tal ponto sucintamente, dentro de um referencial mais tradicional, em sua discussao do modo como a-audigncia 6,.-a0rn£SjTio^tempo,,,a^f^Xe^^ televisiva. Assim — usando os termos de Marx — circulacao e recepcao sao, de fato, "mementos" do processo de produce na televisao e sao reincorporados via um certo numero de feedbacks indiretos e estruturados no proprio processo de producao. O consume ou a recepgao da mensagem da televisao e f assim, tambem ela mesma um "momento" do processo de producao no seu sentido mais amplo, embora este ultimo seja "predominante" porque e "o ponto de partida para a concretizacao" da mensagem. Producao e recepcao da mensagem televisiva nao sao, portanto, identicas, mas estao relacionadas: sao momentos diferenciados dentro da iotalidade formada pelas relacoes sociais do processo comunicativo como um todo. Em um certo ponto, contudo, as estruturas de radiodifusao devem produzir mensagens codificadas na forma de um discurso significative. As relacoes de producao institucionais e sociais devem passar sob as regras discursivas da linguagem para que seu produto seja "concretizado". Isso inicia um outro momento diferenciado, no qual as regras formais do discurso e linguagem estao em dominancia. Antes que essa mensagem possa ter um^e^ito^j(gualqu^r_gue^seja sua definigao), satisfaca uma "necessidade" ou tenha urn "uso",deve prirneiro ser apropriada como unxdiscursp significatjvp -£—sgr_s.igmficatjyamente decodifica.da. JE. esse__cprijunto~;de sj^r^isca^p^^ecp.ciifLca^s .que "tern um efeito", infjuencia, entretem, instrui ou persuade, com consequencias perceptivas, cognitivas, emocionais, ideologicas ou comportamentais. muito cpmplexas. Em um momento "determinado", a estrutura emprega um codigo e produz uma "mensagem"; em outro momento determinado.^a "mensagem" de^emboca na .e^trjjtura.,4as_praticas_sociais_pela._.via,,de. sua, d&codtfica$ao. Estamos agora plenamente cientes de que esse retorno as praticas de recepcao e "uso" da audiencia nao pode ser entendido em termos simplesmente comportamentais. Os processes tipicos identificados na pesquisa positivista sobre elementos tsolados — efeitos, usos e gratificacoes — sao eles proprios ordenados por estruturas de compreensao, bem como sao produzidos por relacoes economicas e sociais; que 390
moldam sua "concretizacao" no ponto final da recepcao e que permitem que os significados expresses no discurso sejam transpostos para a pratica ou a consciencia (para adquirir valor de uso social ou efetividade politica).
PROGRAMA COMO DISCURSO "SIGNIFICATIVO'
codifica$ao estruturas de sentido 1 referenciais ; de conhecimento
decodifica$ao estruturas de sentido 2
referenciais de conhecimento
relacoes de producao
relacoes de produ£ao
infra-estrutura tecnica
infra-estrutura tecnica
Nitidamente, o que chamamos no diagrama de "estruturas de significado 1" e "estruturas de significado 2" podem nao ser iguais. Elas nao constituent uma "identidade imediata". |Os codigos de codificacao e decodificacao podem nao ser Iperfeitamente simetricos. Qs_graus de simetria — ou seja, os graus de "compreensao" e "ma-compreensao" na troca comunicativa — dependem dos graus de simetria/assimetria (relacoes de equivalencia) estabelecidos entre as posicoes das "personificacoes" —_c£)dificadoj^ptQd,utox_e decodificador-receptor, Mas isso, por sua vez, depende dos graus de identidade/nao-identidade entre os codigos que perfeitamente ou imperfeitamente transmitem, interrompem ou sistematicamente distorcem o que esta sendo transmitido. A falta de adequacao entre os codigos tern a ver em grande parte com as diferencas estruturais de relacao e posicao entre transmissores e audiencias, mas tambem tern algo a ver com a assimetria entre,os c6digosda^fontele_do "receptor" no momento da transformacao para.jdentro e para fora da forma discursiva. O que sao chamadas de "distorcoes" ou "mal-entendidps" surgem precisamente da falta de equivalencia entre 391