Revista Estilo Damha - Dezembro / Janeiro 2014

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Expediente Expediente DAMHA URBANIZADORA José Paranhos Diretor Superintendente Diretores e Gerentes Akira Wakai Amauri Barbosa Junior Carlos Eduardo Meyer Freire Fernanda Toledo Juliana Liberati Luiz Lissner Maurício Cavalheire Nélio Galvão Paulo Montini REVISTA ESTILO DAMHA Daniele Globo Editora Edson Suguihara Nicole Thomaso Assistentes Fotos: Alessandra Tolc, Aline Ourique, Beatriz LVM, Bike Anjo, Bruno Franceschi, Bruno Trindade, Caio Callucci, Cláudio Gatti, Egali Intercâmbio, Grazielle Oliveira, Habi Aidar, Haroldo Palo Jr., Inaê Teles, Marise Romano Studio Photo, Max Brito, Nilton Santolin, Portal da Copa, Tati Zanichelli, Thais Damha, Thatiana Miloso, SV Assessoria Textos e revisão: Editora 10 (Dirlene Ribeiro Martins, Marília Dominicci, Maysa Rodrigues e Thatiana Miloso), Henrique Fruet, Inaê Teles, Nicole Tomaso e Samara Souza Tiragem: 21.500 unidades

Quem somos? A Damha Urbanizadora é uma empresa parte do Grupo Encalso Damha, conglomerado empresarial fundado em 1964, que atua nos seguintes segmentos: Engenharia Civil, Agronegócios, Shopping Center, Concessão de Rodovias, Energia e Empreendimentos Imobiliários. Presente no cenário nacional desde 1979, a Damha desenvolve e executa loteamentos fechados e condomínios residenciais, reconhecidos pela alta qualidade urbanística e construtiva. Em seus projetos, aplica o que há de melhor em conceito de urbanismo no País e infraestrutura qualificada, em perfeita harmonia com o meio ambiente. Ao projetar empreendimentos que integram padrão diferenciado de moradia, lazer e segurança, a Damha transforma o cotidiano dos moradores e das cidades em que se insere. A Damha Urbanizadora conta atualmente com 53 empreendimentos e aproximadamente 20 mil unidades comercializadas e está presente em 17 Estados brasileiros. Em 2012, obteve crescimento de 67%, alcançando um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 585 milhões. O land bank total é de aproximadamente 100 milhões de m².

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Foto Capa: Cláudio Gatti A revista Estilo Damha é uma publicação bimestral da Damha Urbanizadora e distribuída gratuitamente a todos os clientes e moradores dos empreendimentos Damha, além de mailing direcionado.

Auditado pela

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São Carlos (SP) - Fone (16) 3413 4637

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Carta do Presidente

O caminho do crescimento sustentado

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ara nós, da DAMHA, 2013 representou um ano de muitas conquistas que precisam ser compartilhadas com aqueles que foram, realmente, os grandes responsáveis: nossos clientes, nossos funcionários, nossos parceiros e nossos fornecedores. Dez novos empreendimentos lançados no ano, sendo que oito deles foram realizados em cidades onde a DAMHA ainda não havia marcado presença: Feira de Santana (BA): 2 empreendimentos, Ipiguá (SP): 2 empreendimentos, Marília (SP), Birigui (SP), Campos dos Goytacazes (RJ) e Catanduva (SP). Apenas Campo Grande (MS) e Araraquara (SP), dentre as cidades que receberam novos empreendimentos em 2013, já conviviam com empreendimentos da marca DAMHA. Foram mais de 4.000 lotes vendidos. Expressivos R$ 480 milhões de faturamento. Valor Geral de Vendas (VGV) lançado no período de R$ 650 milhões, e com mais de R$ 1 bilhão na carteira de recebíveis. Em áreas totais para a realização de novos empreendimentos, superamos os 100 milhões de m², marcando nossa presença em dezenas de cidades de 17 estados brasileiros. São números muito importantes, sem dúvida, que servem para atestar a significativa presença da DAMHA no mercado brasileiro de loteamentos fechados e de condomínios horizontais. Mas sabemos que crescimento sem boa base de sustentação pode não representar muita coisa. E é nessa direção que se encontram os nossos principais desafios: de continuarmos a ser uma empresa próxima dos nossos clientes, transparente e pautada pelo respeito. Temos convicção de que esses são os verdadeiros motores do crescimento sustentável para o qual a DAMHA está vocacionada. Nesse sentido, conquistamos, nesse ano, seis prêmios de grande importância: Top de Marketing e Top de Sustentabilidade – pela ADVB, Benchmarking Brasil, The Best of Marketing Best – Edição 25 anos, Marketing Best e Marketing Best de Sustentabilidade. Eles representam o reconhecimento do mercado às boas práticas que a DAMHA tem levado adiante, tanto em suas estratégias de comunicação como nas muitas ações voltadas para a sustentabilidade.

Nesse último quesito, a consolidação do trabalho promovido pela Associação Bairro Sustentável junto às comunidades que vivem próximas dos empreendimentos DAMHA foi fundamental. Foram onze projetos implantados em oito cidades: São Carlos (SP), Feira de Santana (BA), Araraquara (SP), Cidade Ocidental (GO), Paço do Lumiar (MA), Barra dos Coqueiros (SE), Campos dos Goytacazes (RJ) e Uberaba (MG). Os projetos envolveram cidadania para crianças, revitalização de áreas de convívio, cursos de educação ambiental, horta e coleta seletiva, oficina de reutilização de materiais recicláveis, mutirão de limpeza, cinema comunitário, cursos de capacitação profissional, encontro de arte de rua e reforma de salas de aula. Muito importante também foi o Programa de Relacionamento Damha para Você, com mais de 3.000 participantes ativos, número que surpreendeu até os mais otimistas. Ainda realizamos o 4º Encontro Damha, em Uberaba, com a presença e participação dos gestores das associações e condomínios de todos os empreendimentos DAMHA já implantados, desde o primeiro deles, para discussão de temas referentes ao dia a dia da gestão de empreendimentos. Foram 250 participantes. Por fim, ainda no campo da proximidade, da transparência e do respeito, realizamos os Cursos de Capacitação para Gestores em oito empreendimentos: Damha III Presidente Prudente, Damha II Uberaba, Village I Araraquara, Village II Araraquara, Damha VI São José do Rio Preto, Damha II Campo Grande, Damha III Campo Grande e Village III Mirassol. Para nós, somente dessa forma, com um olhar no crescimento e outro na qualidade – tanto dos nossos produtos quanto das nossas relações com todos aqueles que, de alguma forma, fazem parte do nosso universo de negócios –, é que encontramos o melhor caminho do crescimento sustentado. Feliz Natal, saúde e prosperidade, são os votos da equipe DAMHA!

JOSÉ PARANHOS

Diretor Superintendente Damha Urbanizadora

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Editorial

Festejar, planejar e recomeçar

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ara milhares de brasileiros, os meses de dezembro e janeiro têm um significado especial. Dezembro porque é o mês do Natal, quando as famílias deixam de lado as questões do cotidiano para se reunirem e celebrarem o amor. É também a época, talvez a única do ano, em que fazemos um esforço sobre-humano para deixar para trás tudo de ruim que nos aconteceu nos últimos 12 meses, renovar as energias e alimentar a esperança de que o ano novo será cheio de coisas boas. É com esse espírito que entramos no mês de janeiro, com a alegria de poder festejar, mas também com a sabedoria necessária para planejar e recomeçar. E como é bom poder fazer isso. Aqui na Estilo Damha, é o momento para analisarmos o trabalho que fizemos ao longo do ano. É a hora ideal para refletirmos sobre nossos erros, reconhecer com humildade nossos acertos e renovar nossa energia para o ano que se inicia, pois sabemos que teremos muito, muito trabalho pela frente. Primeiro porque, com tantos feedbacks positivos que temos recebido de nossos leitores, nossa responsabilidade com a qualidade da revista só

aumenta. E segundo porque sabemos que devemos nos aprimorar continuamente para fazer da Estilo Damha uma revista cada vez mais profissional e atraente, sob todos os aspectos. É por essas e outras que, em uma época tão especial, não poderíamos deixar de ter uma capa tão especial. Escolhemos a grande musa Regina Duarte porque ela ilustra exatamente o que queremos que a revista Estilo Damha transmita: credibilidade, seriedade e paixão, muita paixão. A eterna “namoradinha do Brasil” nos recebeu em seu apartamento na capital paulista para uma entrevista intensa, em que ficou bastante claro seu amor à profissão e um respeito admirável por seu público. Também apresentamos nas páginas desta edição as cidades escolhidas para nossos futuros lançamentos, Assis (SP) e João Pessoa (PB), os encantos do Deserto do Atacama, o bom gosto de uma casa imersa na natureza, o belo trabalho dos Bike Angels, os cosméticos que não são testados em animais, além da cobertura completa do IV Encontro Damha, evento realizado em Uberaba (MG) no último mês de novembro. Boa leitura, um feliz Natal e um ano novo repleto de realizações!

DANIELE GLOBO

Editora

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52 Gastronomia: Os segredos do aroma perfeito

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Futuros Lançamentos: João Pessoa e Assis Nossa Capa: Regina Duarte Coluna Consumo: É época de presentear! Comportamento: Férias Coluna Economia: Tirar dinheiro da carteira dói Coluna Comportamento: Criticar, sugerir e dar feedback Coluna Ser Mãe: Seis resoluções de ano novo para uma mãe de família Coluna Luxo: Karl, o mito Coluna Gastronomia: Um clássico da big apple Coluna Automóveis: Aceleramos a perua mais veloz do mundo

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Coluna Moda: Vista-se com consciência e tenha o armário dos seus sonhos Negócios: Jovens empreendedores Turismo: Atacama Viagem do Leitor: Punta Cana Cultura: Maria Gal Varal Cultural: O que vem por aí Arquitetura: Vida no campo My Pet: Produtos não testados em animais Coluna Condomínio: Uso de drogas no condomínios e loteamentos Damha News: Aconteceu na Damha Urbanizadora

98 Faça o bem: Protetores da Magrela 8 | Estilo Damha

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OPINIÃO DOS LEITORES “Adorei a matéria MyPet com as declarações de amor dos donos de animais adotados. Ficou linda. As fotos ficaram maravilhosas, e as histórias inspiram as pessoas a adotar também.” Marcos Rezende Lima – Fotógrafo São José do Rio Preto (SP) “É uma revista linda. Elegante e bem estruturada. Hoje, tenho clientes que chegam ao escritório com a revista nas mãos, interessados em projetos que viram nela.” Aquiles Nícolas Kílaris – Arquiteto – Campinas (SP) “Quando recebo professores visitantes estrangeiros, gosto de levá-los ao (restaurante) Mocotó pra que eles conheçam um pouco da culinária brasileira. O bolinho de feijão branco com linguiça que é citado na matéria (“O sertão na cozinha”) é realmente uma delícia. Solange Nunes Lima – Professora Universitária São Paulo (SP) “A Chapada Diamantina foi muito bem descrita por Rajan Alex (“O caminho é o fim...”). Suas experiências lembraram muito o que eu também vivenciei. É muito lindo!” Aline Simonetti – Estudante – Curitiba (PR)

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“Como se elogia quem faz seu trabalho com amor, entusiasmo e paixão? Parabéns!! A revista é excelente, por dentro e por fora. Parabéns a todos da Estilo Damha. Devorei. Já li de tudo. E sei avaliar quando uma revista transborda prazer. A criação de vocês é prazer para quem vê, lê ou folheia.” Adriano Alves de Mendonça – Advogado São Paulo (SP) “Gosto muito da revista Estilo Damha e me identifiquei especialmente com a matéria sobre supermulheres, publicada na edição 7. Realmente, nós mulheres temos de nos desdobrar para atender às expectativas da sociedade e às nossas próprias. E não são poucas! Meus parabéns à reportagem, que vocês continuem nos brindando com matérias interessantes e atuais.” Ana Priscila Donato Capps – Assessora de Imprensa Goiânia (GO) “Estive em Londres há apenas três meses, mas ao ler a matéria sobre a cidade, na edição de outubro/novembro, deu vontade de voltar lá e fazer tudo de novo!” Leandro Nomura – Jornalista São Paulo (SP)

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FuturosLançamentos João Pessoa (PB)

10 | Estilo Damha O Farol do Cabo Branco está localizado na Ponta do Seixas, o ponto mais oriental das Américas Dezembro 2013| Janeiro 2014


FuturosLançamentos João Pessoa (PB)

João Pessoa, onde o sol nasce primeiro Com potencial para agradar todos os tipos de público, a cidade oferece um clima ameno mesmo no verão e belas paisagens que tornam o destino cada vez mais atraente para visitar e, principalmente, para morar Texto: Inaê Teles e Samara Souza Fotos: Max Brito

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FuturosLançamentos João Pessoa (PB)

Centro Cultural São Francisco, todo em estilo barroco, faz parte do conjunto arquitetônico do Centro Histórico

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ma das cidades mais antigas do país e um dos berços da colonização brasileira, João Pessoa (PB) já foi chamada de Nossa Senhora das Neves, Filipéia, Frederica e Paraíba do Norte. Mas foi só em 1930 que a capital paraibana foi batizada com o nome atual, em homenagem ao e­x-presidente do estado João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, assassinado poucos meses depois de concorrer ao cargo de vice-presidente do Brasil na chapa encabeçada por Getúlio Vargas. Embora os acontecimentos políticos que deram origem ao seu nome tenham sido cruciais para os rumos da história do Brasil – já que a morte do ex-presidente do estado é considerada o estopim para a Revolução de 1930 – João Pessoa não se deixou abalar com o trágico acontecimento. Pelo contrário: com o passar dos anos, a cidade não somente cresceu como despontou como uma das melhores capitais do país para se viver. Com pouco mais de 723 mil habitantes, ela é considerada a capital 12 | Estilo Damha

menos desigual do Nordeste, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, além de levar consigo o status de 2ª capital mais verde do mundo, perdendo apenas para a francesa Paris. Para os mais poéticos, basta dizer que João Pessoa é a cidade brasileira onde o sol nasce primeiro, pois é nela que está localizada a Ponta do Seixas, ponto mais oriental das Américas. Para os mais aventureiros, basta lembrar que a capital da Paraíba oferece praias deslumbrantes e um roteiro cultural riquíssimo, repleto de programas para todos os gostos. Poucos dias na cidade são suficientes para perceber que até mesmo uma capital em plena expansão, com todo seu desenvolvimento turístico e econômico, pode ter a tranquilidade típica das cidades pequenas, tão valorizada e apreciada nos dias atuais. Aconchegante, com largas ruas arborizadas e clima surpreendentemente ameno, João Pessoa tem atraído cada vez mais os olhares do país. Dezembro 2013| Janeiro 2014


FuturosLançamentos João Pessoa (PB)

Vista do Rio Sanhauá, que deu início ao desenvolvimento de João Pessoa

No Centro Histórico, são vários os monumentos e construções que remetem à rica história da cidade. O Centro Cultural São Francisco, a Casa da Pólvora e a Catedral Basílica Nossa Senhora das Neves são exemplos de que a memória ainda é capaz de atrair turistas. Ao mesmo tempo, o contraste com o novo mostra que João Pessoa é a capital do futuro, e nada melhor que o prédio modernista da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, projeto do arquiteto Oscar Niemeyer inaugurado em 2008, para ilustrar o ar vanguardista dessa joia do Nordeste. Se esses lugares respiram cultura, é na orla que todo o resto acontece. João Pessoa é famosa por abrigar praias urbanas de beleza estonteante que mais se parecem com paraísos naturais intocados pelo homem. A orla também abriga uma malha de restaurantes com variadas opções de sabores, aromas e experiências gastronômicas. Da comida regional até a mais alta gastronomia, os restaurantes estão sempre prontos para Dezembro 2013| Janeiro 2014

fisgar pelo estômago turistas e moradores famintos. O destaque da região vai para iguarias como purê de macaxeira com carne de sol e tapioca recheada, encontrados facilmente para deleite dos que desejam entrar em contato com a culinária regional. A buchada de bode é uma iguaria apreciada em várias regiões do estado da Paraíba e vale a pena experimentar. Outro atrativo da orla é o calçadão que contorna as praias do Cabo Branco e Tambaú, indo até Manaíra. Todas as manhãs, entre 5h e 8h, o trânsito no local é interditado, fazendo da região uma área propícia para prática de esportes. A melhor época para visitar a cidade é durante o verão. Não só porque o calor é um pretexto ideal para mergulhar sem culpa no mar azul esverdeado, mas também porque é justamente na alta estação que acontecem um grande número de concertos musicais e atrações culturais, como o festival João Pessoa – Extremo Cultural, realizado durante o mês de janeiro. Estilo Damha | 13


FuturosLançamentos João Pessoa (PB)

Vista da praia de Tambaba. No detalhe, formações rochosas circulam a praia e viram um espetáculo quando as ondas se chocam

Paraíba, terra fértil

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solo paraibano é fértil não apenas para a agricultura, mas também para o cultivo de bons músicos, atores, atletas e muito mais. O cantor Chico César, por exemplo, é natural de Catolé do Rocha, no interior do Estado, mas aos 16 anos se mudou para João Pessoa. Na capital, Chico se formou em Jornalismo na Universidade Federal da Paraíba e ao mesmo tempo participava do grupo Jaguaribe Carne, movimento de guerrilha cultural, com os irmãos Pedro Osmar e Paulo Ró. Aos 21 anos, mudou-se para São Paulo. Em 1995 lançou o primeiro CD, Aos Vivos (Velas), acústico e ao vivo, com participações de Lenine e o lendário Lany Gordin. Desde então o artista já acumula seis discos ao longo da carreira. Entre os principais prêmios conquistados por Chico César estão Sharp/1995, Prêmio MTV Music Awards como Melhor VideoClip de MPB/1996, para “Mama África”. “À Primeira Vista” ganhou prêmio de Melhor Música/1997 no Troféu Imprensa do SBT. A música “Soberana Rosa” (em inglês “She Walks this 14 | Estilo Damha

Earth”), que compôs juntamente com Ivan Lins e Victor Martins, deu a Sting o Grammy 2001 de Melhor Performance Vocal Pop Masculina. Em 2011, Chico César se tornou o primeiro secretário de Cultura da Paraíba, cargo que ocupa atualmente. Desta forma, a vida política e a artística seguem lado a lado. Além de Chico César, a Paraíba também é a terra do escritor Ariano Suassuna, autor da obra Auto da Compadecida. O mestre Ariano nasceu na capital paraibana, mas passou boa parte da infância na cidade de Taperoá, na região do Cariri paraibano. Nas artes cênicas, os destaques são os atores José Dumont, Marcélia Cartaxo, Luis Carlos Vasconcelos, Everaldo Pontes e Mayana Neiva. Os cantores Elba Ramalho, Zé Ramalho e Herbert Vianna levam a Paraíba nas suas vozes. Os atletas Hulk (futebol), Fábio Gouveia (surfe), Káio Márcio (natação) e Edinanci Silva (judô) se destacaram em seus respectivos esportes e no pódio fazem questão de exibir a bandeira da Paraíba. Dezembro 2013| Janeiro 2014


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Praia de Carapibus vista de cima das falésias. No detalhe, o proprietário do restaurante Arca de Bilu conta um pouco da história do naturismo em Tambaba

Belezas naturais valorizam o Conde

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tom azul-esverdeado colore as águas mornas e calmas das praias do Litoral Sul da Paraíba. O céu azul, a espuma branca das ondas e as cores terrais das falésias deixam a paisagem ainda mais deslumbrante. Esse é o cenário encontrado no município do Conde, a 22 km de João Pessoa, com uma população de 21.400 habitantes. As praias do Amor, Jacumã, Carapibus, Tabatinga, Coqueirinho, Arapuca e Tambaba oferecem atrações diferentes para toda a família. Em Carapibus, por exemplo, basta uma máscara de mergulho para ver, de perto, a diversidade marinha nas piscinas naturais que se formam entre as pedras e corais na maré baixa. Já na Praia do Amor, a lenda da pedra furada leva os apaixonados a passar por entre a pedra de mãos dadas para garantir a prosperidade no amor. Em Tabatinga, os olhares mais atentos podem observar as tartarugas que costumam aparecer no período da tarde. Vale lembrar que dá apenas para ver as cabeças delas fora d’água no momento em que respiram. Para os que perderam esse momento efêmero, uma boa opção é Dezembro 2013| Janeiro 2014

banhar-se na água quente do mar e em seguida cair nos maceiós para aproveitar um pouco da água doce e fria. Arapuca e Coqueirinho são paradas obrigatórias para os surfistas que desenham nas ondas com suas pranchas. Diferentemente de Arapuca, a Praia de Coqueirinho dispõe de área para os banhistas que preferem um mar mais tranquilo. Os restaurantes e bares à beira-mar oferecem cardápios repletos de pratos com frutos do mar. Os banhistas mais desinibidos e adeptos à prática naturista devem conhecer uma das áreas mais belas do Litoral Sul da Paraíba, a Praia de Tambaba. “O naturismo é respeito. Respeito pelo próximo. Respeito ao ambiente inteiro, e não apenas ao meio ambiente”, explicou o empresário Marcus Vinícius de Freitas, o Bilu, que é proprietário do restaurante A Arca de Bilu e membro da Sociedade Naturista de Tambaba (Sonata) e Movimento Nu. Anualmente acontece o campeonato Tambaba Open de Surf Naturista que reúne diversos atletas profissionais e amadores de todo o Nordeste. Além da prática esportiva, a competição promove também a conscientização da população a questão da preservação da natureza. Estilo Damha | 15


FuturosLançamentos João Pessoa (PB)

Doces caseiros com frutas regionais conquistam o paladar

À

s margens da rodovia que segue para Tambaba, uma placa indica o local da Casa do Doce. Construção de taipa com decoração de chita e peças de crochê, a casa esconde verdadeiras delícias elaboradas com muito carinho pela cozinheira – e empresária – Luiza Bento dos Santos e a filha Maria das Neves. O espaço agradável, à sombra de um belo cajueiro, é providencial para o descanso após o almoço.

Fotos: Inaê Teles

Na Casa do Doce, iguarias feitas com mamão, banana, coco, abóbora, goiaba, abacaxi, melancia e caju deixam o passeio mais saboroso. A decoração da casa de taipa encanta os clientes

O empório também oferece frutas regionais, como mamão, banana, coco, goiaba, abacaxi, melancia e caju, que se misturam com o açúcar e viram iguarias nas mãos de Luiza e Maria. De acordo com a cozinheira, o sabor mais apreciado pelos clientes é o Junto e Misturado, que é na verdade um doce feito com diversas frutas juntas. “Os visitantes também gostam muito das nossas cocadas”, conta Luiza.

cocadas – de coco e de coco com amendoim – também são apreciadas pelos visitantes da Casa do Doce. 16 | EstiloAsDamha Dezembro 2013| Janeiro 2014 Luiza Bento dos Santos produz os doces e a filha Luciana Maria da Silva é responsável pelas vendas na Casa do Doce


FuturosLançamentos João Pessoa (PB)

Produção das cachaças Tambaba e Condessa

Passeio em cachaçaria revela segredos do destilado

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município do Conde também revela diversas atrações na Zona Rural. Uma delas é a cachaçaria localizada na granja Nossa Senhora Auxiliadora. Há 14 anos no mercado, a Cachaça Tambaba, que é aprovada pela Academia Brasileira da Cachaça, oferece 14 itens para os clientes apaixonados tanto pela cachaça branca quanto a envelhecida. O empresário Antônio Chagas, que é inspetor aposentado da Polícia Rodoviária Federal, resolveu enveredar pelo ramo dos destilados após ver uma matéria sobre a fabricação de cachaça artesanal. Ao longo dos anos, Chagas participou de diversos cursos para aprimorar ainda mais o produto e construiu a cachaçaria. A Condessa, “versão feminina” do destilado, oferece um sabor mais suave que é fruto de um processo realizado na temperatura de 39oC. O destilado comum é produzida em 42oC. No engenho é possível acompanhar todas as etapas da fabricação da cachaça artesanal e ainda ver alambiques com capacidade para 20 mil litros. E sobre os nomes escolhidos para batizar a cachaça? “Tambaba foi escolhido por ser um nome sugestivo e Condessa, porque é a esposa do Conde”, brinca fazendo referência à Praia de Tambaba e ao município do Conde, respectivamente. Dezembro 2013| Janeiro 2014

Antônio Chagas ao lado de um alambique com produção de cachaça Estilo Damha | 17


FuturosLançamentos João Pessoa (PB)

Mães colocam a mão na argila e criam peças artesanais

No ateliê da Mãe dos Barros é possível encontrar uma grande variedade de peças artísticas feitas com cerâmica. No detalhe, as artesãs se unem para produzir as peças e também para conversar e rir bastante

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ulheres, mães e empreendedoras. Essas são as fundadoras da Mãe dos Barros, uma iniciativa que reúne mulheres que colocam literalmente a mão na massa para produzir diversas peças de cerâmica. O ateliê funciona atualmente em uma Casa de Farinha, desativada, na Comunidade Quilombola Gurugi. Panelas, fruteiras, tigelas e esculturas são algumas das peças produzidas por elas. De acordo com as artesãs, para uma peça ser produzida – processo que vai desde a preparação da argila até o produto final – são necessários aproximadamente 30 dias. Apenas a etapa para deixar a argila no ponto certo para ser trabalhada leva aproximadamente três dias, período em que a matéria-prima fica de molho até 18 | Estilo Damha

adquirir a consistência correta. Mesmo com o longo período, as artesãs garantem que é muito prazeroso reunirem-se para produzir as peças. “A gente conversa e ri bastante aqui”, disse Ivanilda Rodrigues. “Nos descobrimos artistas depois de fazermos cursos realizados na comunidade. Resolvemos seguir em frente e hoje o sonho se transformou em realidade”, complementa. Muitas das obras da Mãe dos Barros são expostas e vendidas em feiras de artesanatos que acontecem em toda a Paraíba. Mas os interessados podem adquirir as obras no próprio ateliê. Desta forma, aproveitam a visita para conhecer o espaço que ainda tem resquícios do período que servia de Casa de Farinha. Dezembro 2013| Janeiro 2014


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Canyon de Coqueirinho une bela vista com pratos deliciosos

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á 15 anos instalado em um dos cartões postais do Conde, à beira mar da Praia de Coqueirinho, o restaurante Canyon de Coqueirinho oferece um cardápio rico em sabor e sofisticação. Pratos como moqueca coqueirinho, siri mole frito e o filéde agulha frito deixam a estada no Litoral Sul da Paraíba ainda mais agradável. A chef e proprietária do restaurante, Ana Luiza Mendonça, revela que, além das iguarias servidas, o público tam-

bém fica encantado com as belezas naturais do local. “O carro-chefe é a localização. De um lado nós temos 800 metros de canyon e, do outro, mais 200 metros.” Com o intuito de contribuir com a economia local, a empresária contrata apenas moradores residentes no Conde para trabalhar no local. Ela também adquire a maior parte dos ingredientes com vendedores e pescadores do litoral paraibano. “Além de aquecer a economia, isso permite que os ingredientes cheguem mais frescos à mesa”, destaca a chef.

Damha no Litoral Sul da Paraíba

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á 10 anos, o Litoral Sul da Paraíba estava em processo de descoberta. O destino era conhecido pelos visitantes como um local com poucas moradias e uma beleza quase intocável pelo homem. Com o passar dos anos é notável o investimento permanente de empresários do ramo hoteleiro e turístico. Hoje, na localidade, não se enxerga mais aquela paisagem intocada e sim um destino turístico consagrado em todo o país. As belas praias e a tranquilidade do Litoral Sul conquistaram a Damha Urbanizadora, que já se prepara para investir no município do Conde. Em 2014, a Damha vai lançar um novo empreendimento na cidade que promete encher os olhos dos futuros moradores.

Praia2014 de Coqueirinho oferece, além das belezas naturais, estrutura de quiosques para os banhistas. Dezembro 2013| A Janeiro Estilo Damha | 19 Com destaque para a moqueca coqueirinho, um dos carros-chefes do restaurante Canyon de Coqueirinho, localizado no Conde


FuturosLanรงamentos Assis (SP)

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A Catedral de Assis, majestosa na praรงa D. Pedro II: cidade cresceu ao redor Dezembro 2013| Janeiro 2014 da igreja que se transformou no principal templo catรณlico da sede do bispado


FuturosLançamentos Assis (SP)

Assis, graciosa por natureza

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Próxima à divisa do estado de São Paulo com o Paraná, a cidade de 100 mil habitantes conhecida como a “princesinha da Sorocabana” esconde pequenos tesouros capazes de surpreender os visitantes Texto: Thatiana Miloso Fotos: Beatriz LVM

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s trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana foram os responsáveis por transformar, no início do século XX, o pequeno povoado de Assis em uma das principais cidades do interior paulista. Com o furor das locomotivas que passaram a escoar para a capital toda a produção cafeeira da região, o vilarejo que crescia no entorno de sua igreja (hoje, a bela Catedral) conheceu um desenvolvimento sem precedentes. Parte desse progresso também ocorreu porque a cidade, localizada a 434 km de São Paulo, quase na divisa com o Paraná, foi escolhida pelos fundadores da companhia para abrigar as oficinas da ferrovia. Veio, então, o gracioso apelido de “princesinha da Sorocabana”. Com o declínio desse meio de transporte em todo o país, a atividade perdeu força e a estação ferroviária de Assis foi desativada em 1999. Poucos anos depois, transformou-se no Museu dos Ferroviários, o que garantiu a preservação dessa importante passagem da história assisense. Lá estão documentos, máquinas e mobiliários da época, verdadeiras relíquias de um período áureo. Embora o café não seja mais a mola propulsora da economia, a agricultura ainda ocupa papel destaque na cidade. Alimentos como soja, trigo, milho, cana-de-açúcar e hortaliças são amplamente cultivados pelas centenas de produtores rurais que resistiram às tentações da cidade e conseguiram permanecer no campo, graças ao trabalho de entidades como a Aprumar (Associação dos Produtores Rurais de Assis e Região).

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FuturosLançamentos Assis (SP)

Fachada da antiga estação de trem: desativada em 1999, hoje abriga o Museu dos Ferroviários. No detalhe, a antiga balança é um dos objetos que ajudam a resgatar a história do apogeu das locomotivas

Atualmente, a Associação conta com 220 produtores associados, proprietários de pequenas terras que encontraram nos projetos e programas da entidade – em parceria com governos municipal, estadual e federal – uma forma de aprimorar suas atividades. “Acredito que o maior mérito da Aprumar foi ter conseguido fazer com que esses trabalhadores permanecessem no campo e transformassem a agricultura em uma atividade lucrativa”, comenta o presidente da Associação, José Fernandes. Se a força da agricultura comprova a preservação de suas raízes, a pujança do setor de comércio e serviços representa a Assis do presente e, quem sabe, do futuro. Juntas, essas atividades movimentam 83,35% do PIB (Produto Interno Bruto) do município, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A indústria aparece com 14,81% desse montante, e o destaque fica para os setores de construção civil e maquinário agrícola. Assis também se destaca no quesito Educação. A cidade abriga um campus da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e leva consigo o título de único município da América Latina a abrigar um curso superior de Engenharia Biotecnológica. Um bom exemplo de pioneirismo da cidade que não para de crescer. 22 | Estilo Damha

Plantação de soja: agricultura ainda presente na economia local Dezembro 2013| Janeiro 2014


FuturosLançamentos Assis (SP)

Centro Cultural: história preservada e homenagens aos cidadãos ilustres da cidade. Ao lado, o famoso bailarino assisense Joshey Leão: sala dedicada à sua memória

Cultura preservada e estimulada Seja nos museus, cinema ou antigas construções, a memória é preservada ao máximo, em um verdadeiro culto à cultura

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filósofo francês Louis Bonald costumava dizer que “a cultura forma sábios; a educação, homens”. Se no século XVIII a cultura já era tão apreciada, com o passar dos milênios ela foi ganhando cada vez mais status na sociedade. E não tem como ir a Assis e não falar sobre a preservação cultural do município. Talvez um dos maiores expoentes dessa valorização seja o Museu de Arte Primitiva de Assis “José Nazareno Mimessi” (MAPA), um dos únicos do país dedicado a essa vertente, também chamada de arte Naïf. Criado em 1983 e reinaugurado na atual sede em 1999, o museu de 517 m² possui três salas de exposições, duas permanentes e uma destinada a exposições itinerantes. O acervo conta com 1.300 obras, entre pinturas, desenhos, esculturas e cerâmicas, das quais mais de 100 são do artista local Sebastião Theodoro Paulino da Silva, conhecido como Ranchinho. Dezembro 2013| Janeiro 2014

Deficiente físico e mental, ele recolhia papelão nas ruas da cidade e aproveitava os períodos de descanso para desenhar no material coletado. Na época, um professor da Unesp viu o potencial do artista e o estimulou a trocar o trabalho nas ruas pela pintura: surgia assim um dos maiores expoentes da arte Naïf brasileira. Hoje, sua obra também está exposta na Galeria Brasiliana, em São Paulo, e diversos trabalhos foram escritos sobre sua pintura, como o livro A Arte Visionária de Ranchinho. O artista não é o único cidadão ilustre de Assis cuja memória foi preservada na cidade. No prédio onde funciona o Centro Cultural, mantido pela Fundação Assisense de Cultura (FAC), outros dois personagens são homenageados com salas dedicadas à exposição de seus objetos pessoais: o famoso bailarino Joshey Leão e a musicista D. Pimpa, grande incentivadora da cultura no município e responsável por criar o hino da cidade. Estilo Damha | 23


FuturosLançamentos Assis (SP)

Casa de Taipa: construção mais antiga de Assis foi preservada e sedia museu

O mundo em 35 mm

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mbora a fachada não revele muita coisa, a não ser pelo letreiro em estilo art nouveau, o Cine FAC (antigo Cinema Piracaia) é uma atração à parte para os apaixonadas pela sétima arte. No hall de entrada, objetos cinematográficos antigos como projetores, câmeras e até fotos dos galãs hollywoodianos de épocas passadas contracenam entre si para anunciarem que, ali, a história do cinema é realmente cultuada. Além da enorme sala de exibição com 627 lugares, quem rouba a cena é mesmo a sala de projeção, lugar onde a mágica do cinema acontece. É nela que ficam dois enormes projetores, de 1935, responsáveis pela exibição em 35 mm. Em meio a inúmeros rolos de filmes e a toda parafernália – no melhor sentido da palavra – necessária para projetar as películas na grande tela, o projecionista Fábio Demarchi conta que, para se manter vivo e continuar atraindo o público, o cinema precisa se reinventar. “Fazemos parcerias com escolas de Assis e região para que os alunos venham até aqui e conheçam a história do

cinema e como funciona a exibição em película. Também promovemos seções para deficientes visuais e auditivos, o que tem atraído bastante gente”, relata Fábio. Numa cidade que tanto soube preservar a memória, a história da família Garcez, uma das pioneiras do município, também permanece viva. Foi na construção hoje denominada “Casa de Taipa” que José de Freitas Garcez, primeiro escrivão de Assis, criou seus três filhos. A casa é a construção mais antiga da cidade e hoje abriga um museu com pertences de famílias que residiram no município em seus primeiros anos de fundação. “Isso nos permitiu reconstruir o modo de vida assisense do início do século”, conta a coordenadora do museu, Paula Ternoval. Uma bela homenagem a um povo que tanto fez e faz pela cultura.

Na fachada do cinema, o estilo art nouveau das letras é um indício de que o lugar pode revelar algumas surpresas. Ao lado a sala de projeção do Cine FAC: película de 35 mm é colocada artesanalmente nos projetores de 1935

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FuturosLançamentos Assis (SP)

Parque do Buracão: antiga erosão transformada num enorme cinturão verde no coração da cidade. No destaque, o pomar de jabuticabeiras

Parque do Buracão, o pulmão de Assis

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pesar do clima considerado subtropical úmido, Assis é famosa pelas altas temperaturas. E sempre que os termômetros sobem, nada melhor que uma boa sombra para amenizar os efeitos do calor escaldante. Sombra rima com o Parque João Domingos Coelho, conhecido na cidade como Parque do Buracão. O apelido remete à grande erosão existente na área antes de ela ser transformada em parque. Essa “revolução” verde ocorreu em meados da década de 1990, numa iniciativa do agrimensor Amarílio Ribeiro. Hoje, uma depressão na região central do parque é a única lembrança que resta da erosão, mas, graças ao trabalho ambiental feito no local, ela acabou se tornando um atrativo a mais nesse enorme cinturão verde. Com trilhas ecológicas, áreas esportivas, playground, academia comunitária, um surpreendente pomar de jabuticabeiras e mais de dois quilômetros de pista para corrida e Dezembro 2013| Janeiro 2014

No coração da cidade, antiga erosão dá lugar a um grande parque ecológico

caminhada, o Buracão ainda conta com a Escola Aberta do Meio Ambiente. O espaço é usado pelas escolas de Assis e região para a realização de aulas temáticas sobre o meio ambiente. “Aqui, as crianças passeiam pelo parque e aprendem conteúdos das aulas de ciências e outras disciplinas”, comenta o administrador do Buracão, João Benedito dos Santos. Sem dúvida, uma maneira muito mais atraente de aprender e, ao mesmo tempo, vivenciar a natureza.

EM BREVE, DAMHA EM ASSIS Com tantos atrativos, não é difícil imaginar por que Assis é uma das cidades escolhidas pela Damha Urbanizadora para abrigar um de seus empreendimentos imobiliários. Em breve, a empresa lançará no município um condomínio residencial que levará para Assis o melhor conceito em urbanismo do Brasil. Estilo Damha | 25


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NossaCapa Regina Duarte

Regina Duarte, diva absoluta

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Ao longo dos últimos 50 anos, ela coleciona personagens icônicos que ficarão para sempre guardados na memória e no coração de seus milhares de fãs. Uma mulher intensa, segura de suas ideias e apaixonada pela profissão, Regina Duarte garante que parar de atuar não está em seus planos e que ainda tem muita disposição para continuar encantando o Brasil Texto: Thatiana Miloso e Daniele Globo

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NossaCapa Foto: Claudio Gatti

Regina Duarte

Dezembro 2013| Janeiro 2014 “O trabalho é minha terapia ocupacional, é meu equilíbrio, minha paz de espírito”

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NossaCapa Regina Duarte

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Foto: Claudio Gatti

entrevista foi agendada para a manhã de uma quarta-feira, em seu apartamento nos Jardins, região nobre da capital paulista. Ao contrário da grande maioria das estrelas, principalmente quando se trata de uma reportagem de capa, ela dispensou cabeleireiro, maquiador e styling: faria tudo sozinha, no bom e velho estilo by herself. Essa ausência de produção nos preocupou um pouco, mas decidimos que era ela quem daria as cartas e conduziríamos a entrevista da maneira que a deixasse mais confortável. E foi só ela surgir no living do apartamento, com seu sorriso característico, para percebermos que toda aquela tensão fora em vão: afinal de contas, estávamos falando da diva Regina Duarte, musa por natureza, e se tem algo que ela sabe fazer como ninguém é estar radiante diante das câmeras. Mesmo porque, embora seu rosto continue lindo, sua beleza também vem de dentro. Enquanto pedia para sua simpática colaboradora nos preparar um café – ela gosta de misturar açúcar mascavo com açúcar cristal: “o açúcar branco tira o gosto de rapadura do mascavo e adoça melhor” –, Regina se desculpava por não ter conseguido nos receber antes. Como se fosse aquela velha amiga, fez um desabafo sobre a loucura que está sua vida, tanto pela estreia da peça Bem-Vindo, Estranho (em cartaz em São Paulo no teatro Vivo) quanto pela perda repentina de seu administrador. Estabelecida a conexão entre nós, começamos a entrevista, com a intenção de fazer um apanhado geral sobre seus 50 anos de carreira, seus novos projetos, além de falar sobre temas que pudessem levar nossos leitores a conhecerem um pouco mais da eterna “namoradinha do Brasil”. Em uma hora de uma conversa deliciosa, Regina Duarte mostrou toda sua intensidade, sua paixão incontestável pelo trabalho e, acima de tudo, o compromisso e respeito com seu público, como fica claro na entrevista a seguir.

“Após cada cena, cada espetáculo, volto plena e alimentada” 30 | Estilo Damha

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NossaCapa Regina Duarte

Em 2012, você completou 50 anos de uma carreira incríO Ivan Izzo, que foi o curador da exposição, colecionou vel, com vários papéis que ficaram marcados na memóno país inteiro, com todos os fãs, um acervo imenso a ria do público. Qual a sensação? meu respeito, o que foi um verdadeiro presente. Quando Tive muita sorte e muito trabalho. Ao longo desses anos vi a mostra pela primeira vez, fiquei boquiaberta com a trabalhei muito porque amo o que faço. Nessa profissão qualidade da proposta: ali estavam meus 50 anos de carnão existe finais de semana nem feriados, mesmo porreira divididos em cinco décadas, profundamente pesquique o capítulo tem que ir ao ar e é nos feriados que os sados e exibidos em vídeos, fotos, entrevistas, objetos de teatros lotam. A vida do artista é parecida com a vida cena e figurinos. O mais interessante é que as pessoas do médico: assim como ele está sempre disponível para iam ver a exposição e acabavam encontrando ali coisas seus pacientes, o artista tem que estar sempre disponíque remetiam à história delas mesmas. Tinha gente que vel para seu público, o que envolve uma entrega, uma parava diante de uma cena e começava a chorar, porque doação, uma missão social. Tenho consciência do meu via a si mesma naquela fase de sua vida, com todas as compromisso com as pessoas que eu seduzi através emoções pertinentes à sua história. Isso não tem preço. do meu trabalho, então é a elas que devo responder a Para um artista, a coisa mais bela que pode acontecer é cada novo personagem, a cada novo desafio. Posso saber que depois de tanto tempo você ainda continua dizer que nesses 50 anos tive sorte, aproveitei sensibilizando a memória de alguém, transforas oportunidades que a vida me deu da mando a memória em pura emoção. Isso melhor forma possível, com toda minha é realmente uma coisa extraordinária, à “Vou lutar garra, com toda disciplina que herdei e qual dou o maior valor, e vou lutar até até meu último aprendi com meus pais. Eles me ensimeu último dia de vida para ser uma naram a ser uma pessoa ética, disciatriz capaz de orgulhar as pessoas. dia de vida para plinada, responsável. Me ensinaram ser uma atriz a me comprometer genuinamente Esse seu comprometimento com o com tudo: pessoas, eventos, propospúblico é admirável, principalmente capaz de orgulhar tas de trabalho, e acho que isso fez porque você já conquistou tanta coias pessoas” com que minha carreira deslanchasse sa, que poderia simplesmente se dar muito bem. O resultado está aí e me dá ao luxo de parar e só curtir a vida... muito orgulho, mas acho importante dizer Muitas pessoas têm me falado isso ultique esse marco não representa um ponto fimamente, que com o histórico que tenho não nal. Não é porque completei 50 anos de carreira precisava fazer mais nada, que poderia tranquilaque vou começar a pensar no fim. O que há é uma contimente descansar e curtir meus netos. Mas estou fazendo nuidade e, através de tudo o que aprendi, quero continutudo do mesmo jeito que fiz a vinda inteira: criei três fiar aprimorando a relação com meu trabalho e brindando lhos, tive quatro casamentos e muitos amores [neste momeu público com novos papéis. É para ele que eu faço mento, ela faz uma pausa e abre um parêntese], homem tudo e é com ele que quero me comunicar, trocar vivênexige muita atenção e a todo tempo você tem que estar cias. Quero que meu público continue podendo acreditar cuidando deles, cuidando do amor. O tempo todo me dina atriz e na pessoa que sou. vidi entre essas tarefas e vou continuar me dividindo, não vou abandonar nada: nem o amor, nem a relação com Seu público, aliás, pôde fazer um balanço de seus 50 a família e os netos, nem a relação com o trabalho. É o anos de carreira na exposição “Espelho da Arte – A Atriz trabalho que me alimenta, é minha terapia ocupacional, e Seu Tempo”. Como foi compartilhar sua trajetória artísé meu equilíbrio, minha paz de espírito. É durante o tratica dessa forma? balho que posso viajar, me tornando outro ser, e quando Nunca vi no Brasil uma exposição igual a essa, e não falo volto para mim, após cada cena, cada espetáculo, volto isso por ter sido uma mostra a respeito da minha história. plena e alimentada.

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NossaCapa Regina Duarte

“Se você me perguntar o que quero fazer agora, diria que quero fazer mulheres normais”

Com um rol de papéis tão maravilhosos, ainda há algum tipo de personagem que você não interpretou e gostaria de fazê-lo? Tive a fase da namoradinha, a fase das Helenas e a fase das bravas guerreiras, mulheres que deram a volta por cima, que sacudiram a poeira e seguiram em frente, que ousaram romper um casamento falido e foram independentes. Ultimamente estou em meu terceiro papel da fase que chamo de mulheres malditas, que, além de independentes, também são agressivas na consecução dos seus desejos, que respondem agressivamente às agressões. Tudo o que a namoradinha não fazia, personagens como Clô Hayalla [da novela O Astro], Glória [do filme Gata Velha Ainda Mia] e Jaki [da atual peça Bem-Vindo, Estranho] fizeram e fazem. São mulheres extremas, da mesma forma que a namoradinha representava o 8, essas mulheres representam o 80. E se você me perguntar o que quero fazer agora, diria que quero fazer mulheres normais, mulheres 40. Mulheres como as Helenas? Talvez, mesmo porque todas as Helenas tiveram seu calcanhar de Aquiles. Todas tiveram uma fraqueza, uma lacuna na personalidade, que é a mentira. Em algum momento, por amor, elas acham que vão ajudar alguém mentindo. Isso faz parte do temperamento delas, e acho admirável o trabalho do Manoel Carlos, porque essa Helena mora na gente, toda mulher sabe do que ele está falando. Isso é uma denúncia importante, pois as novelas dele mostram como essas mulheres acabam sofrendo pela vida toda por esse ato de generosidade, amor e bondade, entre aspas. Adoro o Manoel Carlos, fiz três Helenas e aprendi muito com elas. Acho que todo o público que assistiu às novelas do Maneco aprendeu muito sobre humanidade, ética e como ser feliz enfrentando a verdade, por maior que seja a dor que ela traga. A verdade se restringe àquele momento histórico da vida da pessoa, enquanto a mentira contagia uma vida inteira, até a morte. Estou filosofando aqui, mas são reflexões provocadas por essa dramaturgia de altíssima qualidade.

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E já há algum convite para você interpretar essa “mulher 40” ? Espero que venha, estou agora aqui, anunciando através da revista Estilo Damha, que estou louca para fazer uma mulher normal. Mesmo porque as mulheres tidas como normais já são complexas o suficiente e estão sempre lutando para administrar os extremos, as tentações de radicalizar no 8 ou no 80.

Atualmente você está em cartaz com a peça Bem-Vindo, Estranho, que estreou na capital paulista no último mês de outubro. Nela, você interpreta a paranoica e intrigante Jaki, considerada pela crítica um de seus trabalhos mais impactantes. O que te levou a aceitar o papel? A qualidade do texto, que é redondo do começo ao fim, e a proposta da dramaturgia, que é muito bem elaborada. Costumo receber de quatro a cinco projetos por mês, de cinema e teatro, mas, quando começo a ler, perco logo o interesse. Quando recebi o texto de Bem-Vindo, Estranho, comecei a lê-lo no meu iPhone; estava presa no trânsito e não conseguia parar de ler. Fiquei tão curiosa para saber como terminaria a história que comecei a pular as páginas para poder chegar logo ao fim. Quando me dei conta disso, pensei: se estou assim, a reação por parte do público será igual. Vão ficar loucos para ver como a história termina. Logo nos primeiros minutos do espetáculo, você já sabe que alguém vai matar alguém, mas não consegue saber quem vai matar quem. É um texto da inglesa Angela Clerkin baseado no cinema noir dos anos 40. É puro suspense. Esse é um gênero com o qual você não estava muito familiarizada, não? Realmente é um universo do qual sempre fugi. Não sou aquela pessoa que gosta de ter informações sobre crimes, não compro o tipo de jornal que explora esse tipo de coisa. E fiquei muito intrigada em entender por que eu estava tão interessada em fazer essa peça. A explicação é simples: sou uma atriz que encontrou uma peça de ótima qualidade com um personagem extraordinariamente bom. A plateia ri com a Jaki o tempo inteiro, e é somente no final que realmente a tensão se afunila e as pessoas se dão conta de que a coisa pode ser trágica.

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NossaCapa Foto: Claudio Gatti

Regina Duarte

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“Todas as Helenas tiveram uma fraqueza, uma lacuna na personalidade, queDamha é a mentira” Estilo | 33


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Fotos: Claudio Gatti

Regina Duarte

“Toda mãe que o filho sempre vai precisar da sua opinião, do seu apoio” 34 acha | Estilo Damha

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NossaCapa Regina Duarte

Na peça, sua personagem trava com a filha Elaine uma relação doentia e sufocante, de amor e dominação. Você levou algo da sua experiência de mãe para este papel ou a Regina Duarte mãe não se parece em nada com a Jaki? Existem situações na peça pelas quais já passei e tive que criar resistência para não sucumbir às tentações de manipulá-las. A criança nasce muito manipulável, totalmente dependente, e esse desligamento necessário entre pais e filhos muitas vezes se dá de uma forma um pouco difícil. Toda mãe acha que o filho sempre vai precisar

que uma possível culpa pintava, aliviava-a dizendo para mim mesma que, se eu estivesse em casa o dia inteiro com eles, talvez fosse uma mãe irritadiça, sendo ausente mesmo estando presente. Mesmo porque tem muita mãe que está em casa e não está presente para os filhos, está fazendo suas coisas, está na internet, está cuidando da sua própria beleza e do seu ego. Essa tranquilidade eu posso ter, pois estive muito ausente, mas, sempre que estive presente, estive muito presente, voltada para eles em todos os níveis. Só decorava textos depois que eles dormiam, lia historinhas, colocava-os na cama, enfim. E eles valorizavam o tempo que tinham comigo. A Gabi até escolhia minhas roupas, por achar que não me vestia como as mães de suas amiguinhas [risos]. A peça está em cartaz em São Paulo. Depois disso, o espetáculo será levado para outras cidades do Brasil? Desde que estreamos, o teatro tem lotado muito, e é provável que, além das sextas, sábados e domingos, abramos também uma sessão às quintas-feiras. Os convites

Regina com os atores Mariana Loureiro e Kiko Bertholini, na peça Bem-Vindo, Estranho, em cartaz na capital paulista

da sua opinião, do seu apoio, que você sempre será um farol que ilumina a vida dele. E, quando o filho não age da forma que você esperava, você se ressente. E tem que segurar a onda e engolir o sapo porque ele já cresceu, já é adulto, já é responsável por si mesmo. Por todas essas elucubrações, através desse espetáculo, fiz uma revisão da qualidade da minha maternidade e fico aliviada em dizer que estou a quilômetros de distância da Jaki. Aproveitando o gancho da Jaki, como foi a relação com seus filhos ao longo da carreira? Eles assimilaram bem o fato de ter uma mãe nem sempre presente? Sempre que pude, estive presente. Acho que a qualidade da minha presença, muito em função de eu ser uma pessoa de bem com a vida e alimentada pelo fato de fazer o que gosta, sempre foi nutritiva para eles. Sempre Dezembro 2013| Janeiro 2014

estão vindo do país inteiro; por ora, sei que até o Carnaval estaremos em São Paulo. Depois disso terei uma reunião na TV Globo para definir o que vai acontecer para mim, em termos de televisão, no ano que vem. Caso não pinte nada, então eu provavelmente farei essa peça em todos os lugares aonde tivermos oportunidade de ir. No recente filme Gata Velha Ainda Mia, no qual você interpreta uma escritora decadente e amarga, as dificuldades do envelhecimento são abordadas. Como você tem encarado seu próprio envelhecimento? O envelhecimento é um processo forte, que quando começa parece com as dores da adolescência. É uma coisa mais psicológica do que física. Tenho a mesma energia que tinha aos 35, 40 anos, mas tenho alguns problemas como dores no joelho, por exemplo. Estilo Damha | 35

Foto: Divulgação/ Habi Haidar

Então, por que continuar sendo preconceituosa com um tema tão humano como matar alguém? Aí mergulhei no assunto, fui fazer pesquisa para saber por que as pessoas matam, por que são psicopatas a ponto de planejar um assassinato ou sucumbir a um assassinato. Foi bom porque venci um preconceito a respeito de um tema humano, para o qual não dá para virar as costas e sair andando. Me sinto uma estreante no gênero e estou encantada.


NossaCapa

Foto: Claudio Gatti

Regina Duarte

“Envelhecer não é fácil, ninguém nunca me falou como era difícil a menopausa”

Mas para isso há o pilates, tratamentos, a própria medicina e exercícios que azeitam as cartilagens. Hoje em dia a gente se apoia em muitas coisas que prolongam a qualidade de vida, e estou me aproveitando bastante de todas elas. Embora não seja uma pessoa muito vaidosa, o fato de ser atriz exige que cuide de minha aparência e de minha voz. Envelhecer não é fácil, ninguém nunca me falou, por exemplo, como era difícil a menopausa. Só se fala dos calores, mas ninguém fala da depressão que a falta de hormônios causa. Logo no início, tinha dias que não queria sair da cama e não sabia o que estava acontecendo comigo, ninguém me preparou para isso. E assim vamos indo, viver é muito bom, mas melhor do que viver é ter qualidade de vida. Viver de qualquer jeito não me interessa. O passar dos anos interferiu na sua memória? Diz-se que, na época de Rainha da Sucata, você conseguia decorar 100 páginas por dia. A memória é como um músculo, você tem que exercitá-la. Hoje você decora uma linha, amanhã duas, no dia seguin36 | Estilo Damha

te três e assim por diante. Se você se propuser a memorizar alguma coisa, em um mês você estará decorando uma página inteira. Sempre que começo um trabalho, no início tenho muita dificuldade de memorização, mas depois de um mês, um mês e meio, já leio duas, três vezes, e aquilo já está memorizado. Em francês, ensaiar é répéter, então, ensaiar é repetir, repetir, repetir, até chegar uma hora que você já decorou. Para terminar, algum arrependimento? Com certeza já tive vários, mas tenho certa tendência ao fatalismo: acredito que se não aconteceu é porque não era para acontecer. Acabo me defendendo um pouco dos arrependimentos assim. Acho que se arrepender só serve para você prestar mais atenção no que está fazendo hoje e vai fazer amanhã. Mas ficar olhando lá para trás e se arrepender do que já foi feito é besteira, só dá trabalho e não resolve nada. O que resolve é, em situações semelhantes, ter aprendido com o que te fez entrar em arrependimento, evoluir e agir de outra forma em uma nova situação, porque aquela já era.

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NossaCapa Regina Duarte

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ColunaConsumo Fabiano Menna

É ÉPOCA DE PRESENTEAR!

Foto: Nilton Santolin

O final de ano é o momento mais aguardado para aqueles que gostam de trocar presentes. Além do Natal, são tantas confraternizações, tantos amigos secretos, que muitas vezes deixamos a criatividade de lado na hora da escolha. Mas boas opções não faltam, para todos os bolsos, gostos e estilos. Se ligue nas dicas e entre de cabeça neste delicioso clima de festa!

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Fabiano Menna _ Figurinista, produtor de moda e decoração, professor universitário, psicopedagogo e ator. Trabalhou no jornal o Estado de S.Paulo, no Suplemento Feminino, e Folha de S.Paulo, na Revista da Folha e Caderno Vitrine. 38 | Estilo Damha

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ColunaConsumo Fabiano Menna

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1. Câmera digital vermelha Nikon, à prova d’água, choque e poeira, 18.1 megapixels, da Photo 1. 2. Anel de tanzanita, esmeralda e diamantes, da Mariana Berenguer.

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3. Porta-retrato guirlanda, de bronze, da Secrets de Famille. 4. Cofre coruja roxa pequena, da Capitain Online. 5. Perfume para casa, com fragrância cítrica e refrescante, de Herchcovitch;Alexandre, para Zelo. 6. Abridor de garrafas vermelho, da KitchenAid. 7. Porta-baralho de couro, da By Kamy. 8. Caneco cervejômetro de vidro, para presentear os amigos cervejeiros de plantão, da Ludi. 9. Rádio Kombi Retro, nas cores azul e verde, pode ser usado em MP3, MP4 e PC, da Monky. 10. Garrafas de vidro verde de sifão, para gaseificar água, da loja Teo.

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11. Champanheira de alumínio pintado com técnica de decoupage, da Hips Retrô.

Fotos: Divulgação

12. Aparelho de jantar Oxford Porcelanas, inha flamingo com 30 peças, da Oxford. 13. Estrela de cerâmica com caramelos ou nougat, da Lu Bonometti Biscotti & Dolcezze. 14. Kit de couro e detalhes em ferragens douradas, com cinto, chaveiro e carteira, da Mitty.

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15. Porta-vela em armação de ferro e hera, para três velas, da Cecilia Dale.

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Comportamento

Fotos: Arquivo

Férias

ENFIM, VIAJAR

Dicas para que sua tão sonhada viagem não se transforme em um pesadelo Texto: Dirlene Ribeiro Martins

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Comportamento Foto: Arquivo pessoal

Férias

A professora e turismóloga Claudia Astorino em voo de parapente na Pré-Cordilheira dos Andes, em Mendoza (Argentina)

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m julho de 2012, um golpe de uma agência de viagens da capital paulista deixou cerca de seis mil passageiros na mão. Clientes que haviam comprado pacotes turísticos para Disney (Estados Unidos), Bariloche (Argentina), Cancum (México), Florianópolis (SC), entre outros destinos, foram surpreendidos com o cancelamento da viagem quando já estavam no aeroporto, prontos para embarcar, ou poucos dias antes, e a agência não deu satisfação alguma. Situações como essa, quando veiculadas pelos meios de comunicação, preocupam aqueles que estão planejando tirar merecidas férias, comemorar alguma data ou fazer um intercâmbio e pretendem recorrer aos serviços de uma agência especializada. Obviamente, a maioria das agências é idônea, realiza um trabalho sério e quer prestar bom serviço, mas não custa nada tomar alguns cuidados. Claudia Astorino, turismóloga e professora do curso de Turismo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus de Sorocaba, acredita que comprar um pacote de turismo diretamente de uma agência ainda transmite mais confiança, uma vez que o cliente se relaciona presencialmente com quem lhe está vendendo o pacote. “Caso venha a ter problemas de qualquer natureza, procurará a pessoa que lhe vendeu o serviço”, diz. Mesmo assim ela recomenda que o cliente, antes de assinar o contrato, procure o cadastramento da agência no Ministério do Turismo. É interessante, além disso, pesquisar no Procon, para verificar se há reclamações contra a empresa nesse órgão, e nas redes sociais, para conhecer a percepção que outros clientes têm do produto/ Dezembro 2013| Janeiro 2014

serviço oferecido. “Através das redes sociais é possível averiguar o grau de satisfação dos clientes da agência. Também se pode pesquisar no site Trip Advisor, em que há opiniões e comentários de outros clientes, satisfeitos ou não.” O contrato, como em qualquer transação comercial, visa proteger todas as partes envolvidas – neste caso, tanto os clientes quanto as agências –, mas antes de assinar é preciso ficar atento a alguns pontos. Deve-se observar os itens que estão ou não inclusos, além das categorias de serviços contratados, como meio de transporte, tipo de acomodação e hospedagem. “É preciso verificar se o pacote inclui ou não refeições e se destas fazem parte as bebidas. Caso haja serviço de guiamento, convém certificar-se se o idioma desta atividade será o português, o espanhol ou outro. Se houver atrações no pacote, deve-se averiguar se os respectivos ingressos estão ou não incluídos. Por fim, deve-se checar se há algum tipo de seguro no referido pacote e se este é o que melhor corresponde às suas expectativas/necessidades”, esclarece a turismóloga. Claudia também lembra que é muito importante estar atento às condições de pagamento e de eventual cancelamento da viagem, seja por parte do cliente ou da agência. Mas assinar o contrato não significa que não é preciso se preocupar com mais nada. A professora ressalta que, alguns dias antes do embarque, vale a pena se programar quanto ao deslocamento para o terminal (aeroporto, porto, rodoviária ou, ainda, estação ferroviária, em alguns casos de viagens que têm início num país europeu ou de outro continente) para evitar atrasos ou outros infortúnios. Estilo Damha | 41


Comportamento Férias

Por conta própria

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e você não que contar com o auxílio das agências, pois está em busca de preços mais atraentes e de maior liberdade, deve tomar algumas providências para não se desviar de seu cronograma. Comprar as passagens aéreas com alguns meses de antecedência é economia na certa. Além disso, cadastrar-se no site de sua companhia aérea favorita e participar do programa de milhagens também pode ajudar na hora de adquirir as passagens. Se você planejou voos domésticos dentro da Europa, tenha o cuidado de conferir se a data e o horário permanecerão os mesmos um dia antes da viagem, pois algumas companhias costumam mudar os dias e horários em cima da hora.

Também se recomenda que a reserva do hotel seja feita com antecedência, principalmente em períodos de alta temporada, quando os preços costumam se elevar bastante. Antes de fechar com o hotel, verifique no site se ele tem tudo de que você necessita para uma estadia confortável e, também, cheque nas redes sociais se há comentários sobre o estabelecimento. Lembre-se de fazer um cronograma dos passeios escolhidos. Anote endereço, horário de abertura e valores cobrados pela entrada, assim, poderá aproveitar melhor seu tempo. Fique atento também aos lugares onde fará suas refeições. Dependendo do país ou região escolhida para a viagem, a gastronomia pode não lhe agradar muito.

Foto: Portal da Copa

Se sua opção for viajar por conta própria, planejar com antecedência é essencial 42 | Estilo Damha

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Comportamento Férias

Vou de carro...

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á para quem quer viajar, mas não pretende enfrentar rodoviárias nem aeroportos, uma boa ideia é ir de carro, que pode ser um meio de gastar pouco, parar quando tiver vontade e aproveitar a paisagem. No entanto, é preciso alguns cuidados, antes e durante a viagem, para que o trajeto seja feito com segurança e sem imprevistos desagradáveis. Em primeiro lugar, antes de cair na estrada é importante verificar a validade da documentação e do seguro do carro e se o automóvel está em ordem (veja check list nesta página), e isso serve mesmo que você siga a rotina de manutenção recomendada pela fábrica. Mas fique atento ao tempo: a revisão não deve ser feita na véspera, já que se houver necessidade de substituição de alguma peça, muitas vezes, é impossível fazer isso de um dia para o outro. Também calcule bem o quanto vai gastar de pedágio e de combustível, para não faltar durante a viagem nem gastar mais do que precisa. Planeje seu trajeto com antecedência, mesmo que seu carro possua GPS, assim você já poderá calcular quando precisará parar para descansar, comer ou, se necessário, dormir antes de chegar ao destino final. Aliás, se a viagem for muito longa, recomenda-se parar a cada duas horas para ir ao banheiro e lanchar. Aprovei-

Check list

te esse momento para alongar pernas, costas e braço. Se possível também dê uma caminhada pelo posto ou estabelecimento comercial, pois você ficará mais disposto para continuar a viagem. Outra dica para viagens longas é distrair jovens e crianças (principalmente estas últimas). Neste caso, videogames e aparelhos de som portáteis, além de livros ou gibis, podem dar conta do recado. Um DVD player para entreter os passageiros do banco de trás também é uma boa ideia. Tome cuidado ainda com a bagagem que pretende levar. Manter a visibilidade de toda a área envidraçada do carro é muito importante, mas também evite deixar objetos soltos dentro do carro. Coloque tudo o que for possível no porta-malas, e não dispense a tampa que isola esse compartimento. Fique atento também ao peso dos passageiros e de suas respectivas bagagens, pois, nesta condição, a calibragem dos pneus recomendada pela fábrica é diferente e deve ser checada no manual do proprietário. Por último, mas não menos importante: não tente enfrentar a sonolência e a fadiga. Quem dirige nessas condições corre quase tanto risco quanto quem dirige alcoolizado.

Foto: Divulgação

Desgaste dos pneus Calibragem amento Alinhamento e balance e validade Óleo do motor: nível ador Nível da água do radi Fluido do freio s e palhetas Lavadores dos vidro Sistema elétrico de incêndio Validade do extintor Triângulo, macaco e de fenda Chave de roda e chav

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Viajar de carro exige alguns cuidados

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Comportamento Foto: Egali Intercâmbio

Férias

O coordenador Luis Gustavo Martins Barbosa em Londres

Intercâmbio

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e seus planos são um pouco mais ambiciosos e envolvem ficar alguns meses como intercambista em outro país, além das dicas elencadas na primeira parte desta matéria, você precisa tomar outros cuidados. Ao selecionar uma agência de intercâmbio, leve em conta o modo como ela trabalha e como escolhe seus parceiros no exterior, principalmente as escolas de idiomas. Câmbio muito baixo pode ser um sinal de alerta, pois você poderá ter de arcar com taxas extras ou, pior, talvez seja um golpe. “Se possível, o intercambista deve pedir o contato de alguém que já viajou pela agência para verificar como foi a experiência. Blogs são muito úteis também, mas o principal é o registro oficial da agência na Embratur e toda a estrutura que ela é capaz de oferecer (suporte com a matrícula, visto, acomodações, câmbio, seguro, etc.). Ou seja, deve-se verificar como a empresa será capaz de resolver eventuais problemas que ocorram durante o intercâmbio”, sugere Luis Gustavo Martins Barbosa, coordenador da agência Egali Intercâmbio em Campinas. Se esta for sua primeira experiência como intercambista, lembre-se de que não se trata de uma viagem de luxo. Você precisará explorar a cidade para entender 44 | Estilo Damha

como funciona o transporte e como conseguirá chegar a determinados lugares. Muitas vezes terá de cozinhar, limpar, lavar roupa, etc. A acomodação, seja em casa de família, residência estudantil ou hostel, em geral não tem nada de luxuoso e é muito diferente de um hotel. O lema aqui é ser flexível e ter (ou desenvolver) certo espírito de aventura. “Também é importante ter em mente qual é o objetivo do intercâmbio: conhecer pessoas, aprender um novo idioma, viajar por diversos países, para que o intercambista possa escolher um destino que mais se ajuste a esse propósito. É bom dar uma pesquisada nos destinos propostos pelo agente, para ver se é aquilo mesmo que procura”, aconselha o coordenador. Para aqueles que se assustam com a ideia de se deparar com uma cultura e clima totalmente diferentes, Luis Gustavo sugere: “Psicologicamente, é bom se preparar para o cenário mais pessimista possível, no qual não só a cultura e o clima são diferentes, mas também a culinária. Apesar disso, é importante ter em mente que tudo isso agrega como experiência de vida. Aliás, arrisco dizer que, quanto mais diferente for, melhor! Depois de passar por isso, o intercambista vai ficar com menos medo de enfrentar riscos”.

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ColunaEconomia Eduardo Amuri

TIRAR DINHEIRO DA CARTEIRA DÓI A maneira como gastamos dinheiro afeta diretamente nosso comportamento de consumo

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ia desses, um amigo comentou sobre como era difícil resolver problemas com a operadora de cartão de crédito. Nos últimos doze meses, ele precisou ligar para o vagaroso Serviço de Atendimento ao Consumidor três vezes. Logo ele, que concentra todas as despesas no cartão de crédito. Perguntei qual o motivo do uso do cartão de crédito e a resposta veio rápida e seca: “Uso o cartão para acumular milhas”. Entramos num raciocínio rápido. Ele gasta, em média, R$ 1.700 por mês no cartão. Portanto, em um ano, chegaremos a algo próximo de R$ 20.000. Considerando que o cartão concede meia milha para cada real gasto, teremos 10.000 milhas. Isso posto, veio um novo comentário: “Viu? Com 10.000, eu compro uma passagem de ida para quase qualquer lugar do país”. De longe, até parecia bom negócio, mas, se destrincharmos, veremos que a coisa não é bem assim. Convertendo essas 10.000 milhas em dinheiro (seja vendendo as milhas para algum interessado, seja comprando a passagem diretamente), perceberemos que elas, valem, com sorte, R$ 350. É isso que ele ganha por concentrar todos os gastos no cartão. Propus uma aposta: sugeri que ele ficasse um ano sem usar o cartão de crédito, sem se preocupar em economizar mais do que se preocuparia normalmente. Meu palpite era de que ele economizaria, sem esforço adicional, pelo menos o dobro do que teria economizado ao ganhar os 350 reais em milhas. Minha única exigência é que ele usasse dinheiro vivo em todas as

transações possíveis. Passaram-se quatro meses da data da aposta e a média de gastos dele caiu para R$ 1.500, desde o primeiro mês. “Não sei onde deixei de gastar, mas já separei o dobro do que eu teria economizado com as milhas”, assumiu. Não é mágica nem raciocínio muito refinado. A maneira como gastamos dinheiro afeta diretamente nosso comportamento de consumo. O ato de tirar o dinheiro da carteira dói. Quando nos desfazemos das coisas (das notas da carteira, por exemplo), uma região específica do nosso cérebro é estimulada (o córtex cingulado anterior). É a mesma região que é ativada quando sentimos dor física. Por isso é tão mais fácil gastar menos quando utilizamos o dinheiro de papel. Nosso cérebro, refinado, mas facilmente enganável, não reconhece o ato de “passar o cartão” da mesma forma. Pagar no cartão dói menos. O cartão de crédito pode ser um excelente aliado, desde que não seja tomado como uma verdade absoluta, dessas que a gente ouve por aí e não se questiona friamente, não tente entender a razão. Tirar um cartão bonito da carteira, por vezes, é um ato de autoafirmação, como se não se importar com o valor fosse luxo. É um mecanismo bem rebuscado de autossabotagem. Dessa forma, nossas travas ficam guardadas dentro desse pedacinho de plástico poderoso. E se a gente tentasse rever isso tudo? Convido você a realizar o mesmo experimento. Por uma semana, utilize apenas dinheiro de papel, só para sentir como é. Nossos questionamentos podem começar pelo bolso.

Eduardo Amuri - Formado em psicologia econômica, escreve sobre finanças e comportamento também no PapodeHomem (papodehomem.com.br) e no Dinheirama (dinheirama.com). Dezembro 2013| Janeiro 2014

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ColunaComportamento Mara Behlau

A qualidade das relações no trabalho está diretamente relacionada aos feedbacks dados e recebidos

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m bom comunicador, além de ter habilidades variadas de fala e escuta, sabe fazer críticas, dar sugestões e oferecer feedback. Por outro lado, se ele é mesmo um bom comunicador, também sabe receber críticas, sugestões e feedback para seu crescimento pessoal e profissional. O que essas situações têm em comum? Nos três casos dizemos algo que percebemos sobre uma pessoa, para ela mesma. Há, no entanto, grandes diferenças entre essas três formas de comentar fatos ou comportamentos observados. Criticar parece ser nosso movimento mais automático quando não gostamos de algo, é quase um default do cérebro e, embora as críticas possam ser vistas como positivas ou negativas, sempre envolvem julgamentos e, por isso, dificilmente são encaradas como construtivas. Quem recebe uma crítica tende a se sentir injustiçado e geralmente retruca dizendo que o outro não entendeu o contexto, não valorizou os esforços envolvidos e que fala por falar, sem conhecer todos os fatos. Já sugerir reflete uma análise mais sofisticada, pois na sugestão frequentemente se aponta uma forma alternativa de se fazer algo, o que tem maiores chances de ser bem recebido pelo ouvinte. É maior a probabilidade de as críticas gerarem raiva e respostas agressivas, enquanto as sugestões, embora não mexam tão profundamente com o cérebro emocional de quem as recebe, podem ser imediatamente descartadas ou até mesmo se tornar motivos de chacota, pois o cérebro tem dificuldades de validar o que ele mesmo não produziu como solução. É importante reforçar que o ato de criticar em si desempenha uma função social essencial, quando tem por base dados de realidade e reflexões sobre o contexto. O problema é que, com as redes sociais incentivando uma comunicação imediata e imediatista, parece ter ficado ainda mais fácil criticar.

Foto: Divulgação

CRITICAR, SUGERIR E DAR FEEDBACK

A medida da crítica, assim como sua imparcialidade, são elementos importantes para a sua aceitação: críticas de arte, de cinema e literatura ajudam os indivíduos a refletirem sobre o tema em questão, contribuindo para que os leigos apreciem melhor determinado aspecto de uma obra. Por outro lado, no mundo das organizações corporativas, embora se reconheça a importância delas, é difícil produzir boas críticas. Além disso, quase ninguém gosta de recebê-las! Na verdade, estudos recentes demonstraram que se aproveita menos de 20% do que é dito por meio de críticas, porque envolvem julgamento e quase sempre refletem uma opinião desfavorável. Assim, a primeira dica é tomar cuidado ao criticar e, se possível, pedir ao outro para fazer uma autoavaliação, antes de apresentar a crítica, até mesmo para ter mais elementos de discussão. Finalmente, quero focalizar o assunto desta coluna na necessidade de dar e receber feedback e na dificuldade dos brasileiros de realmente dizerem, a seus colaboradores e amigos, o que percebem sobre eles. Aliás, a falta de feedback, em nossa realidade, é um dos aspectos que mais nos diferencia negativamente dos norte-americanos, que usam esse recurso em média oito vezes mais que os chefes brasileiros. Corre, em nosso meio, que o melhor feedback é a ausência dele e que quando o chefe diz “Posso lhe dar um feedback....” é melhor se preparar para um ataque frontal. Isso é tão verdadeiro que o neurocientista Dr. Kevin Ochsner, da Columbia University (EUA), concluiu que menos de 30% das pessoas aproveitam algo do feedback recebido, pelo fato de o clima de desconforto e animosidade gerado bloquear o cérebro, tornando inócua essa poderosa ferramenta de desenvolvimento pessoal. Há estratégias importantes para se aproveitar ao máximo a força de um feedback. A principal é que o feedback deve envolver aspectos positivos e negativos. Sabe-se

Mara Behlau, PhD – Fonoaudióloga e doutora em Distúrbios da Comunicação Humana, consultora e coach certificada pelo Neuroleadership Group (NLG). Professora de Comunicação para Negócios no INSPER e também docente do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana na UNIFESP, São Paulo. Presta consultorias sobre comunicação, liderança e negociação para diversas empresas. 46 | Estilo Damha

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ColunaComportamento Mara Behlau grosserias que se constituem no feedback negativo, destrutivo, de consequências indesejáveis. Falando a verdade, de modo cortês, você dá condições para que o outro realmente cresça com o que ouviu. Você deve controlar sua linguagem, buscar um momento adequado para o f­eedback e delimitar o foco da conversa (feedback apenas sobre um fato ou comportamento e não sobre tudo!). Contudo, apesar de controlar o que você vai falar, preparando-se para essa situação, você não conseguirá prever a reação do outro. Pode haver negativas raivosas, choro, gritos, descontrole ou, pior ainda, não levar o feedback a sério e culpar os outros pelo que foi apresentado. Em tais situações, mantenha a calma e insista na descrição do aspecto em questão e sobre como isso prejudica você, os outros ou a empresa. Enfatize que seu objetivo é o de oferecer informações e, se o outro contra-atacar (por exemplo: “mas quem é você para dizer isso, já que faz aquilo?”), apenas afirme que com certeza também tem aspectos a serem melhorados, mas que o foco da conversa atual não é você. Expresse que dar feedback demonstra interesse em manter um relacionamento e que é um investimento no outro, melhorando a comunicação. A qualidade das relações no trabalho está diretamente relacionada aos feedbacks dados e recebidos; pior que um feedback negativo é a ausência de feedback. A habilidade de dar feedback é considerada hoje um sinal de liderança e marca de empregabilidade, devendo ser aplicado diariamente e não somente nos períodos de avaliação dos colaboradores. Lembre-se ainda de que as pessoas são diferentes e que algumas precisam de mais feedback que outras; porém, até mesmo as mais desenvolvidas precisam de algum feedback, já que ninguém é capaz de se ver como o outro o vê! Treine dar feedback diariamente e peça também f­eedback aos outros. Além disso, reflita constantemente sobre como você está indo e o que pode fazer para melhorar seus comportamentos pessoais e profissionais.

Foto: Divulgação

que o cérebro fica energizado quando é recompensado, o que ocorre cada vez que recebemos um elogio específico, ou seja, quando algo definido e claro nos é dito, aumentando a motivação de prosseguirmos com certo comportamento. Quando o feedback é corretivo, embora tenha por objetivo indicar a necessidade de ajustes, pode acionar os mecanismos de defesa e bloquear a tomada de decisões e as ações necessárias. Por isso, sempre que der um feedback corretivo, peça sugestões sobre o que pode ou precisa ser feito para aquela situação indesejada não se repetir. Encoraje o ouvinte a mudar o que não é apropriado e ofereça ajuda. A força do feedback é tão maior quanto mais próxima for a conversa do fato ou comportamento à qual ela se refere; portanto, evite o “flashback”, ou seja, falar sobre algo que aconteceu há mais de um mês (ou, pior ainda, há anos!). Ao dar um feedback, descreva a situação, ilustre, relate o que viu ou ouviu e elimine de seu discurso expressões como: “eu acho...”; “percebo...”, “me parece...”, pois elas têm a chance de serem interpretadas apenas como uma opinião sua. Seja claro, sem rodeios! Por exemplo, em vez de dizer “eu acho que você não está interessado em continuar trabalhando na empresa...”, diga: “notei que você não foi ao churrasco de confraternização, não respondeu ao questionário de satisfação e não comentou nada na última reunião da equipe. O que você pode fazer para que isso não volte a acontecer? Há algum modo de eu ajudá-lo nisso?”. Além de não julgar, você passa a informação de que confia que o outro pode modificar e aceitar ajuda, se for preciso. Feedback é fato e não percepção ou opinião. Deve ser dado individualmente e sem testemunhas, a não ser que você tenha tido, com essa pessoa, uma experiência anterior de distorção do que foi dito. Lembre-se ainda de que há dois aspectos muito importantes ao dar um feedback: falar a verdade e ser amável. Use um tom ameno e uma linguagem construtiva, evitando

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ColunaSerMãe

SEIS RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA UMA MÃE DE FAMÍLIA

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m dia, conheci um espanhol que em pouco tempo mudou toda minha vida. Nos apaixonamos e namoramos, depois de um tempo engravidamos, nos casamos e ele veio pro Brasil. Meses depois, nossa Mabi nasceu. Um lindo bebê em minha vida. Que alegria, que amor, que medo, que sono, quanta mudança. Dez meses depois, tcharam!, outra gravidez. E nasce Alfonsinho, meu bebê tranquilo, e a constatação de que segundo filho é diferente. Não por eles, mas por nós, mães, que somos outras quando temos a nosso favor essa maravilha que se chama experiência. Esse é o breve resumo, queridos leitores, de minha história, de como começou minha vida em família e como eu, que antes era uma só, de repente me transformei em quatro. Eu, meu marido, minha Mabi e meu Alfonso. Porque, pra mim, família é isso, é você sentir que cada integrante dela é um pedaço seu. É com muita alegria que estreio a coluna Ser Mãe na revista Estilo Damha. Espero dividir aqui com vocês os acertos e os enganos de uma mãe de dois, cheia de amor pra dar para seus filhos, mas que tem horas que se cansa dessa função toda e é tomada por uma vontade louca de passar uma semana na praia. Bem longe. Sozinha. Sem choro de criança e com um drink na mão o dia todo. A vontade passa tão logo ela ganha um abraço sincero da filha ou quando seu bebê de dois meses dá uma risadinha só de ouvir sua voz. E de repente ela se esquece de praia, de drink, e percebe que não tem nada mais gostoso no mundo do que essa loucura que é ter filhos. Já que estamos em clima de Natal e Ano novo, nesta primeira coluna proponho que a gente faça uma lista de resoluções para 2014. Estas são as minhas: tudo o que desejo para nós como mães e para nossa vida em família.

Fotos: Divulgação

Sofia Benini

1. Que a gente tenha mais paciência. Quando nossos filhos começam com aqueles ataques de birra dos grandes e tudo o que a gente mais quer é fingir que não está acontecendo. Quando eles acordam de madrugada chorando e não conseguem dormir, e a gente tem vontade de chorar junto de tanto sono. Ou quando eles, que acabaram de sair de uma gripe fortíssima, voltam da escolinha com o nariz escorrendo porque a coleguinha gripada passou o vírus pra todo mundo. E lá vamos nós, tudo outra vez... Paciência. Santa paciência. 2. Que a gente consiga se colocar em primeiro plano de vez em quando... ...e, mesmo que a preguiça seja grande, arrumar tempo pra ir fazer a unha, escovar o cabelo, não arrumar desculpa pra faltar da ginástica e usar salto alto durante o dia. Depois que temos filhos, o cuidado com nossa aparência dá uma diminuída. É normal e compreensível. Só não dá pra enfiar o pé na jaca, porque depois resgatar essa autoestima perdida fica cada vez mais difícil. E é importante se olhar no espelho e estar feliz com o que vemos ali refletido, não é? 3. Que a gente nunca deixe de encher nossos filhos de beijos e abraços. Não importa se você passa o dia aos berros dando bronca por todas as coisas erradas que eles insistem em fazer. Educar é isso e não é fácil. Mas no intervalo entre uma bronca e outra, que a gente não se esqueça de abraçá-los e beijá-los. E dizer o quanto os amamos. São essas demonstrações de afeto que fazem com que eles se sintam seguros em relação ao nosso sentimento. É como dizer: “Estou uma fera com você hoje, mas te amo mais que tudo”.

Sofia Benini – É mãe da Mabi e do Alfonso, dois bebês que todos os dias lhe ensinam algo novo sobre a deliciosa – e também difícil e cansativa – arte de ser mãe. É jornalista e já foi editora da revista Pais e Filhos. Mora com a família no condomínio Damha III de São José do Rio Preto e divide suas peripécias como mãe de dois em oblogdasofia.com. 48 | Estilo Damha

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ColunaSerMãe Sofia Benini

4. Que a gente faça mais jantares românticos. E se não tem com quem deixar os filhos, pois que o jantar romântico seja em casa, depois que as crianças forem pra cama, com direito a luz de velas, vinho e pijama. A vida é tão corrida, criar filhos dá tanto trabalho, que, quando nos damos conta, passamos um dia inteiro sem dar um abraço sequer na pessoa que, no fim das contas, é a responsável por tudo isso. E sem ela nada disso faria sentido. Então, que essa pessoa tenha um dia da semana só dela. 5. Que a gente tenha outros assuntos pra conversar que não os filhos. Porque, depois que nos tornamos mães, nossos filhos se tornam o tema central de nossas vidas, até nas conversas de adultos. É dar uma bobeada que lá estamos nós falando da babá que fez não sei o quê, da marca da fraldinha que vaza pelas noites ou trocando receita de papinha. Dezembro 2013| Janeiro 2014

Mas é sempre bom lembrar a pessoa que éramos antes de nos tornarmos mães. E que, com filho ou sem filho, a vida continua lá fora. Ler um livro, assistir ao telejornal, folhear uma revista... É bom se desligar da maternidade de vez em quando pra saber o que está acontecendo fora dessa bolha – cheia de amor e segurança, perfeita para que uma criança cresça de maneira saudável, mas ainda assim uma bolha – que por vezes criamos. 6. Que a gente seja grato. Sempre. Pelo que temos, pelo que somos, pela família que criamos e por tudo o que podemos oferecer a nossos filhos. E que a gente consiga de vez em quando sair do modo automático, parar, refletir e agradecer. Que nossos filhos cresçam com a capacidade de dar valor ao que possuem. E que entendam que o bem mais precioso que podemos ter é uma família unida, uma vida cheia de amor e grandes amizades.

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ColunaLuxo Mariana Romão de Oliveira

KARL, O MITO

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ste ano, pela primeira vez na história, o Kaiser da moda, Karl Lagerfeld, deu o ar da graça em território nacional, para alegria das admiradoras de Chanel espalhadas por todo o país. Foi com forte esquema de segurança, incluindo o mais bonito e famoso de todos os tempos, Sébastien Jondeau, e acompanhado da toda poderosa editora da Harper’s Bazaar, Carine Roitfeld, que Karl compareceu à festa de inauguração da exposição La Petite Veste Noir – a famosa jaquetinha preta, clássico criado por Mademoiselle Gabrielle – na OCA, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Parece algo bobo, quase sem importância, mas a exposição trouxe uma releitura do clássico por meio de diversas personalidades do cinema, moda, música, para utilizar um dos símbolos máximos da Maison, que é uma das mais tradicionais de todos os tempos. Uma peça de roupa que existe há mais de 40 anos, mantém o mesmo corte e faz tanto sucesso como quando foi lançado... De quantos produtos podemos dizer o mesmo? Isso contando com o jeans, que combina tão bem com a jaqueta. Um verdadeiro case da máxima de que elegância nunca sai de moda. Todas as fotos foram feitas pelo Kaiser, como sempre, quando o assunto é Chanel. Essa é uma das facetas mais marcantes do estilista; além de criador, ele também é o fotografo por trás das campanhas da grife. Falando em grife, Karl tem sua própria grife, que leva seu nome, e nela seu lado mais rock n roll está impresso. Por que tanto se fala no nome de Karl? Essa é a pergunta que muitos se fazem, mesmo os que não conhecem o universo da moda. Bom, Karl faz parte de um momento raro na história da moda, em que nomes como Yves Saint

Foto: Divulgação

Com quase 80 anos, Lagerfeld esta à frente da parte criativa da Chanel, lançou sua grife e não dá nem sinais de querer parar

Laurent surgiam e criavam o cenário que hoje é referência em luxo e savoir faire tão necessários neste universo, mas também é sinônimo de inovação e pluralidade. O artista japonês Shin Tanaka criou bonecos de origami em torno do universo de Karl. Fui conferir a abertura da exposição na sua loja em St. Germain, onde Shin e Karl apresentaram mais uma das muitas parcerias que o estilista adora fazer. Como o próprio Karl, os origamis de papel são diferentes e criativos. A exposição ficou em Paris e segue para Berlim até o final de dezembro, mas nada como La Petite Veste Noir, que foi mundial. Com quase 80 anos, ele esta à frente da parte criativa da Chanel, lançou sua grife e não dá nem sinais de querer parar. A preocupação da grande Maison em encontrar seu sucessor é assunto constante pelos corredores da moda. Raf Simons, atual diretor criativo da Dior, era um dos nomes cogitados, porém, antes que pudesse brilhar na casa, foi convidado a se retirar, para alegria da Dior, que passava pelo drama de perder sua estrela maior, o estilista John Galliano. Tudo águas passadas, o que importa é que Karl, mais do que nunca, se consolida no mercado como um ícone da moda. Mostrou a todos que poderia manter o nome da Maison Chanel mesmo após a morte de Mademoiselle Coco. Com isso eternizou seu nome entre os dez estilistas mais influentes do mundo. Todo poder ao Kaiser, que ainda tem muito pra mostrar e surpreender. Prova disso é que acaba de lançar uma biografia bem criativa, somente com frases que disse ao longo da vida. O livro é superbacana e uma ótima pedida como presente de Natal. Para ter um pouquinho desse universo tão especial e único de Monsieur Lagerfeld, vale a dica: The World According to Karl.

Mariana Romão de Oliveira _ Formada em Administração Hoteleira, estudou no Fashion Institute of Technology (FIT), em Nova York, e atualmente vive em Paris, onde conclui sua formação em Marketing in Luxury Business em uma das mais respeitadas instituições da Europa, a ISC Paris. 50 | Estilo Damha

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ColunaModa Juliana Cordeiro

A atriz Kirsten Dunst fotografada pelo Kaiser usando seu casaqueto

Uma das criações em papel

Karl e o artista japonês Shin Tanaka

Fotos: Mariana Romão de Oliveira

Geral da Exposição

Boneco em papel

Exposição – La Petite Veste Noir Dezembro 2013| Janeiro 2014

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Gastronomia Café Gourmet

O D S O GRED

A M O R A OS SE

O T I E F R E

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Café produzido em fazenda de Mococa, interior de São Paulo, agrega as melhores condições climáticas a uma forma inovadora de “plantio sustentável”. Resultado: grãos com aroma e sabor inigualáveis Texto: Thatiana Miloso Fotos: Haroldo Palo Jr.

João Pereira Lima Neto com o café da fazenda Santo Antonio da Água Limpa: produto orgânico e natural, 52 | Estilo Damha Dezembro 2013| Janeiro 2014 cultivado em meio à agrofloresta, tem atraído os olhos do mundo


Gastronomia Café Gourmet

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os últimos anos, os chamados cafés gourmets invadiram o mercado brasileiro. Com grãos de qualidade superior, caíram na graça dos apreciadores da bebida, e as cafeterias especializadas na venda do produto ganharam o status de verdadeiras mecas da degustação. Mas se para muitos produtores a vertente gourmet ainda é novidade nos cafezais, para o especialista João Pereira Lima Neto a produção de grãos especiais já dura duas décadas. E enquanto as técnicas de plantio sustentáveis começam a se disseminar só agora pelo país, ele já caminha a passos largos na frente com milhares de pés de café que crescem no meio de uma grande agrofloresta, resultando em um produto orgânico e natural que, cada vez mais, tem atraído os olhos do mundo.

pel de fertilizar o solo e alimentar os animais. “Esse ciclo natural acaba influindo na pureza do ar, limpidez da água do rio e fertilidade da terra. Com isso, a qualidade da colheita aumenta exponencialmente”, explica João Pereira. Além da agrofloresta, as condições climáticas também fazem do café produzido na Santo Antonio um produto especial. Localizada a 900 metros de altitude, a fazenda tem um clima propício para a produção de um café mais adocicado, denominado agridoce. Nesse tipo, o grão é seco no próprio pé, o que permite maior concentração de mel no fruto do cafeeiro. “Somente em três regiões do mundo o grão pode secar no pé: em algumas áreas do Brasil, Iêmen e Etiópia. Nos outros tipos, os grãos são retirados do pé ainda cereja (com coloração vermelha ou amarela), o que interrompe a passagem do mel”, destaca o empresário.

Nas terras da família Pereira Lima, adubos e fertilizantes são proibidos: é a natureza a única responsável por fertilizar o solo e alimentar os animais. Como resultado, o resgate de paisagens praticamente virgens

Descendente dos fundadores da centenária fazenda Santo Antonio da Água Limpa, a 20 km de Mococa, João Pereira começou a trabalhar desde cedo nas terras da família. Ainda criança, mudou-se para São Paulo, onde estudou Engenharia Civil na Universidade Mackenzie, mas a paixão pela vida no campo falou mais alto e, logo após se formar, decidiu retornar às raízes. Era o tempo das grandes monoculturas e, junto com elas, de técnicas de plantio que tinham nos adubos e agrotóxicos os principais protagonistas das lavouras. Foi então que, no início da década de 1990, ele e suas duas irmãs, Maria Luiza e Lavínia, colocaram em prática um projeto audacioso: transformar a Santo Antonio da Água Limpa em uma agrofloresta, algo parecido com o que fora a fazenda em 1822, ano de sua fundação. Embora pareça simples, o conceito inovador trabalha com a ideia de que a própria natureza deve se incumbir do paDezembro 2013| Janeiro 2014

Ele garante que a sustentabilidade da colheita aliada às condições climáticas e técnicas de plantio que estão sendo aperfeiçoadas ao longo dos anos resulta em um produto com sabor e aroma complexos, mais energético que o usual e com a acidez típica do grão. Esse café gourmet produzido com tanto esmero foi batizado de Café Florestal. Mas, infelizmente, os apreciadores da bebida terão de ir até o Japão para degustar a iguaria. Isso porque as três mil sacas produzidas anualmente (cerca de 180 toneladas) pela fazenda e por parceiros são exportadas, desde 1993, para uma torrefação japonesa que se rendeu aos sabores e aromas do café mocoquense. Para João Pereira, destinar 100% da produção a um país como o Japão é garantia de que a qualidade do produto será respeitada. “O processo de torrefação é feito com a mais alta tecnologia, com o uso de fogo indireto para preservar melhor os sabores do café.” Estilo Damha | 53


Gastronomia Café Gourmet

Sede da Santo Antonio da Água Limpa: todos os anos, pessoas do mundo inteiro vão até lá para aprenderem como funciona uma fazenda orgânica

Conhecimento compartilhado

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transformação da Santo Antonio da Água Limpa em uma grande agrofloresta acabou atraindo pessoas de todo o mundo interessadas em aprender os mecanismos de funcionamento de uma fazenda 100% orgânica, onde é vetado o uso de adubos, agrotóxicos e outros produtos químicos. Além de contribuir com ONGs e universidades, a propriedade de João Pereira também aloja voluntários por meio do programa World Wild Oportunities on Organic Farms (WWOOF). “Eles passam temporadas na fazenda para trabalhar na terra em troca da estadia. É uma troca maravilhosa, pois esses voluntários também trazem muito conhecimento para cá, sem falar na bagagem cultural que deixam para os nossos colaboradores”, elogia. Mais uma prova de que, na fazenda Santo Antonio da Água Limpa, o pioneirismo está presente em todos os cantos; um exemplo perfeito de que o homem pode, sim, viver em harmonia com a natureza e, ao mesmo tempo, implantar a inovação. 54 | Estilo Damha

Grãos ensacados, prontos para serem exportados ao Japão, país para onde é destinada 100% da produção do Café Florestal Dezembro 2013| Janeiro 2014


Gastronomia Café Gourmet

Na gastronomia ou nos drinks, o café arrasa

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oi-se o tempo em que o consumo do café se restringia ao expresso e sua longa lista de variações. A alta gastronomia, criativa e sempre disposta a inovar, levou o café para dentro da cozinha, seja como ingrediente de pratos saborosíssimos ou mesmo em drinks que esbanjam personalidade. Foi exatamente com essa proposta que Marisol Vieitez inaugurou na capital paulista o Nicecup Café, cafeteria gourmet que caiu no gosto do público pela qualidade e originalidade de pratos que têm o café como ingrediente principal. Inspirado nas cafeterias de Londres, Nova York e Paris, o Nicecup foi além da famosa dupla cafezinho e pão de queijo para oferecer um variado cardápio com pratos de primeiríssima. “Aqui no Nicecup quisemos levar café para dentro da cozinha, de modo que ele estivesse presente em todos os momentos. Assim, criamos desde petiscos e saladas à base do grão, até molhos de pratos principais e massas aromatizadas”, conta Marisol. Embora o Nicecup guarde a sete chaves o segredo de sua gastronomia, a proprietária da cafeteria revela que as estrelas do cardápio são pratos como mini croquetes de carne ao molho de café, filet mignon ao café, mini ravióli ao molho bechamel e café, entre tantas outras delícias. Para não deixar os leitores da Estilo Damha apenas com água na boca, Marisol ensina como fazer dois drinks sem álcool que têm o café como ingrediente principal. Fáceis de fazer, eles têm a cara do verão!

Nice Iced Coffee INGREDIENTES ml de café coado ▪ 2100colheres de sopa rasas de açúcar ▪ 3 pedras grandes gelo ▪ raspas de limão a de gosto ▪(de preferência, siciliano)

Marisol Vieitez, proprietária do Nicecup Café: “Quisemos levar o café para dentro da cozinha”

Iced Caffe Latte INGREDIENTES ml de café coado ▪ 3200colheres sopa rasas de açúcar ▪ 60 ml de leitede frio ▪ 5 pedras de gelo ou gelado ▪

MODO DE PREPARO Bater todos os ingredientes na coqueteleira, remover as pedras de gelo e servir.

MODO DE PREPARO Bater todos os ingredientes na coqueteleira, remover as pedras de gelo e servir.

Nice Iced Coffee, drink gelado que é a cara do verão Dezembro 2013| Janeiro 2014

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ColunaGastronomia Márcio Moreira

Para você que, como eu, está naqueles dias... doces

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abe aquele dia em que a vontade de comer um doce fica incontrolável? Pra mim, hoje é exatamente um desses dias. Nem adianta dizer que vontade de doce é coisa de mulher. Isso é coisa de quem gosta de comida, e eu gosto de comer doce! Foi por isso que preparei uma receita clássica da cidade de Nova York e estou aqui, sentado, com o prato na mão enquanto escrevo. Esta receita é deliciosa, não precisa nem de acompanhamento, mas sempre acrescento uma calda de frutas vermelhas, um couli de morango ou até mesmo goiabada derretida. New York City (vejam que chique!) é a cidade mais povoada do Estado de Nova York, nos Estados Unidos. A segunda maior aglomeração urbana do continente. É o centro da área metropolitana de Nova York, que está entre as áreas urbanas mais populosas do mundo. Ela é considerada uma cidade global, tamanha a influência que exerce sobre o comércio, finanças, cultura, moda e entretenimento mundiais. Além do mais, nela se localiza a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) e ela ganha esse city no final do nome – ou no começo, como preferir – para ser devidamente diferenciada do Estado onde está situada. Uma coisa meio “cidade de São Paulo” ou “cidade do Rio de Janeiro”. Relatos históricos dão conta de que o cheesecake foi servido na Grécia antiga durante os Jogos Olímpicos, na Ilha de Delos, em 776 a.C. Dá para imaginar um atleta comendo um pedação de cheesecake de framboesa antes da prova dos 100 metros? Já o cream cheese foi criado nos Estados Unidos em 1872, graças a um erro de um leiteiro

Fotos: Divulgação

UM CLÁSSICO DA BIG APPLE

americano enquanto tentava recriar o queijo Neufchâtel. É um tipo de queijo de coalho fresco, pastoso, ácido, que requer uma cultura de bactérias para se iniciar. É frequentemente aromatizado com ervas, temperos ou frutas e necessita de refrigeração e ficar firmemente tampado para não estragar. Cream cheese batido é macio e fofo por conta do ar incorporado, por isso tem menos calorias. Para ser bom tem de ser branco, quando puro. Seu sabor é moderado, aveludado, e sua textura, macia. Com a conquista da Grécia pelos romanos – e a invenção do cream cheese pelos americanos –, o segredo dessa iguaria mudou de mãos. Diz-se que os habitantes de Roma ofereciam cheesecake aos deuses para acalmá-los. Assim, a coisa foi se espalhando até chegar aos cadernos de receitas de nossas avós. O ingrediente essencial do cheesecake é, obviamente, o queijo, e vários são os tipos encontrados em receitas através dos tempos e também há milhares de receitas de cheesecake por aí. Quando digo “receita”, não estou me referindo apenas a quantidades diferentes de ingredientes, mas também à variedade deles que podem ser acrescentados à massa básica de queijo – cremoso, Neufchâtel, cottage, ricota ou outro que você escolher... e haja opção! –, à sua base crocante e à cobertura, sem que seja descaracterizado seu sabor delicioso. Os cheesecake assados têm mais consistência que os feitos com gelatina. Para obter a textura cremosa que torna o cheesecake assado tão especial é preciso prestar atenção aos detalhes antes de levá-lo ao forno. Ofereço a você minha receita favorita dessa maravilha culinária:

Marcio Moreira – Presta serviços pela empresa 2M Soluções Gastronômicas para restaurantes e rede hoteleira, ministrando palestras e oficinas em boa parte do país. Destacou-se durante 7 anos como coordenador e chef de cozinha da culinária do programa Mais Você da Rede Globo, pela sua capacidade de criar pratos com sabores do nosso Brasil. 56 | Estilo Damha

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ColunaGastronomia Márcio Moreira

INGREDIENTES RECHEIO g de cream cheese ▪ 450 ▪ 5200ovosg de açúcar ▪ 40 g de farinha de trigo ▪ 200 ml de leite ▪ 400 g de sour cream (creme azedo ▪– para esta preparação, apenas misture creme de leite com um pouco de limão e deixe descansar na geladeira) 2 colheres (café) de essência de baunilha

MODO DE PREPARO Na batedeira, coloque o cream cheese e os ovos. Aconselho bater o cream cheese sozinho primeiro, para formar uma pasta, e somente depois adicionar os ovos. Acrescente o açúcar e a farinha. Adicione o leite, o creme azedo (creme de leite com limão) e a essência de baunilha. Coloque o recheio sobre a massa pré-assada. Leve ao forno baixo (160oC) até a massa ficar firme e levemente dourada. Deixe esfriar. Reserve. Dezembro 2013| Janeiro 2014

Dica do Chef :

CHEESECAKE

INGREDIENTES MASSA

INGREDIENTES CALDA

de biscoito tipo maisena ▪batido200nogliquidificador g de manteiga gelada ▪ 100 2 colheres ▪de baunilha de café de essência

100 g de frutas vermelhas ▪(morango/blueberry/amora/framboesa) (chá) de açúcar ▪ ¼½ xícara xícara de vinho tinto doce ▪ Suco de ½(chá) limão siciliano ▪

MODO DE PREPARO

MODO DE PREPARO

Misture o biscoito moído com a manteiga, formando uma farofa úmida, junte a essência de baunilha e forre o fundo da assadeira. A massa deve preencher somente o fundo. Leve ao forno pré-aquecido a 180oC, até dourar levemente. Reserve.

Coloque todos os ingredientes numa panela e leve ao fogo médio por 10 minutos; deixe esfriar. Bata metade da calda no liquidificador para engrossar e junte a outra metade, deixando pedaços de frutas. Cubra o cheesecake com esta calda.

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ColunaAutomóveis Joel Silveira Leite

ACELERAMOS A PERUA MAIS VELOZ DO MUNDO

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Audi ofereceu para a Estilo Damha uma voltinha num carro muito especial: o RS6 Avant. Mas ficou a dúvida: onde acelerar a perua mais veloz no mundo? Seu motor 4.0 TFSI V8 biturbo tem poderosos 560 cavalos de potência e faz o carro, partindo da imobilidade, atingir a velocidade de 100 km/h em apenas 3,9 segundos. Encarar uma estrada pública num foguete desses seria uma tremenda irresponsabilidade, além disso, trazido para o Brasil para uma avant-première, o carro não estava sequer emplacado. O que fazer? As pistas do Parque Damha em São Carlos foram a solução. Numa manhã de sol partimos para acelerar o RS6 Avant no circuito que serpenteia a área do Damha Golf Club. O asfalto bem cuidado permitiu uma condução ao mesmo tempo ousada e segura. Mesmo controlado por um sistema que limita a velocidade máxima a 250 km/h e por um atento copiloto, imposto ali pela Audi, que não permitia o menor exagero, acelerar essa máquina é se sentir numa competição de alto desempenho. Num raro trecho de uma reta longa no test drive, consegui cravar 230 km/h, apenas por alguns segundos, é verdade. Nada mais. É muita potência para um único carro. Só mesmo os freios especiais, de cerâmica, são capazes de brecar essa máquina com eficiência. O alto desempenho é obtido graças aos avanços técnicos em relação ao antecessor. O novo RS6 é mais leve, mais eficiente e, de quebra, consegue ótimo consumo de combustível – faz 10,2 km/l graças principalmente a duas tecnologias: o sistema star-stop e o COD, que você conhecerá já-já. O sistema star-stop desliga o motor do carro sempre que ele para, seja no farol, à espera da luz verde, seja em qualquer outra situação em que o carro não exige consumo de combustível. De série no RS6 Avant, esse sistema tem um gerenciamento térmico inovador, que torna

Fotos: Divulgação

O novo RS6 é mais leve, mais eficiente e, de quebra, consegue ótimo consumo de combustível

o equipamento muito sofisticado. Inteligente, o sistema volta a funcionar automaticamente caso a temperatura do habitáculo caia mais de 0,5 grau. Se o liga-desliga for muito intenso, não pode descarregar a bateria? O sistema está preparado para suportar uso intenso, a bateria é maior e usa gel em vez de ácido, por isso acumula mais energia e tem maior capacidade de carga. Mas (é preciso sempre considerar um “mas”), se por acaso o uso fora de propósito do star-stop gastar demais a energia da bateria, o sistema desligará automaticamente quando detectar que a bateria chegou a 60% de sua capacidade. Já o COD é o sistema de cilindro sob demanda. O que é isso? Quando o motor detecta que não é necessária a força total, o COD desliga as válvulas de admissão e escape dos cilindros 2, 3, 5 e 8, deixando em funcionamento apenas quatro cilindros. A força total, com oito cilindros, é retomada automaticamente quando o motorista volta a pisar no acelerador. Quer dizer: é um motor oito cilindros, mas que usa só quatro quando não é exigido. A potência máxima do motor, de 560 cavalos, é alcançada entre 5.700 e 6.700 rpm, e o torque máximo de 700 Nm está disponível entre 1.750 e 5.500 rpm. A velocidade máxima é de 305 km/h. O carro tem tração total permanente, e a transmissão é do tipo tiptronic, de oito velocidades, com dupla embreagem, isto é, a marcha seguinte está “semiengatada”, pronta para entrar em operação, o que garante troca mais rápida e mais suave e economia de energia. Opcionalmente, o carro tem troca manual na alavanca do volante. A suspensão é esportiva, com Dynamic Ride Control (DRC), e as rodas são de 21 polegadas. Entre os equipamentos de série, destaque para os faróis de Led, controle da pressão dos pneus, bancos esportivos, sistema de estacionamento, ar-condicionado de três zonas, GPS, multimídia com bluetooth, tela de 10 polegadas e 15 alto-falantes com 1.200 watts de potência. Preço? Meio milhão de reais.

Joel Silveira Leite _ É jornalista e pós-graduado em Semiótica e Meio Ambiente. É diretor da Agência AutoInforme, que mantém os sites Autoinforme (carros) e Ecoinforme (meio ambiente). Assina o blog O Mundo em Movimento, no UOL, e apresenta o programa AutoInforme na Rede Bandeirantes de Rádio. 58 | Estilo Damha

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ColunaAutomóveis Joel Silveira Leite

Velocímetro do Audi RS6 Avant cravou 230 km/h no Damha em São Carlos

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ColunaAutomóveis Joel Silveira Leite

Acima: Peugeot 301, Novo Corolla e Peugeot 2008; abaixo: Volkswagen UP e Renault Captur

O QUE ESPERAR PARA 2014

Volks, Fiat e Ford vão disputar a preferência da nova classe média

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uarto maior mercado do mundo (atrás apenas de China, EUA e Japão), o Brasil oferece grandes oportunidades para as 49 marcas de carros e comerciais leves que disputam a preferência do consumidor. Por isso você pode esperar um 2014 repleto de novidades. Várias fábricas estão se instalando no país entre este fim de ano e o primeiro semestre do ano que vem, e algumas delas vão lançar carros realmente novos, para disputar o segmento de entrada do mercado. O Up, que a Volkswagen vai produzir na fábrica de Taubaté, terá motor 1.0 de três cilindros, o mesmo que equipa o Fox Bluemotion, e deve custar menos de R$ 30 mil. A Ford também corre atrás do consumidor de

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“entrada”, com seu novo carro pequeno anunciado no último dia 12 de novembro e que será produzido em Camaçari. E a Fiat faz os aprontos finais da fábrica em Goiana (PE), onde também produzirá um carro pequeno, que vai substituir o Mille. O interesse pelo consumidor de entrada não fica restrito às montadoras instaladas no Brasil. Vários importados vão chegar para tentar conquistar a nova classe média, três deles chineses: o Geely GC2 1.0, o novo QQ, da Chery, e o novo J2, da JAC. O novo ano terá ainda os sedãs Lifan 530 e Geely EC7, o Corolla e o Sandero remodelados, o Citroën C4, o Honda Fit e o Peugeot 301. Honda Civic SI e Renault Captur também serão novidades em 2014.

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ColunaModa

Foto: Divulgação

Juliana Cordeiro

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VISTA-SE COM CONSCIÊNCIA E TENHA O ARMÁRIO DOS SEUS SONHOS Isso exige autoconhecimento, disciplina, foco e organização

prendemos a nos vestir com nossas mães. São elas que compram as primeiras roupas que vestimos e que geralmente escolhem o que vamos vestir por bons anos. Buscamos ícones televisivos, modelos de revista, alguém próximo que achamos interessante ou uma mulher que pensamos ser alguém que os homens desejam. Fazemos nossas compras e montamos nosso guarda-roupa com base em informações externas, com o olhar e o julgamento dos outros. Sugiro que você pare por algum tempo para entrar em contato consigo mesma, ter consciência de por quais caminhos de estilo quer seguir, seja ele de vestimenta ou de vida (um está ligado ao outro), e a partir daí construa um guarda-roupa que vá ao encontro de seus objetivos, que tenha a beleza e a praticidade necessárias para que você se expresse também por meio do que veste. Vestir-se com consciência dá um pouco mais de trabalho porque consiste em autoconhecimento, disciplina, foco e organização. Significa saber o que se tem no armário, desfazer-s­e de peças, combiná-las e ir às compras sempre com uma lista, tendo em mente do que precisa para deixá-lo mais flexível. Para chegar lá, você pode seguir alguns passos. Faça um exercício: ▪ Conheça a si mesma. Isso significa tomar um tempo para conhecer suas preferências de estilo. A pesquisa pode ser feita em blogs, sites, revistas e em seu próprio guarda-roupa. ▪ Eleja suas preferências. Faça uma lista. Pode começar pelas peças que já tem no armário e depois acrescentar as que mais se aproximam de você nas mídias em que pesquisou. ▪ Estabeleça prioridades de compra para o que pode complementar seu guarda-roupa. Depois: ▪ Jogue fora o que já não se encaixa mais em sua vida. ▪ Faça um roteiro do que ficou: roupas de trabalho, de passeio, de ginástica, de praia. De inverno e de verão. ▪ Veja quantas calças e quantas blusas tem. ▪ Veja as possibilidades que essas peças lhe dão e, a partir daí, faça uma lista do que precisa adquirir de imediato e o que pode ser adquirido aos poucos. Use a regra do 5x1. Ela diz que, para cada calça que temos no armário, precisamos ter 5 blusas possíveis de ser combinadas. É para o que estamos vestindo na parte de cima – blusas, coletes, colares, jaquetas, brincos, tiaras – que as pes-

soas olham enquanto conversamos e imediatamente quando nos veem. Nós nos relacionamos com os outros pela parte de cima do corpo. Por esse motivo, é muito mais vantajoso ter mais peças para a parte de cima do que para a parte de baixo. Imagina a flexibilidade que isso lhe dá! Não dá para construir um armário sem pensar nos acessórios. SAPATOS - Se o teu guarda-roupa é cheio de cores, procure escolher sapatos neutros para harmonizar e não ficar com os looks coloridos demais. Se, ao contrário, em seu guarda-roupa predominam as cores neutras, os sapatos podem ganhar mais cores e aí você consegue dar mais vida ao seu look. Esta pode ser uma boa maneira de manter seu visual atualizado, já que pode optar por aplicar alguma tendência atual de moda nos sapatos. BOLSAS - Já se foi o tempo em que se precisava combinar as bolsas com os sapatos. Basta que estejam em harmonia com as cores que está vestindo. A bolsa que você precisa ter depende muito do seu guarda-roupa, do seu estilo e do seu ambiente de trabalho. Bolsas mais rígidas são mais clássicas e se adaptam bem a um ambiente de trabalho mais conservador. Bolsas mais molengas do tipo sacola são mais informais e servem para ambientes mais descontraídos. Em termos de cor, acho o marrom e suas variáveis (conhaque, bege, caramelo) muito mais versátil do que o preto. Tenha uma preta como segunda opção. BIJUS - Brincos: aposte no brinco ponto de luz e na pérola como dois grandes coringas. São usáveis com tudo e não brigam com roupa alguma. ▪ Pulseiras: tenha sempre as mais discretas e fininhas se quiser uma aparência elegante. ▪ Colares: os mais delicados são mais clássicos e elegantes. Os maxicolares dão um ar mais poderoso. É legal ter um de cada para variar a imagem que se quer passar. ▪ Anéis: vale a mesma regra. Os menores são mais clássicos e mais elegantes. Os anéis mais largos e brilhosos são mais luxuosos e poderosos. Se você gosta de usar acessórios é importante atentar para o tamanho das peças. Se já está usando uma peça muito grande, as outras devem ter tamanho bem pequeno. Este exercício vai lhe permitir ir mais fundo em seu mundo e revelar seu estilo pessoal. Desta forma, sua relação com o guarda-roupa passa a ser mais harmoniosa. Boa jornada!

Juliana Cordeiro – Consultora de estilo pessoal e especialista em compras personalizadas. Escreve diariamente no blog Sem Espartilhos (semespartilhos.com.br). Dezembro 2013| Janeiro 2014

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Negócios Jovens Empreendedores

JOVENS E OUSADOS, ELES SÃO OS NOVOS EMPREENDEDORES DO BRASIL Com ideias inovadoras, plano de negócios estruturado e muita força de vontade, jovens estão deixando a carreira estável em grandes companhias para assumir o risco de empreender. Na reportagem, três histórias de sucesso para se inspirar e mostrar que boas ideias podem valer mais que dinheiro

Foto: Thatiana Miloso

Texto: Thatiana Miloso

Giovani Amianti, CEO da XMobots: aos 31 anos, dirige a principal empresa nacional de aviões não tripulados, única autorizada pela 64 | Estilo Damha ANAC a voar drones civis no país

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Negócios

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Jovens Empreendedores

té poucos anos atrás, conseguir um emprego em uma multinacional era o suprassumo para os jovens recém-chegados ao mercado de trabalho. Sair da universidade e conquistar uma vaga nas principais mecas do mundo corporativo era sinônimo de carreira sólida e futuro glorioso. Mas, de uns tempos para cá, os jovens brasileiros parecem ter descoberto uma nova fórmula para o tão almejado sucesso profissional: em vez de baterem à porta das grandes empresas, eles estão assumindo o risco de empreender em um país como o Brasil. Segundo estudo recente da Global Entrepreneurship Monitor, 63% dos brasileiros preferem trabalhar em um negócio próprio e 30% conseguem colocar esse plano em ação. Esse resultado colocou o Brasil em 2º lugar entre os países pesquisados, que incluem os 27 membros da União Europeia e mais outros 13 países, entre eles China, EUA, Rússia e Japão. São jovens como Giovani Amianti, 31 anos, CEO da XMobots, empresa especializada no desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados (VANTs), também conhecidos como drones. Quando ouviu falar pela primeira vez em aviões robôs, em 2004, Giovani estava finalizando o curso de Engenharia Mecatrônica na Escola Politécnica da USP (SP). O fascínio pelos VANTs foi tão grande que ele, literalmente, passou dois meses trancado no quarto absorvendo toda e qualquer literatura a respeito do tema. Ao final desse período, saiu do “isolamento” com uma ideia fixa: produzir seus próprios drones. O primeiro passo para colocar o plano em ação foi ingressar num curso de mestrado, no qual Giovani desenvolveu seu primeiro protótipo, o VANT Apoena. Foi a motivação de que ele precisava para criar, em 2007, a XMobots, empresa que nascia num dos maiores berços de startups do país, a incubadora do Cietec/USP. Na época, tinha apenas 24 anos. De lá para cá, um turbilhão de coisas aconteceu na vida do jovem empreendedor. A empresa amadureceu, deixou a incubadora e passou a colecionar vários “primeiros lugares”, entre eles o de primeira companhia a voar um VANT na Amazônia e primeira a lançar no mercado nacional um drone 100% automático. Seus aviões, que carregam câmeras superpotentes, são usados para fazer levantamentos aéreos com aplicação na agricultura de precisão, fiscalização ambiental, levantamentos topográficos, linhas de transmissão de energia, monitoramento de fronteiras, entre outros. “Trabalhar com drones não é fácil, principalmente porque é um mercado que ainda está engatinhando no Brasil. Empreender num país em que há poucos incentivos já é difícil, e quando você precisa desbravar todo um setor a dificuldade só aumenta. Mas estou fazendo o que amo, e ver esses aviões no ar vale cada gota de suor”, declara Giovani. Dezembro 2013| Janeiro 2014

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Negócios Foto: Divulgação

Jovens Empreendedores

Ninjas na rede

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Eduardo L’Hotellier: com o GetNinjas, ele fundou o primeiro e-commerce de serviços do Brasil; site já movimentou R$ 8 milhões em negócios em apenas dois anos

Mapa do empreendedorismo brasileiro: REGIÃO MOTIVO 69% por oportunidade 31% por necessidade

Norte: 34,2% Nordeste: 30,4% Centro-Oeste: 30,8% Sul: 31,3% Sudeste: 29,1%

IDADE

SEXO

34% entre 25 e 34 anos 27% entre 35 e 44 anos 18% entre 18 e 24 anos

50% homens 50% mulheres

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inda que seja um exemplo nato de empreendedor, Eduardo L’Hotellier, 28 anos, chegou a experimentar a vida em uma multinacional antes de fundar o GetNinjas, em outubro de 2011. Formado em Engenharia da Computação pelo Instituto Militar de Engenharia (RJ), ele começou sua carreira atuando nas áreas de consultoria estratégica e gestão financeira em multinacionais como a McKinsey & Company, quando o empreendedorismo bateu à sua porta. Na época, sites de compras coletivas e e-commerces estavam estourando no Brasil, mas Eduardo percebeu que não havia no país uma plataforma on-line para contratação de serviços locais, como reformas, limpeza, assistência técnica, aulas, entre outros serviços. Foi justamente nesta carência que ele viu a oportunidade de empreender. Antes mesmo de deixar a empresa em que trabalhava, ele passou a dedicar suas noites para o desenvolvimento da plataforma. Nascia, assim, o site GetNinjas. “Era um período em que o mercado de venture capital ainda era imaturo no Brasil, com poucos fundos de investimento atuantes. Por sorte, um investidor que viu o site enquanto navegava pela internet me chamou para uma conversa, e dela veio a proposta de investimento”, conta Eduardo. Logo em seguida, o GetNinjas recebeu um novo aporte: juntas, a Otto Capital, Monashees Capital e a Kaszek Ventures investiram R$ 7,2 milhões no projeto de Eduardo. Na época, não havia na internet brasileira uma forma simples e eficiente de contratar serviços, e com dinheiro para aprimorar o trabalho o GetNinjas explodiu. Hoje, 32 funcionários contratados cuidam da plataforma. Em apenas dois anos, o site já tem 40 mil profissionais cadastrados em 4 mil cidades brasileiras, movimentou cerca de R$ 8 milhões em negócios e gera cerca de mil solicitações por dia. Obviamente, nem tudo são flores na vida de Eduardo. Como qualquer empreendedor, ele também esbarra nas dificuldades de ser um empresário em um país como o Brasil. “Nossas leis trabalhistas são muito rigorosas, e o que era para proteger o trabalhador acaba prejudicando sua contratação. É tanta carga tributária, tanta burocracia e valores tão altos que fica difícil pagar os impostos de maneira correta, mesmo que você queira fazê-lo”, desabafa Eduardo. Ainda assim, ele tem conseguido trilhar uma trajetória de sucesso. Em 2012, a GetNinjas foi eleito a melhor startup brasileira do ano, pelo The Next Web, e escolhido como a Melhor Startup da América Latina, no Desafio Latin America Fnbox Startup. Em 2013, conquistou o prêmio Sparks Award de startup do ano, evento organizado pela Microsoft e pela Startup Farm. Dezembro 2013| Janeiro 2014


Negócios Jovens Empreendedores

Expansão planejada

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empresarial e franchising. Para não dar um tiro no pé, ele passou praticamente todo o ano de 2009 formatando a nova cara do negócio. Concluído o processo, ele se associou à ABF (Associação Brasileira de Franchising) e deu início a uma expansão capaz de deixar qualquer grande executivo de olhos arregalados. Hoje, aos 38 anos, Rogério Saffi é proprietário da maior consultoria do país em número de unidades: são 56 franquias espalhadas por todo o Brasil. Com 43 funcionários, 109 consultores que já atenderam a mais de 5.600 clientes e expectativa de faturamento de R$ 32 milhões para este ano, ele revela que o sucesso também tem seu preço: “Não existem finais de semana nem férias. Trabalho de segunda a segunda, sem descanso. E se me perguntarem se tenho uma meta, digo de prontidão: colocar a Saffi entre as três maiores consultorias do país”. Com talento de sobra e ambição suficiente para alçar voos cada vez mais altos, não é difícil acreditar que ele realmente conseguirá.

Foto: Fukuhara Studio

mbora a tecnologia seja uma das áreas que mais atraem jovens com faro apurado para os negócios, a veia empreendedora não segue regras nem tendências. Rogério Saffi que o diga. Ex-funcionário de banco e formado em Administração de Empresas, ele fazia o MBA de Gestão Financeira da FGV quando começou a trabalhar com consultoria empresarial. Os primeiros clientes foram indicados pelos alunos das duas universidades onde atuava como professor, até que, em 2007, decidiu criar a Saffi Consultoria. Na época, Rogério tinha 32 anos, a empresa funcionava em uma sala alugada e apenas três funcionários o auxiliavam no trabalho. Aos poucos, os clientes foram aumentando e muitos ex-colegas de trabalho começaram a procurá-lo em busca de seu know-how. Foi então que Rogério teve a grande sacada que mudaria sua vida: transformar a Saffi em uma franquia de consultoria especializada em gestão

Rogério Saffi: maior Dezembro 2013| Janeiro 2014

consultoria do país em número de unidades – 56 franquias espalhadas pelo Brasil Estilo Damha |

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Dezembro 2013| Janeiro 2014

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Turismo Atacama

Ao norte do Chile, em uma estreita faixa entre o Oceano Pacífico e a Cordilheira dos Andes, o Deserto do Atacama é um dos destinos turísticos mais espetaculares do planeta. É o lugar onde a aridez extrema convive em harmonia com paisagens exuberantes, que dão forma e vida às variadas nuances do altiplano chileno Texto: Thatiana Miloso Fotos: Bruno Franceschi

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le é considerado o lugar mais inóspito da Terra. Sua aridez é tão grande que algumas de suas áreas já registraram a incrível marca, cientificamente comprovada, de 1.400 anos sem qualquer resquício de chuva. A altitude de 2.440 m faz dele o deserto mais alto do mundo, com dias incrivelmente quentes e noites terrivelmente frias. Sua formação rochosa é tão peculiar que lembra a superfície de um planeta desabitado: não é à toa que lá são testadas algumas das tecnologias que serão usadas na primeira missão tripulada a Marte. Se essas informações causam certo desconforto, não se 70 | Estilo Damha

deixe levar pela má impressão: extremos à parte, o Deserto do Atacama é um dos lugares mais extraordinários do planeta. E é exatamente esse conjunto de inconveniências típicas de lugares insólitos que faz dele uma terra de superlativos, palco de alguns dos mais belos espetáculos da natureza. São tantas possibilidades de passeios, tantas coisas para ver, experimentar e sentir, que não é por acaso que o Atacama tem se tornado o destino preferido de turistas do mundo inteiro. Pessoas que viajam milhares de quilômetros para verem de perto as belezas e os antagonismos que emergem em meio a dunas e vulcões, em um cenário capaz de aniquilar qualquer preocupação da vida cotidiana. Dezembro 2013| Janeiro 2014


Turismo Atacama

Lagoa Miñiques, a 4.200 m de altitude: neste santuário natural que tem a Cordilheira dos Andes como pano de fundo, a profusão de cores impressiona os turistas

San Pedro, o oásis no coração do deserto

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essa imensidão de areia de mais de 1.000 km de extensão, o ponto de partida para explorar a região é a cidade de San Pedro de Atacama, pueblo pitoresco localizado no coração do deserto. É lá que estão as agências de viagens que organizam tours para todos os gostos, bolsos e graus de aventura, além de um número surpreendentemente satisfatório de hotéis e restaurantes. As ruas estreitas de terra batida e as casas de adobe com seus telhados de palha predominam na paisagem ocre, mas não se deixe enganar pelo ar bucólico do vilarejo: neste “oásis” urbano com pouco mais de 3 mil habitantes há desde hotéis cinco estrelas com infraestrutura de primeiríssima qualidade até charmosos hotéis boutique em estilo high-low – uma verdadeira expressão Dezembro 2013| Janeiro 2014

da arte local. Para quem procura preços mais razoáveis, uma boa opção são os hostels, albergues que esbanjam originalidade e reúnem jovens do mundo inteiro. A culinária de San Pedro também não deixa nada a desejar, até mesmo para os viajantes que fazem da gastronomia um ritual sagrado de viagem. A rua Caracoles concentra os melhores restaurantes do deserto, que servem desde iguarias chilenas, como ceviche e o famoso pisco sauer, até pratos da alta culinária internacional. Uma dica: a cidade não é das mais baratas, então não vá para lá achando que os preços são equivalentes aos de qualquer vilarejo do Terceiro Mundo. Não é nada absurdo, mas também não é nada a preço de banana, afinal, estamos falando de um destino turístico superbadalado. Planejamento, acima de tudo, não faz mal a ninguém. Estilo Damha | 71


Turismo Atacama

Nos meses de inverno, a lagoa Miñiques, que é alimentada pela água do degelo das montanhas, chega a ter sua superfície congelada com as baixas temperaturas. No destaque: o sal cristalizado está presente em boa parte do deserto

Nas alturas, o azul da água

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uitos turistas que chegam ao Atacama têm na cabeça uma ideia de deserto muito semelhante à do imaginário popular: um lugar cheio de dunas e uma overdose entediante de tons marrons. Certo, a vegetação é escassa e o ocre realmente predomina, mas nesse santuário, que tem por pano de fundo a beleza assombrosa da Cordilheira dos Andes, a profusão de cores pode surpreender até mesmo os mais prevenidos. Para começar essa incursão no meio do deserto, as lagoas Miñiques e Miscanti, também conhecidas como Lagunas Altiplânicas, podem ser um bom ponto de partida. Localizadas a 115 km de San Pedro, a uma altitude de 4.200 m, elas reinam imponentes num cenário em que os vulcões – que lhes deram origem – e a vegetação arbustiva verde-amarelada são meros coadjuvantes. Um pouco por 72 | Estilo Damha

sua grandiosidade, mas principalmente pelo azul intenso que confere um tom idílico à paisagem. Ambas as lagoas são fontes de águas subterrâneas, formadas graças ao estancamento de água após a erupção do vulcão Miñiques, ocorrida há um milhão de anos. Elas também são alimentadas pelo degelo das montanhas, que durante boa parte do ano ficam tingidas com o branco da neve. Embora a distância entre Miñiques e Miscanti seja de apenas 1 km, aproximadamente, é importante lembrar que a uma altitude de 4.200 m o ar é extremamente rarefeito. Até mesmo para viajantes com ótimo preparo físico, a caminhada entre elas pode se transformar num exercício penoso, um prato cheio para o mal da altitude querer aparecer e roubar o encanto do passeio. Na dúvida, vá de van – a mesma que leva os turistas até o pico – e desfrute de um dos visuais mais deslumbrantes do deserto. Dezembro 2013| Janeiro 2014


Turismo Atacama

Flamingos povoam a lagoa Chaxa: as águas salgadas são o habitat de um micro-organismo que serve de alimento para as aves e, conforme o pôr-do-sol avança, as cores da lagoa vão se transformando, num verdadeiro espetáculo da natureza

Terra de flamingos, terra de sal

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visita às lagoas Miscanti e Miñiques exige, aproximadamente, uma manhã inteira. Se você é daquele viajante que gosta de aproveitar ao máximo e descansar de menos, a dica é passar o resto do dia visitando outras duas atrações incríveis do Atacama: as lagoas Cejar e Chaxa. Sim, o deserto mais árido do mundo é cheio dessas lagunas, e cada uma tem uma atração completamente diferente da outra, tornando cada passeio uma experiência única. Muitos turistas que vão para o Atacama não sabem que, há milhões de anos, parte daquela área já foi ocupada pelo oceano. Os movimentos da crosta terrestre expulsaram a água de lá, e os ventos que sopram a uma velocidade que pode ultrapassar os 100 km/h acabaram moldando o território hoje conhecido como Cordilheira de Sal. O sal, aliás, está presente em quase todo o solo, e em muitas ocasiões ele é o grande protagonista das atrações atacamenhas, como acontece na lagoa Cejar, localizada a apenas 18 km de San Pedro do Atacama. Prima-irmã do Mar Morto em Israel, sua concentração Dezembro 2013| Janeiro 2014

de sal é tão grande que pode chegar a 28%. Nessas condições, os corpos simplesmente não afundam, o que torna a lagoa o destino ideal para os turistas que querem se refrescar em meio ao calor do Atacama. Só não esqueça de levar o protetor solar e se prepare psicologicamente para aguentar mais algumas horas de passeio com o corpo forrado de sal e o cabelo completamente duro. Nada que um bom banho no hotel não resolva. Após se divertir nas águas salgadas, a dica é seguir até a Lagoa Chaxa, na Reserva Nacional dos Flamingos, para acompanhar o pôr-do-sol que, com certeza, será um dos mais bonitos de toda a sua vida. Ela está localizada a 62 km de San Pedro e é famosa por atrair um número enorme de flamingos que vão até lá para se alimentar de um micro-organismo que vive em águas salgadas. Conforme o sol se põe (por volta das 18h30), as cores da lagoa vão mudando com nuances de rosa e amarelo, e quem tiver sorte ainda poderá acompanhar o sobrevoo dos flamingos para as partes mais distantes da lagoa em busca de maiores concentrações do alimento. Um ritual imperdível! Estilo Damha | 73


Turismo Atacama

Do centro da terra, a fumaça que brota

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e você acha que o que viu até aqui já valeu a viagem, economize energia, pois o Atacama ainda reserva muitas surpresas. Uma delas é a visita aos gêiseres El Tatio, localizados a 100 km de San Pedro, a uma altitude de 4.320 m. Nesse parque natural tão pertinho do céu, as mais de 500 fissuras na crosta terrestre permitem ao solo expelir o vapor formado quando os gelados rios subterrâneos entram em contato com as altas temperaturas das rochas vulcânicas. O resultado desse encontro é um belíssimo espetáculo da natureza, em que os jatos de vapor saem do solo formando verdadeiras colunas que alcançam até 10 m de altura, a uma temperatura de até 85oC. Quando amanhece e o sol esquenta o solo, os gêiseres

deixam de expelir a “fumaça” e a calmaria do deserto volta a imperar no local. Nessa hora, os guias turísticos costumam sacar das mochilas quitutes para o café da manhã dos viajantes, com um detalhe especial: os ovos são cozidos nas poças de água quente formadas com a saída do vapor. Como a “exibição” dos gêiseres El Tatio tem hora certa para acontecer, o melhor a fazer para não perder a viagem é garantir um lugar nas excursões que saem diariamente de San Pedro às 4h da manhã. E se você conseguir ficar acordado durante o trajeto de volta para a cidade, aproveite para apreciar e fazer algumas fotos com os cactos gigantes que dominam a paisagem, como se quisessem mostrar para todos que, apesar de tantas atrações, são eles a verdadeira cara do deserto.

Gêiseres Tatio: vapor formado pelo encontro dos rios subterrâneos com rochas vulcânicas é expelido por mais de 500 Janeiro fissuras2014 na 74 | Estilo El Damha Dezembro 2013| crosta terrestre. No destaque: cacto gigante no trajeto entre São Pedro do Atacama e os gêiseres El Tatio – a verdadeira cara do deserto


Turismo Atacama

Vale da Morte: localizado a poucos quilômetros de San Pedro, ele é considerado o lugar mais inóspito do planeta

Território lunar

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r ao Atacama e vivenciar seus extremos, tentando descobrir em cada atração como é possível haver vida em um lugar com condições tão adversas, é uma experiência, no mínimo, transformadora. Embora esse tipo de reflexão possa vir à tona em qualquer um dos lugares citados anteriormente, é nos vales da Morte e da Lua que ela se faz mais presente. O primeiro está a apenas 4 km de San Pedro e seu nome foi dado por ele ser considerado o lugar mais inóspito do planeta, sem qualquer possibilidade de vida animal ou vegetal. Como outras partes do deserto, o Vale da Morte, há milhares de anos, era o leito de um lago de água salgada. Os movimentos tectônicos, o vento e a própria água o moldaram de tal forma que ele se transformou em um lugar cheio de canyons e enormes dunas usadas pelos turistas para a prática de sandboard. A ação milenar dos anos pode ser vista nos paredões que completam a paisagem, onde é possível observar diferentes camadas

Dezembro 2013| Janeiro 2014

geológicas em sua composição. A poucos metros dali, está o Vale da Lua, uma depressão de 500 m de diâmetro que leva esse nome por suas crateras e pela alta concentração de sal em seu solo. Nas noites de lua cheia, os cristais salinos são refletidos pela luz da lua e a cor branca salta aos olhos dos turistas, que têm a sensação de estarem em território lunar. O final da tarde é o horário mais indicado para a visita. Primeiro, porque a temperatura já está mais amena e, depois, porque o Vale da Lua tem um lugar especial para curtir o pôr-do-sol: o topo da grande duna, uma montanha enorme de areia de 600 m de extensão. Subir até ela não é tão fácil, mas a vista lá de cima, de 360o deserto adentro, é de tirar o fôlego. Só não se esqueça de levar um agasalho, já que a temperatura despenca conforme o sol some no horizonte, além dos óculos escuros, pois venta muito nessa parte do Atacama, um prato cheio para os grãos de areia inundarem seus olhos. Coisas do deserto.

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No Vale da Lua, turistas sobem na grande duna para terem uma das melhores e mais exuberantes vistas do pôr-do-sol


Turismo Atacama

Além do Licancabur, dezenas de vulcões compõem a paisagem do deserto, como o que aparece ao fundo, no centro da foto

Brilho no céu

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Atacama está longe de ser só isso. Tem muito, muito mais. Museus arqueológicos, antigas fortalezas incas, ruínas, vulcões que podem ser vistos de perto, observatório astronômico, termas com águas medicinais, enfim, são tantas atrações incríveis que seriam necessárias muitas páginas para poder descrever tudo o que o deserto tem a oferecer. Mas uma coisa não pode faltar: independentemente dos passeios escolhidos, se tiver a oportunidade de ir até o Atacama, lembre-se de reservar alguns minutos da noite para olhar para o céu. A falta de umidade no deserto lhe dá uma limpidez indescritível, que brinda os viajantes com um festival de estrelas cadentes, galáxias e centenas de milhares de pontos luminosos difíceis de serem observados com tanta nitidez de outra parte do mundo. Quem sabe não é esse o momento ideal de agradecer por mais um espetáculo capaz de encher os olhos e a alma de alegria.

COMO CHEGAR: Para chegar a San Pedro do Atacama, o mais prático é voar de Santiago a Calama, cidade localizada a 100 km da porta do deserto. Ônibus e serviços de transfers complementam o trajeto. Para os mais aventureiros, é possível alugar um carro em Santiago e guiar até o deserto: os 1.600 km pelas Rutas 5 e 23 reservam paisagens sensacionais, com asfalto bem cuidado e boa infraestrutura nas cidades que fazem parte da rota. A maior parte dos passeios citados na reportagem tem custo. Variam, em sua maioria, de R$ 15 a R$ 50. Por isso, é sempre válido pesquisar antes de comprar a passagem. 76 | Estilo Damha

“La mano del desierto”, escultura do artista chileno Mario Irarrázabal, Dezembro 2013| Janeiro 2014 dá as boas-vindas aos turistas que chegam à região atacamenha


ViagemdoLeitor Punta Cana

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VIAGEM DO LEITOR

Nesta seção, publicamos dicas e roteiros de viagens dos leitores da revista Estilo Damha. A próxima dica pode ser a sua. Fale conosco: estilodamha@estilodamha.com.br

PUNTA CANA,

O PARAÍSO É AQUI Fotos: Arquivo Pessoal

Mar azul-turquesa, coqueiros e areia branca: paisagem típica de Punta Cana, um dos balneários turísticos mais disputados pelos turistas em busca de relax, sombra e água fresca

Quem?

IRANY LATTARO O que faz? Executiva de Vendas Dezembro 2013| Janeiro 2014

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ViagemdoLeitor Punta Cana

A leitora Irany com o marido, Marcos Lattaro: uma vez por ano, o casal se junta aos quatro irmãos de Marcos e suas respectivas esposas para viajarem em família

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odos os anos, tiramos alguns dias de férias para fazer uma típica viagem em família: eu, meu marido, seus quatro irmãos e as respectivas esposas. Foi a maneira que encontramos de manter e renovar nossos laços afetivos, principalmente após a morte do patriarca da família. Sempre que uma viagem termina, já passamos a organizar a próxima, e aí começa aquela confusão deliciosa para encontrarmos um destino capaz de agradar a todos, sem exceção. Foi justamente quando estávamos organizando o roteiro de 2013 que um casal de sobrinhos, recém-chegados de lua de mel, nos falou sobre as belezas de Punta Cana, paraíso terrestre localizado na República Dominicana. E então, rápida e consensualmente, nosso destino de viagem para 2013 estava escolhido. Começamos a pesquisar os hotéis pelo Trip Advisor, que nos deu dicas 78 | Estilo Damha

preciosas sobre as acomodações. Optamos pelo Iberostar Punta Cana, hotel com sistema all inclusive que nos encheu de boas expectativas. Partimos no dia 30 de agosto, em um voo da Copa Airlines, com uma conexão estratégica no Panamá (o free shop do Aeroporto de Tocumen é maravilhoso!). Quatorze horas depois de deixar o Brasil, aterrissamos em Punta Cana e fomos direto fazer o check-in no hotel. Cabe aqui uma observação importante: os funcionários da cadeia hoteleira de Punta são muito amáveis, às vezes até demais. Eles costumam chamar os hóspedes de “amorzito”, “mi flor” e outros adjetivos um tanto melosos, além de tocarem nas pessoas, chamarem para dançar, entre outras atitudes que, na minha opinião, são um pouco artificiais. Como lemos sobre isso, chegamos lá preparados para levar tudo no bom humor. Mas também presenciamos hóspedes que se estressaram com essa gentil invasão. Dezembro 2013| Janeiro 2014


ViagemdoLeitor Punta Cana

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ora isso, o hotel “pé na areia”, absolutamente L-I-N-D-O, correspondeu às nossas expectativas, assim como a praia Bávaro, que fica bem em frente ao resort. Ela foi declarada pela UNESCO como uma das melhores praias do mundo. Não é para menos: a areia fina e branca, a água azul-turquesa com temperatura amena, os coqueiros, enfim, um verdadeiro paraíso na terra. Bem instalados, partimos em busca dos passeios. Optamos por conhecer a Ilha de Saona, lugar de beleza estonteante, conhecido como um dos destinos mais belos do Caribe. O passeio não é barato (90 dólares por pessoa), mas ao menos as bebidas e o almoço estão inclusos. Fomos até lá a bordo de um catamarã, que levou 1h20 para chegar à ilha. No meio do caminho, fizemos um pit stop para dar um mergulho em uma piscina natu-

ral em pleno alto-mar. Chegando à Saona, o mar calmo, a água cristalina e a areia branca e fininha novamente lembravam o paraíso. Melhor impossível. Para quem gosta de levar para casa alguns souvenirs, a ilha também conta com diversas tendas que vendem artesanatos e produtos locais. Há ainda outros passeios que fazem sucesso entre os turistas, mas optamos por curtir as atrações oferecidas pelo nosso resort. Um desses passeios é o mergulho com golfinhos e tubarões, que custa a bagatela de 150 dólares por pessoa e dura apenas meia hora. Como estávamos no esquema all inclusive, preferimos fazer as refeições no hotel. A variedade de restaurantes é enorme, mas cada hóspede tem o direito de reservar apenas três refeições nos mais chiques (como os demais hotéis de Punta), o restante deve ser feito no principal self-service do hotel. Nada com o que se preocupar, já que a comida dele é excelente, com drinks maravilhosos à vontade! Punta Cana é isso: praias maravilhosas, serviços de primeira e relax total. O lugar perfeito para férias perfeitas!

Irany 2013| e Marcos na 2014 Ilha de Saona, um dos passeios imperdíveis para quem vai a Punta Cana. No detalhe, a caminho Saona, Dezembro Janeiro Estilode Damha | 79 é possível dar um mergulho na piscina natural, com rica vida marinha, que se forma em alto-mar


Cultura

Foto: Alessandra Tolc

Maria Gal

SENTIMENTOS EXPOSTOS No livro A Bailarina e a Bolha de Sabão, a atriz Maria Gal se inspirou no bullying sofrido na infância para incentivar as crianças a abandonarem o preconceito Texto: Thatiana Miloso

Maria Gal: pele negra e cabelos crespos eram motivo de bullying; experiências traduzidas em livro infantil

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e o rosto de Maria Gal lhe parecer familiar, não estranhe: atualmente ela está no ar na pele de Margarida, a espevitada lavadeira da novela Joia Rara, exibida pela Globo na grade das seis. Versátil, a jovem baiana mostrou neste último mês que é muito mais que um jovem talento da dramaturgia: ela acaba de lançar o livro A Bailarina e a Bolha de Sabão, no qual expõe, mergulhada no mundo da fantasia, seu grande trauma da infância e adolescência: o bullying. No livro dirigido ao público infantil, a atriz reconta sua história na voz da menina Maria, que sofre bullying durante as aulas de balé. Para tentar se livrar do problema, ela inventa uma fórmula com a esperança de se tornar mais parecida com as colegas. “Mas a fórmula não funciona e, 80 | Estilo Damha

a partir disso, Maria descobre seu próprio poder aprendendo a amar quem ela realmente é”, revela a escritora. Para ela, escrever o livro foi mergulhar fundo em sua infância, quando morava em Salvador (BA). Uma criança ativa e comunicativa, ela alternava seus estudos com aulas de balé, natação e inglês, frequentando ambientes em que a grande maioria dos colegas era branca. Com cabelos crespos e pele negra, Maria Gal acabou se tornando o principal alvo das gozações dos amigos. “Cheguei a trocar de escola algumas vezes. Até que, na adolescência, expus o problema para minha mãe, que foi até a diretora para reclamar. Só a partir daí as coisas melhoraram, mas muitos anos já haviam se passado desde que comecei a ser vítima do preconceito”, relembra a atriz. Dezembro 2013| Janeiro 2014


Cultura Maria Gal

Foto: Grazielle Oliveira

Com o livro, Maria trouxe para si um pouco da responsabilidade de ensinar as crianças a respeitarem as diferenças. “Estamos num momento que não dá mais para não respeitar as pessoas por causa de sua aparência física, sexualidade, grau de instrução, cultura ou qualquer outro motivo. Toda a humanidade perde com isso”, desabafa.

No palco, na TV

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livro recém-lançado não é o único trabalho de Maria Gal dedicado ao público infantil. No início de 2014, a jovem atriz reestreia em São Paulo a peça As Paparutas, dirigida pelo ator Lázaro Ramos e que já esteve em cartaz por duas temporadas no Rio de Janeiro. De onde vem a vocação para trabalhar com a criançada? “Talvez da minha vontade de ter filhos [risos]. Amo criança!”, revela a atriz. Mesmo com a ótima fase e a carreira deslanchando, Maria Gal mantém os pés no chão. Para a atriz, estar na novela Joia Rara, no núcleo de Ricardo Waddington e com feras como Amora Mautner, Duca Rachid e Thelma Guedes, é um grande privilégio. Ela não se inibe em reconhecer que o momento é de aprender com os atores mais experientes. “Amo observá-los, muitas vezes prefiro esperar meu momento de gravar assistindo às cenas que estão sendo gravadas por eles. Amo passar meu crachá para entrar na Globo, mas falo isso sem nenhum deslumbramento, pois sei onde estou e até onde quero chegar”. Palavras sábias de quem sabe que tem talento de sobra para realizar seus sonhos. Foto: Alline Ourique

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A atriz na peça As Paparutas, de Lázaro Ramos, que reestreia em São Paulo no início de 2014. Em destaque: Maria Gal no lançamento de seu primeiro livro, com o ator Erico Brás Estilo Damha | 81


VaralCultural

OUVIR, VER e LER O que vem por aí

Dicas de quem faz parte do dia a dia da Damha.

THE GOSPEL ACCORDING TO JAZZ, CHAPTER II

Belíssimo trabalho do saxofonista Kirk Whalum, The Gospel According to Jazz, Chapter II (O Evangelho Segundo o Jazz, Capítulo II), é um brilhante DVD com dez faixas no estilo jazz contemporâneo, gravado ao vivo no ano de 2002, na West Catedral Angeles em Los Angeles. Kirk escreveu oito das composições que buscam impactar o coração dos ouvintes com o amor e poder de Jesus, o “Grande Músico”. Para relaxar em casa, coloco o DVD e as canções me levam a um plano superior e mais espiritual, muitas vezes esquecido no mundo agitado em que vivemos hoje. Este trabalho é um firme testemunho de que a música não é apenas a linguagem universal dos seres humanos, mas também é usada por Deus como um canal para alcançar aqueles que precisam de suas mensagens. A canção que mais aprecio é “Falling in Love With Jesus”, nos vocais de Jonathan Butler, é um agradecimento a Deus por Sua proteção e amor. Vale a pena conferir.

O HOBBIT A DESOLAÇÃO DE SMAUG

Alexandre Silvério de Sousa Analista de Projetos

CINEMA PARADISO

Este é um filme a que assisti na adolescência e que até hoje me emociona quando revejo. Retrata os caminhos e descaminhos de um italiano apaixonado por cinema, em sua infância, adolescência e maturidade, e sua amizade com o projecionista do cinema da cidadezinha local. O filme passa da inocência à melancolia, com doses certas de humor e drama que só os italianos sabem fazer. E, para completar, uma trilha sonora fantástica de Ennio Morricone. Carlos Eduardo Freire Diretor Financeiro

RAFA – MINHA HISTÓRIA

Biografia do atual nº 1 do tênis mundial, contada pelo próprio Rafael Nadal e pelo jornalista britânico John Carlin. Durante sua trajetória fica muito evidente o quanto a disciplina, humildade, perseverança e equilíbrio emocional são determinantes para o sucesso. O livro também ressalta a importância do seio familiar, principalmente em momentos difíceis. A obra é indicada a todos, não apenas aos amantes do esporte, pois contém ensinamentos e experiências que valem para a vida cotidiana, em especial o ambiente corporativo. Luis Felipe Damha Advogado

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m dos filmes mais aguardados do ano, O Hobbit – A Desolação de Smaug finalmente chega às telas dos cinemas neste mês de dezembro. No segundo filme da trilogia baseada na obra de J. R. R. Tolkien, Gandalf contrata o hobbit Bilbo Bolseiro para acompanhar os 13 anões em uma jornada até a Montanha Solitária, onde tentarão recuperar os pertences dos anões roubados pelo dragão Smaug. É justamente nessa aventura pelo fantasioso mundo da Terra Média que Bilbo encontra o anel que desencadeia a trilogia O Senhor dos Anéis. Mais uma vez, o diretor neozelandês Peter Jackson promete não decepcionar os fãs da aclamada série.

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VaralCultural O que vem por aí

PARADISE VALLEY - JOHN MAYER

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epois de lançar um CD que desagradou boa parte da crítica, John Mayer caiu novamente nas graças do público com seu mais recente álbum, Paradise Valley. Após enfrentar – e curar – um câncer na garganta, o músico se inspirou na boa fase para gravar seu sexto trabalho em estúdio, com uma pegada folk e muitas influências do country. Com diversas faixas embaladas por piano, guitarras e violões – como “Wildfire”, “You’re No One”, “Paper Doll” e “Dear Marie” –, o novo estilo, além de mostrar a versatilidade de Mayer, fisgou em cheio os fãs, que estão lotando seus shows nos Estados Unidos e em outras partes do mundo. Aliás, o Rock in Rio foi apenas uma mostra do efeito arrasador que Mayer é capaz de provocar na plateia.

A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS

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uem se emocionou com a tocante história do best-seller A Menina Que Roubava Livros, do escritor australiano Markus Zusak, já pode ir se preparando para derramar litros de lágrimas. A versão cinematográfica da obra estreia no Brasil no próximo dia 31 de janeiro. Ambientado na Alemanha nazista, o drama narra a história da órfã Liesel Meminger (interpretada pela jovem atriz Sophie Nélisse), que consegue sobreviver aos horrores da guerra graças a sua paixão pelos livros. O elenco conta com nomes de peso como Geoffrey Rush e Emily Watson, que interpretam os pais adotivos de Liesel, e quem assina a direção do filme é Brian Percival, conhecido pelo trabalho na premiada série Downton Abbey.

AM - ARTIC MONKEYS

Fotos: Divulgação

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ara quem curte o rock indie, o recém-lançado álbum AM, da banda britânica Artic Monkeys, já é considerado um dos melhores discos de 2013, estreando como número um nas paradas da Inglaterra. A primeira faixa do CD, “Do I Wanna Know?”, é apenas um (bom) prelúdio do que vem pela frente, já anunciando logo de cara que o álbum faz referências claras ao rock dos anos 1970, principalmente ao Velvet Underground – desde o título do disco, referência ao álbum VU (coletânea nomeada com as iniciais da banda do inesquecível Lou Reed), até a sonoridade de faixas como “Mad Sounds”. AM é uma prova clara de que o Artic Monkeys atingiu o ápice digno de quem reina absoluto na cena indie. Dezembro 2013| Janeiro 2014

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VaralCultural

Foto: Bruno Trindade

O que vem por aí

SEI NANDO REIS

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cantor e compositor Nando Reis está viajando pelo Brasil com a turnê de seu mais recente disco, Sei. Após três anos sem gravar músicas inéditas, o ex-titã tem agradado os fãs com suas novas baladas, como “Pré-Sal”, “Back in Vânia”, “Declaração de Amor” e “Pra Quem Não Vem”. Sucessos de trabalhos anteriores, como “All Star”, “Relicário” e “As Coisas Tão Lindas” também fazem parte do repertório. São Paulo, Porto Alegre (RS), São José dos Campos (SP), Pouso Alegre (MG) e Guaratuba (PR) são algumas das cidades que recebem o músico neste mês de dezembro.

Fotos: Divulgação

O HERÓI DISCRETO MARIO VARGAS LLOSA

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s fãs do prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa não precisam mais esperar por outra grande obra do escritor peruano. O Herói Discreto, seu novo romance, já está nas livrarias do país com uma história de extorsões e vinganças, na qual o autor entrelaça narrativas de crimes e romances repletos de tragicidade e comicidade – separadas por uma linha tênue. A novela ambientada em Piura, norte do Peru, narra as histórias paralelas de Felicito Yanaque, um pequeno comerciante, e Ismael Carrera, importante empresário. Enquanto Yanaque tenta resistir a tentações, Ismael desafia todas as convenções de sua classe. Os dois personagens são, à sua maneira, discretos rebeldes que tentam tomar a rédea de seus próprios destinos.

CHÁ DE SUMIÇO MARIAN KEYES

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escritora irlandesa Marian Keyes, autora de sucessos como Melancia, Sushi e Férias, está de volta. Em seu mais novo lançamento, Chá de Sumiço, ela narra as aventuras de Helen, a mais engraçada das irmãs Walsh – protagonistas da maioria de seus livros. Helen não está em sua melhor fase. O trabalho como detetive particular vai de mal a pior, quando um ex-namorado a procura para desvendar o desaparecimento do músico Wayne Diffney, integrante de uma das bandas do momento. Sem opção, ela acaba aceitando o trabalho e mergulha de cabeça no complexo e glamoroso mundo do showbiz. Sem perder a sagacidade e o humor que lhe são peculiares, Marian Keyes prova mais uma vez por que suas obras vendem milhões de exemplares em todo o mundo. 84 | Estilo Damha

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VaralCultural O que vem por aí

A MADRINHA EMBRIAGADA “A emoção nunca cessa!” Texto: Nicole Thomaso Fotos: Caio Callucci /Divulgação

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adaptação do musical da Broadway The Drows­y Chaperone ganha uma versão brasileira. Sob a direção de Miguel Falabella, o espetáculo conta com uma megaprodução. “O sonho que se realiza. É como eu defino esse grande projeto”, diz Cleto Baccic, idealizador e produtor de A Madrinha Embriagada. Narrado pelo Homem da Poltrona (Ivan Parente), o musical dentro de uma comédia traz a história da madrinha (Stella Miranda) contratada para tratar do casamento da musa dos musicais de 1928, Jane Valadão (Sara Sorres), que abandona o palco para se casar com Roberto Marcos (Frederico Reuter). O Sr. Iglesias (Saulo Vasconcelos), dono do teatro, e outros personagens dão motivos e lutam para que o casamento não se realize. É o caso de Eva Iglesias (Kiara Sasso), que contrata um amante argentino, Aldolpho (Cleto Baccic), para atrapalhar a união. Espiões disfarçados de padeiros portugueses (Rafael Machado e Daniel Monteiro), a aviadora Dôra (Adriana Caparelli), Dona Francisca Jaffet (Ivanna Domenyco) e seu mordomo, o amigo do noivo (Fernando Rocha) são outros personagens cômicos que se reúnem para fazer Dezembro 2013| Janeiro 2014

da peça uma divertida loucura. O SESI-SP, o elenco e toda a produção oferecem ao público a oportunidade de assistir à peça gratuitamente. O objetivo é combinar o desenvolvimento do potencial criativo dos alunos da rede SESI-SP de ensino, a capacitação profissional de atores e a formação de plateia para teatros musicais. O espetáculo ficará em cartaz até o dia 29 de junho de 2014 e sua classificação é 10 anos. Para assistir, basta entrar no site www.sesisp.org.br, fazer sua reserva e se divertir.

SERVIÇO: A Madrinha Embriagada Onde: Teatro do SESI-SP (Avenida Paulista, 1313, Cerqueira César, São Paulo (SP)) Horário das Apresentações: quartas-feiras, às 21h; quintas e sextas-feiras, às 15h (sessões escolares) e 21h; sábados, às 16h e 21h; domingos, às 19h Até quando: 29 de junho de 2014 Classificação: 10 anos Entrada: gratuita Estilo Damha | 85


Arquitetura Vida no Campo

NO CAMPO, UMA CASA QUE RESPIRA A NATUREZA

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Arquitetura Vida no Campo

Neste projeto assinado pelo arquiteto Bile Carbonero, o principal desafio era integrar a casa com a paisagem exuberante. Feita com materiais de demolição, a moradia imersa na natureza é um verdadeiro convite para quem aprecia os ares do campo Texto: Thatiana Miloso Fotos: Tati Zanichelli

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paixonada por viver ao ar livre, a paisagista Elizabeth Partel aguardou o crescimento dos filhos para tomar uma decisão que mudaria sua vida: deixar o agito da cidade para trás em troca da tranquilidade do campo. Após 17 anos em meio aos muros de concreto e barulho dos carros, ela, que já havia passado boa parte da infância e os primeiros anos de casada na fazenda da família, estava decidida a voltar às origens. Esse desejo de estar perto da natureza se transformou em ideia fixa em meados de 2003, quando Beth e o marido, Eduardo, visitavam amigos em um condomínio de chácaras a poucos quilômetros de São Carlos (SP), cidade onde moravam. No trajeto entre a portaria e a casa, eles passaram por um terreno que imediatamente lhes chamou a atenção pela vista estonteante. Era uma área de 60 mil m² com uma panorâmica que se abria para um penhasco, de onde emergia uma vasta reserva ambiental pontuada por diferentes tons de verde. Não teve jeito: o cenário fisgou em cheio o casal e, naquele momento, eles souberam que era ali que construiriam a casa de seus sonhos. Foi amor à primeira vista. Após quase um ano negociando a compra do terreno, a paisagista deu ao arquiteto Bile Carbonero o desafio de usar o relevo acidentado como um trunfo para integrar a casa à exuberante paisagem. Foram nove meses de concepção de projeto até chegarem à planta final. “Nesse período, mudamos a casa de lugar umas dez vezes até batermos o martelo e chegar à tipologia atual”, relembra a proprietária. Todo esse trabalho valeu a pena: a harmonia entre o projeto arquitetônica e a paisagem é tanta que cria a ilusão de que a casa foi “esculpida” da natureza. Enquanto o vidro usado na fachada permite a integração com o verde, o uso de elementos naturais como a madeira ajuda a criar a ilusão de que a casa Dezembro 2013| foi Janeiro 2014 “esculpida” da natureza

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Arquitetura Vida no Campo

Elemento surpresa, a varanda parece flutuar no cenário em que o penhasco e a reserva ambiental são protagonistas; no piso, móveis, pilares e telhado, a madeira dá o ar rústico e aconchegante do ambiente Boa parte dessa sensação se deve aos materiais escolhidos a dedo pela paisagista e ao próprio conceito da residência, já que construir sem agredir o meio ambiente era uma das premissas que nortearam o projeto. Para poder colocar essa ideia em prática, Beth optou por materiais naturais, como as 53 toras de aroeira usadas na sustentação da casa. “Essas madeiras haviam sido usadas para a iluminação de ruas. Quando foram substituídas por postes de concreto, acabaram sendo descartadas. Na época soube dessa história pelo homem que recolheu as toras e, através dele, consegui trazê-las para cá”, conta a proprietária. No restante do madeiramento, Beth optou por não usar nenhuma madeira de lei. Telhado, piso e algumas 88 | Estilo Damha

bancadas e guarnições foram feitos com eucaliptos que vieram da fazenda da família de Eduardo. “Optamos por deixar a casa com o aspecto mais natural possível. As madeiras não foram impermeabilizadas nem envernizadas, como estariam na natureza. Por isso costumo dizer que a casa respira, está viva.” A sustentabilidade também está presente em outras partes do projeto. Tijolos, portas e janelas foram reaproveitados de imóveis demolidos na época da obra, o que resultou em espaços únicos, já que nenhuma porta ou janela é igual à outra. Para arrematar o despretensioso estilo rústico chic, o cimento queimado aplicado ao chão, além de ter a cor ideal para ser usado em chácara, ajudou a dar um ar contemporâneo aos ambientes. Dezembro 2013| Janeiro 2014


Arquitetura Vida no Campo Em termos de tipologia, a personalidade prática de Beth também se reflete na planta da casa. Ampla, mas sem exageros, a residência é funcional e ao mesmo tempo acolhedora, o que a torna perfeita para receber amigos. Com uma suíte, três quartos, salas de TV e jantar e duas cozinhas – gourmet e caipira –, a casa ainda conta com um elemento surpresa: uma varanda com uma surpreendente vista que se abre em 270o para o penhasco e sua exuberante reserva ambiental. Toda em madeira, do piso ao teto, a varanda é integrada à parte de convívio da casa graças ao uso do vidro como parede nas faces norte das salas, cozinha gourmet e corredor que dá acesso aos quartos. Além de favorecer a amplitude desses ambientes, o vidro permite que a varanda

funcione como uma extensão das salas de TV e jantar, trazendo a exuberante paisagem para dentro da casa. É nesse ambiente peculiar que a integração com a natureza se faz mais intensa, seja pela majestosa vista, seja pelo som acentuado do vento e das dezenas de espécies de pássaros que povoam o lugar. Questionada sobre a razão de trocar as comodidades da cidade pela tranquilidade do campo, a paisagista não hesitou: “Gosto de espaço, de plantar, ter bichos, ter privacidade. A paz que sinto aqui nas manhãs é algo indescritível, assim como acordar com o canto dos passarinhos. Não me canso de agradecer por poder morar nesse lugar”. Sem dúvida, um lugar para inspirar, ver, ouvir e, acima de tudo, sentir os prazeres da vida no campo.

O uso do vidro no lugar da alvenaria transmite a ideia de que a varanda é uma extensão da sala de jantar Dezembro 2013| Janeiro 2014

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Arquitetura Vida no Campo No cômodo chamado pela proprietária de “cozinha caipira”, o fogão a lenha reina majestoso. Os grãos de coentro em processo de secagem fazem ressoar os ares do campo Destaque 1: No grande salão que abriga as salas de TV e jantar, objetos trazidos de viagens contracenam em harmonia com móveis antigos herdados das famílias de Beth e Eduardo Destaque 2: Também no salão, tora de aroeira é usada como viga de sustentação, ao mesmo tempo em que funciona como elemento de decoração

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Arquitetura

Foto: Thatiana Miloso

Vida no Campo

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Foto: Thatiana Miloso

Apaixonada por plantas, Beth apelidou o canteiro que separa a casa da represa de sua “pequena Giverny”, em alusão à florida cidade francesa; da comestível capuchinha à sálvia azul e lírios coloridos, o canteiro dá as boas-vindas aos visitantes Destaque 1: Na continuação deste canteiro “suspenso”, a paisagista aproveitou para fazer sua horta: folhas verdes, ervas, tomates, brócolis e outros ingredientes frescos a poucos metros da cozinha Destaque 2: Na face sul da casa, quem rouba a cena é a represa natural que ocupa parte do terreno: carpas e outros peixes dão ainda mais vida à paisagem

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MyPET Fotos: Vult Cosmética/SV Assessoria

Produtos não testados em animais

BELEZA SEM SACRIFÍCIOS PARA VOCÊ E PARA QUEM VOCÊ AMA Produtos cruelty free que fazem bem ao corpo e à alma Textos: Marília Dominicci

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MyPET Produtos não testados em animais

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os últimos anos, principalmente com a popularização das redes sociais, os animais – e o tratamento dado a eles nas mais diversas esferas da existência humana – têm ganhado notoriedade. Uma das questões mais discutidas é a necessidade, ou não, da realização de experimentos científicos em animais vivos para a avaliação de possíveis reações adversas ao uso de determinados compostos químicos (in vivo). Nos dias atuais, apesar da dificuldade – se não impossibilidade – de utilizarmos produtos 100% baseados em tecnologias não dependentes desses testes, quando alternativas livres de crueldade se apresentam, optar por elas é uma maneira interessante e poderosa de defendermos o meio ambiente e os animais. 94 | Estilo Damha

Destaque no Brasil, a Vult, além da coleção de maquiagens, investe na produção de produtos para os cabelos e pele. Foto: Primer corretivo com chá verde (1), batons clássicos (2), pó compacto (3), blush (4), paletas de sombras com 5 cores Glam (5) e Candy (6).

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MyPET Produtos não testados em animais

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A Nyx Cosmetics tem uma das mais brilhantes paletas de cores do mercado, além de produzir bolsas e acessórios. Foto: Estojo Nude on Nude (1) e delineadores coleção Chocolaté (2). Tendência em todas as estações

SOBRAM ALTERNATIVAS...

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e para medicamentos a lei ainda exige testes in vivo, o mesmo não pode ser dito sobre a indústria dos cosméticos. Graças à demanda crescente por produtos cruelty free, é possível verificar um alinhamento cada vez mais claro das marcas no sentido de adotar posturas sustentáveis, como testes in vitro (que utilizam cultura de células) ou in silico (simulações em computador). Que tal caprichar no visual e no bem-estar sem peso na consciência? Utilizar produtos que realizem testes em animais deixou de ser uma exigência para ser meramente uma opção. O que não faltam são marcas e produtos 100% livres de crueldade contra os animais, facilmente encontrados nas melhores farmácias e perfumarias. Basta uma rápida busca pela internet para encontrar dicas, sugestões e uma enorme variedade. Ao contrário do que se pensa, não são apenas as indústrias internacionais que se destacam pela qualidade. Pelo contrário! Empresas brasileiras estão investindo cada vez mais em pesquisas alternativas com resultados impressionantes.

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1 Anna Pegova, uma das mais engajadas marcas do mercado internacional, conta com uma extensa linha de produtos para cuidados com a pele, séruns e perfumes. Foto: Hidratante e protetor solar oil free Pegotan FPS 35 spray (1), Pegotan FPS 60 pele sensível (2) e sérum anti-idade Sublime (3). Dezembro 2013| Janeiro 2014

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4 Como resistir a uma seleção de produtos para cuidar da pele e dos cabelos produzidos por empresas cruelty free? Foto: Sabonete líquido Eu Amo Cherry – Nick & Vick Cosméticos (1), hidratante nutritivo OroArgan Monoi – Bioderm (2), Everyday protetor térmico Royal Lyss – Mutari (3), shampoo Bioforce Resistence – Charis Professional (4), máscara Energizing Protein Treatment – N.P.P.E Hair Care (5), One Instant Cream – Fine Professional Hair (6), Morrocan Argan Oil – Organix (7) e Ego Make Up Remover à base de água – Índice Tokyo (8)

... O QUE FALTA É INFORMAÇÃO

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nquanto na Índia, Israel e em toda a União Europeia a lei proíbe testes em animais para fins cosméticos – na UE essa proibição se estende também à comercialização de produtos testados em animais –, outros países ainda não apresentam posicionamento definido com relação ao assunto. No Brasil, por exemplo, fica a cargo das empresas escolher não testar in vivo. A lei exige apenas que seja comprovada a segurança dos produtos inscritos na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que aceita e incentiva o uso de métodos alternativos. É essa ausência de regulamentação que gera a falta de informação a respeito dos produtos disponíveis hoje

Quatro selos mais utilizados para comprovar que produtos não passaram por testes em animais. Para merecê-los, é preciso estar de acordo com as exigências das organizações regulamentadoras 96 | Estilo Damha e de proteção aos animais

para consumo. Quando as empresas não declaram publicamente sua política de não crueldade, é difícil saber o posicionamento da marca e se ela é ecologicamente viável. Muitas já contam com selos e/ou os dizeres “produto não testado em animais” em seus rótulos, mas, em caso de dúvida ou da ausência de informações, recomenda-se contatar o fabricante por intermédio do serviço de atendimento ao consumidor (SAC) ou verificar listas divulgadas por organizações não governamentais como o PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) ou o PEA (Projeto Esperança Animal).

Participaram desta matéria: Vult Cosmética - www.vult.com.br Nyx Cosmetics - www.nyxcosmetics.com Anna Pegova - www.annapegova.com.br Nick & Vick Cosméticos - www.nickvick.com.br Bioderm Cosméticos - www.biodermcosmeticos.com.br Mutari Cosméticos - www.mutari.com.br Charis Professional - www.charisprofessional.com.br N.P.P.E Hair Care - www.nppehaircare.com Fine Professional Hair - www.fineph.com Organix - www.organixhair.com Índice Tokyo - www.indicetokyo.com.br Dezembro 2013| Janeiro 2014


MyPET Produtos não testados em animais

Da nossa

família

Foto: Thais Damha

para a sua

(da esquerda para a direita) Em pé: Mário Múcio e Marco Aurélio Sentados: Maria Mônica, Maria Stella, Dona Márcia, Dr. Anwar, Dona Mirza e Maria Beatriz

Sucesso não se conquista sozinho. Nosso crescimento é resultado do trabalho de muitos colaboradores que se empenham dia e noite para fazerem da Damha Urbanizadora a empresa com o melhor conceito de urbanismo do Brasil, moderna e sempre alinhada às expectativas de nossos clientes, parceiros e amigos. Neste novo ano, a família Grupo Encalso Damha deseja a todos os seus colaboradores, amigos e clientes um ano novo repleto de realizações, saúde, fé e companheirismo. Que 2014 seja mais um ano de sucesso para todos nós. Família Damha Dezembro 2013| Janeiro 2014

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FaçaoBem Bike Anjo

PROTETORES DA

Foto: Divulgação

MAGRELA Ciclistas experientes ensinam a pedalar com segurança Texto: Dirlene Ribeiro Martins

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FaçaoBem Bike Anjo

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meiras pedaladas e também ensinam manutenção básica e medidas de segurança no trânsito. Tudo gratuitamente. O projeto teve início há três anos, em São Paulo, com algumas pessoas que queriam participar da Bicicletada – movimento que busca divulgar a bicicleta como meio de transporte –, mas não tinham experiência em pedalar no trânsito. Alguns ciclistas veteranos começaram a

Foto: Divulgação

fato: ao privilegiar o carro, as pessoas ficam mais sedentárias e mais doentes. Por outro lado, quando as cidades oferecem espaços para caminhadas e bicicletas, a população é naturalmente incentivada a se movimentar mais, o que faz bem à saúde e transforma as ruas em um espaço prazeroso. Várias cidades europeias já fazem isso. Nas horas de

Amsterdã: o paraíso urbano para ciclistas

rush, as bicicletas são 25% dos veículos em circulação em Londres (Inglaterra) e viram maioria em algumas ruas do centro. Na Alemanha há 80,5 milhões de pessoas e impressionantes 73 milhões de bikes; e em Amsterdã (Holanda), primeira cidade europeia a popularizar a magrela como meio de transporte, há mais bicicletas do que gente: 880 mil e 800 mil, respectivamente. No Brasil, quem gosta da ideia e deseja trocar o carro pela bicicleta, mesmo que seja por algumas horas durante a semana, pode contar com a ajuda de um grupo de voluntários bem especial, batizado merecidamente de Bike Anjo. Esses protetores da magrela traçam rotas para bicicletas nas cidades, acompanham o ciclista iniciante em suas priDezembro 2013| Janeiro 2014

se oferecer para buscar os novatos em casa e levar ao evento. E não pararam mais. Hoje são cerca de 800 voluntários que foram se espalhando por diversas cidades do Brasil e também podem ser encontrados em Portugal, Estados Unidos e, brevemente, na Austrália. A ideia é incentivar o uso da bicicleta de uma maneira segura e ajudar os ciclistas menos experientes a se locomoverem em cidades que não possuam muita infraestrutura para as magrelas. De acordo com Missaki Idehara, engenheiro agrônomo e coordenador do Bike Anjo, os ciclistas são orientados a sempre procurar ruas mais tranquilas, arborizadas, com menor fluxo de carros e poucos aclives. Estilo Damha | 99


FaçaoBem Bike Anjo

Foto: Bike Anjo

Pessoas de qualquer idade ou lugar podem solicitar um Bike Anjo. Basta acessar o site (ver box) e pedir a ajuda. Um voluntário que esteja disponível naquela região é indicado para dar instruções ao ciclista novato e depois acompanhá-lo no trânsito. O grupo tem conseguido atender à maioria dos pedidos, mesmo com o aumento de pessoas interessadas em aderir à bicicleta, pois o número de voluntários tem crescido significativamente. “A expansão ocorre naturalmente, pois todas as cidades têm ciclistas, o que nós fazemos é incentivar o engajamento voluntário para ajudar outras pessoas interessadas”, explica o coordenador.

Convivência pacífica

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e acordo com Idehara, ainda há resistência dos órgãos governamentais em entender que os ciclistas precisam de uma estrutura cicloviária adequada e faltam programas de conscientização dos motoristas, mas isso não é um impedimento às ações e atividades do grupo. “O Bike Anjo é um coletivo de voluntários que acreditam em uma causa, que é transformar as cidades em lugares para convivência mútua.” O Código de Trânsito Brasileiro prevê que o ciclista tem todos os direitos e deveres de um motorista no tráfego. Ele precisa se deslocar no mesmo sentido dos carros, respeitar todos os sinais de trânsito e também não pode parar em cima da faixa de pedestres. Idehara enfatiza que não seguir as regras sociais de convivência é o principal erro que um ciclista pode cometer. “É sempre importante respeitar para ser respeitado, então, usar equipamentos de proteção individual, sinalizar as atitudes no trânsito e, principalmente, seguir as leis de trânsito são fundamentais para conquistar espaço nas ruas e ganhar reconhecimento da bicicleta como meio de transporte.”

Missaki Idehara, coordenador do grupo Bike Anjo

A convivência pacífica no trânsito é uma das motivações dos voluntários do Bike Anjo, ao lado da melhor qualidade de vida e menos poluição e barulho. Aliás, é importante destacar o papel da bicicleta na mobilidade urbana, em tempos de trânsito caótico e preocupação com o aquecimento global. “Em grandes cidades do mundo inteiro, a bicicleta tem um lugar de destaque, principalmente como agente de transformação comportamental. Mobilidade não se restringe à locomoção, é a maneira como nós agimos e o estilo de vida que levamos”, completa Idehara.

QUER COMEÇAR A PEDALAR? Então, solicite um Bike Anjo: www.bikeanjo.com.br/bikeanjo Quer ser um Bike Anjo? Acesse: www.bikeanjo.com.br/novobikeanjo Quer saber onde acontecerá uma oficina educativa? Veja em: www.bikeanjo.com.br/eba 100 | Estilo Damha

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ColunaCondomínio Marcio Rachkorsky

Foto: Divulgação

USO DE DROGAS NOS CONDOMÍNIOS E LOTEAMENTOS

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O diálogo deve sempre ser a primeira ferramenta, especialmente com a família do usuário

m assunto extremamente delicado tem tirado o sono e a tranquilidade de muitos síndicos e dirigentes de associações: o uso de drogas nos condomínios e loteamentos. É uma ocorrência que, infelizmente, não para de crescer, cuja solução é difícil e complexa, na medida em que não se trata de mera questão comportamental, mas, por vezes, de assunto de polícia. Não há uma fórmula mágica para a questão, mas, sim, a necessidade de participação dos moradores, atua­ção firme do síndico e gestores e muito diálogo com os condôminos envolvidos no problema. Quando o uso de drogas ocorre nas dependências comuns do condomínio ou loteamento, torna-se muito mais fácil a identificação do problema e adoção imediata de providências. Há ainda a facilidade da comprovação, quer por meio de imagens das câmeras, quer pelas testemunhas. Nesses casos, a administração pode facilmente conversar com os envolvidos, enviar advertência, cobrar multas e até mesmo acionar a Polícia Militar, dependendo da gravidade da situação. Difícil mesmo é quando o uso de drogas se dá no interior da unidade autônoma. Muitos usuários se valem da velha e ultrapassada máxima de que “no interior do meu apartamento, da minha casa, eu faço o que quiser”. Ora, a utilização da propriedade tem seus limites bem desenhados na Convenção de Condomínio, Estatuto Social e no Regulamento Interno, de forma que o uso de drogas

no interior da unidade pode configurar até mesmo o uso nocivo da propriedade e o comportamento antissocial, em total colisão com a função social da propriedade. Pior ainda quando há menores envolvidos, oportunidade em que o tema fica ainda mais delicado, exigindo tato e cautela do síndico, dirigentes e demais moradores para a abordagem dos pais. Afinal de contas, eles estão sob a proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente. Acionar o Conselho Tutelar, nos casos mais críticos, é uma ótima providência e costuma trazer bom resultado. Eis que o caso passa a ser tratado no âmbito familiar e, por vezes, chega até a Vara da Infância e Juventude. Em todas as situações, o diálogo deve sempre ser a primeira ferramenta, especialmente com a família do usuário. Importante que os moradores ajudem o síndico e os gestores a lidar com esse tema tão delicado, cooperem na fiscalização das áreas comuns e fiquem atentos aos vizinhos. Gestores e funcionários devem estar treinados e preparados para agir. Palestras e cartilhas de conscientização aos moradores também ajudam no combate ao uso de drogas. Por fim, há que se debater o tema em assembleia, para que os síndicos e dirigentes tenham respaldo para adoção das medidas cabíveis em cada caso. Importantíssimo alertar que, havendo suspeita de tráfico de drogas ou qualquer situação perigosa, a Polícia Militar deve ser acionada, sempre de forma anônima. Não é função do síndico e dos gestores combater o tráfico!

Marcio Rachkorsky – Advogado especializado em condomínios há mais de 20 anos, comentarista e apresentador da TV Globo/SP e comentarista na Rádio CBN. Escreve também no caderno de Imóveis da Folha de São Paulo, aos domingos. Dezembro 2013| Janeiro 2014

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O 4º Encontro Damha, em Uberaba (MG), reúne 250 participantes vindos de oito cidades

106 Parque Eco Tecnológico: Sucesso de vendas: Prêmio Damha para Você Damha inaugura complexo empresarial de alta tecnologia em São Carlos Dezembro 2013| Janeiro 2014

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Programa de relacionamento realiza premiação semestral

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Lançamentos de Birigui e Campos de Goytacazes 100% vendidos

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O conceito de urbanismo que conquistou o Brasil

Com 53 empreendimentos e mais de 20 mil unidades comercializadas em todo o país, a Damha Urbanizadora está em plena expansão. Seus condomínios residenciais, reconhecidos nacionalmente pela excelência construtiva, fazem da marca Damha sinônimo de alta qualidade urbanística, com projetos que reúnem o que há de melhor em infraestrutura com total respeito ao meio ambiente. Atualmente, a Urbanizadora está presente em 20 cidades (Araraquara, Barra dos Coqueiros, Birigui, Brasília, Campo Grande, Campo dos Goytacazes, Catanduva, Cidade Ocidental, Feira de Santana, Fronteira, Ipigua,

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Limeira, Marília, Mirassol, Piracicaba, Presidente Prudente, São Carlos, São José do Rio Preto, São Luis, Uberaba) de oito estados brasileiros (Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe). Em breve, as áreas já negociadas em Araçatuba (SP), Arapiraca (AL), Assis (SP), Camaçari (BA), Caruaru (PE), João Pessoa (PB), Maceió (AL) Recife (PE), Ribeirão Preto (SP) e Taubaté (SP), marcarão uma nova fase de expansão da empresa. Neste espaço você vai poder acompanhar passo a passo o nosso crescimento.

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Juvenil do Damha Golf Club é número 1 do Brasil e de SP Marcos Negrini, de São Carlos, estreia na categoria juvenil como primeiro do ranking nacional e estadual

Marcos Negrini, jovem de 16 anos que se iniciou no golfe no Damha Golf Club, em São Carlos, vai terminar 2013 como o golfista juvenil número 1 do Brasil e do Estado de São Paulo. Em 2012, ele foi o número 1 do ranking nacional pré-juvenil. Entre os muitos feitos alcançados pelo jovem este ano, vale citar sua participação na final mundial da Faldo Series, um dos principais circuitos do golfe juvenil internacional, criado pelo campeão britânico Nick Faldo. A Faldo Series Grand Final aconteceu no estado americano da West Virginia. Negrini foi o melhor brasileiro na competição e terminou em 9º lugar em sua categoria. O jovem de São Carlos conquistou a vaga na final mundial ao ser campeão da categoria de até 16 anos na final sul-americana do circuito, a Faldo Series South America Championship, disputada no próprio Damha em julho. Na ocasião, Negrini venceu o paranaense Ulisses de Toledo Junior para conquistar o título de campeão sul-americano de sua categoria e garantir seu espaço no torneio nos EUA. Negrini também faz parte da seleção de golfe da Confederação Brasileira de Golfe, o Time Brasil. Dezembro 2013| Janeiro 2014

Negrini, que tem parentes que trabalham no Damha Golf Club, começou a jogar golfe por meio da Academia de Golfe Dr. Anwar Damha, uma iniciativa do clube de São Carlos para o desenvolvimento do golfe entre os jovens. O nome da academia homenageia o fundador do Grupo Encalso Damha e idealizador do Damha Golf Club, e é coordenada pelo profissional Ricardo Salinas. João Paulo Carlos da Silva, outra revelação do Damha Golf Club e da Academia de Golfe Dr. Anwar Damha, terminará o ano como segundo colocado do ranking juvenil paulista. “Apoiar o golfe entre os jovens é uma missão do Damha Golf Club e é algo que fazemos desde nossa fundação. O golfe é um esporte maravilhoso para o desenvolvimento das crianças e adolescentes, pois incentiva o respeito entre as pessoas e treina a capacidade de concentração, planejamento e estratégia”, diz Carlos Gonzalez, presidente do Damha Golf Club. “O Damha Golf Club está aberto a todos os jovens que quiserem ter um primeiro contato com o esporte”, completa. Estilo Damha | 105


O 4º Encontro Damha, em Uberaba (MG), reúne 250 participantes vindos de oito cidades Texto: Dirlene Ribeiro Martins

Fotos: Marise Romano Studio Photo

Sucesso, vida pessoal, comunidade, treinamento e inteligência emocional foram alguns dos assuntos tratados pelos palestrantes

Casal durante a abertura das palestras com Fernanda Toledo (destaque)

Nos dias 9 e 10 de novembro, a Damha Urbanizadora promoveu a 4ª Edição do Encontro Anual da Associação de Moradores, Síndicos e Gestores dos Empreendimentos. Desta vez, a cidade escolhida para sediar o evento foi Uberaba (MG), e nela reuniram-se 250 convidados que vieram de Araraquara, Mirassol, Piracicaba, Presidente Prudente, São Carlos, São José do Rio Preto (SP), Campo Grande (MS) e Uberaba. As primeiras palestras aconteceram à tarde, na Casa do Folclore, mas, antes, todos puderam desfrutar de um delicioso almoço com comidas típicas mineiras. O médico psiquiatra, empresário e escritor Roberto Shinyashiki foi o primeiro a se apresentar e, enquanto abordava vida pessoal, sistema Damha e sucesso profissional, interagiu com o público e 106 | Estilo Damha

fez todos rirem e se emocionarem com suas histórias e experiências. Ao final da palestra, Shinyashiki e Fernanda Toledo surpreenderam os presentes ao revelarem que todos receberiam, pelo correio, um exemplar do livro O Sucesso É Ser Feliz autografado pelo autor. Em seguida foi a vez da consultora Mônica Picavêa, que, ao tratar da criação de comunidades, enfatizou a importância e o poder da colaboração e da generosidade. Depois, ainda no sábado, a plateia se agitou com a presença do ex-jogador de vôlei, campeão olímpico e campeão mundial, Giovane Gávio. Gigio destacou que a glória só é possível com muito trabalho e recorreu a histórias e vídeos da época em que atuava pela seleção brasileira para ilustrar o tema. Dezembro 2013| Janeiro 2014


Os palestrantes Giovane Gávio, Dr. Roberto Shinyashiki, Mônica Picavêa e Dra. Mara Behlau (no sentido horário) e, no destaque, a equipe Damha presente no evento

No domingo, a manhã na Casa do Folclore foi comandada por Mara Behlau, fonoaudióloga e doutora em Distúrbios de Comunicação, que mobilizou os presentes com suas dinâmicas e vídeos para destacar a importância da comunicação e como ela pode afetar a forma pela qual interagimos com os outros. A inteligência emocional também ganhou destaque na fala da fonoaudióloga, por ser um instrumento que pode fazer toda a diferença em nossos relacionamentos. O evento foi encerrado em grande estilo, com um delicioso churrasco regado a muito samba e animação no Centro de Convívio do Residencial Damha II. Ao final, certa melancolia entre os presentes por ter de dizer adeus, mas, ao mesmo tempo, a alegria pelas novas amizades feitas, pelas experiências trocadas e, principalmente, por saberem que no ano que vem tem mais, desta vez em Presidente Prudente (SP). Fernanda Toledo falou sobre o evento: “Mais uma vez, o encontro foi um sucesso. O nível técnico das palestras foi altíssimo, e todos os clientes demonstraram sua satisfação. Dezembro 2013| Janeiro 2014

Pela quarta vez, pudemos reunir os gestores de nossos empreendimentos para uma troca de ideias produtiva. Acredito que é fundamental para a adoção de boas práticas”, concluiu a gerente. Silvio Benfica Lisboa, diretor-presidente do Damha VI, de São José de Rio Preto, elogiou a organização do Encontro, pois, para ele, todos os detalhes foram pensados para o sucesso do evento, especialmente a escolha dos palestrantes. “Às vezes não temos ideia de onde buscar as respostas de que precisamos, que podem estar guardadas dentro de nós, mas momentos únicos como esse podem ser um facilitador para isso”, disse. Já a presidente do Conselho Fiscal do Damha I de Uberaba, Gislene Martins Carvalho, ressaltou que o 4º Encontro Damha serviu para reafirmar o envolvimento da Urbanizadora Damha na busca por qualidade de vida: “Novamente tivemos palestrantes de altíssimo nível, comprometidos com o tema do evento, que foi o respeito, e sintonizados com sonhos, percepções e aspirações dos que optam por viver em comunidade”. Estilo Damha | 107


Fotos: Marise Romano Studio Photo

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Oito cidades foram representadas pelas suas associações no 4º Encontro: 1- Presidente Prudente, 2- Piracicaba, 3- São José do Rio Preto, 4- Mirassol, 5- Campo Grande, 6- Araraquara, 7-Uberaba e 8- São Carlos 108 | Estilo Damha

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Nordeste Gourmet chega à 6ª edição

Vera Holtz e Licia Fabio passaram pelo espaço da Damha no evento

Fotos: Divulgação

A 6ª edição do Nordeste Gourmet, realizada em Salvador (BA) entre os dias 25 e 27 de outubro, foi sucesso absoluto. No evento gastronômico promovido na Casa Cor Bahia, a Damha Urbanizadora esteve presente com um espaço exclusivo, especialmente para receber os convidados de Edinho Engel e Licia Fabio, idealizadores do projeto. Os ingredientes brasileiros e, principalmente, nordestinos foram os grandes protagonistas do evento, que contou com aulas abertas de culinária e muita gente legal, como a atriz Vera Holtz. Sem dúvida, o Nordeste Gourmet revelou-se uma ótima opção de negócios para pequenos e grandes empresários do setor gastronômico.

Promoter Marta Goes

Flavia e Roberta Badaro

Dia das Crianças em Piracicaba (SP) Com o objetivo de integrar e divertir os condôminos, a diretoria do Damha I de Piracicaba realizou o 1º evento de Dia das Crianças, no último 12 de outubro. A festa foi animada por um dos funcionários da associação, o DJ Manil, e as crianças puderam se divertir com os brinquedos e muitas brincadeiras. Os pais também não ficaram de fora: além de interagirem com as crianças, aproveitaram o churrasco durante o evento.

Festa para a criançada no Residencial Damha Uberaba

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Com Parque Eco Tecnológico, Damha leva inovação à capital da tecnologia Texto: Thatiana Miloso

Lazer: Damha Golf Club

Fotos: Arquivo

Moradia: Residenciais Damha em São Carlos

Trabalho: Parque Eco Tecnológico Damha

No último mês de novembro a Damha Urbanizadora carimbou sua marca na história do empreendedorismo brasileiro: com a inauguração da MIB (Materials Institute of Brazil), foi dado início às operações do Parque Eco Tecnológico Dam­ha ­ , empreendimento localizado em São Carlos (SP) que já nasceu com o status de ser o primeiro parque tecnológico de terceira geração do Brasil. Embora o conceito de terceira geração ainda seja novo no país, ele já é tendência no Primeiro Mundo, referindo-se a complexos empresariais com foco em novas tecnologias que integram o local de trabalho a áreas para a prática de esportes, lazer, oferta de serviços e moradia. Para criar esse ambiente inovador, a Urbanizadora apostou na construção de um condomínio empresarial que pudesse ser integrado ao Parque Eco Esportivo Damha, empreendimento com 12 milhões de m² – localizado pró110 | Estilo Damha

ximo à principal entrada de acesso a São Carlos – que abriga sete condomínios residenciais e um aparato de lazer que inclui trilhas ecológicas, mall de serviços e dispositivos esportivos como hípica, ciclovia e campo de golfe. A ideia de implantar no Brasil o primeiro parque tecnológico de terceira geração conquistou entusiastas e, rapidamente, o Parque Eco Tecnológico Damha se tornou mais um sucesso de vendas da Urbanizadora. “Implantar um parque privado para abrigar empresas de alta tecnologia não seria algo simples. Mas a Damha apostou no desafio com a certeza de que o empreendimento poderia contribuir em muito com o desenvolvimento de São Carlos e de todo o Estado”, destaca José Octavio Armani Paschoal, presidente do Instituto Inova, entidade responsável pela gestão do Parque. Dezembro 2013| Janeiro 2014


Empreendimento recém-inaugurado é o primeiro parque tecnológico de terceira geração do Brasil

José Octávio Armani Paschoal, presidente do Instituto Inova: “A Damha apostou no desafio”

Inovação e Sustentabilidade Com uma área de 460 mil metros quadrados divididos em dois condomínios (veja infográfico na pàg.112), a primeira fase do Parque já conta com um investimento de R$ 20 milhões do Grupo Encalso-Damha nas obras de infraestrutura. “A estimativa global é que a fase de instalação das empresas envolva um investimento da ordem de R$ 500 milhões”, revela Paschoal. Além das empresas, o complexo também abrigará um Centro de Inovação – onde funcionará a sede do Instituto Inova e laboratórios de pesquisa e suporte ao desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias às empresas – e o CITESC (Centro de Ciência, Inovação e Tecnologia em Saúde), cujo principal foco será a produção de fármacos e equipamentos tecnológicos para a área médica em larga escala. Se até aqui o projeto já impressiona, vale acrescentar que seu pioneirismo vai além do conceito de terceira geração. Como a própria terminologia “eco” indica, o projeto Dezembro 2013| Janeiro 2014

envolve uma série de questões de sustentabilidade aplicadas às edificações empresariais, de modo a minimizar os impactos da atividade industrial e colaborar com a preservação do meio ambiente no qual o empreendimento está inserido. As normas de sustentabilidade permitiram a certificação do empreendimento no Processo AQUA (Alta Qualidade Ambiental), conferida pela Fundação Vanzolini. Com isso, ele se tornou o primeiro parque tecnológico sustentável do Brasil. “As práticas sustentáveis vão desde o consumo consciente da água à reciclagem do lixo e utilização parcial de energia solar”, explica o presidente do Instituto Inova. E acrescenta: “Queremos que o Parque seja uma vitrine para mostrar aos empresários do Brasil que é possível produzir sem causar danos ao meio ambiente”. As gerações futuras, sem dúvida, agradecem. Estilo Damha | 111


Elisa e Marcelo Milan, proprietários da MIB: inauguração da empresa marcou início das operações do Parque Eco Tecnológico

“É um diamante que está sendo lapidado” Em 2007, o engenheiro de materiais Marcelo Tadeu Milan, diretor superintendente da MIB (Materials Institute of Brazil), era um dos participantes da reunião promovida pelo Grupo Encalso Damha para explicar ao empresariado a ideia da concepção do Parque Eco Tecnológico Damha. “Naquele momento sentimos que o Parque seria o local ideal para construirmos a sede da MIB. Um dia depois dessa reunião protocolamos nossa intenção de instalar a empresa no empreendimento. Sempre acreditamos no conceito que ele traz consigo e tenho certeza de que será um dos centros de tecnologia mais importantes do mundo. O Parque é um diamante que está sendo lapidado”, avalia Milan. Primeira empresa a ter o projeto construtivo aprovado, a MIB também é a primeira a operar no empreendimento. A inauguração de sua nova sede, um prédio de 700 m², ocorreu no último mês de novembro. “Trata-se de um Parque completamente diferente dos distritos industriais convencionais. É um padrão de qualidade ao qual o mercado não está acostumado e os requisitos de implantação são fundamentais para manter a sustentabilidade das atividades.” INTERFACE Criada em 2006, a MIB surgiu no mercado para estabelecer uma interface entre o conhecimento gerado pela universidade e as demandas da indústria. A empresa atua na área de engenharia de materiais com ensaios, análises e projetos de P&D, além de desenvolver novos materiais para serem aplicados em diversos campos da engenharia. Suas principais áreas de atuação são os materiais metálicos e polímeros, com expectativa de entrada no mercado cerâmico. 112 | Estilo Damha

Raio X do Parque Eco Tecnológico FASE 1 (JÁ IMPLANTADA): Área total: 460 mil m² CONDOMÍNIO 1: Área: 132 mil m² Lotes: 72 unidades CONDOMÍNIO 2: Área: 195,2 mil m² Lotes: 71 unidades Fonte: Instituto Inova

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Programa de Relacionamento Damha para Você premia vencedores

Cilmara com seu marido: “é uma grande iniciativa do programa de relacionamento”

A Damha Urbanizadora premiou, no último mês de novembro, os vencedores do Programa de Relacionamento Damha para Você. A premiação semestral ocorreu durante o 4º Encontro Damha, em Uberaba (MG), após um criterioso processo de aferição da pontuação dos participantes. Os vencedores, Cilmara Cristina Perez dos Santos, de São José do Rio Preto (SP), e Antônio Carlos Mathias, de São Carlos (SP), ganharam um tablet modelo iPad. Cilmara elogiou a iniciativa da Urbanizadora: “Foi uma forma muito interessante que a Damha encontrou para estimular seus clientes a acessarem o site e saberem das novidades da

Tálita com seu marido, Helton Marrega, durante entrega do prêmio Damha para Você

empresa. É uma grande iniciativa do programa de relacionamento e vou continuar participando para ganhar o prêmio final.” A filha de Antônio Carlos, Tálita, representou o pai na entrega do prêmio. “Meu pai participa ativamente do programa. Sei que ele se dedicou bastante e foi persistente para ganhar este iPad.” Em abril de 2014 a Urbanizadora irá anunciar o vencedor do grande prêmio final. Ainda dá tempo de ganhar, continue participando pelo www.damhaparavoce.com.br e boa sorte!

2ª festa de Halloween em Mirassol (SP)

Interação das crianças e moradores Dezembro 2013| Janeiro 2014

A Associação Village Damha III, de Mirassol, realizou, pelo segundo ano seguido, um típico halloween americano, dentro do próprio condomínio. No dia 31 de outubro, cada família enfeitou sua casa com abóboras, aranhas, bexigas, caveiras, entre outros, e distribuiu doces e travessuras para todos os participantes. Para completar, o empreendimento ofereceu para cerca de 70 crianças passeios de trenzinho, pipoca e doces. Estilo Damha | 113


Campos dos Goytacazes (RJ): obras de recuperação de valão nos bairros Esplanada e Julião Nogueira

Valão em começo de recuperação

Por meio da Associação Bairro Sustentável (ABS), a Damha Urbanizadora, com apoio da prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ) e da comunidade, promove ações de revitalização do valão/canal dos bairros Julião Nogueira e Parque Esplanada. O projeto prevê a limpeza e roçagem da margem do canal, retirada de resíduos, construção de acessos para pedestres, áreas verdes, ciclovia e áreas de convívio, o que vai beneficiar milhares de moradores. No local também serão plantadas espécies arbóreas de mata ciliar, com a intenção de implantar um Parque Linear. A ação também beneficiará a população residente em áreas como Parque Leopoldina, Nova Brasília e Pecuária. Inicialmente serão recuperados 1,5 km de margens.

Inauguração da área de convivência da comunidade e comemoração do Dia de São Francisco de Assis, em Feira de Santana (BA)

Local da área de convivência em reforma

A Associação Bairro Sustentável (ABS) também colaborou, no dia 5 de outubro, com uma festa para a Comunidade São Francisco de Assis, de Feira de Santana (BA). No evento, além de comemorar a inauguração da área de convívio para os moradores, festejou-se o Dia de São Francisco de Assis. Entre as ações realizadas pela ABS na comu114 | Estilo Damha

Festa de inauguração da área de convívio e pelo Dia de São Francisco de Assis

nidade estão: revitalização da área de convívio, reforma e assentamento do piso, pintura interna e externa, instalação de janelas e portas nas salas de aula, assentamento do piso na cozinha, instalação de forro de PVC e grades na sede da associação comunitária. Dezembro 2013| Janeiro 2014


Fotos: Arquivo

Damha Urbanizadora é patrocinadora do Asa Lounge na Casa Cor Brasília 2013

Paulo Montini, gerente de Marketing da Urbanizadora, e convidados em frente ao camarote da Damha

A Damha Urbanizadora foi a principal patrocinadora do show com a banda Asa de Águia, na Casa Cor Brasília 2013. A apresentação foi um sucesso e aconteceu na quinta-feira, 3 de outubro, na praça de eventos da exposição, em frente ao “Espaço Damha”. A participação da empresa na Casa Cor Brasília está alinhada ao plano estratégico desenvolvido para a região, que contempla dois residenciais já lançados e o estudo de novos produtos para o mercado local.

Asa de Águia se apresenta na Casa Cor de Brasília com o apoio da Damha

Parque Eco Esportivo Damha São Carlos (SP), recebe visita de 400 crianças da APAE

Crianças visitam o Parque Eco Esportivo Damha Dezembro 2013| Janeiro 2014

No dia 8 de outubro, o Parque Eco Esportivo Damha, localizado em São Carlos (SP), promoveu um evento especial para receber a visita de 400 crianças da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Acompanhadas pela equipe do Parque, elas realizaram uma série de atividades que permitiram o contato com diversas espécies de animais, além de estimularem a conscientização sobre a importância da preservação ambiental. Estilo Damha | 115


Damha Urbanizadora conquista o Prêmio Marketing Best Sustentabilidade 2013

Representantes da Damha Urbanizadora presentes na entrega da premiação

No dia 11 de novembro, a Damha Urbanizadora recebeu o Prêmio Marketing Best Sustentabilidade. Já em sua 12ª edição, o evento aconteceu em São Paulo, na sede da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). O case “Damha Urbanizadora: a soma de esforços gera resultados” foi escolhido pela comissão de jurados da premiação, promovida pela Editoria Referência e MadiaMundoMarketing com o objetivo de estimular, reconhecer, premiar e

Ricardo Benitez, Vanessa Peterka, Fernanda Toledo e Tânia Mattos, recebendo o prêmio

difundir os exemplos de ações empresariais sustentáveis. É o segundo ano consecutivo que a Damha recebe esse reconhecimento. O case relata o projeto de revitalização urbana e as ações desenvolvidas pela Associação Bairro Sustentável (ABS), criada em 2011 junto à comunidade do Jardim ABC, em Cidade Ocidental (GO), na região de Brasília (DF).

Fotos: Arquivo

Empreendimentos de Birigui (SP) e Campos dos Goytacazes (RJ) 100% vendidos

Almoço oferecido aos empreendedores

A Damha Urbanizadora comemora o grande sucesso de vendas de seus dois novos lançamentos: Residencial Damha Campos, em Campos dos Goytacazes (RJ), e Residencial Village Damha, em Birigui (SP). Na cidade fluminense, os 446 lotes do empreendimento foram vendi116 | Estilo Damha

Maquete do Residencial Damha Birigui

dos em apenas 12 horas, ainda na fase de pré-venda. Já em Birigui, os 420 lotes do Village Damha foram comercializados em somente 48 horas, durante o pré-lançamento. Sinal de credibilidade em alta e clientes satisfeitos. Dezembro 2013| Janeiro 2014


Associações de moradores: ligação direta com você Se você tem boas ideias para o lugar onde mora ou se simplesmente gostaria de estar mais presente no dia a dia do seu condomínio, entre em contato com a Associação de

ARARAQUARA

Moradores de seu residencial. Abaixo, listamos os contatos das associações de todos os empreendimentos da Damha Urbanizadora pelo país.

PIRACICABA

DAMHA I DAMHA I Freitas - (16) 3336-7145 Paulo - (19) 3427-3278 adm.residencialdamha@uol.com.br gerente@damha1piracicaba.com.br Marcela - (16) 99251-2048 projeto.residencialdamha@uol.com.br VILLAGE I Sheila - (16) 3472-0870 villagedamha1aqa@outlook.com

PRESIDENTE PRUDENTE DAMHA I José - (18) 2104-8654 damha1pp@gmail.com

VILLAGE II DAMHA II Juliana - (16) 99743-2288 / 3335-6153 Fábio - (18) 3908-5213 adm.villagedamha2aqa@hotmail.com escritorio@damha2prudente.com.br

CAMPO GRANDE

DAMHA III Eduardo - (18) 3908-7306 gerencia@damha3pp.com.br

DAMHA I Roberto - (67) 3344-1001 / 3344-1009 adm.residencialdamhacg@hotmail.com VILLAGE Kleiton - (18) 3908-7426 DAMHA II village_damha@hotmail.com David - (67) 3344-0016 adm.damha2@gmai.com BEATRIZ Roberto - (18) 3908-5620 DAMHA III condominio@esclider.com.br Denise - (67) 3344-0006 adm.damha3cg@hotmail.com

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

MIRASSOL

VILLAGE I Armando - (17) 3253-1130 village-mirassol@ig.com.br VILLAGE II Hiago - (17) 3242-9001 villagemirassol2@hotmail.com.br VILLAGE III (17) 3242-7545 gicastroborges@hotmail.com JARDIM DAS ACÁCIAS (17) 3242-3177 Dezembro 2013| Janeiro 2014

DAMHA V Renan - (17) 3033-7690 / 3308-1983 contato@damha5.com.br DAMHA VI Camila - (17) 3308-1076 adm.damha6rp@hotmail.com VILLAGE I Sonia - (17) 3218-9622 villagedamha1rp@ig.com.br VILLAGE II Lais - (17) 3223-4468 adm.villagedamha2rp@hotmail.com

SÃO CARLOS

DAMHA I Rogério - (16) 3306-6100 rogerio@residencialdamha1.com.br DAMHA II João Carlos - (16) 3306-7175 sindico@damha2.com.br seguranca@damha2.com.br

DAMHA I Vanda - (17) 3225-7037 compras@damha1riopreto.com.br

VILLAGE I Osvaldo - (16) 3361-8059

DAMHA II Reinaldo - (17) 3215-3949 damhaii@ig.com.br

VILLAGE II Raquel - (16) 3416-8675 adm2.villagedamha2sc@hotmail.com

DAMHA III Silvio - (17) 3225-8884 damha3@damha3.com.br

UBERABA

DAMHA IV Paulo - (17) 3215-5555 / 99158-8382 paulo.silva@damha4.com.br

DAMHA II Renata - (34) 3314-6508

condominio@villagedamhasaocarlos.com.br

DAMHA I Camila - (34) 3311-5356

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Concurso “PROFISSÃO: FOTÓGRAFO”

Nosso 1º concurso foi um sucesso. Tivemos muitas fotos enviadas pelos leitores. Foram tantas imagens lindas que foi difícil escolher as seis melhores: em cada pôr-do-sol, esse belo espetáculo da natureza coloriu os Residenciais Damha. Na próxima edição, o tema da seção será “Crianças brincando nos Residenciais Damha”. Envie sua foto para estilodamha@estilodamha.com.br. Participe!

Maria Alice Torres, 30 anos Damha II - São Carlos (12 de novembro)

Hilário Teixeira Ferreira, 58 anos Damha Araraquara (12 de novembro)

Abelardo Beuttenmuller de Souza Neto, 51 anos Damha Sergipe (25 de setembro)

Régis Chaves Tiago, 38 anos Damha II Uberaba (10 de novembro)

Guilherme Antonio Noma da Silva, 38 anos Damha I - Presidente Prudente (14 de novembro)

Olga Ap. Medeiros Ferreira Ferrarin, 52 anos Village Damha I - São Carlos (27 de setembro)

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GolfNews Novidades do Damha Golf Club

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