Comunicarte Presencial - 2019

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Placa de entrada das propriedades associadas à ACAVIM. Foto: Caroline Biscarra

Jornal Mural do Curso de Comunicação Social da Uninter Número Ano

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IX

Prof. Orientador: Alexsandro Ribeiro

Gerações em sintonia no campo Jovens permanecem com a tradição familiar no caminho do vinho. TeXto e Foto Caroline Biscarra

Imigrantes italianos foram para São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, no século 19, e hoje vivem na Colônia Mergulhão passando suas tradições adiante. Através do comércio e produção de vinhos, que reforçam o potencial turístico, ao mesmo tempo que gera renda aos moradores. Os jovens, que normalmente se afastariam do local em busca de outras oportunidades, hoje acabam permanecendo. Rochelle Juliatto Pissaia, 29 anos, é um exemplo. Nascida na Colônia, foi estudar

tria de embutidos certificada pelo município. Nosso objetivo é fazer novos produtos para agregar valor à propriedade e ter um produto regional para as pessoas conhecerem”, afirma. Diferente de Rochelle, Thaís Obiava, 27 anos, não tinha planos de permanecer no caminho construído pela família. Quando pequena, ajudava os pais a cuidar do caixa no restaurante. À época, dizia à mãe que não ficaria presa àquelas tradições. “Quando eu tiver uma oportunidade irei em busca de novos projetos”, dizia antes. Graduou-se em educação física e O encontro de gerações da família Pissaia que se encantam pelo vinho. até deu aula em escolas na capital fora, para se formar em viticultura ela, seu pai costuma viajar para es- paranaense. Mas o legado familiar e enologia, e voltou para ser a enó- tudar e criar outros produtos além ecoou mais forte, e ela voltou à loga responsável pelos negócios da do vinho, como uma linha especial Colônia após perceber que gostava mesmo era de ter contato com família, que começaram com o avô, de salames. “Somos a primeira agroindús- o público e cuidar do comércio. David Pissaia, em 1958. Segundo

Direto da terra: da pimenta ardida ao refresco do vinho Produtores locais abastecem restaurantes com alimentos da região. Um pedaço da Itália com tempero brasileiro.

Um lugar para ver, sentir e saborear o bom da vida Roteiro rural fica a 28 km de Curitiba. TEXTO

e FOTOS Nicole Bek

Santa Felicidade e Colombo não são os únicos lugares com referência italiana em Curitiba e região. Na Colônia Mergulhão, estão os descendentes das famílias

Daldin, Bortolan, Bim,Juliatto, Pissaia e Possobom, que chegaram em São José dos Pinhais no fim do século XIX. Despretensiosamente, começaram a fabricar vinho para seu consumo, e vender o excedente. Mais tarde, no fim dos anos 90, tornou-se um roteiro turístico, administrado pela Associação do Caminho do Vinho (Acavim).

TEXTO Renata Cristina

FOTOS Caroline Biscarra

Queijo com pimenta, salame com recheio de queijo e vinho à vontade: isso tudo junto, talvez você só encontre no Caminho do Vinho. O local, que conta com quatro cafés coloniais e nove restaurantes (registrados na Acavim), destaca-se pela gastronomia e pela variedade em produção própria. ‘’Direto do produtor’’, diz Marcelo Luiz Kuzma, proprietário do restaurante Vô João,

que chega a servir 400 refeições aos domingos e possui uma loja de produtos artesanais que é uma atração à parte. Já o vinho é produzido nas sete vinícolas da região. No passeio pela colônia ainda é possível pescar o próprio alimento nos pesque-e-pague, para saborea-los em casa.

Pimentas, sucos, geleias, compotas, e molhos são alguns dos sabores da Colônia Mergulhão.


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