O Estado de SP em PDF - Domingo 25072010

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Empregos

O ESTADO DE S. PAULO

DOMINGO, 25 DE JULHO DE 2010

CLASSIFICADOS

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Jornal de Recursos Humanos • Ano 24 • N º 1388 • São Paulo, 25 de julho de 2010

CONARH 2010

Congresso vai preparar os participantes para um momento inédito do País ro do mundo vai oferecer mais de uma centena de oportunidades de aprendizado, levando-se em consideração os espaços especiais e as atividades da EXPO ABRH – feira de produtos e serviços para os gestores de pessoas que este ano deve reunir mais de 140 expositores. Entre tantas, Prestes Rosa destaca algumas atividades. É o caso da magna de abertura do evento com Bill Fischer, professor do IMD, da Suíça, e especialista em tecnologia e inovação, e o presidente da Braskem, Bernardo Gradin, que vão falar sobre o tema Uma janela para o novo. Os congressistas também devem ficar atentos à magna Executivos brasileiros de RH ajudando a transformar organizações globais, com Vicente Teixeira, CPO (Chief Personnel Officer) da Bunge (EUA), e Eliana Zem, vice-presidente sênior de RH para a América do Norte da Diageo (EUA).

A 36ª edição do CONARH – Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, que acontece de 17 a 20 de agosto no Transamerica Expo Center, na capital paulista, é toda voltada para o momento importante pelo qual o Brasil vem passando e que leva a crer que o País será a quinta maior economia do mundo nos próximos anos. Sob o tema central Uma Janela para o Novo, o CONARH pretende ajudar os congressistas a dar respostas para esse momento e preparar suas empresas para um período inédito de oportunidades e desafios. “Integrar as novas gerações que ingressam no mercado de trabalho, enfrentar a falta de profissionais qualificados em todos os setores e buscar a inovação são alguns dos desafios que os gestores de pessoas têm pela frente e que serão discutidos durante o evento”, resume o diretor geral do Comitê de Criação do CONARH 2010 Luiz Edmundo Prestes Rosa. Ao todo, o hoje considerado maior congresso do Hemisfério Sul e tercei-

Internacionais Outro destaque, na avaliação do diretor geral, são as participações de con-

GRUPOS INFORMAIS

O que o CEO espera do RH Na sua mais recente reunião, realizada no dia 15 de julho, o grupo Diógenes contou com a participação de dois presidentes de empresas que falaram sobre suas expectativas em relação ao RH e o papel da área no momento atual da empresa que comandam. O que o CEO espera do RH foi o tema do encontro que reuniu Camilo Tedde, presidente da Newell Rubbermaid - Brasil, e Martha Penna, presidente do SIN - Sistema de Implante Nacional. “Os dois convidados, de consolidada carreira em empresas nacionais e internacionais, deram depoimentos e debateram com os presentes suas percepções e experiências, resultando daí proveitosa reflexão, que foi altamente apreciada

pelo grupo”, resume Cynthia Jobim, atual coordenadora do Diógenes. Fundado em 1964, o Diógenes é um dos mais influentes grupos informais de Recursos Humanos do País e o principal celeiro de dirigentes da história da ABRH-SP e da ABRH-Nacional.

Cynthia, Tedde e Martha na reunião do Diógenes

COMO SE FAZ

Diretoria Executiva: Wagner Brunini; Almiro dos Reis Neto; Carlos Alberto Griner; Darci Garçon; Donizetti Tadeu Moretti; Eliane Maria Aere; José Emídio Teixeira; e Wolnei Tadeu Ferreira. Editora-Chefe: Maria Cecilia Stroka (MTb 18.357), mcecilia@papercomunicacao.com.br - Editora: Loraine Calza - Projeto Gráfico: CTO Publicidade 11 3217-6700 - Publicado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos - Seccional SP - Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 1297 - cj. 92 - Cidade Monções - CEP: 04571-010 - Tel.: (11) 5505-0545. Reprodução permitida desde que mencionada a fonte.

Apoio:

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A liderança e a crise de valores Ainda dá tempo de se inscrever para a palestra Liderança no Cenário Atual – Crise de valores, que acontece nesta quinta, das 14h30 às 17 horas, na sede da ABRH-SP. Conduzida pelo sociólogo Odino Marcondes, a palestra vai analisar como operam os líderes em um cenário marcado pelas transformações pelas quais o capitalismo passou nas últimas décadas e pela crise de

ferencistas de fora do país. A exemplo do neurocientista, Ph.D. pela Universidade de Nova York (EUA), Elkhonon Goldberg, que vai falar sobre o tema Os avanços das neurociências e as novas fronteiras do desempenho humano. “O assunto é importante porque as neurociências nos ajudam a mostrar como o cérebro funciona, como surgem as ideias e, consequentemente, a inovação”, explica Prestes Rosa. Presidente da Associação Mundial de Headhunters (AESC - Association of Executive Search Consultants), dos Estados Unidos, Peter Felix é outro conferencista internacional da programação. Na sua palestra Os talentos

que as organizações estão valorizando, ele vai traçar o novo perfil dos executivos – mais inovador, mais empreendedor – que as empresas têm procurado e mostrar como encontrar e atrair os talentos adequados. Prestes Rosa lembra que o evento deste ano já superou os números do CONARH 2008, que aconteceu antes da crise financeira internacional. “Já obtivemos um resultado excelente”, comemora. Ele no entanto, faz um alerta: “É importante as pessoas não deixarem as inscrições para a última hora porque elas correm o risco de não ter mais lugar”. Mais informações: www.conarh.com.br

Edição 2010 dos fóruns O CONARH, na verdade, começa antes do dia 17 com a realização, no dia 13 de agosto, do Fórum dos Presidentes. O evento contará com a participação de Bill Fischer e, como sempre, investigará a relação entre os presidentes e a área de RH (saiba

mais sobre o assunto na matéria O que o CEO espera do RH). No mesmo dia, na parte da tarde, será realizado o Fórum de Dirigentes de RH da América Latina. Em debate, a briga por talentos entre os países do continente.

DICAS CORPORATIVAS

Divulgação

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valores, decorrente da mudança na estratégia das empresas e do aumento de poder das organizações. Segundo Marcondes, que também é autor do livro Como Chegar à Excelência em Negociação (QualityMark Editora), os líderes precisam atender as demandas das empresas, conviver com as suas próprias incertezas e apoiar os colaboradores no meio da turbulência.

Inscrições: eventos@abrhsp.org.br ou (11) 5505-0545

Sucessão, Rei Lear e MacBeth O processo sucessório deve ser sempre objeto de uma realista observação dos atores, dos recursos de cada um e do patrimônio em jogo. Em Rei Lear evidencia-se a tragédia da escolha errada dos herdeiros. Em MacBeth constata-se a sequencia de uma sucessão mal conduzida. Vários casos de sucessão em empresas brasileiras podem ser relatados como quase ideais. Vejam os casos dos Bancos Bradesco, Itaú, da Sadia e do Grupo Gerdau. No Bradesco, até o momento, a série Amador Aguiar, Lazaro Brandão, Marcio Cypriano e Trabuco parece impecável. As eventuais mazelas internas jamais vieram a público e o movimento de condução dos mais antigos ao Conselho parece seguir a harmonia dodecafônica. No caso do Itaú, a acomodação entre as famílias Villela e Setubal e a assunção de Alfredo Egydio Villela ao posto mais elevado do grupo foi conduzida por um elaborado plano estratégico em que os imprevistos foram habilmente contornados. Saliente-se a regência de um maestro: dr. Olavo Egydio Setubal. A ele coube, desde a liderança do conglomerado, compondo um grupo de executivos leais (drs. A. Thiele, J. Cupertino, L. Guimarães, S. de Freitas, Renato Cuoco), passar pela constituição dos quatro COBs (Roberto E. Setubal, Milton Monteiro, Humberto Pinotti, Brandt de Carvalho) e, sob a hábil batuta do dr. Câmara Pestana, preparar-se a nomeação de Roberto Setubal para a presidência executiva do banco, acompanhado dos engenheiros: Ronald de Jong, Antonio Mathias e João Jacob Harabedjian. Registre-se também a emergência de um talentoso executivo: Henri Penchas. Com Roberto, o irmão Alfredo teve seu espaço aberto e soube demonstrar competência. Os netos do dr. Eudoro Villela, neste ponto, penetraram as posições de prestígio e poder no banco e deram conta do recado. As mudanças atuais, com a eleição de Paulo Setubal para o Conselho, não afetaram o balanço político do grupo. Mesmo a fusão com o Uni-

banco não abalou o equilíbrio político. Isto não quer dizer que as eventuais lutas internas tenham sido aplacadas. Elas não foram tornadas transparentes. A sucessão internacional do Grupo Gerdau segue a régua e o compasso de Jorge Gerdau Johanpetter. Já a Sadia, com as dificuldades vividas em função de opções financeiras que se revelaram inadequadas, vem padecendo de uma acomodação às duras penas tentada. O Grupo Votorantim, que parecia o melhor exemplo de sucessão, dá a aparência de ter sofrido a turbulência de escolhas financeiras mal encaminhadas. No setor agroaçucareiro, temos exemplos opostos. Os herdeiros de Baudilio Biagi dão mostras de uma acomodação digna de elogios. No caso dos herdeiros de Maurílio Biagi, somente o silêncio de “Maurilhinho” e de Luiz Biagi não permite entender claramente o que parece ser uma falência à prestação. Unindo Shakespeare ao relato acima, depreende-se que: 1 - A sucessão, mais que uma decisão do sucedido, deve ir ao encontro das expectativas dos sucessores para reconfortar o status inconsistency. 2 - Aqueles que não tiverem espaço na gestão do patrimônio devem seguir carreiras, tais como eclesiástica, militar, acadêmica. 3. Os genros, como sugere Pirandello em La Volupté de L’Honneur, devem ser contemplados se demonstrarem competência executiva (caso Sadia), mas se revelarem que o casamento foi uma opção dolce far niente nunca devem penetrar a hierarquia organizacional. Destes deve-se temer a cobiça. 4 - O equilíbrio entre os detentores do capital acionário deve ser prudentemente mantido. 5 - Os sucedidos devem manter, ainda por um tempo, a possibilidade de mudar o jogo (vide caso Randon e Sirotsky). 6. Acima de tudo vale a máxima de T. Lampedusa: “Para manter o poder é preciso mudar”. Roberto Venosa é presidente do Conselho Superior do IDORT (www. idort.com)


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