Nos em noticia n6 e 7

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Escola Secundária da Ramada

Nós Em Notícia Junho 2015

Ano II, Números 6 e 7

Editorial Nesta edição:

Os nossos leitores mais fiéis já repararam que este é um número duplo, o chamado ”dois em um”. E a razão de tal facto prende-se com a impossibilidade, por motivos

Como Estudar Matemática?

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vários, de paginar o número 6 com a qualidade que temos e queremos manter. Assim, decidimos adiar a sua publicação e criar um número que englobasse as duas

Semana da Matemática

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edições. Agradecemos desde já a compreensão de todos os nossos colaboradores pela decisão tomada.

Impressões Digitais

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Nas vossas mãos está a última edição deste ano letivo. Nela podem, mais uma vez , encontrar algumas das atividades e iniciativas que decorreram na nossa escola,

A Brincar ao CSI: Ciências Forenses na Escola Dia da Alimentação Saudável Ida ao Teatro: Leandro, Rei de Helíria

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com especial presença por parte das Ciências; e se vos disserem que a Matemática é muito complicada, basta seguirem os conselhos da Professora Inês Campos; ficámos muito orgulhos com os nossos atletas no Campeonato Nacional de Desporto Gímnico; aprendemos muito sobre a Guerra Colonial com quem lá esteve, e ficamos também seguros que a Equipa do Projeto da Educação para a Saúde continua

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Desafio em 77 Palavras

atenta e a zelar pelo nosso bem-estar. A todos os que colaboraram connosco durante este ano, o nosso muito obrigado! Ao nosso colaborador habitual, Pedro Pernica, um bem-haja muito especial pelo empenho e por nunca recusar um convite e/ou um desafio.

A Guerra Colonial Portuguesa

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E agora só nos resta desejar a toda a comunidade educativa umas excelentes e me-

Para a Próxima Dêem-me um Tema!

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Ana Martins e Ana Rodrigues

Se tivesse de fazer uma pergunta sobre Biologia, qual seria?

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Campeonato Nacional de Desporto Gímnico

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4 de Junho: a Saúde no Dia da Escola

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recidas férias! Bom descanso e até Setembro!

Feira dos Minerais Eu achei a feira dos minerais interessante, porque tem coisas que eu não esperava ver, tais como fezes, minerais estranhos, fósseis de animais da antiguidade, etc… Também achei interessante porque havia animais esculpidos em pedra, colares, pulsei-

2015: Ano da ...Luz!

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ras, ímanes e, principalmente, pedrinhas da sorte para cada um dos signos.

Lá Por Fora ….

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Eu, por exemplo, comprei 2 ímanes, 1 elefante esculpido em pedra e 3 pedrinhas da sorte. Na minha opinião, eu achei a feira dos minerais interessante, porque, como já disse, tinha coisas que eu não esperava ver e espero que a feira dos minerais visite mais vezes a escola Hugo Melo, 7ºD


Nós Em Notícia

Como Estudar Matemática? A matemática não é um bicho-de-sete-cabeças.

Ordena estes resumos num caderno ou numa capa de mo-

Podes não gostar, podes achar difícil, podes nem sempre

do a facilitar a sua consulta. Lembra-te que a matemática

compreender, mas a verdade é que ela vai fazer sempre

é um assunto sequencial, por isso é importante para esta-

parte da tua vida. A matemática é uma ciência que estimu-

belecer uma base firme, dominar os principais conceitos e

la a descoberta, desenvolve o raciocínio, estimula a criati-

conhecer as fórmulas matemáticas essenciais.

vidade, ajuda a desenvolver a capacidade de concentra-

4ª Sugestão: Resolve os exercícios do livro e/ou do cader-

ção, mostra-te o prazer de superar desafios, valoriza o es-

no de atividades e verifica se a resolução está correta, con-

forço e pode ser divertida.

firmando com as soluções dos livros. Lembra-te que estu-

O problema muitas vezes é não saber como estudá-la.

dar matemática não implica a memorização dos processos

Afinal como se estuda matemática? Há fórmulas especiais

de resolução dos diferentes exercícios. Na maioria dos ca-

para estudar e compreender a matemática?

sos, o número de horas de estudo não é proporcional ao

Não, e como em qualquer disciplina não há milagres…, só

nível do aproveitamento. O teu estudo deve assentar, por

se aprende se realmente lhe dedicarmos tempo, manifes-

isso, na qualidade e não na quantidade de tarefas resolvi-

tarmos interesse e investirmos na

das. O importante não é realizar

nossa aprendizagem.

uma grande quantidade de exercí-

Antes de mais é importante subli-

cios, mas sim um número suficiente

nhar que cada aluno tem a sua for-

de exercícios, com diferentes tipolo-

ma de estudar, pelo que não existe

gias (escolha múltipla, resposta cur-

a maneira correta ou a “receita”

ta, resposta desenvolvimento) e com

perfeita para estudar. Podemos, no

diversas estratégias de resolução,

entanto, dar-te algumas sugestões

que fazem pensar e refletir sobre o

que podem contribuir para uma melhoria significativa do

que aprendeste em sala de aula.

teu aproveitamento.

Para além dos manuais e livros de apoios, na internet en-

1ª Sugestão Em sala de aula é fundamental estar com

contras inúmeros recursos que podem complementar o

atenção à explicação do teu professor. Procura esclarecer

teu estudo. Aqui ficam algumas sugestões:

as dúvidas que forem surgindo e sempre que não entende-

http://www.explicamat.pt ; http://www.hypatiamat.com ;

res um assunto solicita ajuda ao professor. Participa ativa-

http://www.portalmath.pt; http://www.xkmat.pt.to

mente nas discussões coletivas e lembra-te que as ques-

Encontra o teu próprio ritmo sem nunca desistir. O tempo

tões colocadas pelos teus colegas, podem ajudar-te a es-

vai ajudar-te a encontrar o melhor método de estudo. To-

clarecer as tuas próprias dúvidas.

das estas sugestões são apenas técnicas que podem ajudar

2ª Sugestão Procura ter o caderno em ordem e com boa

-te a estudar melhor. Quanto mais praticares, maior facili-

apresentação e, sempre que possível, tira apontamentos.

dade terás em resolver qualquer problema.

Usa o teu lápis para acrescentar algum comentário; para

«Estudar é muito

sublinhar as palavras mais importantes; para completar

Mas pensar é tudo!»

raciocínios; para expor a tua indignação ou admiração,... A

(Ary dos Santos)

matemática estuda-se com lápis e papel. 3ª Sugestão Em casa, procura estudar com regularidade e consultar o livro e os apontamentos da aula. Sublinha as palavras/ conceitos ou raciocínios matemáticos mais importantes e elabora resumos da matéria dada, com as principais definições, propriedades e/ou exemplos.

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Professora Inês Campos


Ano II, Números 6 e 7

Semana da Matemática Decorreu, na nossa escola, entre

exemplos engraçados sobre as mes-

os dias 16 e 20 do passado mês de

mas. Gostei, sobretudo, da parte da

março, mais uma Semana da Mate-

lógica, nomeadamente das condi-

mática. Organizada pelos professo-

ções "e" e "ou". E, para além disso,

res do Departamento de Matemáti-

aprendi um truque com o professor

- Rafael Lourenço, 9ºG; Rastros – Rafael Lourenço, 9ºG; SuperTmatik Cálculo Mental (7º ano) - André Vieira, 7ºF; SuperTmatik Cálculo Mental (8º ano) - André Silva, 8ºF; SuperTma-

ca, esta iniciativa englobou di-

tik Cálculo Mental (9º ano) - Rafael

versas atividades e contou com

Lourenço, 9ºG; SuperTmatik Quiz

a participação de um grande

(8º ano) - Mariana Costa, 8ºD; Su-

número de alunos, quer do bá-

perTmatik Quiz (9º ano) - Rafael

sico quer do secundário.

Lourenço, 9ºG; Damas - Miguel Cos-

Na Sala de Reuniões (em

ta, 8ºF; Xadrez - Diogo Silva, 8ºF.

frente à Direção) esteve paten-

No ensino secundário: Hex - Joa-

te a exposição Jogos do Mundo.

quim Marques, 12ºD; Rastros – Ar-

Cedidos pela Associação de

tur Guerreiro, 11ºE; Damas - Gon-

Professores

çalo Costa, 11ºE; Xadrez - Marco

de

Matemática

(APM), os materiais desta exposição consistiam em jogos de tabu-

sobre como seduzir as raparigas...

leiro originários de diversas zonas

Quem assistiu à conferência perce-

do globo. Foi evidente o entusiasmo

be o que acabei de dizer... os res-

dos visitantes ao experimentarem

tantes terão de esperar pela confe-

jogos que raramente estão à dispo-

rência do próximo ano...!”

sição em Portugal.

Entre a Sala de Estudo e a Sala de

No dia 17, no Auditório, aconte-

Audiovisuais decorreram os muito

ceu a conferência Matemáticas Im-

esperados torneios de jogos. No

puras dada pelo professor José Pau-

Xadrez, no SuperTmatik ou no Hex

lo Viana. Fica o testemunho de um

(entre outros) foram muitos os mo-

dos alunos presentes: “A conferên-

mentos de competição saudável

cia com o professor José Paulo Viana

que tiveram lugar. Destacamos, em

foi interessante e conquistou toda a

seguida, os vencedores.

audiência. Apesar de eu ser apenas

Martins, 11ºA. Os professores do Departamento de Matemática agradecem o entusiasmo dos alunos que participaram e a compreensão dos restantes docentes da escola. Obrigado a todos e para o ano contem de novo connosco! Os professores do Departamento de Matemática

No ensino básico: Ouri – Gabriel

do 9º ano de escolaridade e a confe-

Jacques, 8ºD; Avanço – Ra-

rência ser dirigida a

fael Lourenço, 9ºG; Produto

alunos do ensino secundário, percebi bastante bem a informação que o professor queria transmitir, porque o fez de uma forma clara e muito motivadora. Falou sobre estatísticas, explicou-as e apresentou alguns

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Nós Em Notícia

Impressões Digitais

lecidos quatro tipos dactiloscópicos principais: Arco, Dex-

A Lofoscopia é uma ciência que estuda os desenhos das

trodelta, Sinistrodelta e Verticilo. Apesar de existirem ape-

extremidades digitais, das palmas das mãos e das plantas

nas quatro tipos dactiloscópicos principais, é possível iden-

dos pés, podendo esta ser dividida em três disciplinas, de

tificar humanos com base na sobreposição de interrupções

acordo com a estrutura anatómica em causa: Dactiloscopia

da continuidade do desenho das cristas dermopapilares,

(pontas dos dedos), Quiroscopia (palma das mãos) e Pel-

os pontos característicos, existindo hoje um sistema infor-

matoscopia (planta dos pés).

mático que auxilia as polícias científicas neste tipo de aná-

De todos os vestígios lofoscópicos, os mais comuns são as

lise, AFIS - Automated Fingerprint Identification System.

impressões digitais, correspondendo estas às marcas, dei-

Os diferentes vestígios lofoscópicos / dactiloscópicos po-

xadas em superfícies, pelas cristas dermopapilares existen-

dem ser classificados em três categorias, de acordo com o

tes nas polpas dos dedos das mãos.

tipo de superfície em que estes são produzidos e o modo

A ciência lofoscópica fundamenta-se em três princípios

como são gerados. Quando os desenhos das cristas der-

básicos: a perenidade, a imutabilidade e a diversidade /

mopapilares são marcados em material maleável como

variabilidade das impressões digitais entre a população

plasticina, por exemplo, geram-se vestígios do tipo molda-

humana.

do. No caso dos desenhos das cristas dermopapilares se-

Em 1883 Kolliker enunciava a perenidade dos desenhos

rem marcados numa superfície por transferência de san-

dermopapilares, que afirmava que estes já são visíveis no

gue ou tinta estamos perante vestígios impressos. Por fim,

quarto mês de gestação, sendo este facto confirmado tam-

os mais comuns são os vestígios latentes que se formam

bém por Kollman que, por sua vez, defendia que surgem

quando os desenhos das cristas dermopapilares são mar-

apenas ao sexto mês de gestação. Ambos os investigado-

cados numa superfície por transferência de substâncias

res eram da opinião (sendo ainda hoje universalmente

produzidas pela pele.

aceite) que apenas o processo de putrefação cadavérica

Para a revelação dos vestígios latentes, dependendo do

destrói os desenhos dermopapilares – princípio da pereni-

tipo de superfície em questão, podem ser utilizados dife-

dade.

rentes tipos de reagentes. Quando as impressões digitais

Pontos característicos

O princípio da imutabilidade funda-

se encontram em superfícies porosas, como papel, utili-

menta-se no facto dos desenhos

zam-se reagentes líquidos (soluções de ninidrina); no caso

dermopapilares

permanecerem

das impressões digitais se encontrarem em objetos com

inalterados durante toda a vida,

volume, como é o caso do cabo de uma faca ou de um co-

sendo apenas destruídos pelo pro-

po, a revelação é feita recor-

cesso de putrefação cadavérica,

rendo a reagentes gasosos

podendo, no máximo, ocorrer pe-

(vapores

de

cianoacrilato).

quenas alterações parciais resultantes de processos trau-

Por fim, em superfícies lisas e

máticos, como cortes ou queimaduras.

planas, as impressões digitais

O último dos princípios lofoscópicos, o princípio da diversi-

são reveladas recorrendo a

dade / variabilidade, defende que os desenhos dermopapi-

reagentes sólidos, os chama-

lares são diferentes em todos os dedos, bem como em

dos “pós de revelação”.

todas as palmas das mãos, o que faz com que cada impres-

Apesar desta técnica de identificação de humanos, com

são digital seja única e igual apenas a si própria. Este facto

base na sua capacidade de discriminação entre a popula-

verdadeiro, mesmo em gémeos univitelinos, faz com que

ção, ter já mais de 100 anos, continua a revelar-se extre-

esta técnica de análise constitua um excelente método de

mamente eficaz, especialmente em situações criminais

identificação humana, nomeadamente em criminalística.

continuando, por isso, a desempenhar um papel funda-

O primeiro Sistema de Classificação Dactilar foi elaborado

mental da identificação de suspeitos, auxiliando, de forma

em 1891 por Juan Vucetich, oficial da Polícia Argentina.

decisiva, a ação judiciária.

Segundo este sistema de classificação dactilar, são estabe-

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Revelação de Impressões digitais latentes

Mário Ferreira Professor do Departamento de Biologia e Geologia


Ano II, Números 6 e 7

A Brincar ao CSI: Ciências Forenses na Escola Nos dias 14 e 21 de janeiro, os alunos do 11.ºB assistiram a uma palestra apresentada pelo professor Mário Ferreira. Esta apresentação tinha como tema as Ciências Forenses, tendo sido abordados os tópicos de análise de impressões digitais, balística e estudo do material genético. No dia 14, a sessão foi acerca dos dois primeiros tópicos acima apresentados: impressões digitais e balística. Durante estes 90 minutos, o professor Mário esclareceu-nos sobre alguns dos mais simples e genéricos conceitos aplicados às ciências forenses. Descobrimos que existem vários tipos de impressões digitais e esta classificação baseiase na sua forma e na ausência ou presença de determinadas características. Salientou-se que tudo o que nós vemos diariamente em programas de investigação criminal (como, por exemplo, o C.S.I.) é falso. A identificação via impressão digital é, sim, feita por um técnico que as observa e analisa com o objetivo de realizar uma identificação. Relativamente à balística forense, é um método de análise e consequente identificação da arma do crime. Descobrimos como são classificadas as armas de fogo e quais são os critérios para estas classificações. Aprendemos também os tipos de ferimento que exis-

tem com base em imagens bastante descritivas e não aconselháveis a pessoas sensíveis, assim como as trajetórias dos projéteis (por exemplo, o facto de muitas vezes existir um ferimento de saída, mas existem outros casos em que esta saída do projétil não se verifica), e, por fim, analisámos estas mesmas imagens com o objetivo de realizar uma identificação não só da distância a que o atirador se encontrava da vítima (por exemplo, à queima-roupa), mas também de identificar se o ferimento se tratava do ponto de entrada do projétil ou do de saída. Após esta sessão, saí mais esclarecida sobre este tópico, não só porque não imaginava que a polícia portuguesa tivesse à sua disposição os mesmos programas de identificação que os Estados Unidos da América, mas também porque igualmente não fazia ideia que, aquando de uma condenação com base na análise de impressões digitais, Portugal seria um dos países em que o grau de certeza de uma condenação é maior, uma vez que a lei exige 12 marcadores comuns entre as duas amostras, em oposição, por exemplo, aos 7 marcadores exigidos pela lei americana. Depois destes esclarecimentos, confesso que me senti mais segura perante a justiça. Uma semana depois, uma vez que a sessão não se encontrava concluída, o professor Mário voltou à nossa aula. Nesse dia, falámos do assunto que nos interessava mais por se adequar ao programa de Biologia de 11.º ano. E este tópico foi precisamente o DNA e os benefícios da sua análise para as Ciências Forenses e para a polícia. Falámos, entre muitos outros, de dois factos que me chamaram a

atenção: o facto de gémeos univitelinos possuírem o mesmo DNA (assim sendo, como se faz a sua identificação? “Através das impressões digitais” foi a resposta que nos foi dada), mas também o facto de, no caso de se fazer um teste de paternidade e da criança/indivíduo ser filho de um de dois gémeos, esse teste não ser admissível em tribunal e a criança fica “sem pai”, ou seja, nenhum deles é considerado pai da criança, pois, como o seu DNA é igual, não se pode fazer uma identificação válida. Estas duas sessões foram extremamente esclarecedoras e eu acho que “despertaram o bichinho” em algumas pessoas. Agradeço ao professor Mário, que nos proporcionou esta oportunidade.

Daniela Silva, 11ºB

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Nós Em Notícia

Dia da Alimentação Saudável No passado dia 27 de fevereiro, decorreu mais uma atividade do Projeto de Educação para a Saúde da Escola Secundária da Ramada destinada a todas as turmas de 7º ano! A comemoração do Dia da Alimentação, com a realização de uma Feira Saudável, na Passerelle da nossa escola. Esta feira teve como objetivo a apresentação dos trabalhos realizados pelos alunos de 7º ano subordinados

Molecular, onde todos puderam

pequeno-almoço.

ao tema: Princípios de uma Alimen-

degustar as suas criações culinárias,

Os alunos estão, sem dúvida, de pa-

tação Saudável – A importância do

com a preciosa ajuda dos alunos do

rabéns pela qualidade dos trabalhos

pequeno-almoço. Estes trabalhos

9ºA!

apresentados e a Equipa do Projeto

foram elaborados na disciplina de

A atividade física não podia faltar e

de Educação para a Saúde agradece

Educação Visual com os conteúdos

tivemos uma aula fantástica de zum-

a colaboração de todos os envolvidos

lecionados nas aulas de Educação

ba ministrada pela professora Joana

nesta atividade!

Física sobre o referido tema.

da Escola de Dança Move Cool Dance, de Caneças. A adesão foi enorme

Professora Margarida Castro

e a passerelle encheu-se de alunos a

Coordenadora do PES

dançar ao som de vários ritmos latinos. Para além da aula, os professores de Educação Física dinamizaram um percurso de orientação muito participado pelos alunos de 7º ano! Tivemos como convidados dois pro-

No auditório decorreu uma sessão,

dutores da região da Ramada, que

dinâmica, com as enfermeiras do

trouxeram imensos legumes e frutas

Centro

para venda à comunidade, a Escola

(Unidade Cuidados na Comunidade -

Profissional Agrícola da Paiã, que

Saúde a Seu Lado), onde os alunos

este ano também trouxe legumes e

puderam explorar, conversar e ex-

doces produzidos pelos alunos da

por as suas dúvidas em relação ao

escola, e a D. Hermínia, que colaborou mais um ano connosco e trouxe os seus doces e produtos caseiros!

O

professor

Mário também teve direito a uma banca na feira, de Gastronomia

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de

Saúde

de

Odivelas


Ano II, Números 6 e 7

Uma Divertida Ida ao Teatro: Leandro, Rei de Helíria No passado mês de abril, os alunos das turmas A, B, E e F do 7º ano foram ao auditório Pedro Arrupe, situado no Parque das Nações, para assistir à peça Leandro, rei da Helíria, da autoria de Alice Vieira. Este texto dramático, inspirado no conto tradicional “O sal e a água”, conta a história de um rei que, por estar velho e cansado, decide entregar o reino a uma das suas três filhas. Para tal, tem de escolher aquela que está à altura de tão grande responsabilidade. Face à dificuldade de tal decisão, cabe a Amarílis, a Hortênsia e a Violeta provar qual delas ama mais o rei. Além da oportunidade de assistir ao espetáculo, o público teve ainda o privilégio de acompanhar, em direto, uma entrevista realizada, via Skype, ao célebre dramaturgo inglês William Shakespeare, autor da tragédia Rei Lear, e com a qual o texto de Alice Vieira tem algumas semelhanças. Na assistência, para além dos alunos da Escola Secundária da Ramada e de outras escolas do país, encontrava-se John Mowat, o encenador da peça.

Texto produzido pelos alunos do 7º B

Desafios em 77 Palavras Gostas de escrever? Tenho a escolha

uma ponte romana a ligar as mar-

tão antiga) já não havia Inverno. Só

certa para ti!

gens.

Futuro.

No blogue Histórias em 77 palavras,

A meio da ponte, uma cabra pára, he-

Do lado de lá, a confiança era genuína

da autoria da escritora Margarida

sitante.

e a esperança era mesmo a última a

Fonseca Santos, encontras Desafios

Que história é esta?

morrer.

muito variados e interessantes, com

Ainda assim, faltava Passado.

um objetivo comum: escrever um tex-

Maria hesitava.

to com exatamente 77 palavras.

De repente, começar de novo, em

Basta colocares 77 palavras em qual-

branco, já não era tão sedutor. Se al-

quer motor de busca para poderes

gum Passado entorpece, outro recon-

começar a enviar as tuas histórias.

forta e preenche.

É divertido e vais ver que te surpreen-

Sem Passado somos apenas Presente.

des com os textos que vais criar.

Frio. Oco. Vazio.

Para veres um exemplo, deixo-te um

Nota: a imagem pode ser considerada

Desafio e também a minha participa-

como metáfora, assim como cabra…”

ção.

E eu respondi assim:

O Desafio era este:

Maria

“Dou-vos hoje uma situação:

A escolha parecia simples. Ir ou ficar.

Inverno, um rio de corrente forte e

Do lado de lá da ponte (Romana, de

Maria não foi. Professor Nuno Longle

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Nós Em Notícia

Uma Palestra: A Guerra Colonial Portuguesa No rescaldo da Segunda Guerra Mundial, o domínio colonial das potências europeias sobre territórios africanos e asiáticos começou a ser fortemente posto em causa, formado-se um vasto movimento ideológico e político tendente a obter a independência daqueles territórios. O último império a ser afetado foi o português. Em 1961 a guerra eclodiu em África, mas desde cedo conheceu os seus opositores quer na sociedade portuguesa quer na comunidade internacional. Recusou-a o bom senso das novas gerações universitárias impelidas para uma guerra que não era a sua. Logo em 1961, Salazar formula numa frase lapidar a sua intenção de privilegiar a defesa do império, custe o que custar, enviando tropas para Angola, "imediatamente e em força", rejeitando toda e qualquer negociação, mesmo que Portugal se

uma palestra sobre a Guerra Colonial, que se realizou no dia 21 de abril, pelas 11 horas e 45 minutos no auditório da escola, com a presença das turmas C, D, F e I do 9º ano e alunos do 12º G que, mesmo em cima da hora, solicitaram a sua entrada, mostrando interesse pelo tema. O auditório encheu. Os convidados foram ex-combatentes que viveram, na primeira pessoa, os horrores da guerra e que generosamente aceitaram partilhar as suas experiências. A preciosa colaboração de dois alunos do 9º D, Luís Vieira e Henrique Mendes, com a leitura de poemas de intervenção - METRALHADORAS CANTAM e TROVAS DO VENTO QUE PASSA, de Manuel Alegre, conseguiram transportar todo o auditório para a época difícil dos anos 60. O orador, Tenente-coronel António Neves, ex-comando em Angola e posteri-

encontrasse

ormente

"orgulhosamente

da Associação dos De-

só" a partir desse

ficientes das Forças

momento. A guerra

Armadas (ADFA) da

significará um investimento mamente

delegação de Lisboa,

extre-

galvanizou todos os

gravoso

presentes com a sua

para as finanças do Estado

explicação precisa do

português,

contexto sociopolítico

desgastará o moral

da Guerra do Ultra-

das próprias forças armadas, retirará braços à produção em Portugal e provocará o isolamento do país na arena diplomática mundial - tanto nas relações multilaterais no seio da Organização das Nações Unidas como a nível bilateral. O seu balanço em termos humanos é trágico: mobilização de cerca de um milhão e quatrocentos mil homens, aproximadamente nove mil mortos e trinta mil feridos e ainda cento e quarenta mil ex-combatentes sofrendo de distúrbio pós-traumático do stress de guerra, não esquecendo as vítimas civis, de ambos os lados. Com o objetivo de dar a conhecer a realidade portuguesa antes da Revolução dos Cravos, as professoras de História a lecionar os 9ºs anos de escolaridade, Teresa Marques e Maria Zita Ribeiro, em conjunto com a professora bibliotecária, Teresa Castanheira, organizaram

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Presidente

mar, os relatos de episódios marcantes que, mesmo numa linguagem simples, estavam recheados de História. Mas foi nas questões colocadas pelos alunos, particularmente direcionados para as suas incapacidades físicas – perdeu, aos 23 anos, a visão e as duas mãos com o rebentamento duma mina antipessoal – que os seus relatos crus impuseram um silêncio perturbante. Reviveu-se a guerra na figura de um homem e sentiu-se a força de quem nunca desiste. Grande lição de História e grande lição de vida! A palestra terminou com a balada MENINA DOS OLHOS TRISTES, de José Afonso, tocada e cantada. Foram momentos únicos, conhecimentos transmitidos que dificilmente se esquecem. Soube a pouco. Professora Maria Zita Ribeiro


Ano II, Números 6 e 7

Para a Próxima Dêem-me um Tema! A direção deste jornal cometeu um

sobre o que é a liberdade. Gera con-

des na escolha do tema, também o

grande erro. Deixaram-me escrever

versas, provoca desavenças, e des-

leitor tem responsabilidade nas suas

uma crónica sobre um tema à minha

perta discussões acesas no espaço

ações. Este é o problema da liberda-

escolha! Má ideia. É como deixar

dos comentários no final das notí-

de. A responsabilidade é aquela cica-

uma criança ao pé de um jarro de

cias online que dão conta de uma

triz feia da liberdade. Nunca mais sai,

porcelana. O resultado é previsível e

dada bomba que explodiu. Mas o

e acompanhá-la-á para sempre. É a

inevitável. A jarra parte-se, e as ex-

que podemos dizer… é a liberdade,

vida, e é igual para todos. Quer para

pectativas baixam. Se o

afinal de contas.

os que publicam caricaturas, quer para os que matam em nome

leitor tiver oportunida-

de uma religião pessoas que

de, então salte para a

publicam caricaturas. Não vou

página seguinte, pois as

apontar nomes, não sou queixi-

próximas vinte e cinco

nhas. Apenas parem um pouco.

linhas serão essencial-

Está na altura de pensar e, so-

mente sobre o que me

bretudo refletir. Não estou a

vier à cabeça. Está avi-

desencorajar de forma alguma

sado.

a liberdade de expressão. O

Um dos principais pro-

que o Charlie Hebdo fez ao pu-

blemas de se poder es-

blicar caricaturas religiosas foi

colher um tema é que

um ato por si só de coragem,

se fica automaticamen-

principalmente porque não o

te responsável por ele. O que não é nada bom, pois, se algo

Não! A desculpa da liberdade há

deveria ser. A liberdade de expressão

corre mal, não se tem ninguém em

muito tempo que deixou de pegar.

deve ser um dado adquirido. Tal co-

quem pôr as culpas. Assim, e tendo

Para que fique aqui claro, eu não

mo não desencorajo a luta de um

em conta vários critérios, reduzi as

sou contra a liberdade, pelo contrá-

povo contra a opressão, desde que

possibilidades a dois temas: falar

rio. Só acho irritante as pessoas usa-

esta seja feita em procura da liberda-

sobre a liberdade e os seus limites,

rem o argumento da liberdade para

de, e não em nome de um fanatismo

ou pronunciar-me sobre a última

tudo e mais alguma coisa: “Sou livre,

religioso.

tendência no que diz respeito a ví-

logo faço o que quero”, ou então

Volto a repetir. Parem e reflitam.

deos no youtube. Perante esta inde-

menos radical “A minha liberdade

Pensem nas consequências, nas im-

cisão, adotei o mesmo método que

termina onde começa a do outro”. A

plicações e nos outros. Eu sei que é

os grandes líderes mundiais utilizam

pergunta que eu faço é “Então,

difícil, e até desconfortável, mas ten-

para resolverem os seus conflitos:

quando é que começa a liberdade

tem.

atirar uma moeda ao ar (ou pelo

do outro?”. As pessoas abusam des-

Como podem ver, a liberdade não é

menos aparentam fazê-lo). Cara pa-

ta ideia de liberdade. O que eu ten-

um assunto de fácil trato. Eu avisei

ra a liberdade, coroa para o vídeo

to dizer é que com a liberdade vem

no início. Esta é a minha opinião, e se

do gatinho que toca piano.

a responsabilidade. Se o leitor repa-

não a compartilharem e não gosta-

Ganhou a cara, e sendo assim va-

rar e ler com mais atenção, o início

rem do que eu escrevi posso sempre

mos aqui tratar da liberdade. Liber-

da crónica não é nada mais do que

evocar o vosso argumento: “É a liber-

dade é uma das palavras de ordem

uma metáfora sobre o que eu quero

dade”.

dos nossos dias. Se repararem, toda

transmitir.

a gente tem uma palavra a dizer

Tal como eu tenho responsabilida-

Pedro Pernica 10ºB

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Nós Em Notícia

Se tivesse de fazer uma pergunta sobre Biologia, qual seria?

“Canção de Lisboa” (1933—Cottinelli Temo)

“Qual é o principal músculo latero-flexor do pescoço?” Pode não conhecer a pergunta, mas conhece certamente a resposta: “É o ESTERNOCLEIDOMASTOIDEU!” Vinte e duas letras formam a palavra imortalizada por Vasco Leitão (personagem interpretado por Vasco Santana, no filme “A Canção de Lisboa”), no Exame Final de Medicina, perante um júri de três professores examinadores e uma audiência de amigos e familiares perplexos com tanta sapiência. De facto, o estudante candidato a médico cita, de forma escorreita e segura, nome de autores, n.º de páginas e edições dos livros consultados e até… a morada da Imprensa Nacional “sita na rua da Escola Politécnica, 111 a 119… Lisboa”. Para a sociedade em geral, a Ciência, e a Biologia em particular, continua a ser encarada como uma mera lista de palavras e definições impossíveis de pronunciar e/ou escrever corretamente. Voltando ao filme, relembro uma das tias do Vasquinho que, radiante com o desempenho do sobrinho, exclama emocionada: “Meu rico filho, ele até sabe o que é o mastoideu…” Pode não ser importante saber o que é o “mastoideu”, mas será difícil ignorar palavras como “bactéria”, “ADN”, “Legionella”, “Bifidus ativus” e outros termos associados à biologia que passaram a fazer parte do dia-a-dia da sociedade moderna. As aplicações da ciência nos campos da alimentação e da saúde ou a tecnologia usada para a identificação e resolução de problemas ambientais são apenas alguns exemplos da forma como os cidadãos dependem da pesquisa científica e tecnológica para garantir o seu bem-estar. Se há 100 anos, a ciência em Portugal era residual, atualmente, assiste-se a uma situação em que a ciência já tem alguma relevância e impacto na sociedade, em especial após a criação do Programa e Unidade Ciência Viva, por Mariano Gago, em 1996. Basta pensar que a ciência está presente nos currículos escolares, nos jornais, nas séries televisivas, em filmes e começa até a ganhar importância na agenda política (ex. estudos de impacte ambiental, planos diretores municipais, pareceres éticos sobre reprodução assistida,…). Não será por acaso que temos uma nova postura face à ciência. Na opinião de 66% dos europeus, a ciência torna-lhes a vida mais saudável, mais fácil e mais confortável (Eurobarómetro RRI-2013). O sociólogo Firmino da Costa vai mais longe e afirma que a ciência se tornou “um importante recurso económico, uma das bases fundamentais da decisão individual e coletiva, e um dos componentes mais relevantes do património cultural das sociedades contemporâneas, com grande influência na forma como nos vemos a nós próprios e ao mundo à nossa volta”. Neste contexto, a Escola, enquanto instituição formal de ensino e aprendizagem de ciência de futuros cidadãos, deverá ter um papel ativo na promoção de uma relação de proximidade entre ciência e sociedade. Segundo Martin Bauer, uma das maneiras mais eficazes de aproximar a sociedade da ciência será levar os cidadãos a pensar como um cientista, ou seja, não se pretende que seja cientista, mas que tenha uma atitude científica face a um problema que surja no seu diaa-dia. Foi precisamente este o desafio lançado, no presente ano letivo, aos mais de 80 alunos que frequentaram a disciplina de

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Biologia de 12.º ano. Sabendo que os alunos não são cientistas, quis que desenvolvessem uma atitude científica face a um problema do seu quotidiano, analisando e procurando soluções para o mesmo, recorrendo a metodologias usadas por investigadores. E como foi? É uma boa pergunta! Os alunos, organizados em grupos de 2 ou 3 elementos, escolheram um tema e, sobre ele, formularam uma pergunta para a qual se propunham encontrar uma resposta. Definiram metodologias, fontes bibliográficas a consultar, locais a visitar, pessoas a entrevistar, atividades experimentais a realizar, questionários a aplicar,… enfim, uma diversidade de opções, o que reflete a curiosidade dos alunos face a temáticas científicas. Como trabalho final, cada grupo teve de redigir um artigo científico em que relatava o trabalho desenvolvido ao longo do ano. Condição: seguir as normas exigidas por revistas científicas como a Science ou a Nature. Nestas revistas, e com vista a manter a qualidade científica das publicações, a proposta de artigo, entregue pelos autores, é alvo de um processo de revisão por pares, ou seja, um ou mais especialistas da mesma área científica analisam as metodologias adotadas e validam os resultados obtidos. Em geral, os revisores fazem comentários e sugerem alterações no trabalho analisado, contribuindo para a qualidade final do mesmo. Apesar da publicação dos artigos científicos elaborados pelos alunos se restringir à plataforma Moodle e à página da Escola, reproduziu-se todo o processo inerente à publicação dos mesmos, incluindo a revisão por pares, num modelo de double blind peer review, em que autores e revisores permaneceram anónimos. Finalmente, nos dias 13 e 14 de maio, os autores apresentaram o seu trabalho a um auditório de pares. Fundamentaram a escolha do tema, a metodologia seguida e mostraram os resultados mais pertinentes, não se esquecendo da explicação desses resultados ou da sugestão de propostas para pesquisas futuras. Foi muito interessante acompanhar todo este processo, em especial, no que respeita, ao cuidado mostrado pelos revisores ao analisar o artigo que lhes tinha sido distribuído aleatoriamente. Se uns diziam “agora é que percebo porque é que os professores dizem que não compreendem o que nós escrevemos”, outros perguntavam “Stora, acha que esta crítica faz sentido? Tornaria o artigo mais claro”. Muitos grupos tiveram de reformular a metodologia inicial ou porque não conseguiram a tão desejada entrevista com a pessoa X ou porque a abordagem do tema foi alterada pelos próprios autores após maior pesquisa sobre o mesmo. Alguns grupos optaram por fazer estudos de revisão sobre o tema escolhido, outros conceberam atividades experimentais para confirmar hipóteses, construíram questionários, fizeram tratamento estatístico dos dados recolhidos, ou ainda, deslocaram-se a hospitais e centros de investigação de Lisboa e do Porto para contactarem diretamente com investigadores e equipas médicas especializadas. E as perguntas dos alunos? 30 grupos, 30 questões. Todas diferentes, todas pertinentes. Aqui estão dez… Será a sensação de sede de confiança? Será o consumo de álcool por jovens da Ramada abusivo? Paramiloidose, quem ganha: o acaso ou a genética? Será a depressão uma coisa de família? Se lhe pedissem para ser mãe de substituição, o que faria? Afinal, os OGM’s são bons ou maus? Testes genéticos, estaremos preparados para os resultados? Podemos deixar de vacinar os nossos filhos? Mononucleose: pode a doença estar à distância de um beijo? SIDA na gravidez, ficção ou realidade? Podem encontrar a resposta a estas e, a mais outras vinte questões, um dia destes na página da Escola… Vera Moreno Rodrigues Professora de Biologia – 12º anos – Turmas A, B, C e D

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Nós Em Notícia

Campeonato Nacional de Desportos Gímnicos ? Presente! Nos dias 14, 15, 16 e 17 de maio decorreu, na Escola Secundária D. Dinis, o Campeonato Nacional de Desportos Gímnicos do Desporto Escolar. Tal como nos anos anteriores, a nossa escola esteve presente. A Escola Secundária da Ramada esteve representada nas disciplinas de Trampolins e Ginástica Artística. Em Ginástica Artística obteve um honroso 7º lugar o nosso aluno Rafael Duarte. Em Trampolins a escola esteve representada por dois alunos: João Gomes, que obteve um honroso 9º lugar, e Rodrigo Correia, que obteve um fantástico 2º lugar. Não devemos esquecer também a preciosa colaboração dos juízes da nossa escola, uma vez que sem juízes não poderiam ser realizadas as diversas provas. A ajuizar Trampolins esteve a Ana Pereirinha, a ajuizar Ginástica de Grupo e Ginástica Acrobática participou a Beatriz Roque e a ajuizar Ginástica Artística esteve o Manuel Costa. A todos eles os nossos parabéns, e também a todos os alunos pertencentes ao Núcleo de Desportos Gímnicos, pelo seu empenho ao longo de todo o ano letivo! Professora Carla Rodrigues

Rafael Duarte 12ºE

Rodrigo Correia 10ºB

João Gomes 8ºB

4 de Junho: a Saúde no Dia da Escola! O Projeto de Educação para a Saúde, pelo segundo ano consecutivo, irá dinamizar diversas atividades relacionadas com a saúde dirigidas principalmente às turmas de 9º ano. As atividades a desenvolver são ações de Suporte Básico de Vida com os Bombeiros Voluntários de Odivelas e a Cruz Vermelha Portuguesa e a realização de rastreios (glicémia e tensão arterial) com o apoio das Enfermeiras da Unidade de Cuidados na Comunidade do Centro de Saúde Loures-Odivelas e enfermeiras voluntárias da Cruz Vermelha Portuguesa! Tal como no ano passado, o grupo de ciências biológicas irá colaborar com a Equipa do PES e dinamizará uma atividade subordinada ao tema das dependências “Daphnia:

Drogas

Sociais”. O 7º ano terá também uma pequena atividade dinamizada pelas enfermeiras de saúde pública do Centro de Saúde Loures-Odivelas sobre prevenção tabágica. Ao nível da atividade física teremos, à tarde, a I Mostra do Desporto Escolar de Ginástica e Dança! Professora Margarida Castro Coordenadora PES

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2015: Ano da ...Luz! Todos os anos a ONU proclama esse mesmo ano, como o ano de qualquer coisa. Já houve o Ano Internacional da Água, da Paz, do Espaço, da Juventude, e da Química. Na verdade já houve 53 anos de qualquer coisa, o que, se pensarmos bem, são muitos anos. Não foi por acaso que 2008 foi proclamado o Ano Internacional da Batata, e

(Ah, quase que acertei!).

tamos a ver um filme na aula, ten-

que o arroz tenha o prestigiado título

Pois bem, este ano vai ser dedicado à

tando não sermos apanhados pelo

de ter exclusivamente dois anos dedi-

luz. Mas afinal o que tem a luz de tão

professor.

cados a ele. Compreende-se, a imagi-

especial para merecer um ano pró-

nação começou a falhar, e os altos-

prio? Segundo a minha professora de

comissários da ONU começaram a

Biologia, a luz está na origem da vida e

atribuir anos a tudo o que lhes apare-

sem ela esta não existiria. Mas tratan-

cia à frente. Felizmente fez-se Luz, e,

do de assuntos mais sérios, também

assim, nunca teremos de celebrar o

não haveria televisão, telemóveis,

Ano Internacional da Ervilha ou da

computadores e internet. A lâmpada

Fava.

nunca teria que ser inventada, e nun-

Este foi proclamado o Ano Internacional da Luz. Ou melhor, este ano é como quem diz, isto está tudo decidido desde de 2013. Aliás, o próximo ano até vai ser o Ano das Leguminosas

ca conseguiríamos observar um arcoíris, o pôr-do-sol e a lua. Alias, não conseguiríamos ver mesmo nada. Nem poderíamos apontar, na tela, aqueles lasers vermelhos, quando es-

Como podem ver, não é só a tecnologia que envolve a luz. A cultura, a arte, as tradições, a forma como pensamos, tudo tem influência da luz. É por isto que este ano “celebramos a sua existência”, e é por isso que a escola,l durante o dia 4 de junho, dinamiza várias atividades. Atividades essas a que não pude assistir, com muita pena minha. Curiosamente, a mesma professora que me explicou que a luz está na origem da vida é aquela que me “requisitou” para “tomar conta” dos colegas do 7º e 8º ano (fazer experiências), impossibilitando-me assim de assistir às atividades comemorativas da luz. Ironias do destino, váse lá entender! Pedro Pernica, 10ºB

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LÁ POR FORA... Uma Exposição….Loucamente Esta é a primeira exposição interativa de um centro de ciência dedicada ao bem-estar da mente e pretende dar início a uma discussão pública sobre a saúde mental e o seu impacto pessoal e social. Simular a sensação de ouvir vozes vindas de todos os lados; entrar na sala das fobias e na barbearia das psicoses; pôr à prova a sua perceção corporal no espelho da autoestima; desfazer-se dos seus problemas no triturador de preocupações; testar o seu conhecimento sobre as doenças e o bem-estar mental; conhecer as perturbações mentais e os seus tratamentos; ouvir testemunhos de pacientes portugueses sobre as suas doenças mentais e a forma como lidam com elas; enfrentar uma floresta repleta de situações assustadoras; e muitas mais! Uma exposição a visitar até Setembro e a não perder!

Um Filme… Cine Conchas Com a chegada do bom tempo, o jardim da Quinta das Conchas, em Lisboa, volta a transformar-se em sala de cinema a céu aberto. A 8.ª edição aposta numa programação diversa e de qualidade. Filmes de géneros, estilos e nacionalidades diferentes atraem um público diverso, amante de cinema, de jardins e da cidade. O ciclo Cine Conchas arranca a 25 de junho com um filme nomeado ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro e termina a 11 de julho com o filme de animação “Home: A Minha Casa”. Ao todo há nove filmes para ver, sem pagar nada por isso. Os filmes passam às 21h45, às quintas, sextas e sábados. Mais informações aqui: www.facebook.com/cineconchas

Um Livro... Ensaio Sobre a Cegueira de José Saramago Se me questionarem qual o livro que gostei mais de ler até hoje, a minha resposta ainda será: o romance Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago (1995). Porquê? Porque li, surpreendi-me, angustiei-me, revoltei-me, sofri mas compreendi. Pois … a resposta pode parecer estranha. Porque é, de facto, um livro que durante a sua leitura nos causa sensações múltiplas: de curiosidade, intriga, ódio e repugnância para com os personagens maus e de solidariedade e compaixão com os bons, que estão entregues ao destino. É um livro brutal que nos conta uma história violenta, escrita ao estilo tão próprio de Saramago, através da descrição fluída, onde o discurso direto se mistura com o indireto, pautando-se pela ausência de sinais de pontuação, mas que envolve o leitor e o leva a vivenciar o enredo e a luta pela sobrevivência numa sociedade degradada. Saramago faz-nos refletir, através desta obra intensiva, sobre a moral, costumes, ética e preconceito através dos olhos da personagem principal, “a mulher do médico", que se depara ao longo da narrativa com situações inadmissíveis: “o tempo está-se a acabar, a podridão alastra, as doenças encontram as portas abertas, a água esgota-se, a comida tornou-se veneno". É uma voz que se insurge contra a degradação do homem e da sociedade, contra o sofrimento e a exploração do ser humano, fazendo face às necessidades básicas, à incapacidade, à impotência, ao desprezo e ao abandono. Entenda-se a “cegueira” como uma metáfora que tenta explicar como as pessoas se vão tornando cegas no mundo contemporâneo, e como inexplicavelmente, e de repente, a realidade se torna indiferenciada. A epidemia de cegueira descrita é a alegoria sobre o horror vivenciado mas não visto. E por isso o “olhar” é a capacidade de ver e de reparar os males da convivência humana nas sociedades contemporâneas. E como o próprio autor disse: "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.” Professora Sónia Saragoça


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