Revista Desktop 124

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Ano XXI - Edição 124

o futuro, agora Brasil e China se destacam no cenário gráfico mundial. Mas o que os empresários brasileiros precisam fazer para se tornarem efetivamente competitivos?

Ano XXI - Edição 124 - R$ 12,90

Revista Desktop

O futuro do mercado gráfico • Intuos 4 da Wacom, por Alexandre Keese • Marcelo Lopes e os prêmios de design

media partner

Press tour

intuos 4

Jornalistas brasileiros visitam PMA Heidelberg e gráficas alemãs

Alexandre Keese revela as vantagens de usar uma mesa digital para projetos criativos

com a palavra Epson foca mercado de comunicação visual e quer ser líder




EDITORIAL

Paulo Stucchi

Editor da Revista Desktop

bússola gráfica Pois é. Se contássemos, em linhas gerais, para um profissional da indústria gráfica, talvez até mesmo um diretor ou CEO, que o mundo da impressão estaria revendo sua ordem de fatores, que os EUA não seriam mais a meca para negócios gráficos, que a Europa se renderia a países que, até então, eram meros coadjuvantes diante dos bilhões de dólares gerados por essa indústria, ele certamente não acreditaria. Mas o que parecia onírico, tornou-se fato. A bússola da indústria gráfica mundial acerta seus ponteiros e aponta para novos pólos. China, Índia e Brasil, nessa ordem, tornaram-se os grandes compradores mundiais. Japão, EUA, Inglaterra, Itália e boa parte do mundo até então desenvolvido parece dormir numa estagnação crônica - para a qual não se vislumbra o fim. Um novo cenário se estabelece e os gráficos devem estar atentos a isso. Diante de todas essas mudanças, a Drupa 2012 bate às portas e promete ser a mais diferente de todas: maciça presença chinesa, aumento da visitação brasileira e latino-americana, e 40% das tecnologias focadas na impressão digital. Como isso impactará no mundo da impressão, ninguém se arrisca a prever. Mas duas coisas são certas: os fabricantes de offset estão abraçando a impressão digital; e todos os grandes fabricantes estão olhando apetitosamente para o segmento de embalagens como a tábua de salvação para seus negócios - já que, ao que parece, será o único que permanecerá imune à concorrência com a mídia eletrônica. Em tempo: O mundo perdeu no dia 6 de outubro Steve Jobs, gênio da Apple que revolucionou a comunicação no século XXI. Mais do que iMacs, MacBooks, iPods, iPads e iPhones, Jobs ensinou ao mundo a apostar na criatividade e olhar para os horizontes da comunicação como algo verdadeiramente infinito.

Tutoriais: a Desktop apresenta para você os ícones que ilustram a revista e facilitam sua leitura. Conheça mais sobre eles ao lado. Divirta-se e boa leitura.

15m

Ícones de Download, Tempo de execução dos tutoriais e Matérias que vão para web, respectivamente. Dificuldade de execução dos tutoriais: fácil, médio e difícil, respectivamente.


EXPEDIENTE / índice Desktop Publishing Editorial Ltda. Rua Madre Maria Basília, 237 - 13300-003 - Itu - SP Tel.: 11 4013-7979 - Fax: 11 4013-7977 E-mail dtp@dtp.com.br - www.dtp.com.br

DIRETOR Ismael Guarnelli - dtp@revistadesktop.com.br

EDITOR CHEFE Paulo Stucchi - MTB 029182 - paulo@dtp.com.br

CONSELHO EDITORIAL Anderson Goes, Bruno Schrappe, Carlos Pinheiro Júnior, Carlos Samila, Claudio Gaeta, Eduardo Pereira, Fernando Maia, Ismar Miranda, Jorge Gasula Mir, Luiz Seman, Márcio Ribeiro, Nazareth Darakdjian, Osvaldo Cristo, Paulo Amaral, Salvador Sindona, Rafael Sanchez, Wilson Vieira.

PROJETO GRÁFICO Zeh.Design

DIAGRAMAÇÃO e ARTE

08 12

fique de olho

18

mercado

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Gerenciamento de Cores

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Jean-Frédéric Pluvinage - jean@revistadesktop.com.br

TRATAMENTO de IMAGEM Felipe Zacharias - felipe@photopro.com.br

ILUSTRADOR Getulino Pacheco - getpac@revistadesktop.com.br

Web Guilherme Keese - guikeese@dtp.com.br

COLABORADORES André Lopes, Bruno Cialone, Bruno Mortara, Clovis Castanho, Demósthenes Galvão, Fernando Mayer, Fabio Mortara, Flávio de Andrade Costa, Irineu Jr., José Donizete de Melo, Luíz Seman, Marcelo Copetti, Marcelo Lopes, Marcos Araújo, Mario Navarro, Pedro Bueno, Ricardo Minoru, Ricardo Polito, Tonie R. V. Pereira, Rolf Hinrichs, Vitor Vicentini, Wilson Caldana.

com a palavra • Evelin Wanke, especialista de produto da Epson, e Ewerson Matos, gerente de negócios da Epson.

• Marcelo Copetti revela as vantagens do CxF, formato de arquivo que permite comunicar a cor dos processos produtivos nos meios eletrônicos.

design • Marcelo Lopes destaca duas premiações de design, a 41º Creativity Awards e a 4º mostra Jovens Designers.

34

normatização

40

opinião

44

criativo

• InDesign, iPad, e a árdua tarefa de criar dois ou mais layouts, por Vinícius Amaral. • Crowsourcing, o poder da comunidade virtual colaborativa, por Irineu De Carli Jr. • Muse, por Jean-Frédéric Pluvinage.

INTERNACIONAIS

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digital

Jack Davis - USA Helder Generoso - Austrália

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pensando grande

DIRETOR COMERCIAL Ismael Guarnelli - dtp@revistadesktop.com.br

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embalagem

DIRETORA FINANCEIRA

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no papel

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dicas & truques

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Photoshop pro

Vivian Stipp - vivian@revistadesktop.com.br

COORDENAÇÃO de EVENTOS Sandra Keese - sankeese@revistadesktop.com.br

CURSOS e EVENTOS

• Ave César! por Getulino Pacheco.

Cláudia Menezes - claudia@revistadesktop.com.br

ASSINATURAS Mariana Camargo - (11) 4013-7979 assinatura@revistadesktop.com.br

MARKETING marketing@revistadesktop.com.br

IMPRESSÃO e Tiragem

• Intuos 4 da Wacom, flexibilidade em suas mãos, por Alexandre Keese. • Criação: capa de livro, por AC Espilotro. • Um fundo consciente, por Kauê Luz e Leonardo Luz. • O evangelista e o design, por Marcio Negherbon.

IGIL 11 4813-8696 21.000 exemplares

PERIODICIDADE BIMESTRAL Edição nº 124, outubro/novembro - Ano XXI - ISSN 1806-6240

Imagens As imagens utilizadas em tutoriais são de total responsabilidade de seus autores

a revista desktop é uma Drupa MEDIA PARTNER e trará artigos técnicos da feira em suas páginas.


colaboradores Alexandre Keese

Kauê Luz

Um dos principais especialistas em Photoshop na América Latina, é consultor, criador do Grupo PhotoPro, organizador do Photoshop Conference.

Formado em Publicidade, Kauê é especialista em tratamento de imagens e pós-produção com o Photoshop. Dirige o Estúdio Luz e, também, sua empresa, a Estúdio de Imagem.

AndrÉ lopes

Leonardo LUz

Experiente especialista em fluxos de pré-impressão e aplicativos gráficos. Também ministra consultorias sobre ferramentas de prepress.

Fotógrafo consagrado no Brasil, com prêmios nacionais e internacionais. Está à frente do Estúdio Luz, um dos maiores do interior de São Paulo.

AC Espilotro

Marcio negherbon

Formado em Comunicação Visual pelo Mackenzie, Espilotro especializou-se no uso criativo do Photoshop. Atualmente, trabalha na área de Design e Criação e é um dos diretores da A2 Publicidade.

Vencedor do Adrenalina Pura em 2007, Marcio trabalha no birô de imagens Meca, da gráfica Impresul de Porto Alegre (RS).

Bruno Mortara

Marcelo Copetti

Reconhecidamente um dos maiores técnicos e conhecedores de processos gráficos do Brasil. Também é diretor da empresa Prata da Casa.

Diretor da Easycolor e colaborador da Desktop. Especializou-se em fluxos de controle de cores e calibração de dispositivos em ambiente gráfico.

Fabio Mortara

Marcelo Lopes

Presidente do Sindigraf São Paulo, Abigraf Nacional e da PaperExpress, uma das empresas pioneiras em Impressão Digital no Brasil.

Designer premiado nacional e internacionalmente, é diretor da empresa Merchan-design e atual diretor de projetos da ADP- Associação dos Designers de Produto.

Getulino Pacheco

osvaldo cristo

Ilustrador que iniciou seu trabalho usando técnicas de pintura tradicionais, especializou-se em arte vetorial e, hoje, ministra cursos de Illustrator e também é ilustrador da Revista Desktop.

Há vinte anos na indústria gráfica, trabalhou na Auto-Gráfica, na Heidelberg do Brasil e, atualmente, atua na Hewlett-Packard como Gerente de Prévendas para impressoras de alto desempenho na América Latina.

Hamilton Terni

Ricardo Minoru

Consultor gráfico há mais de 35 anos e diretor da AN – Agência de Negócios. É criador, coordenador técnico e professor de Gestão Estratégica do curso de Pós-Graduação Gestão Inovadora da Empresa Gráfica na Escola Senai Theobaldo De Nigris.

Conhecido especialista em aplicativos gráficos, Ricardo Minoru realiza consultorias em gráficas e editoras. É autor de diversos livros sobre softwares gráficos.

Irineu DE CARLI JR

Vinícius Amaral

Consultor Profissional Apple Macintosh, trabalha com a plataforma há mais de 20 anos, atendendo empresas e particulares em todo Brasil.

Formado pelo Senai em Artes Gráficas e especialista em Pré-impressão, Sistemas Web e pós-graduado em Gerenciamento de Projetos pela FGV. É autor do DVD InDesign & XML e consultor e desenvolvedor de projetos de diagramação automatizada.

Jean PLUVINAGE

Vitor Vicentini

Diagramador da Revista Desktop. Autor, junto com Ricardo Minoru, do primeiro livro no Brasil e no mundo sobre criação de revistas digitais para iPad e outros tablets.

Consultor e especialista em softwares de préimpressão. Vitor é autor de livros na área e consultor da Adobe em InDesign. Escreve periodicamente para a Revista Desktop com dicas sobre InDesign.



com a palavra- evelin wanke E Ewerson matos

na mira!

Marca consagrada nos segmentos de imagem e impressão fotográfica, a Epson anuncia nova estratégia para os próximos anos: tornar-se líder no segmento de comunicação visual. As empresas que atuam na área da tecnologia normalmente se deparam com duas realidades quando o assunto é a disputa pelas fatias do mercado consumidor. Ou seja, as empresas podem conquistar espaço no mercado e consumidores fiéis por meio da tecnologia que fabricam ou pelos produtos que lançam associados às suas marcas. É aquela velha história; falamos em lâmina de barbear, e usamos Gillette como sinônimo. Agora, focando no mercado gráfico, que se caracteriza por um cenário altamente competitivo, disputado, segmento a segmento, palmo a palmo por empresas fabricantes, entrar em um novo mercado e ser conhecido pela sua marca, ou por sua tecnologia, é uma tarefa difícil. Talvez não para a Epson. E, segundo Ewerson Matos, gerente de negócios da Epson, não será uma tarefa difícil

mesmo. “Queremos, em três anos, ser líder do segmento de comunicação visual”, anuncia Ewerson, focando o novo nicho de mercado no qual a Epson quer ter sua marca associada: a comunicação em grandes formatos e produção para pontos de venda, envelopamento de frotas e outros materiais diferenciados baseados em imagens. Mas, como fazer isso, tratando-se de uma empresa tradicionalmente ligada à área de imagem e fotografia (amadora, semi-profissional e profissional)? Numa entrevista exclusiva para a Revista Desktop, Ewerson e Evelin Wanke, especialista de produto, falaram muito mais sobre essa nova estratégia da empresa, sobre como ela se tornará realidade e, também, o que isso reflete em termos de novidade e lançamentos para o mercado brasileiro.


Revista DESKTOP

queremos, como estratégia, ter o menor custo total de equipamento de mercado, incluindo fabricação, aquisição, operação, manutenção e energia

Desktop – Fale sobre o novo momento pelo qual passa a Epson. Ewerson – A Epson é uma empresa relativamente nova, fundada em 45, e desde então o foco sempre foi o mercado B2C, ou seja, o mercado de consumidor final, mais varejista. Não só no Brasil, mas no mundo, o maior faturamento da Epson vem desse mercado. E, obviamente, temos grandes concorrentes nesse segmento. Isso torna mais difícil que a Epson possa diferenciar-se, divulgando sua tecnologia para o consumidor final... Há concorrentes que investem muito em marca e, no final, nosso diferencial fica escondido. Isso é diferente no segmento B2B, que envolve pessoas jurídicas e o mundo corporativo. Nele, o conhecimento técnico do consumidor é maior, é possível fazer o marketing com mais foco na tecnologia. Então, o que está ocorrendo: a Epson é balizada por tecnologia, toda a tecnologia usada é patenteada, e no mercado B2B esse reconhecimento é mais fácil. Desktop – E isso vem ocorrendo desde quando? Ewerson – De quatro, cinco anos para cá. No Brasil, há dois anos. Desktop – E o que isso significa em termos práticos? Ewerson – A Epson começou a entrar com produtos no segmento B2B, concorrendo com empresas que, anteriormente, eram parceiras Epson por usarem suas cabeças de impressão e tinta. Como funcionava antes: a empresa fabricava o hardware, e a Epson fornecia a cabeça; em contrapartida, essas empresas indicavam a tinta Epson, mas, na maioria das vezes, não era isso o que ocorria. Há o uso de tintas paralelas que causavam

problemas e, no final, a Epson tinha que oferecer garantia para o uso de tintas que não eram dela. Desktop – Concorrer com parceiros? Ewerson – Queremos entrar com equipamentos novos, e não concorrer com parceiros nossos que já atuam com outras linhas e tecnologias da Epson. Por exemplo, a GS 6000... a cabeça da impressora é usada somente nela... as tintas, idem. São diferenciais tecnológicos que são pilares estratégicos importantes. Outro pilar são os serviços. Queremos oferecer serviços diferenciados para esse mercado, desde serviços por telefone para dúvidas para gerenciamento de cores e gestão do equipamento, até serviços de garantia estendida para três anos com a cabeça inclusa. Isso mostra que temos confiança em nossos produtos. Proativamente, fazemos a criação de perfis ICC para todas as mídias disponíveis no mercado, que são atualizados gratuitamente. Temos, ainda, 140 CSA (Centro de Serviços Autorizados) capacitados para dar suporte em todas as principais capitais do Brasil de forma rápida. Por fim, queremos ter como estratégia ter o menor custo total de equipamento de mercado, incluindo fabricação, aquisição, operação, manutenção e energia. Estamos aumentando nossa rede de distribuição e nosso corpo técnico para mostrar esses números vantajosos em relação aos nossos concorrentes. Desktop – E quais projeções podem ser feitas para esse novo projeto da Epson? Ewerson – Nosso objetivo é atingir a liderança mundial do mercado de comunicação visual em três anos, incluindo o Brasil.

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Desktop – O mercado de comunicação visual ainda possui uma grande fatia composta por empresas de pequeno porte, que trabalham com equipamentos obsoletos ou descontinuados. Como conquistar um mercado como esse? Evelin – Mais de 50% desse mercado está nas mãos dos fabricantes que têm qualidade. Isso, no Brasil. Com a lei Cidade Limpa, não é mais possível espalhar outdoors na cidade, e, com a comunicação em pontos de venda, a exigência de qualidade de impressão é maior. Por isso, a saída para quem quer sobreviver é investir em novos equipamentos. E, justamente, se o dinheiro é pouco, e se a empresa é pequena, deve-se avaliar muito bem o investimento. E isso não significa apenas ver preço do equipamento. Significa ver o custo total, embutido na cadeia como um todo. Nesse quesito, a Epson tem, comprovadamente, o menor custo. Desktop – A GS 6000 foi, então, o cartão de visita da Epson para a área de comunicação visual? Ewerson – Sim... Queremos trazer equipamentos mais baratos e mais caros que a GS 6000, ampliando a diversidade de produtos. Também queremos focar em qualidade, trazendo equipamentos para clientes que necessitam de mais qualidade. Evelin – Com uma variedade maior de modelos e equipamentos, podemos atingir todos os tipos de público, desde aquele que está começando e necessita de um equipamento entry-level, até os high-ends. Desktop – A aceitação da GS 6000 foi muito grande na última Serigrafia & Sign. E agora, quais são os próximos passos? Evelin – Nós colocamos estrategicamente a GS 6000 em alguns clientes formadores de opinião, que fizeram boa parte da divulgação das qualidades da máquina para o mercado. Muitos clientes que compraram a primeira máquina já estão partindo para a segunda. Posso afirmar, pelo que vimos na feira, que a GS 6000 já é uma impressora conhecida no mercado nacional. Quando nos procuravam no stand, já sabiam sobre o equipamento. É o único equipamento no Brasil com hexacromia, mais laranja e verde. Pode produzir o pantone laranja ou o vermelho Coca-Cola sem muito esforço.

Com uma variedade maior de modelos e equipamentos, podemos atingir todos os tipos de público, desde aquele que está começando até os high-ends. Desktop – Muitos dizem que o solvente é o melhor condutor para a tinta. A GS 6000 é uma máquina que usa tinta a base solvente, ainda que de um tipo que oferece baixíssimo grau de agressão ao meio ambiente e ao operador. Ainda assim, pode-se falar em desenvolvimentos futuros que sejam alternativas ao solvente? Evelin – Temos a opção solvente, resina ou UV. O custo do UV ainda é muito alto. A resina ainda tem a dificuldade da durabilidade, em casos de exposição ao sol ou a ações mais agressivas. Quando falamos em solvente, temos várias opções. A que mais se conhece é o solvente com cheiro e a sem cheiro. Porém, há outras variações. Às vezes, o solvente sem cheiro tem metais pesados, o que é pior. A Epson desenvolveu a Ultrachrome, que seria uma tinta EcoSol, sem metais pesados. Isso permite operação sem restrições para a saúde. Sem comprometimento de qualidade e durabilidade. Ewerson – Não podemos dizer nada de muito concreto, nem falar muitos detalhes. Mas, sim, a tendência é que se trabalhe em tecnologias alternativas ao solvente. Uma tecnologia ideal, que tenha a ancoragem que o solvente tem, a mesma qualidade, porém, no nível zero de agressão ao meio ambiente e ao ser humano.

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fique de olho

Ricoh lança dois modelos de impressoras no Brasil Depois de anunciar uma parceria comercial com a Heidelberg para comercialização mundial da Ricoh C901, a Ricoh está anunciando o lançamento no Brasil de dois novos modelos de impressoras coloridas: a Pro C651 e Pro C751. Ambos os modelos contam com resolução de 4800 dpi e oferecem alternativas para o segmento de impressão digital de valor agregado, já que combinam velocidade com qualidade de cores. Os modelos também vêm com painel touch screen, tecnologia de toner PxP sem óleo, o que otimiza o processo de acabamento das páginas impressas, produtividade estimada em 75 páginas/minuto e suporte a gramaturas de até 300 g/m2.

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no exterior. “Sem dúvidas, o papel do Brasil mudou drasticamente nos últimos cinco anos”, disse Brandt. “Quisemos mostrar aos jornalistas o que está acontecendo na indústria gráfica mundial e também que, se há confiança entre fabricante e cliente, pode-se obter sucesso mesmo em tempos de crise.” Segundo Dieter, o objetivo do press tour também foi mostrar tendências. “A Europa passou por muitas mudanças devido a questões ecológicas nos últimos 30 anos. Na Alemanha, isso é muito forte. Com o tour, quisemos mostrar como é o foco da Heidelberg também nesse sentido, já que é uma tendência que já chegou ao Brasil”, disse. Ainda sobre tendências, o presidente da Heidelberg destacou que não há mais diferenças tecnológicas entre o que se usa de equipamentos na Europa e no Brasil. O que há, sim, são adequações de mercado. “Enquanto que na Europa observamos uma tendência de se imprimir mais em formatos como A2, A1 e VLF, aqui, notamos um crescimento muito grande nas gráficas pequenas, que tiveram uma participação de 30% nos negócios da Heidelberg em termos de valores absolutos”, relatou.

www.br.heidelberg.com Impressora colorida Pro C751 da Ricoh

Heidelberg do Brasil leva jornalistas para Alemanha A Heidelberg do Brasil realizou um press tour com jornalistas brasileiros, percorrendo a sede da empresa e a PMA (Print Media Academy), em Heidelberg, a fábrica em Wiesloch, e visitando duas gráficas alemãs: uma do segmento promocional (a Metzgerdruck, de Obrigheim) e outra do segmento de embalagens (a Bauer, de Pfedelbach). A programação se encerrou com uma visita à fábrica da Polar, em Hofheim. Ao todo, nove jornalistas participaram deste que foi o primeiro tour oriundo do Brasil realizado na Alemanha pela Heidelberg. Isso, num momento em que o país passa a ocupar o terceiro lugar em volume de vendas da Heidelberg no mundo. Segundo Dieter Brandt, presidente da Heidelberg para a América do Sul, a visita dos brasileiros à Alemanha mostra a importância e o novo status que o país ocupa

Jornalistas brasileiros no press tour da Heidelberg

Heidelberg adquire fabricante de impressoras digitais para embalagens A Heidelberg anunciou a aquisição da CSAT, empresa alemã com sede em Eggenstein (foto), fabricante de impressoras digitais para o segmento de embalagens. Essa aquisição expande o portfólio de impressão digital existente na Heidelberg para o setor de embalagens e amplia sua base de clientes neste segmento de


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mercado. A Heidelberg também ganha acesso à tecnologia e expertise nas áreas de impressão inkjet drop-on-demand (DoD) e eletrofotografia.

Nikon Brasil anuncia fabricação de câmeras no país

Bernhard Schreier, presidente mundial da Heidelberg, acaba de ser anunciado como o novo presidente e diretor do Conselho Consultivo dos expositores da Drupa 2012. Ele substitui a Martin Weickenmeier, que deixa o cargo (o qual ocupava desde 2008) em virtude de reestruturações internas por que passa a empresa a qual preside, a Körber PaperLink. “Estou muito feliz em aceitar desse novo desafio como presidente da Drupa, especialmente nesta época de grande importância para nossa indústria. A Drupa 2012 será um catalisador essencial da indústria mundial de impressão, e eu quero contribuir significativamente para esse momento e para o sucesso da organização da feira”, disse Schreier. A Drupa 2012 acontece de 3 a 16 de maio, em Düsseldorf.

Várias novidades estão chegando para usuários, profissionais ou não, das câmeras digitais Nikon. Além de, a partir de agora, estar presente no Brasil como uma filial da fabricante japonesa (até então, a Nikon possuía representantes e parceiros locais), a companhia anunciou o início da produção local de cinco modelos de câmeras digitais: a L23, S2500, S3100, S4100 e a L120. Os modelos serão produzidos na fábrica de Manaus (AM). Segundo Koji Maeda, presidente da Nikon Brasil, o país possui uma grande base de usuários de equipamentos Nikon e, por isso, uma presença local mais forte é importante. “O Japão tem um projeto a longo prazo com a abertura de novas subsidiárias ao redor do mundo. Nas Américas, já possuímos filiais nos EUA, Canadá, México e, agora, no Brasil”, disse Koji. Além disso, segundo o executivo, há a possibilidade de, futuramente, novos modelos de câmeras passarem a ser fabricados localmente. Com a chegada da Nikon Brasil, entre outros benefícios, os usuários poderão contar com a distribuição da linha completa de produtos Nikon, bem como um serviço de SAC, garantia e assistência técnica com o lastro da marca japonesa. Além disso, estará disponível no Brasil iniciativas como a Escola Nikon (cursos periódicos de curta duração). “Diferentemente de outras fabricantes, que possuem vários negócios além da fotografia, a Nikon possui um único foco: a fabricação de câmeras. Sendo assim, temos a vantagem de possuirmos uma tecnologia dedicada à melhoria constante e à qualidade de nossos equipamentos”, destacou Koji.

www.drupa.com

www.nikon.com.br

www.br.heidelberg.com

Foto aérea da CSAT, fabricante de impressoras digitais

Bernhard Schreier é o novo presidente da Drupa

Koji Maeda, presidente da Nikon Brasil

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fique de olho

Ryobi vence categoria Impressora Offset no Prêmio Aquino Porto A Ryobi, comercializada no Brasil pela Ferrostaal, saiu-se vencedora do Prêmio Aquino Porto de Excelência Gráfica, organizado pela Sigego (Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado de Goiás) e pela Abigraf – GO. O representante da Ferrostaal em Goiás e Distrito Federal, Ivan Bittar Resende, foi o responsável pelo recebimento do troféu Aquino Porto. Ele comemorou a premiação. “O prêmio significa que a Ryobi foi a marca mais lembrada pelos gráficos consultados”, disse. “Isso prova que o bom desempenho das impressoras da linha conquista cada vez mais admiradores.” “Temos uma preocupação constante de cobrir todo o território, apresentando as nossas soluções também fora do eixo Rio-São Paulo”, disse Mario Barcelos, presidente da Ferrostaal. “Essa premiação goiana mostra que estamos sendo bem-sucedidos nessa empreitada.”

(11) 5522-5999

Ivan Bittar Resende recebe prêmio em nome da Ferrostaal

Arjowiggins recebe o Prêmio “Fornecedor do Ano” A Arjowiggins recebeu da SPP-KSR o prêmio de Fornecedor do Ano 2010, parte da categoria Produtos Gráficos. O prêmio “Fornecedor do Ano” foi criado pela SPP-Nemo, em 2000, para reconhecer o trabalho dos parceiros da distribuidora. É uma forma de incentivar a melhoria na prestação de serviços para a empresa e, consequentemente, para os seus clientes. A Arjowiggins recebeu o prêmio na categoria de melhor Fornecedor de Produtos Gráficos nos anos 2001, 2006, 2008 e 2010, sempre concorrendo com grandes companhias do segmento gráfico.

“Dentro das onze edições do Prêmio, a Arjowiggins é a empresa que foi premiada mais vezes. Este quarto troféu é a conquista de todos os colaboradores da nossa empresa que se empenham para prestar o melhor serviço aos nossos clientes”, comemorou Sonia Rodrigues, gerente comercial de Papéis Finos, com a equipe presente no evento.

www.arjowiggins.com.br

Gráficos Burti privilegia ação ambiental A Editora Gráficos Burti anunciou uma série de medidas que posicionam a empresa como destaque em ações e projetos ambientalmente sustentáveis. Sua sede em Itaquaquecetuba (SP) teve seu parque gráfico projetado para otimizar o uso de recursos naturais e garantir a preservação de amplas áreas verdes e permeáveis, também visando a prevenção a poluição e o atendimento da legislação ambiental. A principal matéria-prima utilizada em seus produtos é o papel, proveniente de madeira de reflorestamento. As tintas utilizadas pela Burti, segundo nota divulgada por assessoria da empresa, não são tóxicas, com a mínima presença de metais pesados, e todos os seus resíduos gerados recebem o adequado tratamento. A Burti também sustenta dois projetos: o Coorpel e o Reviravolta. O primeiro beneficia, atualmente, cerca de 30 pessoas através da gestão compartilhada de um núcleo de coleta seletiva e tem como objetivo gerar renda e fortalecer a cidadania de catadores de materiais recicláveis. O projeto Reviravolta beneficia cerca de 30 pessoas e consiste em oficinas de produção artesanal que acolhem e criam oportunidades de inclusão social para as pessoas em situação de rua, através da confecção e comércio de produtos feitos de materiais reutilizados ou reciclados.

www.burti.com.br


Revista DESKTOP

Jean Pluvinage e Ricardo Minoru lançam livro sobre revistas digitais com InDesign Jean Pluvinage, diagramador e jornalista da Revista Desktop, e Ricardo Minoru, consultor da Bytes & Types e colaborador da Revista Desktop, lançaram o livro Revistas Digitais para iPad e outros tablets – Arte-finalização, Geração e Distribuição, uma obra pioneira que aborda o processo de criar revistas digitais no formato Folio a partir do Adobe InDesign CS5.5. Todo conteúdo é baseado em dicas para elaborar um processo rápido e fácil de diagramação de revistas digitais para iPad, Galaxy Tab, Xoom, entre dezenas de opções de tablets, sem a necessidade de conhecer códigos e programação.

15

O livro também descreve os conceitos, características, cuidados, procedimentos técnicos, preparação dos elementos de página, limitações, boas práticas na diagramação, além das técnicas de conversão dos conteúdos para o formato Folio. O livro aborda um tema inédito, pois trata-se da primeira publicação sobre o assunto não apenas no Brasil, mas também no mundo, e do 53o livro do Ricardo Minoru Horie que já publicou livros sobre InDesign, Photoshop, Acrobat, PitStop e outros temas ligados à pre-impressão e impressão digital. Um arquivo PDF com páginas de amostras do livro pode ser retirado no site da editora (http://goo.gl/FBWlu) ou visualizado online no Issuu (http://goo.gl/gTOQ5).

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Solução de molha sem álcool Mais uma contribuição Heidelberg para

O setor gráfico tem consciência de que imprimir sem agredir o meio ambiente é uma atitude estratégica e rentável. A redução do consumo de álcool ou mesmo a eliminação de seu uso durante a impressão ajuda a proteger o meio ambiente. Isso porque o álcool e alguns químicos usados para lavagem são voláteis e evaporam rapidamente. Atenta às novas tendências para a eliminação do

Segundo o gerente de produtos Saphira, Kleber

álcool isopropílico na impressão offset e ecologica-

Garcia, há diversas vantagens para o gráfico utili-

mente correta, a Heidelberg lançou no Open House

zar estes produtos. Além de amigáveis ao meio am-

Hei Flexibility, o Saphira Fountain Solution 201 em

biente, o Saphira Fountain Solution 201 disponibi-

combinação com o Saphira Alcohol

liza maior latitude de impressão, o

Replacement 301.

que significa que evita problemas

O objetivo é a substituição do tensoativo álcool isopropílico por outro tensoativo, mantendo as condições do equipamento adequadas a impressão e que os ajustes de máquina não fujam da especificação do fabricante. São dois componentes que devem ser usados em conjun-

“O resultado é uma impressão sem álcool com excelente qualidade e ecologicamente correta.”

de emulsionamento por excesso de água, sendo mais estável. Já o Saphira Alcohol Replacement 301 é um tensoativo de qualidade superior que abaixa a viscosidade da água, o que elimina a necessidade de álcool. Ambos produtos foram especialmente desenvolvidos para

to, um, o Saphira Fountain Solution

sistemas de molha contínua, princi-

201 como aditivo de molhagem e o

palmente o Alcolor. São projetados

outro, o Saphira Alcohol Replacement 301 como

para reduzir a velocidade dos rolos de molhagem, o

substituto do álcool isopropílico.

que resulta em um menor consumo de tinta.


Eco News

uma impressão ecologicamente correta

Outras vantagens desses produtos é que contêm estimuladores de secagem de tinta que ajudam neste processo sobre o papel; possui excelente umectação para rápidos e estáveis inícios e reinícios de impressão, excelentes tensoativos para a eliminação do álcool isopropilico e são estabilizantes para água mole e média. “Além dessa novidade, a Heidelberg disponibiliza para o mercado gráfico mais produtos ecologicamente corretos da linha Saphira tais como as Chapas térmicas Saphira Chemfree e as tintas Bio Speed - fabricadas a partir de óleos vegetais - e vernizes de alto brilho a base de água”, finaliza Kleber.

Para mais informações sobre soluções ecologicamente sustentáveis da Heidelberg, entre em contato pelo telefone 11 5525-4581 ou pelo email kleber.garcia@heidelberg.com


mercado

BRASIL É 3º MERCADO EM VENDAS DE MÁQUINAS NO MUNDO PARA A HEIDELBERG

Poucos meses após instalar solução Kodak, Diário do Pará divulga resultados positivos

Segundo dados divulgados pela Heidelberg, e confirmados por Dieter Brandt, presidente da Heidelberg América do Sul, o Brasil atualmente representa o 3º mercado no mundo para a Heidelberg em termos de venda de máquinas. Já quando o assunto é valor absoluto de vendas (que inclui também a divisão de consumíveis da empresa multinacional alemã) o Brasil ocupa a 5ª colocação. “Ou seja, para a Heidelberg, hoje o Brasil é o 3º ou 5º mercado. Fato este que é projetado para o país entre 2015 e 2020, quando se considera que o Brasil será a quinta economia mundial”, comemora Brandt. “Tendo em conta o que os especialistas esperam do Brasil, para a Heidelberg aconteceu antes.”

Poucos meses após adotar a solução de pré-impressão Kodak em sua produção, o Diário do Pará, uma das maiores empresas de comunicação do Norte do Brasil, divulga resultados positivos. O jornal, que foi o primeiro no Brasil a usar impressão UV e o primeiro na região Norte a instalar um CtP, agora aposta mais uma vez na vanguarda e anuncia a instalação de um Workflow Kodak Prinergy e CtP Kodak Trendsetter News com o uso de chapas térmicas Kodak que dispensam qualquer processo químico. Segundo Albano Moita, presidente da Polifilmes da Amazônia, revendedor autorizado Kodak, o trabalho realizado no Diário do Pará merece destaque devido ao fato da gráfica utilizar produtos da concorrência de tecnologia de chapas digitais violetas. “Posso afirmar que houve a quebra de dois paradigmas: O primeiro foi o fato de o cliente adotar uma nova solução com a tecnologia térmica. O segundo foi a questão dos custos, que caíram abruptamente. Agora que esses paradigmas foram quebrados, notamos a satisfação total do Diário do Pará com nossa solução”, disse Albano. Albano destaca especialmente a economia que foi obtida no processo como um todo, acarretada principalmente pela total ausência de químicos, dispensa o uso de água, economia de tinta devido a gravação com tecnologia de pontos Kodak SquareSpot e aumento da qualidade, com imagens mais vibrantes e tons realçados. “Além disso, o cliente conseguiu otimizar o espaço físico, uma vez que não é mais utilizada a processadora ou qualquer outro equipamento ou mesmo produto”, lembrou Albano. Com a solução de pré-impressão Kodak – que inclui, além do workflow e CtP, as chapas sem processo Kodak PF-N – o Diário do Pará está produzindo com tiragens de 55 mil exemplares usando tinta UV. Aliás, esse foi outro destaque da solução implantada no jornal paraense. “O cliente surpreendeu imprimindo 55 mil impressos/mês com tinta UV e sem desgaste da matriz de impressão. Tudo isso, ainda mantendo a qualidade até o final da tiragem. Sem dúvidas, é um case para ser divulgado no mundo”, destacou Albano.

www.br.heidelberg.com

Heidelberg e Ricoh selam parceria para o Brasil A Heidelberg do Brasil e a Ricoh Brasil acabam de assinar acordo de parceria estratégica, que prevê a distribuição do portifólio de produtos de impressão de produção digital da Ricoh para o segmento gráfico. O acordo global entre a Ricoh Company e a Heidelberger Druckmaschinen AG (Heidelberg) já tinha sido anunciado em fevereiro deste ano e alguns contratos locais já foram efetivados tais como Inglaterra, Alemanha, Tailândia, Malásia. E agora chegou a vez do Brasil. O acordo prevê a distribuição do portifólio de produtos para produção de impressão digital da Ricoh. a começar pela Ricoh Pro C901.

www.br.heidelber.com www.ricoh.com.br

Assinatura de parceria entre Heidelberg e Ricoh

www.diarioonline.com.br


Revista DESKTOP

Luiz Antonio Caropreso assume gerência de negócios da Diginove Mais um nome consagrado do mercado une-se à equipe da Diginove, empresa especializada na representação e comercialização de soluções para acabamento em impressos digitais sob demanda ou unitários. Trata-se de Luiz Antonio Caropreso, que acumula mais de 25 anos de experiência em áreas relacionadas a marketing e vendas, com passagens por atividades de consultoria, gerência comercial da Comarpe Embalagens, gerência comercial da Action Gráfica Digital, e gerência executiva da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica). Ainda como destaque, Caropreso foi por cinco anos (2004 a 2009) gerente de marketing da Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), diretor executivo da Tangran Comunicação e consultor para desenvolvimento de novos negócios, planejamento e projetos comerciais e de marketing.

Geográfica Automatiza Gestão de Processos com Tecnologia Metrics A Geográfica Editora, uma das empresas mais modernas do País no ramo editorial e de impressos especiais, acaba de anunciar a atualização da tecnologia de gestão Metrics com o objetivo de otimizar o fluxo de produção com processos integrados, ampliando a produtividade geral da empresa e garantir para os seus gestores uma completa visão dos cenários produtivos e dos níveis de rentabilidade de cada departamento através de métricas de desempenho.

O projeto foi iniciado em janeiro último, e contou com o apoio da Metrics. Segundo Flávio Botana, Consultor de Gestão da Geográfica, a cultura de gestão integrada já havia sido introduzida na empresa há alguns anos, desde que se percebeu a necessidade de trabalhar com prazos cada vez mais reduzidos e com crescentes diferenciais de custo/qualidade. “Com a experiência da Metrics e o seu portifólio de ferramentas focadas no nosso tipo de negócio, conseguimos integrar por completo a nossa gestão estratégica e promover um nível de controle que vai do contato com os clientes até a entrega de produtos”, explica Flávio Botana. Aprofundando na integração, a Geográfica decidiu, em seguida, pela adoção da ferramenta Metrics JobTrack. Trata-se de um conjunto de ferramentas que permite monitorar em tempo real a produção de 22 máquinas empregadas entre impressão, pré-impressão e acabamento. Conectado diretamente ao controle numérico das máquinas, o JobTrack extrai informação do processo por meio eletrônico e minimiza erros de balanceamento entre cadernos, de modo a provocar uma drástica diminuição nas perdas de matéria prima. Na avaliação de Osmar Barbosa, diretor da Metrics Sistemas de Informação, o projeto de evolução da Geográfica merece ser visto como um paradigma para as empresas do setor que buscam um perfeito equilíbrio entre os investimentos e o retorno, através da produção eficiente e planejada. “Num cenário em que a tecnologia de produção vai sendo nivelada nas grandes e médias empresas, a competitividade está na capacidade de inovar e de extrair valor dos ativos”, completa o especialista.

www.metrics.com.br

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mercado

CGB investe em chapa digital :Azura e é premiada Com 35 anos de mercado, a gráfica CGB, de Belo Horizonte (MG), conta hoje com duas sedes que, juntas, somam mais de 11 mil metros quadrados de área. Consolidada no mercado e atendendo a clientes de peso, como a prefeitura de Belo Horizonte e o jornal o Estado de Minas, a empresa investe continuamente na modernização tecnológica do seu parque gráfico e na qualificação de sua equipe, sem deixar de lado a preocupação com o meio ambiente, visando atender cada vez melhor o cliente final. Foi exatamente essa preocupação com o meio ambiente e a necessidade de garantir qualidade nos processos que levou a CGB a investir na “chapa verde” :Azura, da Agfa. O executivo de vendas da Agfa Graphics, Nedson Eustáquio, diz que a empresa usa o sistema de rotativas e que foi uma ousadia adotar a :Azura nesse processo. “Apostei, eles confiaram em mim e, como resultado, receberam dois prêmios do mercado pelo uso da :Azura”, conta. Nedson se refere ao prêmio Cícero, promovido pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica de Minas Gerais. A CGB foi vencedora nas categorias Jornais e Revistas Periódicas de Caráter Variados, sem Recursos Gráficos Especiais. Na opinião de José Carlos dos Reis, Gerente de Produção da CGB, o tempo para a adaptação da :Azura foi menor que o esperado e a estabilidade do processo fez a qualidade dos impressos aumentar naturalmente. Para José Carlos, a eliminação da processadora de chapas e, consequentemente, a utilização de reveladores é o maior ganho desse novo processo com a utilização da “chapa verde”. Ele explica que o uso de processadora e revelador impedia que o processo de gravação/revelação fosse totalmente digital. O CtP fazia a sua parte, com gravação adequada e captação perfeita de pontos de baixa e alta, mas quando chegava no momento da revelação, o processo era analógico e as variantes desse processo - temperatura do revelador, tempo de imersão das chapas, velocidade da processadora e enfraquecimento do revelador, dentre outros fatores – impediam que a chapa chegasse à máquina impressora em perfeitas condições. “Tínhamos uma enorme dificuldade em manter a qualidade das chapas e, portanto, a qualidade final do impresso”, explica.

Além disso, o executivo diz que, como a :Azura usa apenas água e goma na revelação, os resíduos prejudiciais ao meio ambiente foram totalmente eliminados do processo. A CGB usa as chapas Agfa há pelo menos 17 anos e, de acordo com José Carlos, esse casamento duradouro é devido à qualidade dos equipamentos e da matéria-prima.

www.cgbartesgraficas.com.br

Gráfica CGB e sua chapa digital :Azura

Gráfica Marindress (MS) investe em CtP :Avalon A gráfica Marindress, sediada em Dourados, Mato Grosso do Sul, foi criada em 1999 com a proposta inovadora de oferecer imantados de PVC a um custo baixo e com entrega rápida. Seu cartão de visita sempre foi o imantado, um segmento que nenhuma outra empresa queria atender. Nestes 12 anos a Marindress cresceu, adquiriu novos equipamentos, investiu em tecnologia, contratou profissionais especializados e se tornou capaz de atender todo o segmento de impressos em offset. Recentemente, a gráfica investiu na compra de um CtP :Avalon Cr, da Agfa Graphics, por intermédio do distribuidor Diacel, com o objetivo de melhorar a produção, reduzir desperdícios e eliminar o uso de produtos químicos. De acordo com João dos Santos, sócio-proprietário da gráfica, além de ser um equipamento ecologicamente correto que consome menos água e não utiliza produtos químicos no processo, a nova chapa garante qualidade. “O processo é ágil, econômico e não perdemos qualidade na gravação das matrizes. Também conseguimos manter a fidelidade, a uniformidade e a densidade das reticulas e cores chapadas, diminuindo assim a porcentagem de erros e desperdícios de chapas”, avalia.

www.marindress.com.br


Revista DESKTOP

Nordeste premia Agfa na categoria Matrizes para Impressão

Aliança do Livro (RJ) instala encadernadora Acoro, da Müller Martini

No dia 26 de agosto, a Agfa recebeu, pela terceira vez consecutiva, o Prêmio Nordeste de Excelência Gráfica José Cândido Cordeiro. A premiação aconteceu em Recife (PE). Neste ano, a Agfa saiu vencedora na categoria Matrizes para Impressão (chapas offset). Para Marcelo Moraes, consultor de vendas das regiões Norte e Nordeste, esse é um reconhecimento do mercado local à qualidade das soluções e à adequação ao mercado nordestino. Atualmente, para o setor gráfico brasileiro, o Nordeste é uma das regiões de maior crescimento. “O Prêmio Nordeste de Excelência Gráfica mostra, mais uma vez, que há excelentes trabalhos sendo feitos fora do eixo Rio-São Paulo-Sul. E mostra também a qualidade da indústria gráfica nordestina. Para a Agfa, que investe em todos os mercados do Brasil igualmente, e enxerga clientes como parceiros, é uma honra fazer parte desse momento de ouro da região”, disse Eduardo Sousa, gerente de marketing da Agfa para a América Latina.

A gráfica Aliança do Livro, do Rio de Janeiro, acaba de instalar a encadernadora Acoro, da Müller Martini. O equipamento chega à gráfica em versão completa, incluindo dispositivo de dobra de abas (“orelhas”), além de guilhotina de corte frontal em linha, permitindo agilidade nesse tipo de serviço. Graças ao seu nível de automação, permite produtividade e ajustes rápidos de formatos, para atender pequenas e médias tiragens. A Aliança do Livro foi fundada por Rafael e Fabio Vital, que também são proprietários da Registro Certo.

www.agfa.com

Citygráfica assume compromisso ambiental internacional A Citygráfica - empresa gráfica de Campinas que completará 30 anos em 2012 – recebeu o selo FSC, uma das mais importantes chancelas do mundo. Todo material da empresa, bem como sua política ambiental, seguirão padrões exigidos pela norma técnica. O FSC é, hoje, o selo verde mais reconhecido em todo o mundo. FSC é uma sigla em inglês para a palavra Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal, em português. Este conselho foi criado como o resultado de uma iniciativa para a conservação ambiental e desenvolvimento sustentável das florestas do mundo inteiro. “A Citygráfica tem uma história marcada por possuir diferenciais de mercado que conduzem a empresa a se posicionar entre os melhores prestadores de serviço do gênero em todo o Brasil. A certificação é mais um importante item dessa característica, além de ratificar nosso compromisso com um futuro melhor”, atesta Victor Melo, diretor comercial da empresa.

(21) 3505-2860

Fabrício Menossi assume gerência de produto de workflow na Kodak cone sul Fabrício Menossi foi anunciado como o novo gerente de produto de workflow da Kodak para Cone Sul, segmento B2B. Graduado em Administração de Empresas e pós-graduado em Marketing Management pelo Insper (IBMEC), Fabrício atua a mais de 15 anos no mercado gráfico, tendo trabalhado por dez anos na Agfa Graphics como especialista de sistemas de workflow, pré-impressão e CtP. Também passou pela Editora Globo, onde ajudou a montar o núcleo de pré-impressão digital das revistas semanais do grupo. Em seu novo desafio, Fabrício terá a missão de elevar os resultados do segmento aos patamares de crescimento atual da Kodak na região Cone Sul.

www.kodak.com.br

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mercado - drupa media partner

Messe Düsseldorf e MDK lançam Drupa 2012 no Brasil No dia 4 de outubro, a Messe Düsseldorf e sua representante no Brasil, a MDK, lançaram oficialmente a Drupa 2012 no Brasil. Em evento que contou com a presença de jornalistas e empresários do setor gráfico, foram apresentadas as novidades do evento do ano que vem, que tem início no dia 3 e vai até 16 de maio. Destaque para o crescimento da impressão digital, que ocupará cerca de 40% da feira (o que culmina com a realização da Digi:Media dentro da próxima Drupa, em 2012), para soluções Web to Print e para o setor de embalagens, o mais imune à concorrência dos meios eletrônicos entre todos os demais setores da indústria gráfica. Como não poderia deixar de ser, o assunto crise voltou à pauta. Apesar de os países germânicos e aqueles circunvizinhos (Alemanha, Áustria, Holanda e Polônia, por exemplo) estarem com mercados gráficos relativamente estáveis, vários países da zona do Euro e da Europa Oriental ainda apresentam estagnação em virtude dos efeitos da crise. O mesmo é sentido em relação a grandes mercados, como o dos EUA e Japão. Por outro lado, o papel de destaque de países como Brasil, China e Índia foi reforçado, sendo que o Brasil configura como o terceiro maior mercado mundial em volume de exportações de equipamentos gráficos – atrás justamente de China e Índia, respectivamente. Mesmo com a crise em vários países da Europa, a visitação europeia para 2012 está estimada em cerca de 60% do total de visitantes – para o qual se espera um crescimento da presença chinesa, que deve chegar a 12 mil visitantes contra 6 mil de 2008. Outro destaque é o aumento da visitação brasileira, que foi de 4600 visitantes em 2008 e deve ultrapassar 5 mil em 2012. “Apesar de o câmbio desfavorecer vários setores de nossa indústria quando o assunto é exportação de bens de consumo, o Real valorizado permite que o brasileiro viaje com mais segurança para o exterior e possa participar da feira mais dias”, disse Lauri Müller, diretor da MDK. Além disso, segundo Lauri, ir para a Drupa é condição essencial para se atualizar sobre tecnologia gráfica. “O mundo gráfico inteiro estará em Düsseldorf. O empresário que não for, perderá oito anos de atualização”, disse.

Outras atrações da Drupa 2012, como o Drupacube e o Innovation Park (este, que reunirá as novidades e atrações tecnológicas que farão parte das tendências gráficas no mundo nos próximos anos) foram apresentadas por Werner Dornscheidt, CEO e presidente do Messe Düsseldorf, e Markus Heering, diretor da VDMA (Federação de Construtores de Máquinas e Instalações da Alemanha).

www.drupa.com

O mundo gráfico inteiro estará em Düsseldorf. O empresário que não for, perderá oito anos de atualização

Lauri Müller, diretor da MDK

Werner Dornscheidt, CEO e presidente da Messe Düsseldorf



Gerenciamento de cor

Marcelo Copetti

CxF

O PDF da cor A comunicação da cor sempre foi um desafio para todos, com o CxF estamos avançando nesta seara.

A comunicação é a chave do sucesso nas mais diversas áreas. Todos os especialistas em todas as áreas dirão o mesmo. Se a comunicação falhar, os mais diversos tipos de problemas poderão acontecer, até os mais inusitados. O CxF veio justamente somar ao processo estabelecendo uma forma eficaz de comunicação da cor através dos mais diversos setores da indústria. Este é o motivo deste formato ser chamado por muitos como o “PDF da Cor”. O que é o CxF O CxF é um formato de arquivo criado pela Gretag Macbeth (depois adquirida pela X-Rite) com o objetivo de oferecer uma forma segura de comunicar a cor dos processos produtivos através dos meios eletrônicos.

Sempre que cada pessoa tenta descrever uma cor, há um alto grau de subjetividade na sua descrição. Com o CxF, o objetivo é permitir que cada etapa do processo possa descrever a cor da forma mais completa possível. Mas, o que é uma cor? Vermelho, vermelho escuro, vermelho amarelado, vermelho vivo, vermelho sangue, vermelho cereja etc. São muitas as descrições possíveis que podem ser utilizadas para dizer o mesmo (que a cor é vermelha), mas não é suficiente para ter uma descrição específica para permitir sua reprodução em outra etapa da produção, principalmente se não for possível comparar a cor visualmente. Essa mesma cor ainda pode ser influenciada pela visão de cada um e pela luz ambiente, o que aumenta ainda mais a confusão.


Revista DESKTOP

O CxF comunica a cor com segurança O início da comunicação da cor A primeira forma foi tentar estabelecer uma comunicação da cor com modelos como CMYK e RGB. Esses modelos sempre estabeleceram em algumas áreas, principalmente na indústria gráfica, uma relação entre o que se queria informar como sendo uma cor do início do processo até o produto final. A sua fragilidade logo ficou evidenciada e surgiram outros métodos de comunicação de cor. Assim, foi criada a Pantone. Ela teve dois principais objetivos: usar uma escala de cores para comunicá-la de forma eficiente entre as pessoas e processos, e permitir a impressão de cores que o processo CMYK não consegue reproduzir. Hoje em dia, é muito comum uma empresa ter suas cores definidas como Pantone para controlar a produção de materiais. Existem outras empresas que criaram suas escalas de cores com o mesmo objetivo como: Toyo, HKS, RAL etc A comunicação da cor tem avançado através dos anos e, hoje, temos outras soluções como Lab e curvas espectrais. Essas novas formas de comunicação auxiliam na diminuição das diferenças, garantindo maior precisão entre a expectativa criada no início do processo e o resultado, mas ainda possuem suas fraquezas. O Lab, por exemplo, é a representação de uma cor sob uma determinada luz, enquanto a curva espectral é a representação da cor sem a alteração causada pela luz, tornando-a a maneira mais precisa de descrever a cor. Mas esses métodos ainda precisam ter informações acrescidas para que tenhamos uma descrição mais completa da cor. O real objetivo do CxF O CxF nasceu com metas muito bem definidas. A soma delas dá forma ao conjunto. Suas principais metas são: 1 - Construir um padrão aberto, que possa ser utilizado por todos nos mais diversos ramos da indústria de cores. 2 - Permitir ao software escolher quais informações farão parte do conteúdo do arquivo. Normalmente, os soft­wares precisam informar muito mais do que simplesmente o valor da cor, como, por exemplo: nome da cor, iluminante, observador padrão, pigmentos utilizados, resistência à luz, preços, descrição etc.

3 - Viabilizar o uso do Gerenciamento de Cores suportando a visualização e impressão (inclusive remotamente) corretas. Tabela de cores do ColorChecker sRGB No.

Name

patch

R

CIE L*a*b*

G

B 68

L*

a*

Munsell b*

HVC Notation

1

dark skin

115 82

2

light skin

194 150 130 65.711 17.81

3

blue sky

98

122 157 49.927 21.925 21.925 4.3PB 4.95/5.5

4

foliage

87

108 67

5

blue flower

133 128 177 55.112 -25.399 -25.399 9.7PB 5.47/6.7

6

bluish green

103 189 170 70.719 -0.199

7

orange

214 126 44

8

purplish blue

80

9

moderate red

193 90

99

10

purple

94

108 30.325 -21.587 -21.587 5P 3/7

11

yellow green

157 188 64

72.532 57.255 57.255 3YR 3.7/3.2

12

orange yellow

224 163 46

71.941 67.857 67.857 10YR 7/10.5

13

blue

56

61

14

green

70

148 73

15

red

175 54

16

yellow

231 199 31

17

magenta

187 86

18

cyan

8

19

white

243 243 242 96.539 1.186

1.186

N 9.5/

20

neutral 8

200 200 200 81.257 -0.339

-0.339

N 8/

21

neutral 6.5

160 160 160 66.766 -0.506

-0.506

N 6.5/

22

neutral 5

122 122 121 50.867 -0.27

-0.27

N 5/

23

neutral 3.5

85

85

85

35.656 -1.231

-1.231

N 3.5/

24

black

52

52

52

20.461 -0.973

-0.973

N 2/

91

60

37.986 14.059 14.059 3YR 3.7/3.2 17.81

2.2YR 6.47/4.1

43.139 21.905 21.905 3YR 3.7/3.2

-0.199

2.5BG 7/6

62.661 57.096 57.096 3YR 3.7/3.2

166 40.02

-45.964 -45.964 7.5PB 4/10.7

51.124 16.248 16.248 2.5R 5/10

150 28.778 -50.297 -50.297 7.5PB 2.9/12.7

60

55.261 31.37

31.37

0.25G 5.4/8.65

42.101 28.19

28.19

5R 4/12

81.733 79.819 79.819 5Y 8/11.1

149 51.935 -14.574 -14.574 2.5RP 5/12

133 161 51.038 -28.638 -28.638 5B 5/8

Color Patches rendered for illuminant D65

O exemplo acima mostra o conteúdo de um arquivo CxF que contém os dados das 24 cores do ColorChecker. Neste arquivo, estão inclusos, para cada uma das cores: curva espectral, CIE Lab, HTML e notação Munsell. A primeira cor (Dark Skin) contém exemplos de CMYK, etiqueta e características físicas.

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Revista DESKTOP

Estrutura do CxF A estrutura do CxF é construída sobre a linguagem XML. Para essa escolha, algumas características desse formato foram determinantes. 1 - Uma linguagem moderna, popular na Internet e de domínio dos programadores. 2 - Oferecer uma leitura tão simples quanto possível do arquivo quando aberto, permitindo uma fácil interpretação e edição do seu conteúdo sem a necessidade de traduções ou softwares específicos. 3 - Permitir a fácil incorporação em outros arquivos. 4 - Permitir a compatilidade com versões anteriores de softwares, evitando que novas versões escrevam arquivos que não podem ser lidos em versões anteriores. 5 - Utilização de etiquetas (tags) para identificar cada campo, inclusive permitindo que os softwares abram arquivos independentemente deles reconhecerem todas as etiquetas. Por que não simplesmente Lab? A descrição de uma cor não está contida apenas em um valor Lab. Isto por que o valor Lab de uma determinada amostra muda de acordo com o iluminante e o observador padrão utilizado. Sempre que especificamos um determinado valor Lab, informamos essas duas características para podermos informar com maior precisão a cor. Na indústria gráfica, utilizamos o conjunto D50/2º para descrevermos o valor Lab. Em outras áreas da indústria, são usados conjuntos específicos para suas necessidades, como, por exemplo, D65/10º. Mas a questão de iluminação não é a única a fazer diferença na descrição das cores. A superfície do material também traz diferenças visuais. O exemplo de um carro é bastante oportuno, pois temos que pintar plásticos e lataria com a mesma cor com acabamentos diferentes, um liso e outro texturizado, por exemplo. Essa diferença já é suficiente para percebermos diferenças visuais. Outra situação que nos causa diferença de cores são os pigmentos utilizados. É muito comum fabricantes de tintas necessitarem reproduzir uma cor especificada e ela se mostrar como metamérica, ou seja, muda visualmente de acordo com a iluminação. A utilização de pigmentos diferentes da cor original podem levar a uma cor metamérica, sendo necessário então saber como ela foi construída originalmente.

Etiquetas para identificações Se apenas a tríade de valores Lab não é suficiente para descrever uma cor, como então identificá-la? Um dos objetivos principais do CxF é justamente ser um formato de arquivo aberto, com uma especificação flexível o suficiente para que o aplicativo possa escrever todas as características relevantes de uma cor. Essas etiquetas permitem identificar características como: valores da cor, diferenças da cor, cor de um dispositivo, características físicas. E, por isso, cada etiqueta dará uma informação diferente. Em valores da cor, poderemos encontrar informações como: CIELab, CIELch, CIEXYZ, Curva espectral etc. Nosso conjunto de informações continua especificando, ainda que a diferença da cor entre o padrão e a amostra utilizarão o Delta E CMC 2:1, ou o Delta E Lab. Não vamos esquecer das características físicas da nossa cor, pois, aqui, podemos dizer que o acabamento é brilhante com um valor de brilho definido, opacidade, substrato etc. Mas, se formos identificar todas as etiquetas possíveis, teriamos que escrever um livro. Ainda faltariam equipamento, geometria de medição, etiquetas personalizadas, e muitas outras. Uso de ICCs O CxF possui ainda a possibilidade de embutir ou fazer referência a ICCs para a visualização correta das cores e mesmo para a impressão remota desses arquivos. O uso dos ICCs permite a conversão das cores descritas de acordo com o dispositivo descrito por ele, fornecendo uma maneira confiável de converter a cor para RGB ou CMYK, por exemplo. Onde encontrar mais informações? O CxF, por ser um formato aberto, possui suas especificações publicadas e disponíveis no website www. colorexchangeformat.com . Ali, você encontrará documentos diversos sobre o formato, especificações, exemplos e tudo que for necessário. Caso ainda tenha dúvidas, você poderá me contatar através do Facebook e através do grupo de Gerenciamento de Cores que criei para trocarmos experiências.

www.facebook.com/marcelo.copetti www.marcelocopetti.blogspot.com twitter/marcelocopetti


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Design

Marcelo Lopes

Prêmios: do estudante

ao profissional

Jurados do 41º Creativity Awards em Kentucky, EUA, com Marcelo Lopes (de pé, primeiro à esquerda) representando o Brasil

Um prêmio com 40 anos de tradição e outro com apenas quatro anos – mas não que isso signifique algum desabono. O que eles têm em comum? Resposta: A qualidade! Marcelo lopes revela o talento do 41º creativity awards e da 4º mostra jovens designers

Prêmios nacionais e internacionais, cada vez mais, promovem o design e fazem despontar jovens talentos. O que me surpreendeu nas duas mostras, a 41º Creativity Awards e a 4º Jovens Designers, foi ver a qualidade dos trabalhos dos estudantes. Em muitos casos, eu até duvidei serem mesmo de estudantes! Isso é um bom sinal para todos! Está surgindo uma geração de talentos que irá revolucionar o mundo com suas ideias. Com toda essa criatividade, não consigo imaginar como será o prêmio Jovens Designers quando este também estiver com seus 40 anos de realização. E, no último mês de agosto, fui convidado a participar como jurado do 41º Creativity Awards, em Kentucky, Estados Unidos. Aproveitei para entrevistar a diretora de marketing, Kathy Ritchie. Nesta edição, compartilho com vocês as suas respostas.


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Kathy Ritchie Abaixo, a entrevista com a diretora de marketing Kathy Ritchie. Ela nos brinda com uma visão única da história do Creativity Awards e como esse prêmio se tornou, ao londo das décadas, referência em democracia criativa e espaço para o surgimento de tendências. Confiram. Marcelo - Como surgiu o prêmio Creativity Awards? Kathy - O prêmio Creativity surgiu há 41 anos, em 1970. Foi iniciado pela prestigiada revista Art Direction, com o objetivo de responder a muitas críticas de “Design Shows & Awards” da época. A revista Art Direction, desde sua primeira publicação, em 1949, apoiou todos os eventos e concursos reconhecendo o valor, o talento e a importância de prestigiar o design e a publicidade. Na época, o Creativity inovou abrindo as inscrições para todo o mundo, deixando de ser um prêmio com restrições para a inscrição. A revista acreditava que pelo menos uma premiação deveria ser completamente livre e aberta a todas as escolas e profissionais de design e publicidade do mundo, envolvendo a arte, fotografia, ilustração, design gráfico em todos os tipos de mídia. Em 1971, o primeiro Prêmio de Criatividade anual foi publicado como um registro completo pictórico do show 70 Creativity. Em 1977, David Carter adquiriu os direitos do Creativity Awards. Quando David se aposentou, vendeu para o atual George C. Dick. David E. Carter é empresário e escritor especialista em design gráfico, e “pioneiro” na produção de livros de “trademark e logos”. Publicou o primeiro livro de logos em 1972. Ele já escreveu mais de 100 livros. Fundou a David E. Carter Inc, uma empresa de consultoria de identidade baseada em Ashland, Kentucky, com escritórios afiliados em cinco países. Em 2005, foi inaugurado o David E. Creativity Center and Museum em Ohio, na Universidade Southern, onde há recordações de sua vida e carreira. George C. Dick é Presidente e CEO da Grupo Quatro de impressão a cores. Sua empresa produzia para Carter os livros anuários do Creativity Awards.George Dick começou sua carreira de impressão em 1980. Marcelo - Que países já foram representados ao longo desses anos? Kathy - EUA, Grécia, Cingapura, Reino Unido, França, Espanha, Alemanha, Polônia, China, Japão, Austrália, Brasil,

Equador, Nova Zelândia, África do Sul, Turquia, Índia, Bélgica, Suécia, Noruega, Finlândia, Canadá, México, Croácia, Macedônia, Eslovênia, Hungria, Casaquistão, Rússia, Taiwan, Tailândia, Filipinas, Holanda, Malásia, Colômbia, Dinamarca, Hong Kong, Omã, Emirados Árabes Unidos, Suíça, Coreia do Sul... Temos recebido pelo menos uma entrada de cada país ao longo dos últimos 41 anos. Marcelo - Você pode nos listar alguns vencedores nestes 41 anos de premiação? Kathy - Com certeza. Começo então com você, que já foi vencedor em 2009 e 2010, e alguns outros nomes são: Archie Boston, Frank Pietronigro, Jack “Wolfgang” Beck, Earl Gee - GDUSA 10 to Watch, Franco Rubartelli - Fotógrafo, Paula Scher, Morton Goldscholl, Debbie Millman, Art Paul, Young & Rubicam, Leo Burnett, Chiat/ Day, AKQA, Ogilvy & Mather. Com 41 anos de premiação, são tantos os vencedores que estamos atualmente trabalhando em um arquivo online que irá mostrar todos os vencedores desde 1970. Marcelo - Qual é o futuro do Creativity? Kathy - Hoje, o Creativity Awards continua sendo o legado de reconhecer os projetos mais criativos do design e publicidade criados ao redor do mundo. Nosso objetivo é fazer com que o prêmio sirva como autopromoção para os vencedores. Após a premiação, organizamos exposições itinerantes e a primeira ocorre até o final de outubro desse ano no Museu de Design de Phoenix (EUA). O futuro promete fazer do Creativity uma premiação cada vez maior. Estamos empenhados em buscar parcerias com revistas de design e associações influentes de todo o mundo para divulgar aos designers a relevância de participar da premiação com mais de 40 anos de prestígio. Para este ano, nosso “Awards Annual Book” será maior e melhor do que nunca e já estamos nos preparando para uma grande retrospectiva em comemoração aos nossos 50 anos. Marcelo - Qual é a média de vencedores em relação ao número de inscrições? Kathy - Orgulhamo-nos do fato de que apenas um terço de entradas serem destaque no Prêmio Anual. Nossa comissão julgadora é representada sempre por

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uma seção transversal de proficiências, origens e nacionalidades, que se juntam para escolher o melhor. Não é obrigatório sair vencedores em todas as categorias inscritas. Há uma nota de corte mínima e, caso o júri considere a peça inscrita abaixo das expectativas, ela se desclassifica. Design bom e eficiente pode ser subjetivo - especialmente quando estamos analisando peças de outros países. Passamos apenas algumas instruções de corte de nota e deixamos o júri livre para fazer o seu melhor trabalho. São as expertises e o background dos profissionais que escolhemos para integrar o júri que avalia tudo. Além da criatividade, são analisadas as técnicas de produção, material, execução, tipografia, fotografia. Ou seja, tudo! Nossa preocupação para garantir um bom resultado é na escolha do grupo de jurados. Uma vez isso bem feito, saímos de cena e deixamos tudo nas mãos deles. Nos últimos dois anos, fizeram parte como jurado nomes como Ben Williams - AKQA, Austrália/EUA; Burkey Belser - Greenfield Belser; Lucie Lebaz - EURO RSCG C & O, França; Henry Rasmussen - Dinamarca; Will Burke - Motor Marca; Marcelo Lopes - Merchan Design, Brasil; Michael Mrakovcic - Austrália; Prentice Howe - Número da porta 3; Stan Igreja - Wallace / Igreja; Egon Springer - Pareto, Canadá; Pranav Sharma - Índia. Marcelo - O que você considera divertido de todo esse processo? Kathy - Julgar é uma explosão! Todos os anos, nossos jurados saem pedindo para voltar. Nós comemos, nos divertimos. Eles experimentam Louisville, há muito a fazer aqui! Mesas enormes com milhões de projetos! Pronto. Agora sim começa o trabalho - para eles! Orientamos: puxe uma cadeira porque você vai estar lá por um bom tempo! E que tempo! Tem jurado para quem o almoço vira um lanchinho de 10 minutos. Tudo isso para poder realmente fazer as escolhas. Isso é muito divertido. Ver as pessoas comprometidas em fazer um excelente trabalho e, logo depois, sair os vencedores. Sempre é uma loucura as duas semanas que antecedem o julgamento. Trabalhamos mais de 15 horas por dia para ter tudo pronto. Aí ficamos na expectativa de receber nossos jurados no Hotel Seelbach Hilton. Era o ponto de encontro de Al Capone, e ainda tem um fantasma residente no 7º andar. Hmmmmm! Uma noite de pocker na sala do Capone?

Este ano, nossos jurados internacionais nos trouxeram um licor nativo do Brasil. Pinga? Chachaça? Seja qual for o nome, é muito bom! Do nosso jurado australiano, veio o óleo de emu e um spray que nos faz instantaneamente canadense. Nós tratamos eles com bourbon Kentucky! Será que podemos dizer que julgar é divertido? Jovens designers Em sua 4º edição, a mostra “Jovens Designers” realizada pela ADP – Associação dos Designers de Produtos, pela Origem e pela Casa Fiat de Cultura, teve seu coquetel de abertura no último dia 26 de setembro, no Instituto Tomie Otake. Na noite de premiação, seis jovens designers foram os destaques e seus projetos serão expostos no Salone Sattellite 2012, em Milão. A mostra organizou um ciclo de palestras nos dias 4 e 5 de outubro chamado “On tour São Paulo” com apresentações dos designers Levi Girardi, da Questto Design, Paulo Nakamura, do Centro Estilo Fiat, Luiz Aves, da Mint design, e Flavio Di Sarno, da NóDesign, com mediação de Ivo Pons, docente da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A seguir, com todo o prazer, e encantamento, apresento as criações premiadas. O projeto Tsukami foi desenvolvido pelo aluno Renato Marquezin de Oliveira, que consiste em uma análise profunda das artes do Origami e do Tangram, que definem o processo criativo do produto em todo o seu conceito, função e forma. A proposta de desenvolvimento desse projeto consiste em criar um novo design de calçado, tomando como princípio a filosofia do Origami e do Tangram, repensando a ideia de “vestir o pé”.

O aluno Caio Mendes Souza, de Minas Gerais, desenvolveu a Neuro, luminária interativa. O objeto é voltado para o público contemporâneo, conectado e experimentador.


Entre na era da NORMA ISO 12647 com o PrintControl Pro e tenha os melhores resultados em seus processos de impressão A GMG é uma e mpre sa e specializada e m solu ç õ es p ara gerencia mento de core s e prov a s digita is. Atrav és da Starlaser, a GMG disponibiliza no Brasil suas ferramentas para controle do processo de impressão com a NORMA ISO 12647. A Starlaser é distribuidora oficial dos produtos da Digital Information

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A inspiração veio dos neurônios, células receptoras do cérebro, que são responsáveis pelas conexões neurais. Dessa forma, a peça permite ao usuário a confecção de sua própria rede neural, e pode ser utilizada não somente como luminária, mas também como divisória de ambientes.

A aluna Isabelle Gurgel Mota Saraiva criou o adaptador universal de talher, destinado a crianças com deficiência motora, que incapacita a execução de determinados movimentos de preensão palmar. Sua forma diferenciada proporciona maior interação do produto com o usuário, assim como conforto na sua utilização e estímulo ao seu uso. Passa a ideia de ajuda, uma “mão de apoio”, despertando nas crianças a curiosidade para pegar e usar o produto.

A aluna Francine Velho Daniel, de Rio Grande do Sul, criou acessórios femininos em couro, com restos e falhas da empresa Ooze Leather. As peças unem sustentabilidade e moda e fazem parte da coleção Circular Motion. O nome vem do conceito de movimento, dinamismo e assimetria dos produtos, além da utilização da linguagem de círculos. O produto é exclusivo, já que nenhum descarte é igual ao outro, e foi projetado para não necessitar do uso de cola.

Os alunos Jean Carlos Loiola Portes, Luana Rodrigues de Barros e Sérgio Marques da Silva desenvolveram o equipamento de transferência de pacientes, concebido para a equipe de enfermagem para transferir e transportar pacientes de hospitais e clínicas médicas de um leito para a cadeira de rodas, de uma maca para o leito, interagindo com qualquer equipamento pelo qual o paciente deva ser transferido.

Os alunos Rafaely Bernardineli e Bruno Silveira Camargo criaram o brinquedo Baboo, lúdico-educativo em madeira, para crianças de dois a cinco anos (pré-escolar), que proporciona um desenvolvimento psicomotor, facilitando a interpretação do mundo e colaborando no aprendizado escolar. Um objeto de apoio aos pais e professores que auxilia a criança em uma fase importante da infância na qual ela absorve os experimentos adquiridos e os transformam em conhecimento.

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DESIGN é...

Design é a concepção, o desenvolvimento e a especificação de um produto ou serviço que nasce a partir de uma necessidade. Claudia Alquezar Facca

Design é mais do que resolver problemas, é criar soluções. Ivo Pons

Design é a realização constante do “Mundo Perfeito”. Marcos Rocha

Design é a diferença entre fazer e saber fazer. Maria Guida Blumenschein

Design é uma poderosa metodologia para resolver os reais anseios da humanidade. Paulo Botasso

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normatização

Bruno Mortara

recursos do lightroom 3 bruno mortara explica como o lightroom 3 usa arquivos raw e gerencia catálogos para otimizar a produção fotográfica

O Lightroom, agora na versão 3, é o software da Adobe que reúne princípios básicos de fotografia e possui recursos avançados de armazenamento de imagens. Por essas e por outras razões, veremos neste artigo que ele tem se tornado uma das principais opções para o tratamento de imagens digitais entre fotógrafos profissionais e profissionais da indústria gráfica. Compreendendo avançados controles de exposição, balanço cromático, curvas tonais, temperatura de ponto de branco, redução de ruído e aplicação de nitidez, o Lightroom está para a fotografia digital assim como o laboratório de revelação úmido está para a fotografia analógica. Sobre esta óptica, poderíamos nos perguntar: o grande salto do processo analógico para o processo digital não está justamente no fato de a fotografia digital não necessitar de revelação e entregar já um arquivo digital? A resposta é: sim! Em termos gerais, é possível dizer que a imagem RGB obtida através de uma câmera digital corresponde a uma imagem pronta e que não necessita ser processada em um laboratório. Isto porque todos os ajustes e acertos já foram automaticamente feitos pela

câmera no momento do clique. Mas, por outro lado, quando se avança para um ambiente profissional em que há maior exigência sobre o resultado fotografado, deve-se salvar as imagens assim como são capturadas pelos sensores das câmeras digitais, no formato conhecido como RAW. Os arquivos RAW Traduzindo-se ao pé da letra, um arquivo RAW significa um arquivo cru, ou seja, um tipo de imagem que não foi processada e, por isso, contém a totalidade dos dados da imagem, tal como foi captada, antes do desmosaicamento, ajuste do ponto de branco, balanço tonal etc. O arquivo RAW, por não ter sido processado pela câmera, costuma ser comparado aos negativos da fotografia analógica, pois requer uma transformação para que seja efetivamente utilizado como imagem, ou seja, ele deve ser “revelado” de maneira digital. A grande vantagem da “revelação digital” é ser não-destrutiva, o que permite revelar inúmeras vezes um mesmo RAW sem estragá-lo, enquanto que em um filme analógico, uma vez revelado, nada mais pode ser alterado no original.


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Portanto, essa “revelação” equivale às operações não-destrutivas de tudo aquilo que a câmera faria para converter as informações de sensor em dados agradáveis aos olhos, em RGB, de modo customizado e mais preciso. O resultado final é uma imagem de qualidade superior. E para quem acredita que esse modo de captura e edição de imagens possa não valer a pena devido à adição da etapa de “revelação do arquivo RAW”, a boa notícia é que, através do Lightroom, essa operação pode ser feita de forma muito simples e intuitiva. O Lightroom é uma ferramenta bastante completa para ajustes de imagens e está organizado em cinco módulos. Cada módulo enfatiza uma parte específica do fluxo de trabalho do fotógrafo ou do tratador de imagens. Múltiplas revelações Trabalhando no modo Revelação (Develop), é possível realizar ajustes em qualquer ordem. Porém, costuma-se utilizar os painéis a partir da parte superior, indo em direção aos ajustes inferiores. Com a edição não-destrutiva, o arquivo original é sempre preservado e as edições são armazenadas como um conjunto de instruções aplicadas à foto apenas na memória do programa, no formato XMP, que é um dialeto XML. Os ajustes só são aplicados de fato na imagem quando o usuário decidir exportá-la para um formato RGB, mas o arquivo RAW permanece inalterado e a representação daquela imagem no catálogo continua editável. Isso abre a possibilidade para que se “revele” uma imagem enfatizando as meia-luzes (por exemplo) e, posteriormente, se opere uma outra revelação enfatizando as sombras.

Ao fazer a exportação de uma imagem, o que acontece é que um novo arquivo é gerado com os ajustes aplicados, com formato RGB. E, nesse caso, para uma boa preservação do gamut de cores, fica a recomendação da utilização do Adobe RGB como perfil de saída durante o processo de exportação no Lightroom. O resultado pode ser ainda mais satisfatório quando o usuário percebe que as edições feitas em uma imagem podem ser facilmente aplicadas a uma série de outras fotos do mesmo catálogo, porque o Lightroom oferece uma maneira de salvar um grupo de configurações e as adiciona ao painel de Predefinições. Ajustando livremente suas imagens, obtenha resultados mais artísticos e monte uma galeria própria de predefinições de Revelação.

Exemplo de ajustes salvos na galeria de Presets Mas as vantagens vão além disso. Embora o Lightroom seja um programa voltado ao processamento de imagens RAW, também é compatível com formatos de arquivo com RGB codificados como JPEG, TIFF e PSD, o que significa que parte dos ajustes disponíveis no Lightroom também pode ser aplicado a imagens em

Processo de representação de uma imagem no Lightroom a partir e um arquivo Raw e posterior exportação para Tiff

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formato convencional. É por isso que o Lightroom tem se integrado não só ao fluxo de trabalho de fotógrafos profissionais, como também em processos de editoração eletrônica juntamente com o Photoshop. Utilização do Lightroom no fluxo de editoração eletrônica de impressos Use o Lightroom para: - Organizar o acervo de imagens - Inserir metadados - Editar arquivos RAW e exportá-los para um formato padrão (TIFF ou JPEG)

Use o Photoshop para: - Limpezas - Fusões - Recortes - Aplicação de filtros de efeito artístico - Conversão para o espaço de cor CMYK adequado

Impressão Offset Impressão Offset em Impressão Offset em papel revestido papel não revestido em papel jornal (Exemplos de diferentes condições de impressão)

Ferramenta de gestão de imagens digitais Além de fazer as correções dos arquivos RAW, inserção de metadados e outros tratamentos, o Lightroom funciona como uma ferramenta de gerenciamento de acervos de imagens digitais. Trabalhando com a criação de catálogos, o usuário cria representações de suas imagens em um arquivo “.Ircat”, o qual se comporta como um verdadeiro banco de dados, possibilitando controlar as fotos importadas. Através de um catálogo, além de poder avaliar, editar e exportar arquivos para um formato convencional, também é possível memorizar informações úteis sobre esses arquivos e rastrear o local em que estão armazenados.

Isso significa que uma das opções para profissionais que lidam diariamente com um alto volume de imagens é poupar espaço em disco através da criação de catálogos a partir de suas mídias de backup. Na prática, isso significa fazer referência para as imagens, indicando o local onde estão armazenadas, sem a necessidade de deixá-las em seu computador. Vale ressaltar que esse modo de gestão de imagens permite o controle e a inserção de metadados mesmo que as imagens não estejam em sua unidade de disco rígido. Entretanto, para que as edições do modo revelação fiquem disponíveis, é indispensável que o software tenha acesso direto ao local onde estão armazenadas, ou seja, para editá-las é preciso conectar tais mídias ao computador. A criação de catálogos a partir de suas mídias de backup corresponde a apenas uma maneira entre diversas outras que o Lightroom possibilita. A sugestão é que, à medida que o usuário explore os recursos e possibilidades dessa ferramenta, opte por métodos que se adequem à realidade de seu trabalho e crie a sua própria rotina de backup e edição. Script para a criação de catálogos a partir de mídias de backup 1. Baixe os arquivos RAW contidos em um cartão de memória e salve-os diretamente em mídias de DVD ou HD Externo, sem armazená-los em seu computador. 2. Crie um novo catálogo no Lightroom, seguindo um critério de organização que melhor se adeque ao seu volume de trabalho. Uma opção é dispor os catálogos em ordem cronológica, separando-os por segmento.

3. Mantenha a mídia de backup conectada ao seu computador, para que ela seja reconhecida pelo Lightroom e, na tela de importação, selecione-a como diretório de Origem. Vá para a parte central do painel de importação e selecione a opção Add, fazendo apenas uma referência ao local onde estão armazenadas.


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Adição das fotos da mídia de backup para o catálogo com aplicação de metadados 4. Antes de finalizar, utilize o painel “Aplicar durante a importação” para inserir como metadados as informações que poderão ser úteis para a identificação e localização dessas imagens. Essas informações ficarão armazenadas permanentemente no catálogo (podendo ser visualizadas no modo Library) e podem conter a descrição de: local e data, nome do fotógrafo, copyright, informações sobre o equipamento utilizado, tamanho e resolução das imagens e palavras-chave dadas pelo usuário, que, neste caso, compreenderão, entre outras coisas, a indicação do local onde estão armazenadas.

® 2011 Prata da Casa/ Bruno Mortara - São Paulo 26-09-2011 - Canon EOS REBEL T2i - Lens EF-S18-55mm f/3.5-5.6 IS - ISO 100 - 5184X3456 - Modelo Rodrigo - DVD Backup Estudio 12.

Finalizada a importação, escolha iniciar a edição de suas imagens imediatamente, ou salve seu catálogo armazenando os arquivos físicos fora de seu computador, e volte para fazer suas edições somente quando for preciso, sem se preocupar com o espaço em disco. Conclusão O software Lightroom ganha cada vez mais adeptos entre seus usuários tradicionais, os fotógrafos, além de se espalhar pela comunidade dos gráficos e designers. Suas ferramentas constituem um conjunto conciso e prático na mão de um profissional de tratamento. É claro que para a aplicação de efeitos especiais, camadas, máscaras e tratamentos mais sofisticados, o Adobe Photoshop é a ferramenta indicada. No entanto, no mundo corrido em que vivemos, ter acesso a um canivete suíço de boa qualidade é sempre uma mão na roda. Boas edições!

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Hamilton Terni Costa

As tecnologias gráficas críticas e as que geram oportunidade uma visão desde a GraphExpo 2011 Durante a realização da feira GraphExpo e da feira Print, um grupo amplo e diversificado de analistas, do qual participamos, elege os produtos e serviços que serão expostos e que embutem alguma melhoria ou inovação em duas categorias: Must See’ems, os que “Devem ser Vistos”, e Worth-a-Look, algo como “Vale a Pena Olhar”. São na verdade encarados como verdadeira premiação pelos indicados que fazem bastante propaganda a respeito. Neste ano, na GraphExpo realizada de 11 a 14 de setembro, cerca de 1.000 produtos foram lançados ou aprimorados substancialmente e mostrados entre os 1.800 produtos expostos por 475 fornecedores e expositores. Dos que se inscreveram para as escolhas, foram selecionados 29 como Must See ‘ems e 64 como Worth-a-Look. Além da escolha dos produtos, esse mesmo grupo define também as tecnologias que, em seu consenso, são as críticas em termos de geração de rentabilidade e, até mesmo, de sobrevivência no curto e longo prazo e aquelas que, se implementadas, geram oportunidades,

através de novos produtos, diversificação, diferenciação e de novas maneiras de se fazer negócio. Algumas tecnologias se aplicam às duas categorias. Como diz o próprio enunciado das escolhas: “como o negócio gráfico está se tornando mais complexo e competitivo, o planejamento da transição de negócios, marketing e de produção com componentes estratégicos e táticos se tornaram parte integral na bem sucedida implementação de novas tecnologias nas operações atuais das empresas”. Observação muito interessante, pois novas tecnologias devem ser pensadas como sinérgicas dentro de novas ofertas diferenciadas ao mercado. Seguem as tecnologias escolhidas, este ano, em ordem de classificação: Tecnologias Críticas A seguir, veremos as tecnologias que entendemos que a gráfica tem que ter ou aprimorar: 1- Capacidade e Utilização de IT/Computação/MIS (gestão de sistemas de informação). Parece incrível, mas mesmo


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nos Estados Unidos, ainda encontramos uma boa quantidade de gráficas sem um sistema operacional atualizado, o que não dizer do Brasil! A combinação de habilidades na operação de computadores e a utilização adequada dos sistemas de informação gerenciais foram considerados como as capacidades mais importantes para a sobrevivência lucrativa das empresas gráficas. 2- Automação da Produção. A automação da produção desde o input dos clientes e passando por toda a linha de produção, a utilização dos protocolos de JDF e sistemas de integração e controle, são itens fundamentais para a adequação das gráficas à velocidade de resposta exigida pelo mercado. 3- Impressão Digital. Costumo dizer que a adoção da impressão digital não é necessária, mas será cada vez mais obrigatória em qualquer linha de produção gráfica. Seja pelos novos recursos incorporados, seja pelas novas oportunidades de negócio, não há como não pensar em adotá-la. 4- Plataformas cruzadas e multimídia (cross platforms)/ Capacidades de multi produtos. Um grande número de novos produtos podem ser oferecidos ao se adotar tecnologias de multimeios. Cada vez mais a interação da mídia impressa com outras mídias se faz presente. Quem absorver essas capacitações pode criar ofertas vencedoras a seus clientes. 5-Web-to-Print. Cada vez mais os clientes buscarão integração com seus fornecedores facilitando a criação e acompanhamento de trabalhos. As tecnologias web-to-print abrem toda uma gama de possibilidades à gráfica. Do e-commerce a integração operacional com os clientes. Oportunidades Tecnológicas A seguir, veremos as tecnologias que podem trazer mais oportunidades comerciais nos próximos anos: 1- Web-to-print. Como já explanamos antes. 2- Impressões com Valor Agregado (efeitos especiais, QR codes etc). São todas as diferenciações que podem ser adicionadas a impressão, adicionando valor. Além das citadas, temos impressão lenticular, vernizes especiais, cápsulas de cheiros, relevos, foil, hot stamping e muito mais. A criação de novas atratividades sensoriais para o impresso é mesmo um mundo de oportunidades. 3-Fornecedor de Serviços de marketing. A incorporação de serviços de marketing exige planejamento e um plano

novas tecnologias devem ser pensadas como sinérgicas dentro de novas ofertas diferenciadas ao mercado de negócios bem definido, pois necessita a incorporação de novas capacitações como trabalhos com bancos de dados, criação, design, e podem levar até a gestão de campanhas de marketing aos clientes. 4- Aplicações em plataformas múltiplas – cross-media etc. Também já comentado acima e... 5- Especializações (ser o rei em segmentos específicos de mercado). Explorar radicalmente um segmento de mercado a ponto de transformá-lo em um nicho que se conheça tão bem a ponto de se criar ofertas únicas e imbatíveis. Enfim, ainda que não seja comum por aqui esse tipo de abordagem, entendemos que a eleição e apontamento dessas tecnologias seja mesmo um interessante farol para aqueles que estão repensando estrategicamente seus negócios. Hamilton Terni Costa é diretor geral da ANconsulting, (www.ansconsulting.com.br), consultoria líder no mercado gráfico latino-americano em estratégia e desenvolvimento de negócios, com clientes no Brasil, outros países da América Latina e Estados Unidos. É também um dos coordenadores do curso de Pós Graduação Gestão Inovadora da Empresa Gráfica na Faculdade Senai Theobaldo De Nigris, onde ministra a matéria de Gestão Estratégica.

hterni@anconsulting.com.br

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opinião

Fabio Arruda Mortara

Presidente do Sindigraf - SP e da Abigraf Nacional

a indústria gráfica olhando para o futuro A indústria gráfica brasileira realiza, neste mês de outubro de 2011, seu congresso nacional, o CONGRAF, com o objetivo maior de compartilhar conhecimentos e experiências entre os empresários, executivos, técnicos e colaboradores das gráficas, e também entre entidades de classe representativas de toda a cadeia da comunicação impressa. Trata-se, sobretudo, de um momento de amadurecimento para o setor, que trienalmente aproveita a oportunidade para refletir sobre o que podemos fazer para manter a nossa indústria no caminho certo do crescimento. Vivemos tempos conturbados. Em todo o mundo, as economias mais desenvolvidas se esforçam para não serem engolidas pelos déficits exorbitantes de seus governos, abrindo espaço para os chamados BRICS, que precisam tirar proveito desse cenário caso queiram, de fato, deixar para a História as agruras do subdesenvolvimento. Como todos sabem, o Brasil é parte desse grupo de países. Por isso, nós, empresários responsáveis e desejosos de um país mais justo e economicamente fortalecido, temos de ficar atentos para que essa oportunidade não escape por entre os nossos dedos. E nada mais prudente do que começarmos por aquilo que mais nos afeta: os entraves e obstáculos impostos à nossa indústria, seja por problemas estruturais da economia brasileira, seja por questões específicas do nosso setor. Pleitos É fato que o governo tem olhado com mais cuidado para as micro e pequenas empresas, que são maioria na indústria gráfica. Se dependerem das recentes medidas anunciadas pelo Governo Federal, compreendidas no chamado Plano Brasil Maior, a oferta de crédito para esses empresários, assim como a escassez de mão de obra, tendem a ser mitigadas pela criação de linhas de crédito em bancos estatais e programas de fortalecimento do ensino técnico profissionalizante. A ampliação do

Supersimples, em tramitação no Senado, também deve incentivar a opção de parte desses empreendedores pela formalização de seus negócios. Ainda assim, se nada for feito pelo Governo Federal, e se, de fato, não vestirmos a camisa em defesa das reformas estruturais da economia brasileira para pressioná-lo a fazer, a rigidez das leis trabalhistas, a complexidade de nosso sistema tributário e a falta de infraestrutura adequada para o escoamento da produção continuarão a levar a cada ano centenas de empresas ao fechamento. Entre os pleitos específicos da indústria gráfica, nunca é demais lembrar que a constante disponibilidade interna de papel importado, desonerado, e a preços competitivos, é uma reivindicação permanente do nosso setor, uma vez que o Brasil ainda não é autossuficiente em diversos tipos de papéis de imprimir. Na seara tributária, a cobrança repetida de alguns impostos, como o ISS e o ICMS, está no foco constante da nossa entidade, que move contra essa prática uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, em tramitação no Supremo Tribunal Federal. Esses são apenas dois exemplos bastante concretos dos entraves que prejudicam nossa indústria. Mas há também problemas mais profundos, na esfera cultural até, que precisam ser encarados. Deve figurar, entre as discussões diárias de nossa entidade, o incentivo à leitura, através da adoção de políticas públicas que aloquem recursos no orçamento e incentivos fiscais para projetos culturais e educacionais que estimulem novos leitores. Isso, sem falar na capacitação de multiplicadores de leitura, dirigidos a responsáveis por salas de leitura ou bibliotecas públicas. Enfim, são com esses pleitos como bandeiras prioritárias e a certeza de que ainda é possível e desejável avançar muito que devemos encarar os próximos anos a partir deste CONGRAF. Continuemos unidos pela nossa indústria.

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Vinícius Amaral


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A demanda por mídia digital feita especialmente para dispositivos móveis é uma constante crescente. Até pouco tempo atrás, muitos apostavam que a migração do produto impresso para o eletrônico geraria uma queda de produção. Quem está se adaptando à nova realidade não teme mais pela falta de trabalho. Reformulando a frase: quem está se adaptando teme, na verdade, pelo aumento de trabalho. Esse aumento ocorre devido à composição de dois ou mais layouts de um mesmo produto. O mercado está dando lugar a um novo modelo de publicação. Essa nova demanda é capaz de resgatar o designer/diagramador da mídia impressa além de dar oportunidade a manipuladores de vídeos, animadores, especialistas em 3D, webdesigners, programadores etc. Esses profissionais têm perfis para atuar cada um em um trecho de uma revista digital, dando sua contribuição e inovando cada vez mais o produto. Como todos sabem, o trabalho desenvolvido por esses profissionais são unidos e inseridos todos em um soft­ ware centralizador, o InDesign. Ele é responsável por mesclar um plano de fundo a um vídeo, a um texto descritivo, logo ou título de uma matéria e por aí vai. Infelizmente, ninguém trouxe uma fórmula mágica dizendo que é possível construir apenas um layout, virar o tablet em 90º e ter o resultado horizontal em um passe de mágica. O resultado é prazeroso, mas, para chegar até ele, exige dedicação e muita, muita atenção. A atenção é essencial pois, antes, a preocupação era apenas com um layout. Agora, o que é feito para uma página vertical, deve ser repetida para a horizontal também. O XML é uma excelente opção para auxiliar nesse tipo de publicação. Quando se diz excelente opção, tenha em mente que nem sempre será fácil dar uma solução com a utilização desse recurso. Nem sempre, também, ele será o método mais rápido de se produzir. O que é garantido é que o XML dará a segurança de manter dois layouts com o mesmo conteúdo. Vejam a seguir como funciona.

01

Ao criar o primeiro layout, lembre-se de uma regra muito simples: nenhum estilo pode ser violado. Aplicar negrito ou itálico manualmente, sem estilo de caractere, elimina qualquer possibilidade de criar um fluxo de trabalho envolvendo XML e InDesign.

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criação das tags

Após criar uma das versões de sua página, verifique se não há nenhum elemento sem estilo no documento.

Caso o layout tenha todos os estilos, crie as tags para associar a eles. Para isso, entre em Window > Utilities > Tags. Com a paleta aberta, crie as tags de acordo com cada estilo que o layout tiver. O ideal é que sejam criadas tags para as Stories também. Exemplo: TituloStory, TextoStory etc.

criação do layout

O primeiro passo é criar o layout da página, ou na horizontal ou na vertical. Não importa o formato que vai iniciar a produção, o que importa é que seja criado apenas um e, a partir dele, deriva-se o segundo.

Gere as tags com os mesmos nomes dos estilos. Dessa maneira, o InDesign é capaz de associar uns aos outros automaticamente.

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Com as tags geradas, é o momento de fazer a associação. Do modo como foi construído o modelo desse tutorial, é possível fazer a associação automática. Porém, por motivos de organização estrutural do XML, duas tags serão inseridas manualmente. São elas: TituloStory e TextoStory. Essas tags serão associadas pelo frame, e não pelo texto. Clique no frame e, posteriormente, na tag.

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vinculação

Após o documento ter sido mapeado, é o momento de gerar um vínculo entre ele, o arquivo de InDesign e um novo arquivo de XML. Apesar das tags geradas, ainda não existe um arquivo XML criado, muito menos vinculado ao InDesign. Para isso, clique em View > Structure > Show Structure. Com a janela de estrutura aberta, clique no botão de opções e, posteriormente, em Export XML...

Os frames associados devem assumir como contorno a coloração de suas respectivas tags. Caso isso não aconteça, entre em View > Structure > Show Tagged Frames. Agora que os frames estão associados, vá para o painel Tags e clique no botão de opções. Entre em Map Tags to Styles. Nesse momento, os elementos de texto serão associados ao XML do documento. Se o nome das tags for igual ao nome dos estilos, basta clicar em Map by Name para fazer a associação automática. Caso não sejam idênticos, faça a associação manualmente. Escolha um local para o seu arquivo e clique em Save. Logo depois, aparecerá uma janela com as configurações de XML. Elimine todas as opções e selecione a opção UTF-16 para o Encoding.

Para conferir no layout se a associação dos estilos foi feita de forma correta, verifique se em cada negrito e itálico há a demarcação por [colchetes] com a cor da tag determinada.


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Clique em Export. Para gerar o vínculo entre o XML e o arquivo de InDesign, é necessário que o primeiro seja importado no segundo. Com o Structure aberto, clique no botão de opções e, posteriormente, clique em Import XML... Na janela XML Import Options, deixe apenas a opção Create link habilitada. Ela que vai manter o vínculo entre os dois arquivos.

criação do

05 layout oposto Esse é o momento de criar o layout oposto ao anterior. No caso do exemplo, o horizontal. Para isso, gere uma cópia do documento e faça a alteração sobre ele mesmo.­ Gerar pela cópia do próprio documento é necessário para que ele mantenha a mesma configuração de tags.

Clique em Ok. O arquivo XML estará vinculado ao arquivo de InDesign.

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atualização

Manter estilos e tags atualizados é a preocupação que o diagramador tem que ter para que esse processo funcione corretamente. No passo anterior, você deve ter notado que a diagramação foi alterada ao importar o XML novamente. Para resolver esse problema já esperado, entre em Window > Utilities > Tags. No botão de opções dentro da paleta, entre em Map Tags to Styles...

A diferença entre a opção clicada anteriormente e essa é que a anterior criava tags de acordo com o estilo de parágrafo. Essa opção agora associa as tags aos estilos do documento. Clique em Map by name para associar automaticamente, ou associe um a um caso os estilos não tenham o mesmo nome que as tags. Por fim, clique em Ok.

Com os dois layouts prontos, caso queira fazer alteração de texto em um ou em outro, basta alterar e exportar o XML, substituindo o anterior. Após as alterações, a paleta de Links vai solicitar que atualize o documento. Basta atualizar e ambos os documentos estarão alterados.

Quando alterar um texto com nova aplicação de estilos, faça o procedimento de Map Styles to Tags antes de exportar o arquivo XML. Automaticamente, o outro documento também será atualizado quando você clicar em Update no link. Adquira o DVD - InDesign & XML e aprenda muitos truques para a manipulação de seus arquivos. Ele está à venda no seguinte endereço: www.loja.photopro.com.br . Para a próxima edição, continuaremos nesse assunto utilizando o Book para facilitar ainda mais esse trabalho. Um grande abraço a todos e boas experiências.

viniciusamaral@gmail.com

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Criativo

Irineu De Carli Jr.

crowdsourcing o poder da comunidade virtual colaborativa

No mundo dos negócios, o Outsourcing, ou Terceirização, veio para ficar. De maneira profunda e prática, a Terceirização mudou a face do trabalho e dos empregos. Hoje, é comum um produto ocidental ser fabricado na Ásia a preços extremamente baixos, e ser vendido de volta ao mundo ocidental a preços muito mais vantajosos. Todo mundo aceita isso como “normal”, e ninguém questiona o fato de essa prática estar causando desemprego mundial em massa. Mas essa questão social é outro assunto. A questão que quero abordar aqui é que a ideia de Terceirização, à luz da Internet e do conceito de Nuvem da Informática, evoluiu, para algo mais ameno: o Crowdsourcing, ou, terceirizar projetos. É o poder virtual canalizado das massas, da multidão, da comunidade.

Por Crowdsourcing, podemos entender algo como: Colaboração Criativa Mundial, ou Colaboração em Massa. Literalmente seria: Recurso na Multidão (crowd = multidão + source = recurso). É como uma Brainstorm (tempestade de ideias) gigante, mundial. Só que controlada e direcionada, enfim, produtiva. A Wikipédia, enciclopédia mundial do conhecimento na Web, define o Crowdsourcing da seguinte maneira: um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para resolver problemas, criar conteúdo e soluções ou desenvolver novas tecnologias. O crowdsourcing possui mão de obra barata, pessoas que, no dia a dia, usam seus momentos ociosos para criar a colaboração.


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É uma nova e crescente ferramenta para a inovação. Utilizado adequadamente, pode gerar ideias novas, reduzir o tempo de investigação e de desenvolvimento dos projetos, diminuir custos, além de criar uma relação direta e até uma ligação sentimental com os clientes. A própria Wikipédia é um dos maiores exemplos de Crowdsourcing. Já o Google define Crowdsourcing da seguinte maneira: é um modelo de criação e/ou produção, que conta com a mão de obra e conhecimentos coletivos para desenvolver soluções e criar produtos. O termo Crowdsourcing surgiu de forma concreta pela primeira vez quando utilizado por Jeff Howe, editor, em seu artigo The Rise of Crowdsourcing (O Surgimento do Crowdsourcing) na revista Wired, em 14 de junho de 2006. Neste artigo, Jeff destaca que a maravilha do poder da Internet, hoje, faz com que experts e amadores tenham o mesmo poder de colaboração, seja para criar ou resolver problemas, com ideias e abordagens frescas e com diferentes pontos de vista, num fórum mundial de interação. Citando suas próprias palavras: o Crowdsourcing é o novo lugar da mão de obra barata: pessoas no dia a dia usando seus momentos ociosos para criar conteúdo, resolver problemas e até mesmo para pesquisa e desenvolvimento. É o ato de pegar um trabalho tradicionalmente feito por uma pessoa contratada e terceirizar essa tarefa para um grande grupo indefinido de pessoas convidadas. Alexandre Fugita, editor do site Techbits, adiciona: com o Crowdsourcing, a multidão pode ajudar organizações a completar tarefas e diminuir custos. Existem dois tipos de Crowdsourcing: o voluntário e o pago. O voluntário é o mais comum, e foi o iniciante. Estudantes, professores, todos trabalham e geram ideias em prol de um bem comum. Como exemplos importantes desse tipo de colaboração, temos o desenvolvimento e surgimento do Sistema Operacional LINUX e do navegador Firefox. Ambos, muito poderosos e gratuitos, foram disponibilizados para o uso das massas na Internet. Além do exemplo prático e colaborativo da enciclopédia de conhecimento mundial Wikipédia, temos ainda os exemplos do site de fotografias iStockphoto e do site de filmes Netflix. Cada vez mais no mundo dos negócios, ouvimos conceitos como empresas Starters (Iniciantes) e Empresários-Anjos. As empresas Starters são pequenos homens de negócios, ou grupo deles, que têm grandes ideias

e querem se lançar ao mundo empresarial, só que não têm capital para tanto. Entram então em ação os Empresários-Anjos. Esses empresários, já bem-sucedidos e consolidados, financiam as ideias dos empresários Starters para que tenham sucesso, e, vindo a dar lucro, sejam uma fonte alavancadora de bons negócios. É claro que existem riscos envolvidos, mas, juntamente com o investimento, existem contratos de financiamento e resultado que tentam proteger e ajudar ambos os lados do novo negócio. Toda essa nova ação tem relação com o Crowdsourcing pago, pois um Empresário-Anjo, ou um grupo de Empresários-Anjos, pode arregimentar e direcionar um grupo local ou mundial de profissionais das mais diferentes áreas e fazê-los trabalhar em torno de um mesmo alvo, ou ideia, até que um projeto sólido e lucrativo de negócio se apresente. Normalmente, esse convite é feito por grandes empresários que podem não só bancar, mas até mesmo perder algum dinheiro caso o novo projeto venha a fracassar. De uma forma mais simplista, o Crowdsourcing pago, ou contratado, funciona como uma fazenda de ideias, onde os participantes dessa empreitada trabalham como “gado confinado”, produzindo ideias para seus contratadores. Não viso aqui desmerecer a prática, mas, antes, colocá-la em uma visão mais prática do dia a dia.

Acordos de Non-disclosure (confidencialidade) devem ser observados normalmente de ambos os lados. Seja Ético!

Perceba que a informática, a Internet, a banda larga, a nuvem da informação (Cloud Computing), as ligações Voip, e a videoconferência são as molas mestras por trás desse novo tipo de colaboração mundial em massa. Pois, apenas com uma comunicação mundial barata, ou mesmo gratuita, é possível a troca de ideias, a colaboração, e a produção de projetos práticos. De uma forma ainda mais abrangente, o Crowdsourcing se apresenta no âmbito educacional, no qual, cada vez mais, existe a colaboração entre as diferentes universidades, de diferentes países. Desde a colaboração na sala de aula, até o desenvolvimento de ideias de âmbito local, nacional e mundial, podemos perceber que a colaboração em torno

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O Crowdsourcing veio não só para criar, produzir novas ideias, mas também para solucionar problemas do conhecimento traz luz e ajuda todos no descobrimento de ideais úteis para a humanidade. É como diz o provérbio chinês: É necessária toda a aldeia para criar cada criança! Como grande exemplo dessa expansão do conhecimento mundial, temos o Crowdsourcing da área médica. Já não é de hoje que a troca de conhecimento local, profundo e específico, da área de pesquisa médica, quando compartilhado com todos, produz resultados que mudam a prática médica na área da saúde global. Um problema prático hoje, e ainda sem solução, onde o Crowdsourcing seria muito útil, é o problema criado pela própria nuvem da informática, o Big Data (Grande Volume de Informação). Segundo afirma Cezar Taurion, Gerente de Novas Tecnologias Aplicadas da IBM Brasil, em seu artigo Big Data: a nova fronteira da inovação, publicado recentemente no site iMasters.com.br: “No dia a dia, a sociedade gera cerca de 15 petabytes de informações sobre as suas operações comerciais e financeiras, bem como sobre clientes e fornecedores. Um volume impressionante de dados também circula nas mídias sociais e nos dispositivos móveis. Outro volume, tão impressionante quanto, é gerado pelo número cada vez maior de sensores e outros equipamentos embutidos no mundo físico, como rodovias, automóveis, aeronaves, máquinas robóticas, entre outros. Um único segundo de vídeo em alta definição gera 2.000 vezes mais bytes que uma página de texto. Capturar, manusear e analisar esse imenso volume de dados é um grande desafio.” A evolução e desenvolvimento da informática criou o problema de armazenamento e manipulação prática de todas as suas informações. Lidar com tudo isso não é tarefa fácil. Precisamos de ideias práticas, da ajuda do Crowd­ sourcing mundial. Você já pensou no volume de dados que os vídeos do YouTube geram por minuto? Ainda mais agora que disponibilizará filmes de 4K? Ou o volume de dados que o Google gera? Não é a toa que a Apple, por exemplo, acaba de estrear um novo Data Center para poder apresentar ao mundo seu mais novo serviço, o iCloud, e manter ainda melhor sua iTunes Store.

Mas, em termos práticos, como montar uma ajuda colaborativa que você possa tirar proveito? • Lembre-se de que a Internet permite que uma pessoa física (pequena) tenha o mesmo poder de comunicação que uma empresa jurídica (grande). • Convide e reúna através de suas redes sociais (Facebook, Orkut, LinkedIn etc) amigos freelancers que sejam bons no desafio que você irá propor. • Envolva os que você escolheu em uma plataforma Web amigável que você controle. • Organize, desafie e foque essa multidão de profissionais escolhidos com o seu alvo profissional definido ou ideia principal. • Desenvolva o PROJETO ou IDEIA, e ataque o ALVO. • Tenha conversas de avaliação e correção de percurso, mas mantenha sempre o FOCO no ALVO principal. • Quando atingir o resultado final, compartilhe com todos! O importante é alinhavar e motivar todos na busca por uma boa solução geral para o projeto. Ideias, interesse, estratégia, paixão e colaboração são as palavras chaves! O Crowdsourcing veio não só para criar, produzir novas ideias, mas também para solucionar problemas. É como dizem: duas cabeças pensam melhor do que uma. Imagine, então, milhares e milhares de cabeças tentando solucionar o mesmo problema. Todos, com suas cosmovisões (visão interior e pessoal do mundo) diferentes, com suas abordagens culturais pluralistas (costumes), seus conhecimentos básicos ou plenos de determinado assunto. Todos, de forma global, cooperando para uma solução comum. Dessa forma, podemos perceber o poder do Crowdsourcing, e de como essa colaboração mundial pode crescer e beneficiar a raça humana no futuro vindouro. A Nuvem (Crowd) veio para ficar, trazendo no seu bojo o empreendedorismo e a inovação! Participe! Na multidão de conselhos há sabedoria!

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Criativo

Jean-Frédéric Pluvinage

1h

Muse

Novo programa da Adobe, que está em desenvolvimento, permite criar websites bonitos, interativos e funcionais sem precisar saber códigos de programação

Designers gostam de história da arte, gestalt, teorias da comunicação e tipografia, mas a aplicação destes e vários outros conceitos em uma página da Internet tem um sério obstáculo: conhecer os códigos e programações necessários para a criação de um arquivo Html. Visando facilitar a vida desses profissionais, a Adobe lançou o Muse (nome temporário), um aplicativo para diagramar e publicar páginas Html com a mesma facilidade com que diagramamos páginas impressas. De fato, muitas funcionalidades que encontramos no InDesign, como páginas-mestras, estilos de caractere e estilos de parágrafo estão presentes no Muse. Você verá como a interface é familiar neste passo a passo para criar um site simples e funcional. Mãos à obra!

abrindo um

01 novo documento Primeiro, é preciso instalar o Muse, que ainda está em fase de testes e pode ser baixado gratuitamente em muse.adobe.com . Depois, abra o programa e clique em File > New Site, a janela New Site se abrirá. Você deve especificar as medidas de seu site: coloque em Page Width a largura do site em pixels; em Min. Heights insira o valor da altura mínima em pixels. O Muse tem como valor padrão de largura 960px. Antes, o padrão da Web era 800px de largura, mas a tecnologia dos monitores melhorou muito. Você pode inserir colunas e margens como guias visuais. Em Padding, especifique a distância mínima entre as bordas do navegador e o conteúdo do site. Se você deixar a


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opção Center Horizontally ativada, o conteúdo do seu site ficará alinhado no centro, caso contrário, ficará alinhado à esquerda. Por fim, clique em Ok.

ou com uma imagem. Se escolher uma imagem, pode usá-la como um pattern e repetí-la na horizontal, vertical ou ambos os eixos na opção Fitting. Usar patterns para preencher espaços é muito útil, pois o navegador precisa carregar a imagem apenas uma vez e isso torna seu site mais rápido de ser carregado.

Medidas padrões do Muse na criação de um novo site

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páginas mestras

O Muse irá abrir seu projeto na aba Plan. Esta é a aba voltada para a elaboração das páginas e subpáginas do seu site. Na parte inferior, há uma caixa chamada Masters. Sua função é a mesma das páginas-mestras do InDesign: você pode inserir nela os elementos que irão se repetir em várias ou todas as páginas do website. Use-a para inserir os principais botões de navegação e as medidas de Header e Footer (o cabeçalho e rodapé de um site). Você pode criar mais de uma página-mestra (com o botão “+”) e aplicar páginas-mestras diferentes em suas páginas.

A caixa Masters permite editar páginas-mestras para sites Clique duas vezes na caixa A-Master. O Muse abrirá seu conteúdo na aba Design, voltada para edição de páginas. Sua interface é muito parecida com a de aplicativos de edição gráfica da Adobe. Você pode inserir textos com o Text Tool (tecla de atalho: T). Você pode inserir gráficos do mesmo modo que no InDesign, indo em File > Place e selecionando sua imagem. Você também pode usar o Rectangle Tool (M) para criar um retângulo. Ao selecionar esse retângulo e clicar em Fill, no painel de controle, é possível preenchê-lo com uma cor sólida, com um gradiente

Exemplo de retângulo preenchido com uma imagem repetida continuamente na horizontal Defina a arte que fará parte do cabeçalho (Header). Para o rodapé (Footer), todos os elementos que você inserir devem ser sinalizados como elemento de rodapé. Para isso, selecione todos os objetos que fazem parte do cabeçalho e vá no menu Object > Footer Item, ou clique com o botão direito e selecione Footer Item.

Neste rodapé, um retângulo branco, duas caixas de texto e um retângulo com pattern foram definidos como Footer Item Você também deve definir, na página-mestra, as áreas do Header e Footer. Vá no menu View > Show Header and Footer, duas novas linhas guias irão surgir. Clique na segunda guia de cima para baixo, seu nome “Header” irá aparecer. Tudo o que ficar acima dessa guia será parte do cabeçalho do seu site. Clique na terceira guia, seu nome “Footer” irá aparecer. Tudo o que ficar abaixo dela será o rodapé. Todo o conteúdo de suas páginas ficará entre o cabeçalho e o rodapé que você definiu na página-mestra.

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Edição das áreas de Header e Footer na página-mestra

estrutura

03 do website Clique na aba Plan para ver a estrutura do seu website. Por enquanto, há apenas a página Home, que agora contém todos os elementos que você inseriu na página-mestra. Você pode adicionar novas páginas para o seu site ao clicar nos botões “+” nas laterais da página. Se você clicar no sinal “+” abaixo de uma página, você criará sua subpágina. Por exemplo, se você tiver uma página sobre roupas, poderá criar uma subpágina para produtos mais específicos, como camisetas, jaquetas e saias. Essas subpáginas também podem ter subsubpáginas e assim por diante.

Inserção de hiperlink por meio do painel de controle Você também pode criar um botão que altera sua aparência se o mouse estiver sobre ele (estado Rollover), se você clicar sobre ele (estado Mouse Down) e se estiver ativado (estado Active). Para isso, crie esse botão no Photoshop. Para cada estado, crie um layer com uma aparência diferente. Salve o botão em formato PSD. No Muse, vá no menu File > Place Photoshop Button. Uma caixa com opções de importação irá se abrir. Especifique o layer que você quer do arquivo para cada estado de botão e clique em Ok.

Criação dos estados de botões no Photoshop Aba Plan com páginas e subpáginas

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hiperlinks e botões

Você pode adicionar hiperlinks em frames de imagem e de texto e também em qualquer conjunto de caracteres dentro de um frame de texto. Para isso, basta selecionar o frame ou conjunto de caracteres e clicar na caixa de texto ao lado da opção Hyperlinks, no painel de comandos. Todas as páginas que você criou na aba Plan estarão listadas para você crair o hiperlink para uma dessas páginas. Se você quiser linkar o frame a uma página externa, escreva na caixa de texto a extensão URL completa do site, incluindo o prefixo “http://”. Se quiser linkar seu frame a um e-mail, escreva o e-mail completo na caixa de texto.

Especificação dos layers na importação para o Muse Você pode usar esses botões como hiperlinks para páginas internas, extenas e e-mails, ou para serem usados nos Widgets, como veremos a seguir.


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widgets

Os Widgets são painéis, menus, slideshows e composições interativas que podem ser inseridas sem necessidade de programá-las. Para inserir um Widget, basta ir no menu Window > Widgets Library. O painel Widget Library irá listar todos os Widgets do Muse. Basta selecionar um e arrastar para a sua página. Para inserir um menu, por exemplo, entre na sua página-mestra, vá no painel Widgets Library, clique na opção de menus e arraste a subopção Horizontal para a página. Um menu horizontal será criado. Ele já contém botões com nomes para as páginas que você criou na aba Plan e cada botão já tem um hiperlink para sua respectiva página.

parágrafo manualmente na sua página. O Muse tem uma lista de fontes seguras para uso na Web, que não terão problemas de leitura nos navegadores. Você também pode usar as demais fontes do seu sistema, mas elas serão exportadas como imagem na publicação do site. Após formatar seu texto, selecione o caractere, ou parágrafo, e clique no botão Create a new style from the attributes applied no painel Character Stiles ou Paragraph Stiles. Para editar estilos de gráficos, selecione um frame de imagem e edite-o. Você pode definir seu preenchimento, extensão e cor da borda e arredondamento dos cantos no painel de controle. Depois, selecione o frame e clique em Create a new style from the attributes applied no painel Graphic Stiles.

Parece familiar? Sim, é um painel de estilos como no InDesign

Painel Widgets Library com opções de menus Após a inserção de um Widget, será necessário a sua personalização por parte do designer, que poderá alterar as fontes usadas, as cores, os botões, a quantidade de slides e painéis etc. No Widget chamado Lightbox Display (na seção de Compositions), por exemplo, o modelo padrão são três botões que ativam cada um a visualização de uma foto. Você pode selecionar um desses botões e deletá-lo ou adicionar mais botões ao clicar no sinal “+”. Você pode preencher os botões com uma cor, gradiente, imagem ou trocar por um botão do Photoshop com os estados de botão já editados.

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estilos

O Muse conta com estilos de parágrafo, de caractere, de gráficos e de hiperlinks, semelhantes aos estilos do InDesign. Para definir um estilo de texto, edite um caractere ou

Para editar os estilos de hiperlinks de texto, vá no menu File > Site Properties e clique na aba Hyperlinks. Você pode definir vários estilos de hiperlinks e sua aparência nos estados normal, com mouse em cima, visitado e ativo.

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teste e publique!

Para testar o funcionamento de uma página, clique na aba Preview, no canto superior do aplicativo. Para testar com mais precisão todo o site, vá no menu File > Preview Site in Browser. Dessa forma, você poderá testar seu site inteiro no seu navegador. Para publicar seu site, clique em Sign In no canto superior direito do Muse e crie sua conta “Business Catalyst”. Depois de logado com a sua conta por meio do Sign In, clique na aba Publish, a última aba ao lado de Plan, Design e Preview, e siga o passo a passo para a criação de um site na Web com extensão “businesscatalyst.com”. Fácil não é? Dessa forma, antes de exportar para Html, você pode mostrar para colegas e clientes a aparência do seu site. Simples e prático como no InDesign!

jean@revistadesktop.com.br

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Criativo

Arjowiggins amplia seu portifólio de produtos

A partir de outubro, a divisão de negócios Papéis Finos da Arjowiggins passa a adotar para a América Latina a mesma política comercial e identidade visual utilizada pelo grupo na Europa, Arjowiggins Creative Papers. Segundo Ronald Dutton, diretor comercial da divisão de Papéis Finos para a região, “esta nova estratégia foi adotada para melhor atender ao mercado latino-americano, que está em expansão e cada vez mais exigente. A demanda por produtos diferenciados e de qualidade para as mais diversas aplicações está crescendo e, por isso, estamos ampliando nosso portifólio visando essa oportunidade.” A Arjowiggins importará cerca de 140 novas referências de marcas reconhecidas na Europa, como Curious Collection, Rives, Pop’Set e Keaykolours, todos com certificado FSC. O processo se concluirá já em outubro deste ano, com grandes investimentos para ampliação dos serviços no mercado. A expectativa de incremento sobre o desempenho atual para 2012 é de aproximadamente 5%. As primeiras mudanças serão sentidas pelos distribuidores de papéis, principal canal de distribuição da companhia. Mas serão os designers, criativos e os gráficos que

A Arjowiggins importará cerca de 140 novas referências de marcas reconhecidas na Europa serão contemplados com esta estratégia. Eles terão à sua disposição papéis com cores diferenciadas, maior gramatura, referências translúcidas, novas texturas e diferentes sensações ao tocar o papel para realizar seus projetos. A divisão de Soluções de Segurança contra fraudes segue com a sua estratégia e identidade visual, baseada na marca Arjowiggins Security.

www.arjowiggins.com.br


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digital

EFI lança Fiery 10 A EFI anunciou a atualização de um de seus principais carros-chefe: o Fiery 10. O sistema de rasterização de imagens que se tornou plataforma de um vasto número de impressoras para saída high-end nos segmentos de provas e comunicação visual chega à versão 10 com uma série de novidades. São três as novidades-chave da nova versão: otimização da qualidade e da consistência de cores; a prática e uso; e, por fim, a possibilidade de integração com outros sistemas e hardwares. “A cada ano, a EFI lança uma nova versão de sistema e, basicamente, o que cada versão traz são melhoras gerais em performance, produtividade, suporte às novas tecnologias e velocidade das máquinas dos clientes. Um dos destaques do sistema 10 é justamente a performance”, explica Manuel Valente, responsável pela divisão Fiery da EFI. Cor Talvez um dos maiores destaques da nova versão do Fiery seja a performance de seu sistema de gerenciamento de cores. Através do novo Fiery Calibrator, o processo de calibração de cores torna-se mais simples e rápido. A nova ferramenta Job-Based Calibration permite personalizar todo o processo para cada trabalho, atribuindo perfis específicos ao job em questão. Entendendo o item cor como processo fundamental dentro o ciclo de impressão, o Fiery 10 incorpora em seu sistema a ferramenta Calibration Guard, que fornece ao usuário status atualizado de calibração de um trabalho – incluindo ferramenta de alerta caso algum atributo esteja fora do padrão pré-especificado – evitando a ocorrência de erros posteriores. Outra ferramenta muito interessante, que acompanha a versão 10, é o Fiery Image Enhance Visual Editor (IEVE), disponível no sistema de gerenciamento de arquivos Command Workstation, que traz nova e intuitiva interface e permite edição em imagens sem que se tenha a necessidade de abrir novamente o aplicativo original em que elas foram criadas. Para isso, há ferramentas para ajustes específicos como brilho, contraste,

sombras, balanço de cores, correções de olhos vermelhos e outras funcionalidades comuns ao processo de otimização de imagens. “A calibração é feita com base em um determinado trabalho, mídia e perfis respectivos. Hoje, o controle de cor de perfil ICC já existe, mas para grupos e tipos de papel. Com o sistema 10, isso pode ser feito individualmente com cada job, e é uma vantagem, já que, normalmente, é usada uma variedade enorme de papéis e o Fiery 10 permite controlar isso”, explica Manuel. O Fiery 10 e o usuário Ainda sobre o Command Workstation, vendido com o Fiery 10, merecem destaque os aprimoramentos que facilitam sua usabilidade.


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Manuel Valente, responsável pela divisão Fiery da EFI, mostra a nova versão do sistema de rasterização de imagens

Itens como acesso a informações sobre os arquivos e configurações de padrão para cada job estão agora mais fáceis de serem visualizados e usados. Um exemplo é o novo Mixed Finishing Sets, com o qual usuários podem especificar vários requerimentos de acabamento para um trabalho ao mesmo tempo e usar ainda vários subsets em um único job. Performance Para aqueles que trabalham com impressão digital e personalização, o Fiery 10 traz vários e novos recursos para aplicação de VDP (Variable Data Printing). Também oferece suporte ao padrão PDF/VT-1, desenvolvido pela ISO para processos gráficos envolvendo dados variáveis e que permite o trabalho otimizado com o formato PDF dentro desse fluxo. Outro destaque que diz respeito à performance do Fiery 10 é sua possibilidade

de se integrar a diversos fluxos de impressão, incluindo aqueles baseados no uso de dispositivos sem cabos e fios (Wi-Fi) e multifuncionais. Destaque, ainda, para o suporte para aplicações em dispositivos móveis, por meio do Apple iOS, para iPhones e iPads. O Fiery 10 também traz suporte ampliado ao sistema Agfa Apogee PrePress, para gerenciamento de fluxos de trabalhos na etapa da pré-impressão, bem como deve, muito em breve, expandir essa integração para o Kodak Prinergy Workflow. “Hoje, o mercado nacional tem demanda para tecnologias avançadas como as trazidas pelo Fiery 10. Antigamente, você não era atendido pelos usuários de offset. Hoje, já temos várias instalações em grandes gráficas”, explica Manuel. “No primeiro semestre deste ano, a área de Fiery cresceu de 30 a 35% em relação a 2010.”

www.efi.com

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pensando grande

Chromium Arte

diversifica produção com

Epson Stylus Pro

GS6000

Nosso ingresso na comunicação visual foi uma necessidade no mercado da época, pois havia poucas empresas que faziam esse trabalho com qualidade.


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Localizada no bairro da Saúde, em São Paulo, a Chromium Arte trabalha com impressos de sinalização e comunicação visual. Iniciou sua trajetória há 21 anos, mas como agência. Na época, um dos clientes era a BlockBuster, para a qual cuidava desde a criação dos trabalhos até a impressão dos materiais de ponto de venda e sinalização. Daí em diante, os trabalhos de plotagem aumentaram em volume e suplantaram a agência. “Inclusive, empresas de distribuição de filme começaram a fazer plotagem digital conosco”, disse Claudia Antony, proprietária da Chomium Arte. “Nosso ingresso na comunicação visual foi uma necessidade no mercado da época, pois havia poucas empresas que faziam esse trabalho com qualidade.” Logo, chegou também a necessidade de se adaptar às necessidades sustentáveis de produção. Foi assim que a Chromium aderiu à tecnologia eco-solvente. “Optamos pela tecnologia eco-solvente porque alguns de nossos clientes, entre eles, o Banco Real, exigiam que tivéssemos soluções ambientalmente responsáveis”, contou Claudia. investimento Nesse meio tempo, trabalhou com várias tecnologias de impressão. Há um ano e meio a Chromium optou por investir em impressora Epson, particularmente, a Epson Stylus Pro GS6000. “Li sobre a máquina GS6000 em um anúncio e fui atrás para saber mais. A Epson e a T&C me apresentaram a tecnologia, que, além de ter a tecnologia eco-solvente, também possuía uma resolução maior do que o equipamento com que trabalhávamos. Mesmo em alta qualidade, a velocidade é bem satisfatória. Também chamou a atenção o excelente desempenho da máquina na impressão do papel, o que não é comum no solvente”, disse a proprietária. “Não existe resolução ruim. Você pode colocar a mídia lá que sairá muito bom.” “A marca Epson, sem dúvidas, transmite confiabilidade. Influenciou bastante na decisão de compra”, disse Claudia. A comprovação da satisfação de Claudia com a GS6000 está no fato de que, menos de um mês da aquisição da primeira máquina, a Chromium adquiriu um segundo modelo. Outro destaque, salientado por Claudia, é a ausência de cheiro durante a operação. “Não precisei colocar ar-condicionado no local”, frisou.

Optamos pela tecnologia Ecosolvente porque alguns de nossos clientes, entre eles, o Banco Real, exigiam que tivéssemos soluções ambientalmente responsáveis

confiabilidade e desempenho Por fim, Claudia ressalta a confiabilidade do equipamento. “O sistema de limpeza é 99% automático e já rodamos trabalhos 24 horas na GS6000 e o desempenho foi excelente. O processo não emite odores, não exige ambientação. O funcionamento é muito fácil, a máquina praticamente fala com você. Qualquer coisa errada, ela acusa. A durabilidade do impresso também impressiona, inclusive, no envelopamento de frotas.” Hoje, entre seus principais clientes, estão uma rede de cinema e bancos. Segundo palavras da própria Claudia, outro diferencial é o serviço de instalação das mídias caminhar lado a lado. “Temos um excelente equipamento. Mas tudo aqui é planejado. Nossos funcionários são treinados para isso. Nossas instalações não dão problemas, não há reclamação. Não adianta ter excelentes máquinas se não há qualidade no serviço após a impressão.”

www.chromiumarte.com.br

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embalagem - Drupa media partner

Gareth Ward

Digital para Embalagens

O marketing moderno trabalha, grosso modo, com uma diversidade de marcas e, no segmento de embalagens, isso significa trabalhar com embalagens promocionais, embalagens de tiragens limitadas somente para uma ocasião (um evento, por exemplo), ou, ainda, embalagens focadas em um determinado tipo de consumidor. Seja como for, isso proporciona oportunidades para que o mercado invista em impressoras que permitam esse tipo de produção diversificada. Quando a Heidelberg prevê que as embalagens impressas digitalmente deverão crescer em taxas de dois dígitos num futuro imediato, podemos ficar atentos. As

perspectivas para a impressão de embalagens de todos os tipos em impressoras digitais estão sensibilizando todos os principais fabricantes desse segmento. Se a impressão digital convencional tende a crescer num ritmo constante, quando pensamos no mesmo processo para a impressão de embalagens trabalhamos com perspectivas enormes, já que não arranhamos nem a superfície das possibilidades ainda. E, mais: ao contrário dos outros segmentos gráficos, as embalagens não sofrem concorrência dos produtos digitais. Até pouco tempo, o segmento de embalagens não era vislumbrado na impressão digital, focada mais na


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impressão em papel. Mas isso irá mudar diante do confronto tecnológico entre os sistemas eletrofotográfico e inkjet, em que, no segundo caso, se ganha espaço devido aos prazos cada vez mais curtos e à necessidade de ganho de tempo. A Drupa 2012 deixará clara a posição de cada fabricante nessa questão. Já entre os equipamentos convencionais para embalagens, estima-se que 20% deles podem se tornar obsoletos em curto espaço de tempo. Frequentes promoções de produtos com ciclos de vida menores só agravam o problema. Esse é outro dos argumentos a favor da impressão digital no ramo de embalagens. Depois, há ainda a oportunidade de personalização como um meio de angariar clientes e, ainda, personalizar produtos farmacêuticos, por exemplo. Voltando ao exemplo da Heidelberg, notamos que a estratégia está baseada no desenvolvimento de equipamentos inkjet, como já visto na Interpack. O principal membro do conselho da empresa, Stephan Plenz, declarou na época: “Embalagens digitais irão mais do que triplicar em quatro anos e suas taxas de crescimento deverão ser maiores no futuro. Impressão inkjet UV está rapidamente ganhando importância graças à sua versatilidade na escolha de substratos e por permitir integração direta com linhas de produção de embalagens.” Tamanho do mercado Alon Bar-Shany, vice-presidente e gerente-geral da Divisão HP Indigo, avalia que as embalagens impressas digitalmente podem tomar o mesmo volume de mercado que as etiquetas. As impressoras HP Indigo já estão sendo usadas em embalagens flexíveis e para impressão de cartões, mas é muito cedo para predizer algo mais. A

WS6000, impressora digital da HP

HP deve apresentar novidades significativas na Drupa e ter grandes impressoras para aplicações em embalagens. A recompensa vale o esforço dos fabricantes. O mercado mundial de folhas impressas digitalmente, caixas e etiquetas representou apenas 2,5 bilhões de Euros em 2009 – em maior volume, representado pelos rótulos. Por sua vez, o mercado mundial de embalagens está avaliado em 429 bilhões de Dólares, e deve superar 500 bilhões em vendas nos próximos cinco anos. Embalagens em papel e em suporte baseado nesse tipo de mídia são os maiores setores, representando 40% do mercado mundial. Muitas empresas do segmento testaram a impressão digital na última década, mas quase todas abandonaram a tecnologia, alegando que o modelo de negócio proposto pelo digital não se enquadra em seu nicho e a qualidade não era satisfatória. Mas, diante das pressões de mercado, o que vemos são fabricantes de equipamentos convencionais apostando no desenvolvimento de sistemas mais e mais velozes, com elevados níveis de automação, tudo para trabalhar com as pequenas tiragens. Isso significa, em linhas gerais, implantar sistemas que assegurem a qualidade (como câmeras que monitoram os impressos e descartam os mesmos quando estes não atingem níveis de qualidade satisfatórios), trabalhar sobre a fidelidade entre o arquivo PDF e o impresso, memorização de padrões de impressão, controle de cor etc. Tudo isso se tornou padrão para as impressoras comerciais. Já as gráficas de embalagens que possuem equipamentos desse nível encontram-se numa posição confortável, uma vez que equipamentos convencionais oferecem vantagens em termos de aplicação de verniz em linha, foiling e outros benefícios que o digital não oferece. O mesmo é verdadeiro para a impressão em banda estreita, na qual o que antes era considerado impressora de etiquetas, hoje, é usado para imprimir embalagens. Muitas vezes, essas máquinas são usadas em combinação com impressoras inkjet para aplicação de datas e outros campos variáveis, como mensagens promocionais. A demanda por maior qualidade e tiragens menores no segmento de embalagens levou fabricantes como a Müller Martini a mesclar tecnologias, como a VSOP, capaz de imprimir com feixe de elétrons de cura, para atender à demanda do mercado, que precisa de ciclos mais velozes.

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No entanto, todo esse interesse, seja dos fabricantes, seja do mercado, está focado no potencial e nas características que o digital oferece. Se a qualidade era, antes, uma questão problemática, isso está mudando rapidamente e não é mais uma barreira. Mas, se a qualidade não é uma barreira, há ainda aprimoramentos a serem feitos, como na fase de acabamento, onde inovações são necessárias. O maior problema, contudo, tem sido o fato de que a maioria das embalagens e caixas em papelão era costumeiramente produzida em quantidades enormes, visto que a produção de alimentos ou bens depende do crescimento econômico. Porém, a concorrência acirrada pela atenção do consumidor nas economias maduras está dirigindo os profissionais de marketing a se forçarem no promocional, nas versões especiais. Tudo isso significa trabalhar com tiragens menores e estar atento às rápidas transformações do mercado – ou seja, as mesmas forças que expandiram o mercado de impressão digital em outros segmentos. Isto é, todas as tendências estão convergindo para tornar a impressão digital para embalagens algo extremamente viável. Outro item favorável à tecnologia é que setores de marketing podem usar impressos digitais em tiragens mínimas para provas das embalagens, bem como possibilita a entrada no mercado de pequenos impressores regionais e artesanais de bebida, por exemplo, ou ainda de decoração, confeitaria e similares. Chocolates sob demanda Este é um tipo de aplicação em que a Irongate, do Reino Unido, está sendo bem-sucedida, usando marketing e impressão digital em parceria com a Xerox. A empresa criou um portal na Web para imprimir embalagens em colaboração com a Thorntons Chocolatier. Um cliente pode entrar no site da Thorntons e personalizar uma caixa de chocolates para presente, selecionando sabores, estilos etc, e, depois, fazer upload de uma imagem e mensagem. Tornou-se um enorme sucesso e, hoje, a Irongate roda cerca de 3500 caixas por semana nas vésperas do Natal, cerca de mil em épocas como Dia dos Namorados. A Xeikon é uma das líderes no segmento de impressão de embalagens e rótulos por meio da tecnologia digital e

aprova a iniciativa. Na Drupa 2008, a Xeikon mostrou uma tecnologia em combinação com acabamento em linha da Stora Enso, produzindo embalagens de CDs e DVDs inline. Outro exemplo vem dos EUA, mais especificamente, o setor farmacêutico, no qual embalagens podem ser personalizadas de acordo com o paciente, contendo a dosagem de medicamento de cada um. Porém, apesar de o setor farmacêutico estar entre os primeiros em projeção para crescimento da adoção da impressão digital, e ainda que muitas gráficas de embalagens desse segmento tenham adotado a tecnologia, há muito a crescer e ser feito. Os maiores problemas estão na impressão de algumas cores e na impressão de textos muito pequenos ou curvados. Para seguir adiante Seja como for, existe um renovado interesse na impressão digital para esses tipos de aplicações, citadas acima. Simon Tokelove, chefe de tecnologia Asset Management da Chesapeake, produtora mundial de embalagens, destaca que a empresa vem sendo pioneira na adoção da impressão digital como alternativa às tiragens e tamanhos das caixas. Mas a tecnologia continua sendo restritiva quanto a formato de impressão, afirma Tokelove. Itens como melhor resolução – entre 800 e 1200 dpi, no caso da Xeikon – são soluções para essas restrições já que, com isso, é possível a reprodução de linhas mais finas, logotipos e textos menores. Solução atraente Impressoras de embalagens tradicionais não estão preparadas para trabalhar com tiragens em pequenos volumes, como as que são viáveis no digital. Há outros exemplos que podemos citar de empresas que tiram proveito dessa característica, como a Mediaware Digital, da Irlanda, que possui um equipamento Xerox ligado a um sistema Stora Enso para acabamento. Nela, são produzidas embalagens personalizadas para a Microsoft, nas quais é acrescido o nome do cliente. A embalagem é impressa somente quando a compra é feita, via internet. Outra possibilidade é trocar os idiomas. Na mesma Mediaware, imprime-se um mesmo produto suíço em até 22 línguas diferentes. E tecnologias para isso existem. A iGen 4 imprime 2200 folhas/hora, seis caixas por folha,


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Impressora digital iGen4 da Xerox oferecendo uma capacidade de produção razoável. Já na Xeikon e sua arquitetura rotativa, a questão do formato é flexibilizada, assim como o é para as versões HP Indigo, que têm obtido grande sucesso no segmento de rótulos. E o acabamento? Ao mesmo tempo, a HP está procurando uma forma de oferecer ao mercado formatos maiores do que usualmente se veem na impressão digital. Também possui parcerias com empresas fornecedoras de equipamentos para acabamento gráfico. Mas, agora, enfrenta a concorrência de outros fabricantes que perceberam que entrar no segmento de embalagens irá demandar inovadores sistemas de acabamento. Outras empresas estão iniciando trabalhos com sistemas a laser para corte em frações de segundo, mas com a inconveniência de sempre ser necessário equalizar a espessura da chapa e a potência do laser. O que é certo é que o potencial do mercado continuará a impulsionar os desenvolvimentos. Os executivos da HP, como Bar-Shany, concordam, e Jef Stoffles, diretor de marketing corporativo da Esko, idem. A empresa fabrica as mesas digitais Kongsberg

Mesa digital Kongsberg da Esko

que frequentemente são usadas para corte em linha de cartões produzidos digitalmente. É interessante notar, ainda, que nessa discussão o inkjet está ganhando espaço. Pequenos lotes de invólucros externos também podem ser usados para transportar mensagens promocionais, combinadas a ações especiais. A SunChemical desenvolve uma máquina inkjet de passada única como substituta para o processo Flexo para uso em papelão ondulado, a qual está em versão beta e para a qual podemos esperar novidades em breve. Da mesma forma, a Agfa continua a encontrar usuários de embalagens para sua linha de equipamentos inkjet. Na Drupa 2012, poderemos ver muitas dessas tecnologias juntas.

:Dotrix Modular da Agfa O futuro é logo ali! Veremos impressoras para lotes cada vez menores, adaptadas às necessidades dos departamentos de marketing e às necessidades de seus programas de responsabilidade social, corporativa e ambiental. Talvez clientes de países menores não sejam iguais aos dos EUA, por exemplo, mas certamente querem comprar produtos com embalagens em seu idioma. Tudo isso impulsiona para cadeias de suprimentos mais apertadas, com ordens de impressão menores. Tecnologias de impressão digital são perfeitamente posicionadas para satisfazer essas demandas, mas não é tão simples. O digital não está sozinho. Outras tecnologias e processos de produção também podem agregar valor e permitir tiragens menores. O que está claro é que o estilo de gestão e a forma como enxergamos o mercado de embalagens irá mudar.

www.drupa.com

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no papel

O futuro, agora Para onde ir? O que as tendências apontam? E, afinal, o que são de fato essas tendências? O que veremos na Drupa 2012? Sem dúvidas, o momento de o empresário gráfico investir é agora, sobretudo diante das mudanças aceleradas do mercado. Mas como investir corretamente?


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Lembro-me de uma de minhas primeiras aulas de Economia

fabricantes e de gráficos alemães para saber como andam as

na pós-graduação em Jornalismo Institucional na PUC-SP e,

coisas por aqui, como funcionam as gráficas brasileiras, como

especialmente, das palavras do professor Paulo Sandroni sobre

está o mercado local.

a oscilação de “humor” do mercado. Dizia o professor Sandroni

Também se pode ouvir, da boca dos principais executivos,

que essa expressão (“O mercado está de mau humor” ou “O mer-

a confirmação, atestada por números, de que o Brasil, junta-

cado está nervoso”) era um tanto nebulosa já que, afinal, nunca

mente com a China, salvou o ano fiscal de várias empresas.

se especificava quem ou o que, de fato, era esse mercado.

Somente a título de exemplo, se há dois ou três anos a América

O que ele queria dizer com isso é que as tendências, sejam elas

Latina representava somente 4% nos negócios globais da Polar,

na Economia ou na área gráfica, são norteadas por correntes

em 2010 essa cifra fechou em 24,6%, sendo o Brasil responsável

invisíveis e com vida própria, correntes estas criadas por forças

por quase a totalidade desse crescimento.

maiores que, de uma hora para outra, decidem positivamen-

A crise no Primeiro Mundo não é balela; é realidade. E impacta

te ou não os rumos de um determinado setor. Um exemplo

diretamente sobre os negócios gráficos. Mesmo que a Alema-

emblemático seria o universo da moda.

nha seja ainda uma pérola em meio a outros mercados em crise

Com o setor gráfico ocorre o mesmo. Esqueçamos por

na Europa – ou mesmo em comparação com EUA e Japão – ela

algumas laudas desta matéria a Drupa 2012 como o grande

representa um mercado estagnado, maduro o suficiente para

termômetro de tendências e analisemos o que vem ocorrendo

não apresentar índices animadores de crescimento. Hoje, os

no mercado nos últimos anos e, em ritmo mais acelerado, nos

gráficos alemães apostam no aprimoramento, não no volume.

últimos dois ou três anos.

Por outro lado, em terras tupiniquins, muitas regiões brilham

Assistimos à coexistência entre amadurecimento e expansão

com investimentos crescentes em tecnologia de ponta.

no mercado das impressoras digitais; à queda voluptuosa das

Outro exemplo ilustrativo é o status que os executivos respon-

tiragens, sobretudo no ramo editorial; à diversificação dos

sáveis por Brasil e América Latina das maiores multinacionais

produtos impressos, cujo prazo de validade passou a se expirar

no ramo gráfico têm atualmente. Se, antes, esses homens de

em dois ou três meses na melhor das hipóteses; ao novo status

negócios eram vistos como exilados para mercados de menor

do acabamento gráfico, que se tornou a chave-mestra para

importância, hoje, eles ilustram a esperança de um volumoso

eliminar parte dos gargalos na produção. Isso, apenas para citar

crescimento que, mundialmente falando, parece estar longe

algumas transformações.

de voltar a patamares de 2007 ou 2008, pré-crise.

Há outras. Nos negócios, vemos empresas se fundindo ou, ainda, selando parcerias para criação e oferta aos clientes de opções

Brasil ou China

híbridas (convencional offset e impressão digital).

Sejamos sinceros. Quem hoje não analisa com uma lupa o mercado chinês? Ou, ainda, quem não se preocupa com a

Exemplo de fora

concorrência de produtos chineses?

No começo de setembro, participei, representando a Revista

Em termos gerais, apesar de apresentar números significativa-

Desktop, de um press tour por algumas gráficas alemãs. Tive,

mente menores de crescimento em relação ao Dragão Orien-

também, a oportunidade de conversar e ouvir profissionais da

tal, o Brasil representa, aos olhos estrangeiros, um mercado

Heidelberg e da fabricante de guilhotinas e periféricos Polar,

mais estável e confiável. Sim, o Brasil, terra da hiper-inflação e

ambas germânicas.

dos abalos sísmicos econômicos!

Em meu retorno, durante as mais de doze horas de voo,

Curto prazo, a maioria das grandes fabricantes não tem inten-

permaneci ensimesmado e alinhavei alguns raciocínios que,

ção de abrir fábricas no Brasil. Explicação? Não há consumo

talvez, indiquem um ponto de convergência entre os que

que justifique tal medida. Porém, o fato de as fabricantes de

muitos apontam como tendência e o que, de fato, é realidade

equipamentos estarem se instalando na China mereça uma

no mercado gráfico.

análise mais cuidadosa em termos de justificativa.

Primeiramente, o comentário geral de que o Brasil é a bola

Brasil e China são mercados promissores. Ambos. Mas há dife-

da vez em termos de otimismo mundial se confirmou e

renças gritantes. Numa análise imediata, a China inicialmente

mostrou-se não mais um mero oba-oba, mas, de fato, uma

parece mais promissora, com um imenso mercado consumidor

realidade. Prova foi o interesse geral de executivos das

e com mais e mais pessoas entrando na faixa de consumo.

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mesmo com a crise, o Brasil é o único país da região a possuir um parque industrial nacional e forte Mas, por que desconfiar do crescimento chinês? Alguns

O México viu sua prosperidade ir água abaixo com a crise que

argumentam que tudo pode não passar de uma bolha. Que o

parece ter se instalado no seu vizinho, os EUA. A Colômbia, que

crescimento e os negócios gerados pela China concentram-se

passou por momentos difíceis devido a crises internas, assistiu

nas mãos de poucos e que pouco resultam na melhora de vida

à queda de seu principal parceiro, a Venezuela, e de países do

geral da população. Outros, ainda, veem com maus olhos o

Caribe e América Central, todos afetados pela crise nos EUA.

fato de a China ser uma ditadura, não respeitar normas interna-

Outros mercados que pareciam promissores, como Argentina,

cionais de comércio nem leis de patente.

sucumbiram diante de crises. Poucos se salvaram, entre eles,

Certo, os mais otimistas podem argumentar que esse quadro

o Brasil que, atualmente, responde pela maioria dos negócios

mudará. É provável. Mas, por enquanto, pelo menos na área

na região.

gráfica, o volume de cópias de máquinas feitas por empresas

Portanto, é natural que os negócios gráficos do mundo migras-

chinesas (estas, comercializadas a um preço irrisório) cria uma

sem, parcialmente, para o país que, hoje, também é o maior

enorme desconfiança nos grandes mercados. É aquele negócio;

produtor de conteúdo informativo no setor e abriga algumas

o mercado consumidor chinês é enorme e ninguém pode

das mais modernas gráficas em todos os segmentos: comer-

fechar os olhos a isso. Mas, daí para frente, o futuro é incerto.

cial, embalagens e promocional. Some-se a isso o fato de,

Prova disso é que mesmo as fabricantes (ou maior parte

mesmo com a crise que no início da década abateu-se sobre

delas) que se instalaram com unidades fabris na China criam

a América Latina, o Brasil ser único país da região a possuir um

verdadeiras cópias de suas fábricas-matrizes, produzindo

parque industrial nacional e forte, o qual, apesar de ter sofrido,

modelos standard para abastecer o mercado local chinês.

permanece em pé.

Motivo? Evitar cópias de tecnologia de ponta.

Parece que as sucessivas crises monetárias e econômicas de

Quando olhamos para o Brasil, não notamos o mesmo ímpe-

décadas serviram para vacinar o empresário local contra abalos

to devorador pelo mercado interno local, visto que a maioria

menores do mercado internacional. Nota-se claramente que o

dos fabricantes não vislumbra instalações fabris aqui. Porém,

que é crise para um europeu, é brisa para o brasileiro.

as que existem, possuem configuração totalmente diferente e usam o Brasil como trampolim para atingir a América do

Mudanças internas

Sul, ou mesmo a América Latina inteira. Continente este que,

O Brasil muda internamente, e, isso, por incrível que pareça,

hoje, apresenta um crescimento menor, mas mais estável,

é notado pelos players mundiais lá de fora. E, creiam: eles

excetuando um ou outro país.

possuem informações, fornecidas pelas suas filiais daqui, que comprovam que, internamente, temos um micro-cosmo do

Mais sobre o cenário global

que ocorre no mundo.

Quando comecei a atuar como jornalista no segmento gráfico,

Explico. Internamente, São Paulo ainda é o maior consumidor

em 1999, México e Colômbia eram centros de referência.

de tecnologia gráfica e também o pólo industrial do mesmo

Juntamente com o Chile, forte exportador de papel, ambos os

segmento. Contudo, é notório o crescimento da região

países (o primeiro na onda do crescimento norte-americano e,

Nordeste, que vê brotar grandes gráficas com tecnologia de

o segundo, pelos técnicos, gráficas e publicações que possui)

ponta. Um dos motivos para isso é que o mercado paulista e

eram o berço de vários dos executivos responsáveis por co-

da região Sul já apresentam certo grau de maturidade, e, em

mandar os negócios na América Latina, vários deles sediados

contrapartida, o mercado nordestino investe para suplantar o

em Miami. E hoje? Bom, a maior parte deles fala português.

seu déficit tecnológico.


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Mas não esqueçamos que o mercado trabalha com números, e

Se a premissa de que o que ocorre no Primeiro Mundo fatal-

que, diante deles (números) crescimento é crescimento. E ain-

mente, cedo ou tarde, chega por aqui, veremos num curto prazo

da há muito vento para ser soprado sobre a polpa das gráficas

grandes gráficas reunirem em seu seio todos os tipos de méto-

do Nordeste.

dos de produção e impressão (impressão convencional, digital e

Aliás, essa é outra vantagem que os estrangeiros enxergam

embalagem, principalmente), tornando-se imensas provedoras

aqui: o Brasil é o único país, com exceção do México, que

de serviços e engolindo ou anexando gráficas menores. O pe-

apresenta um grande território com potencial de diversificação

queno concorrente da esquina, como dizem os alemães.

de crescimento. Como o México, por motivos já explicados, é

E por aqui? Bom, aqui, ainda se tem um mercado gráfico domi-

um mercado em declínio, e outros importantes países, como

nado por pequenas empresas gráficas familiares. Mas, no extre-

Argentina e Chile, terem seus mercados maiores concentrados

mo oposto dessa pirâmide, também se nota grandes gráficas

em torno de suas capitais, cabe ao Brasil o título de país-conti-

investindo (e muito) na diversificação de sua linha de produção.

nente com altos índices reais e esperados de desenvolvimento.

O motivo? Poder concorrer em preço com os pequenos, já que em qualidade e velocidade elas já levam vantagem.

Organismo vivo

Mas, se o que já ocorre na Europa irá ocorrer aqui, só o tempo

Outra conclusão a que cheguei visitando gráficas alemãs e

dirá. O fato é que o Brasil é um país de dimensões continentais

vendo o quadro interno daquele país é que o mercado gráfico,

e muito desigual regionalmente, fato este que, em tese, retar-

assim como outros, é um organismo vivo. Ou seja, o que está lá

dará ou impossibilitará que o mercado nacional seja dominado

num dia, pode sumir no outro.

por alguns mega-players. Esperemos pelo futuro.

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Além disso, o crescimento brasileiro sempre foi pautado, em todas as áreas, pela queima de etapa. Ao contrário do mundo desenvolvido, aqui, não passamos por todas as etapas do capitalismo até atingirmos um nível respeitável de industrialização. Tudo foi precipitado e levado pela ânsia de se obter status diante de um capitalismo tardio. Ainda que parcialmente bem-sucedidos, é inegável que esse quadro gera problemas. Parte-se do fotolito para o digital num piscar, sem, antes, ter-se familiarizado com o processo intermediário, o CtP. É essa a realidade que muitas gráficas vivem. De totalmente semi-fabris, tornam-se gráficas com processos digitais sem estarem suficientemente maduras para isso.

a dificuldade de crédito, impostos e outros fatores governamentais ainda assustam investidores estrangeiros

No Brasil, ao contrário dos mercados maduros, os vendedores também devem se comportar como babysitters, ou seja, estar lado a lado, orientando passo a passo o processo nas gráficas

Sim, a educação vem logo em seguida. Se a automação

após a compra de determinado equipamento ou solução. Ver-

extrema das máquinas permite que se diminua de cinco para

dadeiros consultores. Aqui, a teoria do faça você mesmo não

um o número de funcionários a operar um equipamento, a

funciona na maioria dos casos. O vendedor é apenas o início

inabilidade dos mesmos pode colocar tudo a perder.

do processo; depois, o suporte, a instalação e a visita constan-

Ainda que o Brasil possua o Senai como centro de excelência

te para o cafezinho e o networking são prolongamentos do

no ensino gráfico, há um longo caminho a percorrer, visto as

processo de satisfação do cliente.

dimensões continentais do país.

Talvez esse fato, nossa latinidade e nossa vocação para o de-

Outro fator importante já foi abordado acima: todo desenvol-

senvolvimento tardio, também retarde ou inviabilize a criação

vimento no Brasil é feito através da queima de etapas. Pula-se

de grandes conglomerados gráficos no Brasil.

da pré-história para a alta tecnologia muito rapidamente, o que ocasiona vários erros de percursos que resultam, no pior

Desafios

dos casos, na falência de empresas gráficas.

A Europa é um continente antigo, à semelhança da Ásia, e já

Se depender dos olhos do Primeiro Mundo, Brasil, China e Cia

passou por muitas guerras e crises que fazem com que os pro-

terão um futuro promissor. Eles admitem, inclusive, que esses

blemas latino-americanos pareçam brincadeira de pré-primário.

países superarão num futuro muito próximo as economias

Mas não podemos negar que, há muito tempo, o continente

dos países europeus e, cedo ou tarde, dos EUA e Japão. Mas o

europeu brilha no pioneirismo em, praticamente, todas as áreas.

desafio está, de outro lado, que esse desenvolvimento ocorra

Por isso, foi muito útil eu saber qual era o olhar dos europeus

de forma sustentável.

sobre os principais gargalos para o crescimento do Brasil e

Os índices mais lentos, porém, sólidos, de crescimento brasi-

da América Latina. Se educação foi o primeiro item que lhe

leiro são um bom sinal. Mas a dificuldade de crédito, impostos

veio à mente, errou. O gargalo principal para o setor gráfico

e outros fatores governamentais ainda assustam investidores

brasileiro e latino está na logística. Isso, aliado a uma moeda

estrangeiros.

supervalorizada, como o caso do Brasil.

Por outro lado, a China ainda possui várias incógnitas internas,

O padrão de excelência de boa parte dos fabricantes europeus

como um governo totalitário e uma sociedade extremamente

e asiáticos (japoneses, sobretudo) permite que uma peça ou

desigual, altos índices de pobreza e miséria, e falta de fiscaliza-

máquina deixe o país de origem no prazo de 24 horas, percor-

ção contra falsificações. Contudo, os chineses fazem melhor a

rendo quilômetros por trens que rasgam o território nacional de

lição de casa em termos de criação de infraestrutura.

ponta a ponta. Contudo, chegando aqui, o problema torna-se

Como já disse certa vez Ricardo Amorim, em palestra ministra-

exponencial. Má vontade de profissionais de alfândega, conges-

da a gráficos, o mundo está mudando. Os protagonistas estão

tionamento dos portos e más condições de estradas fazem um

se tornando outros. Se depender dos estrangeiros, o Brasil

processo que deveria durar uma semana acumular 15, 20 dias.

estará entre eles. Resta que façamos nossa parte.


20 e 21 de setembro de 2012

WTC Convention Center | São Paulo | Brasil A visão globalizada do setor gráfico

The globalized vision of the graphic sector La visión globalizada del sector gráfico

Realização Realization Realización

Organização e Promoção

Organization and Promotion Organización y Promoción

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no papel

Flexibilidade Heidelberg realiza open house focado em pequenas e médias gráficas, e mostra novidades para sua linha Anicolor, Prinect e impressão digital.

Daniela Bethonico, gerente de produto da Heidelberg para soluções planas 35x50 e digital, mostra o Prinect Easy Control

Na última semana de setembro, mais precisamente entre os dias 29, 30 e 1º de outubro, a Heidelberg do Brasil abriu as portas de sua Print Media Academy a clientes de pequenas e médias gráficas de todo o Brasil. O open house ocorre num momento estratégico para a empresa no Brasil e no mundo. Por aqui, a Heidelberg comemora o fato de o Brasil ter se tornado o terceiro maior mercado no mundo para a companhia em número de máquinas vendidas. No mundo, o open house acompanha o anúncio da comercialização, pela Heidelberg, da impressora digital Ricoh PRO C901 – e mais novidades vêm por aí com o recém-lançado modelo de impressora digital C751.

E não é só isso. Com a nova investida da Heidelberg no mundo digital (a empresa já esteve nesse mercado com os modelos Digimaster e NexPress, hoje comercializados pela Kodak), a Heidelberg anuncia o lançamento de um novo pacote de ferramentas e recursos em seu Prinect com o objetivo de atender tanto à integração entre processos offset e digital (que será a grande bandeira comercial da empresa nos próximos anos), como também à padronização de cores e variados volumes de tiragens. Sendo assim, pode-se dividir, concisamente, as novidades apresentadas pela Heidelberg no open house em três grandes áreas: recursos para o Prinect, funcionalidades e aplicações em baixas tiragens com o sistema Anicolor,


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e, por fim, mas não menos importante, a montagem de fluxos híbridos unindo o tradicional universo offset e as aplicações digitais da Ricoh PRO C901. O foco, em especial neste open house, foram as gráficas pequenas e médias, as quais, segundo Dieter Brandt, presidente da Heidelberg América do Sul, representam a grande fatia de novos negócios fechados pela empresa no Brasil nos últimos anos. “Muitas gráficas se perguntam sobre o futuro. Queremos mostrar para elas a solução híbrida e as potencialidades das tecnologias offset e digital juntas, tudo sob um conceito de integração”, disse Dieter, na abertura da recepção realizada à imprensa no primeiro dia de open house. E foi justamente o que se viu num tour tecnológico feito pela PMA: integração.

também esses clientes que, até então, não tinham essa ferramenta em mãos. Com o software em português, esse aprendizado fica mais fácil e rápido”, disse Leonardo. Falando de Prinect Remote Access em detalhes, trata-se de um tipo de portal na Web onde o cliente pode visualizar o fluxo de trabalho de seus serviços de qualquer lugar (inclusive dos populares iPhones), monitorar preflights, visualizar provas de cores (softproofs) e fazer aprovação remota.

Demonstração do Prinect Remote Access

Dieter Brandt, na abertura da recepção à imprensa no open house Heidelberg na PMA Prinect O primeiro passo (ou, melhor ainda, o nascedouro) dessa integração é o Prinect que, agora, ganha quatro novos recursos que atendem a diferentes demandas de produção, mas cujo objetivo é o mesmo: integrar a produção entre offset e digital, entre cliente e gráfica, da forma mais simples possível. A primeira novidade é que todos os aplicativos da linha Prinect passam a ser disponibilizados em português do Brasil. Segundo Leonardo Rodrigues, gerente de pré-impressão e Prinect da Heidelberg Brasil, isso facilitará, e muito, o aprendizado do mercado no que tange ao trabalho com o Prinect. “O Prinect agora oferece ferramentas, como o Prinect Remote Access, que permitem ao cliente acessar dados de seus trabalhos. Isso quer dizer que não apenas o operador tem que aprender a trabalhar com o sistema, mas

Outro ponto de destaque é o Signastation Packaging Pro, que integra a solução Prinect com aplicativos de desenvolvimento de layouts para embalagens, como CorelDraw, Illustrator ou CAD. Esses arquivos podem ser importados de preparados para saída, incluindo a confecção de mockups 3D, para visualização real de como ficará a embalagem quando impressa. Esse mockup pode ser exportado para que o cliente também possa visualizar o trabalho. “Todo conceito está baseado em quatro coisas: interface mais simples, comandos mais acessíveis, integração e modularidade”, disse Kesler Santos, supervisor de vendas para Prinect e CtP da Heidelberg. Ainda quanto ao Prinect, foi apresentado o novo Prinect S, um software para gerenciar fluxos de trabalho em versão mais enxuta e simples que suporta, entretanto, o controle completo de processos híbridos de impressão. E, ainda sobre impressão digital, outro destaque foi o Prinect Digital Print Manager, este sim um aplicativo mais completo criado sobre todas as necessidades de controle de um processo de impressão baseado em impressão digital – e que, também, abre portas para criação de fluxos híbridos envolvendo offset.

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Por fim, para usuários altamente conectados, a Heidelberg lançou o Prinect Benchmark, que realiza análise de produção de um terminado equipamento e, uma vez lançados esses dados na rede, permite comparação de desempenho com outros equipamentos similares espalhados pelo mundo. Offset Para aqueles que olham para as novas possibilidades de produção na área offset, o open house da PMA mostrou duas novidades: uma Speedmaster SM 52 Anicolor e uma Speedmaster SM 74 com sistema Prinect Easy Control. Primeiramente falando da Speedmaster SM 52 Anicolor, o objetivo foi demonstrar o uso do equipamento para tiragens entre 250 a 5 mil impressos, assegurando dessa forma que o equipamento está apto a concorrer, em qualidade, velocidade e custo, em uma fatia que também pertence ao mercado digital. Destaque para o rápido tempo de acerto e, também, para o mínimo desperdício no ajuste de máquina antes da impressão definitiva. O equipamento ainda oferece grau ínfimo de maculatura devido à estrutura de seus cilindros e, segundo Dieter Brandt, permite que se obtenha até 40% mais de produtividade. Já Daniela Bethonico, gerente de produto da Heidelberg para soluções planas 35x50 e digital, dá números. “O sistema Anicolor permite que o tempo de acerto gire em torno de seis minutos, e que o desperdício de papel com esse acerto não passe de 15 folhas”, explica. Por que agora? – Por que agora? Por que Anicolor? Essas são duas questões pertinentes quando se lembra que a tecnologia Anicolor não é propriamente nova, mesmo em se tratando de mercado brasileiro. “Quando lançamos o sistema Anicolor no Brasil pela primeira vez, tratava-se de um produto muito novo. Agora, o quadro está mudando rapidamente, e as gráficas precisam encontrar soluções competitivas e lucrativas para suprir a queda das tiragens. Porém, a máquina ainda era cara e a tecnologia estava sendo desenvolvida. Hoje, temos 260 máquinas Anicolor instaladas no mundo, com ou sem UV. Ou seja, o sistema já é um sucesso. Além disso, o sistema Anicolor atualmente é muito mais flexível, mais enxuto, e permite diferentes tipos de configuração para atender às necessidades da gráfica”, destaca Daniela.

Simples? - Quanto à Speedmaster SM 74 com sistema Easy Control, chamou a atenção como os processos de ajuste das máquinas e minimização de erros têm se tornado ferramentas essenciais quando, ao final do balanço mensal de uma gráfica, constata-se que o desperdício com erros e acertos tem que ser riscado do mapa. O Prinect Easy Control, no caso, é um sistema de leitura de referências de cores que oferece dados à central de controle da impressora para que o operador ajuste mais facilmente, e com menos gasto de papel, o padrão de cores de um trabalho. Realidade Confesso que quando li sobre a parceria entre Heidelberg e Ricoh, levei um verdadeiro choque de realismo. Sim, olhando para outros exemplos do mercado, como Manroland e Océ (agora sob o comando da Canon) não se pode negar que essa estratégia de parcerias é uma realidade. Porém, como seria a união entre a pesada e tradicional tecnologia de precisão da Heidelberg e a eletrônica pura da japonesa Ricoh era a questão seguinte. Tudo, agora, começa a ficar mais claro. A aposta, no caso, são os fluxos híbridos. Não que a venda separada de impressão digital seja algo descartado, mas, nitidamente, a Heidelberg sugere, como modelo de negócio, que gráficas offset tenham, para atender suas demandas dentro do nicho chamado Value (ou valor, que se trata de impressão digital de qualidade, em tiragens unitárias até 250 exemplares) processos híbridos de produção. Em demonstração realizada na Ricoh PRO C901 na PMA, foi mostrado o processo de confecção de uma agenda cujas partes passaram pelos três equipamentos expostos: a SM 52 Anicolor, a SM 74 e, por fim, a impressão dos dados variáveis na C901. “A Ricoh PRO C901 é flexível para ser configurada de diversas formas, de acordo com a demanda de qualidade e produção da gráfica. E, com nossas ferramentas para controle de cor, pode-se constatar que não se percebe diferença palpável entre o que foi impresso em offset e em digital. Esse foi nosso objetivo em mostrar esse processo integrado: assegurar ao gráfico que ele pode investir na tecnologia digital e manter a qualidade a que ele estava acostumado com o offset”, disse Daniela.

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no papel

Ryobi 928:

do Brasil para o mundo Lançamento mundial da Ryobi 928 acontece na Walprint (RJ), com presença dos diretores da gráfica e de executivos da Ferrostaal e da Ryobi.

1º de setembro foi uma data especial para o mercado gráfico brasileiro, sobretudo, para o mercado do Rio de Janeiro. Isto porque foi nessa data que aconteceu, na sede da Walprint, gráfica da capital fluminense, o lançamento mundial da Ryobi 928. O evento foi prestigiado por empresários do setor, diretores da Walprint e executivos da Ferrostaal do Brasil e da japonesa Ryobi. Além disso, mais de 100 clientes compareceram para ver de perto a máquina oito cores formato asiático (64x92 cm).

“Ficamos orgulhosos em mostrar a Ryobi 928 em primeira mão para um público tão específico”, comentou Walter Barbosa que, ao lado dos seus colaboradores, recepcionou os convidados e falou sobre o investimento. “Estamos muito satisfeitos com o desempenho da Ryobi 928”, afirmou o diretor, que teve a oportunidade de conhecer a máquina na fábrica japonesa, no primeiro semestre deste ano. “O evento conseguiu cumprir as expectativas dos visitantes, que vieram de todo o Brasil. Tivemos lotação


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O formato asiático (64 x 92cm) foi criado com exclusividade pela Ryobi e já está revolucionando a indústria gráfica mundial. É um formato de folha inteligente

esgotada, mas todos conseguiram ter acesso às apresentações”, confirmou Jânio Coelho, diretor da Ferrostaal do Rio de Janeiro. Esta é a quarta impressora Ryobi da Walprint, que adquiriu o primeiro equipamento em 2004, sendo, esta, uma das primeiras instalações da marca no país. Além da Ryobi 928, a WalPrint trabalha com a Ryobi 754XL, Ryobi 3304 HA e Ryobi 925. Para acabamento, conta com um time de máquinas Horizon: dobradeira AFC-744, encadernadora BQ 270, guilhotina HT 30, dobradeira AFC – 744 A, guilhotina linear SWD SQD SQZK 1150, guilhotina linear SWD SQD SQZK 920, encadernadora Horizon BQ 470, guilhotinas Horizon HT 80, Horizon MG 60H e Horizon MG-60B. Ao vivo Para demonstração, a nova Ryobi imprimiu uma revista diante dos olhos dos presentes, com montagem dos cadernos e troca de chapas ao vivo. “Foi um ato de total confiança no equipamento”, disse Jânio. Para Walter, a nova Ryobi representará um aumento de 22% na produção em relação a 2010. Além

do diretor executivo da Ferrostaal, Mario Barcelos, e de toda a equipe da empresa, o evento contou com a presença do gerente internacional de vendas da Ryobi (Japão), Hokei Yatsumoto, e com o gerente geral do departamento de Engenharia e Desenvolvimento da Ryobi, Katsushi Hirokawa. Também prestigiaram o encontro o representante da Ferrostaal nos Estados Unidos, John Torrey e o assessor de imprensa, Erik Godchaux. “Estamos orgulhosos por termos participado diretamente da concepção da Ryobi 928”, afirmou Mario. O conceito desse lançamento foi sugerido pelo diretor presidente da Ferrostaal. “Nossa experiência junto às gráficas nos deu o respaldo necessário para solicitar à Ryobi um modelo de máquina que fosse de encontro com o que buscam as gráficas atualmente.” Formato Segundo Jânio, o formato da Ryobi 928 é o grande diferencial para uma máquina de oito cores. “O formato asiático (64 x 92 cm) foi criado com exclusividade pela Ryobi e já está revolucionando a indústria gráfica mundial. É um formato folha inteira inteligente. Isso porque apresenta redução de custos de produção de até 30% quando comparada ao formato 1B (74 x 104); redução entre 35% e 40% no consumo de energia, também quando comparada ao formato 1B; melhor custo benefício de setups; e baixo custo de manutenção, entre outros diferenciais”, disse. A concepção do formato asiático nasceu no Japão com a Ryobi, que pesquisou o mercado para concluir que o formato europeu tradicional (72 x 102 cm) não era adequado para as demandas promocionais e editoriais. “Na verdade, o formato europeu nasceu para a indústria de embalagem, mas foi absorvido pelos demais segmentos,” afirmou Jânio. O problema é que essa inadequação sempre gerou desperdícios, que, segundo as estatísticas apresentadas pela Ferrostaal e pela Ryobi, batem a casa dos 30%. “E, hoje em dia, a lucratividade do gráfico é gerada a partir da redução de desperdícios. Até mesmo por uma questão de sustentabilidade não se pode conceber a ideia de começar um processo produtivo sabendo, de antemão, que 30% do material envolvido irá para o lixo”, explica Jânio.

(11) 5522-5999

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dicas & TRUQUES

Getulino Pacheco

1h

ave césar!

Parte 1

Getulino Pacheco ensina a criar um elmo antigo, com texturas e aspectos orgânicos, por meio da união de técnicas do Photoshop e Illustrator.


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Através de recursos do Photoshop e Illustrator é possível criar ilustrações com características orgânicas e incrível aparência de profundidade, como se fossem formas projetadas em 3D. Confira neste tutorial as técnicas que usei para criar um elmo com aspecto envelhecido.

criando o penacho

01 no illustrator

Mantenha os traços selecionados e acione o painel Brushes. No submenu do painel, ative New Brush. Escolha a opção Pattern Brush. Nas configurações do pincel, verifique se o primeiro quadrado está carregado com uma miniatura dos traços e clique em Ok.

Vamos começar pela criação do penacho que fica sobre o elmo. Clique duas vezes sobre o ícone da ferramenta Pencil para ativar as opções da ferramenta. Desative a opção Edit selected paths.

Crie uma forma chapada do penacho e também faça um traço que siga a curvatura dessa forma desenhada.

Faça traços irregulares no sentido vertical e, em seguida, use a ferramenta Width para criar espessuras em cada um desses traços.

Selecione esse traço e aplique o novo pincel. Observe que os efeitos do pincel seguem perfeitamente a forma do traço selecionado.

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02

compondo o elmo

Crie todas as demais formas que irão compor o elmo em camadas separadas e sobreponha-as.

Ainda com o traço selecionado, vá em Object > Expand Appearance para que o pincel seja convertido em objeto. Em seguida, faça várias cópias, preenchendo-as com diferentes tons de cinza. Sobreponha as cópias uma sobre as outras, reduzindo e ampliando um pouco cada uma até conseguir uma boa concentração desses traços.

Sobreponha agora a forma chapada sobre o grupo de traços. Selecione tudo e pressione Command + 7 para criar uma máscara e esculpir a forma do penacho.

Faça alguns arabescos em uma nova camada para ornamentar a superfície do elmo. Use a mesma técnica da criação dos traços do penacho. Desenhe as formas dos arabescos com linhas finas e, depois, use a ferramenta Width para criar diferentes espessuras.


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Abra uma nova camada e crie formas com um tom de cinza mais escuro do que o cinza das formas gerais do elmo. Essas formas serão usadas para demarcar sombras e devem ser posicionadas de forma estratégica sobre o elmo. Coloque-as pensando na iluminação que será posteriormente aplicada no Photoshop.

Verifique se todo os elementos estão em camadas separadas e visíveis. Vá em File > Export e escolha o modo PSD. A opção Write Layers deve estar ativada no painel de opções para que o arquivo conserve as camadas ao ser exportado.

detalhando

03 a ilustração Apesar de termos conseguido, no Illustrator, uma característica orgânica para o penacho do capacete, o aspecto ainda é muito duro e precisamos suavizar um pouco mais os traços. Para isso, nosso primeiro passo no Photoshop é ativar, no painel de ferramentas, o pincel Mixer Brush. Escolha uma das variações desse pincel. Comece a passar o pincel de forma vertical sobre os

traços do penacho. Esses traços irão ganhar um efeito borrado, como uma pintura a óleo, tornando o penacho mais interessante. Mantenha um tamanho pequeno para o pincel, fazendo, de vez em quando, algumas variações.

Selecione, agora, a camada das manchas e suavize as formas com o filtro Gaussian Blur.

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Use a ferramenta Burn para criar sombreamentos em outras camadas. Sombreie detalhes, como a saliência da base do elmo.

Após sombrear os detalhes, mantenha a tecla Shift pressinada, selecione a camada do elmo e os detalhes que o compõe, menos os arabescos, o penacho e a base do penacho. Achate todos esses elementos, pressionando as teclas Command + E.

Oculte a visualização de todas as camadas, deixando visível somente a camada dos arabescos. Vá em File > Save As e salve o arquivo como “Arabesco”.

Oculte a visualização da camada do arabesco e selecione a camada do elmo. Vá em Filter >Distort > Glass e, no item Texture, carregue o arquivo “Arabesco” salvo anteriormente. Observe que o efeito do chanfro aparece sobre a superfície do elmo. Faça ajustes em Distortion e Smoothness para conseguir maior profundidade, mas não altere o Scaling, pois o efeito sairá da posição que foi deteminada.

Não perca! A segunda parte deste tutorial continua na próxima edição da Revista Desktop!

getpac@revistadesktop.com.br twitter/IllustratorGET


Adobe Certified Expert; Consultor Adobe Systems Brasil; Diretor do Grupo PhotoPro; Autor do livro Tratamento & Edição Profissional de Imagens, do DVD 100% Photoshop CS5, Máscaras e Seleções e coautor do DVD Photoshop & Fotografia: A Arte da Imagem Conceitual, com Brasilio Wille.

Tel.: (11) 4013-7979 cursos@photopro.com.br www.photopro.com.br

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Photoshop pro

Alexandre Keese

Intuos 4, da Wacom Flexibilidade em suas mãos alexandre keese explica como usar uma mesa digital para realizar projetos criativos! Quase todos os dias recebo uma pergunta sobre como é trabalhar com uma mesa digital, se traz vantagens, se melhora o desempenho, se a transição do mouse para a mesa é complicada... E, por isso, resolvi escrever este artigo com cara de tutorial, no qual espero solucionar essas e outras dúvidas e, de quebra, apresentar como trabalhar com uma mesa digital. Mesa digital ou Mouse? A primeira dúvida é: mesa digital ou mouse? Afinal, tem diferença trabalhar com um ou com outro? E a resposta é: tem sim, existe uma grande diferença entre trabalhar com a mesa ou com o mouse, principalmente usando aplicativos como Photoshop, Illustrator ou Painter, que

permitem explorar ao máximo os recursos de pressão e inclinação oferecidos pelas mesas digitais. E, acreditem, até para navegar na Internet eu uso alguns recursos da minha mesinha. Somente observando na lista as diversas opções de pontas para a caneta digital, já se pode deduzir o quanto elas ajudam no trabalho. Depois de algum tempo usando o tablet, você vai até concordar que fazer um comparativo acaba sendo injusto, uma vez que, quem começa a usar a mesa, nunca mais volta para o mouse. São tantas as vantagens que talvez fossem necessárias páginas e páginas para descrever todas elas. Mas, se mesmo assim você quiser usar o mouse de vez em quando, todos os modelos Intuos são acompanhados por um.


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Primeiro Exercício Um exercício bem legal como primeiro teste é abrir um documento no Photoshop e desenhar vários círculos, um ao lado do outro e, depois, logo abaixo. Dessa forma, você vai se ambientar melhor ao tamanho da mesa e à sua proporção em relação à tela.

Primeiro contato O primeiro contato é o mais complicado e pode ser um pouco traumático para alguns usuários acostumados com o mouse. Afinal, estamos falando de uma decisão que mexe diretamente em sua zona de conforto, ou seja, qualquer pessoa já acostumada a trabalhar com o mouse e que se sente extremamente confortável com ele. Por isso, a primeira dica é não pensar como se estivesse usando um mouse - com o qual você leva o cursor até certo ponto da tela arrastando o mouse e, em seguida, clica sobre um objeto e continua o processo. Mas, sim, pensar na mesa sendo um prisma da tela. Ou seja, onde, ao colocar a caneta no canto superior direito, o cursor em sua tela é posicionado exatamente na mesma posição; e, ao posicionar a caneta no centro, o cursor aparece no centro, e assim por diante. Pequenos detalhes A sensibilidade começa antes de você encostar a caneta na mesa. Isso mesmo; você vai perceber que, ao aproximar a caneta da mesa, o cursor já começa a se movimentar. Isso significa que, para mover o cursor na tela, basta movimentar livremente a caneta sobre a mesa. Mas, e o clique do mouse? Ao encostar a ponta da caneta sobre a superfície da mesa, temos o clique do mouse. Ao fazer isso, uma luz-piloto disponível no hardware acende, sinalizando a pressão aplicada sobre a superfície. Confesso que você até vai reparar isso no início, mas, depois, no dia a dia, olhará direto para a tela e usará a mesa da forma mais natural possível.

Tente fazer o mesmo usando o mouse... Complicado, não é mesmo? Agora, imagine você selecionando algo complexo, cheio de contornos irregulares... Já consegue ver a vantagem? Precisa ser artista ou ter um dom especial? De forma alguma! Confesso que, brincando de ilustrador, eu mal consigo desenhar meu nome! Por outro lado, se você possuir esse dom, vai conseguir transferir toda a sua sensibilidade para o computador. Agora, vamos colocar de outra forma: eu trabalho no Photoshop aproximadamente 10 horas por dia, e estou sempre usando tamanhos diferentes de brushes, opacidades diversas, entre outros recursos que são suportados pelos níveis de pressão da mesa. Mas, em nenhum momento, esses recursos requerem um dom artístico, e, sim, um entendimento do que você precisa e como transferir sua necessidade para a ferramenta a fim de soluciona-lá. É isso que faz da Intuos uma ferramenta fundamental quando estou editando uma imagem ou mesmo desenvolvendo uma fusão. Por exemplo, o tempo todo preciso alterar a opacidade para tornar o resultado final mais preciso. Antes, quando usava o mouse, era necessário sempre alterar a opacidade antes e depois clicar. Hoje, com a caneta, consigo alterar a opacidade durante a execução de um traço.

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E os recursos não param por aí. Você vai perceber que, após instalar sua mesa digital, o Photoshop habilita dezenas de novos recursos que podem ser utilizados separadamente ou combinados.

mau posicionamento. Já com a caneta tudo fica mais simples, uma vez que seu design privilegia o desempenho e conforto, além de disponibilizar 2048 níveis de pressão. Automação e velocidade Na lateral da Intuos 4 você vai encontrar oito teclas de atalho chamadas de ExpressKeys. Elas vêm configuradas com algumas opções, mas o mais legal é que você pode personalizar o atalho de cada uma delas. E ainda tem mais: os atalhos podem ser configurados por aplicativo, ou seja, quando estou usando o Photoshop, a primeira tecla abre o melhor filtro do mundo: Gaussian Blur. Já quando estou usando o Lightroom, um preset automático é aplicado utilizando-se a mesma tecla. No InDesign, abro os estilos, e, assim, vou somando novas opções quase de forma infinita.

Janela para personalização das oito teclas e do Touch Ring

Criação de preset de Brush no Photoshop, com integração com o controle da caneta digital Ergonomia Conforto também é importante - eu diria, até, muito importante! Pois passo mais tempo na frente do computador trabalhando do que sentado no sofá de casa assistindo a um filme. Conheço diversas pessoas que já enfrentaram problemas e dores por causa do mouse ou

Ao centro, existe o Touch Ring que permite fazer alterações ao deslizar os dedos. Você pode configurar para que o tamanho do brush seja alterado e, assim, ao girar o dedo no sentido horário, o brush aumenta de tamanho, e, no sentido anti-horário, diminui. São quatro configurações diferentes que podem ser alternadas pelo Toggle, um botão no centro do anel. Aproveite e veja meu podcast sobre mesa digital no link abaixo ou no QR Code!

http://goo.gl/hV585 alekeese@photopro.com.br @alekeese


São, literalmente, centenas de dicas de Photoshop espalhadas por 25 capítulos, ilustradas com imagens surpreendentes, daquelas que provocam e fazem a imaginação viajar e, juntas, ultrapassam 3 horas de puro conhecimento, destacando-se como o treinamento ideal para aqueles que desejam se tornar Experts em Photoshop!

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AC Espilotro

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1h

Criação: capa de livro


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A capa de um livro merece atenção especial, ela precisa chamar a atenção do leitor ao primeiro olhar na roda de livros na livraria. Quando o assunto é suspense, os detalhes podem dar o tom que desejamos para algo misterioso. Nem sempre conseguimos encontrar uma foto pronta com todos os elementos, e aí entra o trabalho com Photoshop. Usei, para este tutorial, fotos de um banco imagens (IstockPhotos.com).

01

Para criar uma passagem mais natural entre a pele e os buracos do rosto, selecione a ferramenta Burn, com a opção Shadows e Exposure 100%. Pinte nas áreas ao redor dos olhos e boca.

face assustadora

Abra a imagem, nomeie como “Rosto Original” e duplique. Para isso, aperte Cmd + J para duplicar o Layer Background. É sempre bom ter uma cópia das imagens originais. Assim que tiver feito isso, troque o nome para “Rosto Copia”.

Aplique o filtro de nitidez Unsharp Mask com Amount 500, Radius 1 e Threshold 0. Para dar um pouco mais de profundidade, aplique novamente esse filtro, só que, agora, coloque Amount 30, Radius 30 e Threshold 0.

Utilize sempre máscaras para trabalhar. Dessa forma, suas imagens ficam sempre editáveis. Quando necessário, transforme seu layer em Smart Objects.

02 Crie um fundo preto e coloque-o entre os dois layers. Aperte a tecla Option e clique em Add Layer Mask, no ícone da base do painel Layers, para adicionar uma máscara preta. Escolha um pincel suave, deixe com 100% de opacidade e comece a pintar nas áreas da boca e olhos.

nuvens

Deixe as imagens com o mesmo tamanho e resolução do arquivo final. Abra a imagem “Nuvens” em um novo documento e ajuste o tamanho da imagem que estamos trabalhando. É simples: com a caixa aberta de Image > Image Size, vá em Window > Nuvens e clique no nome do arquivo que queremos como tamanho. Isso mudará o tamanho do nosso arquivo. Confira em Image Size e clique Ok. Copie e cole no arquivo desejado. Depois de ter aplicado o arquivo “Nuvens”, crie mais uma máscara. Novamente, com um pincel macio, trabalhe nesse layer e deixe aparecer os detalhes do rosto. Aqui, é muito importante a sensibilidade do artista para que o rosto não apareça nem muito, nem pouco.

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Duplique o arquivo “Nuvens” e rotacione. Vá em Edit > Transform > Rotate 180º. Crie novamente uma máscara e aplique novamente um pincel macio.

Duplique a imagem da fumaça e trabalhe novamente sobre ela com um Layer Mask. Antes, selecione o layer da fumaça e use a ferramenta Smudge para dar um movimento, como se a fumaça fosse inspirada pelo monstro.

04

mão

Importe a imagem da mão e recorte o fundo. Escolha a sua técnica favorita. Escolhi a ferramenta Quick Selection. Duplique mais uma vez a imagem das nuvens e coloque sobre o layer das mãos. Trabalhe em cima de um Layer Mask.

05 03

fumaça

Para dar um movimento, aplique uma fumaça. Pegue uma imagem do banco de imagens. Você vai encontrar dezenas de situações e movimentos de fumaças. Escolha a melhor para sua composição. Normalmente, as imagens de fumaça vêm com fundo preto. Depois de importar, troque o Blend Mode para Screen. O fundo preto vai sumir e a imagem estará inserida no trabalho. Crie novamente um Layer Mask e vá trabalhando essa fumaça.

clima

Para um clima de suspense, use uma cor esverdeada bem suave. Abra Adjustments no painel Layers e clique no ícone Hue/Saturation Adjustment Layer. Selecione a caixa Colorize e coloque Hue 72 e Saturation 6.


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06

pássaros

Importe a imagem pássaros, recorte o fundo e duplique cinco vezes. Além de duplicar, rotacione e altere o tamanho. Isso dará ideia de várias imagens e de profundidade. Use as ferramentas que distorcem. Para isso, vá em Edit > Transform > Distort ou Warp. O importante é deixar os pássaros bem diferentes uns dos outros.

09

contraste

Clique no ícone que é um círculo preto e branco na paleta dos layers. Com isso, voce irá criar o layer de ajustes New Fill Adjustment Layer. Isso dará mais uniformidade à imagem, diminuindo as diferenças. Duplique novamente as nuvens. Coloque essas nuvens sobre o layer dos pássaros e trabalhe sobre um Layer Mask. Use a máscara para inserir os pássaros no assunto. Crie uma pasta com todos os layers dos pássaros. Dessa forma, vamos organizando o trabalho.

Coloque sempre nome nos layers e pastas. Isto é importante para você ter tudo organizado. Quando precisar editar, estará tudo fácil de encontrar.

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finalizando

Agora é só aplicar o título e nome do autor. Escolhi uma fonte serifada e apliquei um efeito para dar mais volume e um sombreado com degradê. Faça um achatamento de todos os layer, por meio do Shift+Option+Command+E. Duplique a imagem em Image > Duplicate, selecione a opção Duplicate Merge Layers Only. Isso fará uma cópia, achatando todos os layers. Transforme a imagem em CMYK, salve-a em JPG. Pronto!

Por fim, aplique uma cor, repetindo o passo 5.

07

achatamento

Faça um achatamento de todos os layer sem perdê-los. Para isso, aperte Shift+Option+Command+E. Dessa forma, você irá conservar todos os layers. É exatamente como se um Flatten Image se transformasse em um novo layer.

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profundidade

Escureça os cantos. Vá em Filter > Lens correction > Vignette. Com essa luz, o interesse da imagem acaba sendo o centro, além de dar um aspecto mais dramático.

espilotro@ajato.com.br www.flickr.com/photos/espilotro www.a2.com.br

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Photoshop pro

Kauê Luz e Leonardo Luz

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UM FUNDO CONSCIENTE

Aprenda com os profissionais do grupo luz a importância do fundo na composição da imagem e como controlar sua luz e sua cor.


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Ao fotografarmos, a primeira decisão é escolher o objeto principal da imagem; a segunda é decidir o que deve rodear esse objeto. E aí está a grande diferença entre o amador e o profissional: a percepção e domínio do fundo. Escolher, observar e manipular esse “fundo” fará toda a diferença para que o observador entenda aquilo que queremos mostrar. Ter um fundo limpo, com certeza, dará mais ênfase ao objeto principal ou cheio de detalhes, o que irá influenciar a sua própria interpretação. Ao fotografar um rosto em um estúdio teremos que, necessariamente, escolher esse fundo, e mesmo que optemos por um fundo neutro, ainda assim, teremos que escolher sua cor e densidade. E a grande dificuldade está no fotógrafo entender a fotometria para o fundo, o quanto de luz devo ou quero usar. Qual a diferença entre a luz principal e a luz de “background”? Neste caso, escolhemos uma modelo e a iluminamos com um octosoft a 45º em um estúdio onde a parede atrás era branca. Porém, dependendo da iluminação, essa mesma parede pode parecer preta, dependendo apenas da iluminação que será dirigida a ela. Colocamos, então, uma fonte de luz direta, também a 45º, voltada apenas para o fundo. O primeiro passo foi medir o quanto de luz tinha na “modelo”. Posso medi-la com um fotômetro de luz incidente ou com luz refletida em um cartão 18%. O mais importante é ter a consciência de que ambos estarão mostrando o cinza 50%, ou seja, neste ponto, tenho a medida ideal para registrar todos os brancos e pretos possíveis do meu sensor dando a média entre 3% e 99% de reflexão.

Neste caso, a medida foi nº f 8, com a qual fotografei junto a ela um “ColorCheker” de 24 espaços, que tem uma escala de cinzas na parte inferior. E é nessa escala que escolherei qual o tom que eu quero para o fundo: branco, preto ou qualquer outro cinza que eu preferir.

Se eu for, com o mesmo fotômetro, medir o fundo e deixar a potência do flash em uma exposição com nº f 8 , isso significa que o fundo ficará quase branco ou próximo a 90% de reflexão. O que equivale ao primeiro cinza da escala do ColorChecker.

Ao abrir mais um ponto, chego ao fundo branco 100%.

Agora, supondo que eu queira um fundo mais escuro, basta olhar no ColorChecker, ver qual cinza quero e regular a luz do fundo para obter a resposta.

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O segundo, na escala, é o cinza 80%, o qual deve ter 1,0 ponto a menos, ou seja, quando eu for medir o fundo, este deve estar com nº f 5,6 no fotômetro. O terceiro é o 70%, que tem 1,5 pontos a menos (nº f 4,5). O quarto é o 50%, que tem 3,5 pontos a menos (nº f 2,5). O quinto é o 30%, que tem 4 pontos a menos (nº f 2,0). E o sexto, na escala, é o 10%. Muita gente acha que é preto e, na verdade, é um cinza muito escuro. Esse cinza é obtido fechando 4,5 pontos a menos (nº f 1,8).

Tutorial Para seguir o tutorial, abra nossa imagem disponível no link: www.revistadesktop.com.br/desktop124 .

80% refinando

01 a máscara

70%

50%

Primeiro, ative o painel Layers e insira um layer de ajuste Hue/Saturation... Habilite a opção Colorize e insira 0 (zero) no valor de saturação para que possamos ter uma imagem com ausência de cor. Abra o painel Masks, localizado no menu Window > Masks. No painel, clique no botão Color Range... Na janela Color Range, ative a opção Localized Color Clusters para que a amostra de seleção seja feita em áreas setorizadas a partir dos cliques. Determine o valor 100 para o Fuzziness (Tolerância) e valor 30 de Range (Amostra).

30%

10%

Dessa forma, fica mais fácil determinar qual o fundo sem fazer testes ou ficar por conta da sorte. Uma outra maneira é informar ao laboratório qual a densidade do fundo que é interessante, indicando por meio do ColorChecker.

Agora, com a janela Color Range ativa, clique em cima da imagem nas áreas que estão sinalizadas conforme a figura abaixo e pressione Ok.


Na barra de ferramentas, selecione o pincel com a cor de primeiro plano preta. Pincele com preto na imagem, na área da modelo, para refinar a máscara.

02

manipulando a luz

Ative o painel Adjustments e o painel Info na barra de menu. No painel Info, configure o Panel Options... e selecione no First Color Readout a opção Lab Color. Clique em Ok. Ative o contagotas com a tecla “i“ e clique na área cinza do fundo. Observe o valor de Luminosity 62 no painel Info. É nesse momento que começamos a avaliar a luz. Veja que há aproximadamente 60% de luminosidade. Ou seja, se precisar aumentar ou diminuir a luz do fundo, movimente o slider Lightness do painel de Adjustments e veja os valores de Luminosity apresentados no painel Info. • Lightness=+47. L=80% (fundo 80%) • Lightness=+18. L=70% (fundo 70%) • Lightness= -20. L=50% (fundo 50%) • Lightness= -34. L=40% (fundo 40%)

No exemplo acima, um Lightness de +47 deixa o fundo com cinza 80% Agora, para controlar também a cor do fundo, altere o valor de Saturation e movimente a matiz (Hue).

Pronto! Nada melhor do que controlar a luz e a cor de uma forma consciente! Até a próxima!

curso@grupoluz.com.br www.grupoluz.com.br


Photoshop pro

Marcio Negherbon

www.revistadesktop.com.br/desktop124

18h

O Evangelista e o desigN marcio negherbon insere o designer rufus deuchler em uma imagem plena de fusões. Rufus Deuchler é um designer de comunicação que sempre foi fascinado pela tecnologia que facilita a criação. Formado pela Art Center College of Design (Pasadena, CA), Rufus tem trabalhado como designer editorial e empresarial em toda a Europa. Em 2002, a Adobe Itália convidou Rufus para se tornar um guru cross-media para ajudar a “espalhar a palavra” sobre os produtos Adobe, suas inovações e fluxos de trabalho em todo o mundo. Em 2009, Rufus abriu o keynote do Photoshop Conference, maior congresso de Photoshop da América Latina. Na ocasião, durante uma palestra, fiquei conhecendo seu

trabalho. Quando houve a criação de nosso blog no ano passado, efetuamos uma troca de contatos e tivemos o imenso prazer de ter esse grande profissional como um ilustre seguidor. Recentemente, Rufus nos solicitou uma “encomenda” e, ao mesmo tempo, um desafio: criar uma imagem onde ele estivesse em um ambiente inspirador, cheio de criatividade e que desperte novas ideias. Desafio aceito, mobilizamos nosso departamento 3D que, junto com a Engenharia de Imagens, criou a imagem que você pode ver a partir de agora.


Revista DESKTOP

01

fundo

Agora, escureço a área nas bordas por meio de curvas.

Começo com um layer de fundo branco, seguido de uma curva bem esfumada escurecendo o lado direito.

Acrescentei uma das imagens de céu dessaturada para a parte de baixo.

Coloquei uma curva de luz no meio para clarear. Depois, encaixei a outra imagem de céu, também dessaturada.

Aplico algumas luzes para realçar pontos estratégicos. Onde havia nuvens, dei uma leve escurecida para trazer mais informação e, em outras partes, acrescentei mais luz.

Apliquei uma grande névoa branca em tudo, clareando o aspecto geral com curvas.

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100

Revista DESKTOP

Por cima da névoa, dei uma ressaltada de leve nas nuvens, tanto na parte de cima, como no canto superior direito. Para isso, usei as curvas. Além disso, coloquei mais um pedaço de céu embaixo, com algumas nuvens, para não ficar muito vazio.

Para completar o fundo, usei o conhecido “Tudo+E” (Shift+Option+Command+E), o que cria uma réplica por cima de tudo em uma única camada. Para suavizar o céu, apliquei o filtro Neat Image.

02

elementos

Chegou a hora de manipular os elementos que compõem a imagem. Recebi todas as ferramentas Adobe que sobrevoam o Rufus com modelagem e hair produzidas em 3D, com efeito de pelúcia. Restou apenas caprichar na ambientação. Como a imagem tinha vários pontos de luz, precisei iluminar de um lado e escurecer

moderadamente de outro. Nas extremidades, ressaltei ainda mais a luz com curvas. Para destacar bem o formato de cada ferramenta, redesenhei os cantos de algumas com curvas. Veja no Photoshop a disposição dos layers e, na sequência, como ficaram todas as ferramentas na imagem.


Revista DESKTOP

03

rufus

A foto do Rufus já estava bem legal, só precisava adaptá-la ao ambiente. O resultado, que pode ser visto na imagem seguinte, é obtido por uma sequência de layers que explicaremos, de baixo para cima no psd.

• Rufus recortado (sempre com máscara). • Hue Saturation na pele. Usei o canal Reds -9. • Soft Light em toda imagem. Preservei as partes mais escuras. • Vibrance -20. • Dessaturei -100 % todo o MacBook. • Subi geral no meio tom de uma curva para dar mais informação no Mac. • Por meio de curvas, criei influências de luz em todas bordas da foto. • Apliquei mais uma curva para iluminar a camisa. • Escureci as bordas do MacBook. • Com Selective Color, canal Reds, apliquei Cyan 9 e Yellow 11. • Clareada geral com uma curva. • Criei luzes na calça, dando mais volume. • Iluminei também a parte de baixo, por meio de curvas. • Com o Healing Brush, suavizei discretamente alguns amassados da camisa. • Selecionando só a cabeça, acrescentei um leve estouro de luz. • Para finalizar, dessaturei só o canal Reds -15, com o comando Hue/Saturation somente na testa, que ainda estava avermelhada.

04

retoques gerais

A fusão já estava quase no final, mas ainda faltavam alguns toques essenciais. Para dar mais dinamismo, criei estouros de luz saindo das ferramentas.

101


102

Revista DESKTOP

A seguir, subi com curvas só o canal do Cyan para dar uma azulada. Sobre isso, apliquei duas curvas subindo só na máxima, dando um contraste. Para finalizar os retoques gerais, subi no meio-tom de uma curva para dar mais “peso” à foto.

06

filtros finais

Para quem acompanha meus tutoriais neste espaço, já sabe que, na medida do possível, sempre finalizo com alguns filtros para valorizar o trabalho. Nesse caso, usei “Tudo+E” + Unsharp Mask 30/70 + New Layer + Noise Uniform 3. Veja como ficou o final.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

05

selo adobe

A construção do selo é simples, mas dá o toque de classe para a fusão. Na verdade, usei a foto de um papel com a ponta dobrada aproveitando a sombra real. Observando a imagem, o que manipulei, de fato, foi a luz e sombra do selo. Reforcei as áreas escuras e ressaltei as zonas mais claras. Nas bordas caíram bem um filete de luz para dar mais corte. Os textos foram aplicados carregando curvas (sempre elas!) por cima dos vetores. Agindo assim, aproveitei a textura, tornando a aplicação mais real.

Depois de alguns estudos, e outras tentativas, a imagem final foi essa. Realmente, tenho muito a agradecer ao meu colega Marcos de Andrade, que foi decisivo na composição, sendo responsável pela criação 3D. Ficamos muito felizes em ver nossa imagem sendo publicada no blog do Rufus (http://rufus.deuchler.net), junto com um agradecimento pelo “desafio” aceito e cumprido.

negherbon@terra.com.br http://mecasave.blogspot.com



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