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Nova ponte de Queluz

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liga cidade à Amadora e ao IC19

A nova estrutura viária já abriu e põe fim ao desespero de moradores e comerciantes que esperaram um ano para que o trânsito fosse reaberto naquele local. Queluz, 12

Autárquicas 2013

Obras em terreno privado

Mauricio de Sousa

Política. Acompanhe a atividade política dos vários candidatos à presidência da Câmara de Sintra.

Sociedade. A Assembleia Municipal de Sintra aprovou o envio da ata da última reunião ao Ministério Público. Concelho, 6

Cultura. O pai da banda desenhada da ‘Turma da Mónica’ esteve em Portugal e deu uma entrevista ao Correio de Sintra. Cultura, 14

Concelho, 4

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Sexta-Feira 5 de Julho 2013

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2 Correio de Sintra

4 de julho de 2013

A abrir

Um país ingovernável que parece não ter políticos à altura da situação. Esta é uma das conclusões que podemos retirar dos casos mais recentes da política nacional. A demissão de Vítor Gaspar, que reconheceu que a sua missão de austeridade falhou, com a repetição sucessiva de desvios do défice orçamental e da dívida pública. Falhou demasiadas vezes e leva na bagagem a reforma do Estado que nunca foi feita. Mais uma vez, muito se falou e nada foi feito. Vítor Gaspar será um marco da política portuguesa, pois será lembrado como o pior e o mais odiado ministro das finanças de que há memória em democracia. Ora, Passos Coelho tinha aqui uma oportunidade para mudar de política. Porventura, abandonar a austeridade e enveredar por uma teoria económica que apostasse no crescimento da economia, fazendo circular moeda, fazendo revitalizar as empresas. Mas não. Manteve, no alto da sua teimosia, a aposta na mesma política que tem falhado as metas nos dois anos que leva já esta legislatura da coligação PSD/ CDS-PP, que agora está posta em causa. O primeiro-ministro nomeou Maria luís Albuquerque, até então secretária de Estado do Tesouro, numa clara aposta na continuidade. Ora, enquanto secretária de Estado do Tesouro, a ministra que agora substitui Vítor Gaspar estava a ser bastante contestada pela sua participação nos denominados “Swaps” em empresas públicas, negócios ruinosos para o país. A nova ministra foi administradora da REFER, empresa que gere a rede ferroviária portuguesa e que celebrou alguns destes contratos ruinosos mas que, assegura, eram “não tóxicos”. Paulo Portas, que iria passar a número dois do Governo, não concordou. Não podia concordar e bateu a porta, afirmando que aquela nomeação partiu somente de Passos Coelho e que, a forma como as decisões são tomadas no Governo torna dispensável o seu contributo. Esta decisão caiu que nem uma

bomba, numa altura em que Portugal se aproxima cada vez mais do abismo financeiro. E desconhece-se, à hora de fecho desta edição, se o CDS-PP se vai manter, ou não, no Governo. Mas a decisão de Paulo Portas custou milhões de euros ao país. A incerteza política e o risco de queda do Governo fizeram subir a perceção de risco do país e a bolsa nacional fechou com a maior queda desde abril de 2010 e a banca afundou mais de dez por cento. Os efeitos foram nefastos e arrastaram também os principais índices europeus para o vermelho. Portugal mantém-se assim como uma autêntica pedra no sapato europeu. Mas, enquanto cá dentro os políticos não se entendem, lá fora a história é outra. É inacreditável como um país democrático fecha o acesso do nosso espaço aéreo a um avião que transportava um presidente da República democraticamente eleito, no caso, da Bolívia. A subserviência para com os Estados Unidos da América, um país ao qual cedemos o acesso do espaço aéreo para transporte ilegal de prisioneiros para o estabelecimento prisional de Guantánamo, parece não ter limite nem fim. Portugal e outros países europeus rejeitaram conceder autorização de aterragem ao voo de Evo Morales, que se deslocava da Rússia para a Bolívia, talvez pressionados pelos EUA que desconfiavam que no voo seguia também Edward Snowden, o analista informático que denunciou segredos do programa de espionagem da Agência de Segurança Interna daquele país. O avião de Morales acabou por ficar retido na Áustria e só levantou voo depois de as autoridades daquele país vistoriarem a aeronave. Está aberto um precedente internacional lamentável que resulta desta caça ao homem norte-americano que se limitou a alertar para os efeitos deste jogo sujo de controlo da informação por parte do país que regula o Mundo.

JOAQUIM JOSÉ REIS

Salta à vista...

A

29 de junho foi inaugurado o Espaço Multiusos em Pêro Pinheiro, que vai albergar vários serviços como a Junta de Freguesia, Segurança Social, Espaço Jovem e outras lojas e serviços. Numa altura em que os partidos estão em campanha para as autárquicas, esta cerimónia contou com presença de um presidente que vai embora e de candidatos à presidência da Câmara de Sintra.

Sintra em ruínas

Portugal: a pedra no sapato europeu

Blogue Algueirão-Mem Martins

editorial

http://www.sintraemruinas.blogspot.com/

LOCALIZAÇÃO Sintra NOTAS Uma das mais extraordinárias e antigas quintas localizada em entre Ranholas e São Pedro de Sintra com palacete em estado médio de degradação. A abundante vegetação da quinta encontra-se completamente selvagem. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Pintura das fachadas e reabilitação da cobertura, com especial atenção para a chaminé. Limpeza e manutenção do jardim da quinta.


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4 Correio de Sintra

4 de julho de 2013

Autarquicas

Pedro Pinto quer videovigilância

CDU exige novo centro de saúde em Belas

O candidato da coligação “Sintra Pode Mais” (PSD/CDS-PP), Pedro Pinto, propõe um referendo local sobre segurança para quem vive no concelho de Sintra.

POLÍTICA.

POLÍTICA.

P

edro Pinto anunciou que pretende instalar sistemas de videovigilância à saída das escolas, nas imediações das estações de comboios e nas passagens pedonais do IC19. “Quero que os Sintrenses se sintam mais seguros”, afirmou o candidato à presidência da Câmara Municipal de Sintra. Apesar de a lei não obrigar a qualquer consulta, o candidato da Coligação “Sintra Pode Mais” tenciona consultar os Sintrenses através de

um referendo local. Pedro Pinto afirmou que quer utilizar a figura do referendo local sempre que as questões sejam de interesse maior para quem vive no concelho “para que os Sintrenses tenham uma palavra a dizer”. A par da videovigilância, Pedro Pinto propõe o programa SOS Vigilância com a instalação de telefones nas escolas com linhas diretas para a PSP, GNR e Proteção Civil. Este programa entrará em vigor ainda em 2013. O candidato da coligação do PSD e CDS-PP, Pedro Pinto, mostra-se preocupado com recentes casos de insegurança. “Este sentimento de insegurança tem que acabar. Vou trabalhar nessa direção”, referiu, em comunicado.

A CDU reafirmou durante uma ação de contactos com os Utentes do Centro de Saúde de Belas, a necessidade de construção de uma nova Unidade de Saúde na Freguesia de Belas e recusa encerramento do equipamento de saúde.

P

articiparam nesta acção Pedro Ventura, candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal de Sintra, e Helena Freitas, candidata à presidência das freguesias de Queluz e Belas. “Ao longo dos anos que o Centro de Saúde de Belas se tem vindo a degradar, sem que os governos do PS ou do PSD/CDS-PP tenham tomado as medidas necessárias

para a construção de um novo equipamento que possa servir a população de Belas”, refere a candidatura em comunicado. De acordo com a candidatura, são inúmeras as propostas apresentadas pela CDU, através do PCP e do Partido Ecologista os Verdes, na Assembleia da República para que um novo Centro de Saúde fosse construído em Belas, “mas a maioria formada pelo PS, pelo PSD e pelo CDS-PP nunca aprovaram esta proposta” A candidatura de Pedro Ventura, atualmente vereador do municipio, considera que, ao recusar estas propostas, os partidos de poder deixaram “prolongar no tempo uma situação que é provisória desde o primeiro dia do seu funcionamento”.

BE exige continuidade do passe social

Partido pelos Animais vai a eleições

O candidato do Bloco de Esquerda à presidência da Câmara de Sintra, o deputado Luís Fazenda, questionou o governo sobre as medidas que irão ser tomadas para evitar o fim da validade do passe social na Vimeca e Scoturb.

POLÍTICA.

POLÍTICA.

D

e acordo com o Bloco de Esquerda, durante o mês de junho as duas empresas deram sinais de que vão sair do passe denominado social, anunciando que, embora ainda aceitem o título durante mais um mês, vão deixar de os vender nos seus postos. “Ou seja, preparam-se para concretizar a ameaça, sem que haja vislumbre de solução para o proPub

blema. O Bloco de Esquerda não aceita esta medida unilateral, com impactos negativos na vida e no direito à mobilidade de milhares de pessoas e famílias, na economia do concelho de Sintra e de toda a região e no meio ambiente”, refere um comunicado da candidatura de Luís Fazenda. No documento, a candidatura do também deputado na Assembleia da República adiantou: “O Candidato do Bloco à Câmara Municipal de Sintra quer ainda saber se a afirmação de Pedro Pinto (candidato da coligação PSD/CDS-PP), num jornal de campanha, de que teria garantias do secretário de Estado que o passe ia ser mantido corresponde a alguma medida concreta e, se sim, quando e como vai ser aplicada”.

O informático Nuno Azevedo é o candidato do Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) à presidência da Câmara de Sintra nas eleições autárquicas de 29 de setembro.

Não me vejo como político, vejo-me neste papel [de candidato] porque sou um cidadão que faz tudo o que está ao seu alcance para mudar algo na sociedade. Esta é uma ferramenta que foi colocada à minha disposição pelo Partido pelos Animais e pela Natureza”, referiu Nuno Azevedo. O candidato do PAN foi presidente da Associação de Moradores da Tapada das Mercês (cessou funções este mês), uma localidade da

freguesia de Algueirão-Mem Martins onde moram mais de vinte mil pessoas e onde rareiam os espaços verdes. O candidato ficou conhecido por dar a cara pela exigência de melhores condições para esta localidade. Nuno Azevedo adiantou que a sua candidatura tem os objetivos de voltar a aproximar as pessoas da política e de valorizar o ambiente e os animais, assim como “olhar para as zonas urbanas” e não só para a vila de Sintra, a sede do município. Além de Nuno Azevedo, são já conhecidas as candidaturas de Marco Almeida (independente), Basílio Horta (PS), Pedro Pinto (PSD/CDS-PP) Pedro Ventura (CDU), Luís Fazenda (BE), Nuno da Câmara Pereira (PND) e Barbosa de Oliveira (independente).


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Concelho

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POLÍTICA O ex-Presidente da República Jorge Sampaio afirmou estar “preocupado com o aumento da pobreza e da miséria” e apelou aos partidos para que centrem as suas propostas nas eleições autárquicas na melhoria da qualidade de vida das populações.

DR

Jorge Sampaio voltou a Sintra “

A campanha autárquica é o primeiro sinal de uma abordagem moderna às questões que são colocadas pelas cidades e pelos territórios. E é uma ocasião importante para que os vários partidos demonstrem às populações que têm propostas concretas para o território, para a urbanização, para a cultura, para a diversidade de populações, para o pluralismo e para a multiculturalidade”, disse Jorge Sampaio ao Correio de Sintra. O mebro da Comissão de Honra da candidatura do socialista Basílio Horta, disse estar “preocupado com o crescimento da pobreza e da miséria” no país, considerando que “as verdadeiras campanhas” autárquicas têm que ter um plano efetivo, perspetivo, ativo e estratégico para aquilo que num mandato é possível fazer para melhorar a qualidade de vida num momento de crise tao séria para os portugueses”. Jorge Sampaio considerou que a

Ex Presidente da República participou numa ação de campanha socialista.

Campanhas cruzaram-se em Sintra.

crise que o país atravessa é de âmbito nacional e europeu e que se se começar a “fazer o trabalho de casa ao nível dos municípios, a sério” será fundamental para “o bem-estar das pessoas, que é o que está em causa neste momento”. A 29 de junho, Sampaio participou numa iniciativa de campanha do candidato socialista, o deputado Basílio Horta, à presidência da Câmara de

pobres a indústrias a serviços, é um concelho que é no fundo um pequeno país dentro do país”. No dia do município foram várias as ações de campanha em Sintra dos diversos candidatos à presidência a Câmara. A meio da manhã de 29 de junho, as candidaturas do PS e da coligação PSD/CDS-PP cruzaram-se e Pedro Pinto cumprimentou o antigo Presidente da República. JJR

Sintra e considerou que “Sintra finalmente tem um candidato com notoriedade política e substantiva “ O ex-Presidente considerou ser importante a experiência de Basílio Horta na AICEP, “para projetar ou ajudar a projetar o concelho para as atividades que no fundo possam vir a gerar emprego”, afirmou. “Este concelho tão difícil e tão diversificado, que vai desde zonas difíceis e zonas

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6 Correio de Sintra

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Concelho

SOCIEDADE. A

Assembleia Municipal de Sintra aprovou o envio da ata da última sessão ao Ministério Público, onde consta a aprovação da aquisição de um terreno que foi alvo de um processo em tribunal contra a Câmara e o Estado português, uma vez que as duas entidades realizaram obras no imóvel privado.

DR

Deputados municipais acionam Ministério Público

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Parque e equipamentos custaram um milhão de euros e estão ao abandono. DR

26 de junho, naquela que foi a última Assembleia Municipal do atual executivo, o presidente da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, Manuel do Cabo, afirmou aos deputados municipais que o Instituto da Água (INAG) e a Câmara de Sintra foram arguidos num processo interposto pelos proprietários de um terreno – do Algueirão, junto à linha ferroviária – onde pediam que fossem demolidas construções naquele terreno, bem como uma indemnização de 2500 euros por dia até à sua entrega. O tribunal deu razão aos proprietários e o processo transitou em julgado em 2011, adiantou. “Em 1995, o Instituto da Água ocupou abusivamente uma propriedade privada entre a linha de Sintra e o bairro da Coopalme, em colaboração com a Câmara de Sintra, que lá construiu um parque urbano que custou perto de um milhão de euros e foi deixado ao abandono”, disse. O INAG construiu uma bacia de retenção de águas, inserida no Projeto de Controlo de Cheias da Região de Lisboa e a Câmara de Sintra construiu um parque urbano que hoje em dia está ao abandono, sem qualquer intervenção e com os equipamentos degradados. Segundo Manuel do Cabo, findo o processo judicial, o município de Sintra encetou negociações com os proprietários com o objetivo de baixar o valor da indemnização e levou uma proposta à Assembleia Municipal que contempla a aquisição desse imóvel por 450 mil euros. O acordo com

Câmara de Sintra construiu parque urbano em terreno privado.

os proprietários contempla ainda o pagamento de 220 mil euros de indemnização, suportados entre a Câmara e a Agência Portuguesa do Ambiente. Manuel do Cabo lamentou “a lentidão dos serviços e a falta de vontade dos técnicos e responsáveis” da Câmara e do INAG, que demoraram cerca de 18 anos a resolver o assunto. O autarca sugeriu aos deputados da Assembleia Municipal para que investiguem o caso, uma vez que terão sido “desbaratos” mais de um milhão de euros com a construção do parque urbano num terreno particular durante a presidência da socialista Edite Estrela. Durante a discussão da proposta, o deputado socialista Miguel Portelinha manifestou a “surpresa” da bancada do PS por “só agora” se ter levantado esta questão. “Vim aqui para manifestar a nossa surpresa. E já agora para recebermos explicações. O parque foi concluído em 2001, a ação interposta foi em 2002, a sentença saiu dezembro, [estamos] surpreendidíssimos quando ouvimos o presidente da câmara dizer que o pagamento seriam 2500 euros, e só agora é que se traz esta questão”, afirmou. Após a intervenção de Miguel Portelinha, o presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, retirou a proposta, justificando (já fora do púlpito) que o deputado socialista o estava a acusar de “negligência” e que seria o próximo executivo a decidir a questão. De seguida, Seara abandonou a sala, mas a maioria dos deputados municipais impediu que a proposta fosse retirada da ordem de trabalhos e aprovou a aquisição do terreno, com abstenção da bancada do PS (apenas Valter Januário, candidato socialista à junta de Algueirão-Mem Martins, votou favoravelmente). Todas as bancadas votaram a favor do envio da ata da reunião para o Ministério Público.  JJR


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8 Correio de Sintra

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A Assembleia Municipal (AM) de Sintra reuniu pela última vez a 26 de junho e alguns dos intervenientes que marcaram a vida política do município nos últimos anos anunciaram a sua despedida.

POLÍTICA.

DR

Seara e deputados despediram-se de Sintra

O

presidente da Câmara de Sintra, que cumpre o terceiro e último mandato à frente do município (é candidato à Câmara de Lisboa) afirmou que, nunca mais esquecerá “estes tempos” de “disputas, de cidadania participativa, as reuniões, as alianças, as coligações naturais, a afabilidade das pessoas e a disponibilidade dos vereadores”. “É isto que fica. Fica um sentimento de saudade. Em Sintra descobri como se salva uma pessoa a partir das arribas do Cabo da Roca, com a ajuda do primeiro-ministro polaco, que esteve comigo a salvar duas pessoas, quando o barco se virou à nossa frente. O que fica para mim é numa instituição particular de solidariedade: o Beto tinha 3 anos. Cada vez que eu ia la o Beto, ele agarrava-se a mim e na sua tez africana dizia «eu gosto muito de ti, porque tu vens ver-me» ”, disse. “São esses natais que eu já não vou mais ver”, acrescentou, emocionado, o presidente da Câmara. “Durante 12 anos vi o meu filho casar, os meus netos nascer, o meu querido pai partir. Saí de Sintra no dia em que o meu pai partiu, às 6 da manhã”, disse. O candidato do PSD e CDS-PP à presidência da Câmara de Lisboa adiantou ainda que não vai “a mais nenhuma obra ou inauguração”, a não ser a da escola secundária Visconde Juromenha, ainda em julho. “Há apenas uma obra que vou ver e quero ver sempre. Naquela escola, os meninos tinham os pés molhados, entrava água pelo telhado”, disse. Pub

Fernando Seara despediu-se da Assembleia Municipal com discurso emocionado.

Também o presidente da mesa da Assembleia Municipal, Ângelo Correia (antigo ministro da Administração Interna) se despediu dos deputados, anunciado o fim da sua vida política. “Queria explicar e transmitir o que foi, mais que o dever, o prazer que foi estar aqui. Se fosse pelo dever era difícil, porque eu já escolho os meus deveres. Prazeres, esses usufruo-os e tenho a dizer que foi um enorme prazer estar aqui”, considerou. “Não vou esquecer o tempo que aqui passei. Não me vou dedicar mais à Assembleia Municipal nem à vida partidária. Não cumpri um dos objectivos da minha vida, concorrer à Assembleia de Freguesia de Colares. Adoro Colares. Faço 40 minutos para Lisboa e 40 para cá, mas é um prazer viver ali”, acrescentou. Ângelo Correia, presidente da mesa da AM durante oito anos,

adiantou que tentou sempre ser independente no exercício das suas funções e apresentou as suas desculpas caso isso não tivesse sido cumprido na íntegra quer devido a “uma querimónia excessiva ou ao humor um pouco ruinoso” pelo que é conhecido. “Queria por isso dizer que tentei naquelas funções ser independente. Tentei esquecer o partido (PSD) que legitimou a minha presença aqui. Tentei tratar todas as formações e todos os deputados por igual, mas como isso pode não ter acontecido a primeira obrigação é pedir desculpa a todos. O humor é uma forma defensiva de estarmos”, afirmou. O líder da bancada do PSD, António Rodrigues também anunciou a sua saída e deixou largos elogios ao presidente da Câmara. “Nesta sala onde eu ri, chorei, disse alguns disparates mas

também coisas acertadas, há uma coisa que me manteve aqui nos últimos doze anos. Foi Fernando Seara. Ao contrário do que dizem, ele deixou uma obra imaterial neste concelho, que todos se vão poder orgulhar ao longo dos tempos. Só aqueles que não são capazes de ver as coisas como elas são o poderão contrariar”, disse. Para António Rodrigues, o concelho mudou muito nestes doze anos: “mais do que fazer obras de fachada, fez seriedade. Fez credibilidade e fez renascer o município de Sintra, que estava perdido no meio da desconfiança. Não fez as obras que alguns estavam habituados, pô-las a funcionar, recriou um concelho” “Não se recordem do que era o concelho em 2001 ou do que era no principio dos anos 90, mas pensem em 2012, que têm um espaço cultural impar, um espaço monumental, que é a Quinta da Regaleira, que temos hoje uma rede viária quer construída quer melhorada, que não tínhamos em 2001. Só estive aqui durante estes doze anos porque acreditei, acredito e tenho razões para continuar a acreditar, que é a seriedade de Fernando Seara”, afirmou. Também o deputado socialista Bruno Tavares anunciou a sua despedida, dando como finalizada “uma relação de doze anos” com a administração local em Sintra. “Não enriqueci mas saio daqui mais rico, porque conheci aqui pessoas que me marcaram. [Deixo] também uma palavra de estima pessoal ao presidente da Câmara, que sempre me tratou por tu e a quem nunca deixei de tratar por presidente. Porque também tive o prazer de ser seu consultor para os assuntos da juventude. E, querendo ou não, foi o meu presidente de câmara nos últimos anos”, referiu.  JJR


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10 Correio de Sintra

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Agualva - Cacém Castelhano e Nuno Anselmo não são candidatos POLÍTICA. Os presidentes das juntas de São Marcos e de Agualva, Nuno Anselmo e Rui Castelhano, não vão ser candidatos às autárquicas de 29 de Setembro. Faltam conhecer ainda os candidatos às juntas da cidade do Cacém do Bloco de Esquerda, do PND, do PAN e da candidatura independente de Barbosa de Oliveira (presidente da junta de Queluz).

A

coligação “Sintra Pode Mais” dos partidos PSD e CDS-PP anunciou os seus candidatos às juntas de freguesia da cidade do Cacém. Rui Pinto será candidato à União de Freguesias Agualva-Mira Sintra e José Faustino é o cabeça de lista da coligação à União de Freguesias Cacém-São Marcos. Com a escolha destes candidatos, a coligação deixou cair Rui Castelhano, presidente da Junta de Agualva (bastante contestado pela oposição), e Nuno Anselmo, presidente da Junta de São Marcos. Rui Pinto é presidente da Junta de Freguesia de Mira Sintra há doze anos e afirma que quer transformar

Reforma administrativa fundiu Junta de Freguesia do Cacém com São Marcos.

Agualva. “Quero promover a qualidade de vida na nova União de Freguesias através da dinamização da rede social. Na época difícil que atravessamos é imprescindível estabelecer pontes entre as diferentes instituições de intervenção social para servir a comunidade. Preocupam-me as condi-

ções do Centro de Saúde de Agualva e a falta de estruturas de apoio a idosos. Relativamente a Mira Sintra, não permitirei que volte a ficar esquecida. Insistirei na prioridade de construir o Centro de Apoio à Criança”. José Faustino é presidente da Junta de Freguesia do Cacém há oito anos

e adianta que quer continuar o trabalho feito, agora à frente da União das Freguesias de Cacém e São Marcos. “Quero reforçar a qualificação do espaço público e alargar a oferta das actividades lúdicas e desportivas em parceria com instituições. Reconheço o excelente trabalho desenvolvido em São Marcos pelo Presidente Nuno Anselmo e quero dar-lhe continuidade, à semelhança do que tenho vindo a fazer no Cacém. A aposta será no Apoio Social, na Requalificação, no Desporto e na Educação”. Rui Pinto vai concorrer contra Carlos Casimiro (candidato socialista), José Pina Gonçalves (CDU) e Álvaro Silva (Candidatura independente de Marco Almeida). Já José Faustino concorre contra José Estrela Duarte (PS), Graça Rodrigues (CDU) e Vitor Amaro (Candidatura independente de Marco Almeida). Até ao momento estes são os candidatos já anunciados pelos partidos e movimentos independentes à presidência das juntas da cidade do Cacém que, devido à reforma administrativa, perdeu duas juntas de freguesia.  Redação

SOCIEDADE. A 28 de junho, um incêndio deflagrou no Alto da Bela Vista, no Cacém, pondo em risco vários armazéns, alguns deles ao abandono, de um parque industrial. Pub

A

s chamas lavraram numa zona de mato e de eucalipto e foram prontamente combatidos pelos Bombeiros de Agualva-Cacém, Algueirão-Mem Martins e Barcarena, que mobilizaram seis viaturas para o local. Duas ambulâncias e uma viatura da PSP também foram deslocadas para a zona. Um dos trabalhadores de uma das empresas disse ao Correio de Sintra que a intensidade das chamas chegou a preocupar os responsáveis das empresas. “Isto ardeu tudo muito depressa e, como estavam no terreno vários pneus, o fumo muito negro provocou-nos um grande susto”, disse.  Redação

tUDOSOBRESINTRA

TUDOSOBRESINTRA

Incêndio pôs em risco parque industrial

Três corporações de bombeiros combateram as chamas junto a complexo industrial.


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12 Correio de Sintra

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Queluz - Belas

Opinião

SOCIEDADE. A nova ponte que vai ligar Queluz à Amadora vai ser inaugurada no início deste mês, pondo fim ao drama de milhares de condutores que estavam impedidos de utilizar a ponte do século XVII para circular entre os dois concelhos.

DR

Concluída nova ponte em Queluz

E

ncerrada ao trânsito automóvel e pedonal desde junho de 2012 por apresentar danos na sua estrutura, a Ponte de Carenque de Baixo (Ponte Filipina) fazia a ligação entre os dois concelhos, e era utilizada diariamente por milhares de condutores. De acordo com a Câmara de Sintra, dado o seu valor histórico e arquitectónico foi necessário criar uma solução visando a sua recuperação e criando alternativas viáveis de modo a não sobrecarregar a ponte após a sua recuperação. Segundo o município, este foi um processo moroso, dificultado pelo facto de não se poder continuar a sobrecarregar a ponte antiga com trânsito intenso. “ Esta situação envolveu a consulta a diversas entidades, nomeadamente no que respeita a questões cadastrais e inerentes à titularidade dos terrenos

Nova ponte vai abrir ligação da cidade de Queluz à Amadora e ao IC19.

abrangidos para se proceder à intervenção”, refere o município de Sintra. A Câmara optou assim pela construção de uma via alternativa para o trânsito, criando uma via que ligará o cruzamento da Avenida Comandante Paiva Couceiro, Rua D. Pedro IV e Rua Mário Viegas, em Queluz, com a ligação da Amadora ao Nó do Hospital do IC19.

Este acesso rodoviário será constituído pela via de ligação entre os dois eixos viários, por duas rotundas nos extremos da via e por uma ponte que permita o atravessamento da Ribeira de Carenque. Esta obra contemplou também a reparação da estrutura da antiga ponte filipina.

A nova ponte ficará apenas a dezenas de metros de distância da antiga, que permanecerá no local, mas apenas para circulação pedonal. Alguns dos moradores do local disseram ao Correio de Sintra estarem satisfeitos com a abertura da ponte, considerando, no entanto, que foi um processo demasiado moroso que dificultou as suas vidas. “Foi demasiado tempo sem um acesso direto à Amadora e ao IC19. Tinha que sair de casa quase uma hora mais cedo só para chegar ao IC19 através do acesso do Palácio de Queluz”, disse António Pereira. Para este morador, também os comerciantes do local foram bastante afetados, uma vez que “as pessoas deixaram de circular no local”. “Antes do encerramento da ponte os autocarros passavam aqui e levavam centenas de pessoas por dia. Durante o tempo em que esperavam pelo autocarro, as pessoas iam aos cafés e às lojas e sempre compravam alguma coisa”, afirmou. A moradora Maria Lopes adiantou que começou “a deixar o carro do lado da Amadora só para não ter que perder muito tempo para chegar ao IC19”.  JJR

Grupos de jovens terão agido em vingança CRIME. As autoridades policiais estão a investigar as ligações entre dois novos casos de esfaqueamentos – um deles mortal – para apurar se foram o resultado de vinganças relacionadas com a morte de um jovem junto a uma escola secundária da Amadora, alegadamente envolvido numa rixa entre grupos rivais do Pendão, Queluz, e do bairro de Santa Filomena, Amadora.

U

ma rixa entre os grupos rivais, a 06 de junho, resultou na morte por esfaqueamento de um jovem de 19 anos, que ainda proPub

curou auxílio dentro da Escola Secundária Seomara da Costa Primo, na Amadora. A Polícia Judiciária já identificou o suspeito do crime, um jovem que reside no bairro do Pendão, que continua fugido à justiça. A 26 de junho, outro jovem foi esfaqueado junto a uma paragem de autocarro nas imediações desta escola. Moradores do local disseram ao Correio de Sintra que o jovem aguardava a chegada de um autocarro quando foi abordado por outros três jovens. “Eu vi tudo. O miúdo foi abordado por outro rapaz, que o ameaçou, e depois chegaram mais dois e começaram a esfaqueá-lo. Ele caiu ao chão

e quando se levantou foi novamente esfaqueado e fugiu, mais de cem metros, para dentro da escola”, disse António M. Fonte policial adiantou ao Correio de Sintra que as autoridades suspeitam que este crime será um ato de vingança, estando relacionado com os incidentes que, semanas antes, provocou a morte de Leinine. Segundo a fonte, o jovem esfaqueado pertence ao grupo do suspeito da morte. Um dos jovens acabou por ser detido três horas após os incidentes junto à paragem de autocarros. No domingo, 30 de junho, um jovem foi esfaqueado numa rixa que ocorreu

junto a uma discoteca em Lisboa. Fonte policial adiantou que “um grupo de jovens envolveu-se numa rixa e um deles foi esfaqueado”, acabando por falecer no Hospital de Santa Maria. O homicídio ocorreu numa altura em que se encontravam junto à discoteca cerca de 300 pessoas, que terão assistido ao crime. A polícia suspeita que este crime também estará relacionado com os casos anteriores. Fonte da Câmara da Amadora disse ao Correio de Sintra que o município vai pedir uma reunião com as autoridades policiais para solicitar o reforço policial da zona junto à escola secundária. JJR



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14 Correio de Sintra

Cultura

4 de julho de 2013

Opinião

A banda desenhada da Turma da Mónica surgiu há cinquenta anos, inspirada numa das filhas do autor Mauricio de Sousa, que hoje tem um império de milhões de vendas em mais de 40 países. O autor brasileiro esteve em Portugal e falou com o Correio de Sintra.

CULTURA.

DR

Turma da Mónica celebra 50 anos

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Maurício de Sousa regressa a Portugal em setembro para inauguração de um parque. DR

a China, no Japão ou na Indonésia, os mais pequenos, mas também os pais, já se habituaram às aventuras da turma da Mónica, aquela menina destemida, conhecida por dar bastonadas com o seu coelho de peluche (Sansão) nas personagens do Cebolinha e do Cascão, o menino que não gosta de tomar banho. De visita a Portugal, Mauricio de Sousa, o autor de Banda Desenhada (BD) de maior sucesso do espaço da lusofonia, disse ao Correio de Sintra que as publicações da Turma da Mónica, onde muitas das personagens são inspiradas em alguns dos seus dez filhos, ou em amigos e familiares, “falam da vida de crianças, de sonhos e de esperança”. “Dez filhos ajudam em tudo, porque tive que trabalhar muito e porque aprendemos com eles, porque cada criança é um professor para qualquer criativo. Cada um deles tem personalidade diferente, então pude aprender muito mais de linguagem, porque em cinquenta anos conversando com os dez filhos, cada um com a sua linguagem, vamos acompanhando o desenvolvimento da língua, das gírias”, disse. O pai da BD de maior sucesso de língua portuguesa disse que a Mauricio Produções atravessa hoje em dia “um dos momentos mais explosivos em termos de crescimento” da sua história. Além das tradicionais histórias aos quadradinhos, publicadas em livros ou em jornais, a empresa

Personagens da Turma da Mónica: Cebolinha, Mónica, Magali e Cascão.

opera em mercados como desenhos animados para televisão, videojogos, teatro e dentro em breve, no cinema. “Vamos entrar no cinema daqui a dois ou três anos, em 3D, com toda a tecnologia. E estamos a terminar uma série grande de desenhos ani-

mados e vamos entrar nas televisões de diversos países. Faltava isto, se estivermos fortes na TV e agora também a partir da internet, estaremos num patamar para competirmos com as grandes empresas do mundo”, disse. O crescimento da empresa tem

acompanhado o crescimento económico do Brasil e, de acordo com Mauricio de Sousa, o sucesso tem sido tal nos últimos tempos que tem sido difícil encontrar desenhadores em número suficiente para fazer face às necessidades. “Temos nos nossos estúdios cerca de 400 pessoas. E faltam-me desenhadores, gostaria de ter mais. Falta mão-de-obra especializada, tenho serviço para vender e faltam-me profissionais. Tenho a ideia de os buscar no exterior, talvez até em Portugal, onde existem bons desenhadores e podem treinar o nosso estilo e desenho e com a vantagem de hoje, através da internet, não precisarem se deslocar até ao Brasil”, afirmou. O antigo jornalista, difusor da língua portuguesa por todo o mundo, esteve na Amadora, concelho onde já arrancaram as obras de construção de um parque temático, no qual figurarão as personagens das suas histórias aos quadradinhos. Mauricio de Sousa afirmou que apesar de a sua empresa já ter aberto parques temáticos no Brasil, este será diferente de todos os outros, considerando que “naturalmente vão surgir cópias” deste parque noutros locais. “É o primeiro do mundo desta natureza. Eu chamaria este parque da Amadora de jardim tematizado, para não confundir as pessoas com aqueles parques com aparelhos grandes e tecnologia. Este é um parque de bem-estar, de passeio, onde as pessoas ficam próximas de criações e esculturas”, disse. Os bonecos da comilona Magali, do Cebolinha, do Cascão, da Mónica e do Bidú, alguns deles interativos, têm entre 1,2 a 3,5 metros e serão distribuídos ao longo do espaço verde do parque desenvolvido pela Câmara Municipal que faz da Banda Desenhada um dos ex-líbris do município. JJR


4 de julho de 2013

Tribuna

Pelo bem de tudo e de todos “O PAN defende que Portugal deve estar na linha da frente da expansão da cultura e da consciência, da luta por uma sociedade mais justa, da defesa dos valores e direitos humanos e das causas humanitária, animal e ecológica.” Quando li estas palavras que estão no programa eleitoral do PAN, percebi então que a minha resposta que estava a ser aguardada quando fui convidado para me candidatar para Sintra por este partido, já há muito tinha sido dada. Eu não escolhi o PAN, nem o PAN a mim. A defesa do bem comum, sim, nos escolheu. Foi me permitido através deste convite, servir, como tenho tentado fazer como cidadão activo e que abraça projectos que permitem beneficiar muitos, positivamente à minha volta, por este sentido de comunidade e bem estar mútuo, porque todos temos a ganhar na troca de ideias e energias, e dessa interação, junto da população e das organizações que vivem uma realidade que está muito mais viva do que a tinta que se gasta num papel, documento ou numa assinatura, nascem decisões e actos conscientes de contaminação positiva. Assim, foi me permitido facilmente e pelo que acabei de descrever, dar uma reposta positiva ao PAN. Aceitei. Mas a procura afinal não tinha terminado. Era engano. E Sintra? Continua à procura, eleição após eleição, de uma resposta, de uma atitude, de uma abordagem diferente. Depois de 37 anos a viver no Concelho de Sintra, eu tive que perguntar. Porquê? Algo se perdeu no

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caminho. A minha candidatura é pois, uma promessa assente num reatar das necessidades reais do indivíduo e das suas expectativas junto de práticas quotidianas, que o tem em conta no conjunto da sua comunidade, do seu território, com os pés assentes na terra, colocando a cidadania activa como um factor importante para que não existam vozes acima das outras, mas sim uma voz única que quer o bem de todos e para si ao mesmo tempo. Não podia ser de outra maneira. Os cidadãos de Sintra, as famílias, a economia local, as actividades nos seus territórios locais, e a qualidade de vida devem ser discutidas em campo aberto, beneficiando cidadão e organização central, uma não deve e não pode sobreviver sem

acesso a outra. A democracia respira melhor assim. Mas não podemos esquecer quem está a servir quem. E aqui encontrei mais uma resposta: apresento-me para servir. E sirvirei quem tenha em expectativa que são as organizações locais e centrais do território, como é o caso da Câmara, que vão ou deviam ter dado o contributo para o bem de todos do Concelho de Sintra. Mas para isso é preciso ter consciência, eleitor e eleitos, que as decisões centrais tomadas sobre o território Sintra afectam milhares de pessoas, e em contextos e necessidades diferentes. E as não decisões também. Basta de políticas orientadas para um entendimento meramente burocrático, pesado, bloqueado, sem estar assente numa visão ética, e que não evoluiu com o tempo e com os conhecimentos dos dias de hoje. É preciso parar e reflectir: o que tem falhado? Convido-o(a) a refletir, não por mim, mas pelas implicações do que isso trará para o seu próprio bem estar, e dos seus. E assuma no seu crescente entendimento, que ninguém está acima de ninguém, o bem de todos é e sempre será tudo o que alguma vez precisaremos para nos encontrarmos em porto seguro. A civilização humana prospera através da colaboração, mas tem o seu fim se se mantiver pela competição. Conte com a minha colaboração para prosperar em Sintra e com Sintra. Candidato do PAN à Câmara Municipal de Sintra 2013 – Nuno Azevedo

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