Plástico sul Edição 171

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Editorial DIVULGAÇÃO

Expediente Conceitual Brasil - Jornalismo Total www.revistaplasticosul.com.br Fone: 51 3085.4569 plasticosul@conceitualpress.com.br

Os dois lados da moeda

Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves DRT/RS nº 12.844 Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da Conceitual Brasil - Jornalismo Total, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

É

sabido que o Brasil vive hoje um de seus piores momentos econômicos dos últimos anos. Indústrias importantes, como a automobilística e construção civil, amargam resultados negativos de crescimento, carregando toda a cadeia de fornecedores para um buraco negro. O resumo dessa ópera está sendo divulgado aos borbotões. O consumo aparente de plásticos de engenharia caiu 21% em 2015, o segmento de embalagens flexíveis também apresentou queda em volume e faturamento, e empresas fornecedoras de máquinas e equipamentos não conseguiram atingir o mesmo desempenho do ano de 2014. E é evidente que petroquímica sentiu o impacto da baixa de consumo da população. Agora todo o túnel tem uma luzinha, nem que seja de leve, lá no seu finalzinho. E para o setor plástico não seria diferente. A queda do preço do petróleo em 2015 tornou a petroquímica nacional, que é base nafta, mais competitiva, influenciando no equilíbrio das margens. Além disso, o cambio valorizado estimulou as exportações empurrando empresas para fora do país, que esperavam essa oportunidade, através da venda de seus produtos no mercado externo. Outro favorecimento do cambio foi a falta de competitividade dos transformados plásticos importados no Brasil, dando uma forcinha na produção local de itens que antes eram trazidos de fora. Um belo avanço na balança comercial brasileira, já comprovado pelos resultados da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens flexíveis (ABIEF), que recentemente divulgou que houve uma queda de 10,9% nas importações contra uma alta de 15% nas exportações. Ou seja, se por lado sofremos com uma indústria retraída, reflexo de uma crise político-econômica grave e uma falta de agenda política severa, por outro estamos sabendo aproveitar as oportunidades abertas através de pequenas brechas. Há luz entrando pelas frestas, mas existe a necessidade de estarmos de olhos bem abertos para enxergá-las. Em 2016 o cenário permanecerá difícil, mas quem estiver preparado e atento, saberá se beneficiar neste jogo de cara ou coroa. Boa leitura!

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PlastVipOtávio Carvalho

“Hoje a petroquímica é um belo de um carro que terá que ser vendido”

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Otávio Carvalho, diretor da Maxiquim Assessoria de Mercado, faz uma avaliação sobre o impacto da economia no setor plástico brasileiro, abordando desde a queda do preço do petróleo, desvalorização cambial até a intenção da Petrobras em vender sua parte da Braskem. Para ele, é como uma família que está endividada e não pode andar de carro agora. “Ela precisa vender o carro, pagar as dívidas, andar de ônibus por um tempo e quando tiver dinheiro, volta e compra novamente um automóvel”.

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uitos anos de experiência na análise do setor petroquímico, conferem aos especialistas da Maxiquim Assessoria de Mercado condições mais que suficientes para fazer um mapeamento desta indústria, avaliando os principais reflexos da atual conjuntura econômica nas empresas do segmento. Otávio Carvalho, sócio diretor da empresa, recebeu a redação da revista Plástico Sul, em sua sede na cidade de Porto Alegre (RS) para conversar sobre economia, desempenho, petróleo, cambio e outros assuntos relacionados ao setor. Para Carvalho, há duas correntes de pensamentos diferentes dentro da Petrobras: uma que apóia a participação da Companhia na Petroquimica, e outra que acredita que é preciso dedicar-se exclusivamente a sua função que é explorar, produzir, refinar e distribuir o petróleo. Dentro da atual conjuntura do país, a melhor alternativa no momento é esta, abrir mão dos investimentos na área, incluindo sua participação na Braskem, para quem sabe no futuro, voltar com toda a força.

Quanto à posição dos transformadores plásticos no ano de 2016, o diretor é categórico. “As empresas saudáveis terão que aproveitar as oportunidades porque 2016 vai ser um ano excelente para as que têm liquidez e capacidade de investir. Já as empresas que estão com dificuldade de caixa terão que fazer o processo parecido com o que a Petrobras esta fazendo: enxugar, vender máquinas, perder alguns clientes e ajustar essa operação para uma nova realidade. Provavelmente terão que vender o carro e andar de ônibus”.

Revista Plástico Sul - Qual a tendência de volumes e preços para 2016 das commodities? Otávio Carvalho - Nos preços internacionais a tendência dos principais analistas é de que o preço do petróleo fique baixo pelos próximos dois anos. É muito difícil fazer uma previsão quando há questões geopolíticas envolvidas, com possibilidade de ter guerras, invasões, enfim. Ou pode-se também haver um consenso dentro do grupo de exportadores de petróleo para acertar cotas e diferenças, onde todos baixam um pouco a produção para equilibrar o mercado. Mas se olharmos o que está sendo desenhado


hoje, a tendência é que o preço do petróleo fique baixo em 2016 e 2017. Com isso eu não vejo nenhuma forma dos preços das resinas reagirem rapidamente e voltarem a um patamar próximo de 2014. A tendência é de que permaneçam baixos em linha com o que esta acontecendo com o petróleo em termos de mercado internacional.

Plástico Sul - Com a alta do dólar como ficaram os preços no mercado doméstico para as resinas nacionais e as importadas? Carvalho - Em termos de mercado doméstico o que eu vejo é que Braskem e outras petroquímicas, em boa parte de 2015, trabalharam bem abaixo da paridade. Eu entendo que deve haver algum tipo de ajuste. Eles já tiveram uma retomada do market share que haviam perdido para importações. Além disso, o Brasil também saiu do radar das grandes empresas por toda essa questão institucional que está sofrendo, com risco político e cambial grandes. Então houve certa limpeza deste mercado. Analisando tudo isso eu não vejo o porquê da petroquímica nacional continuar trabalhando abaixo da paridade. A tendência é de trabalhar até acima do que se chama no Brasil taxa de serviço.

Plástico Sul - Com o preço do petróleo, como fica o Comperj? Carvalho - O Comperj é um caso a parte. Não tem nenhuma relação exatamente com o mercado. Há uma situação particular que é o caso da Petrobras, que fez uma serie de investimentos que não se desenvolveram. Conseguiu cumprir a muito custo a refinaria Abreu e lima. Os projetos no polo gás químico estão todos paralisados e o Comperj é hoje um esqueleto que 20 bilhões de dólares. Acredito que passará a ser uma refinaria e não mais o complexo petroquímico almejado inicialmente.

Plástico Sul - A Petrobras colocou sua fatia na Braskem a venda, e agora? Carvalho - A Petrobras criou a petroquímica no Brasil nos anos 1960 e 1970 e 1980. Foi construindo o polo junto com a iniciativa privada, investidores nacionais e estrangeiros. Já nos anos 1990 ela saiu da petroquímica, com os planos de desestatização. Naquele momento decidiu sair da Petroquímica ou ficar com participações mínimas. Mas a partir dos anos 2000 houve reversão desta tendência. Temos que entender que a Petrobras tem cabeças de diferentes visões em relação à petroquímica: Tem pessoas que acham que é importante, principalmente neste momento em que a petroquímica está gerando margens extremamente atraentes, mas há outras pessoas que acham que a Petrobras tem que se concentrar em explorar, produzir, refinar e distri-

buir o petróleo. Essas duas visões ficam combatendo uma com a outra dentro da Empresa no decorrer das décadas. Mas pode ser que no futuro a Petrobrás possa voltar a pensar como as grandes petroleiras mundiais que são integradas deste o poço até a petroquímica, como Exxo Mobil, Shell, Total, Chevrom. Todas essas petroleiras tem um braço petroquímico porque no momento que a margem do petróleo está ruim, na petroquímica elas têm uma margem mais atraente e vice versa. Quanto mais integrado melhor. Mas como eu disse, a Petrobras hoje está preocupada com outras coisas. É como você pensar que uma família que está toda endividada e não pode andar de carro agora. Ela precisa vender o carro, pagar as dívidas, andar de ônibus por um tempo e quando tiver dinheiro, volta e compra novamente um carro. Hoje a petroquímica é um belo de um carro que terá que ser vendido.

Plástico Sul - Se um transformador fosse seu cliente, o que diria e ele sobre 2016? Carvalho - O ano de 2015 foi talvez um dos mais desafiadores dos últimos tempos, com queda de PIB em 3%, coisa que não vimos nem na crise de 2008, onde logo o Brasil se recuperou. Portanto, foi um período difícil, mas num contexto macro, porque quando vamos falar com as empresas, foi um ano bom: o fornecedor de máquinas deu um belo desconto, foi conseguido passar os aumentos de preços de resinas, o concorrente faliu e a empresa acabou vendendo mais. Desta forma eu diria que tiveram transformadores aproveitando as oportunidades. Evidente que no contexto do ano passado, com o mercado financeiro muito arisco, as pessoas que estavam com problemas de alavancagem, dependendo de desconto de duplicatas, de capital de giro ou de ir buscar dinheiro em BNDES, todas essas empresas tiveram mais dificuldade. O mercado financeiro foi o primeiro a se retrair. E nesse contexto eu diria o seguinte: que as empresas saudáveis terão que aproveitar as oportunidades porque 2016 vai ser um ano excelente para as que têm liquidez e capacidade de investir. Esse será ano delas, de ganhar espaço, consolidar mercados, comprar concorrentes, tem uma oportunidade imensa. Agora as empresas que estão com dificuldade de caixa terão que fazer o processo parecido com o que a Petrobras esta fazendo: enxugar, vender máquinas, perder alguns clientes e ajustar essa operação para uma nova realidade. Provavelmente terão que vender o carro e andar de ônibus.

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Tendências

Extrusão

& Mercados

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Nem tanto ao céu, nem tanto a terra

Principal processo de transformação de plásticos, o setor de extrusão sente os impactos da atual conjuntura, mas mesmo assim não lamenta os resultados de 2015. A Revista Plástico Sul entrevistou alguns dos principais fornecedores deste mercado, em busca de opiniões e avaliações. 8 > Plástico Sul >>>

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ados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) apontam que a técnica mais utilizada no processo de transformação de plásticos é a extrusão, com 62,8% da participação sobre o total, sendo que a extrusão de filmes, de perfis e de chapas são as mais utilizadas, representando a maior parte dentre as técnicas existentes de extrusão. A Abiplast salienta, entretanto, que esse processo pode ser subdivido em quatro tipos diferentes. O primeiro deles é a “extrusão de filmes” onde se produz filmes mono e multicamadas que serão utilizados para posterior confecção de embalagens e representa 39,3% de tudo o que é produzido a partir desse processo. Há também a “extrusão de perfil” que representa 31,7% desse processo e fabrica tubos, fios e cabos revestidos, mangueiras e perfis para a construção civil e aplicações em geral. Já a extrusão de chapas, processo pelo qual se fabricam as chapas e lâminas que serão utilizadas para a produção de acessórios de linha branca e embalagens termoformadas, responde por 18,8%. Por fim, há o processo de extrusão sopro que representa 8,1%, deste processo produtivo utilizado na fabricação de garrafas, garrafões, frascos para alimentos, cosméticos e limpeza e bombonas plásticas. Embora o ano de 2015 tenha sido visivelmente afetado pela baixa demanda de consumo, os fabricantes de extrusoras para diversos segmentos não reclamam dos resultados. “A crise brasileira atual, embora pior que todos os outros anos, não está atingindo significativamente nossas vendas. Isso se deve ao fato de estarmos constantemente desenvolvendo novas tecnologias e produtos, sempre atendendo às demandas do mercado”, explica Paolo De Filippis, diretor geral da Wortex, empresa 100% nacional, fundada em 1976, na cidade de Campinas (SP). Mesmo comemorando o desempenho, o empresário está atento à atual situação vivida pelo mercado. “Um fator importante é a alta carga tributária que incide em toda a cadeia produtiva. Se houvesse algum tipo de incentivo, ou até isenção de imposto para a indústria de reciclagem, por exemplo, a oferta de material obtida pelo programa de coleta seletiva seria muito maior e todos


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Na foto: Paolo De Filippis, da Wortex: alta carga tribuária é um grande obstáculo para o setor

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Extrusão

& Mercados

se beneficiariam. Com isso, teríamos um material de melhor qualidade para reciclar”. De Filippis cita outros entraves que impactam tanto no setor de reciclagem quanto em outros segmentos da indústria do plástico. “Entre outros problemas que comprovam o atraso no setor estão o emprego intensivo de mão de obra, baixa eficiência energética das máquinas, custo elevado de manutenção, de tratamento da água e, principalmente, de energia elétrica”, aponta. Para o diretor, com as mudanças nas regras do Finame, será quase impossível investir em novas máquinas. “Não temos política pública estável que permitam aos empresários investir com segurança”, afirma. Quem também enxerga os obstáculos, mas não percebe queda nos resultados é a A Carnevalli, tradicional fabricante de extrusoras e coextrusoras de filmes plásticos flexíveis, fundada em 1962. Segundo Wilson M. Carnevalli Filho, diretor comercial, hoje a companhia fabrica anualmente cerca de 120 máquinas e seu crescimento vem atingindo entre 10 e 15% a cada ano, calcado nos investimentos em novas máquinas operatrizes e tecnologias. “O Mercado Brasileiro é muito concorrido, as empresas buscam reduzir custos a todo instante, com juros altos , muitos impostos , guerra fiscal e outros motivos”. Para resolver essa equação, explica Carnevalli Filho, os transformadores buscam renovar o parque e hoje procuram equipamentos mais produtivos e com custo de produção menor , o que garante boas vendas mesmo com um mercado mais receoso. Outro fator determinante para os bons resultados da empresa é o tamanho do território nacional. “Como nosso país é muito grande, temos mercados crescendo em algumas regiões, se renovando em outras e acredito que estamos melhores que outros segmentos da indústria”, pondera o diretor comercial. Situada na RMC, uma das regiões mais dinâmicas no cenário econômico brasileiro há 29 anos, a Multi-União tem a missão de garantir soluções alternativas no segmento termoplástico, termofixo, borracha, baquelite e alimentícia. O momento turbulento vivido pelo país afetou os resultados da empresa, porém não travou os investimentos. “Houve uma queda de 20% em relação ao ano de 2014, porém mesmo com este cenário investimos em modernos equipamentos e ampliamos nosso staff”, explica. Para a empresa, o foco é o desenvolvimento de projetos sob encomenda objetivando atender as necessidades especificas de cada cliente, porém, são especialistas na produção de máquinas e equipamentos para reciclagem de plásticos, fabricação de perfis e tubos para revestimento de fios e cabos. A Indústria de Máquinas Miotto Ltda, também confirma a queda de desempenho em 2015, mas salienta o crescimento em 2014. “Esperamos voltar a crescer, mas perante o cenário político e a atual crise

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Tendências

econômica de hoje, como?”, questiona Carlos Alberto Torrano, diretor de vendas da empresa. Para o executivo, o mercado doméstico está ruim devido a situação que o país se encontra e aos importados de baixo custo ( China – Asia ). Torrano revela que nos últimos cinco anos foram comercializadas 196 extrusoras, 47 linhas completas e 443 máquinas avulsas (puxador, bobinador, serra, cortadeiras, etc).

Hora de exportar

Tradicional fabricante de extrusoras de filmes rígidos e flexíveis localizada em Guarulhos (SP), a Rulli Standard entende que com a retração do consumo nacional e a alta do dólar, o momento é de pensar na exportação. O engenheiro Paulo Leal, do departamento comercial da empresa, acredita que, como as políticas adotadas pelo governo não surtiram o efeito desejado, a saída encontrada pelos empresários foi a exportação, aproveitando a variação cambial. Segundo o executivo, empresas que não possuem esta porta como alternativa, estão passando por uma série de dificuldades para poder balancear suas contas. “Estamos com esperança de que em um curto espaço de tempo se encontre medidas de ordem financeira que faça com que o Brasil continue avançando rumo ao crescimento”, diz o engenheiro. Paolo De Filippis, da Wortex, também vê nas exportações oportunidade em 2016. “Temos pouca participação no mercado externo, visto que a Wortex sempre esteve com sua capacidade produtiva 100% tomada para o mercado interno. Entretanto devido a situação econômica atual, a exportação de equipamentos se torna uma opção viável”. A demanda doméstica também é o principal foco da A Carnevalli. Mesmo assim, os resultados


da empresa no quesito exportação são relevantes, principalmente para os países da América Latina. “Hoje exportamos 25% da nossa produção e com o câmbio favorável às exportações podemos aumentar esse percentual ,mas desde que aumentemos também nossa produção mensal, pois não deixaremos de atender primeiro o mercado nacional,que é nosso objetivo principal”, salienta Wilson Carnevalli Filho.O diretor comercial afirma que a empresa está muito competitiva nas exportações e que as vendas vão aumentar a cada mês. “Teremos que nos adequar e atender os dois mercados com excelência”. A Miotto, que projeta, fabrica e comercializa máquinas e equipamentos utilizados na transformação das várias linhas para extrusão de termoplásticos com assistência técnica permanente, tem percentual pequeno nas exportações, mas grande ambição para o futuro. “Temos participação mínima no mercado externo, atualmente 5%, entretanto com a atual alta do dólar, pretendemos elevar este porcentual para 30%”, comenta Torrano.

O desafio da mão de obra

A qualificação dos operários que trabalham no chão de fábrica é sempre um assunto levantado pelos fabricantes de extrusoras. Tal relevância de conteúdo se dá pelo fato de que por vezes são apresentadas tecnologias que não são bem administradas por aqueles que operam os equipamentos. Conforme o diretor geral da Wortex, hoje o apagão da mão de obra ainda persiste no Brasil. A partir dos anos 1970, explica De Filippis, o Brasil parou de produzir o tipo de mão de obra necessária na indústria do plástico, gerando a falta de técnicos de extrusão e engenheiros com conhecimentos em plásticos e em projetos de equipamentos. “Atualmente, parte dessa mão de obra é proveniente de outras áreas sendo normalmente treinados de forma muito superficial para atender a demanda nos picos de produção”, sinaliza. Wilson Carnevalli Filho faz observações semelhantes sobre o tema. Segundo o diretor comercial, existem excelentes profissionais na área de extrusão no Brasil e as fábricas que se prepararam tem esses profissionais em seus quadros de funcionários e podem operar com tranquilidade as máquinas mais avançadas. “Porém ainda estamos muito abaixo do ideal e faltam

muitos desses profissionais, principalmente quando falamos da parte eletrônica que é onde mais temos dificuldades”, avalia. Para Carnevalli Filho, esse é um dos grandes motivos de não entrar equipamentos importados muito sofisticados já que acaba sendo difícil encontrar pessoas com qualificação necessária e o risco de operá-las de forma inadequada faz com que muitos desistam da compra. Já para Paulo Leal, da Rulli, a mão de obra brasileira vem se aprimorando a cada dia e os técnicos de chão de fabrica, pela prática e com cursos realizados, conhecem bem as exigências do mercado. “Atrás disso vem os laboratórios, montados em grande parte dos transformadores para comprovar e atestar a qualidade de seus produtos”. Da mesma forma, a Multi-União também aposta na melhora da qualificação dos operários da indústria. “Acreditamos que houve progresso no perfil do trabalhador de chão de fábrica pela disponibilidade de cursos de aprendizado/atualização específicos”.

Fabricante de diversos equipamentos, Rulli tem como um dos diferenciais a PRODUÇÃO de máquinas para fins específicos

Portfólios

Atuando no mercado desde 1961, a Rulli Standard fabrica equipamentos de monocamadas, e filmes de multicamadas, tanto em rígido como flexível. Embora a empresa possua máquinas de combate, uma de suas particularidades é a fabricação de máquinas para fins específicos, com isto variando muito o volume de máquinas fabricadas. São extrusoras com produtividade que vão de 130 a 2000 Kg/h e roscas com Ø2.½” a Ø150 mm. Além disso, oferece, serviços de adequação de equipamentos antigos dentro das normas atuais de segurança, bem como manutenção e renovação de serviços em rosca e canhão. “Nossos equipamentos são fabricados dentro das normas exigidas para dar segurança ao seus usuários e procuramos através dos anos nos modernizar, colocar no mercado extrusoras produtivas de fácil manuseio e econômicas energeticamente”, explica Leal. <<< Plástico Sul < 11


Equipamentos AX Plásticos: especialista em máquinas para laboratórios.

Extrusão

& Mercados

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Tendências

Foco em laboratório

A cada ano a Wortex amplia sua participação de mercado. Sempre atenta ao avanço da tecnologia e o aumento da globalização que são as duas forças que estão modificando o cenário mundial. Entre os principais equipamentos da Wortex destinados ao mercado de extrusão, Paolo De Filippis destaca: Challenger Recycler para o processamento de materiais de baixo peso volumétrico, tais como: PE, LLDPE, LDPE, HDPE, BOPP, PP, Ráfia, Não Tecidos, Nylon, Polinylon, Filmes de multicamadas; Linhas Especiais para o processamento de materiais expandidos de PP, PS e Nylon (paninhos); Challenger Compounder para as indústrias que necessitam desenvolver e compor suas próprias blendas, aditivar cargas minerais e granular materiais rígidos provenientes de sopro, injeção, termoformagem entre outros, tais como: ABS, PS, PP, PE, POM, PC, Nylon, etc; Linhas AEspeciais para peletização de blendas de PE para rotomoldagem; Challenger Blow para produção de filmes mono e multicamadas, compostas por extrusoras e co-extrusoras, nas versões: Sintesis para filmes tubulares monocamadas, Maxx para filmes tubulares monocamadas, Multi-Maxx para filmes tubulares de 3 camadas; Extrusoras Especiais que oferecem aos transformadores de plásticos altos índices de produtividade, economia e competitividade. Equipamentos fabricados para produzir de 10 a 2.000Kg/h em qualquer tipo de termoplásticos, inclusive ABS, PP, PE, Nylon 6-6, 6-12, blendas com cargas minerais, fibra de vidro, etc; Linha de Lavagem para plásticos rígidos e flexíveis com capacidade de produção de 500 Kg/h; Moinhos com alto fator de rendimento Kg/Amps, com ajuste das facas fora do moinho, possibilitando a troca em tempo recorde e maior segurança para o operador com menor custo operacional e consumo de energia do mercado; Roscas e Cilindros (Monos e Duplos) Bimetálicos e Nitretados para máquinas de injeção, sopro e extrusão; Projetos Especiais de Roscas são desenvolvidos pela Wortex de acordo com as necessidades de cada cliente (produtividade, plastificação, homogeneização, mudanças de resinas, etc.) 12 > Plástico Sul >>>

Em 2016, a AX Plásticos completa 12 anos de atividades, já contando com máquinas em mais de 16 estados brasileiros, incluindo indústrias, universidades, centros de pesquisas, SENAI´s entre outros. “Desde nossa fundação nosso principal foco é desenvolver equipamentos de transformação para pesquisa e desenvolvimento de polímeros termoplásticos, máquinas para laboratórios. E além destes mini equipamentos, fabricamos extrusoras e linhas completas de extrusão para produção”, explica Douglas Amorim Paiva. Para o diretor, a capacidade de adaptação é o grande diferencial da empresa, que conta com uma equipe de profissionais preparados para atender qualquer situação de dificuldade dos clientes, seja com equipamentos, ou até mesmo com equipamentos de outros fabricantes. Em 2015 foram comercializados 27 equipamentos entre mini extrusoras, mini injetoras, mini sopradoras e extrusoras de produção. O faturamento, porém, ficou abaixo da projeção e também abaixo do atingido em 2014. “Nosso ano de 2015 compara-se ao ano de 2012. Portanto, tivemos um recuo em faturamento de três anos. Com relação aos investimentos, todos foram adiados para este ano”, diz. Douglas faz uma análise do nível tecnológico existente no segmento especifico de atuação da AX Plásticos. No quesito máquinas para laboratório, explica, o Brasil ainda está muito longe do ideal, devido a cultura de produzir sempre mais gastando sempre menos. “Porém os equipamentos para pesquisa não foram desenvolvidos com este intuito, mas sim com o objetivo de reduzir custos na parte de P&D das empresas, que muitas vezes param equipamentos de linha para fazer testes, ensaios, “try-outs” ou até mesmo demonstrações”, avalia. Entretanto, Douglas adverte que o transformador precisa ficar atento a isso porque ao parar um equipamento de produção, este está perdendo duas vezes: a primeira por não estar produzindo e a segunda pela quantidade de material e de energia que está sendo desperdiçado em um equipamento que poderia estar gerando lucro para ele. “Atualmente, muitas empresas perceberam que, apesar de o investimento em nosso equipamento ser relativamente alto, o retorno que gera à empresa e aos seus clientes são substanciais”. Quanto a participação no mercado externo, Douglas revela que a AX Plásticos está tentando expandir seus negócios para o exterior. “Já realizamos duas vendas em nossa história para o México”.


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IMAGENS: DIVULGAÇÃO

DestaqueEmbalagens

Tendências, resultados e PNRS em pauta

N

o mercado de embalagens plásticas, diversos assuntos surgem para despertar a atenção dos transformadores. Um deles é anuncio recente das seis principais tendências que impactarão os mercados globais de embalagens durante 2016, que aponta o aumento do apreço pelas flexíveis e pelas de cunho sustentável. Outra notícia é o balanço da Associação Brasileira de Embalagens Flexíveis (ABIEF), que indica queda na produção física e no faturamento do setor em 2015, mas revela uma balança comercial positiva, com aumento das exportações e diminuição significativa das importações. Não menos importante que as anteriores, a notícia da assinatura do Acordo Setorial para a logística reversa de embalagens, que pretende formalizar o processo de reciclagem de embalagens dos mais diversos produtos, também impactou esta importante indústria.

Números das flexíveis

Pesquisa feita pela Maxiquim com exclusividade para a ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis) mostra que a indústria de embalagens plásticas flexíveis amargou uma queda de 1,6% na produção física em 2015, 14 > Plástico Sul >>>

fechando o ano com 1,815 milhão de toneladas. A variação real do faturamento também registrou queda de 2,1%, chegando a R$ 19,6 bilhões, assim como o consumo aparente que caiu 3,6%, atingindo 1,844 milhão de toneladas. Segundo Solange Stumpf, da Maxiquim, o petróleo continua sendo o alvo das atenções. “Ainda não sabemos se seu preço já chegou ao fundo do poço – US$ 50/barril – ou se cairá mais. Há especialistas apostando em US$ 20 o barril. E esta oscilação continuará afetando a indústria globalmente.” O lado bom, segundo Solange, é que a petroquímica Brasileira tem fôlego para competir por conta da nafta mais barata. De todas as resinas rastreadas na pesquisa da Maxiquim, o polipropileno (PP) foi a que registrou queda mais acentuada (-8,3%), enquanto os polietilenos (PEs) caíram 3,1%. A demanda doméstica de poliolefinas no Brasil teve uma variação de -5% no comparativo 2015/2104, em volume. “A boa notícia é que a balança comercial fechou positiva em 2015. Houve uma queda de 10,9% nas importações contra uma alta de 15% nas exportações. As importações de PE ficaram em 792 mil toneladas e as de PP em 258 mil toneladas.” A principal resina utilizada pela indústria de


embalagens flexíveis continua sendo o PEBDL (polietileno linear de baixa densidade), com um market share de 45%, seguida por PEBD (polietileno de baixa densidade) com 27% de participação, PP com 16% e PEAD (polietileno de alta densidade) com 11%. “A participação da produção de embalagens flexíveis no total de transformados plásticos aumentou 1,6% em 2015 em comparação ao ano anterior. Somente no PEBD, 81% do total foram dedicados à produção de flexíveis em 2015; este percentual era de 79% em 2010”, comenta Solange. Alimentos é a principal aplicação com 29% de participação. No PEBLD a participação dos flexíveis é ainda maior: 93% em 2015 contra 89% em 2010. Neste caso os alimentos também são o principal mercado absorvendo 36% da produção. A balança comercial da indústria de embalagens plásticas flexíveis também fechou positiva em 2015. Houve um aumento de 16,4% nas exportações contra uma queda de 22,5% nas importações, em volume. Em valores, as importações caíram 23,6% e as exportações cresceram 1,6%.

PNRS avança

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira e entidades setoriais assinaram recentemente o Acordo Setorial para a logística reversa de emba-

lagens, que pretende formalizar o processo de reciclagem de embalagens dos mais diversos produtos. A primeira meta, de recolher 22% das embalagens será avaliado em dois anos. Conforme informações da Agência Brasil, com o acordo, os empresários signatários vão fortalecer mecanismos para tirar do mercado as embalagens dos produtos de consumo e encaminhar para a reciclagem. Ao todo, 20 associações, representantes dos mais diversos setores, como alumínio, alimentos, cosméticos e bebidas e também de catadores, assinaram o documento, que demorou quatro anos para ser concluído. “Falta muita coisa, mas não é trivial convergir setores produtivos, cada um com seus interesses”, disse Izabella Teixeira, acrescentando que o ponto mais importante do pacto é a formalização da cadeia produtiva de reciclagem. Segundo o presidente da associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE), Victor Bicca, no Brasil 65% das embalagens colocadas no mercado são recicladas. “Em alguns casos, como no das latas de alumínio, somos campeões mundiais de reciclagem, com aproveitamento de 98%”, disse Bicca. “A gente vai desenvolver projetos, capacitando as cooperativas e as tornando cada vez mais aptas para fazerem a coleta em parceria com municípios ou outros parceiros”.

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DestaqueEmbalagens

Victor Bicca do CEMPRE: "no Brasil 65% das embalagens colocadas no mercado são recicladas"

Ainda segundo a Agência Brasil, o acordo está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010. Assim como este, já foram assinadas parcerias nos setores de agrotóxicos e óleo mineral. Ainda estão em fase de elaboração acordos na área de medicamentos e de eletroeletrônicos.

Tendências que impactarão em 2016

A Mintel anunciou as seis principais tendências que impactarão os mercados globais de embalagem durante 2016 e quais são suas implicações para os consumidores e marcas.“Há um caminho paralelo entre as marcas que se esforçam para envolver os consumidores em um nível mais pessoal e as expectativas deles para que as embalagens forneçam essa experiência: impressão digital que cria experiências ‘hiper’ pessoais; mensagem clara no rótulo que aumenta a transparência da marca e promove confiança na compra; embalagem sustentável, que capacita a consciência social; híbridos que oferecem benefícios funcionais e ambientais, juntamente

com grande presença de prateleira; tamanho certo de embalagem que atenda às necessidades de deslocamento dos consumidores e aplicativos que apoiam embalagens conectadas por celulares. Esses são os temas chave que vemos em ressonância com os consumidores em 2016. As marcas e fabricantes inovam para manter os consumidores globais, não só envolvidos, mas para desenvolver fidelidade à marca, que está se tornando, cada vez mais, intangível nesse momento atual, quando os consumidores têm mais opções do que nunca em produtos embalados”, afirma David Luttenberger, diretor global do departamento de embalagens da Mintel. Uma das tendências citadas são as embalagens flexíveis, que, segundo a Mintel, não são mais consideradas de menor qualidade. Quase um terço, 32%, dos consumidores associam embalagens flexíveis a serem ‘modernas’ e as marcas estão investindo em oportunidades de marketing nessa área. Mas até em que ponto as embalagens flexíveis irão, especialmente aquelas que são tipo ‘pouches’, tornar-se não-diferenciadas? As marcas, de fato, inovadoras olharão para a próxima geração de híbridos rígidos/flexíveis que oferecem benefícios funcionais e ambientais, juntamente com grande presença de prateleira. Outra tendência apontada pela Mintel tem relação com o apelo ambiental por embalagens sustentáveis. Apesar dos melhores esforços das marcas, a reciclagem de embalagens é bem abaixo do seu potencial. Além disso, 63% dos consumidores dos Estados Unidos afirmaram que as embalagens reutilizáveis são um motivo chave de compras. E quando o preço e a qualidade do produto são percebidos como iguais, os consumidores irão, cada vez mais, se voltar para essas alternativas ecológicas como fator decisivo de compra. Portanto, as marcas não se podem dar ao luxo de ignorar esse fato ao desenvolver suas estratégias de posicionamento e marketing. O tamanho das embalagens também aparece na lista de tendências relacionadas à embalagens plásticas. Conforme o estudo, famílias americanas buscam valor em recipientes maiores para o leite; os consumidores britânicos, por sua vez, pedem mais opções de tamanho

Principais conclusões e previsões para 2016 no universo das embalagens flexíveis

• o aumento dos custos e da carga tributária, aliados à uma demanda enfraquecida, devem seguir impactando negativamente os resultados em 2016; • as expectativas dos transformadores apontam para um ano difícil, com provável redução de investimentos em razão da instabilidade econômica, política e de mercado; • produtos com maior valor agregado, como embalagens de barreira e de desempenho superior, continuarão crescendo e as empresas deverão focar na exportação; • produtos da cesta básica são usualmente menos afetados em tempos de crise e o horizonte para as embalagens flexíveis não é tão negativo como para o mercado em geral; • empresas com produtos voltados para a exportação devem apresentar bom resultado, considerando-se o cenário de Dólar valorizado.

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para bebidas alcoólicas. Acrescentando, as marcas devem oferecer uma maior gama de tamanhos de embalagens já que de acordo com 50% de consumidores de snacks preocupados com a saúde, eles estariam dispostos a experimentar um novo produto se ele viesse em um tamanho pequeno como teste, voltado para ocasiões “on the go”. Em 2016, as marcas devem fornecer embalagens que os consumidores veem como do tamanho certo para si e para ocasiões de fácil transporte, a fim de superar a crescente falta de fidelidade à marca.

Embalagem reduz efeito oxidativo das carnes

Pesquisa desenvolvida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da USP, em Piracicaba, buscou determinar um método capaz de minimizar os efeitos oxidativos das carnes. Para tanto, foram desenvolvidas embalagens ativas a partir de quitosana com a incorporação de extratos de resíduos agroindustriais brasileiros como fonte de antioxidantes naturais. De acordo com a Agência USP Notícias, o estudo propõe a substituição de antioxidantes sintéticos por antioxidantes naturais na embalagem dos produtos, favorecendo a maior durabilidade do alimento. Segundo o químico de alimentos e autor do estudo, Juan Sebastian Serrano, a quitosana é um polissacarídeo que age como uma boa matriz filmogênica. Ela é extraída do exoesqueleto de insetos ou crustáceos e foi o agente fundamental da pesquisa de Serrano, que adotou como objeto de estudo a carne de frango crua. “Avaliei química, física e microbiologicamente a carne com aplicação de extratos de película de amendoim e pimenta rosa incorporada na massa da carne e no filme ativo de quitosana como revestimento. Esses elementos contribuíram para a redução da oxidação lipídica e da proliferação bacteriana”, descreve. “No mercado não é comum encontrarmos produtos que utilizem esse tipo de filme para melhorar a qualidade das carnes, portanto, acredito que a pesquisa poderá ser uma alternativa à indústria alimentícia”. Os testes foram realizados com a carne de frango e Serrano justifica que a utilização dessa matriz foi devido a sua composição lipídica, que é mais perecível que a carne bovina. “Assim, o desafio era frear a maior deterioração da carne do frango”, conta. Segundo o pesquisador, teoricamente, o produto poderá ser usado tanto na carne bovina como na suína. “Podemos esperar resultados semelhantes ou até melhores por serem carnes com menor susceptibilidade oxidativa, especialmente a bovina.” O processo de elaboração das embalagens começa com a dissolução da quitosana em água, conjuntamente com os extratos dos resíduos agroindustriais. Uma vez que ficam completamente dissolvidos, esta dissolução é colocada sobre recipientes que vão servir como forma para as embalagens e colocado numa estufa para serem secos. “Depois de secos os filmes são

tirados da forma ficando com aparência de plástico”, conta Serrano. Em seguida foram colocadas sobre a carne de frango reestruturado e foi armazenado o produto. O pesquisador denomina, provisoriamente, o produto de “Embalagens Ativas de Quitosana”. Ainda de acordo com a Agência USP Notícias, ainda não há previsão de produção em larga escala da embalagem. “Todo o projeto foi realizado in ‘vitro’ e não podemos definir porque não há qualquer estudo em relação ao mercado”, antecipa o pesquisador, lembrando que haverá, no futuro, a necessidade de equipamentos maiores que permitam aumentar o tamanho da produção de filmes. Serrano também antecipa que o próximo passo do estudo é aumentar a concentração dos extratos antioxidantes naturais no filme, com o objetivo de aumentar ainda mais o efeitos antioxidantes, e testá-lo em outros tipos de matrizes para avaliar seus efeitos.

Dow: resinas de alto desempenho

O negócio de embalagens e plásticos de especialidades da Dow lançou as resinas para embalagens de precisão INNATE, uma nova família de resinas que oferece níveis de desempenho sem precedentes capazes de ajudar os clientes a atenderem algumas das necessidades mais desafiadoras de embalagens da atualidade. Desenvolvidas a partir de um catalisador molecular patenteado aliado a uma tecnologia de processo avançada, com as resinas INNATE os clientes poderão explorar novas oportunidades no setor de embalagens por meio de um balanço único entre rigidez e tenacidade, facilidade de processamento e sustentabilidade. “As resinas INNATE foram desenvolvidas após inúmeras discussões com convertedores e proprietários de marca, além de uma análise detalhada das tendências de mercado”, apontou Diego Donoso, presidente global do negócio de embalagens e plásticos de especialidades da Dow. “Estamos muito entusiasmados com as possibilidades que a família de resinas INNATE trará para o design das embalagens”. David Parrillo, diretor global de pesquisa e desenvolvimento para embalagens e plásticos de especialidades daDow, acrescenta: “A química por trás das resinas INNATE permite que os clientes controlem propriedades de uma forma totalmente inédita para criarem um novo padrão de desempenho por meio da combinação de rigidez, tenacidade e processabilidade do filme, tudo isso com uma única resina”. As resinas INNATE ajudarão a criar novos nichos de mercado e categorias para aplicações diversas, que vão desde embalagens flexíveis para alimentos até sacaria industrial de alta resistência.

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EspecialPlásticos de Engenharia

Nunca antes na história deste país Empurrado para dentro do tsunami econômico brasileiro, que apresentou fraco desempenho em importantes indústrias, consumo aparente de plásticos de engenharia sofre a maior queda dos últimos anos.

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unca antes na história deste país, como dizia um velho conhecido nosso, tantos setores sofreram com o baixo desempenho de consumo. Com as resinas termoplásticas especiais não seria diferente. Apresentando queda de 21% na demanda nacional, o segmento de plásticos de engenharia vive dias difíceis calcado pelo fraco desempenho das indústrias de bens duráveis e semi-duráveis, consumidoras chaves destes polímeros. Apresentando consumo aparente de 167 mil toneladas em 2015, esta é a queda mais drástica dos últimos tempos. Tais Marcon Bett, da Maxiquim Assessoria de Mercado, credita tal resultado ao desempenho da economia. “Todos os mercados ligados aos plásticos de engenharia caíram muito. Quando tu tens uma resina pulverizada em diversos setores, um setor pode compensar o outro. Já os plásticos de engenharia são muito concentrados justamente nos setores que tiveram desempenho ruim”, avalia. Conforme Tais, as resinas que apresentaram pior resultado foram as poliamidas, com queda de mais de 30%. Tais confirma que tal desempenho esteja relacionado à participação no setor automotivo, que amargou tempos difíceis em 2015. “Neste sentido é preciso observar as aplicações por tipo de veículos. A queda na demanda foi maior na parte de veículos pesados do que na de veículos leves. Desta forma, as resinas que tem maior participação neste mercado sofrem mais”, avalia. Em um ano com resultados tão negativos, não tiveram resinas com evolução de mercado. Todas apresentaram redução. As resinas que apresentaram menor queda, explica Tais, foram poliacetal e SAN. “SAN tem aplicações nos eletroeletrônicos, eletrodomésticos e eletroportáteis. Já o poliacetal tem uma participação maior na produção local, o que ajudou a não cair tanto”.

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Do volume de plásticos de engenharia consumido no país em 2015, de 50 a 70% foram vendidas via distribuição, seja ela local, como as tradicionais Replas e Piramidal, seja através das multinacionais com estrutura no Brasil, como a Lanxess e Styrolution.

Revista Plástico Sul - Qual foi o consumo aparente de plásticos de engenharia em 2015? Do consumo total de resinas, quanto representa a participação destes polímeros de alta performance? Tais Marcon Bett - O consumo aparente de resinas em 2015 foi de 167 mil toneladas. Do consumo total de resinas, os plásticos de engenharia representam 3%. Plástico Sul - Como é a comparação desta estatística com outros países?

Tais Marcon Bett - Não varia muito, em países mais desenvolvidos chega a 5%. Estes que estão no estudo seriam os plásticos de engenharia mais comuns, há outros mais específicos que não estão no estudo. Há polímeros de alta performance que tem um mercado realmente muito pequeno, voltado a alta tecnologia nas áreas automotiva e médica, por exemplo, mas para aplicações muito especificas.

Plástico Sul - Qual a sua relação de aumento ou queda em relação a 2014? Tais Marcon Bett - Comparando este volume houve uma queda de 21%. Creditamos isso ao desempenho da economia onde segmentos de bens de consumo duráveis e semiduráveis foram muito afetados, que é justamente o mercado destas resinas. Sabemos que


o setor automotivo teve queda de mais de 20% na produção durante o ano. Cerca de 70% da poliamida e 50% do ABS são destinados à esta indústria. Portanto a Poliamida que tem grande participação no setor automotivo terá uma queda muito grande. Os eletroeletrônicos e eletrodomésticos também apresentaram queda. Todos os mercados ligados aos plásticos de engenharia caíram muito. Quando tu tens uma resina pulverizada em diversos setores, um setor pode compensar o outro. Já os plásticos de engenharia são muito concentrados justamente nos setores que tiveram desempenho ruim, que são os bens de consumo duráveis.

Plástico Sul - Em comparação aos anos anteriores, essa queda de 21% é alta? Tais Marcon Bett - Foi a queda mais drástica dos últimos anos. Em 2014 teve redução mas foi menor. Já em 2010, quando teve em 2010 aquele boom do setor automotivo houve um crescimento muito bom.

Plástico Sul - Qual a perspectiva para 2016? Tais Marcon Bett - Continua perspectivas de redução, mas não como agora, onde já chegou em um patamar bem baixo. Ou seja, será uma redução sobre uma base muito fraca. No setor automotivo há o mercado de reposição de peças e o mercado voltado para montadoras, que é onde teve a maior queda. As empresas de autopeças, por exemplo, estão tentando diversificar segmentos. A perspectiva é que ainda seja um ano difícil. O que acontece, e que já observamos em poliacetal e PBT através de conversas com alguns fornecedores, é que algumas peças eram importadas, ou seja não tinha nem muita transformação delas no Brasil, e hoje, com a questão do cambio, estão sendo produzidas localmente, mas de forma muito tímida. No momento em que o cambio se estabilizar num patamar mais alto, as empresas começam a avaliar este cenário de produção local. E outra questão seria os preços dos plásticos de engenharia lá fora onde já há um movimento de redução, mas aqui dentro os preços ficaram estáveis em reais.

Plástico Sul - Como está a questão da exportação de produtos transformados em plásticos de engenharia? Tais Marcon Bett - Na questão da exportação o mercado é muito regional. Há trabalhos recentes, alguns grupos da Anfavea que estão fazendo programas com a Colômbia, onde estão impulsionando muito o setor automotivo. Ou seja, fazendo programas de incentivo com empresas produtoras de autopeças para exportar. Isso significa que o mercado está tentando se movimentar em um sentido porque por aqui continua fraco e é preciso arranjar alternativas. Isto é quando nos referimos a produtos transformados.

plásticos de engenharia em 2015 e um prognostico para 2016? Tais Marcon Bett - De um lado o preço internacional apresentou queda, mas com a escalada do cambio não refletiu muito na redução em reais. Mas tudo depende muito do distribuidor que vende este produto no Brasil. Porque dependendo de quando ele compra este material, do estoque que tem na cadeia, esse impacto do cambio vai chegar antes ou depois. Em alguns momentos aconteceu que um distribuidor teve um estoque maior adquirido com um cambio que não era tão alto e ele muitas vezes consegue manter o mercado ou até aumentar vendendo a um preço menor do que a concorrência que não tinha um estoque. De produção local nós teríamos a poliamida 6.6 e o acrílico. São as únicas e mesmo assim a importação é grande parte do mercado. Cerca de 50% da poliamida é importada.

Plástico Sul - Quando nos referimos a resinas, como avalias a relação entre o cambio e as importações de

Plástico Sul - A questão da queda no consumo de <<< Plástico Sul < 19


plástico de engenharia está associada ao câmbio? Tais Marcon Bett - Não. Está muito mais associada ao consumo. Conversando com os distribuidores, eles citam que o importante é que o cambio se estabilize, mesmo sendo num patamar mais elevado, porque é possível fazer programação. O problema são as variações bruscas. O que aconteceu em alguns momentos foi demanda fraca e a necessidade de repasse do câmbio. Neste momento alguns distribuidores tiveram que ficar com margens abaixo. Para 2016 apostamos em uma estabilidade ou pequena redução de acordo com a demanda.

Plástico Sul - Qual resina sofreu maior redução e por quê?

Tais Marcon Bett - A resina com pior resultado foi poliamida,que caiu mais de 30%. Isso se credita a participação nos setor automotivo. Neste sentido é preciso observar as aplicações por tipos de veículos. A queda na demanda foi maior na parte de veículos pesados do que na de veículos leves. Desta forma, a resina que tem maior participação neste mercado sofre mais. Já o policarbonato, por exemplo, embora tenha uma aplicação grande na indústria automotiva, também é expressivo na construção civil e na comunicação visual, que foram afetadas mas em outra dimensão.

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Plástico Sul - Qual resina apresentou melhor evolução e por quê?

Tais Marcon Bett - Não teve resina com evolução de mercado. Todas apresentaram redução. As resinas que apresentaram menor queda foram poliacetal e SAN. A SAN tem aplicações nos eletroeletrônicos, eletrodomésticos e eletroportáteis. Já o poliacetal tem uma participação maior na produção local, o que ajudou a não cair tanto.

Plástico Sul - Qual o volume da distribuição? Tais Marcon Bett - Nós estimamos de 50 a 70% da oferta de plásticos de engenharia seja através da distribuição, porque apenas os transformadores de maior porte acabam importando direto. Mas a distribuição de plásticos de engenharia pode ser divida em duas partes: o distribuidor local e as multinacionais produtoras de resinas que estabelecem uma base de distribuição no Brasil. Estes atuam muitas vezes em parceria com distribuidores locais, mas eles também fazem uma venda direta para os grandes consumidores deles.


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Distribuição

Depois da tempestade, a bonança

Com relação aos plásticos de engenharia, comparando os volumes de especialidades distribuídos em 2014 e 2015, houve queda de 13,5%. Em 2015 o total foi de 19.177 toneladas, contra 22.166 toneladas em 2014, uma redução de cerca de 3.000 toneladas. “É importante destacar que houve um aumento relevante no dólar, porém, os preços das especialidades caíram, sendo assim, os valores não subiram na mesma proporção e tiveram o mesmo impacto que o aumento do dólar”, explica Gonçalves. Enquanto as commodities responderam por 87% do volume distribuído, os plásticos de engenharia alcançaram 13% das vendas das empresas associadas à Adirplast. Com o market share dos distribuidores oficiais girando em torno de 10%, Gonçalves almeja dobrar essa fatia. “O ideal é por volta de 20%,mas perto dos 15%,neste primeiro momento, estaremos felizes”.

O período turbulento vivido pela economia brasileira Crise e oportunidades reflete na distribuição oficial através de queda Gonçalves explica que a entidade está enxergando a crise como uma grande oportunidade de crescino volume de vendas. Os próximos meses serão mento e sólida consolidação para a distribuição oficial, marcados por grandes oportunidades para aqueles tanto em clientes como em fornecedores. Para ele, aos poucos os clientes estruturados voltarão ao consumo que estão preparados para enfrentar o tsunami. normal de matéria-prima, como se nada tivesse aconte-

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ano de 2016 será marcado por grandes oportunidades para quem estiver com o caixa preparado e a lição de casa feita. Caso contrário é preciso estar atento aos grandes desafios. O presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas e Bobinas Plásticas e Afins, Laercio Gonçalves, acredita que, para a distribuição oficial e para as empresas que estiverem bem estruturadas e com sistema de gestão eficiente, haverá resultados positivos. “Estamos enxergando a crise como uma grande oportunidade de crescimento e sólida consolidação para a distribuição oficial, tanto em clientes como em fornecedores.” As empresas associadas à Adirplast finalizam 2015 distribuindo 378 mil toneladas de resinas, o que representa queda de 5% em relação a 2014. O presidente da Associação acredita que, pelo que pôde vivenciar em 2015, este desempenho foi muito parecido com os resultados das petroquímicas. Em um contexto geral, as vendas de matérias-primas no país não foram tão ruins como outros setores da economia. “A produção industrial no país caiu 7,7%, as importações gerais caíram em 27,16%, com redução das compras de insumos por empresas e também de bens finais, que ficaram mais caros com a alta do dólar. Avaliamos que a queda no volume da distribuição foi muito menor do que a de outros setores como: automotivo, linha branca, etc”.

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cido em relação à precificação e aos prazos, como antes da crise. “Os fornecedores/petroquímicas internacionais se prejudicaram como fornecimento de matéria-prima à várias revendas, que não assumiram seus compromissos perante a crise, deixando produto parado no porto e consequentemente as ‘invoices’ sem o devido pagamento nas datas corretas”, diz o dirigente. Gonçalves afirma que isso serviu como experiência para que a partir de agora, essas empresas internacionais antes de escolher seu parceiro nacional, procure uma entidade de classe, como a Adirplast, para conhecer o seu representante nacional e ter a oportunidade de trabalhar somente com empresas oficiais, com uma tradição, reconhecimento pelo mercado, responsabilidade e seriedade em sua forma de atuação. Para o presidente da entidade, a desindustrialização potencializada pela crise econômica brasileira é um dos acontecimentos que mais impacta o setor. “A desindustrialização, que vem apresentando percentuais crescentes nos últimos anos, inibiu a produção e gerou desemprego, afetando a demanda”, comenta Gonçalves. Para ele a economia do país, sem a implementação das reformas que se fazem necessárias para sua estabilização, foi seriamente afetada e gerou desestabilização que atingiu não só o mercado de distribuição de resinas plásticas como inúmeros outros.

O desafio da logística

Para os distribuidores de resinas, que atuam nos micro, pequenos e médios transformadores, as estradas são as principais ferramentas de trabalho. A atuação


pulverizada destes profissionais, fazendo com que as matérias-primas cheguem em qualquer lugar, com prazo para entrega geralmente curto, faz com que a questão logística seja vista com muita seriedade. “Este é um dos maiores problemas estruturais que o Brasil enfrenta”, desabafa o dirigente. Gonçalves afirma que o transporte de longa distância é o fator mais representativo na estrutura de custo logístico das empresas, seguido do transporte de curta distância, em área urbana. O aumento dos custos logísticos se reflete no preço final dos produtos comercializados e isso afeta diretamente o consumo. “As rodovias têm um papel de destaque no aumento do custo logístico. No transporte de insumos e produtos, o modal rodoviário é, de longe, o mais utilizado”, avalia. Dada a importância do modal rodoviário para as empresas, argumenta o presidente da Adirplast, o desafio que se impõe diz respeito à qualidade das rodovias, “que avaliamos estarem em péssimas condições”.

Perspectivas

natural”. Ou seja, empresas que não possuem uma forte gestão estratégica e não tomaram ações simples como: redução de seu prazo médio de recebimento, redução nos dias de giro de estoque, gestão sobre os gastos e custos internos, adequação do número de funcionários à operação, dentre outras, apresentarão dificuldades. “Acreditamos que para distribuição oficial e para as empresas que estiverem bem estruturadas e com sistema de gestão eficiente, teremos ótimas oportunidades de negócios e resultados positivos”, finaliza. Aproximadamente 92% do volume de produção de plástico no Brasil fica concentrado nas empresas de grande porte que conseguem fornecimento direto com as indústrias petroquímicas. Sendo assim, praticamente 10 mil empresas, o que representa a maior parte do setor de transformados plásticos, têm como fonte de fornecimento as distribuidoras de matéria-primas que correspondem a somente 8% do total de plástico produzido no Brasil, conforme informação da Associação Brasileira da Indústria de Plásticos (Abiplast).

Informe Publicitário

O ano de 2016 será decisivo para o segmento de distribuição de resinas e também para o mercado em geral. Gonçalves revela que é difícil quantificar o número de empresas que iniciam o ano com dificuldades financeiras. “Mas no meu entender, sofreremos um filtro

Hotéis Super 8® O Hotel Super 8®, maior bandeira do mundo de hotéis econômicos, com mais de 2.500 propriedades, pertence à Wyndham Hotel Group, rede com mais de 7.600 hotéis. No Brasil, a marca Super 8® é desenvolvida e operada, com exclusividade, pela Latinn Hotels. Nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, os hotéis são construídos pela Fisa Incorporadora de Caxias do Sul. O Hotel Super 8® está em operação em três cidades brasileiras: Santa Luzia (MG), Lagoa Santa (MG) e Caxias do Sul (RS). Além dos hotéis em operação, há dez outras inaugurações previstas no Brasil, entre o ano de 2016 e o primeiro semestre de 2017: Bento Gonçalves (RS), Guaíba (RS), Canoas (RS), Canela (RS), Cachoeirinha (RS), Itajaí (SC), Piracicaba (SP), Congonhas (MG), Uberlândia (MG) e Sete Lagoas (MG). A Latinn Hotels pretende implantar um total de 200 hotéis Super 8® no Brasil, em todas as suas regiões, até o ano de 2022.

Sobre o Super 8® Caxias do Sul-RS

Com um projeto padronizado de 100 apartamentos econômicos de alto padrão, o Super 8® Caxias do Sul está localizado na entrada da cidade pela Rodovia RS-122, quase em frente ao Shopping Iguatemi. O Hotel oferece apartamentos equipados com ar-condicionado quente e frio, TV 32” com canais a cabo, telefone, cofre, frigobar e secador de cabelo. O café da manha, a internet

wi-fi e o estacionamento são cortesias. O projeto conta com lobby inteligente, sala de reuniões, que pode ser locada, e loja Snackz® 24 horas, oferecendo a seus hóspedes conforto e conveniência.

Sobre o Wyndham Hotel Group

Wyndham Hotel Group é a maior rede hoteleira do mundo, com base no número de hotéis, e uma das três unidades de negócio hospitaleiro do grupo Wyndham Worldwide (NYSE:WYN). Tanto como uma empresa franqueador da marca líder de hotel como fornecedora de serviços de gestão hoteleira, o portfólio global da empresa é composto por mais de 7.670 propriedades e mais de 667.000 quartos em 70 países sob as marcas: Dolce Hotels and Resorts® (adquirido em fevereiro de 2015), Wyndham Grand® Hotels and Resorts, Wyndham Hotels and Resorts®, Wyndham Garden® Hotels, TRYP by Wyndham®, Wingate by Wyndham®, Hawthorn Suites by Wyndham®, Microtel Inn & Suites by Wyndham®, Ramada®, Baymont Inn & Suites®, Days Inn®, Super 8®, Howard Johnson®, Travelodge® e Knights Inn®. O Wyndham Rewards, programa de fidelidade da empresa para hóspedes, oferece aos mais de 40 milhões de membros a oportunidade de ganhar e resgatar pontos em milhares de hotéis no mundo todo. Para obter mais informações acesse www.wyndhamworldwide.com. <<< Plástico Sul < 23


Artigo

Por Andreas Hoffrichter

E la nave va

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Brasil pode atualmente ser comparado a um navio. Um grande navio à deriva por causa dos erros de navegação cometidos pela “capitã e seus imediatos”. Os passageiros pagam caro pela passagem e são pessimamente atendidos pela tripulação, que é muito maior do que deveria ser. Os ratos saíram do porão e estão passeando livremente pelo convés. As caldeiras deixaram de funcionar a pleno vapor. O pior é que a comandante e os seus imediatos não tem a menor noção, competência e senso de urgência para colocar o navio no rumo correto. Uma verdadeira tragédia é o contínuo processo de redução da produção industrial no Brasil. O PIB industrial encolheu 8,3% em 2015. No Paraná a retração foi de 9,6%. Até a indústria de alimentos teve um desempenho negativo de 2,3%. Embora o Brasil seja um celeiro de jovens e criativos empreendedores, falta confiança para investir num país que tem uma das maiores cargas tributárias do mundo. Se somarmos todos os tributos chegarão a mais de 100 tipos diferentes. Na Europa, o tempo gasto por uma empresa para administrar os seus impostos é de 260 horas por ano. Enquanto aqui são necessárias pelo menos 2.600 horas, dez vezes mais! O custo decorrente de uma legislação trabalhista totalmente ultrapassada, uma infraestrutura insuficiente para atender as necessidades da indústria e das reformas fiscal e tributária “tão faladas”, porém, sempre adiadas, dificultam ainda mais a retomada do crescimento industrial. Pode-se acrescentar a burocracia descomunal, lenta, ineficiente e desnecessária que faz com que o custo transacional no Brasil seja altíssimo. Não há luz no fim do túnel, por enquanto.

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Mesmo que o Brasil tenha trabalhadores qualificados, a afirmação de que o custo da mão de obra seja um fator competitivo importante não se confirma. O custo de um empregado na indústria chega a mais de 140% do seu salário nominal. Diante disso, enquanto não reduzirmos significativamente os encargos sobre a folha de pagamento não seremos competitivos. É essencial que a produtividade da indústria seja aumentada por meio da qualificação dos trabalhadores e pelo investimento em máquinas mais modernas e eficientes, afinal o nosso parque industrial está parcialmente sucateado. O fato é que não podemos competir com outros países em igualdade de condições, quanto mais gerar valor econômico agregado. O custo da energia elétrica (kWh) no Brasil, por exemplo, é um dos maiores do mundo. Diante disso, segmentos eletrointensivos como os de alumínio, papel e celulose, petroquímicos e siderúrgicos são duramente afetados. A elevada participação da energia elétrica no custo total da produção inibe consideravelmente os investimentos em novas fábricas no país. Estamos novamente diante de grandes desafios que precisam ser tratados com urgência se não quisermos ser o eterno país do futuro. A curto prazo, precisamos encaminhar o ajuste fiscal para combater o déficit público que em 2015 atingiu mais de R$ 114 bilhões. A inflação na casa dos dois dígitos também assusta e corrói a renda de milhares de brasileiros que estão perdendo o emprego. Assim como a alta taxa de juros, que precisa ser reduzida consideravelmente se quisermos voltar a crescer de maneira sustentável e com os investimentos necessários. O Brasil é um país com condições excepcionais para crescer, é muito maior do que qualquer crise, mas deve ser “repensado” para que daqui algumas décadas seja esse Brasil que almejamos. Precisamos fazer a nossa lição de casa. Enquanto isso lá em Brasília, la nave va, (...) fazendo água! Andreas Hoffrichter é Diretor da Câmara de Indústria e Comércio Brasil-Alemanha (AHK PR), Cônsul Honorário da Alemanha em Curitiba e Conselheiro de Administração certificado pelo IBGC.


Balanço

Grupo Solvay divulga resultados de 2015 Faturamento alcançou 10,6 bilhões de Euros.

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Grupo Solvay alcançou um faturamento de 10,6 bilhões de euros em 2015, registrando um crescimento de 4% em relação ao ano anterior, segundo anúncio feito recentemente, na sede do grupo, em Bruxelas, Bélgica. O Rebitda (lucro recorrente antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou 1,955 bilhão de euros, com uma elevação de 9,6% sobre 2014. O lucro líquido ajustado foi de 477 milhões de euros, contra um lucro ajustado de 156 milhões que foi registrado em 2014. Em 2015, o grupo obteve uma geração de caixa de 387 milhões de euros. Os resultados não incluem os dados financeiros da Cytec, cuja transação de compra pelo Grupo Solvay foi fechada em dezembro de 2015. Segundo Jean-Pierre Clamadieu, CEO do grupo Solvay, a empresa obteve um excelente crescimento dos resultados, embora a sazonalidade habitual no quarto trimestre tenha sido mais intensificada em 2015, por conta principalmente dos ajustes enfrentados pelo setor de petróleo e gás. “Os programas de excelência operacional do grupo continuaram a contribuir de forma importante para os resultados e, combinados com a questão do câmbio, mais do que compensaram os volumes mais baixos. Os investimentos para apoiar o crescimento do grupo atingiram o seu mais alto nível em 2015. E a transformação do nosso portfólio foi acelerada com a aquisição da Cytec para impulsionar nosso crescimento. A alta qualidade do portfólio junto com os nossos sólidos fundamentos nos dão a confiança para o futuro”, acrescentou Clamadieu.

Em 2016, a Solvay prosseguirá com sua estratégia de transformação organizacional, através da atualização de seu portfólio e de reforço dos programas de excelência operacional, incluindo a inovação. A integração da Cytec está sendo executada antes do previsto e uma prioridade é garantir o sucesso total desse projeto. Em paralelo, a Solvay vai intensificar seu foco na obtenção de cash flow sustentável. Apesar do aumento da volatilidade nos mercados de commodities, que está sendo registrado desde o final de 2015, e outros ajustes de mercados, o Grupo Solvay espera um crescimento do REBITDA para 2016 na casa de um “dígito alto”.

Resultados no Brasil

No Brasil, onde também atua com a marca Rhodia, o Grupo Solvay obteve um faturamento em 2015 da ordem de 3 (três) bilhões de reais, com evolução positiva, apesar do fraco desempenho enfrentado pela indústria nacional. Os investimentos do Grupo Solvay no País mantiveram seu patamar histórico, alcançando 185 milhões de reais, que foram empregados em aumento de capacidade de produção, melhoria de processos produtivos, além de implantação de tecnologias e desenvolvimento de novos produtos. O grupo, que atua na região da América Latina em diversas atividades do setor químico, com 11 unidades industriais (incluindo joint ventures e associações), registrou exportações de US$ 197 milhões, a partir de suas unidades brasileiras.

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Internacional

Evonik e Borussia promovem ação inédita no Brasil

Borussia Dortmund, um dos times de futebol internacionais mais populares, estará no Brasil em fevereiro para compartilhar conhecimento e deixar um legado para crianças e professores de futebol.

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ntre os dias 26 e 28 de fevereiro, sete membros da comissão técnica do clube alemão Borussia Dortmund (BVB) - patrocinado pela Evonik - estarão no Brasil para a realização do projeto “BVB Evonik Soccer School”. A ação que tem como foco a formação de jovens atletas já acontece em outros países, mas aqui terá um formato diferenciado.

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DIVULGAÇÃO

A iniciativa da Evonik – uma das líderes mundiais em especialidades químicas - em parceria com o BVB tem cunho social e o objetivo de deixar um legado, por meio do conhecimento. Para isso atuará na base da formação de jogadores do Brasil, contemplando 100 crianças, de 7 a 13 anos –participantes do projeto social do Clube Pequeninos do Jockey, de São Paulo - e 60 treinadores de futebol da categoria infanto-juvenil que atuam em projetos sociais e escolinhas de futebol de caráter social. Iniciada em 2007, a iniciativa envolvendo Evonik e Borussia Dortmund vem dando excelentes resultados. Além do patrocínio ao time alemão e ao projeto BVB Evonik Soccer School, a indústria química também viabilizou a produção do e-Book “Reading the Game”, sobre o time. O conhecimento que os membros do Borussia compartilharão com os professores e técnicos brasileiros deverá ser replicado para o maior número possível de crianças, aumentando a abrangência do projeto. Weber Porto, diretor presidente da região Central e América do Sul da Evonik, destaca: “Se cada professor que participar desta iniciativa treinar, em média, 50 crianças em seu projeto social, teremos oportunidade de estender este conhecimento para 3 mil crianças. Ao aproveitar a presença da equipe do BVB aqui de uma forma diferenciada, pretendemos realmente deixar um legado transformador e duradouro, que possibilite novas percepções a todos os envolvidos”.

Formadores em formação

No dia 26 de fevereiro ocorrerá o lançamento do projeto e a realização do workshop teórico, comandado pela comissão técnica do Borussia Dortmund e destinado a 60 treinadores de projetos sociais, ONGs e escolinhas de futebol de comunidades carentes. O evento será realizado no Museu do Futebol, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo. No dia 27 os professores poderão acompanhar o treinamento teórico e prático que será ministrado durante todo o dia para

as crianças e que contemplará não somente habilidades técnicas (dribles, passes, finalização, etc.), mas também comportamento social e outros tópicos da educação esportiva. O encerramento do programa ocorrerá no dia 28, com a participação de filhos de colaboradores e de clientes da Evonik que terão oportunidade de participar de um treinamento, no mesmo formato do evento realizado no dia anterior sob orientação dos técnicos do Borussia. Todas as crianças envolvidas no projeto receberão um certificado de participação e um uniforme exclusivo.

Fãs assíduos

Esta será a primeira iniciativa do projeto BVB Evonik Soccer School na América do Sul. A escolha do Brasil é muito bem-vinda, pois muitos torcedores brasileiros se identificam com o clube. A fan page “Borussia Dortmund Brasil” possui mais de 33 mil fãs no Facebook, que interagem de forma assídua e engajada. Na página oficial do clube no Facebook já são mais de 800 mil seguidores brasileiros, o que faz com que o clube publique posts em português com frequência. Nosso país é o segundo mais popular da página, atrás apenas da Alemanha. No dia 12 de outubro do ano passado, a postagem “Feliz Dias das crianças e um ótimo feriado para todos os torcedores aurinegros no Brasil”, feita pelo clube, rendeu 22 mil curtidas, mostrando a importância de ativar os fãs também fora da Alemanha. A torcida do Borussia Dortmund é conhecida mundialmente por sua enorme paixão pela equipe e pela presença massiva nos estádios em que o time joga. Por aqui, a expectativa é que esta ação proporcione uma experiência única e intensa com treinadores altamente qualificados de um dos times internacionais mais famosos e queridos no Brasil.

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Compósitos

Faturamento caiu 18% em 2015 DIVULGAÇÃO

Resultado foi o pior desde 2011, aponta levantamento da MaxiQuim.

Lima, da Almaco, ressalta que é necessária uma melhora acentuada da gestão no setor de comósitos

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setor brasileiro de materiais compósitos faturou R$ 2,665 bilhões em 2015, queda de 18% em comparação ao ano anterior. Em termos de volume produzido, a retração foi ainda mais acentuada: 21,2%, totalizando 162 mil toneladas. Reflexo direto, as demissões aumentaram, e o setor fechou o ano passado com 64,2 mil vagas, 8,2 mil a menos do que em 2014. Trata-se do pior desempenho desde 2011, de acordo com a MaxiQuim, consultoria responsável pelo levantamento. “A crise econômica foi um dos principais motivos para essa queda, principalmente num período em que as incertezas e a falta de credibilidade do governo pararam o país. Além disso, viemos de um final de 2014 com estoques elevados, o que refletiu na demanda. O descontrole dos preços das matérias-primas, serviços e energia, a restrição de crédito e a desvalorização do real também afetaram a competitividade da indústria brasileira”, afirma Gilmar Lima, presidente da Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO). Afora a questão econômica, Lima ressalta que é necessária uma melhora acentuada da gestão e visão de longo prazo das empresas do setor de compósitos. “Não estávamos preparados financeira

e tecnicamente para uma crise tão forte. Daí porque uma das metas da ALMACO é popularizar ainda mais os nossos materiais e incentivar os investimentos em gestão, conhecimento, sustentabilidade e, sobretudo, inovação. Precisamos de uma cadeia produtiva mais profissionalizada e com visão estratégica mais eficiente”, comenta. A pesquisa da MaxiQuim divide o mercado brasileiro entre compósitos à base de resina poliéster e epóxi. No primeiro caso – 108,4 mil toneladas produzidas em 2015 –, a construção civil manteve a liderança do ranking, com uma fatia de 58,3%, à frente de transporte (12,7%), corrosão (10,1%) e saneamento (3,8%), entre outros. Já a geração de energia eólica respondeu por 95,6% da demanda por compósitos de epóxi – foi o único segmento, a propósito, que cresceu no período (+4,5%). O mercado de petróleo apareceu em segundo lugar, com 1%. Para 2016, a MaxiQuim prevê nova queda dos indicadores do setor de compósitos: -1,8% em faturamento (R$ 2,617 bilhões) e -0,9% em produção (161 mil toneladas). “O caminho para sair desta crise é conhecido. Precisamos investir em inovação, novos nichos, diferenciação, conhecimento, imagem, exportação, internacionalização e, principalmente, em pessoas. As empresas que não tiverem pessoas com conhecimento, atitude e acreditando que podem fazer diferença vão sumir”, avalia o presidente da ALMACO. Resultantes da combinação entre polímeros e reforços – por exemplo, fibras de vidro – os compósitos são conhecidos pelos elevados índices de resistência mecânica e química. Há mais de 50 mil aplicações catalogadas em todo o mundo, de caixas d'água, tubos e pás eólicas a peças de barcos, ônibus, trens e aviões. Fundada em 1981, a ALMACO tem como missão representar, promover e fortalecer o desenvolvimento sustentável do mercado de compósitos. Com administração central no Brasil e sedes regionais no Chile, Argentina e Colômbia, a ALMACO tem cerca de 400 associados (empresas, entidades e estudantes) e mantém, em conjunto com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Centro de Tecnologia em Compósitos (CETECOM), o maior do gênero na América Latina.


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Exportação

Entidades se articulam para aumentar base exportadora catarinense Comitê será responsável por apontar empresas e segmentos que possam receber ações de capacitação, consultoria, promoção comercial e financiamento para que comecem a vender no exterior.

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m comitê formado por entidades ligadas ao setor empresarial e ao comércio exterior em Santa Catarina vai articular as ações para aumentar o número de empresas exportadoras no Estado. Ele vai trabalhar no contexto do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A criação do comitê foi definida em reunião realizada na Federação das Indústrias de Santa Catarina com participação de representantes da Secretaria de Assuntos Internacionais de Santa Catarina, do Sebrae e dos Correios, além da própria Federação e do MDIC. “A exportação é uma das alternativas mais viáveis que nós temos para que a economia possa reagir a este período de forte recessão que vivemos. Ainda que tenhamos pela frente um ano duro, e não podemos ter a ilusão em relação a isso, é importante o trabalho que o MDIC vem fazendo, sobretudo a partir da determinação do ministro Armando Monteiro, de se voltar para o exterior”, afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. “Aqui em Santa Catarina, o ministério pode contar com o esforço das entidades de classe que representam o setor produtivo neste alinhamento, no sentido de somarmos forças para ampliarmos a inserção da indústria, sobretudo a catarinense, no comércio exterior”, complementou. O comitê será responsável por apontar empresas e segmentos que possam receber ações de capacitação, consultoria, promoção comercial e financiamento para que comecem a vender no exterior. Para Diego Castro, analista de comércio exterior do MDIC, esta diversidade de ações é uma das principais novidades da nova fase do PNCE, que

em sua primeira etapa era mais focado em capacitação. Ele também ressaltou que a avaliação do plano será agora feita também pelo aumento do número de empresas exportadoras, e não apenas pela realização de ações de estímulo. O diretor de desenvolvimento industrial e institucional da FIESC, Carlos Henrique Ramos Fonseca, destacou a importância da integração entre as entidades ligadas ao comércio exterior e a definição de uma agenda única. Como exemplo, lembrou do lançamento, no fim de 2015, da Investe SC, agência de atração de investimentos que une diferentes secretarias do governo do Estado com a FIESC e suas entidades. A estrutura se utiliza do conhecimento produzido pela Federação no âmbito do Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC), que identificou e traçou rotas de desenvolvimento para 16 setores produtivos de Santa Catarina, e articula o trabalho dos órgãos do governo na prospecção e atendimento dos investidores. Ainda no encontro desta terça ficou definido que uma das prioridades será a atração dos bancos de fomento, como Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a Agência de Fomento de Santa Catarina (Badesc), além das representações estaduais do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, para que integrem o trabalho do comitê. Fonte: Assessoria de Imprensa Fiesc


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Bloco

de Notas

Venda da Petrobras Argentina

A Petrobras, em relação à alienação de sua participação na Companhia Petrobras Argentina, informa que sua Diretoria Executiva aprovou a condução de negociações com a empresa Pampa Energia, em caráter de exclusividade, por 30 dias, podendo ser estendido por igual período. Essa transação ainda está sujeita à aprovação de seus termos e condições finais pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração da Petrobras, bem como pelos órgãos reguladores competentes. Fonte: Imprensa Petrobras

Fimec recebe 41 novas empresas expositoras

Novos expositores estarão apresentando seus produtos na Fimec deste ano. A Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes e Acessórios para Calçados, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes, tornou-se uma aposta de grande importância para 41 empresários do setor, que vêem na feira uma grande oportunidade de negócios seja com foco em exportação ou mercado interno. O número, que representa cerca de 8% do total de expositores, é positivo para a direção da Fenac, organizadora do evento. "Normalmente temos 75 a 80% de renovações dos espaços de uma edição para a outra, e sempre buscamos empresas novas que possam agregar para o visitante e para a feira", afirma o diretor-presidente, Elivir Desiam. O grande otimismo dessa edição está relacionado a exportação de produtos brasileiros, considerando a alta do dólar que favorece o trâmite. "O bom desempenho das vendas dos calçados brasileiros além das fronteiras, somado ao cenário favorável, com uma taxa de câmbio beirando os R$ 4, tem sido fundamental na confirmação de novas empresas exportadoras", comenta Desiam. Esse é justamente um dos focos do Grupo NS, que fará sua estréia na Fimec agora em 2016. A empresa, que já tem atuação no exterior, pretende estreitar os laços com o mercado estrangeiro. "Mais do que fornecedores da cadeira, queremos ser parceiros efetivamente, por isso nosso corpo técnico está em constante atualização. Nossas expectativas estão otimistas para a feira", afirma Diana Artêmis Alves, analista de marketing da empresa. Em contrapartida, quem já atua fora do país, quer consolidar seu nome aqui mesmo no mercado interno, e também vê na Fimec a oportunidade ideal. Segundo Bruno Maciel Gomes, sócio da Brazil Rugs, a empresa já exporta cerca de 95% de sua produção e pretende, com a visibilidade que a Fimec proporciona aos seus expositores, ter uma oportunidade de atuar de forma mais consistente no país. "Poucos fabricantes no Brasil trabalham com couro com pelo. E como a maioria das empresas está focada no mercado externo, enxergamos essa lacuna que se abre no mercado interno e queremos aproveitá-la para entrar nesse espaço. Na Fimec, podemos ampliar nosso leque de clientes e mostrar o nosso produto para muitos profissionais do setor, tanto brasileiros quanto estrangeiros”, afirmou o sócio. A Fimec ocorre de 15 a 17 de março, das 10 às 19 horas, nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamuburgo/RS. É considerada a maior feira da América Latina e a segunda maior do mundo do setor e deve reunir cerca de 35 mil visitantes com interesse na área e grande poder de decisão, vindos de 35 países. São cerca de 900 marcas apresentando seus produtos e serviços através de mais de 500 expositores em um espaço de 36 mil metros quadrados de área.

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Braskem investe R$ 45 milhões em sistema elétrico de planta em Triunfo (RS)

A Braskem vai investir aproximadamente R$ 45 milhões em dois projetos ligados ao sistema elétrico de sua unidade de Petroquímicos Básicos – UNIB 2 RS, localizada no Polo Petroquímico de Triunfo (RS). O primeiro projeto irá melhorar o sistema de distribuição de energia elétrica de alta tensão das subestações principais das unidades operacionais. O segundo foi elaborado para modernizar e otimizar o sistema de rejeição de cargas em situações de possíveis quedas no fornecimento de energia pela concessionária. Este sistema prioriza o envio de energia elétrica para as áreas operacionais mais críticas, como as plantas de Eteno Verde, Aromáticos e Utilidades, possibilitando que a produção no polo não seja interrompida. O investimento engloba a instalação de transformadores e painéis de alta potência, além da substituição dos cabos de força e comando da distribuição em alta tensão, entre outros processos.


Foco

no Verde

Uso de copos plásticos reduz consumo de água e energia

Estudo de ciclo de vida mostra que os copos descartáveis demandam menor consumo de água e energia que os copos reutilizáveis. A Avaliação do Ciclo de Vida comparativa entre copos plásticos descartáveis e reutilizáveis (cerâmica, plástico e vidro), realizada pela ACV Brasil, aponta que copos descartáveis apresentam melhor performance no uso de água e energia que os reutilizáveis. O objetivo do estudo foi comparar o consumo de água e de energia nas seguintes situações: • copos descartáveis (desde a sua produção até seu descarte e reciclagem) e • copos reutilizáveis (somente na etapa de uso). No quesito uso de água, o estudo apontou que, cada copo descartável consumiu, desde sua produção até seu descarte e reciclagem, 26 ml, contra 232 ml de cada copo reutilizável lavado mecanicamente (em máquinas de lavar). Levando em consideração a lavagem manual, o consumo de água por copo reutilizável sobe para 1,2 litros (1.200 ml). Já em relação ao gasto energético, o uso do copo descartável em todo o seu ciclo de vida é de 6,66 WH/copo contra 16,01 WH/copo reutilizável referente somente à etapa da lavagem mecânica. Com atuação voltada à conscientização da sociedade sobre a importância dos plásticos, seu uso consciente e destinação adequada, a Plastivida acredita que a informação com base na ciência à população é fundamental para que ela faça a escolha mais adequada para a preservação ambiental e seu próprio bem estar. “A

utilização de copos no dia-a-dia é essencial, em casa, no trabalho ou em estabelecimentos comerciais, até por uma questão de higiene. É importante que optemos pela alternativa mais eficiente e, neste caso, a ciência mostra que os copos plásticos descartáveis são mais sustentáveis ainda mais em tempos de crise hídrica e energética. Optar pelo produto de melhor performance sustentável faz a diferença para o Meio Ambiente”, afirma Miguel Bahiense, presidente da Plastivida. Ainda segundo o executivo, é somente por meio da educação ambiental que as ações sustentáveis são perenizadas. “Informações como esta, que compara o ciclo de vida de dois tipos de produtos, são fundamentais na hora da escolha mais sustentável, sem que a população fique refém de modismos ou de dados incorretos”, completa o executivo. Metodologia - O estudo foi conduzido dentro de ambiente corporativo, para se ter a percepção do gasto de água e energia dentro de uma empresa com grande movimento. Para tanto, foi eleita uma unidade funcional (UF) como base de observação: • 25 mil litros de água para servir 125 mil doses de 200 ml cada, para 100 pessoas. O estudo ainda analisou extração de matéria prima, transformação, distribuição, uso e descarte. Todos esses dados foram confrontados com modelos de avaliação de impacto ambiental e colocados em situação comparativa.

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Agenda DIVULGAÇÃO

Anunciantes

Buenos Aires (Argentina)

Brasfixo / Página 27 Digitrol / Página 30 Feimec / Página 29 Implastic / Página 5 Interplast / Página 13 Job do Plástico / Página 31 Kie / Página 20 Mainard / Página 30 Novare / Páginas 15 e 20 R. Pieroni / Página 25 Replas / Página 2

Agende-se para 2015 / 2016 Mercopar 6 a 8 de outubro de 2015– 14h às 21h Caxias do Sul – RS www.mercopar.com.br Compocity – A cidade do futuro, hoje 4 a 7 de novembro de 2015 São Paulo - SP www.almaco.org.br Fimec - Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados 15 a 17 de março de 2016 Novo Hamburgo – RS www.fimec.com.br Argenplás 2016 – Exposição Internacional de Plásticos 13 a 16 de junho de 2016 Buenos Aires – Argentina www.argenplas.com.ar

Romi / Página 36 Rosso Tour / Página 21 Rulli Standard / Página 35 Starmach / Página 9 Super 8 / Página 23 Tecktrill / Página 26

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Interplast 2016 – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico EUROMOLD BRASIL – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentarias, Design e Desenvolvimento de Produtos 16 a 19 de agosto de 2016 Joinville - SC www.interplast.com.br K 2016 A feira nº 1 no mundo em plástico e borracha 19 a 26 de outubro de 2016 Düsseldorf - Alemanha www.k-online.de


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