Comportamento Organizacional

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A Inclusão Social através do Trabalho A Inclusão no Mercado de Trabalho Como entender a diversidade humana em tempos de globalização e cibernética? O que é ser diferente? Quem é que se inclui ou se exclui dos grupos sociais, culturais e religiosos da sociedade? Quem segrega as pessoas ditas “normais”? Por que não trabalhar com pessoas portadoras de necessidades especiais? Quem alguma vez não teve algum tipo de dificuldade? Será que somos eficientes em tudo? Será que somos portadores de alguma deficiência não observável? Quem é o deficiente? Desde a Antiguidade, em todas as culturas, a sociedade pratica a exclusão social dos “enviados divinos”, ou “criaturas malignas”, ou “bruxos e feiticeiras”, condenados ao exílio, à fogueira ou à morte. No século XIX, os médicos começaram a mudar as concepções preconceituosas e segregacionistas em relação às pessoas que, por causa de suas condições físicas, orgânicas ou mentais, em caráter temporário ou permanente, não se assemelhavam à maioria da população, considerada “normal”. A própria família segregava seus filhos da convivência familiar e social devido às suas condições atípicas, banindo-os para instituições bem distantes dos centros urbanos ou confinadoos em seus quartos. Nas primeiras décadas do século XX, com a industrialização, grandes mudanças sociais ocorreram, propiciando várias descobertas na área médica – como as falhas congênitas e os defeitos metabólicos –, que ajudaram a modificar o panorama de injustiças sociais e a revisar o tratamento dispensado às pessoas qualificadas como “endemoniadas”. Após a Segunda Guerra Mundial, vários soldados ficaram mutilados. Como forma de minimizar os horrores da guerra promoveram-se várias iniciativas para assegurar os direitos e a igualdade de oportunidades para todas as pessoas, tais como a oferta de emprego, a educação e a reabilitação física, mental e social. Contudo, pela falta de apoio da sociedade, situações sociais marginalizantes e excludentes continuaram vigentes, dificultando a inserção desses “mutilados”, que eram obrigados a se prostituir e a se privar culturalmente.

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