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Presidente DA COOPERCAM esteve PRESENTE NA 26ª FEIRA DE CAFÉS ESPECIAIS EM SEATTLE/EUA

Estivemos em Seattle, cidade a noroeste dos Estados Unidos, participando da 26º Feira de Cafés Especiais – SCAA. Os países produtores aproveitaram esse evento para mostrar seus cafés de melhor qualidade, conhecidos como especiais. Seattle é a cidade norte americana que possui

o maior número de torrefações e cafeterias percapta. Os cafés do Brasil estão obtendo boa aceitação , o volume comercializado é muito superior ao dos anos anteriores, graças ao trabalho das cooperativas, produtores individuais, federações e da BSCA. Esta viagem de trabalho à SCAA nos permitiu conhecer as tendências, obter mais in-

formações do mercado e ver o que os concorrentes estão fazendo. Gostaria de agradecer o apoio que a OCEMG, organização das cooperativas do Estado de Minas Gerais, tem nos proporcionado participando destes eventos tão importantes para nossa cafeicultura.

Coopercam realiza Assembleia Geral Ordinária e elege novo Conselho Fiscal

Expediente

Com a presença de 260 associados, a Coopercam realizou no dia 23 de março a Assembleia Geral Ordinária. Os assuntos abordados na reunião foram, entre outros, a apresentação do DRE – Demonstrativo de Resultado do Exercício de 2013, Prestação de contas da Diretoria e a eleição do novo Conselho Fiscal da Coopercam. Os cooperados também tiveram acesso a todos os investimentos realizados em 2013 e os projetos a serem concretizados em 2014. Relatórios de gestão, balanços patrimonial e financeiro, destinação das sobras e parecer do conselho fiscal, foram apresentados e devidamente aprova-

dos por unanimidade pelos cooperados presentes na Assembleia. De acordo com o Diretor Administrativo Financeiro da Coopercam, José Afonso, todos os dados expostos aos associados são referentes ao ano de 2013. O Diretor também ressaltou que as contas foram auditadas pela Moore Stephens, empresa de auditoria independente de Ribeirão Preto, São Paulo. Também houve a eleição dos novos Conselheiros Fiscal. Duas chapas se apresentaram para o pleito. A Chapa nº 2, com o lema “A União faz a Força”, venceu a eleição com 132 votos. A Chapa nº 1 obteve 120 votos

e houve oito votos nulos. O novo Conselho Fiscal ficou composto pelos seguintes membros: Marcos Francisco de Oliveira, José Nicodemos dos Santos e Mauro Dias Palhão (efetivos); e José Donizete Correa, Vitor Raimundo de Abreu Salgado e José Maria Soares (suplentes). “Para uma melhor atividade do novo Conselho Fiscal, participaram, nos dias 14 e 15 de abril, na cidade de Machado, de um curso de capacitação de conselheiros fiscais”, comenta José Afonso, organizado pelo sistema OCEMG/SESCOOP-MG, o curso teve o objetivo de conscientizar e capacitar os conselheiros fiscais para o desempenho eficaz de suas atribuições.

Conselho de Administração: Tarcísio Rabelo, José Eduardo Vanzela, José Afonso Gomes, Oswaldo Pimenta Duarte, Benigno Carvalho Machado. Suplentes: José Lúcio Ribeiro, José Maurício de Souza, Valeria Miarelli. Diretoria Executiva: Tarcisio Rabelo, José Eduardo Vanzela, José Afonso Gomes. Conselho Fiscal 2014: Marcos Francisco de Oliveira, José Nicodemos dos Santos e Mauro Dias Palhão (efetivos); e José Donizeti Correa, Vitor Raimundo de Abreu Salgado e José Maria Soares (suplentes). Jornalista Responsável e Redação: Eliana Sonja Rotundaro MTb 12982. Colaborador e fotos: Hendrix Brasiliense. Diagramação: Sakey Comunicação. Tiragem: 2 mil exemplares. Impressão: Gráfica Novo Mundo.


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PROJETO SOCIOAMBIENTAL DA COOPERCAM REVERTE LIXO EM CESTAS BÁSICAS PARA FAMÍLIAS CARENTES De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Brasil são produzidas, diariamente, cerca de 260 mil toneladas de lixo. A cidade de São Paulo é a que mais produz lixo no país, com cerca de 20 mil toneladas/dia. Esses números são assustadores, já que apenas 2% de todo o lixo do País é reciclado. Já se discute, na sociedade em geral, a necessidade cada vez mais premente de se utilizar a reciclagem como uma forma de minimizar o problema do lixo. Seja em cidades grandes ou pequenas, há um consenso geral de diminuir o volume de lixo, principalmente os de difícil decomposição, evitar poluição do ar e da água, otimizar os recursos e aumentar a vida útil dos aterros sanitários. No Brasil, além da problemática do lixo, ainda há muita pobreza, fruto das desigualdades social e de renda. Mesmo que nos últimos dez anos o número de pobres tenha caído, fruto de ações governamentais, ainda existem muitas famílias carentes de oportunidades. Segundo dados do IBGE, 8,5% da população possui renda familiar inferior à fixada pela linha de indigência e 15,1% abaixo da linha de pobreza. Esses percentuais correspondem a 16 e 25 milhões de pessoas. Foi com esses dois problemas na cabeça que a Coopercam lançou um projeto socioambiental denominado “ReciclAção”. “Pensamos justamente em matar dois coelhos de uma só vez: ajudar o meio ambiente através da reciclagem e ajudar famílias carentes com cestas básicas”, explica Hendrix Brasiliense, colaborador da Coopercam e um dos organizadores do projeto.

Com pouco tempo de vida – apenas dois meses – o ReciclAção já tem a adesão de todos os colaboradores da Coopercam e já mostra sinais de crescimento. No primeiro mês, foram doados 800 quilos de lixo. Já no mês de abril alcançou a marca de 1.200 quilos de material reciclado. “Com isso, no mês de março foram distribuídas nove cestas básicas e, no mês de abril foram 10 cestas”, diz Flávia Aparecida de Araújo Silva, supervisora do Departamento de Recursos Humanos da Coopercam e uma das idealizadoras do projeto. Todo o material trazido pelos cooperados, bem como o material reciclado que é descartado pela Coopercam, é vendido a uma empresa de reciclagem de Campos Gerais. Com o dinheiro em mãos, eles fazem pesquisas de preços de cestas básicas e as distribuem a famílias necessitadas. A escolha das famílias a serem contempladas com as cestas não é feita de forma aleatória. “Nós solicitamos ajuda ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do munícipio, que possui o cadastro de todas as famílias carentes. Assim, ficou muito mais fácil localizar essas famílias e fazer a doação”,

explica Silva. Parte do lixo arrecadado faz uma pequena viagem, já que os colaboradores das filiais (Campo do Meio e Córrego do Ouro) também participam do projeto. “Em um futuro bem próximo queremos estender o projeto para os cooperados e comunidades nos quais a Coopercam está presente e também doar para entidades filantrópicas”, diz Brasiliense. Além de ajudar o meio ambiente e minimizar problemas sociais, o projeto está ajudando a fomentar o hábito da reciclagem entre os colaboradores. “Eu mesma, antes do ReciclAção, nunca tive a rotina de separar o lixo reciclável da minha casa. Hoje, eu me vejo fazendo isso de forma inconsciente. Um hábito que muitos não tinham e que é benéfico para todos”, comenta Silva. Com a resistência inicial ao projeto, Brasiliense diss e que sempre usava uma frase para convencer os colaboradores a ajudar. Palavras certas e na medida para explicar o sucesso do ReciclAção: “a gente oferece lixo e doa esperança a famílias carentes”.


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como ajudar na ressocialização de presos De cabeças baixas, dois homens entram na sala. Um na faixa dos 30 anos; o outro com cerca de 40. A humildade e a educação extrema chamam a atenção desta jornalista que os entrevistam. Para sentar-se nas cadeiras oferecidas, foi preciso um pouco de insistência. “Com licença, senhora. Boa tarde, senhora”. Comecei a conversar com os dois homens devagar para passar-lhes confiança e tranquilidade. Aos poucos, as cabeças se levantaram para uma conversa olho a olho. A desconfiança inicial é natural. Ao cruzar com o olhar dos dois, uma certeza: seja lá o que eles tenham feito de errado, a impressão que eles passam é de que a dor é muito grande. Dor da perda da liberdade. “Só depois de preso é que comecei a dar valor a pequenas coisas, como levantar e tomar um café com a minha família. Tudo na prisão é doloroso, pois o regime é intenso. Da barba aparada a uma roupa suja, eles nos cobram muito”. O outro homem concorda com um aceno de cabeça. Os protagonistas da história acima são presidiários e, ao mesmo tempo, fazem

parte do quadro de colaboradores da Coopercam. Através de um convênio entre a Cooperativa e o Presídio de Campos Gerais, três homens, que estão no regime semiaberto, saem da prisão todos os dias para cumprirem um trabalho de oito horas diárias na Coopercam. Em contrapartida, a cada três dias de trabalho eles reduzem um dia da pena. O terceiro homem, também convidado a bater um papo comigo, muito tímido, não quis dar o ar da graça. Sem problemas, afinal é preciso respeitar a vontade de não falar. Assim como temos que respeitar os erros de cada ser humano. Afinal, todos são passíveis de erros, assim como todos devem ter a chance de acertar. A palavrachave é ressocialização. E os homens reconhecem a oportunidade oferecida pela Coopercam. “Todos os dias eu agradeço a oportunidade que a Coopercam está me dando. Eu errei. Quero pagar pelo meu erro, mas também quero a chance de ser uma pessoa melhor. E aqui, trabalhando todos os dias, tenho essa oportunidade. Eu acredito na recuperação do ser humano. Eu acredito que o homem é capaz de destruir, mas também de construir”, diz um deles. O outro homem completa: “depois de cumprida a minha

pena, quero continuar aqui na Coopercam”. Confiança foi a palavra mais dita por eles depois da palavra oportunidade. Deu pra sentir que, para que a ressocialização seja de fato efetiva, é preciso confiar nesses homens. Sem isso, eles não se sentem capazes de viver bem na sociedade após o cumprimento das penas. “A Coopercam confia em mim. E eu agradeço todos os dias por isso, pois não é qualquer pessoa que confia em uma pessoa como a gente”. Questionado sobre o ambiente de trabalho, os dois comentam que há problemas. “Todos são educados com a gente. A convivência com o pessoal daqui (Coopercam) é muito boa”. Chegada a hora de encerrar a entrevista, os dois saíram sorridentes da sala. Tocou meu coração. Isso faz a gente pensar que reclamamos todos os dias por coisas pequenas. É preciso alargar a visão para coisas mais complexas. Problemas que estão ao nosso lado. Espero, sinceramente, ter passado um pouco de confiança e ajudado esses homens a se sentirem iguais a todos os outros seres humanos.

Convênio A parceria entre a Coopercam e a Secretraria de Estado de Defesa Social (SEDS) é firmada por meio de um Termo de Compromisso. Neste documento, a empresa que recebe os presos tem a obrigação com o processo de profissionalização, capacitação, qualificação e treinamento de cada um deles. De acordo com Flávia Aparecida de Araújo Silva, supervisora do Departamento de Recursos Humanos da Coopercam, no momento são três presos contratados. Mas, no caso de demanda, a Coopercam não descarta a possibilidade de novos acertos. Para não deixar qualquer dúvida, o documento prevê que os presos podem a qualquer momento serem entrevistados, mas devem ter os nomes e as imagens preservados.


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3º circuito de tecnologia: grande diferencial foi aproximação entre pesquisadores e cafeicultores A tecnologia e a ciência do século XXI trouxeram novos desafios à humanidade, tanto nas áreas pessoal quanto profissional. Vivemos uma era em que a tecnologia abarca todos os setores da vida humana de forma abrangente e irreversível. Assim também é para o homem do campo. A profissionalização e a mecanização são essenciais para a sobrevivência do produtor rural, seja qual for sua esfera econômica. O produtor rural hoje tem outro nome: empresário rural. E apresentar os novos desafios do homem do campo e a importância de uma postura diferenciada com a difusão tecnológica são os objetivos do Circuito de Tecnologia, organizado pela Coopercam. Nos meses de março e abril, exatamente em 16 etapas e em várias propriedades divididas em comunidades rurais, aconteceu o 3º Circuito de Tecnologia. De acordo com o Departamento Técnico da Coopercam, o grande diferencial desta edição foi a aproximação entre pesquisadores e cafeicultores. Durante o Circuito pesquisadores da Epamig, Fundação Procafé e Emater fizeram palestras sobre vários assuntos. A interação entre eles e os produtores foi muito grande e mostrou o quão é importante que o pesquisador tenha mais acesso à realidade do homem do campo, assim como o cafeicultor teve muito mais interesse em conhecer as tecnologias desenvolvidas para a solução de vários problemas que abrangem a cafeicultura. Só para se der uma ideia, existem dezenas de linhas de pesquisas somente na área de café. E, com certeza, os pesquisadores, após participarem do Circuito, já estão com outras linhas de pesquisas. É inevitável, pois as realidades de uma região para outra mudam muito. E o resultado final do Circuito não poderia ter sido melhor. No decorrer do evento, os cafeicultores se mostraram muitos satisfeitos com o teor dos assuntos e comentaram que, com as informações prestadas pelos pesquisadores, a tomada de decisões ficou muito mais fácil. Em resumo, o Circuito de Tecnologia proporcionou aos produtores de café da região mais conhecimentos, difusão da tecnologia agrária e maior interação entre pesquisadores e cafeicultores.

Mais etapas, mais qualidade Os assuntos abordados durante o Circuito foram podas do cafeeiro, nutrição equilibrada, controle do mato, custo de produção, manejo de pragas e doenças, novo código florestal e manejo para produção de cafés de qualidade. Ao todo, foram 16 etapas, com uma média de 37 produtores por palestra, com um total de 600 cafeicultores participantes. Esta já é a terceira edição do evento e pode-se perceber que, com esse numero de participantes, a Coopercam pode prezar pela qualidade do evento e melhorar o resultado final. Por isso, a ideia é sempre ter o máximo de etapas, para que ocorra uma maior interação entre palestrante e cafeicultor e, em consequência, uma melhor absorção dos conhecimentos”. A Coopercam acredita que a extensão rural é fundamental, e quando ela vai ao encontro do homem do campo e leva informações sobre a cooperativa e da atividade do produtor, isso agrega valor com resultados imediatos.


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cooperados participam de palestra sobre cenário da cafeicultura pós-seca

A falta de chuva neste verão prejudicou a safra de café de 2014. As perdas, de acordo com especialistas, devem ficar em torno de 30%. Prejuízos já estão sendo contabilizados pelos cafeicultores, pois o desenvolvimento dos grãos já ficou totalmente comprometido. O cenário da cafeicultura pós-seca foi o assunto abordado pelo pesquisador da Fundação Procafé, Alysson Fagundes, que esteve em Campos Gerais no dia 19 de março para uma palestra com os

associados da Coopercam. Com a participação de quase 200 cooperados, Fagundes falou sobre o histórico de água na região, antecipação ou adiamento da colheita, floradas e, principalmente, sobre a quebra da safra. O veranico de janeiro a março de 2014 causou uma série de injúrias à planta e à produção em si. Os prejuízos para a safra de 2014 estão ligados ao chocheamento dos grãos e ao seu menor peso. Já os prejuízos para a safra de 2015 estão no baixo crescimen-

to dos ramos, os quais provavelmente irão dar menos frutos. “Traçando uma projeção de março de 2014 até à florada em setembro, que é o início da definição da safra de 2015, é possível verificar que, se chover dentro da média histórica, teremos uma seca mais severa que a de 2007, quando os cafeicultores tiveram perdas significativas com déficit hídrico superior a 250 mm”, comenta Alysson Fagundes.


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Novos armazéns terão capacidade para receber café a granel

Em 2012, a Coopercam sentiu a necessidade de comercializar e receber café a granel, devido à demanda dos nossos cooperados, haja vista que o mercado de café exige o recebimento de cafés em Bags e a granel. Diante das inovações e do sistema

de armazenamento, o espaço físico dos armazéns existentes não foi preparado para armazenamento dos Bags, o que levou a Diretoria da Coopercam a dar inicio a construção de dois novos armazéns ora existentes. De acordo com José Afonso, Diretor Administrativo-financeiro da Coopercam, os recursos para a construção dos novos espaços foram disponibilizados pelo Banco do Brasil. Orçado em R$ 800 mil reais, os novos armazéns, de 520 m² e 1.520 m², respectivamente terão toda a infraestrutura necessária para receber o café dos cooperados. As obras já começaram e a previsão de entrega para o final de julho de 2014. Dessa forma, segundo O Di-

retor José Afonso , os novos armazéns vão começar a ser utilizados para a safra deste ano. “Com esse novo espaço físico, a Coopercam, que hoje tem a capacidade estática de 350 mil sacas, passará para 420 mil sacas. Isso significa mais 70 mil sacas com os novos armazéns”. Apesar de demandar maior espaço, o armazenamento em Bags traz várias vantagens com economia de mão de obra, agilidade na movimentação do café, seja no recebimento ou no embarque, além de uma melhor logística desde o recebimento do café, passando por diversas etapas de classificação, degustação formação de ligas, até o embarque final.


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