JOÃO CAVALCANTI
76 COTAÇÃO
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PLACEBO A música de João Cavalcanti é como um não-remédio que cura. Título melhor para o disco de estreia do carioca, impossível. Não é exagero apontá-lo como um dos melhores compositores da atualidade no país - vide seu último e surpreendente trabalho com os colegas sambistas do Casuarina (‘Trilhos/Terra Firme’, 10º lugar na lista dos 100 melhores álbuns da música brasileira em 2011). Desta vez, por conta própria, João se mostra mais livre nas suas criações fora (mas nem tanto, calma!) do mundo do samba. Acertou na escolha do tema, nos arranjos e entregou um disco que prende a atenção e tem a cura como efeito colateral.
QINHO
O TEMPO SOA Interessante perceber como cada artista trabalha com seus colaboradores. Além de se mostrar entrosado com os músicos da sua banda (vários integrantes da Abayomy Afrobeat Orquestra), Qinho dá uma prova de apuro nos duetos. Quem participa de ‘O Tempo Soa’ tem sua voz quase que misturada com a do cantor. É o que acontece com Mart’nália, em ‘Segredinho’, Amora Pêra, no hit ‘Irmã Forte’, e com o cantor Botika na canção que fecha o disco, ‘Coração Gigante’. Mas o melhor está com Elba Ramalho na tênue ‘Morena’. Tudo com alto potencial radiofônico.
TEXTO: ED FÉLIX
75 COTAÇÃO
82
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