JCB 204 - Nov/Dez 2011

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Correio Brigadiano

Pág. 23 – Dezembro de 2011

PM Curcio, orgulho do inspetor Adão C. dos Santos Sd PM pretende interromper a carreira. O bacharel que o pai não chegou a ver e parabenizar

O Sd Ângelo Marcelo Curcio dos Santos pertence ao efetivo do CPC e atua no CIOSP/ PoA. Ele nasceu em 14 de janeiro de 1970 na cidade de Porto Alegre e desde 1997 é o chargista do jornal “abc/Correio Brigadiano”. Brigadiano desde 1990, evoca seu OPM do coração: o 1ºBPM. Ele tem um grande afeto pela unidade através da qual conheceu

sede do seu Batalhão de Ferro. Na vida civil, bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Unirriter, em 2007; frequentou um pós-graduação para Especilista em Segurança Pública e Cidadania, pela Ufrgs

Charge - auto retrato

a imensidão e o emaranhado de caminhos da Brigada Militar. Seu currículo, além dos cursos policiais militares, conta com o registro que é particular orgulho do Curcio, o de ter sido instrutor em três cursos de formação de PMs do 1º BPM, nas disciplinas de Medicina Legal aplicada ao Direito; de Direito Institucional; e de Direito Constitucional. Também ministrou aulas na disciplina de preferência “Direitos Humanos”. Ainda atuou como instrutor, nas reciclagens de efetivo, como Instrutor de Qualificação Profissional referentes ao 1º e 9º BPMs, na

Curcio e seu projeto de advogar

em 2008; e outro pós em Metodologia do Ensino Superior também pela Ufrgs, em 2009, vivendo constante atualização no campo do Direito. Sua preocupação com os direitos humanos começam a lhe encaminhar mais definitivamente para o Direito Penal. O Sd e bacharel em Direito de nome Marcelo Curcio, é antes de tudo, um artista. Quem convive com o avô da Betina não o reconhece dentro dos formalismos da profissão policial militar. É um imitador incorrigível. Como chargista sabe reconhecer aspectos, detalhes físicos ou

expressão e gestos de algum incauto que, exagerado, traga a total identificação da vítima e provoque o forte riso dos assistentes. Ele atua no “abc/Correio Brigadiano” há 14 anos, como colaborador voluntário e associado da Apesp. Conta que começou sua arte a partir dos dois anos de idade. “Filho de peixe, peixinho é” . Curcio é filho do inspetor da Polícia Civil aposentado Adão Conceição dos Santos, de quem além de herdar a arte do desenho, aprendeu os primeiros esboços gráficos e a paixão em ser policial. Curcio se emociona quando lembra do pai, que morreu cedo “Gostaria de tê-lo por perto”, afirmou. Mas o inspetor há de estar acompanhando, de onde esteja, os passos de seu menino caçula. Curcio deboja de si próprio e admite ser filho direto de Adão e Eva. Sua mãe é Eva Tereza Curcio dos Santos, uma fã incondicional do filho e de tudo que faz, e seu pai, o inspetor Adão. Só não quer ser nem o Caim e nem o Abel, por questões óbvias. Sua filha Débora (única do primeiro relacionamenteo) está cursando Direito e o genro, Odontologia, mas com vaga assegurada para Medicina. Curcio se diz muito feliz com sua estrutura familiar. A esposa Luciane é jornalista, conhecida e atuante na mídia e um esteio de seu progresso. Mas tudo fica em segundo plano quando a grande comandante da

família grita: “Bô.....”. E ele sai correndo. A Betina é “filha com mel”, como expressa o Curcio. E é ela quem define muito, até, a agenda do antigo guerreiro do 1º BPM. E ele orgulhoso conta que a neta, apesar de só ter um ano de idade, já está rabiscando. “E com qualidade de traço”, atestou o avô coruja. Ainda tratando de seu dom nas artes gráficas, ele participou com exposição de seus desenhos, na sede do 1º BPM, quando comandava o OPM Cel Barcelos. Foi uma mostra de aniversário da unidade, denominada de “Cotidiano”. Também foi selecionado duas vezes para exposição no Salão Internacional de Desenhos para a Imprensa. E ainda se diz orgulhoso de ser o “Chargista de Categeró”, publicando trabalhos no portal www. categero.org. No ano de 2004, escreveu o conto “Menino Jesus”, no livro O outro lado da Farda, organizado pelo Tene Bayerle, sob o patrocínio da Apesp. O conto é ambientado no atendimento de uma ocorrência, com um paralelismo de alta sensibildade. Já a obra, tida como a primeira antologia de contos de brigadianos, integra com o livro O outro lado da Insígnia, um conjunto de antologias de integração entre a Polícia Civil e a Brigada Militar.

Curcio, bem coruja

Recentemente, deu aulas no Batalhão de Polícia do Exército, como convidado da Escola da Ruder Sistemas de Segurança, onde ministra aulas de Direito. Seu comparecimento ao quartel da Polícia do Exército foi impactante. Era seu retorno à caserna onde cumpriu o serviço militar obrigatório ante de ingressar na Brigada Militar. O soldadoCurcio, do CIOSP/CPC e chargista deste jornal, planeja, talvez a médio prazo, interromper sua carreira na Brigada Militar. Ao falar sobre isso, ele se emociona. Mas, recompõe-se e cria sua condição para manter o vínculo: “Não gostaria de abrir mão de continuar trabalhando em prol dos direitos humanos dos policiais. Até porque tentaria fazer o que idealizei realizar e não tive condições”.


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