Monografia 10 anos após o sismo de 1 01 1980 volume ii red

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O principal objecti vo do presente trabalho con iste em Glrac teri.zar sucintamente o comportamento da s edificaçõe d e betão armado d e peq ueno porte e porte moderado. Nas con struções d e p equeno porte dá -se con ta d o aumento ignifica tivo d a seguran ça contra os sismos conseg uida com e te tipo de construção, nas de porte maior analisam-se os seus pontos críticos e discutem-se formas d e evitar futuro problema . 2-

EVOLUÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE BETÃO ARMADO

O betão armado era utilizado nas constmções d e moradias de pequeno porte e em alguns equipamentos de maior porte como a Escola Secundária, o Hospi tal e a Fábri ca d e Lac hcínjos. A construção de mai ores blocos habitacionais só veio a ocorrer após o sism o. As primeiras construções em betão armado surgem no finai dos anos 50. A regulamentação RSCS d e 1958, que impunha a uti.lização dos elementos d e betão armad o nos cunhais (montantes) e nas cintas a nível do ] .2 e 2 2 andares, só mais tarde e timidamente começou a ser aplicada. Os pavimentos eram construíd os com vigotas p ré-esforçadas e mais raram ente em lajes maciças. As coberturas, em geral, eram feitas com asnas d e madeira. As paredes d es tas casas com 1, 2 ou 3 pisos eram executada s com alvenaria d e blocos de cimento ou, por vezes, com alvenaria d e pedra, sobretudo no 1.º andar. Como não havia um bom controlo d a produção dos blocos, por vezes, a sua qualidade era muito má. Nas casas implantadas em terrenos d e funda ção d e fraca resistência( < 1 kg /cm2), foi-se progressivamente utiliza ndo mais a li gação entre sa pata s através d e uma viga de mai or rigidez onde apoiavam as pared es de enchim ento. Muitos d estes melhoramentos só foram entrand o nos hábitos da construção à medida que os anos passavam. Assim, o ap<Hecimento da cinta (dita sísmica - 23 cm de largura e 20 cm d e altura com 4<j>12 e es tribos <j>6 afastados 20 cm) com eçou na s construções que se encontravam junto das Es trad as acionais onde o se u li nciamen to d ependia da fiscalização das Obra s Pública s. Um outro exempl o d o emprego da cinta sísmica de forma generalizada passou-se nos anos 60 com a constru ção d e cerca de 1600 moradia s para albergar 5000 pessoas liga d as à base americana d as Lajes. Nestas construções não se utilizaram outros elementos d e betão armado. Quanto aos montantes, só em 1980 se começou a generaliza r o seu uso. Até então, foram poucos os casos de casas com cintas e montantes. Mais vulgares as situa ções d e placa e cintas. Os pavimentos d e madeira mantiveram.-se durante muitos anos. Só as casas com mais de um piso possuíam pavünento em betão. Também nestes casos a transição foi lenta. N a mai or parte, mesmo em casas com pa vim ento de betão, o tecto d o último andar continuava a ser d e madeira . Só d epois de 1980 se começou a cons truir este elem ento em betão armado. Os bloco de pior qualidade d esfaziam-se no próprio transporte; não resistiam a tensões d e compressão superiores a 10 kg/ cm2 e eram constituídos por cimento e saibro. Os de m elhor qualidad e tinham cimento, areia e ba gacin a. Britas não existiam. As especificações laboratoriais para a construção exigiam 50 kg/ cm2 para os blocos a usa r nas pared es divisórias e 100 kg/ cm 2 nas paredes ditas resistentes. Os blocos, com cerca d e 40 x 23 x 20 cm, até 1970, eram maciço . Só depois apareceram os bl ocos furados com aquelas dimensões e também com 40 x 20 x 10 cm. As cintas mostram desd e logo a sua importância pois, para além d e neutralizarem bem os impulsos laterai s da cobertura , reve laram-se d e grande importância aguando da crise sísmica de São Jorge em J964.

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