Revista Empresario Lojista

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Palavra do Presidente

A reação do comércio lojista do Rio O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) numa de suas últimas pesquisas informa que, em termos de Brasil, houve um aumento de 8,2% das vendas do varejo em maio em relação ao mesmo mês de 2011. No Rio, como informa o Centro de Estudos do CDLRio, no período mencionado pelo IBGE, as vendas dos lojistas cresceram 9,7%, também em relação a maio de 2011. Esta mesma pesquisa do Centro de Estudos do CDLRio, já fechou o mês de junho mostrando um índice positivo de 8,7% em relação a junho do ano anterior, fechando o semestre com +8,2%. Foi o sexto mês consecutivo e o primeiro semestre do ano com venda positiva. Este sucesso operacional deve-se à criatividade, confiança e visão dos lojistas do Rio, que souberam e continuam sabendo como enfrentar o possível fantasma da crise na economia, face ao que se verifica na zona do euro.

O Banco Central informa que o brasileiro comprometeu em abril passado, um pouco mais de 22% de sua renda mensal com o pagamento de dívidas, o que para alguns economistas não é algo exagerado. No Rio, contudo, a situação é diferente. Em abril, para ficarmos com o mesmo mês, a quitação de dívida aumentou em 4,4%, com a consequente redução dos débitos. E estamos fechando o semestre de 2012 com um aumento de 5,4% em relação ao semestre de 2011.

Alguns economistas consideram que está ocorrendo uma mudança no mix de consumo do brasileiro. Este cenário ainda continuará a crescer, sustentado pela taxa de desemprego baixa, em que os salários crescem com força, considerando que os reajustes salariais no primeiro trimestre deste ano foram expressivos. A confiança do consumidor permanece em níveis elevados. As vendas do varejo, de modo geral, mostram que o consumo de bens continua firme.

O entusiasmo pelo seu negócio, a criatividade, promoções diversas e treinamento constante do pessoal contribuem para o sucesso dos lojistas desta Cidade.

Uma dúvida que pode surgir nesse contexto é em relação ao grau de endividamento do consumidor.

Felizmente, o lojista carioca está otimista e trabalhando para melhorar este cenário. Exemplo deste comportamento está na pesquisa de vendas para o Dia dos Pais, feita pelo Centro de Estudos do CDLRio. Foram ouvidos mais de 500 lojistas de diversos segmentos. Nada menos de 69% dos entrevistados esperam aumentar as vendas nesse período em relação ao Dia dos Pais de 2011.

Os parabéns do Sindilojas-Rio e do CDLRio aos lojistas pela capacidade de saberem expurgar o fantasma do pessimismo e conquistar resultados em seus negócios.

Aldo Carlos de Moura Gonçalves Presidente do Sindilojas-Rio e do CDLRio

Revista Empresário Lojista / Agosto de 2012

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CAPA

Treinamento contribui para o aumento das vendas Conquistar o consumidor através do atendimento é um dos grandes trunfos que o varejo dispõe. E é por isso que os lojistas estão investindo cada vez mais em treinamento – uma estratégia que traz enormes vantagens competitivas como o aumento das vendas e a fidelização dos clientes. Justamente pensando que aprender é essencial para aperfeiçoar o talento e contribui para desenvolver os atributos dos vendedores, é que o treinamento vem sendo apontado hoje como uma das mais poderosas ferramentas do varejo. Para especialistas no assunto, entretan-

Para Renato Lorenzo Saraiva, gerente do petshop Bicho Bacana, filial Paula Freitas, em Copacabana, o treinamento é uma das ferramentas mais econômicas e com melhor desempenho no trato direto e na fidelização dos clientes. Em sua opinião, trata-se de um mecanismo ao alcance de qualquer porte de loja, bastando que haja interesse e conscientização dos lojistas e gerentes sobre a necessidade de se investir neste tipo de estratégia. De acordo com Renato, através do treinamento se alcança o “real” atendimento, a consciência de que o vendedor vai superar as expectativas do cliente e não simplesmente vender a ele qualquer coisa.

to, esta prática não deve ser uma ação isolada, mas faz parte de um processo que precisa ser realizado continuamente. Ciente desta necessidade, a revista Empresário Lojista ouviu profissionais ligados ao comércio do Rio que fizeram cursos de gestão e treinamento no Instituto do Varejo (IVAR) - parceria cultural do Sindilojas-Rio e do CDLRio. Todos demostraram enorme satisfação com os conhecimentos adquiridos e afirmaram que, através dos ensinamentos, passaram a potencializar excelentes resultados em suas lojas.

- A venda deve ser uma relação interpessoal entre o

vendedor e o cliente, e este entrosamento se consegue

através do treinamento. Dessa forma, o consumidor nunca sairá da loja sem levar nada, pois mesmo que não compre

naquele momento, levará pelo menos uma boa impressão o que fará com que ele retorne em outra ocasião. Forçar a barra pode até fazer com que o cliente compre pelo cansaço, mas não irá fidelizá-lo. Por isso, é muito importante

saber atender as necessidades do cliente através de uma relação baseada na confiança entre as partes.

“Através do treinamento se alcança o real atendimento” Renato Lorenzo Saraiva, do Bicho Bacana

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- A lojista Regina Gutnik Kosminsky, proprietária das lojas D’Ouro, especializada em bijuterias finas e acessórios femininos, classifica como sendo indispensável o lojista investir em treinamento para que os vendedores aprendam como abordar adequadamente os clientes e possam identificar suas necessidades. No varejo há cerca de 30 anos, a empresária afirma que a venda nunca acaba na hora da compra uma vez que se o consumidor for bem atendido, seguramente voltará para comprar outros produtos e com a certeza de fazer um ótimo negócio. Segundo a lojista, o treinamento da equipe de vendas está totalmente vinculado à imagem que o consumidor terá da empresa. O vendedor é quem apresenta a sua marca aos clientes. Se ele não está preparado, prejudicará não só a venda como também a imagem da loja perante os consumidores.

- O varejo de hoje é muito dinâmico. No passado, bastava abaixar o preço para aumentar as vendas, mas as coisas mudaram bastante com o tempo. Hoje, o consumidor quer ter experiência de compra, está mais consciente de seus direitos e quer ser tratado com gentileza e atenção. E para que isso ocorra, os vendedores precisam estar preparados, ter paciência, saber ouvir e não forçar nenhuma situação. Desde criança, respiro o comércio, por isso posso afirmar que o treinamento é fundamental para que o lojista não morra na praia.

“O vendedor precisa estar preparado para atender o consumidor com gentileza e atenção” Regina Kosminsky, das lojas D´Ouro.

Proprietária da rede de lojas Star Brink, Lisa Chen reconhece que o comércio carece de profissionais preparados para atender a clientela, principalmente na hora de abordar os clientes. Como consumidora, ela reclama que muitas vezes não é bem atendida quando deseja adquirir algum produto. Em função dessa deficiência que observa no varejo, Lisa revela que faz cursos e procura investir em treinamento para atender as necessidades dos clientes de suas lojas localizadas nos shoppings Carioca, Jardim Guadalupe, Iguatemi e no Centro do Rio.

Investir em treinamento para atender as necessidades dos clientes” Lisa Chen, da Star Brink agosto 2012

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CAPA

- É necessário qualificar os nossos profissionais, pois a concorrência está cada vez mais acirrada. Precisamos nos preparar e dar toda a atenção ao consumidor para evitar perdas com vendas. Além de lojista, sou também consumidora e vítima de

mau atendimento no comércio. As falhas são muitas e acontecem até em lojas que entro e não sou percebida. É como se eu estivesse invisível. Percebo então como o treinamento é fundamental no varejo - constata Lisa Chen.

Responsável pela contratação dos vendedores e demais funcionários da rede de lojas de brinquedos Toyboy, o supervisor Ramon Vergara Burlini, ressalta que uma relação positiva com o cliente é decisiva tanto para consolidar as vendas quanto para fidelizar a clientela. Segundo ele, além de aguçar a competência dos profissionais que trabalham no comércio, o treinamento motiva a equipe, estimula a habilidade e a empatia de quem busca alcançar resultados satisfatórios nas vendas.

“O treinamento motiva a equipe, estimula a habilidade e a empatia para fidelizar a clientela” Ramon Vergara Burlin, das lojas Toyboy

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- O treinamento nada mais é do que um somatório de conhecimentos que deve ser aplicado no dia a dia de cada loja. O varejo evoluiu demais e o preço não é mais o grande atrativo como era antigamente. Hoje, a simpatia, a cordialidade, o ambiente e o clima que envolve a relação entre clientes e os consumidores fazem toda a diferença. Funcionários treinados são mais produtivos porque se sentem valorizados com o reconhecimento da empresa. Por isso, investimos em treinamento e damos oportunidades de crescimento aos nossos funcionários.

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VAREJO

Varejo aumentou as vendas em 6% na Rio +20 O comércio do Rio aumentou suas vendas em 6% durante o período em que foi realizada a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. A pesquisa do Centro de Estudos do CDL-Rio, realizada de 11 a 25 de junho, mostra que roupas, calçados, bolsas e acessórios e moda de praia foram os produtos mais comprados por estrangeiros e brasileiros de outros estados que participaram do evento. A Rio+20 aconteceu no Riocentro de 13 a 22 de junho, mas eventos paralelos começaram a tomar conta da cidade dias antes. Entre os estrangeiros, os que mais consumiram foram os africanos (34,5%) seguidos pelos latino-americanos (24,1), europeus (20,7%), americanos (17,2%) e asiáticos (3,4%). As lojas que mais venderam foram as da Zona Oeste, seguidas pelas lojas da Zona Sul, do Centro e da Zona Norte, informou o CDL.

Segundo Aldo Gonçalves, presidente do CDL-Rio e do Sindilojas-Rio, mais importante do que o aumento das vendas foi o fato de o comércio lojista do Rio ter passado “com louvor” no teste da Rio+20, e ter mostrado que está preparado para receber grandes fluxos de visitantes que estarão na cidade para os próximos megaeventos como o Encontro Mundial da Juventude Católica e a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos de 2016. “Temos consciência que precisamos nos preparar cada vez mais, com muito treinamento em técnicas de venda e qualidade de atendimento. Mas, na verdade, o que nos deixa feliz é que não houve reclamações sobre o atendimento e os consumidores estrangeiros elogiaram bastante o tratamento que receberam nas lojas, onde nem mesmo o idioma foi empecilho para que os estrangeiros deixassem de comprar”, conclui Aldo.

EXPEDIENTE Empresário Lojista - Publicação mensal do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio) e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) Redação e Publicidade: Rua da Quitanda, 3/11° andar CEP: 20011030 - tel.: (21) 2217-5000 - e-mail: empresariolojista@sindilojas-rio.com.br - Diretoria do Sindilojas-Rio - Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues; Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury; Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch; Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta; Vice-Presidente de Patrimônio: Julio Moysés Ezagui; Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira; Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti; VicePresidente de Produtos e Serviços: Ênio Carlos Bittencourt; Superintendente: Carlos Henrique Martins; Diretoria do CDLRio – Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa; Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg; Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Sequeiros; Diretor de Operações: Ricardo Beildeck; Diretor Jurídico: João Baptista Magalhães; Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu; Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym. Conselho de Redação: Juedir Teixeira e Carlos Henrique Martins, pelo Sindilojas-Rio; Ubaldo Pompeu, Abraão Flanzboym e Barbara Santiago pelo CDLRio, e Luiz Bravo, editor responsável (Reg.prof. MTE n° 7.750) Reportagens: Lúcia Tavares; Fotos: Dabney; Publicidade: Bravo Tel.: 2217-5000 - Capa,Projeto Gráfico e Editoração: Roberto Tostes - (21) 8860-5854 robertotostes@gmail.com; Editoração CDLRio: (páginas 23 a 32) - Leandro Teixeira e Márcia Rodrigues - Revisão: Simone Motta. agosto 2012

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DIA FESTIVO

Dia da Criança: Como Surgiu?

Juedir Teixeira, vice-presidente de Marketing do Sindilojas-Rio e coordenador acadêmico do Ivar

Na década de 1920, o deputado fede-

ção estabelece que toda criança

ral Galdino do Valle Filho teve a ideia de

deve ter proteção e cuidados

“criar” o dia das crianças. Os deputa-

especiais antes e depois do nas-

dos aprovaram e o dia 12 de outubro

cimento.

foi oficializado como Dia da Criança

Agora que sabemos mais

pelo presidente Arthur Bernardes,

sobre o Dia da Criança, o que

através do de-

Existe sempre alguma forma de atrair o público infantil com alguma oferta especial.

você pode fazer na sua loja para

creto nº 4867,

de 5 de novembro de 1924.

Somente em 1960, quando

a fábrica de brinquedos Estre-

la fez uma promoção conjunta

com a Johnson & Johnson para lançar a “Semana do Bebê Robusto” e aumentar suas vendas,

é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu

certo, e desde então, o Dia das Crianças é comemorado com muitos presentes.

Logo depois, outras empresas decidiram criar a

Semana da Criança, para aumentar as vendas. No

do varejo, para aumentar as suas vendas?

Mesmo que a sua loja não seja de brinquedo, existe

sempre alguma forma de atrair o público infantil com

alguma oferta especial. Pense nisso! Aqui vão algumas sugestões:

• Pense num produto atrativo que possa chamar a

atenção do público infantil!

• Pense na construção de uma vitrine atrativa e ven-

dável para deixar a criançada de boca aberta!

• Pense e desenvolva algum brinde que possa atrair

ano seguinte, os fabricantes de brinquedos deci-

as crianças, mesmo que você venda produtos para os

fizeram ressurgir o antigo decreto. A partir daí,

• Lembre-se de que há sempre uma ideia inovadora

diram escolher um único dia para a promoção e

pais!

o dia 12 de outubro se tornou uma data impor-

para atrair determinados públicos e é só você dedicar

Muitos países comemoram o dia das Crianças

sunto como uma forma de conquistar novos clientes no

tante para o setor de brinquedos.

em 20 de novembro, já que a ONU (Organização

das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia

um pouquinho do seu tempo para pensar sobre o asdia das crianças.

Universal das Crianças, pois nessa data também é

Boas vendas!

tos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declara-

www.juedirconsultor.com.br

comemorada a aprovação da Declaração dos Direi-

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aproveitar esta importante data

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,

Barbara Santiago gerente do Centro de Estudos do CDLRio.

A origem do código de barras O código de barras é uma representação gráfica de dados numéricos que pode ser decodificada por meio de um scanner. Essa tecnologia, amplamente utilizada nas lojas e supermercados para identificar produtos e preços, surgiu nos Estados Unidos, em 1970. A invenção do código de barras deu vida nova ao comércio varejista, pois tornou o atendimento mais rápido e eficiente, diminuindo as filas na hora do pagamento. O primeiro sistema de codificação de produtos foi patenteado por Bernard Silver e Norman Woodland, do Drexel Institute of Technology. Já o sistema utilizado nos dias de hoje foi desenvolvido pela IBM, em 1973. No Brasil, o uso do código de barras começou na década de 80.

A origem do símbolo @ Se você tem mais de 25 anos e se lembra do período antes da popularização da internet vai recordar que o símbolo arroba (@) era uma referência apenas no que diz respeito a uma unidade de medida para pesar animais, como bois e ovelhas. Porém, foi a partir do momento em que a arroba foi incluída nos endereços de email que ela se tornou popular e um elemento inconfundível. Se a sua origem histórica é incerta, a sua utilização no mundo da informática ocorreu pela primeira vez em 1971. Foi nesse ano que o programador Raymond Tomlinson teve a ideia de utilizar o símbolo para separar o nome de usuário do nome do terminal de computador. A diferenciação não só funcionou, como se tornou esteticamente agradável, sendo adotada como padrão anos mais tarde. Quase cem anos antes, o símbolo arroba também era utilizado como um símbolo de taquigrafia. Em termos contábeis, o símbolo tinha o mesmo significado da expressão “à taxa de”. Apesar de ser visualmente idêntico em todos os países, seu nome varia em muitos lugares. Na França e na Itália, o símbolo é conhecido como “caracol”; na China por “ratinho”; na Alemanha é “cauda de macaco”, em sueco tromba de elefante; noutros idiomas, tem o nome de um doce em forma circular: shtrudel, em Israel; strudel, na Áustria e pretzel em vários países europeus.

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SERVIÇOS

Curiosidades do Comércio

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R$1,99. Qual é a função desses preços? As lojas 1,99 surgiram no Brasil na década de 90 e se multiplicaram, principalmente na cidade de São Paulo e Rio de Janeiro. Esse tipo de comércio apresenta características peculiares: vende de tudo, não possui atendentes e foi feito para todas as classes sociais. Mas qual é a função do preço R$1,99? A função dos preços com final 0,99 é a de confundir o cliente. Esse tipo de preço nos dá a impressão de que o produto é realmente barato. As lojas de R$1,99 revelaram uma ótima estratégia de venda: elas usam os decimais para criar a ilusão de promoções.

Qual a origem do Shopping Center? A origem dos shoppings centers remete à construção do Grande Bazaar de Isfahan, no Irã, no século X antes de Cristo. O local tinha dez quilômetros de estrutura coberta. Mas o primeiro shopping oficial foi inaugurado em novembro de 1774, na Inglaterra. O chamado Oxford Covered Market existe até hoje.

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

PERGUNTE! Empresário Lojista responde Os empresários lojistas, mesmo não tendo empresa associada ao Sindilojas-Rio, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias através do tel. 2217-5000, de 2ª a 6ª feira, de 9 às 17 horas. A seguir, algumas perguntas encaminhadas à advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do Sindilojas-Rio, e suas respostas.

deverão ser pagos integralmente, pois são consideradas ausências legais e não serão descontadas para cálculo do período de férias (Enunciado n.º 89 TST).

justifica-se somente para nova função, uma vez que não há coerência alguma em se testar o desempenho da mesma pessoa na mesma função antes testada.

Atualmente, quais os valores de lanche aos sábados, domingos e feriados?

Conforme Lei nº 5.463/12, todas as empresas estão obrigadas a fixar placa informativa com dias e horários de funcionamento?

A partir da Convenção Coletiva de Trabalho 2012/2013, qual o valor dos novos pisos salariais?

- Jantar (para o trabalho realizado após 18h30) - R$10,00;

Os pisos salariais foram reajustados da seguinte forma: - 1ª Faixa (Aos empregados que percebem salário fixo, cujas funções determinem tarefas pertinentes ao comércio de varejo com menor grau de qualificação, tais como: empacotador, etiquetador, auxiliar de serviços gerais, auxiliar de escritório, estoquista, repositor, auxiliar de depósito e outras funções similares) – R$ 725,00; - 2ª Faixa (Aos empregados que percebem salário fixo, cujas funções determinem tarefas pertinentes ao comércio de varejo de maior grau de qualificação, tais como: vendedor, balconista, operador de caixa e pessoal de escritório (exceto aqueles estabelecidos na primeira faixa e outras funções similares) – R$ 735,00;

Aos sábados (Convenção Coletiva de Trabalho 2012/2013 – cláusula décima sexta): - Lanche (para o trabalho realizado após 14h30) – R$10,00;

Domingos (Convenção Coletiva para trabalho aos domingos – cláusula sétima): - Lanche – R$11,00; Feriados (Convenção Coletiva para trabalho nos feriados – cláusula sexta): - Lanche – R$8,50. Qual o prazo para efetuar o depósito do FGTS? Os depósitos do FGTS devem ser efetuados mensalmente até o dia 7 (sete) do mês subsequente ao de sua competência. Quando o dia 7 não for dia útil, o recolhimento deverá ser antecipado. O empregado que exerce a função de gerente faz jus ao recebimento de horas extras?

- Período de experiência – R$ 630,00.

Os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam os diretores e chefes de departamentos ou filial, não fazem jus à remuneração pelo serviço extraordinário, pois não lhes aplicam as normas relativas à duração normal do trabalho, conforme art. 62, II, da CLT.

É possível descontar do período das férias do empregado as faltas justificadas com atestado médico?

A empresa que readmite um empregado para a mesma função pode novamente celebrar contrato de experiência?

Não. Os dias em que ocorreram as faltas

Não. Um novo contrato de experiência

- Operador de Telemarketing – R$ 740,00; - Garantia do comissionista – R$ 815,00 e;

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Não. Estão excluídas da obrigatoriedade de fixar a referida placa nos estabelecimentos comerciais que se situem em shopping centers, ou outros conjuntos comerciais de acesso comum aos logradouros públicos. A lei dispõe ainda que a placa deva ser fixada na fachada frontal ou em local de fácil visualização, na parte externa do estabelecimento. O empregador pode aplicar justa causa ao empregado depois de passado certo tempo do fato gerador da punição? Não. Um dos elementos que configuram a justa causa é a atualidade. Portanto, a punição deve ser aplicada imediatamente em seguida à falta, pois o transcurso de um período considerado longo poderá ser entendido como perdão tácito. O empregado que se afastar por motivo de doença tem o direito de correção salarial igual àquela obtida por outros funcionários, após seu retorno ao trabalho? Sim. A legislação determina que o empregado afastado por motivo de doença tem direito à correção salarial que, em sua ausência, tenha sido concedida à categoria a que pertença. As férias podem iniciar aos domingos? Não. Conforme Precedente Normativo nº 100 do TST, as férias, coletivas ou individuais, não poderão coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia de compensação de repouso semanal.


TRIBUTOS

Sua empresa possui créditos previdenciários a recuperar, sabia disso? Agora não se trata mais de tese: o STJ bateu o martelo! Durante muito tempo, diversas foram as empresas de consultoria que ofereciam serviços de compensação de créditos por meio de títulos da dívida pública, venda de precatórios, etc. Em muitos desses casos, as operações não surtiam o resultado adequado: muitos dos títulos da dívida não permitem a compensação de dívidas. Em outros casos, a aquisição de precatórios sem levar em consideração o ganho de capital (sujeita à tributação pelo imposto de renda) gerava uma sensação de que sua aquisição valia a pena... Por tudo isso, há um sentimento de que esses trabalhos não valem a pena, o que é verdade em boa parte das vezes. Contudo, recentemente o STJ decidiu quais são as rubricas sobre as quais NÃO há incidência da contribuição previdenciária patronal. Isso significa que a parte significativa das empresas tem um valor expressivo a recuperar. Isso ocorre porque, não raro, as empresas têm o hábito de incluir na base de cálculo da contribuição previdenciária (parte patronal) itens sobre os quais não incide a contribuição supra. Esse recolhimento a maior gera uma categoria de créditos que podem ser compensados imediatamente (na esfera administrativa, sem necessidade de ação judicial) e outra cuja chance de sucesso é razoável na Justiça. A discussão acerca de quais rubricas estão sujeitas à contribuição previdenciária é antiga. Ao longo do tempo, várias foram

GESTÃO TRIBUTARIA

as decisões administrativas e judiciais monocráticas, algumas a favor e outras contra as empresas. Sem a pretensão de esgotar o assunto, é possível citar como exemplo o adicional de férias, os abonos, a licença-maternidade, a licença-afastamento (até 15 dias), etc. Dezenas de empresas nacioDezenas de nais e multinacionais que opeempresas que ram no país já recuperaram os valores pagos a maior, já tendo operam no país já sido, inclusive, auditadas, com recuperaram valores o aproveitamento do crédito pagos a mais chancelado pelos auditores. É claro, por razões óbvias, que esse assunto não foi divulgado pela mídia: a recuperação desses valores pelas empresas diminui a entrada de recursos nos cofres públicos. Recomenda-se, portanto, o contato junto a empresas especializadas no assunto com vistas a levantamento do valor pago a maior, à atualização e à recuperação por meio dos instrumentos adequados, caso a caso (há procedimentos específicos para cada rubrica). Caso tenha interesse em saber mais sobre recuperação de créditos previdenciários, marque uma visita conosco pelo Tel. (21)- 3125-7164

RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS PREVIDENCIÁRIOS

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E-COMMERCE

Projeto Inovação Tecnológica prepara lojistas para ingressar no e-commerce

O presidente do Conselho Empresarial de Comércio de Bens e Serviços da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Aldo Gonçalves, quando falava da importância do projeto, ao lado do presidente do Conselho Empresarial de Inovação Tecnológica, Fernando Baratelli Junior, do diretor do Sebrae, Armando Augusto Clemente, e da vice-presidente do Conselho Empresarial de Inovação Tecnológica, Marilia Oliveira Correia Brito.

Com o objetivo de capacitar os lojistas de micro e pequenas empresas para ingressarem de forma segura no e-commerce, foi realizado no dia 24 de julho, na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), o segundo seminário do projeto de Inovação Tecnológica do Comércio do Rio de Janeiro. O projeto, uma iniciativa da ACRJ, através de seus conselhos empresariais de Inovação Tecnológica, presidida pelo empresário Fernando Baratelli Junior, e do Comércio de Bens e Serviços, tendo à frente o presidente Aldo Gonçalves, além do Sebrae/RJ, conta com a parceria do Sindilojas-Rio e do CDLRio. Durante o seminário, o consultor do Sebrae, Rafael Leonardo, fez palestra sobre “Marketing e Vendas na Internet”. O especialista explicou que quanto mais cedo o empresário enxergar a internet como importante canal de vendas, melhor será para ampliar os seus negócios e se manter firme no mercado. Entre os benefícios que o e-commerce oferece aos varejistas, o con-

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sultor assinalou maior competividade, visibilidade da marca, aumento da credibilidade e da rentabilidade, rapidez, excelente relação custo x benefício e maior abrangência e proximidade junto ao cliente. - O lojista precisa estar na internet, mas para isso é preciso elaborar um bom planejamento a fim de não enveredar por caminhos errados e sofrer prejuízos. Quanto mais específico ele investir na segmentação do produto e de informações, mais sucesso terá. Os objetivos devem ser claros e o público alvo bem definido. Todos os lugares possíveis devem conter o seu endereço virtual e sua marca tem que estar presente em todos os canais como blogs, facebook, twitter etc. Nunca encare as redes sociais como sendo uma febre de adolescentes, pois elas garantem grandes negócios - afirmou Rafael Leonardo. O empresário Aldo Gonçalves destacou a importância do projeto em buscar condições mais favoráveis para os lojistas que têm problemas de gestão. Segun-

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Nunca encare as redes sociais como sendo uma febre de adolescentes, pois elas garantem grandes negócios. Rafael Leonardo

do ele, muitos empresários não estão preparados, e a capacitação muitas vezes é precária. A gestora do projeto, Margareth Carvalho, concordou e acrescentou que existem ainda inúmeros lojistas que têm receio de inovar, sentem-se inseguros por correr riscos, e, por isso, sofrem com a necessidade de informatização em seus estabelecimentos. - O projeto visa exatamente isso, promover a capacitação e o aumento da competitividade por meio da melhoria da gestão, da profissionalização do atendimento e do acesso à inovação tecnológica. Na internet, as empresas divulgam seus negócios de forma mais afetiva,

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têm maior abrangência e maior visibilidade – esclareceu Margareth ao detalhar as fases do projeto. Programado para terminar em dezembro de 2014, o projeto Inovação Tecnológica do Comércio da Cidade do Rio de Janeiro foi lançado no dia 5 de junho deste ano, na ACRJ, e está sendo desenvolvido em três etapas. Entre as ações, conta com a realização de seminários e oficinas de capacitação com base em informações das empresas em relação a associativismo, capacidade de vendas, gestão empresarial, informatização, automação comercial, meios eletrônicos de pagamento e canais de vendas.

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FIDELIDADE

NPS

Juedir Teixeira, vice-presidente de Marketing do Sindilojas-Rio e coordenador Acadêmico do Ivar

NET PROMOTER SCORE

Um dos grandes desafios das empresas, notadamente as varejistas, é conquistar a lealdade de seus clientes. Além da dificuldade da conquista, uma outra dificuldade era a falta de uma métrica para medir o nível de lealdade dos consumidores. No mundo dos negócios atual, uma empresa sustentável é aquela que apresenta a característica representada no quadro abaixo:

Um dos princípios básicos da gestão é que aquilo que não

vro, que no Brasil recebeu o título de A Pergunta Definitiva

sistemática das quatro variáveis mencionadas, das quais ape-

ferramenta de medir a lealdade dos clientes, que está sendo

se mede, não se gerencia, o que exige dos gestores a medição

nas a satisfação do proprietário (o lucro) é medida com a devida frequência. A sua empresa mede a satisfação dos grupos de interesse acima?

Para medir a lealdade dos clientes, o consultor e professor

norte-americano, Fred Reichhelde lançou recentemente o li-

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2.0, referente ao índice Net Promoter Score - NPS, uma nova

usada, com grande sucesso, por diversas empresas de pequeno, médio e grande porte, dentre as quais, como sempre, se

destaca a APPLE, cujo índice NPS médio das mais de 320 lojas espalhadas pelo mundo é de 72%.

A apuração do índice NPS é obtida através da pergunta

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definitiva feita ao cliente: NUMA ESCALA DE 0 A 10, QUAL A PROBABILIDADE DE VOCÊ INDICAR A NOSSA EMPRESA PARA UM FAMILIAR, AMIGO OU CONHECIDO, onde zero significa que jamais indicaria e 10 que indicaria com toda certeza. O resultado obtido é interpretado da seguinte forma: Notas 9 e 10: Promotores da marca (P) - Notas 7 e 8: Neutros (N) - Notas de 0 a 6: Detratores da marca (D). O cálculo do índice NPS é feito com base na fórmula abaixo, onde os neutros são abandonados e deduzem-se os promotores dos delatores da marca. NPS= P-D. Exemplo: uma determinada empresa apresentou, na pesquisa NPS, os seguintes percentuais: Promotores: 40% - Neutros: 30% - Detratores: 30% - Índice NPS = 40% – 30% = 10% positivo. Cálculo NPS de algumas empresas que estão adotando a referida métrica: • USSA – Banking: 87% • APPLE: 72% • APPLE Iphone: 70% • Panasonic Televisior : 32% • Sony – Televisior: 28% Milhares de empresas já adotaram o NPS no centro de seus processos de gestão e alcançaram resultados extraordinários e conseguiram implementar melhores métodos de contratação, treinamento e remuneração, além de reexaminar políticas, redesenhar produtos e aprimorar processos empresariais. A Pergunta Definitiva: Qual a probabilidade de você nos recomendar, ou seja, nós o tratamos bem, a ponto de merecer a sua lealdade? Três elementos fundamentais dos quais não se pode abrir mão na implantação do NPS:

• A empresa precisa categorizar sistematicamente os Promotores e Detratores de modo transparente e oportuno; • A empresa deve pautar-se pelo aprendizado de ciclo fechado (contatar os clientes detratores um a um para saber as causas da nota abaixo de 7) e criar processos de melhorias, incorporando-os em suas operações diárias; • A missão do CEO e outros líderes deve ser criar mais promotores e menos detratores. Princípios básicos do NPS Lucro bom: o que contribui para a lealdade do cliente; Lucro ruim: o que contribui para a perda futura do cliente. Você sabe quais são os lucros ruins da sua empresa? Procure identificá-los! A medida do Sucesso: Mensurar a felicidade do cliente – A pergunta definitiva. Duas condições básicas para que o cliente recomende uma empresa: • Crer que a empresa oferece valor superior nos termos que qualquer economista entenderia: preço, características, qualidade, funcionalidade, facilidade de uso e vários outros valores práticos; • Sentir-se bem sobre o relacionamento com a empresa. Crer que a empresa o conhece e o entende, o valoriza, o escuta e compartilha seus princípios. No Brasil, a empresa varejista pioneira em adotar o índice NPS é a Amoedo, do ramo de material de construção da qual sou consultor e responsável pela implantação do modelo NPS. www.juedirconsultor.com.br

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agosto 2012

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HOMENAGEM

Homenagem no Sindilojas-Rio e no CDLRio Diretores e executivos do CDLRio e do Sindilojas-Rio ofereceram almoço ao presidente Aldo Gonçalves, de ambas as entidades, no dia 9 de julho, por motivo do transcurso de seu aniversário natalício, ocorrido no dia 6. Durante o almoço na sede do CDLRio, em nome dos diretores e dos executivos do Sindilojas-Rio, falou o vice-presidente Julio Martin Piña Rodrigues, na foto com o homenageado e diretores.

Em nome dos diretores e executivos do CDLRio, falou o Presidente do Conselho de Administração Renato Gelli, na foto com o homenageado e diretores.

Na reunião de julho da Diretoria do Sindilojas-Rio, no dia 17, o presidente Aldo Gonçalves foi novamente homenageado pelos diretores e também pelos colaboradores, diante do tradicional bolo de aniversário.

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NOTAS

O Sindilojas-Rio contrário à Lei do Rio Limpo O Sindilojas-Rio ingressou com uma Ação Coletiva Ordinária

com pedido de tutela antecipada contra o Município do Rio de Ja-

neiro no que diz respeito ao Decreto 35.507/12 (Lei do Rio Limpo),

diata da publicidade, sob pena de aplicação de multa diária de R$ 570,00.

O Sindilojas-Rio requereu a concessão da tutela antecipada

que dispõe sobre a criação da Zona de Preservação Paisagística e

para que a Prefeitura do Rio se abstenha de praticar qualquer ato

ge a utilização de anúncios, bem como proíbe os de publicidade

autorização ou estejam em condições de obtê-las e renová-las, exi-

Ambiental da Cidade do Rio de Janeiro. O referido decreto restrinno centro da Cidade e na Zona Sul. Também veda a instalação de

outdoors, anúncios que cubram as fachadas, letreiros em cober-

turas de prédios e nas laterais. Determina, ainda, a retirada ime-

que impeça o direito de os filiados do Sindilojas-Rio, que possuam bir a publicidade de acordo com a legislação vigente, assim como,

para que seja restabelecido o direito daqueles que já sofreram as sanções e proibições cominadas no Decreto 35.507/12.

Golpe do Envelope Vazio Um golpe que está ocorrendo em Cuiabá e certamente em

extrato denotar que foi feito depósito em caixa eletrônico. De boa

gamento de compras via depósito em conta corrente bancária. O

ter conhecimento, geralmente, pelo aviso do banco no extrato de

outras cidades é o do envelope vazio, muito empregado no padescuido é na hora da conferência do extrato. É preciso se atentar

que há diferença entre a confirmação de depósito em caixa ele-

fé, o comerciante libera os produtos e cai no golpe, que ele só vai estorno do valor.

No caso deste golpe, orienta o CDL-Cuiabá, antes de liberar a

trônico e a confirmação de registro do dinheiro depositado. Isto

mercadoria, o lojista deve aguardar a confirmação no extrato de

eletrônico. No espaço de tempo até a conferência deste envelope

no caixa eletrônico não é prova de que o dinheiro foi, efetivamen-

por que os criminosos têm depositado envelopes vazios no caixa pelo banco, eles requerem a liberação das mercadorias, mediante o

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dinheiro em conta, atestada pelo banco. Ou seja, a operação feita te, depositado na conta.

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ACÃO RENOVATÓRIA

Dia do Comerciante é festejado com palestra

Para marcar o Dia do Comerciante, 16 de julho, o CDLRio e o Sindilojas-Rio promoveram importante palestra com o professor e desembargador aposentado Sylvio Capanema que falou sobre “Ação Renovatória de Locação Comercial”, tema do qual o jurista é um dos maiores especialistas do País, tendo, inclusive, livros publicados em relação ao assunto e feito parte da comissão que elaborou a Lei do Inquilinato, editada em 1990 e que vigora até hoje. Na ocasião, o presidente do CDLRio e do Sindilojas-Rio, Aldo Gonçalves, descreveu o perfil do comerciante como sendo o da garra, da perseverança, do otimismo e da permanente esperança. Conhecedor profundo dos problemas que mais afligem os lojistas, o empresário destacou também a confiança e a coragem dos comerciantes que para manter seus negócios, diariamente, são obrigados a enfrentar enormes desafios como, carga tributária elevada, altas taxas de juros, excesso de legislação complicada, concorrência desleal da pirataria e dos camelôs, e em muitos casos, o afastamento de consumidores quando ocorre desordem urbana. - Para o comerciante, vender é um ato de fé, é acreditar na realização da venda antes mesmo do cliente entrar na loja. E, cada vez que abre as portas do seu estabelecimento, renova sua confiança e coragem para enfrentar as dificulda-

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des de cada dia. Creio que sempre haverá reconhecimento da sociedade aos comerciantes, aqueles que trabalham para prover mais oportunidades, mais empregos e mais crescimento econômico e social para o nosso País - enfatizou Aldo Gonçalves, que também ocupa o cargo de vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro e presidente do Conselho Empresarial de Comércio de Bens e Serviços daquela entidade. O professor e desembargador aposentado Sylvio Capanema abriu a palestra dando uma verdadeira aula de história ao explicar o porquê da necessidade de criação, em 1934, de uma lei que regulamentasse as relações entre inquilinos e proprietários de imóveis comerciais. Assim, o desembargador retornou aos idos de 1930 e a implantação do Estado Novo quando o Brasil deixou de ser um país de economia agrícola e teve início sua industrialização, provocando a ocupação das cidades, o êxodo rural e o consequente desenvolvimento do comércio varejista. Na ocasião, Sylvio Capanema explicou e esclareceu de forma bastante didática alguns dos principais pontos da Lei do Inquilinato, com ênfase na Ação Renovatória de Locação Comercial. Entre conselhos, dicas e alertas a fim de que os comerciantes locatários não percam seus direitos para in-

Para o comerciante, vender é um ato de fé. Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do Sindilojas-Rio,

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gressar com a Ação Renovatória, Capanema chamou a atenção para o prazo de propositura que é de caráter decadencial, ou seja, não se admite prorrogação de nenhuma forma. - É uma bomba-relógio jurídica. Quando explode, acaba o direito de se propor a ação – comparou o desembargador, de forma bem-humorada e precisa, esclarecendo logo em seguida que o prazo para ingressar com a Ação Renovatória nunca pode ser antes de um ano e menos de seis meses. Durante a palestra, Sylvio Capanema destacou itens importantes em que a Lei do Inquilinato disciplina o procedimento a ser adotado na renovação contratual. Segundo o desembargador, é preciso que o lojista tenha contrato escrito e por tempo determinado (mínimo de cinco anos), estar rigorosamente quites com suas obrigações contratuais, não apenas em relação ao aluguel, mas, com impostos, taxas, seguro, contas de luz, água etc., e precisa estar no exercício de sua atividade comercial pelo menos nos últimos três anos. Em relação ao prazo do contrato, explicou que deve ser de cinco anos consecutivos, ou, com prazos menores desde que não haja interrupções e o somatório total atinja os cinco anos conforme prevê a Lei do Inquilinato. - É preciso ter muito cuidado, pois existem locadores maliciosos que usam de artifícios, fazendo contratos com prazos esporádicos e não consecutivos. A jurisprudência sustenta o somatório dos prazos dos contratos anteriores, desde que sejam sucessivos, sem intervalos. Ou seja, hoje, admite a soma de prazos podendo, por exemplo, um contrato ser de dois anos, outro de um ano e outro de dois anos, perfazendo os cinco anos estabelecidos na lei. Isso é cabível uma vez que não há interrupção - ensinou o professor e desembargador.

Para exemplificar que a Lei do Inquilinato procurou ser a mais justa e equilibrada possível, Sylvio Capanema lembrou que a retomada do imóvel por parte do proprietário é possível, mas desde que ele peça a realização de obras necessárias, ou para montar seu próprio negócio ou ainda para ascendentes, descendentes ou cônjuge que queiram montar um negócio. Tem direito de pedir o imóvel também para o estabelecimento de empresa da qual o proprietário seja sócio majoritário ou porque ele recebeu uma proposta além do que foi oferecida pelo locatário lojista. Neste caso, no entanto, Sylvio Capanema, alertou, que assim como na Ação Renovatória em que a perícia é uma peça importante para fixar o valor justo do aluguel, na retomada do imóvel, haverá necessidade de comprovação do que está sendo alegado pelo proprietário. Caso contrário, ele responderá solidariamente junto com quem fez a proposta e os dois terão de arcar com pagamento de indenização ao lojista locatário. Outro ponto polêmico abordado por Capanema foi a questão de se arbitrar o aluguel. De acordo com o magistrado, a rainha das provas é a perícia técnica que deverá fixar o valor correto do aluguel durante a vigência do contrato. Finalizando a palestra, Sylvio Capanema desfez o mito criado por leigos de que a Ação Renovatória só é admitida uma única vez. - O lojista pode ajuizar a Ação Renovatória quantas vezes quiser, inclusive, no caso de uma estar em curso e se alastrar por mais de quatro anos. Nesta situação, o comerciante poderá propor outra ação a fim de não perder seu prazo de direito. O juiz receberá a ação, mas deixará em suspenso até o julgamento da primeira. Se for considerada improcedente, obviamente anulará a segunda.

O Dia do Comerciante Esta segunda-feira é o Dia do Comerciante. Uma das raras categorias que vai comemorá-lo trabalhando. Para marcar a data, o CDLRio e o Sindilojas-Rio promovem uma reflexão sobre um dos grandes problemas enfrentados pelos lojistas, especialmente os de shoppings, com uma palestra do desembargador Sylvio Capanema sobre a “Ação renovatória de locação comercial”. Para Aldo Gonçalves, presidente das duas entidades e um dos mais prestigiados líderes da categoria, a data merecia ser muito mais festejada em todo País por sua importância econômica e social. Ele afirma: “O comércio é o combustível que alimenta a economia e um dos maiores geradores de emprego e de renda”. Números do Ministério do Trabalho e Emprego e indicadores organizados pelo Centro de Estudos do CDL-Rio indicam que, só no ano passado, o comércio fluminense criou 390 mil empregos formais,

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gerando uma massa salarial de R$ 481 milhões. “Outro dado relevante apontado por Gonçalves se refere ao desenvolvimen-

to educacional dos empregados do comércio varejista: aumentou

em 16% o percentual de comerciários com curso fundamental completo, 15% com ensino médio concluído e 73% com diploma

de curso superior, retratando um cenário revelador da grande

participação do comércio no desenvolvimento do estado. O presidente do CDLRio concluiu: “Isso aumenta a responsabilidade do setor em colaborar para a formulação de uma estratégia de

consolidação do dinamismo da cidade e do Estado do Rio”. É o que estamos fazendo.”

Fonte: Jornal do Commercio,de 13 de julho de 2012. Coluna Confiden-

cial, de Aziz Ahmed, pg. 3

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PESQUISA PESQUISA

Olhar do consumidor nas prateleiras pode ser monitorado

O lojista pode descobrir o que realmente atraiu a atenção do consumidor nos muitos produtos colocados nas gôndolas. E, desta forma, pode estimar o interesse por um ou mais produtos em sua loja. Empresas como a Procter & Gamble Co. , Unilever PCL e Kimberly-Clark Corp. estão combinando simulações tridimensionais computadorizadas de protótipos de produtos e gôndolas de varejo com a tecnologia de “eye-tracking”, que monitora o movimento e a fixação do olhar. O novo processo está ajudando ao lançamento de novidades mais rápidas e a criar produtos e gôndolas que aumentem a venda. Pesquisadores da Kimberly-Clark em 2009 usaram computadores com câmaras de monitoramento da retina para testar a nova embalagem de toalhas de papel, informou Kim Greenwood, gerente da equipe de realidade virtual da empresa. O objetivo era descobrir as versões da embalagem que atraíam o olhar do consumidor nos primeiros dez segundos diante da gôndola – intervalo crucial no qual o produto é reconhecido e colocado no carrinho. E também saber se essa preferência se mantinha independentemente do total de rolos de embalagens. Ao monitorar a reação de consumidores a várias versões, a Kimberly-Clark descobriu o que atraía a atenção da pessoa, o ponto mais comum de partida e o caminho que o olhar percorria na embalagem. “A combinação desses fatores nos ajudou a optar por um desenho em forma de onda, disse Greenwood”. Pesquisadores vêm observando o movimento dos olhos do consumidor para tentar descobrir o que a pessoa acha do produto desde o início deste século. Como a tecnologia melhorou muito nos últimos anos, agora já dá para monitorar a retina a fim de saber exatamente em que ponto o olhar se fixa, por quanto tempo e quantas vezes. Esta informação já serviu para derrubar mitos sobre o que

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realmente importa no design. Um deles diz respeito ao tamanho da imagem usada para ilustrar uma embalagem. Certas empresas acham que quanto maior, melhor, afirma Michel Wedel, professor de Ciência do Consumo, na Faculdade de Administração da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Para Wedel, estudos com monitoramento da retina mostram que o olho processa imagens com tanta rapidez que nem sempre o tamanho importa. Há empresas que estão indo além do olhar do consumidor, monitorando, também, a atividade cerebral de participantes de testes para descobrir que imagens geram reações de prazer, informa David Johnston, diretor da JDA Software Group Inc. Outra técnica, também em teste, é o registro de expressões faciais involuntárias para captar a verdadeira reação emocional. EXPERIÊNCIA A Unilever quando achou de mudar o frasco do sabonete líquido Axe, montou um cenário virtual em 3D e fez os participantes do teste colocarem óculos especiais equipados com três esferas monitoradas por sensores que correspondiam a movimentos horizontais e verticais da pessoa dentro da cena virtual. Os resultados fizeram a empresa mudar o formato do frasco, que era curvilíneo, passando a ser reto. A marca ganhou um X negro e fundo azul para ficar mais visível. A letra usada na descrição do produto agora é maior. Depois de usar o “eye-tracking” para testar a área de desodorante nas gôndolas, a Unilever sugeriu às lojas, prateleiras inclinadas para que, quando uma pessoa retirasse um produto, o de trás viesse para frente de forma que a embalagem estivesse sempre de frente para o consumidor. Numa das lojas que adotou a sugestão, as vendas de desodorantes subiram 3,5%.

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HOMENAGEM

PESQUISA

Homenagem à Marinha de Guerra do Brasil Os lojistas do Rio homenagearam a Marinha de Guerra do Brasil pela passagem do 147º aniversário da Batalha Naval do Riachuelo, celebrado em 11 de junho. A solenidade aconteceu durante almoço na sede do CDLRio e contou com as presenças de autoridades civis e militares, além de diretores das duas entidades promotoras do evento: Sindilojas-Rio e CDLRio. Entre os convidados, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos. Na ocasião, o presidente do Sindilojas-Rio e do CDLRio Aldo Gonçalves saudou o comandante do 1º Distrito Naval, vice-almirante Elis Treidler Oberg, e destacou fatos importantes e a participação da Marinha na história do Brasil. Lembrou que, além de proteger os nossos rios e mar, a Marinha desempenha outras atividades de grande relevância como o programa nuclear que vem desenvolvendo; ações humanitárias e de resgate no mar; participação no programa Antártico Brasileiro e assistência social que presta às populações ribeirinhas através dos “navios esperanças”.

- A Marinha, historicamente, sempre se preocupou com nossas perspectivas de desenvolvimento e primazia de direitos. Como cidadão, empresário e líder do comércio lojista, não posso conter minha admiração quanto ao eficiente trabalho executado pela Marinha de Guerra do Brasil na defesa das riquezas naturais brasileiras, no oceano e, inclusive, no pré-sal. Profissionalmente bem preparada, altamente qualificada, com avançada formação tecnológica e científica, a Marinha continuará sempre e cada vez mais a garantir nossa soberania – enfatizou Aldo Gonçalves. Em agradecimento, o comandante do 1º Distrito Naval disse que, ao falar para pessoas que geram empregos e riquezas, sentia-se bastante honrado com a homenagem

O presidente Aldo Gonçalves entregou placa alusiva à homenagem ao vice-almirante Elis Treidler Oberg. À direita, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos.

feita pelo Sindilojas-Rio e CDLRio. Emocionado, o vice-almirante Elis Treidler Oberg aproveitou a ocasião e falou com orgulho sobre as atividades da Marinha em benefício do progresso de nosso País, como o sistema de gerenciamento dentro da Amazônia Azul e o Programa Nuclear, que envolve projetos de construções de submarinos. - Há 30 anos começamos o nosso Programa Nuclear e atualmente avançamos no Projeto de Submarino com Propulsão Nuclear. Uma base está sendo construída em Itaguaí para colocar em prática o projeto que conta ainda com a construção de outros quatro submarinos convencionais – assinalou o comandante do 1º Distrito Naval que, ao final da cerimônia, recebeu uma placa alusiva ao evento.

Aspecto do almoço, quando falava o comandante do 1º Distrito Naval, vice-almirante Elis Treidler Oberg (ao fundo, à direita da foto).

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PESQUISA

No Brasil, as mulheres trabalham dez dias a mais por ano do que os homens As mulheres trabalham mais horas do que os homens, considerando o tempo trabalhado fora e dentro de casa, segundo o relatório “Perfil do Trabalho Decente no Brasil: um Olhar sobre as Unidades da Federação”, divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O relatório mostra que, no total, os homens têm jornada de 52,9 horas semanais. As mulheres, de 58 horas, 5,1 horas a mais do que o sexo oposto - o que equivale a 20 horas adicionais por mês, cerca de dez dias a mais por ano. A OIT analisou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta que 90,7% das mulheres que estão no mercado de trabalho também realizam atividades domésticas – percentual que cai para 49,7% entre os homens. No trabalho, elas gastam, em média, 36 horas por semana; eles, 43,4 horas. Em casa, por outro lado, elas gastam 22 horas semanais. Os homens, 9,5 horas. “Se eu tivesse esse tempo a mais, usaria para fazer as coisas que sempre tenho que fazer correndo: tomar café, fazer a unha, ir ao banco. Faço tudo sempre com pressa, contando os segundos”, disse a funcionária pública Gabriela Gonçalves, 26 anos, que concilia a jornada entre o mercado de trabalho e a casa. Segundo ela, a dupla jornada leva à ansiedade e ao temor de não conseguir administrar bem o tempo. “Em minha opinião, esse é um dado numérico que reflete a consequência da forma como somos criadas, de toda uma cultura. Eu me cobro a casa arrumada todos os dias, a roupa

sempre em dia, a geladeira não faltando nada, as flores cuidadas e os lençóis sempre trocados. É um peso do qual sou ‘voluntária’”, falou Gabriela. Para o especialista em mercado de trabalho Jorge Pinho, os números ainda estão aquém da realidade. De acordo com o estudo da OIT, as atividades domésticas que os homens exercem nunca são executadas exclusivamente em casa e, em geral, exigem contatos com outras pessoas e deslocamentos, como fazer compras de supermercado, manutenções esporádicas ou levar os filhos à escola. “Evidencia-se, portanto, que a massiva incorporação das mulheres ao mercado de trabalho não vem sendo acompanhada de um satisfatório processo de redefinição das relações de gênero com relação à divisão sexual do trabalho, tanto no âmbito da vida privada, quanto no processo de formulação de políticas públicas (...). A incorporação das mulheres ao mercado de trabalho vem ocorrendo de forma expressiva sem que tenha acontecido uma nova pactuação em relação à responsabilidade pelo trabalho de reprodução social, que continua sendo assumida, exclusiva ou principalmente, pelas mulheres”, informa o relatório. “É importante que haja políticas que facilitem a vida profissional, pessoal e familiar da mulher. Isso tem a ver com políticas públicas e empresariais que deem ênfase à noção de corresponsabilidade, com jornadas flexíveis, creches e acesso aos meios de transporte”, explicou a diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo.

(Fonte: Carolina Sarres, da Agência Brasil, em Brasília)

NOTÍCIAS EXPRESSAS O Sindilojas-Rio envia, gratuitamente, notícias de interesse do comércio lojista através do e-mail Notícias Expressas. Além de lojistas e contabilistas outros interessados podem receber Notícias Expressas, bastando enviar e-mail informando nome pessoal e da empresa, endereço, telefone e e-mail para comunicacao@sindilojas-rio.com.br Informações sobre o Sindilojas-Rio estão no portal www.sindilojas-rio.com.br

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NOTAS

Lojistas do Centro vão lutar para permanecerem em imóveis Surpresos com o recebimento de notificação, dando preferência para a compra dos imóveis onde estão estabelecidos, lojistas da Rua da Carioca e áreas adjacentes do Centro do Rio estiveram reunidos no dia 31 de julho, na sede do Sindilojas-Rio. O encontro contou com as presenças do presidente da Sociedade Amigos da Rua da Carioca e Adjacências –Sarca- e vice-presidente de Relações Institucionais do Sindilojas-Rio, promotor da reunião, do gerente geral José Belém e do advogado Carlos Eduardo Ferreira Pires, ambos da entidade, que esclareceram dúvidas dos lojistas sobre os procedimentos que podem ser adotados para permanecerem em suas lojas. A locadora dos imóveis, Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, no dia 18 de julho, enviou notificação a vários lojistas, informando sobre a venda, em conjunto, de um lote composto de 42 imóveis, a maioria na Rua da Carioca, no valor de R$ 54.850.000,00. Na foto, Roberto Cury, presidente da Sarca e vice-presidente de Relações Institucionais do Sindilojas-Rio; gerente-geral José Belém e o advogado Carlos Eduardo Ferreira Pires, ambos da entidade.

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Direito Alexandre Lima Advogado do CDLRio

� O dano moral é aquele que afeta a personalidade e, de alguma forma, ofende a moral e a dignidade da pessoa.

STJ define em quais situações o dano moral pode ser presumido Em recente matéria publicada pela assessoria do Superior Tribunal de Justiça, ficaram definidas as situações onde o dano moral pode ser presumido. Vale a leitura para conhecimento da aplicação caso a caso. “Diz a doutrina – e confirma a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) – que a responsabilização civil exige a existência do dano. O dever de indenizar existe na medida da extensão do dano, que deve ser certo (possível, real, aferível). Mas até que ponto a jurisprudência afasta esse requisito de certeza e admite a possibilidade de reparação do dano meramente presumido? O dano moral é aquele que afeta a personalidade e, de alguma forma, ofende a moral e a dignidade da pessoa. Doutrinadores têm defendido que o prejuízo moral que alguém diz ter sofrido é provado in reipsa (pela força dos próprios fatos). Pela dimensão do fato, é impossível deixar de imaginar em determinados casos que o prejuízo aconteceu – por exemplo, quando se perde um filho. No entanto, a jurisprudência não tem mais considerado este um caráter absoluto. Em 2008, ao decidir sobre a responsabilidade do estado por suposto dano moral a uma pessoa denunciada por um crime e posteriormente inocentada, a Primeira Turma entendeu que, para que “se viabilize pedido de reparação, é necessário que o dano moral seja comprovado mediante demonstração cabal de que a instauração do procedimento se deu de forma injusta, despropositada, e de má-fé” (REsp 969.097). Em outro caso, julgado em 2003, a Terceira Turma entendeu que, para que se viabilize pedido de reparação fundado na abertura de inquérito policial, é necessário que o dano moral seja comprovado. A prova, de acordo com o relator, ministro Castro Filho, surgiria da “demonstração cabal de que a instauração Revista Empresário Lojista / Agosto de 2012

do procedimento, posteriormente arquivado, se deu de forma injusta e despropositada, refletindo na vida pessoal do autor, acarretando-lhe, além dos aborrecimentos naturais, dano concreto, seja em face de suas relações profissionais e sociais, seja em face de suas relações familiares” (REsp 494.867). √√ Cadastro de inadimplentes No caso do dano in reipsa, não é necessária a apresentação de provas que demonstrem a ofensa moral da pessoa. O próprio fato já configura o dano. Uma das hipóteses é o dano provocado pela inserção de nome de forma indevida em cadastro de inadimplentes. Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), Cadastro de Inadimplência (Cadin) e Serasa, por exemplo, são bancos de dados que armazenam informações sobre dívidas vencidas e não pagas, além de registros como protesto de título, ações judiciais e cheques sem fundos. Os cadastros dificultam a concessão do crédito, já que, por não terem realizado o pagamento de dívidas, as pessoas recebem tratamento mais cuidadoso das instituições financeiras. Uma pessoa que tem seu nome sujo, ou seja, inserido nesses cadastros, terá restrições financeiras. Os nomes podem ficar inscritos nos cadastros por um período máximo de cinco anos, desde que a pessoa não deixe de pagar outras dívidas no período. No STJ, é consolidado o entendimento de que “a própria inclusão ou manutenção equivocada configura o dano moral in reipsa, ou seja, dano vinculado à própria existência do fato ilícito, cujos resultados são presumidos” (Ag 1.379.761). √√ Responsabilidade bancária Quando a inclusão indevida é feita por consequência de um serviço deficiente prestado por uma instituição


Direito bancária, a responsabilidade pelos danos morais é do próprio banco, que causa desconforto e abalo psíquico ao cliente. O entendimento foi da Terceira Turma, ao julgar um recurso especial envolvendo um correntista do Unibanco. Ele quitou todos os débitos pendentes antes de encerrar sua conta e, mesmo assim, teve seu nome incluído nos cadastros de proteção ao crédito, causando uma série de constrangimentos (REsp 786.239). A responsabilidade também é atribuída ao banco quando talões de cheques são extraviados e, posteriormente, utilizados por terceiros e devolvidos, culminando na inclusão do nome do correntista no cadastro de inadimplentes (Ag 1.295.732 e REsp 1.087.487). O fato também caracteriza defeito na prestação do serviço, conforme o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). O dano, no entanto, não gera dever de indenizar quando a vítima do erro que já possuir registros anteriores, e legítimos, em cadastro de inadimplentes. Neste caso, diz a Súmula 385 do STJ que a pessoa não pode se sentir ofendida pela nova inscrição, ainda que equivocada. √√ Atraso de voo Outro tipo de dano moral presumido é aquele que decorre de atrasos de voos, o chamado overbooking. A responsabilidade é do causador, pelo desconforto, aflição e transtornos causados ao passageiro que arcou com o pagamento daquele serviço, prestado de forma defeituosa.

Em 2009, ao analisar um caso de atraso de voo internacional, a Quarta Turma reafirmou o entendimento de que “o dano moral decorrente de atraso de voo prescinde de prova, sendo que a responsabilidade de seu causador opera-se in reipsa” (REsp 299.532). O transportador responde pelo atraso de voo internacional, tanto pelo Código de Defesa do Consumidor como pela Convenção de Varsóvia, que unifica as regras sobre o transporte aéreo internacional e enuncia: “responde o transportador pelo dano proveniente do atraso, no transporte aéreo de viajantes, bagagens ou mercadorias”. Desta forma, “o dano existe e deve ser reparado. O descumprimento dos horários, por horas a fio, significa serviço prestado de modo imperfeito que enseja reparação”, finalizou o relator, o então desembargador convocado Honildo Amaral. A tese de que a responsabilidade pelo dano presumido é da empresa de aviação foi utilizado em 2011, pela Terceira Turma, no julgamento de um agravo de instrumento que envolvia a empresa TAM. Neste caso, houve overbooking e atraso no embarque do passageiro em voo internacional. O ministro relator, Paulo de Tarso Sanseverino, enfatizou que “o dano moral decorre da demora ou dos transtornos suportados pelo passageiro e da negligência da empresa, pelo que não viola a lei o julgado que defere a indenização para a cobertura de tais danos” (Ag 1.410.645).

Revista Empresário Lojista / Agosto de 2012

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Revista Empresário Lojista / Agosto de 2012


Leis e Decretos O Centro de Estudos do CDLRio acompanha a legislação da União do Estado do Rio de Janeiro e da cidade do Rio. Os textos das legislações mencionadas poderão ser solicitados, sem ônus, ao Centro de Estudos do CDLRio, através dos telefones 2506.1234 e 2506 1254. LEGISLAÇÕES EM VIGOR Federal Ato COTEPE ICMS 28 de 30 de maio de 2012 (DOU de 08.06.12, republicado em 13.6.2012) PAF-ECF - Altera o Ato COTEPE ICMS 06/08, que dispõe sobre a especificação de requisitos do Programa Aplicativo Fiscal - Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e do Sistema de Gestão utilizado por estabelecimento usuário de equipamento ECF. Ato COTEPE ICMS 29 de 30 de maio de 2012 (DOU de 08.06.12) ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL-EFD - Altera o Ato COTEPE ICMS 09/08, que dispõe sobre as especificações técnicas para a geração de arquivos da Escrituração Fiscal Digital – EFD. Ato Declaratório Executivo RFB nº 68 de 4 de julho de 2012 (DOU: 09.07.2012) CENTRO VIRTUAL DE ATENDIMENTO – e-CAC - Inclui novo serviço no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) com permissão de acesso por meio de código de acesso. Ato Declaratório Executivo Codac nº 69 de 5 de julho de 2012 (DOU de 10.7.2012) DCTF MENSAL - Aprova a versão 2.4 do Programa Gerador da Declaração (PGD) de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) Mensal. Circular CEF nº 582 de 27 de junho de 2012 (DOU de 27.06.2012) CERTIFICADO DIGITAL – FGTS - Estabelece a certificação digital emitida no modelo ICP-Brasil, de acordo com a legislação em vigor, como forma exclusiva de acesso ao canal eletrônico de relacionamento Conectividade Social, e dá outras providências. Circular nº 3.598 de 06 de junho de 2012 (DOU de 08.6.2012) NOVO BOLETO BANCÁRIO - Institui o boleto de pagamento e suas espécies e dispõe sobre a sua emissão e apresentação e sobre a sistemática de liquidação das transferências de fundos a eles associadas. Lei nº 12.664 de 5 de junho de 2012 (DOU de 06.6.2012) VENDA FARDAS MILITARES - Dispõe sobre a venda de uniformes das Forças Armadas, dos órgãos de segurança

pública, das guardas municipais e das empresas de segurança privada. Portaria MTE nº 1.057 de 06 de julho de 2012 (DOU de 09.7.2012) NOVO MODELO DE TERMO DE RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO - Altera a Portaria nº 1.621, de 14 de julho de 2010, que aprovou os modelos de Termos de Rescisão do Contrato de Trabalho e Termos de Homologação. Resolução CODEFAT nº 695 de 28 de junho de 2012 (DOU: 02/07/2012) ABONO SALARIAL – PIS - Disciplina o pagamento do Abono Salarial referente ao exercício de 2012/2013. ESTADUAL Lei nº 6.267 de 27 de junho de 2012 (DOE de 28.06.2012) COMÉRCIO DE PRODUTOS PIRATEADOS - Dispõe sobre a proteção e defesa dos consumidores em relação a produtos pirateados. Lei nº 6276 de 29 de junho de 2012. (DOE de 02.7.2012) ICMS - Altera dispositivos da Lei n° 2.567/96, que Dispõe sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços e dá outras providências. Lei nº 6.293 de 10 de julho de 2012. (DOE de 11.7.2012) VENDA DE CANETA LASER - Regulamenta o uso de canetas Laser, proibindo sua venda para menores de dezoito anos e seu uso por estes no Estado, e dá outras providências. MUNICIPAL Decreto nº 35.744 de 06 de junho de 2012 (DOM de 11.6.2012) IPTU - Altera os arts. 75 e 76 do Decreto nº 14.327, de 1º de novembro de 1995 (Regulamento do IPTU), e dá outras providências. Decreto nº 35.745 de 06 de junho de 2012. (DOM de 11.6.2012) QUALIVERDE - Cria a qualificação QUALIVERDE e estabelece critérios para sua obtenção. Revista Empresário Lojista / Agosto de 2012

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Leis e Decretos LEGISLAÇÕES EM VIGOR Decreto nº 35.862 de 04 de julho de 2012 (DOM de 05.7.2012) MERCADÃO DE MADUREIRA – PATRIMÔNIO CULTURAL Declara patrimônio cultural carioca, de natureza imaterial, o Mercadão de Madureira. Instrução Normativa SMF nº 16 de 02 de julho de 2012 (DOM de 03.7.2012) ISS – PROGRAMAS DE COMPUTADORES - Dispõe sobre a tributação do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS incidente sobre serviços de informática e intermediação de licenciamento ou cessão do direito de uso de programa de computador, previstos nos subitens 1.04, 1.05, 1.07 e 10.05 do art. 8º da Lei nº 691, de 24 de dezembro de 1984. Lei nº 5.450 de 15 de junho de 2012. (DOM de 18.6.2012) PROVADORES PARA PORTADORES DE NECESSIDADES Dispõe sobre a adaptação dos provadores ou cabines de roupas das lojas de vestuário localizadas no Município do Rio de Janeiro à necessidade dos portadores de necessidades especiais - cadeirantes.

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Lei nº 5.460 de 20 de junho de 2012 (DOM de 06.7.2012) COLOCAÇÃO DE ASSENTOS - Torna obrigatória a colocação de assentos nos shoppings centers, centros comerciais e estabelecimentos similares no âmbito do Município do Rio de Janeiro, na forma que menciona. Lei nº 5.463 de 20 de junho de 2012 (DOM de 06.7.2012) PLACA – HORÁRIO DE FUNCIONAMENO - Torna obrigatória a fixação de placa informativa nos estabelecimentos comerciais do Município do Rio de Janeiro, na forma que menciona. Lei nº 5.465 de 26 de junho de 2012. (DOM de 27.6.2012) SACOLAS - PAPEL OU BIODEGRADÁVEL - Obriga os mercados, supermercados e comércio em geral a utilizarem embalagens de papel reciclável e/ou plástico biodegradável e dá outras providências Resolução SMF nº 2.734 de 09 de julho de 2012. (DOM de 10.7.2012) NFS-e-NOTA CARIOCA - Altera a Resolução SMF nº 2.617, de 17 de maio de 2010, que disciplina procedimentos relativos à Nota Fiscal de Serviços Eletrônica – NFS-e – NOTA CARIOCA.


Termômetro de Vendas Cheque

Movimento de Cheques Gráficos de Cheques CDLRio

Segundo o registro de cadastro do LIG Cheque do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio, em junho, em relação ao mesmo mês de 2011, a inadimplência e as dívidas quitadas cresceram, respectivamente, 2,3% e 4,8% e as consultas diminuíram 8,9%. Comparando-se junho com o mês anterior (maio), a inadimplência e as dívidas quitadas cresceram, respectivamente, 3,5% e 4,4% e as consultas diminuíram 1,9%. No acumulado do primeiro semestre desse ano (janeiro/ junho), em relação ao mesmo período do ano passado, a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 1,5% e 4,9% e as consultas caíram 7,7%. Mês corrente em relação ao mesmo mês do ano anterior JUN 2012 - JUN 2011

PERCENTUAL

CONSULTAS

-8,9%

INADIMPLÊNCIA

+2,3%

DÍVIDAS QUITADAS

+4,8%

Mês corrente em relação ao mês anterior JUN 2012 - MAI 2012

PERCENTUAL

CONSULTAS

-1,9%

INADIMPLÊNCIA

+3,5%

DÍVIDAS QUITADAS

+4,4%

Acumulada do Ano JAN-JUN/2012 - JAN-JUN/2011

PERCENTUAL

CONSULTAS

-7,7%

INADIMPLÊNCIA

+1,5%

DÍVIDAS QUITADAS

+4,9%

Acumulada dos últimos 12 meses JUN/2012 – JUL/2011

PERCENTUAL

CONSULTAS

-8,2%

INADIMPLÊNCIA

+1,4%

DÍVIDAS QUITADAS

+5,9%

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Revista Empresário Lojista / Agosto de 2012

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28

Termômetro de Vendas ComÉRCio VenDeu mAiS no ACumuLADo De JAneiRo/JunHo em JunHo, AS VenDAS CReSCeRAm 8,7%, mAnTenDo o ReSuLTADo DoS pRimeiRoS SeiS meSeS Do Ano. As vendas do comércio na Cidade do Rio de Janeiro aumentaram 8,2% no acumulado de janeiro/junho de 2012, em relação ao mesmo período de 2011 de acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas, divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que ouviu cerca de 500 estabelecimentos comerciais. Movidas pelo Dia dos Namorados, as vendas de junho cresceram 8,7% em comparação com o mesmo mês do ano passado, mantendo o resultado positivo dos seis primeiros meses do ano. Comparando-se junho com o mês anterior (maio) as vendas diminuíram 1,3%, visto que, em maio, além do Dia das Mães (a segunda maior data comemorativa do comércio, atrás apenas do Natal), há também o fato de ter um dia a mais de vendas. Quanto à forma de pagamento, a compra a prazo, com mais 9,2%, foi a modalidade preferida pelos clientes, enquanto a compra à vista registrou 7,8%.

Junho 2012 / Junho 2011 VARIAÇÃO REAL

VENDAS À VISTA

VENDAS A PRAZO

MÉDIA GERAL

+8,7%

+7,8%

+9,2%

RAMO MOLE

+9,4%

+7,5%

+9,9%

RAMO DURO

+8,5%

+7,9%

+9,0%

JUNHO 2012

A pesquisa mostra também que todos os meses do semestre foram de vendas positivas: janeiro (+8,2%), fevereiro (+4,9%), março (+9,5%), abril (+8,8%), maio (+9,7%) e junho (+8,7%).

Junho 2012 / Junho 2011

O presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, disse que o resultado positivo dos primeiros seis meses de 2012 foi estimulado por várias iniciativas dos lojistas, entre elas o alongamento dos prazos de financiamentos, lançamento de produtos (especialmente nos segmentos de moda, brinquedos e confecções), liquidações e a redução de preços da linha branca.

SUL

“No Rio de Janeiro, as vendas também estão sendo beneficiadas pelas ações tomadas na área de segurança pública, que estão proporcionando mais tranquilidade para os consumidores efetuarem suas compras, especialmente no comércio de rua. Essas medidas também atraíram muito mais visitantes, principalmente turistas, movimentando toda a cadeia produtiva da Cidade e do Estado”, conclui Aldo. Caso sua empresa se interesse em participar desta estatística, contate o Centro de estudos pelos telefones 21 2506-1234 e 2506-1254 ou e-mail: estudos@cdlrio.com.br

Revista Empresário Lojista / Agosto de 2012

LOCALIZAÇÃO

RAMO MOLE

RAMO DURO

CENTRO

-2,5%

+5,9%

NORTE

+6,7%

+11,5%

+21,3%

-0,3%

Junho 2012 / Junho 2011 - Categorias RAMO MOLE

RAMO DURO

CONFECÇÕES

+9,0% ELETRO

+8,6%

CALÇADOS

+7,1% MÓVEIS

+7,6%

TECIDOS

+3,9% JOIAS

+6,1%

ÓTICAS

+3,2%

Acumulada do Ano JAN - JUN 2012 / JAN - JUN 2011

VARIAÇÃO REAL

MÉDIA GERAL

+8,2%

RAMO MOLE

+8,2%

RAMO DURO

+8,2%

Acumulada dos últimos 12 meses JUN / 2012 - JUL / 2011

VARIAÇÃO REAL

MÉDIA GERAL

+8,9%

RAMO MOLE

+7,4%

RAMO DURO

+9,4%


Termômetro de Vendas INADIMPLÊNCIA NO COMÉRCIO AUMENTOU 3% EM JUNHO No acumulado do primeiro semestre a inadimplência cresceu 2,3%. A inadimplência no comércio lojista da Cidade do Rio de Janeiro aumentou 3% em junho, em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com os registros do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio.

Movimento Serviço de Proteção ao Crédito Gráficos CDLRio

As dívidas quitadas, item que mostra o número de consumidores que colocaram suas contas em dia, aumentaram 4,3% e as consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito, item que indica o movimento do comércio, cresceram 3,9%, também em relação a junho de 2011, refletindo as vendas do Dia dos Namorados. Ao comparar o mês de junho com o mês anterior (maio), os registros do CDLRio mostram que a inadimplência e as dívidas quitadas cresceram, respectivamente, 0,9% e 1,7% e as consultas diminuíram 9,4%. No acumulado dos seis primeiros meses do ano (janeiro/junho) em relação ao mesmo período de 2011, a inadimplência, as dívidas quitadas e as consultas aumentaram, respectivamente, 2,3%, 5,4% e 3,6%. Mês corrente em relação ao mesmo mês do ano anterior JUN - 2012 / JUN - 2011

PERCENTUAL

CONSULTAS

+3,9%

INADIMPLÊNCIA

+3,0%

DÍVIDAS QUITADAS

+4,3%

Mês corrente em relação ao mês anterior JUN - 2012 / MAI - 2012

PERCENTUAL

CONSULTAS

-9,4%

INADIMPLÊNCIA

+0,9%

DÍVIDAS QUITADAS

+1,7%

Acumulada do Ano JAN - JUN 2012 / JAN - JUN 2011

PERCENTUAL

CONSULTAS

+3,6%

INADIMPLÊNCIA

+2,3%

DÍVIDAS QUITADAS

+5,4%

Acumulada dos últimos 12 meses JUN - 2012 / JUL - 2011

PERCENTUAL

CONSULTAS

+5,6%

INADIMPLÊNCIA

+2,3%

DÍVIDAS QUITADAS

+7,0%

Revista Empresário Lojista / Agosto de 2012

29


30

Obrigações dos lojistas e Índices para setembro de 2012 Dia

Obrigações

3

DCT – Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentando-o à CEF, para efetuar o cadastramento.

5

ICMS – Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados ao anexo único do Decreto nº 31.235/2002, referente à apuração do mês anterior.

6

FGTS – Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior. CAGED – Cadastro de Empregados. Remeter via Internet através do programa ACI, informando sobre admissões, desligamentos e transferências de funcionários, ocorridos no mês anterior. DACON – Mensal – Prazo de entrega do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) referente ao mês de julho/12.

10

IR/FONTE – Referente a fatos geradores ocorridos no mês anterior. ISS – Recolhimento do imposto, o prestador deverá gerar no sistema o documento de arrecadação relativo às NFS-e emitidas. Lembrete: o recolhimento do imposto relativo às NFS-e deve ser realizado até o dia 10 do mês seguinte à emissão. ICMS – Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativamente ao mês anterior.

14

PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 2ª quinzena do mês de agosto/2012 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL).

20

SUPER SIMPLES / SIMPLES NACIONAL – Pagamento do DAS referente ao período de apuração do mês anterior. INSS – Recolher a contribuição previdenciária referente ao mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 20 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08).

21

DCTF – Mensal – Prazo de entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais, referentes ao mês de julho/12.

25

COFINS – Recolher 3% sobre a receita do mês anterior, exceto as empresas tributadas no lucro real.* (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08). COFINS – Recolher 7,6% para empresas tributadas no lucro real. * (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08). PIS – Recolher 0,65% sobre as operações do mês anterior. * (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08).

28

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DOS EMPREGADOS – Efetuar o desconto de 1/30 do salário dos empregados para recolhimento a favor do sindicato profissional, dos admitidos em débito com a obrigação. PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 1ª quinzena do mês de setembro 2012 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (COFINS, PIS/PASEP, CSLL). IR/PJ – Empresas devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – Empresas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.

> Plano Simplificado de Previdência Social (PSPS) - Tabela de contribuição para segurados contribuinte individual e facultativo para pagamento de remuneração a partir de 1º de Janeiro de 2012 Salário de contribuição R$ 622,00 (valor mínimo) De R$ 622,01 (valor mínimo) até 3.916,20 (valor máximo)

Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%) 5* Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%) 11 (Plano Simplificado) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%) 20

A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo é de vinte por cento (20%) sobre o salário-de-contribuição, respeitados os limites mínimo e máximo deste. Aos optantes pelo Plano Simplificado de Previdência Social, a alíquota é de onze por cento (11%), observados os critérios abaixo. Plano Simplificado de Previdência Social (PSPS) - Desde a competência abril/2007, podem contribuir com 11% sobre o valor do salário-mínimo os seguintes segurados: contribuintes individuais que trabalham por conta própria (antigo autônomo), segurados facultativos e empresários ou sócios de empresa cuja receita bruta anual seja de até R$ 36.000,00. Tal opção implica exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição (LC 123, de 14/12/2006). A opção para contribuir com 11% decorre automaticamente do recolhimento da contribuição em código de pagamento específico a ser informado na Guia da Previdência Social. Além disso, não é vitalícia, o que significa que aqueles que optarem pelo plano simplificado podem, a qualquer tempo, voltar a contribuir com 20%, bastando alterar o código de pagamento na GPS. *Alíquota exclusiva do microempreendedor individual e do segurado (a) facultativo que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência. Lei nº 12.470 de 31/08/11 - DOU de 01/09/11.

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PERCENTUAIS APLICADOS

SIMPLES NACIONAL Receita Bruta Acumulada nos 12 meses anteriores (R$)

Enquadramento

Microempresa

Empresa de Pequeno Porte

Até 180.000,00

ANEXO III Serviço (I)

ANEXO II Indústria

ANEXO I Comércio

31

ANEXO IV Serviço (II)

ANEXO V Serviço (III)

4,00%

4,50%

6,00%

4,50%

4,00%

De

180.000,01

a

360.000,00

5,47%

5,97%

8,21%

6,54%

4,48%

De

360.000,01

a

540.000,00

6,84%

7,34%

10,26%

7,70%

4,96%

De

540.000,01

a

720.000,00

7,54%

8,04%

11,31%

8,49%

5,44%

De

720.000,01

a

900.000,00

7,60%

8,10%

11,40%

8,97%

5,92%

De

900.000,01

a

1080.000,00

8,28%

8,78%

12,42%

9,78%

6,40%

De

1080.000,01

a

1260.000,00

8,36%

8,86%

12,54%

10,26%

6,88%

De

1260.000,01

a

1440.000,00

8,45%

8,95%

12,68%

10,76%

7,36%

De

1440.000,01

a

1.620.000,00

9,03%

9,53%

13,55%

11,51%

7,84%

De

1.620.000,01

a

1.800.000,00

9,12%

9,62%

13,68%

12,00%

8,32%

De

1.800.000,01

a

1.980.000,00

9,95%

10,45%

14,93%

12,80%

8,80%

De

1.980.000,01

a

2.160.000,00

10,04%

10,54%

15,06%

13,25%

9,28%

De

2.160.000,01

a

2.340.000,00

10,13%

10,63%

15,20%

13,70%

9,76%

De

2.340.000,01

a

2.520.000,00

10,23%

10,73%

15,35%

14,15%

10,24% 10,72%

De

2.520.000,01

a

2.700.000,00

10,32%

10,82%

15,48%

14,60%

De

2.700.000,01

a

2.880.000,00

11,23%

11,73%

16,85%

15,05%

11,20%

De

2.880.000,01

a

3.060.000,00

11,32%

11,82%

16,98%

15,50%

11,68% 12,16%

De

3.060.000,01

a

3.240.000,00

11,42%

11,92%

17,13%

15,95%

De

3.240.000,01

a

3.420.000,00

11,51%

12,01%

17,27%

16,40%

12,64%

De

3.420.000,01

a

3.600.000,00

11,61%

12,11%

17,42%

16,85%

13,50%

Ref.: Lei Complementar nº 139/2011 > PISOS E BENEFÍCIOS com o reajuste de 2011 Contrato de experiência (máximo: 90 dias) Pisos Salarias:

1ª faixa 2ª faixa

R$ 550,00 R$ 640,00 R$ 650,00

Operador de Telemarketing

R$ 655,00

Garantia mínima de comissionista

R$ 720,00

Ajuda de custo a comissionista

R$ 23,00

Quebra da caixa

R$ 26,00

Refeições aos sábados: Benefício Social Familiar:

Lanche, após 14:30h Jantar, após 18:30h Empregado Empregado

R$ 9,00 R$ 9,00

INSS - Segurados, empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos > Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 01/01/2012. Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

> Calendário de Vistoria - 2012

Último número da raiz do CNPJ do estabelecimento

Prazo-limite de entrega referente ao mês 08/2012

1

11/09

2

12/09

3

13/09

4

14/09

5, 6 e 7

17/09

8

18/09

9

19/09

0

20/09

R$ 4,50 R$ 0,50

Obs: As empresas que efetuarem o pagamento das refeições (lanche ou jantar) em espécie poderão descontar R$ 0,50 do salário dos empregados.

Salário de contribuição (R$)

> GIA / ICMS - 09/2012

Tabela Progressiva para o cálculo mensal do IR de Pessoa Física a partir do exercício de 2013, ano-calendário 2012. Alíquota %

Parcela a deduzir do imposto em R$

-

-

De 1.637,12 até 2.453,50

7,5

R$ 122,78

Até 1.637,11

Até 1.174,86

8,00

De 1.174,87 até 1.958,10

9,00

De 2.453,51 até 3.271,38

15

R$ 306,80

11,00

De 3.271,39 até 4.087,65

22,5

R$ 552,15

Acima de 4.087,65

27,5

De 1.958,11 até 3.916,20

Portaria Interministerial MPS/MF nº 02, de 06 Janeiro 2012, publicada no DOU de 09/01/2012.

Período para o licenciamento

5-6

até 30/06/2012

7-8

até 31/07/2012

9-0

até 31/08/2012

1-2

até 30/09/2012

3-4

até 31/10/2012

> SALÁRIO-FAMÍLIA A partir de 01/12

> ALÍQUOTAS DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO

Base de cálculo mensal em R$

Final da placa do veículo

R$ 756,53

Remuneração

Valor da Quota - R$

Até R$ 608,80

R$ 31,22

De R$ 608,81 até R$ 915,05

R$ 22,00

Acima de R$ 915,06

Sem direito

> Calendário de IPTU 2012 Final de Inscrição

8ª Cota

0e1

10/09

2e3

10/09

4e5

10/09

6e7

11/09

8e9

11/09

Revista Empresário Lojista / Agosto de 2012


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Opinião Abraão Flanzboym Superintendente administrativo do CDLRio e

� Depois de tudo isso, temos que concordar com a frase que o grande ator Miele disse para o seu amigo, comparando os Estados Unidos com o Brasil

do Conselho de Redação da Empresário Lojista

É BOM, MAS É RUIM. É RUIM, MAS É BOM Ouvi a frase acima em um espetáculo do grande ator Miele, que em longa estada nos USA, e com saudades do Brasil, dialogando com seu companheiro, dizia que estava voltando para seu país no dia seguinte, e o companheiro retrucou dizendo, “Amigo aqui está muito bom e no Brasil está muito ruim.”. E o Miele responde: “Aqui é bom, mas é ruim, e no Brasil é ruim, mas é bom.”.

necessário recorrer à greve que hoje dura mais de 60 dias. Aqui é ruim.

O Brasil é um país “MARAVILHOSO” e abençoado por DEUS. Foi eleito para sediar a RIO +20, Jogos MILITARES, a Jornada Mundial da Juventude, as OLIMPÍADAS e a COPA DO MUNDO de futebol. Aqui é bom.

Um grande instrumento de vendas, sobretudo no varejo, é o cartão de crédito. Entretanto, em virtude das elevadas taxas de juros, provocou alta inadimplência, em torno de 30%, em consequência, retraindo as vendas. Aqui é ruim.

A inadimplência aumentou, ela revela que houve um descontrole, as pessoas compraram mais do que podiam. Aqui é ruim. As taxas de juros estão baixando e com tendência de queda acentuada. Aqui é bom. Após o dia dos namorados, as vendas não reagiram de acordo com as expectativas dos lojistas. Aqui é ruim.

Com a pacificação das áreas de riscos e a melhoria da segurança, o comércio de rua aumentou o movimento. Aqui é bom.

Segundo o Comité Olímpico Brasileiro o nosso país deverá ter o melhor desempenho em uma Olimpíada, podendo conquistar mais de 24 medalhas, o que coloca o Brasil entre os dez melhores países do mundo no esporte de alto rendimento. Aqui é bom. Os deputados continuam produzindo peças bizarras no Congresso Nacional, irritando o povo brasileiro e legislando cada vez mais em causa própria. Aqui é ruim.

As medidas governamentais de redução de Tributos e de desoneração da Folha de Pagamento para vários setores vão estimular as vendas e as exportações. Aqui é bom.

O Supremo Tribunal Federal está preparado para julgar os acusados do mensalão, apesar das pressões políticas que sofreu. Espera-se que os culpados sejam exemplarmente punidos. Aqui é bom.

Sinceramente, não lembro onde li para citar a fonte, mas no Japão os únicos que não se curvam diante do imperador, são os professores e no Brasil é uma classe desfavorecida que para reivindicar melhor salário, é

Depois de tudo isso, temos que concordar com a frase que o grande ator Miele disse para o seu amigo, comparando os Estados Unidos com o Brasil: “Aqui é bom, mas é ruim, e no Brasil é ruim, mas é bom.”

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