Diario do Sudoeste

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Rural

10 de fevereiro de 2009

Produtores de PB visitam show rural na quinta Daiana Pasquim

Pato Branco – A quinta-feira foi o dia escolhido pelo Sindicato Rural de Pato Branco para levar os 40 produtores inscritos para visitar o 21º Show Rural Coopavel, em Cascavel. Eles viajam às 4h30 da madrugada e retornam no final da tarde. A visita é livre de custos de alimentação e viagem. Tudo será custeado pela Faep (Federação de Agricultura do Estado do Paraná) e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado do Paraná), com contrapartida do Sindicato Rural de Pato Branco. O show rural começou ontem e estende-se até sexta-feira, dia 13, com horário de visitação das 8h às 18h e entrada gratuita. No ano passado já foi uma comitiva de patobranquenses à exposição, mas o

presidente do Sindicato Rural de Pato Branco, Ivo Polo, lembra que com menos pessoas. Esse ano foi lotado um ônibus com a intenção de buscar conhecimentos através de palestras e visitação. “No dia-adia vemos a modernidade aparecendo. O agricultor tem que buscar ir para ficar atento à evolução que acontece no setor da agropecuária em todas as cadeias produtivas”. Polo salienta que o show rural é um dos melhores do sul do país e traz diversidade, conhecimento e informação. Na quinta-feira, Polo, que também é o vice-presidente da Federação de Agricultura do Estado do Paraná, estará no estande da Faep, recebendo os visitantes dos outros municípios.

Uma semana

Em uma semana, mais de 180

A vitrine tecnológica acontece em uma área de 72 hectares e vai até sexta-feira

mil visitantes foram ao Show Rural Coopavel no ano passado. Realiza-

do há 20 anos, o show tem se firmado como um berço que antecipa

as tendências para o setor agropecuário. Em 2008 participaram 320 expositores e 3.500 profissionais do setor agropecuário. Organizado pela Coopavel Cooperativa Agroindustrial, a vitrine tecnológica acontece em uma área de 72 hectares e recebe visitantes do país e do exterior. A estrutura inclui 16 mil vagas gratuitas de estacionamento, oito praças de descanso, ruas cobertas com calçamento, restaurante, bebedouros, banheiros e suporte para os veículos de comunicação. O Show Rural Coopavel tem como principal objetivo a difusão de tecnologias voltadas ao aumento de produtividade de pequenas, médias e grandes propriedades rurais. São apresentadas técnicas de sucesso e descobertas recentes em benefício do agropecuarista.

Estudo mostra que transgênicos beneficiam meio ambiente Assessoria

São Paulo - Os benefícios socioambientais e econômicos das lavouras transgênicas brasileiras de soja, algodão e milho foram avaliados pela Consultoria Céleres para a Abrasem (Associação Brasileira de Sementes e Mudas), em 2008, e confirmaram os resultados positivos apontados em estudo de 2007, com exceção do milho, uma vez que este não tinha sido avaliado em 2007. As in-

formações foram apresentadas na última quinta-feira, 5, em São Paulo, pelo presidente da Abrasem, Ywao Miyamoto. Para Miyamoto, é muito importante para a Abrasem acompanhar o desempenho dos transgênicos, uma vez que essa tecnologia está inserida nas sementes, o patamar inicial do agronegócio brasileiro. “Tais estudos ajudam os agricultores a avaliar se estão tendo algum benefício ou não. É importante que eles também observem os benefícios

ambientais porque são esses que garantem a sustentabilidade dos benefícios econômicos”. De acordo com a bióloga Paula Carneiro, diretora da Céleres Ambiental e coordenadora dos aspectos socioambientais do estudo, a agricultura brasileira também está se beneficiando das mesmas vantagens socioambientais observadas nos demais países que adotaram a biotecnologia agrícola há mais tempo. Em 2007, em todo o mundo, cerca de 12 milhões de agricultores (11 milhões de pequeno porte) plantaram 114,3 milhões de hectares de cultivos transgênicos. O Brasil é o terceiro produtor mundial de transgênicos, com um total de 15 milhões de hectares plantados em 2007, dos quais 14,5 milhões

de hectares com soja e 500 mil hectares com algodão. O milho transgênico só começou a ser plantado no segundo semestre de 2008, seguindo a aprovação governamental. A metodologia do estudo teve duas etapas, de acordo com o diretor da Céleres, Anderson Galvão, responsável pelo levantamento dos aspectos econômicos do estudo. Na primeira etapa, segundo ele, houve uma revisão detalhada da literatura científica, assim como foram feitas entrevistas em empresas de assistência técnica estabelecidas nas regiões pesquisadas. Já na segunda etapa, foram realizadas entrevistas in loco com 370 agricultores distribuídos em nove Estados brasileiros, com relevância nas três culturas pesquisadas.

Benefícios econômicos com a adoção da biotecnologia no Brasil Período 2008/09 a 2017/18 Algodão

Milho

Total

Soja

Redução de custos

0,6

3,8

Excedente produção

2,9

38,6

Ind. defensivos

0,1

Ind. sementes

0,6

11,1 41,5

0,9

6,6 não estimado 3,8

3,5

1,5

5,5

4,8

Total 4,2 46,8 11,9 62,9 Nota: Considerando a adoção do algodão e milho resistente a insetos e soja tolerante a herbicida * Valores em US$ bilhões


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