Manual de Limpeza e Desinfecção Hospitalar

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Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies

está preparado para essa incumbência e é preciso delegar essa função.

e radiações ionizantes, além de atividades com resíduos.

Outros pontos devem ser considerados ao planejar esse treinamento:

4.6.2 Capacitação técnica Não raro, nos deparamos com colaboradores do Serviço de Limpeza e Desinfecção de Superfícies em Serviços de Saúde que iniciam suas atividades antes mesmo que o treinamento tenha sido realizado, o que é arriscado, pois o treinamento pode acontecer tarde demais. Temos aí um grande fator de risco para esse trabalhador, inexperiente e despreparado que, na maioria das vezes, nunca trabalhou em serviços de saúde e, portanto, não tem conscientização sobre os riscos que estarão expostos, sem que ocorra capacitação prévia.

Os treinamentos devem ser planejados para que ocorram durante o período da jornada de trabalho dos profissionais de limpeza e desinfecção de superfícies. A comprovação dos treinamentos é obrigatória, devendo constar em documento comprobatório: data; carga horária; conteúdo programático; nome e formação ou capacitação do instrutor; nome e assinatura dos trabalhadores capacitados. Dentre os assuntos a serem explorados no conteúdo programático, deve ser contemplado: Treinamento sobre mecânica corporal correta na movimentação de materiais e equipamentos, de forma a preservar a saúde e integridade física. Dados disponíveis sobre riscos potenciais para a saúde. Medidas de controle que visem à minimização da exposição aos agentes biológicos. Utilização de EPI e EPC. Medidas para prevenção de acidentes e incidentes. Medidas a serem adotadas pelos profissionais de limpeza e desinfecção de superfícies, no caso de ocorrência de acidentes ou incidentes. Modo de operação de qualquer equipamento e seus riscos, antes da utilização. Abordagem de risco e prevenção aos profissionais de limpeza e desinfecção de superfícies expostos aos riscos químicos, físicos

Tanto a capacitação técnica como a preventiva deve ser inicial e continuada, evitando o “quebra galho” do colaborador inexperiente, até que o dia do treinamento aconteça, pois pode levar a danos irreparáveis na sua formação inicial, já que é levado a “aprender” com funcionários antigos, portadores de vícios técnicos, que podem ser incorporados a sua prática diária, mesmo após o treinamento, pois os primeiros ensinamentos, geralmente, não são esquecidos. Portanto, a admissão de um colaborador deve ser planejada e não deve ser concretizada antes que seja assegurada uma capacitação imediata. O conteúdo programático deve abordar todas as técnicas que serão desempenhadas pelo colaborador de forma teórica e prática para que a assimilação não seja prejudicada.

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