DeepArt nº14

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Pride 070

ENTREVISTA

DeepArt: O que é a Dolly? Dolly: A Dolly é Visual Art Culture. Um conceito embrião que surge em 2009, sem nos apercebermos e sem qualquer expetativa. Despretensioso. Curiosamente, começou como objeto de intervenção à “crise” com filmagens caseiras. Estávamos em transição e com algum tempo livre. Decidimos juntar o nosso humor “rafeiro” e partilhar a nossa vontade de criar. Passámos bons momentos com valentes risadas. Em 2011, voltámos a encontrar-nos em outro contexto de aspiração profissional, e resolvemos dar os primeiros passos no mercado audiovisual, com um projeto dedicado à arte de comunicar visualmente, agregando ao seu processo criativo, conteúdos técnicos enquadrados no domínio da estética cinematográfica. A Dolly, acaba por ser um processo que resulta da fusão dos nossos imaginários e partilha da mesma visão, querendo documentar a realidade segundo a nossa cultura e expressão artística. DA: Como chegaram ao nome Dolly? D: Na altura, fomos solicitados para a produção audiovisual de alguns eventos. Isso tem-nos proporcionado o investimento em material de qualidade, o que nos tem ajudado a alcançar objetivos técnicos. Foram estes os primeiros passos de algo que ainda não tinha nome. Naturalmente necessitámos de uma identidade simples e catchy que nos pudesse “acompanhar”. Até porque a dolly é um meio técnico utilizado em cinema e televisão. DA: Quem dá a cara pelo projeto? D: Álvaro Campos – Visual Director O seu percurso profissional teve início em tenra idade. Aos quinze anos começou a trabalhar como assistente de fotógrafo, um ano depois estaria a gravar eventos onde os formatos de Super VHS e Hi8 ainda se mantinham contemporâneos. Anos mais tarde, um estágio profissional na produtora de televisão NBP permitiu a sua afirmação no mercado televisivo e na publicidade. Empresas como a SP Televisão, GMTS, EMAV, Plano 6, República das Bananas, RTP, D.I.D., NTA (Nigerian Television Autority), Steadimage, Quebramar e Freemantle media fazem parte do seu currículo e percurso profissional. Presentemente encontra-se em Angola onde se aventurou num projeto ambicioso e de caráter formativo para a SEMBA Comunicação. Podemos dizer que o Álvaro em ambiente de trabalho é bastante resmungão e um perfecionista. A motivação, postura e o brio profissional são alicerces fundamentais em qualquer projeto que integre. Para contrastar num ambiente mais pessoal, o Alvito (como é conhecido) é um artista bastante atrevido e sem vergonha, um prato! As suas raízes e inspirações provêm da fotografia analógica, do cinema e da natureza, nomeadamente o mar.

Gustavo Assunção – Art Creator De génese criativa, sempre desejou fazer jogos de computador, mas acabou inevitavelmente por sair da caixa, após formação em Marketing com especialização em Publicidade no IADE. Aprendeu a pensar por si próprio em pequenas agências, e alcançar a experiência que desejava em médias e grandes, de onde se destacam a Artecomum, UpPartner, Cupido, Mccann Erickson e Emotive. Da gestão de contas publicitárias à direção criativa de vários projetos, orgulha-se da sua mais recente criação para a Varas Verdes, a Mercado Collection, com uma poderosa mensagem de marca. Tem os pés assentes na terra quando toca a encontrar uma forma prática de aliar a criatividade às necessidades do cliente. Com mente em mil astros, desde a fase de embrião da Dolly, tem orientado a nossa capacidade imaginativa para a conceção de propostas criativas e gestão de outras oportunidades. É louco e saudável, e é desta forma que se mexe no mercado. Por norma, gosta de se levantar bem cedo e o mesmo caminho acaba por ser sempre diferente. O Art Creator da Dolly, tanto faz de criativo como peça impulsionadora da nossa identidade para o mercado. Zé Cunha – Culture Producer A polivalência é sem dúvida uma caraterística transversal ao seu percurso. Após formação em Marketing e Publicidade, no IADE, aceita um estágio profissional na IDTV Portugal, onde tem contacto com os bastidores da televisão, atuando como assistente de produção no programa Disney Kids, para a SIC. Paralelamente especializa-se, pela Restart, em Argumento para Meios Audiovisuais e, mais tarde em Criatividade Publicitária, permitindo-lhe uma experiência na EURO RSCG, onde desenvolve campanhas publicitárias como Copywriter. A sua feliz e profícua passagem pela Leo Burnett Lisboa, como TV Producer, é um marco importante na sua carreira, onde adquire e coloca em prática know-how como Produtor Audiovisual e desempenha também funções como Editor de Vídeo. Começa então a fazer algumas experiências com imagem e decide criar as Segundas-Feiras Criativas, em que o Álvaro e o Gustavo participavam e onde se gera o embrião daquilo que viria a ser mais tarde a Dolly. Decide rumar como Produtor de TV para a Emotive, enquanto ao mesmo tempo ajuda a Dolly a ganhar forma. Reconhecido pelo seu mau feitio, meticuloso e perfecionista, tem o tempo como seu maior inimigo. Gosta de uma boa garrafa de vinho e de jantar na companhia dos amigos. Motivação, empenho e disponibilidade são parte do Culture Producer da Dolly, um “desbocado” de imaginação fértil que se move pelo sentido prático da vida.


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