anfitrião com a frieza peculiar dos adversários e imediatamente fomos fazer o reconhecimento do campo de futebol, tinha um bom tamanho por se tratar de uma região montanhosa, mas...do lado norte depois da metade do campo tomando toda sua largura uma imensa ladeira tão íngreme que um carro só subiria na primeira marcha. Nós tínhamos 4 ou 5 torcedores, eles, claro, inúmeros e dentre eles as meninas que nos xingavam mesmo antes de começar o jogo, chamei Valin e fomos ao encontro delas, chamei uma de “bonita” ela disse: mas não chega pra seu bico, eu respondi: mas chega pro bico dos urubus e o juiz apitando chamando os jogadores para o meio do campo, o sorteio seria realizado, Euri, o capitão da equipe escolheu atacar primeiro justamente para o lado da ladeira, eu falei para o técnico: olha, acho

Comemoração na Igreja Assembléia de Deus Por Tayguara Vieira Santos / Povoado Mato Grosso

melhor eu entrar no segundo tempo O primeiro tempo acabou, zero a zero, 15 minutos de pausa para recuperar o fôlego e eu me preparando pra entrar já escutando os xingamentos, coisas horríveis, inadequadas para tímpanos sensíveis, cabeludo viado é o único xingamento que posso colocar aqui, os demais. Vixe!!! O Segundo tempo começa, bola vai bola vem, Branco arriscava chutar de longe a bola fazia curva e ia parar nos galhos das árvores, mas…de repente Dodô me serve uma bola redondinha, no jeito de matar nos peitos, colocar no chão e encher o pé, mas, não tive essa competência, matei-a com a mão mesmo, os adversários gritaram, o juiz fez vistas grossas eu fechei os olhos e mandei de direita no ângulo direito do gol só abri os olhos quando estava no ar suspenso pelos meus companheiros, os adversários reclamavam, o Gilberto ameaçava expulsar, convém dizer que não existiam cartões, nem amarelo nem vermelho, a advertência e expulsão eram verbalmente, depois seguramos o jogo até o fim, o juiz dá o apito final e… ganhamos!!!! Era só alegria e fomos bebemorar no boteco, até quem não bebia cachaça esse d i a b e b e u, c o m o A n t o n i o Tochinha, tomou umas 3 e já começou a falar difícil e trocar nomes, num dado momento chamou Jesus de Genésio. Depois de Bebermos quase toda a cachaça do boteco, até o santo acho que ficou meio grogue devido às oferendas clássicas, fomos procurar nossas montarias, eu peguei o Pindolosca, que já estava esperto, sabia que ia voltar, cavalo lerdo nas idas e afoito nas voltas! Acho que ele não era lerdo, era esperto, até hoje me dói no coração quando me lembro que ele foi ser comido pelos japoneses, grande Pindolosca! Companheiro fiel da minha adolescência.

Todos montados e me lembro perfeitamente da hora que saímos de lá, hora não, o momento, o sol tinha acabado de se pôr e deixou no céu do sertão um vermelhidão que tomava toda a abóboda celeste (não confundam abóboda celeste com a boba da Celeste) e se tem alguém com esse nome, o trocadilho não é proposital, e então, olhando aquele vermelhidão sem fim pensei: é… parece que sangraram o mundo!! E patas na estrada, gritos e vivas ecoando, de vez em quando ouvia meu nome: Viva Bebé!! Confesso que me enchia de orgulho, sorriso até as orelhas, todo garboso no meu Pindolosca!! Mas tive de descer do cavalo enquanto os companheiros seguiam, precisava comprar um “tubo” fui rapidinho e comprei e um cara lá no boteco disse: passa daqui (disse passa mesmo como falamos com os cachorros), mas, como gosto muito dos cachorros não me senti ofendido, e disse mais, se manda seu cabeludo safado, montei no Pindolosca, nem preciso dizer que não foi preciso dar lhe com o cipó, pois, era a volta e logo alcancei a turma; dai a pouco Antonio Tochinha começa a passar mal, com o sacolejo a pinga fazendo outros efeitos além de perturbar os neurônios começou também a perturbar o estômago, alguém disse: tenho um sonrisal aqui mas, beber como? Não tínhamos copos, Zé Nunes disse, bebe no meu chapéu, chapéu de couro curtido pelo sol e suor, logo ali um riacho com água cristalina, coloca o sonrisal, depois de dissolvido, claro, Zé Nunes disse: bebe Tone, ele olhou pro chapéu, “apurou” as vistas e perguntou: é macarrão? Que macarrão, é sonrisal bebe e vc ficará bom, bebeu, ficou alguns segundos s abo r e an do e de r e pe n t e esbugalhou os olhos, ficou vermelho, Valin gritou: sai da frente gente! Todos se afastaram deixando o caminho livre, pois,

1ª Cavalgada do Povoado Curral Velho Por Tayguara Vieira Santos / Povoado Mato Grosso

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s moradores do Povoado Curral Velho, em Sebastião Laranjeiras, festejaram e participaram da 1ª Cavalgada do Curral Velho realizada no dia 16 de agosto de 2009 onde contou com a presença também de moradores de outros povoados e muita animação. Segundo Fernando, um dos organizadores, esse foi o primeiro evento e os outros serão realizados nessa mesma época do ano nos anos subseqüentes.

O

s fiéis da Igreja Assembléia de Deus do Povoado Mato Grosso comemoraram nos dias 07, 08 e 09 de Agosto, o 1° aniversário do círculo de oração, movimento das senhoras seguidoras da citada igreja, onde receberam os convidados e houve a celebração de cultos religiosos. Segundo o pastor Aldari Reis, este foi o primeiro ESPAÇO RESERVADO PARA SUA MARCA! e sempre serão celebrados os festejos de aniversário e também o grupo de jovens fará a Nas próximas edições, espaços como esse estarão disponíveis para sua empresa. Contamos com seu apoio em um veículo de repercussão, sua comemoração nos meses de fevereiro. além da edição impressa mensal, tem o blog do Boletim on line 24 horas por dia na internet. Boa chance de negócios.

Casamento coletivo em Sebastião Laranjeiras Por Jucemir de Almeida / Nucleo Habitacional III

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comunidade de Núcleo lll no município de Sebastião laranjeiras esteve em festa na tarde deste sábado dia primeiro de agosto, o motivo de tanta alegria foi o primeiro casamento coletivo realizado no município, onde, 14 casais se uniram em matrimônio na Igreja Matriz daquela localidade. O casamento foi realizado às 16:00 hs pelo padre do município de Sebastião Laranjeiras. O evento contou com a participação de vários populares do Núcleo lll e visitantes de outras localidades e segundo os organizadores, este é o primeiro casamento coletivo do município e que outros podem acontecer em breve. Depois da cerimônia, os noivos receberam os cumprimentos no local onde as testemunhas e convidados foram recepcionados com um jantar e a festa foi encerrada com muita música ao som de Sergio dos teclados.

quando o sonrisal chegou ao estômago, a pinga que já estava lá se sentindo a dona do pedaço não gostou do intruso e quis expulsá-lo, mas exagerou, o sonrisal voltou com muita velocidade e a pinga atrás, Vavá soltou uma gargalhada que dizem as boas línguas até hoje ainda é ouvida lá na serra, ecoa aqui, estronda acolá e essa gargalhada perdura... Minutos depois sem a bebida para atormentá-lo, graças ao sonrisal que indiretamente contribuiu para isso e assim continuamos a viagem de volta, me aproximei de Mané Tampa Suja e lhe falei baixinho: Chama Branco pelo apelido, ele me olhou , encarou e disse: “Cê” ta doido? Por que você mesmo não o chama? Eu respondi, porque ele é meu primo e chamar primo pelo apelido da um azar desgraçado, dá mais azar que xingar padre.. silêncio.. voltei a falar, Vai lá chama ele pelo apelido e mostrei o litro de pinga, ele pediu um gole, eu dei e voltei a tocar no assunto entregando a ele o tubo para se servir a vontade, virou uma talagada quilométrica e me perguntou: que apelido você quer que eu chame ? O mais novo aquele que Gilvam colocou e tem no disco do Golias que o Gilberto toca lá no boteco, ele calou-se, pensou.. Cutucou o jegue, se certificando da sua eficiência em caso de uma fuga básica e me pediu mais um gole, virou o gargalo me entregou e disse: Vou lá, eu cuidei de acompanhá-lo. Branco e Gilberto viajavam emparelhados, Tampa Suja se meteu entre os dois, estávamos chegando nos Gerais, alguns minutos e de repente ele olha para Branco e em alto e bom som desfere-lhe o apelido indesejável e cutuca o jegue, mas surtiu efeito contrário, o jegue não correu, brecou as patas dianteiras jogou os “quartos” pra cima, Tampa Suja saiu pelo pescoço do Jumento, logo se levantou e deu no pé e b r a n c o a t r á s, x i n g a n d o e praguejando, o cavalo nos

calcanhares do mulato, Vavá soltando gargalhadas, outros rindo baixinho até que, acuado, Tampa Suja pára debaixo de um pequizeiro, Branco faz o gesto de descer, mas recebe uma bola de pequi nos peitos, solta um gemido e um palavrão e Tampa Suja conhecedor daquele pedaço some da frente dele, o jegue nessas alturas já estava longe, ganha o Pitoresco e chega primeiro no Mato Grosso, encontra o jegue, xinga-o e fica por ali, na moita esperando os companheiros. Uma hora depois chegamos, soltando foguetes dando as boas alvíssaras, Gilberto abre o boteco e quem era de beber tratou-se logo de procurar um copo, tudo de graça!! Mas, de repente alguém diz: cadê Branco? cadê M a n é Ta m p a S u j a ? O u t r o responde: é mesmoooo! Cadê eles? Gente, vamos procurá-los, vocês conhecem Branco, se ele o pega, o massacra e fomos nós a procura dos dois , Miguelzinho Purçano, especialista em rastros disse: foram por aqui e seguimos as pegadas dos dois, já dizia alguém mais pessimista: Branco matou ele, outro respondia, é, se pegou matou mesmo, Branco não dá moleza, cabra macho, aquele não tem medo de cara feia não e continuamos seguindo os dois, ou melhor, os rastros dos dois e fomos encontrá-los na passagem do rio Cajueiro tomando banho, Tampa Suja sentado numa pedra e Branco com uma bucha esfregando as costas dele, até hoje não se sabe qual o acordo que fizeram. Alguém arrisca um palpite?

Gildazio Vieira é Sebastianense e passou a infância no povoado Mato Grosso e atualmente mora na Suíça. Ele escreverá nessa coluna todos os meses. E-mail: gilvisan@sunrise.ch

Folclore nas escolas Por Vivaldo Nogueira / Comunidade Malhada de Areia

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cultura de cada povo, de cada região é muito rica em significados que nos traduzem a essência do povo brasileiro. Neste contexto, é fundamental na escola resgatar essa cultura mostrando o verdadeiro sentido de cultivar essas tradições transmitidas de geração em geração. Por isso, as escolas rurais de pré a quarta série trabalharam esta temática através do diálogo entre alunos e comunidade no sentido de resgatar e vivenciar as manifestações que contam a história de cada região. Durante a execução do projeto foram realizadas diversas atividades que permitiu a socialização de várias manifestações culturais de cada região. E para culminar o projeto, foi realizada em cada unidade escolar a apresentação dessas atividades tais como: Receitas típicas, cantigas de roda, reisado, bumba-meu-boi, danças, lendas, trava-línguas, entre outras. Estas apresentações foram apreciadas por toda comunidade escolar, pois muitos compareceram para prestigiar o evento e demonstraram grande entusiasmo em participar. Em virtude disso, fica notável a importância da escola em trabalhar temas que envolvem a cultura local, além de promover o envolvimento da comunidade no fazer pedagógico da escola.

Na próxima edição... Teremos classificados, previsão do tempo, informações sobre agricultura e você poderá anunciar para comprar ou vender. Você também pode nos mandar dicas, sugestões e críticas para os próximos meses. Para os anunciantes temos também uma oferta especial, além da edição impressa temos também a edição on line 24 horas onde sua marca pode aparecer e lhe trazer bons resultados. Visite a edição eletrônica: http:\\folhasebastianense.blogspot.com. E-mail: sebastiaolaranjeiras@gmail.com Siga-nos no Twitter: @sebastianense - Em breve todos os correspondentes terão e-mails para contato.

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