Manual de Tecnologia Automotiva

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Sistemas do chassi

Suspensão A suspensão estabelece a conexão entre a carroceria do veículo e as rodas com os pneus e, essencialmente, possibilita o movimento vertical da roda para compensar as irregularidades da pista de rolamento. As rodas dianteiras são direcionais e, nos veículos com eixo traseiro direcional, também as rodas traseiras. As suspensões dianteira e traseira diferem devido aos elementos de direção e à posição da sustentação longitudinal e transversal. Por meio da geometria adequada da suspensão e das molas e amortecedores é possível reduzir, além dos movimentos verticais da carroceria, também a arfagem e a rolagem. Literatura: Wolfgang Matschinsky. Radführung der Straßenfahrzeug (“Suspensão de veículos rodoviários”) 2a Edição; Springer-Verlag 1998.

Cinemática As rodas dianteiras giram em torno de um eixo cuja inclinação espacial é determinada pelos braços da suspensão. Os parâmetros cinéticos a seguir têm importância crucial para as respostas das rodas aos comandos da direção e na transferência das forças entre os pneus e a superfície da pista para a barra de direção. Convergência δVS Convergência por roda é o ângulo entre o eixo longitudinal do veículo e o plano médio dos pneus ou metade da diferença de distância entre frente e traseira do aro da roda. A convergência afeta a estabilidade direcional e o comportamento em curvas; nos veículos com tração dianteira compensa as variações elasto-cinemáticas de bitola. Para veículos com tração padrão a convergência corresponde a aprox. 5...20°, em veículos com tração dianteira até –20° (para compensação das forças motrizes). Braço de força de deflexão rst Braço de força de deflexão é a distância mais curta entre o centro da roda e o pino mestre. Nos veículos com tração dianteira seu comprimento é um índice do efeito contrário das forças desiguais de tração da roda direita ou esquerda e sobre a direção.

Convergência δVS Ângulo de convergência; distância entre as rodas: a na frente, b atrás, b-a convergência em mm, s bitola.

a

δ VS

δ VS

b s Posição da roda M Centro da roda, rst Braço de força de deflexão, nτ Deslocamento do caster, n Curso de caster, τ Ângulo de caster, rσ Deslocamento da inclinação do pino mestre, rs Deslocamento do pino mestre, γ Ângulo de camber, σ Ângulo do pino mestre.

M

γ

rσ rst

rs

σ

rst

τ

n

Curso de caster n O curso de caster é a distância entre o ponto de contato da roda e o ponto de intersecção do ângulo de inclinação do pino mestre com superfície da pista na projeção lateral. Ele afeta o retorno das rodas à posição central e influencia o momento do volante na curva e a estabilidade direcional. Ângulo de caster τ O ângulo de caster é o ângulo entre a perpendicular e a inclinação do pino mestre na projeção lateral. Em conjunto com o ângulo de inclinação do pino mestre na projeção frontal, ele influencia a alteração do camber em função do ângulo de direção, assim como as características de retorno à posição central da direção.

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