Plástico nordeste 23

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

Expediente Ano IV - Setembro / Outubro de 2013

Conceitual - Publicações Segmentadas www.revistaplasticonordeste.com.br R. Vicente da Fontoura, 2629 - Sala 03 CEP: 90640-003 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticonordeste@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

“No Brasil de hoje, os cidadãos têm medo do futuro e os políticos têm medo do passado.”

(Chico Anysio)

Redação: Brigida Sofia Consultor de Redação: Júlio Sortica Departamento Comercial: Débora Moreira e Sandra Tesch Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação

4 Editorial

Plástico Nordeste é uma publicação

O desafio constante de evoluir

da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias

7 Plast Vip

Luiz C. R. dos Santos/Cristal Master

8 Especial

produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Nordeste e no Brasil, formadores

Distribuição: incertezas no setor

14 Mercado / Ceará

Missão de olho no futuro

18 Evento/ Recicla Nordeste

Foco em tecnologia e inovação

20 Evento / Feira K 2013

Superando expectativas

24 Destaque/ Extrusoras

de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Nordeste. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 3.000 exemplares.

Máquinas mais eficientes

28 Bloco de Notas

Filiada à

MVC no Top of Mind

29 Foco no Verde

Projeto Hydros

30 Anunciantes + Agenda

Confira os eventos e parceiros da edição

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas < Plástico Nordeste < 3


ARQUIVO

Editorial

A saída... onde está a saída?

“A saída da qual tratamos aqui não é sair do negócio, mas uma saída que significa solução.”

A

economia brasileira em 2013 não foi mal como em 2012, mas ficou longe de atender às expectativas dos principais segmentos produtivos nacionais. Entre estes setores está a indústria de transformação de plásticos e, de forma mais abrangente, por ter uma relação direta, a química e a petroquímica. Diante de um cenário adverso, pontuado pela instabilidade cambial, excesso de tributos e uma constante indefinição sobre algumas medidas adotadas pelo Governo Federal, um dos setores mais importantes para a cadeia do plástico, a distribuição de resinas, passou o ano equilibrando-se na corda bamba, vivendo no fio da navalha e tentando sobreviver diante da queda da produção industrial e da avalanche de produtos importados. Assim, não surpreende a manifestação da maioria dos representantes deste segmento, em especial a Adirplast, preocupada com a queda no consumo e uma certa concorrência desfavorável para quem investe em infraestrutura, treinamento e atendimento. Alguns fabricantes de resinas não se queixam, mas são exceções à regra. Os demais se perguntam: “ a saída... onde está a saída?”. E os próprios empresários estão descobrindo que é preciso ser criativo, ter planejamento, investir em atendimento e, porque não, fazer pressão sobre os governantes! Já é tempo de pensar: como será 2014? Como a vida é feita de contraste, outros segmentos não compartilham desta mazela e buscam novidades, como é o caso de outro setor importante na cadeia do plástico: o de máquinas extrusoras, que cumpre seu papel: investe em P&D e tecnologia para oferecer modelos mais eficientes, econômicos e competitivas. E inovação também está presente nos eventos do setor químico-plástico. A Feira K, na Alemanha foi um exemplo desta postura, com muitas novidades em máquinas, equipamentos, matérias-primas, aditivos etc. Assim também pensam os cearenses do SindVerde e da FIEC, que além de preparar a próxima edição da Recicla Nordeste, em abril, em Fortaleza, mostraram a força do setor de reciclagem, embalagens e sustentabilidade, em uma Missão Empresarial à Europa – Suécia e Alemanha, com uma fantástica delegação de 44 pessoas. Uma iniciativa louvável. Além destes temas interessantes, também destacamos a vitória da Cristal Master, que completará 10 anos em 2014 e Luiz Carlos Reinert dos Santos revela os planos de expansão no Plast VIP. Confira também outras notícias sobre o setor plástico. Boa leitura!

Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 4 > Plástico Nordeste >


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PLAST VIP NE Luiz Carlos dos Santos

Cristal Master festeja 10 anos

com novas unidades

A

Cristal Master iniciou suas atividades em janeiro de 2004, sediada em Joinville (SC) e atualmente conta com duas filiais, uma em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e outra em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Em Joinville a empresa está instalada em uma área de 7.000 m², conta com 280 funcionários, tendo desenvolvido mais de 22.000 produtos e capacidade produtiva de 1.250 toneladas. A Cristal Master é administrada por Luiz Carlos Reinert dos Santos, que tem mais de 30 anos de experiência no setor. Ele revela nesta entrevista exclusiva à Plástico Nordeste a estratégia para crescer em um mercado competitivo, bem como os planos de expansão. Por exemplo, a partir de janeiro de 2014 empresa terá a implantação de mais uma filial sendo esta com laboratório de desenvolvimento em Itupeva (SP). Revista Plástico Nordeste - A Cristal Master comemora 10 anos de atuação no segmento de masterbaches, pigmentos e aditivos com índices positivos de crescimento. Qual foi a estratégia, o foco da empresa para chegar a este nível? Luiz Carlos dos Santos - Uma empresa voltada aos clientes com total transparência e honestidade, com um produto de Qualidade e competitivo, onde nosso serviço faz a diferença. E com uma equipe de profissionais especializados que fornecem um atendimento personalizado aos nossos clientes e fornecedores, aliado a busca constante de melhorias nos processos produtivos. Plástico Nordeste - Com sede em Joinville, a empresa atende a todo o Brasil competindo com outras de grande porte. Quantas unidades industriais e quantas filiais a Cristal Master tem para atender a este mercado? Luiz Carlos - Hoje, além de nossa sede

industrial em Joinville, temos duas filiais com estoque: uma em Jaboatão dos Guararapes (PE) e outra em São Leopoldo (RS). A partir de janeiro está sendo instalada mais uma filial em Itupeva (SP), a mesma contará com laboratório de desenvolvimento e estoque. Plástico Nordeste - Quantas máquinas, linhas e quantos produtos compõem a estrutura e o catálogo da Cristal Master? Luiz Carlos - Hoje possuímos 12 Extrusoras, sendo todas dupla rosca. Com isso nossa capacidade está em 15.000 ton/ ano. No nosso laboratório de desenvolvimento já formulamos mais de 22.000 cores nestes 10 ano. Plástico Nordeste - Quais são os melhores segmentos da indústria do plástico para a empresa? Luiz Carlos - Temos atuação em todos os segmentos, com destaque nos setores Alimentício, Ráfia, Construção Civil, Embalagens, UD, Brinquedos em especial Multifilamentos de PP e Poliéster e Não Tecido. Plástico Nordeste - E quais os melhores mercados do ponto de vista geográfico? Luiz Carlos - Geograficamente os melhores mercados são o Nordeste, Sudeste e Sul. Plástico Nordeste - O Nordeste é um mercado em crescimento. A Cristal Master percebeu esse potencial e decidiu instalar uma unidade em Jaboatão dos Guararapes (PE) para ampliar sua atuação. É possível revelar mais detalhes do projeto, investimento, produção etc? Luiz Carlos - O Nordeste é um mercado em amplo crescimento e na Cristal Master verificamos a oportunidade de oferecer produtos de alta qualidade com preços competitivos. Plástico Nordeste - Como é o relaciona-

mento da Cristal Master com os sindicatos e empresas de eventos do setor? Como foi a participação na Embala Nordeste? Luiz Carlos - A nossa primeira participação na Embala Nordeste foi muito positiva, tivemos a visita de importantes clientes da região e aproveitamos também para anunciar o inicio de nossas atividades em Jaboatão dos Guararapes. Plástico Nordeste - A empresa exporta para algum país do Mercosul ou tem planos para esse e outros mercados? Luiz Carlos - Ainda timidamente, pois ainda temos muito mercado a explorar no Brasil. Plástico Nordeste - Como a empresa avalia o atual momento do setor plástico no Brasil e quanto espera crescer em 2013? Luiz Carlos - O momento é positivo. Mesmo com toda a turbulência ocorrida, este ano estamos fechando com 40% de crescimento em relação a 2012. Plástico Nordeste - Em termos tecnológicos, a empresa tem algum produto lançado recentemente e com foco específico para determinado segmento? Luiz Carlos - Lançamos dois produtos recentemente: Um aditivo antimicrobiano inovador feito a base de nanopartícula de zinco que é totalmente atóxico e que já temos resultados nos nossos clientes onde a eficácia deste aditivo chegou em mais de 99%. Já a utilização do nosso agente interfacial vem sendo amplamente utilizada principalmente na forma de blendas poliméricas, buscando a compatibilização de dois componentes a serem misturados às quais conferem ao produto final melhores características e estabilidade morfológica, sendo muito utilizado em resinas recicladas. PNE < Plástico Nordeste < 7


DESTAQUE Distribuição FOTOS: DIVULGAÇÃO

Por Brígida Sofia

Na corda bamba Segundo a Adirplast, as resinas importadas provocaram perdas para os distribuidores nacionais

O Integrante fundamental da cadeia do plástico, a distribuição esperava mais de 2013, mas um balanço parcial revela um cenário desfavorável e o desafio de melhorar em 2014.

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sentimento do setor de distribuição de resinas revela um misto de frustração e impotência diante de um balanço parcial do setor em 2013. É como viver na corda bamba, sempre com o risco de “cair” a qualquer momento. Afinal, feitas as contas, a Adirplast (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas e Bobinas Plásticas e Afins) avalia que a demanda brasileira de resinas em 2013 teve uma alta de no máximo 5%, comparando com o ano de 2012. “O Brasil enfrentou nas últimas décadas um grande declínio da indústria e verificamos estudos do IBGE que mostram que continua a aumentar o coeficiente de importação da indústria brasileira e a diminuir o coeficiente de exportação. Deveremos fechar o ano com um volume em torno de 400 mil toneladas comercializadas, cerca de 10% menor em relação à participação da distribuição em 2012. E apesar de não termos como mensurar o número real de importados, atribuímos essa perda para os importados”, afirma Laercio Gonçalves, presidente da Adirplast, O empresário e dirigente reforça que a maior dificuldade deste setor está em competir com os produtos importados, ou >>>>


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seja, “com empresas que não tem nenhuma estrutura operacional, não oferecem serviços ao cliente e consequentemente tem um custo operacional menor. Estamos enfrentando esse desafio através de estratégias focadas no alto nível de Gestão e pela busca da excelência operacional, o que têm gerado uma redução em nossos custos operacionais”, destaca. No início de 2007 as importações representavam 17,8% da produção industrial brasileira e as exportações 21,1%, lembra Gonçalves. “No primeiro semestre de 2013, esse coeficiente havia caído para 18,2% no caso das exportações e aumentado para 25 % nas importações. Assim, a indústria nacional está em claro processo de desindustrialização, a cada ano exporta menos manufaturados e importa mais itens”. Já no mercado de Especialidades, a ABS segue em destaque entre a distribuição de todas as outras resinas. “Este segmento ajuda muito, porém o impacto no resultado dos distribuidores não é muito significativo. Nas commodities, o PE foi a resina de melhor performance”, comenta. Focando especificamente no setor de distribuição de resinas, a Adirplast projeta que 2013 terá um faturamento similar à 2012, ou seja, na ordem de R$ 2,4 bilhões. Na avaliação geográfica, embora as regiões Norte e Nordeste venham apresentando crescimento, respondem juntas por cerca de 7% do volume comercializado no Brasil, enquanto a região Sul representa em torno de 30% do total.

Crescimento e cautela

A Eteno tem como foco as regiões Norte/Nordeste e como principal aplicação o segmento de embalagens, visando substituição de vidro e embalagens metálicas. Em termos de volume de vendas, o diretor Odair Ruiz avalia com uma dose de cautela: “Pode-se dizer que 2013 será um ano de razoável para bom”. O executivo informa que, na comparação de 2012 com 2013, houve crescimento ligeiramente superior ao PIB. “Os preços têm oscilado nos últimos meses. O Platts nos ajuda a entender o que está acontecendo no mercado externo e nos ajuda a prever os movimentos do mercado interno. Acreditamos que 2014 será um ano promissor para o mercado brasileiro”, diz. Como estratégia para conseguir os 10 > Plástico Nordeste >

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DESTAQUE Distribuição Ruiz, da Eteno, destaca o alinhamento com a Braskem e a proximidade com os clientes

pela intensa participação das revendas. “Como distribuidores da DOW, temos forte atuação através do portfólio de octenose metalocenos para a fabricação de filmes técnicos. Algumas aplicações que vemos em alta são Stand Up Pouch, Grama Sintética e Filmes para PetFood”, comenta Tavares. O faturamento da empresa cresceu 5% se comparar 2013 com 2012 e, para 2014, as projeções indicam comporamento da mesma ordem. “Prevemos crescimento de 5% nas vendas em 2014 com aumento gradual da participação das especialidades e dos produtos com apelo de sustentabilidade”, comenta Tavares. melhores resultados, ele aponta o necessário alinhamento com a Braskem “e estar sempre próximo dos clientes para atender as suas necessidades”. Para James Tavares, diretor da SM Resinas, o mercado continua duríssimo, com muita competição e dificuldade em repassar os aumentos necessários de preços. “Os distribuidores e os transformadores estão operando com margens muito baixas. A solução que enxergamos é a busca por mercados que demandem as especialidades da DOW, eficiência em custos e produtividade. Prevemos um 2014 com muita competição por parte da revenda e com depreciação do Real, que implicará em novos reajustes de preços em reais para o setor”, afirma. Tavares comenta que as importações de polietileno voltaram a crescer em 2013 e que houve um esforço muito grande da petroquímica local para defender sua posição no mercado brasileiro. A estratégia adotada foi a de reduzir custos e aumentar a produtividade. Também investiram na ampliação do portfólio de produtos, com ênfase em especialidades da DOW e outros produtos com apelo de sustentabilidade. O Sul e o Nordeste representam aproximadamente 35% das vendas da SM Resinas. “Os melhores mercados estão nestas duas regiões, entretanto, cabe destacar que são mercados de intensa competição. Dentre os mercados extremamente competitivos destacamos o de Santa Catarina pelo tema isenção fiscal e o de São Paulo

Reclamações e confiança

O ano de 2013 foi bastante difícil, devido à uma concorrência muito grande (direta, indireta, internacional, informal em alguns segmentos), forte flutuação nos preços das resinas e insumos, aumento dos custos de fretes/operacionais e incentivos fiscais em alguns Estados para produtos importados e com diferenciação de alíquota de ICMS para venda interestadual. Assim se comportou o setor na avaliação de Aparecido Luis Camacho Gomes, Gerente Comercial da Mais Polímeros. “O resultado disto foi uma perda de clientes e mercado da ordem de 15-20% do volume de vendas projetado e, por conseguinte, de resultados financeiros”, revela. “Acreditamos que 2014 será um ano melhor, porém desafiador. Mesmo com fatos positivos e relevantes como Copa do Mundo, eleições e projeção de PIB entre 2-2,5%, ainda seguimos com estimativas do petróleo e derivados numa base elevada, com câmbio projetado para cima (R$ 2,35-2,45), e ambiente internacional com o balanço de oferta e demanda equilibrado, principalmente em nossa região". Entretanto, Gomes ressalta que, “com o apoio de nossos parceiros e fornecedores, projetamos recuperar o volume de vendas dos produtos importados e de revendas e capturar melhores resultados de forma estruturada, sustentável e consistente”. Especificamente sobre os preços das


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resinas, o executivo afirma que os patamares atingiram níveis elevados e o repasse e absorção pela indústria e consumidores estão muito aquém desse ritmo, o que gera uma queda na demanda e busca por alternativas em termos de produtos, preços, aplicação, processo, etc. A tendência sinaliza para a manutenção desse quadro em 2014. A percepção é de que em 2013 a importação de resinas aumentou e ganhou participação no mercado. Segundo dados da Maxiquim e do MDIC, de janeiro a setembro de 2013, as importações de PE e PP ficaram com 25,7% de participação no mercado doméstico, frente uma participação de 23,9% no mesmo período de 2012, ou seja, um crescimento de 7,5%”, informa Gomes. Ele avalia que o câmbio é uma variável relevante na decisão de importar ou não e, até novembro 2013, acumulou uma variação de + 13,77%, que seria suficiente para dificultar o incremento ocorrido nas importações. “Mas que teve seu impacto amortecido pela não renovação

e manutenção da alíquota de importação dos PE’s em 20%, retornando, a partir de 1º de outubro passado, para o patamar de 14% do II para os PE’s – o que de certa forma é alto ainda se comparado com

Para Gomes, da Mais Polímeros, o câmbio é uma variável relevante na decisão de importar

outros países e regiões, mas que reflete a realidade de custos e competitividade do Brasil, no setor”, diz. Gomes reafirma que as regiões Sudeste e Sul concentram a maior quantidade e diversidade do parque industrial nacional e, não por acaso, os mercados consumidores. Porém, há que se destacar as taxas de crescimento que as regiões Nordeste e Norte têm apresentado nos últimos anos, em função do aumento de renda, investimentos e desenvolvimento. “As aplicações voltadas para embalagens em geral e setor automotivo seguem como maiores ‘vedetes’ do mercado brasileiro de transformados, pois possuem uma diversidade de materiais, processos, profissionais, empresas, qualidade e per>>>> formance admiráveis”, pondera.

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DESTAQUE Distribuição O setor de distribuição queixase do Governo, que cria distorções nas relações comerciais

rança e acreditar”, acrescenta. A Entec-Ravago considera como os melhores mercados o Sudeste e Sul, sendo que o Sul representa 30% para a empresa.

O efeito das importações

Sobre embalagens, o executivo aponta que, além de estar entre os maiores mercados na utilização de resinas, existe uma tendência crescente de demanda por produtos e embalagens inteligentes e interativas com os consumidores. “Acredito que, com uma melhor distribuição de renda, acesso à educação, maior adesão ao SPED Fiscal, normatização de alguns segmentos, conscientização da importância da sustentabilidade, teremos um melhor balanço entre o planeta, as pessoas, o lucro e, como consequência, uma maior utilização e desenvolvimento de embalagens e produtos em novas aplicações para o mercado nacional e com projeção internacional”, destaca Gomes. Em 2012, dentre todas as resinas, a empresa fechou o ano com volume de 55 Kton e para 2013 projeta encerrar com resultado positivo, porém com volume de vendas ao redor de 46-47 Kton. Desses volumes, 99% são commodities e 1% dos plásticos de especialidades. A região Sul, segundo Gomes, representa algo entre 15 e 20 % do faturamento, sendo que atua com maior ênfase no Paraná e Santa Cataraina. A Mais Polímeros projeta encerrar o ano com faturamento da ordem de R$ 300 a 325 milhões.

Governo interfere e prejudica

Além de questões sazonais, outros fatores também contribuíram para prejudicar o desempenho. Para Osvaldo Cruz, 12 > Plástico Nordeste >

da Entec-Ravago, a mudança na cobrança do ICMS interestadual para materiais importados alterou a relação oferta-demanda. “Como sempre no Brasil, os Governos interferem na economia criando distorções nas relações comerciais. Essa mudança acabou por incentivar o mercado informal, a sonegação voltou a ser um forte competidor”, afirma. A indústria plástica, a exemplo de vários setores produtivos no Brasil sofreu muito em 2013: falta de competitividade, distorções tributárias, pouco investimento e sem um horizonte definido para investimentos e consequente desenvolvimento, ficou na sobrevivência. “Para 2014 creio que não será diferente desse ano, ou seja, muito trabalho para sobreviver”, projeta o executivo. Especificamente sobre preços das resinas, Cruz aponta que durante o ano ocorreram vários aumentos e (2013) termina com previsões de mais aumentos acompanhando o que vem acontecendo com a nafta petroquímica. “Naturalmente que o câmbio têm um peso e uma influência do fluxo da entrada de resinas, porém a mudança do critério da cobrança do ICMS acabou por ser mais importante do ponto de vista de estimular a importação”, comenta. Como estratégias para conseguir resultados positivos, o executivo acredita em controlar os custos fixos, otimizar a logística e terceirizar tudo aquilo que não é do core business e “ter muita perseve-

Assim como a maioria dos empresários, os diretores da Replas Marcos P. Prando e Marcelo P. Prando também afirmam que 2013 foi um ano difícil, e que o mercado comenta que as importações estão em alta, mas não é isso que sentem junto aos fornecedores, que reclamam em não conseguir mais vender em clientes direto. “Este ano os preços internacionais se mantiveram em alta, alguns meses ficaram inviáveis”, avaliam. Um balanço, porém, mostra, que os volumes comercializados em 2012 foram 5% menos que em 2013. Embora o Nordeste cresça, o Sul e Sudeste ainda são os melhores mercados para a distribuição e os setores em alta são higiene e limpeza/cosméticos, afirmam os executivos. Os resultados do balanço da empresa apontam que 75% das vendas destinam-se ao Sudeste , 15% para o Sul e os 10% às outras regiões. Marcos e Marcelo citam uma estratégia comercial de médio e longo prazo para que o horizonte visualizado seja no mínimo de 6 meses para conseguir resultados positivos, “pois temos o transit time de 90 dias do pedido à entrada em nosso estoque. Então procuramos travar o câmbio, analisar resinas de maior giro, pois o volume de estoque envolvido é expressivo”, informam.

Bom para estirênicos

O Coordenador de Marketing & Inteligência de Mercado da Innova, Marcos Pires, avalia que em 2013 o mercado de resinas apresentou bom desempenho, houve crescimento na demanda praticamente em todos os segmentos. Para 2014 projeta um ano com comportamento semelhante a 2013, devido a fatores políticos e econômicos. “A Innova continua produzindo à plena capacidade. Em 2013, no final do segundo semestre, realizou mais uma otimização na


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planta de poliestireno, aumentando a sua capacidade em 15 toneladas ano”, afirma. A Innova é a única planta de estirênicos integrada na América Latina, aonde produz os seus principais produtos; estireno e poliestireno. No mercado de resinas o principal produto distribuído foi o poliestireno. Para a empresa, a Região Sul representa em torno de 57% e Região Nordeste aproximadamente 12%. Sobre aplicações, Pires destaca na Região Sul o segmento de descartáveis (copos, talheres, pratos, etc.), e linha branca (geladeiras); e na Região Sudeste/Nordeste também o segmento de descartáveis, embalagens, laticínios. O principal canal de vendas da Innova é venda direta, a distribuição representa aproximadamente 8% do volume vendido. O faturamento estimado para 2013 é de aproximadamente R$ 1,8 bilhões. Em 2013, a empresa passou por uma importante mudança, a compra pela Videolar. Segundo Pires, esta alteração não afetará a forma de atuação da Innova para com o mercado, junto aos seus clientes, mantendo parcerias, oferecendo e desenvolvendo soluções, mantendo a linha de constantes inovações em processos, produtos. O executivo destaca que a aprovação da venda da Innova está em processo de análise do CADE. Sobre produtos, Pires destaca o grade R 870E, com excelente balanço entre rigidez e resistência ao impacto. Indicado para descartáveis e embalagens de alimentos; o grade R 350L G2 O, único poliestireno de médio impacto, que alia transparência e excelente brilho. A segunda geração permite ampliar seu uso em descartáveis transparentes de maior capacidade. E o último lançamento, o R 770E é o mais novo poliestireno de alto impacto com alto desempenho para os segmentos de descartáveis e embalagens transparentes. Substitui blendas de HIPS e GPPS.

Marcos Pires, da Innova, ressalta que o ano foi bom e a empresa aumentoU a capacidade de estireno

e acredita que 2014 será mais parecido com o segundo semestre deste ano, segundo Letícia Jensen, Diretora de Vendas da Divisão de Embalagens e Plásticos de Especialidades no Brasil. Em 2012, a DOW (grupo) teve vendas anuais de US$ 57 bilhões e empregou aproximadamente 54.000 funcionários em todo o mundo. Os mais de 5.000 produtos da companhia são produzidos em 188 unidades fabris em 36 países ao redor do mundo. O leque de opções vai desde polietileno de baixa densidade lineares e especialiLetícia Jensen, também avalia que o mercado foi bom e a DOW oferece soluções inovadoras

Mercado positivo

A DOW, outro player importante no segmento, avalia como positivo o comportamento do mercado brasileiro em 2013

dades plásticas bem como resinas de baixa densidade (PEBD) e alta densidade (PEAD) para diversas aplicações. “Enfim, o grupo tem como objetivo contínuo disponibilizar soluções inovadoras buscando ampliar o mercado da indústria plástica e oferecer produtos e serviços cada dia mais diferenciados”, afirma Letícia. “Para Alimentos e Embalagens Especiais, temos soluções inovadoras que proporcionam aos clientes e donos de marcas combinações de atributos únicos, embalagens com excelente aparência e integridade, custos competitivos, boa produtividade durante a fabricação do filme e processo de empacotamento, praticidade, conveniência e produtos sustentáveis, uma vez que podem ser facilmente recicláveis e mais leves”, completa a executiva. PNE

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MERCADO Ceará do Futuro

Missão vai à Suécia e Alemanha De olho no futuro, uma missão empresarial do Ceará cumpriu roteiro pela Suécia, passou pela Feira K e retornou por Lisboa. Participaram do grupo 44 pessoas, sendo 30 empresários (7 sindicatos), 8 acompanhantes e 6 representantes institucionais, em ação que teve apoio da FIEC.

D

e acordo com o último relatório Perfil 2012 - Indústria Brasileira de Transformação de Material Plástico, elaborado pela Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), o Ceará se manteve como o 10º estado no Brasil (o terceiro do Nordeste, depois da Bahia e Pernambuco) em número de indústrias do setor: são 206 empresas, representando 1,8% do total no país - que tinha 11.690 indústrias, com 348 mil funcionários. Houve um leve crescimento em relação a 2011, quando eram 201 empresas e 1,7% do total. Na geração de empregos o estado cearense continua

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em 11º, com 4.431 postos de trabalho, equivalendo a 1,27% do volume nacional, mas acusou uma leve queda, pois em 2011 eram 4.415 empregos e 1,3% do total nacional (* Os dados de 2013 deverão ser divulgados até maio de 2014). No entanto, no cenário industrial macro, incluindo os principais segmentos com atividades relacionadas ao setor reciclagem e químico-plástico, o Ceará demonstra que tem projetos para o futuro e assume posição de vanguarda no Nordeste. Esse conceito foi comprovado com a realização da Missão Empresarial à Europa, realizada de 11 a 20 de outubro, passando pela Suécia e cumprindo a missão de visitar a Feira K, em Dusseldorf, na Alemanha, onde o grupo ficou três dias. O projeto foi realizado com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Ceará e organização do CIN (Centro Internacional de Negócios) da entidade. Conforme relato do superintendente do Centro Internacional de Negócios (CIN), Eduardo Bezerra, a primeira parte do roteiro de viagem foi de programas econômicos-culturais na Suécia. Destaca que o grupo ficou hospedado no Bairro Hammarby Sjostad, zona Sul da Capital, conhecido como um dos principais bairros auto-sustentáveis do mundo. “O bairro possui um sistema de coleta seletiva de lixo subterrâneo e pneumático que facilita a reciclagem. Os ônibus que prestam

serviço para o local e muitos apartamentos possuem cozinhas que funcionam com o biogás proveniente das águas residuais. Todos os materiais utilizados - dentro e fora dos prédios - foram cuidadosamente selecionados com base em considerações ambientais”, explica. Na sequência foram realizadas as visitas técnicas em Estocolmo. Na manhã do dia 14 de outubro, o grupo visitou a empresa Ragn Sell, estabelecida em Estocolmo desde 1966, sendo considerada a melhor empresa de coleta e reciclagem de lixo. Suas coletas são realizadas tanto na Suécia como na Noruega, Dinamarca, Estônia, Lituânia e Polônia. “As operações estão divididas em seis grupos principais de materiais: papel, plástico, fragmento de metal, madeira e suas lascas, resíduos de combustíveis e pneus, sub-produtos estes destinados à produção de energia. Durante a visita o grupo pôde conhecer e avaliar as operações da empresa e estabelecer contatos que possam gerar parcerias futuras, tendo o Ceará por meta”, destaca Bezerra. Outra atividade foi na empresa The Royal Sea Port, que é parte do Governo do Estado de Estocolmo. A empresa foi criada com o objetivo de replicar a ideia do Bairro Hammarby Sjostad, na região central da cidade, próxima à área portuária, como forma de revitalizar a região e ao mesmo tempo desenvolver a área sem prejudicar o meio ambiente. Bezerra


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conta que durante a visita, o grupo foi recebido pela empresa Envac, contratada para instalar os coletores de resíduos no novo bairro, como já fez anteriormente em Barcelona, na Espanha.

Ações na Alemanha

A segunda parte do roteiro teve por espaço de trabalho a Alemanha, na região de Colônia. Foi reservado um dia completo para visitas técnicas e ambientação em solo alemão. No primeiro encontro com empresas locais, foram visitadas as empresas AVG Abfallentsorgungs- und Verwertungsgesellschaft Köln Mbh e a GVG Gewerbeabfallsortierung und verwertung Gesellschaft Köln Mbh, constitui um cluster regional que congrega as mais modernas e maiores coletoras e reaproveitadoras de resíduos comunais e industriais, com centro de reciclagem na Alemanha. Segundo Bezerra, das operações do cluster resulta a geração de energia por queima/biomassa e reaproveitamento de lixo. Diferentemente da empresa Ragn Sell, da Suécia, as empresas alemãs contam com um alto grau de automação podendo, assim, apresentar para o grupo os diferentes níveis tecnológicos existentes para o setor. “Ao final do dia, houve a visita à Bayer Material Science, onde o grupo pode conhecer a área de pesquisa e desenvolvimento da empresa. Durante a estadia do grupo em Colônia, houve

O superintendente Eduardo Bezerra (E) e integrantes do CIN/CE na entrada da Feira K

reuniões fechadas entre empresas alemãs e os presidentes sindicais que representaram seus setores”, informa o dirigente. Entre as empresas palestrantes estavam: • Energie Agentur NRW Representantes do CLUSTER de Energias Renováveis e Eficiência Energética do Governo do Estado da Rhenania do Norte Vestfália. • Natural Clean Water Technologies GmbH Tecnologia decentral de tratamento de água. • KSW Bioenergie GmbH Tecnologia decentral de fornecimento de energia através de biomassa • Hey Projects KG Empresa de consultoria empresarial

Feira K e Pós-Missão

A terceira parte do roteiro, os empresários participaram da Feira K, em Düsseldorf. Foram três dias de visitas, em que os participantes contaram novamente com o apoio técnico do CIN/CE. Como parte das atividades pós-missão, foi apresentando na reunião da diretoria da FIEC as ações desenvolvidas durante a missão e analisar >>>> < Plástico Nordeste < 15


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MERCADO Ceará do Futuro

o grau de relevância da feira para o Estado do Ceará, tendo como objetivo mensurar possíveis realizações comerciais. Em formulário entregue pós-missão, os empresários avaliaram quesitos como tempo de participação na feira, apoio técnico prestado e resultados alcançados. Os resultados compilados estão descritos no relatório final da ação. Como parte das atividades pós-missão foi solicitado a cada Sindicato participante que enviasse para a Superintendência Geral do SFIEC, um relatório apresentando os resultados da ação, que contou com o aporte financeiro da APEX Brasil. Conforme Bezerra, “o sucesso da Missão Empresarial Cearense à Suécia e Alemanha demonstrado nas avaliações pelos empresários ratifica o papel da Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC como indutora do desenvolvimento da economia cearense, atestando que o estado do Ceará está preparado para entrar no comércio internacional representado por empresas com qualidade de nível mundial”, avalia. A missão, segundo o dirigente, além do aspecto comercial, possibilitando a aquisição de maquinário e tecnologia, possibilitou a ampliação dos contatos comerciais dos participantes. Além disso, permitiu que os empresários aumentassem a percepção sobre a globalização e o comércio internacional como um todo, além de ampliar a visão de mundo, e agregar novos aspectos à diplomacia empresarial. 16 > Plástico Nordeste >

“Vale ressaltar, que o Centro Internacional de Negócios da FIEC trabalha o projeto missões internacionais de acordo com a programação da REDE CIN, bem como de acordo com as expectativas dos Sindicatos Industriais da Federação”, ressalta Bezerra. A programação de missão é elaborada em conjunto com os representantes do Sindicato demandante, não sendo papel do CIN a elaboração exclusiva das ações a serem executadas durante o período da viagem. A visão do Sindicato demandante representa o vetor principal que determina os objetivos da missão. O roteiro da Missão Suécia e Alemanha começou a ser detalhado e construído juntamente com o SindVerde em outubro de 2012. A princípio, a missão era exclusivamente do Sindicato que previa a inscrição de 40 associados. Durante o período de elaboração das ações a serem desenvolvidas in loco, a missão se tornou “Ação Institucional” permitido assim, a participação dos demais sindicatos da FIEC.

Grupo de 44 participantes

Com a participação de 44 pessoas, sendo 30 empresários (7 sindicatos), 8 acompanhantes e 6 representantes institucionais, foi realizado, por parte da FIEC, investimento financeiro que incluiu passagens aéreas de diversos associados dos sindicatos participantes: Sindicato das Empresas de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais do Estado do CE

Missão: delegação do Ceará, representando 7 sindicatos e setores da FIEC, na Suécia

(SindVerde); Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânica e de Mat. Elétrico no Estado do CE (Simec); Sindicato das Indústrias de Papel, Pae4lãi, Celulose e Embalagens em Geral do Estado do CE (SindiEmbalagens); Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias, Madeiras, Madeiras Compensadas e Laminadas no Estado do CE (SindiSerrarias); Sindicato das Indústrias das Indústrias Químicas, Farmacêuticas e da Destilação e Refinação de Petróleo no Estado do CE (SindQuímica); Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas no Estado do CE (SindiAlimentos): Sindicato das Indústrias das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (SindiEnergia) Adicionalmente, para os agendamentos das visitas técnicas da Suécia e Alemanha a FIEC aportou recursos financeiros, correspondente à visita técnica da empresa Ragn Sell e ao serviço de tradução. Os custos gerados na Alemanha foram por conta da contratação da consultoria Hey Projects KG que auxiliou o CIN no agendamento de mais de duas visitas técnicas e 03 rodadas de trabalho. Por fim, quando analisadas as avaliações dos participantes, percebe-se que a missão cumpriu seus objetivos. Vale destacar o comportamento exemplar de diversos empresários presentes na Missão. Além da pró-atividade pela realizar seus agendamentos particulares e visitas aos stands de interesse, o grupo mostrou-se coeso e com uma sinergia que facilitou os resultados positivos, e a condução dos trabalhos da equipe de apoio. Conforme Bezerra, a expectativa da FIEC e do Centro Internacional de Negócios - CIN é de que outras missões aconteçam contando com a participação de um número maior de empresários cearenses, abrangendo outros setores da economia local e, enfim, criando mais possibilidades de negócios entre o Ceará e o mundo. Nesse caso, os vários segmentos industriais cumprirão programas diferenciados, em acordo com a natureza do setor que pertencem.


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onforme dados divulgados pelo INDI (Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará), o estado passou por um período de recuperação, como mostram a seguir, os resultados em quatro áreas entre estas, algumas com relação direta ao setor petroquímico-plástico: Produção - A indústria cearense apresentou, no 3º trimestre de 2013, expansão de 5,1% na produção física, em comparação com o igual período de 2012, melhor resultado desde o início do ano passado. Em relação ao acumulado do ano, o Ceará (+2,8%) demonstrou comportamento superior ao Brasil (+1,6%) e ao Nordeste (+1,6%). Setorialmente, destacam-se as variações do setor Petróleo, derivados e álcool (+23,5%) e Calçados e Couros (+23,2%). Na comparação geral, o Brasil teve desempenho de 0,8% e o Nordeste de 1,0%. Emprego - No acumulado de janeiro a setembro, o Ceará apresentou criação de 33.404 postos de trabalho, crescimento de 2,9%, resultado inferior ao Brasil (+3,4%). O setor industrial cearense apresentou crescimento de 3,8%, com a criação de 13.630 empregos, com destaque para os setores de Construção Civil (5.397), Calçados (2.377) e Têxtil e vestuário (1.991). Comércio Exterior – As exportações cearenses, no acumulado de janeiro a setembro, reduziram-se em 2,4%. Apenas três entre os principais produtos da pauta apresentaram crescimento: Frutas; Geradores, Maq. e Aparelhos Elétricos e Peixes/ Crustáceos. Por outro lado, as importações apresentaram crescimento de 35,7%. PIB - O PIB cearense apresentou expansão de 2,95% no primeiro semestre de 2013, contra 2,6% do País. As quatro atividades que compõem o setor industrial apresentaram variações superiores à média da economia. Com isto, a estimativa da participação do Ceará no PIB nacional alcançou 2,16%. Resultados setoriais - A fim de visualizar melhor o desempenho da indústria cearense, faz-se importante analisar o comportamento dos principais setores,

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Panorama Industrial do Ceará na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Seis de um total de dez setores pesquisados na indústria cearense apresentaram crescimento mensal em agosto de 2013 comparado ao mesmo mês do ano de 2012 . Destaque especial é dado à indústria de Calçados e artigos de couro que registrou alta de 37,2%, seguida da expansão da indústria de Refino de petróleo e álcool (31,7%), indústria Têxtil (8,7%), indústria de Máquinas, aparelhos e matérias elétricos (8,1%), indústria de Produtos de metal – exclusive máquinas e equipamentos (5,5%) e indústria de Minerais não metálicos (3,0%). No entanto, outros quatro setores da indústria cearense registraram forte baixa, a exemplo da indústria de metalurgia básica que apontou a maior queda dentre todos os setores investigados (-36,1%), seguida da indústria de produtos químicos (-13,1%), vestuário e acessórios (-3,4%) alimentos e bebidas (-1,9). Vale destacar que a indústria cearense como um todo, no mês de agosto, registrou taxa positiva superior à nacional (5,6% x -1,2%) na comparação com agosto de 2012. (Veja tabela abaixo). Já o Enfoque Econômico do IPECE (Instituto de Pesquisa Estratégica e Econômica do Ceará), no que se refere à variação acumulada no ano, destaca que cinco setores apresentaram taxas positivas de crescimento: calçados e artigos de couro (25,6%), refino de petróleo e

álcool (23,4%), têxtil (9,8%), minerais não metálicos (6,8%) e metalurgia básica (1,0%), todas elas bem acima de suas respectivas taxa nacionais. Apenas quatro setores apresentaram variação positiva no acumulado de 12 meses: calçados e artigos de couro (21,2%), refino de petróleo e álcool (18,1%), têxtil (14,1%) e minerais não metálicos (5,3%). O setor que apresentou a maior queda no acumulado de 12 meses, até agosto de 2013, foi máquinas, aparelhos e materiais elétricos com variação negativa de 70,3%, seguido por produtos químicos (-12,3%), produtos de metal – inclusive máquinas e equipamentos (-8,5%), vestuários e acessórios (-7,0%), alimentos e bebidas (-4,3%) e metalurgia básica (-0,6%), sendo todas essas reduções mais intensas que as observadas nos respectivos setores em âmbito nacional, com exceção da Metalurgia básica, que variou -3,3% no acumulado de 12 meses no Brasil. O setor que apresentou a melhor performance, nesse tipo de comparação, foi calçados e artigos de couro, visto que, desde novembro de 2012 registra taxas positivas. Em seguida vêm refino de petróleo e álcool e têxtil com avanços significativos no índice. O setor máquinas, aparelhos e materiais elétricos deteve o pior índice no acumulado de 12 meses, apresentando tendência descendente desde janeiro de 2012, quando alcançou taxa positiva de 72,37%. PNE

Resumo do Desempenho Econômico

Acumulado do Ano (Jan-Set)¹, Ceará e Brasil (%) Variáveis Ceará Brasil PIB² 3,0 2,6 Valor Adicionado Ind.² 5,8 0,8 Geração de Emprego 2,9 3,4 Geração de Emp. Ind. 3,8 4,2 Produção Física Ind.l 2,8 1,6 Exportação -2,4 -1,6 Importação 35,7 8,7 < Plástico Nordeste < 17


EVENTO

Feira terá foco em tecnologia e em inovação FOTOS: DIVULGAÇÃO

Realizada pelo SindVerde, a feira que ocorre em abril, em Fortaleza, já é referência nacional em reciclagem e a cada edição fortalece a indústria e o comércio do setor.

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escolha de temas envolvendo a atualização conceitual e tecnológica é decisiva para o sucesso de um evento. Desta forma, a diretoria do SindiVerde escolheu para a 4ª edição da Recicla Nordeste um tema importante, segundo Marcos Augusto Nogueira de Albuquerque, presidente do sindicato. “Nosso tema: Tecnologia e Inovalão no Mercado de Transformação, será explorado tanto na feira como no Seminário de Reciclagem, Transformação e Meio Ambiente, que ocorre paralelamente à feira com palestras e oficinas que visam contribuir com o desenvolvimento e crescimento do


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setor, com a preservação do meio ambiente e com o enfoque social”, ressalta o dirigente. Albuquerque faz questão de destacar que a Recicla Nordeste 2014 é um evento de produtos e serviços voltados para a indústria e comércio de reciclagem e transformação, tendo como objetivo principal potencializar os negócios da cadeia no nordeste nos segmentos de Sucata Metálica, Plásticos, Papel/Papelão e Geração de Energia. O evento é uma realização do SindVerde, com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Ceará e promovido ela Dinâmica Eventos. A 4ª edição será realizada entre os dias 23 a 25 de abril de 2014, no Centro de Eventos do Ceará,

Fortaleza (CE) das 14 às 21 horas. Como consequência da repercussão e sucesso da Recicla Nordeste, o setor de reciclagem do Ceará ganhou em importância e representatividade. Marcos Augusto Albuquerque, do SindVerde, comenta sobre essa situação e as estratégias que a entidade desenvolve para evoluir. “Com a participação em missões internacionais sobre reciclagem e preservação ambiental, concluímos que, novas tecnologias devam ser implantadas no setor de reciclagem no estado do Ceará”, destaca.

Legislação e consciência

Um dos objetivos é estar adequado à legislação nacional, lembra o dirigen-

Albuquerque (4º da esq. para a dir.) ressalta a importância da conscientização da cadeia

te. “Em cooperação com o Poder Público o nosso estado está a passos largos implantando a Política Nacional de Resíduos Sólidos”, destaca. E acrescenta: “A responsabilidade compartilhada entre fabricantes, distribuidores, consumidores e o Poder Público está sendo implantada a Logística Reversa. A coleta seletiva passou a funcionar em pontos isolados e já é uma realidade na cidade de Fortaleza. Formam-se Consórcios para a implantação de aterros sanitários controlados em todo o estado”, informa. “Portanto, com a implantação de Política Nacional de Resíduos Sólidos o nosso estado se fartará de resíduos recicláveis”, ressalta. Porém, mesmo com os avanços, o caminho ainda e árduo, explica Vasconcellos. “Continuamos lutando para modificar o panorama do setor, conscientizando os industriais a trabalharem com máquinas novas e modernas, resíduos menos contaminados, processo de trabalho e capacitação de todos os nossos funcionários. O setor da indústria recicladora tem crescido e vem se modernizando para bem atender as indústria transformadoras”, completa o dirigente. PNE

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EVENTO K'2013

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economia é dinâmica e mesmo as crises mais agudas podem ser superadas, como foi visto durante a Feira K 2013. Graças à recuperação experimentada no setor, juntamente com a confiança de suas empresas em mostrar as inovações para todos da cadeia, aumentou as esperanças de uma boa feira e rápidos negócios pós-evento. E essas expectativas foram mesmo superadas durante os oito dias de feira. Expositores relataram inúmeras consultas de projetos concretos, intensas negociações com visitantes de todo o mundo e um volume notável de negócios, alguns dos quais foram concluídos instantaneamente e um grande número de que valiam milhões. Ulrich Reifenhäuser, presidente da Comissão de Expositores para a K 2013, ficou extremamente satisfeito com os resultados: "Nós não esperávamos que a vontade de investir fosse tão alta! Os muitos produtos inovadores e as aplicações lançadas em Düsseldorf foram ao encontro do grande interesse dos visitantes. E as inovações não foram apenas admiradas, negociações muito concretas foram realizadas e os contratos assinados. Muitos clientes estão expandindo e investindo em novas tecnologias para aprimorar sua vantagem competitiva global. Confiantemente antecipamos fortes negócios pós-feira e esperamos um crescimento contínuo no nosso setor". Os mais de 3.200 expositores contribuíram para que esta visão fosse evidente em todas as áreas da feira. Eles destacaram especialmente a propagação agora ainda mais internacional de visitantes e sua grande especialização, além do fato do número desproporcionalmente alto dos gestores de topo que foram para Düsseldorf. O Brasil participou com 10 expositores. Werner Matthias Dornscheidt, presidente e CEO da Messe Düsseldorf, ficou encantado, juntamente com sua equipe, ao constatar que os cerca de 218 mil visitantes da K 2013 eram procedentes de mais de 120 países. E garantiram uma ex-

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CONSTANZE TILLMANN/MESSE

Superando expectativas

celente resposta: "Mais uma vez, fica muito claro que K é e continua a ser o evento mais importante da indústria de borracha e plástico. Este é o lugar onde as novas tecnologias são lançadas ao lado de outros produtos completamente maduros, e também é onde os pedidos por essas inovações são feitos. Mesmo que o tamanho de delegações de empresas compradoras individuais tenha caído ligeiramente, nenhuma empresa que produza ou utilize bens de plástico perdeu esta oportunidade para saber mais sobre as inovações de hoje e as tendências do futuro na K 2013".

Dos quatro cantos do mundo

Em 2010, o evento anterior teve 222.486 visitantes e 3.094 empresas. Os resultados da pesquisa com visitantes também sustentam essa visão dos expositores de que a presença internacional de compradores aumentou mais uma vez: 58%, ou seja, 126 mil visitantes profissionais vieram do exterior. Pouco menos da metade de todos os estrangeiros eram de países distantes - viajaram para Düsseldorf de lugares como Angola, Burkina Faso, Ilhas Malvinas, Iêmen, Malawi, Nepal, Nova Caledônia, Omã, Peru e Turcomenistão.

Reifenhäuser (D) e Dornscheidt ficaram satisfeitos com o interesse dos visitantes e com os negócios

A proporção de visitantes profissionais provenientes da Ásia, como esperado, representou o maior grupo de visitantes estrangeiros - cerca de 30.000 especialistas chegaram do Sul, Leste e da Ásia Central, bem como do Oriente Médio. Visitantes da Índia foram mais uma vez o maior grupo, enquanto o número de representantes da China, Indonésia, Irã, Japão e Taiwan subiu consideravelmente. A proporção de visitantes da América do Norte foi outro ponto significativo, com cerca de 8.100 pessoas registradas provenientes dos EUA e Canadá - mais 1.300 do que no K 2010. Cerca de 11.000 especialistas vieram da América Latina, ou seja, semelhante participação de três anos atrás. Formando o maior contingente estavam especialistas do Brasil, México, Argentina e Colômbia. Outro aumento gratificante também foi observado no número de visitantes da África do Sul, com cerca de 2.000 daquele país.


Máquinas inovadoras atraíram forte visitação e garantiram bons negócios aos expositores

A Holanda dominou entre os compradores de países europeus vizinhos, com 8.000 visitantes, seguido por França, Bélgica, Grã-Bretanha e Itália. Houve também um aumento perceptível no interesse da Polônia, República Checa e Hungria. Houve um grande número de gerentes de alto escalão de todas as nacionalidades: cerca de 2/3 eram de média ou alta gerência. Bem mais da metade tem papel decisivo ou co-determinante nas decisões de investimento em suas empresas. A proporção de visitantes das áreas de pesquisa, desenvolvimento e design também foi considerável. O setor de máquinas, maior expositor com cerca de 1900 expositores, estava no foco de interesse do visitante: pouco menos de dois terços de todos os visitantes entrevistados disseram que desejavam particularmente reunir informações sobre as inovações neste setor. Porém, muitos lançamentos estavam relacionados à soluções para economia de recursos e eficiência energética, pois o setor é marcado pelo desejo de produzir de forma ambientalmente amigável e ainda assim rentável.. Para 42% dos visitantes profissionais, as apresentações dos produtores de matérias primas e materiais auxiliares eram de interesse primordial enquanto 22% direcionaram principalmente a sua atenção para produtos semi-acabados e componentes técnicos feitos de borracha

e plástico (várias respostas possíveis). Os visitantes vieram de todos os setores-chave - desde a construção civil e criação de veículos, embalagem, bem como engenharia elétrica e médica até agricultura. No balanço geral, os visitantes da K 2013 deram as melhores notas para os 19 corredores de exposição: 96% afirmaram que tiveram seus objetivos totalmente atingidos na visita.

Sintonia entre expositores e visitantes

Tudo indica, não poderia ter sido melhor, pois as expectativas foram plenamente atendidas: além de seus oito dias de duração, a K foi um ponto de foco para a indústria de plásticos e um motor para a inovação no setor. Os produtores de plásticos ficaram muito satisfeitos com a forma como a maior feira do mundo se desenvolveu. “Mais uma vez este ano a K Düsseldorf foi uma plataforma ideal para atingir os clientes nacionais e internacionais e parceiros de negócios”, sublinhou Josef Ertl, Chairman at PlasticsEurope Deutschland e. V. E acrescentou: “Para os produtores de plásticos é verdade dizer que as empresas expositoras aqui encontram exatamente os visitantes certos - aqueles com know-how técnico, poder de decisão e uma vontade de investir no futuro.” Nos estandes de matérias-primas,uma variedade de novos contatos foram feitos

e contatos de negócios existentes foram intensificados. Formar pontos focados no evento foi uma solução sustentável para minimizar o uso de recursos e os custos. Para os fabricantes, o foco estava particularmente sobre a indústria automobilística, engenharia elétrica / eletrônica, transporte e embalagem. Na periferia da K, mais de 50 representantes de empresas de fabricação de plásticos - em conjunto representam cerca de 80% da capacidade de produção global - um acordo de cooperação sob os auspícios do Conselho de Plásticos Mundial. Patrick Thomas, presidente da PlasticsEurope e CEO da Bayer MaterialScience, foi nomeado presidente inicial. A abertura da mostra especial por Joschka Fischer, ex-ministro das Relações Exteriores da Alemanha foi um destaque na feira. Fischer pediu mais sustentabilidade, também mencionando o passado e futuro antecipado de saltos tecnológicos em eficiência de recursos, graças ao plástico. Ele estava convencido de que o setor seria capaz de levantar-se com sucesso aos desafios do futuro. Sob o título “Kunststoff bewegt – Plastics move the World”, esse show especial na K mostrou como os plásticos, como material, movem o mundo e não apenas no sentido literal. Usando exemplos de diferentes áreas da vida, demonstrou como as pessoas viajam com a ajuda de plásticos e como os bens podem transportados de forma rápida e segura. Também mostrou como arte e design nos movem emocionalmente e como as aplicações plásticas podem ajudar a resolver os problemas globais do futuro. As palestras e painéis de discussão VIP reuniram grande interesse dos visitantes. Estas palestras e painéis, mais uma vez destacaram o vasto potencial que os plásticos guardam. Pela segunda vez, o domingo da feira foi muito centrado nos jovens. Nesta mostra especial, alunos socialmente comprometidos e estudantes discutiram as oportunidades de >>>> < Plástico Nordeste < 21


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EVENTO K'2013 Estreia: Newton Zanetti recebeu visitantes da Pavan Zanetti na K, internacionalizando a marca

Pavan Zanetti estreia e Braskem renova parceria

carreira com representantes do setor e falaram sobre plásticos como um meio para resolver os problemas globais do nosso tempo.

Satisfação dos transformadores

As expectativas da indústria de transformação de plásticos alemã foram plenamente atendidas na K 2013, onde os empresários puderam fazer e desenvolver inúmeros contatos de negócios, informa a Federação Central das Indústrias de Transformação de Plásticos (Gesamtverband Kunststoff ¬ verarbeitende Industrie e V-GKV). A associação, a principal organização da indústria de transformação de plásticos na Alemanha, ficou satisfeita com os resultados positivos da feira e a indústria ficou muito satisfeita com a forma como o evento evoluiu. A K 2013, segundo a GKV, provocou novos impulsos para processamento de plásticos na Alemanha que terão um efeito estimulante no crescimento das vendas ao longo dos próximos meses. A grande maioria das empresas expositoras especializados no processamento de plástico relatou ávido interesse de visitantes profissionais. A competência dos visitantes também foi explicitamente elogiada. De acordo com entidade, a K 2013 apresentou um excelente cenário para o desenvolvimento de contatos de negócios internacionais, também para as 22 > Plástico Nordeste >

empresas de processamento de pequeno e médio porte. Atraíram interesse especial dos visitantes produtos inovadores e projetos de componentes, tais como acabamento de superfícies com visual especial, propriedades táteis ou de higiene e plásticos reforçados com aplicações para a produção em massa. Os fabricantes de máquinas para plásticos e borracha aproveitaram um grande feedback e excelentes contatos comerciais de visitantes de todo o mundo. De acordo com Ulrich Reifenhäuser, presidente da Associação de Máquinas para Plásticos e Borracha/VDMA, a demanda da China, Sudeste da Ásia e dos EUA foi extremamente positiva. Um número inesperado de projetos específicos foram discutidos e alguns negócios já preparados foram assinados durante a feira K. O setor, diz Reifenhäuser, está olhando agora para 2014 com otimismo. A iniciativa de sustentabilidade VDMA "Blue Competence " também encontrou uma boa resposta. Perguntas com foco em eficiência energética e de recursos se destacaram nas discussões. A iniciativa "Das Blaue Pferd " (O cavalo azul) na Heinrich -Heine- Platz também gerou uma resposta positiva, tanto entre os moradores de Düsseldorf quanto no cenário da mídia. Muitos visitantes do pavilhão saudaram o fato de que o setor foi apresentado no local com soluções sustentáveis de transformação de plástico e reciclagem.

A Pavan Zanetti participou, pela primeira vez, da Feira K e fechou um ciclo de metas acertadas a partir da nova planta, que visava à ampliação da marca Pavan Zanetti, aproveitando sua boa penetração no mercado latino-americano e elevando-a ao nível mundial. Num estande de 81 m², e em parceria com a Abimaq/APEX, a empresa expôs uma sopradora da série Bimatic, modelo BMT 5.6D/H de dupla estação, integrando alguns componentes europeus para demonstrar sua parceria com o primeiro escalão do plástico. O equipamento integrava um cabeçote quádruplo, fabricado pela alemã W. Mueller, que é considerada a melhor no que diz respeito a este item; esteiras transportadoras da marca italiana Crizaf e alimentadores da também italiana, Moretto. Produzindo frascos de 1.000 ml em PEAD, a sopradora surpreendeu, por sua produtividade, setores acostumados a máquinas de última geração. Centenas de visitantes de diversas partes do mundo se interessaram pelo equipamento, gerando mais de uma centena de propostas comerciais de países como Turquia, Argélia, Marrocos, Egito, Irã, Grécia, Índia, Sri Lanka, Indonésia, Portugal, Espanha, Alemanha, França e Inglaterra, além dos países latino-americanos. A Braskem e a Toyota Tsusho, trade company da Toyota Motor Group, anunciaram na Feira K a renovação do contrato de distribuição de polietileno verde I’m greenTM na Ásia. O acordo reforça a parceria entre as empresas e reafirma o interesse do mercado asiático pelo produto de fonte renovável, feito a partir do etanol da cana de açúcar. Atualmente, a Toyota Tsusho atende uma gama ampla de clientes na Ásia, especialmente no Japão. Com validade até 2018, o novo contrato envolve polietilenos das três famílias: PEBDL (polietileno de baixa densidade linear), PEAD (polietileno de alta


Segundo Wander Lobo, a participação do empresariado na K confirma o fortalecimento da CPQP

densidade) e PEBD (polietileno de baixa densidade), este último fruto do investimento feito neste ano pela Braskem para ampliar o portfólio e atender a um maior número de aplicações. O acordo original entre as companhias foi assinado em 2010, mesmo ano em que a Braskem inaugurou sua unidade de Eteno Verde no Polo Petroquímico de Triunfo com capacidade de produção de 200 mil toneladas e confirmou seu pioneirismo mundial no desenvolvimento do produto. “A Toyota Tsusho apoiou o projeto de desenvolvimento do PE Verde, mesmo quando ainda estava em fase de planta piloto, por volta de 2007, e seu papel na expansão do mercado de produtos de fonte renovável na Ásia tem sido muito relevante”, afirma o vice-presidente Poliolefinas, Comperj e Renováveis da Braskem, Luciano Guidolin. No Japão, onde uma grande parte do lixo é incinerada para geração de energia, o uso de produtos de fonte renovável colabora para reduzir o aquecimento global.

CPQP de Alagoas confere novas tecnologias

Comprovando sua filosofia de estar atenta às novidades do setor plástico, representantes da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP) de Alagoas participaram da K 2013. Eles conheceram as novidades em tecnologias utilizadas nos principais centros industriais do mundo. A Federação das Indústrias do Estado

de Alagoas (Fiea) foi representada pelo vice-presidente José da Silva Nogueira Filho. Também estiveram presentes o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes; o presidente do Sindicato das Indústrias de Plásticos e Tintas de Alagoas (Sinplast-AL), Wander Lobo; o presidente do Movimento Alagoas Competitiva (MAC) e da Assedi-MD, Manoel Marques; o presidente da Adedi, Gilvan Leite; o Sebrae/AL foi representado pelo superintendente Marcos Vieira e pelos colaboradores da Unidade da Indústria Everaldo Figueiredo e Fernando Tenório. Segundo o presidente do Sinplast-AL, Wander Lobo, a participação do empresariado na Feira K é uma confirmação do fortalecimento e do crescimento da Cadeia da Química e do Plástico no Estado. “O segmento vive um período favorável à sua expansão em Alagoas, com a duplicação da planta de PVC da Braskem, um Núcleo de Tecnologia do Plástico (NTPlás) que forma mão de obra qualificada e a parceria entre setor privado e governo para atrair investimentos”, disse. “Podemos afirmar que Alagoas está no caminho certo, ao constituir a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico. Mais um acerto do atual governo”, comemorou o secretário Luiz Otavio Gomes. Para ele, buscar o que existe de melhor no mundo para poder aplicar em Alagoas é a premissa desse tipo de missão empresarial.

Âncora da cadeia produtiva, a Braskem montou estande na Feira K, local escolhido como escritório de trabalho do empresariado alagoano, onde ocorreram reuniões e encontros. A feira apresentou, predominantemente, máquinas e equipamentos, além de tecnologia de laboratórios, ferramentaria e reciclagem. Com mais de 3.000 expositores de todo o mundo, a Feira K é uma grande oportunidade para buscar novas tecnologias, tendências e mercados para o segmento. A comitiva alagoana também aproveitou a ocasião para conhecer uma planta de polipropileno adquirida pela Braskem na Alemanha. Em 2011, a empresa adquiriu quatro plantas de polipropileno da Dow Petroquímica SA, sendo duas na Europa e duas nos Estados Unidos. O negócio foi fechado por US$ 327 milhões e garante à Braskem o primeiro lugar no mercado petroquímico também nos EUA.

Ceará na K

Outro estado nordestino que teve uma presença marcante na Feira K foi o Ceará, com uma delegação de 44 pessoas (30 empresários de sindicatos, 8 acompanhantes e 6 representantes institucionais) em ação que teve apoio da FIEC. Eles participaram de uma missão empresarial mais abrangente e na terceira parte do roteiro ocorreu a visita à K. “Foram três dias de visitas, em que os participantes contaram novamente com o apoio técnico do CIN/CE. No último dia de visitação à feira, os presidentes sindicais representaram seus setores em reunião com a Agência de Desenvolvimento do Estado da Rhenania do Norte-Vestfália, com Joachim Kummer”, relatou o superintendente do Centro Internacional de Negócios (CIN), Eduardo Bezerra. Durante o encontro a agência colocou seus serviços de levantamento estatístico e econômico, seleção local, inspeções, aspectos financeiros, fiscais e legais, bem como contatos com organizações e clusters industriais e de tecnologia para as empresas cearenses. PNE < Plástico Nordeste < 23


Extrusoras

Mais tecnologia, mais eficiência

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Nolasco, da Granoplast, destaca o relacionamento com os fabricantes de resinas e aditivos

sob medida, conforme a necessidade do cliente. Outro destaque são as linhas de lavagem para material reciclado e a recém incorporada joint-venture com empresa italiana AMUT, que fabricará no Brasil linhas completas de extrusão de tubos, chapas, perfis e também termoformadoras de alta performance. Uma forma de evoluir, conforme ressalta Saia, é a empresa manter contatos regulares com os fornecedores de resina e os clientes, pois assim ajusta a performance dos equipamentos para as necessidades

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U

m importante segmento da indústria do plástico, o de extrusoras, mudou nos últimos anos... e para melhor. Segundo José Renato Saia, Gerente Comercial da Wortex, as máquinas tornaram-se mais eficientes, principalmente na relação kw/kh - atualmente o consumo energético é menor por quilo de matéria prima processada. “A evolução dos motores e o constante aprimoramento na tecnologia dos perfis das roscas de extrusão e na reciclagem, o uso de alimentação forçada para granulação de aparas moídas de filmes são os principais destaques”, comenta. Atualmente a Wortex trabalha com as máquinas para reciclagem, extrusão de filmes, granuladoras para compostos, além de manter um programa de máquinas

Em um dos setores mais importantes na cadeia do plástico, os fabricantes investem em P&D e tecnologia para fazer extrusoras mais eficientes e competitivas


do mercado. “A principal linha de financiamento para o mercado ainda é o Finame, que oferece prazos de até 120 meses para pagamento, mas, em sua maioria, são financiados em 60 meses”, diz. Evandro Didone, diretor da Kie, comenta que nos últimos tempos as extrusoras ficaram mais eficientes tanto no consumo de energia quanto pelo fato de trabalharem cada vez com materiais mais contaminados. “Praticamente todas os nossos modelos têm sistema de degasagem, tanto no cilindro, quanto no sistema de duas extrusoras, em cascata. Estes sistemas permitem ao cliente trabalhar com materiais impressos e com vários tipos de contaminação, que inviabilizariam o processo em máquinas convencionais. Agregamos também sistemas de corte na cabeça e alimentação forçada para filmes,que economizam energia e espaço nas plantas dos clientes”, A linha de extrusoras EK tem diâmetro de roscas de 60mm à150mm com potências de 20CV à 200CV . Produzem até 800kg/h. A principal fonte de financiamento hoje é o Finame, que apesar do aumento dos juros para 2014,ainda tem as menores taxas do mercado, na opinião do executivo. “Com taxas um pouco maiores, o cartão BNDES também é um produto que ajuda a vender devido a pouca burocracia em seu processo”, comenta.

Evolução e qualidade

A Granoplast, outra empresa do setor que por muitos anos focou sua produção em periféricos para extrusão, há mais de duas décadas vem aumentando sua expertise no segmento. Hoje oferece desde modelos de pequeno porte com extrusoras voltadas para coextrusão e/ou extrusão de tubos e perfis de leves, tanto com máquinas maiores,para produção de tubos e perfis de médio e grande porte. E também atende uma demanda crescente em equipamentos para granulação de resinas e plásticos de engenharia, onde possui uma excelente tecnologia tanto com corte na cabeça (water ring) - quanto com granulação convencional, onde tem uma parceria com um tradicional fabricante desta linha de equipamentos. “Nesta área de granulação, temos extrusora de 120 mm[L /D 34], com corte na cabeça para Polietileno Linear, com

produção de 950Kg/h a 1.050Kg/h, que vem sendo nosso ‘cartão devisitas’ no segmento de granulação e para este ano devemos nos consolidar nesse segmento, com extrusoras com diâmetro diversos tais como 120mm, 150 mm , 180 mm, 200 mm e 250 mm, e devemos através desta, aumentar efetivamente, nossa participação no mercado”, afirma o gerente comercial Leonardo Nolasco. Sobre os aperfeiçoamentos dos últimos anos ele foi taxativo: “Tivemos um grande incremento em relação a perfis de roscas, ganhos de eficiência também na caixa de alimentação e estabilidade térmica do conjunto de cilindro e rosca. Outro fator determinante foi o aumento de L/D, que anos atrás uma extrusora com L/D 28 e ou L/D 30 era considerada um equipamento com excelente L/D, mas hoje temos em nossa linha fabril, extrusora com L/D 34 ou mesmo L/D 36, e alguns casos com L/D ainda maiores”.

Interface com parceiros

Outros recursos agregados foram na parte de controles térmicos mais precisos. Os recursos dos controles de temperatura digital trouxeram grandes melhorias no processo produtivo, aliados às sondas e controles de temperatura e pressão de massa, os processos foram sensivelmente otimizados, permitindo extrair dos equipamentos sua melhor performance, “trazendo expressivos resultados de produtividade sem abrir mão das propriedades mecânicas dos polímeros, os parâmetros são muito bem mensurados,onde se pode trabalhar no limite de produção sem abrir mão da qualidade dos produtos extrusados”, ressalta o executivo. Para Nolasco, a interface dos fabricantes de extrusoras e com os de resinas e aditivos é indispensável para o sucesso. “Para nos mantermos ativos no mercado de extrusoras, temos que permanecer com os ouvidos e olhos atentos, para captar as necessidades de nossos clientes, que não diferente de nós, vivem num mercado cada vez mais competitivo, são pressionados pela pequena margem de lucro onde a automação e produtividade de suas extrusoras e periféricos fazem a diferença em suas operações. Não temos outra saída, ou produzimos máquinas com excelência, que por sua vez, atendam as pretensões e ne- >>>> < Plástico Nordeste < 25


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Extrusoras

cessidades de nossos clientes ou em pouco tempo estaremos fora do mercado”, avalia. Sobre as condições de mercado, Nolasco diz que há pontos negativos, mas também positivos. “Vivemos num país onde a carga tributária é uma das maiores no planeta, estamos na contramão do mundo desenvolvido, onde é comum se tributar o consumo e não a produção como vemos por aqui. Seria menos perverso se nossa tributação fosse em relação à produção, mas aqui se tributa tanto a produção quanto o consumo”, queixa-se. Por outro lado, temos um bom e importante aliado para o financiamento de máquinas e equipamentos, o BNDES no caso, que no ano de 2013 trabalhou com taxas de juros de 3,5 % ao ano em algumas linhas de crédito e para 2.014 teremos taxas de juros um pouco maiores, a partir de 4,5% ao ano, e mesmo com este aumento são taxas muito competitivas, indispensável para a sobrevivência e crescimento da indústria de máquinas nacional e por consequência alavanca e moderniza a indústria de transformação de plástico, que lança mão desta importante ferramenta para modernizar seu parque fabril”, reconhece o executivo. A Granoplast ainda faz algumas vendas por “leasing”, muito mais pela facilidade na obtenção deste tipo de financiamento do que pelas taxas cobradas. Tem ainda o Proger, linha exclusiva do Banco da Brasil e Caixa Econômica Federal (CEF) e ainda financiamentos do Finor - Fundo Investimento do Nordeste (Banco do Nordeste) na região Nordeste e FINAM – Fundo de Investimento da Amazônia na região Norte (Banco Basa), que são financiamen26 > Plástico Nordeste >

tos a longo prazo com taxas de juros bem competitivas.

Relação custo-benefício

Camila Sapage, do Grupo Sapage, diz que as extrusoras ficaram mais eficientes principalmente em relação à produção e qualidade do produto final, com novos perfis de rosca, melhor controle de temperaturas, anéis de ar mais eficientes e etc. Também ficaram mais econômicas principalmente em consumo de energia. “Quando você faz um investimento, o melhor retorno é quando se paga em pouco tempo. Em razão destas inovações nos equipamentos, consegue-se pagar com mais facilidade e em menor tempo, devido à produtividade e qualidade do produto final”, comenta. Ainda em relação a tecnologias agregadas e benefícios alcançados, a executiva esclarece essa relação. “Quando se fala em tecnologia para fabricação de filmes flexíveis, além do anteriormente comentado, podemos agregar controladores automáticos de espessura, IBC, cabeçotes de menor permanência de materiais e melhor distribuição do fluxo. Controladores de tensão de filmes e não poderia deixar de mencionar entre outros o famoso Gravimétrico que hoje faz parte da linha”, aponta Camila. Sobre a relação com fabricantes de resinas e aditivos para melhorar o desempenho das máquinas, ela ressalta a importância da integração. “No que tange a extrusão de filmes, demos início recente com uma coextrusora três camadas e neste momento não obtivemos um auxílio mui-

Linha Challenger Recycler da Wortex passou por vários aprimoramentos tecnológicos

to expressivo dos fabricantes de resinas. Esperamos que com a continuidade possamos formar parcerias para melhorar nossas linhas”, afirma. Para Camila, é mesmo o mercado consumidor a maior indicação dos avanços tecnológicos que um fabricante tem que seguir e as linhas do grupo buscam constantemente este aperfeiçoamento. A empresa opera praticamente com todas as linhas nacionais de financiamento: Finame, Leasing, Proger, Cartão BNDES.

Desafio do rendimento

Conceituada empresa paulista, a Miotto fornece extrusoras, cabeçotes, banhos de calibração e resfriamento, puxadores, bobinadores, serras automáticas, bombas para polímeros, misturadores, demais equipamentos periféricos para linhas de produção de tubos e perfis rígidos e flexíveis, fios e cabos elétricos, e sistemas completos de granulação para todos os termoplásticos. As máquinas Miotto de linha padrão (dia-a-dia) cobrem uma gama de capacidades que variam de10 à 2200kg/h. “As extrusoras fabricadas pela Miotto, já há bastante tempo atingiram uma condição muito elevada de rendimento e desempenho, mas, em função do nosso programa de evolução contínua de tecnologia, somos permanentemente desafiados a encontrar detalhes que aumentam a eficiência dos equipamentos”, ressalta o diretor Enrico Miotto. Sobre as novidades tecnológicas e seus resultados, o empresário menciona alterações de algoritmos de controle de temperatura, obtendo equações PID mais precisas, o que evita o fornecimento desnecessário de calor ao processo, para que depois tenha que ser retirado pelo resfriamento. “Além disso, aplicamos formas técnicas de isolamento térmico, o que além de atender às expectativas de segurança, aumenta a eficiência energética das extrusoras”, esclarece. Em relação ao processo de compras, Miotto diz que primeiramente, após a es-


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colha da nova máquina, é necessário identificar qual a opção de financiamento que melhor se ajusta à empresa, mas dentre os programas do BNDES e os demais oferecidos no mercado, identifica o Finame-BNDES como o melhor produto para financiar bens de capital. “Destacamos, também, o cartão BNDES, que nossos clientes utilizam para compras de peças de reposição”, complementa o executivo.

Conceito “Green”

Tradicional fabricante de extrusoras, a HGR comercializa linhas de mono e coextrusão até 07camadas. No portifólio, a linha EVO é a mais vendida. “Nesta linha gostaria de citar a campeã de vendas: Nitrus EVO 70. Máquina com cabeçote bi-fluxo de linha, troca-telas pneumático, anel de ar exclusivo, bobinadeira com controle de tensão e corte automático. Com largura útil de 2000mm, ela atende grande parte da demanda dos transformadores”, informa o diretor comercial Ricardo Rodrigues. E acrescenta: “O grande atrativo está na produtividade: em PEAD 220 kg/h e no PEBDL 250 kg/h. Outra linha da HGR, esta focada no custo beneficio chama-se COMBAT; trata-se de uma extrusora clássica e ao mesmo tempo moderna. Totalmente normalizada de acordo a NR 12, esta linha possui comandos através de

IHM touch screen e motores por indução magnética”, destaca o executivo. A campeã de vendas entre os modelos desta linha é a COMBAT 45. Esta linha foi lançada em 1999, passou por algumas mudanças e hoje é líder e, segundo Rodrigues, considerada a melhor máquina de pequeno porte do mercado. “Destaque para seu cabeçote exclusivo com tecnologia de duas camadas para obtenção de bobinas picotadas do tipo estrela”. No segmento de co-extrusão, a empresa tem a linha SOYUS. Munida de roscas de alta performance, cabeçote de tecnologia canadense e bloco de alimentação exclusivo, painel IHM 15’’ com gráficos em 3D, é classificada como uma das melhores do mercado, informa o executivo. Essa linha existe em cinco versões, todas focadas em alta produtividade, baixa variação de espessura e menor consumo energético. Rodrigues diz que, de fato, nos últimos anos as extrusoras ficaram ainda mais eficientes. Fazendo jus ao apelo mundial por conceitos‘’Green‘’, as extrusoras também tiveram que se enquadrar. “Gosto de citar como exemplo os motores por indução magnética, fornecidos por nossa parceira WEG. Estes motores consomem até 30% menos energia em relação aos motores convencionais”, explica. “Além de conceitos “Green”, nossas

Linha de Extrusoras EK, da KIE, ficaram mais eficientes em consumo de energia e outros itens

linhas de monoexstrusão EVO e COMBAT receberam novas tecnologias de rosca, cabeçotes bifluxo de baixa pressão com o sistema de canal mesclador de fluxo. Fatores que agregam muito na obtenção de filmes técnicos de alta qualidade e menor consumo kW/h por kg produzido”. A principal tecnologia, na opinião do profissional, são os anéis de ar com controle de perfil. Estes anéis podem assegurar o melhor desempenho da linha e aumentar a produtividade em até 50 %. Outro fator importante, pelo fato de controlar o fluxo e volume do ar, é a baixíssima variação de espessura. Os clientes podem usar linhas de crédito (Finame, Leasing, Cartão BNDES), com taxas bem atrativas. Ou fazer um financiamento direto. PNE

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Bloco de Notas Top Of Mind em compósitos

O Jockey Club de São Paulo recebeu cerca de 200 pessoas na cerimônia de premiação do Top of Mind da Indústria de Compósitos. Promovido pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO) e auditado pela Destaque Business Research, o Top of Mind é a principal premiação do setor brasileiro de compósitos – um tipo de plástico de alta performance. Com 21 categorias, a edição deste ano trouxe como novidades a realização de um segundo turno, no qual as três empresas mais lembradas foram submetidas a uma nova avaliação do mercado – mais de 7.000 pessoas votaram –, e a inclusão da categoria “Inovação”. Como forma de homenagear o Sr. José Batista de Andrade, diretor da Fibermaq que faleceu em julho, a edição deste ano não contou com a categoria "Equipamentos". A Fibermaq foi eleita Top of Mind em 2011 e 2012.

Confira os vencedores:

Resina poliéster: Reichhold Resina epóxi: Dow Fibras de Vidro (Reforços): Owens Corning Adesivos: LORD Catalisadores: AkzoNobel Gelcoat: Reichhold Composto de Moldagem: BMC do Brasil Desmoldante: Redelease Aditivo: BYK

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Processos manuais (hand lay-up / spray-up): Marcopolo RTM: Marcopolo Compressão a quente com SMC: Tecnofibras Compressão a quente ou injeção de BMC: BMC do Brasil Pultrusão: MVC/Stabilit Infusão: MVC Enrolamento Filamentar: Edra Laminação Contínua: MVC Fabricante de Moldes: DMG Indústria de Moldes Distribuidores: Redelease e VI Fiberglass (empate) Inovação: MVC Indústria de Compósitos: MVC


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Foco no Verde

Projeto Hydros entrega prêmios

A edição 2013 do Projeto Hydros foi encerrada com a premiação dos vencedores do concurso cultural “Água em um minuto”, que estimulou os jovens a desenvolverem pequenos vídeos sobre a importância dos recursos hídricos para a sustentação da vida. A competição promovida pela Mexichem Brasil (detentora das marcas Amanco, Bidim e Plastubos) foi realizada simultaneamente em diversos países. O vídeo vencedor foi elaborado por um aluno da Escola Estadual Manoel Ignácio da Silva, de Hortolândia (SP). A segunda colocação foi de um grupo da Escola Municipal João de Oliveira, de Joinville. Os jovens receberam, respectivamente, um tablet e uma

máquina fotográfica, e suas ideias servirão ainda de inspiração para a edição 2014 do Projeto.O Projeto Hydros passou em 2012 por 140 escolas de nove cidades nas quais a Mexichem Brasil possui fábricas ou escritório. Em 2013, todas as escolas participantes do projeto foram convidadas e 43 aceitaram participar do concurso cultural, enviando 24 vídeos para a competição. No ano de 2013, o Projeto ingressou fortemente no mundo virtual, como forma de divulgar suas mensagens de maneira lúdica ao maior número de pessoas possível, e foram lançados um game e um aplicativo. O Game Hydros consiste em cinco fases que são realizadas em cidades ao redor do mundo. Usando o sensor de gravidade do aparelho, o jogador direciona o fluxo da água pelas tubulações para os lugares da casa em que cada tipo de água deve ser utilizada – de chuveiros e pias a irrigação de hortas e abastecimento de reservatórios de água de reúso. Após jogar, os usuários podem postar suas pontuações nas redes sociais, divulgando a preocupação com o recurso hídrico. O aplicativo Pegada Hydros permite calcular a quantidade de água consumida diariamente por cada pessoa e oferece informações sobre água potável no mundo e dicas para o uso racional dos recursos naturais. “Encerrar o ano superando os objetivos que havíamos propostos para o Projeto Hydros proporciona a sensação de deve cumprido, além de nos motivar a seguir defendendo a causa da água”, conclui Patrícia Barreros, gerente de Marketing e Comunicação da Mexichem Brasil. PNE

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Anunciantes

Agenda

Artefatos / Página 29 Bühler / Página 25 Chiang / Páginas 5 e 6 Digitrol / Página 28 Eteno / Página 13 Interplast / Página 9 Mercure / Página 28 New Ímãs / Página 27 NZ / Página 28 Olifieri / Página 29 Recyclean / Página 15 Refrisat / Página 19 Shini / Página 2 Topack / Página 31 Wortex / Página 32

ANUNCIE! É SÓ LIGAR PARA: 51 3062. 4569 30 > Plástico Nordeste >

Agende-se para 2014 Interplastica 17th International Trade Fair for Plastics and Rubber De 28 a 31 de janeiro de 2014 Moscou- Rússia Plastics & Rubber Vietnam De 4 a 6 de março de 2014 Ho Chi Minh-Vietnam www.plasticsvietnam.com Chinaplas De 23 a 26 de abril de 2014 Shangai New International Expo Centre www.chinaplasonlibe.com Recicla Nordeste De 23 a 25 de abril de 2014 Centro de eventos do Ceará – Fortaleza www.reciclanordeste.com.br Argenplás 2014 - XV Exposição Internacional de Plásticos 16 a 19 de junho Costa Salguero Exhibition Center Buenos Aires - Argentina www.argenplas.com.ar/pt Embala Nordeste De 12 a 15 de agosto de 2014 Centro de Convenções de Pernambuco Recife-Olinda Interplast Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico De 18 a 22 agosto 2014 Pavilhões da Expoville, Joinville, SC www.interplast.com.br Indoplas De 3 a 6 de setembro de 2014 Jakarta – Indonesia www.indoplas.com Colombiaplast 29 setembro a 3 de outubro Bogotá/Colombia www.colombiaplast.com


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