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Jornal da Manhã

Ijuí, 26 de novembro de 2013

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RS confirma-se como maior produtor de Com produção chegando a 2,7 milhões de toneladas, Estado será responsável por metade da produção brasileira. Pág. 9 trigo do País Avanço gradativo Com o fim da colheita da safra de inverno, produtores preparam o solo para receber as culturas de verão. Pág. 8

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De olho na lagarta Goi Scarton conta com equipe técnica para monitoramento de pragas nas lavouras de soja. Pág. 3

Combate à seca Empresa entrega maquinários ao Ministério de Desenvolvimento Agrário em caráter emergencial. Pág. 7

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ARTIGO

Sobre Agroecologia, ciência e (pre)conceitos Diz um ditado popular que a sabedoria começa com o nome correto das coisas. Usar de forma equivocada um conceito é tornála fonte de confusão e induzir a erros. Com a palavra Agroecologia corre-se o mesmo risco. Um equívoco muito frequente é confundir Agroecologia com um estilo ou corrente em particular de agricultura, qualquer que seja a sua denominação, quando estamos, a rigor, falando de um campo de conhecimento científico que aporta um conjunto de estudos, princípios e ferramentas para alcançar patamares crescentes de sustentabilidade no manejo dos agroecossistemas. Um outro equívoco, este mais grave, é confundir, por ignorância ou má-fé, Agroecologia com “atraso” e com “uma agricultura sem tecnologia”. Diferentemente do pressuposto nessa visão reducionista, a Agroecologia não prescinde dos avanços científicos e tecnológicos, ao contrário, vale-se deles à medida que contribuem para a efetiva construção de contextos mais sustentáveis. A propósito, não faltam evidências teóricas e empíricas sobre a relevância e atualidade da Agroecologia, reconhecida inclusive pela FAO. Nos restringimos aqui a citar o Marco Referencial de Agroecologia, elaborado pela Embrapa. Do ponto de vista prático, poderíamos citar centenas de experiências consistentes e bem sucedidas que incorporam, em maior ou menor grau, o enfoque agroecológico. Por limitação de espaço, citaremos apenas o exemplo da cooperativa Ecocitrus, de Montenegro e região, que acaba

Seu fartura

de ampliar a sua capacidade de processamento de suco orgânico e de óleos essenciais, destinados ao mercado interno e à exportação, numa demonstração inequívoca de que é possível aliar produção e geração de renda com um elevado grau de consciência

A Agroecologia representa uma contribuição valiosa para promover um desenvolvimento rural socialmente inclusivo e estilos de agricultura mais parcimoniosos no uso dos recursos naturais

ambiental e responsabilidade social. O lançamento recente do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - Planapo, pela presidenta Dilma Roussef, envol-

IMPORTAÇÃO DE QUEIJO SOBE 25%

vendo oito ministérios e dezenas de instituições de pesquisa, extensão rural e organizações de agricultores de todo Brasil, coloca o tema num patamar de visibilidade e importância semelhante ao de outras políticas voltadas para a agricultura. Para quem queira conhecer um pouco mais sobre o tema, convidamos para participar do VIII Congresso Brasileiro de Agroecologia, de 25 a 28 de novembro, em Porto Alegre (www.cbagroecologia.org.br), com mais de 1000 trabalhos técnico-científicos inscritos e a participação de quase 80 painelistas do Brasil e outros países, como a Espanha, Itália, França, Estados Unidos e México. Estamos falando aqui de ciência, mas também de consciência e de persistência. Longe de ser uma ameaça à riqueza gaúcha, a Agroecologia, representa uma contribuição valiosa para promover um desenvolvimento rural socialmente inclusivo e estilos de agricultura mais parcimoniosos no uso dos recursos naturais, traduzindo princípios gerais em formatos tecnológicos específicos, adaptados à diversidade e às distintas realidades regionais. Princípio, como bem definiu um agricultor, é onde tudo começa.

Gervásio Paulus , Engenheiro Agrônomo (UFSM), Diretor Técnico da Emater-RS e Presidente do VIII Congresso Brasileiro de Agroecologia (25 a 28 de novembro/2013, Porto Alegre-RS)

Getúlio

O volume de lácteos importado pelo Brasil registrou consecutivos aumentos desde abril de 2013. Em setembro, a quantidade adquirida pelo Brasil em equivalente leite - pouco mais de 107,1 milhões de litros - caiu 7% em relação ao mês anterior, segundo dados da Secex. Já as aquisições de queijos apresentaram movimento contrário, com elevação de 25% na mesma comparação, atingindo 27,9 milhões de litros. O aumento das compras externas de queijos evidencia a forte demanda brasileira pelos tipos “importados” e a maior competitividade do produto internacional.

NOVO PRODUTO DA COCA-COLA VAI UTILIZAR MATÉRIAPRIMA DE 200 EXTRATIVISTAS CAPACITADOS PELO SENAR Uma parceria inédita vai aproximar os produtores de açaí da Amazônia com uma das maiores fabricantes de bebidas do mundo. Através de um termo de cooperação assinado entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Amazonas (Senar-AM) e a Coca-Cola, os extrativistas responsáveis por fornecer a matéria-prima para a fabricação do néctar Del Valle Reserva Açaí com Banana serão capacitados pela entidade. Quatro cursos já foram realizados e mais 14 treinamentos ocorrerão até maio de 2014, beneficiando mais de 200 produtores. As capacitações – com carga horária de 40 horas/aula – serão realizadas nos municípios onde se localizam as seis agroindústrias que beneficiarão o produto: Carauari, Benjamin Constant, Manacapuru, Codajás, Itacoatiara e Coari. A intenção é ensinar os produtores a identificar o momento adequado para a colheita e a maneira correta de fazer o transporte dos açaizais até as agroindústrias.

LIDERANÇAS POLÍTICAS INICIAM ORGANIZAÇÃO DO ANO INTERNACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR O deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) participou na manhã de quarta-feira, 20 de novembro, de uma reunião para debater as ações para o Ano Internacional da Agricultura Familiar, que será comemorado em 2014. O encontro foi promovido pela bancada feminina e por frentes parlamentares voltadas ao setor. O Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF) foi declarado durante a 66ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. O objetivo é destacar o perfil da agricultura familiar e dos pequenos agricultores. Hamm destaca a importância da agricultura familiar que além de contribuir com a economia do país, é um setor que gera empregos e renda. A reunião foi organizada pelas frentes parlamentares que participam do evento são: da Segurança Alimentar e Nutricional; da Agricultura Alimentar; pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica; pela Educação do Campo; e em Defesa das Populações Extrativistas e dos Povos e Comunidades.

SENADO DISCUTE AÇÕES IMEDIATAS PARA DIMINUIR CONFLITOS ENTRE ÍNDIOS E PRODUTORES Em audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado, no dia 21 de novembro, a senadora Ana Amélia cobrou do governo federal ações imediatas para diminuir os conflitos entre índios e produtores rurais. Segundo ela, o Supremo Tribunal Federal não definiu critérios objetivos para a demarcação de terras indígenas, o que tem aumentado a insegurança jurídica dos agricultores. A parlamentar pediu uma postura equilibrada da Fundação Nacional do Índio (Funai), de modo a evitar a violência, e chamou a atenção para as disputas de terra no Rio Grande do Sul. De acordo com a senadora, pequenas propriedades em seu estado, com escrituras de mais de cem anos, estão sendo reivindicadas como territórios indígenas. Ela observou que se não fosse a suspensão pela Funai, no início deste mês, da demarcação de 1,9 mil hectares como terra indígena, em Sananduva e Cacique Doble, municípios localizados no norte do estado, “o desfecho poderia, sem dúvida, ser trágico”.Na audiência pública no Senado, informou Ana Amélia, o ministro da Justiça disse que retornará, nas próximas semanas, ao Rio Grande do Sul, para tratar do assunto e encaminhar às lideranças indígenas e dos agricultores uma sugestão de portaria que dê mais poderes ao Ministério da Justiça para mediar os conflitos e permitir uma solução pacífica a esse tipo de litígio.

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Goi Scarton oferece suporte para o manejo de lagartas na cultura da soja O manejo integrado de pragas, ainda é a forma mais eficiente de evitar os danos causados pelas principais doenças, que geram prejuízos na produtividade, e também reduzem os custos de produção para o sojicultor. Nos últimos anos, ocorreram mudanças em relação à importância das diferentes espécies. A Lagarta da Soja (Anticarsia gemmatalis) está deixando de ser a principal preocupação e outra lagarta, como a falsa-medideira, lagartas da maçã, entre outras, aumentaram muito de importância. O uso crescente de inseticidas de amplo especto, como os piretroides, na fase vegetativa, fez com que diminuísse o controle através dos inimigos naturais. É extremamente importante realizar o manejo desde a dessecação, já que auxilia na redução da população da lagarta devido à falta de alimento. O uso de inseticida seletivo, ainda nesta fase, também pode favorecer a redução proporcional da lagarta e o crescimento dos inimigos naturais. Na fase vegetativa, é indicada a utilização de inseticidas mais seletivos, que além de possi-

bilitarem a preservação dos inimigos naturais, também interrompe o processo de colonização da lavoura pelas lagartas evitando assim um aumento populacional. No final da fase vegetativa e início da reprodutiva, temos o último momento, ainda com as entrelinhas da cultura mais aberta, e possibilidade de uma melhor cobertura de aplicação, principalmente no terço inferior da planta, onde é preciso ter atenção especial no manejo. Nesse momento, o uso de inseticidas sistêmicos tem o objetivo de atingir as lagartas que habitam nas partes inferiores das plantas denominados baixeiros. O controle químico de baixa toxidade pode ser utilizado obtendo um controle satisfatório. Entre eles, de mais seletividade, podemse mencionar os fisiológicos e os inseticidas biológicos, que apresentam uma seletividade tal, que sua ação complementa a ação dos inimigos naturais na cultura da Soja. A empresa Goi Scarton dispõe de equipe técnica para dar assistência e fazer a melhor recomendação para o uso correto dos inseticidas para o controle da Lagarta da Soja.

Monitoramento do Código Florestal ganha novo espaço na web O Observatório do Código Florestal, iniciativa de sete organizações socioambientais, lança hoje seu Portal. O website irá reunir estudos, análises e histórico do Código, além de matérias inéditas e exclusivas sobre a lei florestal brasileira. O objetivo é facilitar o acesso a informações sobre o código, além de encorajar o debate sobre sua implementação. “Com esta plataforma, buscamos reunir as informações consistentes e atualizadas sobre o Código Florestal, para permitir o controle social desta lei, assegurar que o Cadastro Ambiental Rural de fato aconteça e que não haja ainda mais retrocessos na sua implementação,” disse André Lima, assessor de Políticas Públicas do Instituto de Pes-

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quisa Ambiental da Amazônia (IPAM). O Observatório do Código Florestal foi lançado em maio deste ano, na Câmara dos Deputados. Participam da criação do Observatório o Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (IPAM), o WWF-Brasil, a Fundação SOS Mata Atlân-

tica, Instituto Centro de Vida (ICV), o Instituto Socioambiental (ISA), juntamente com The Nature Conservancy (TNC) e a Conservação Internacional (CI). O Observatório está aberto a adesões de outras organizações da sociedade e os participantes têm liberdade de posicionamento e atuação.

Lagartas, como a falsa-medideira, exigem mais cuidado dos produtores

Governo viabiliza escoamento de 11 milhões de toneladas de milho O governo federal tem auxiliado no escoamento de milho de grandes Estados produtores brasileiros. Ao todo, são 11,02 milhões de toneladas do produto oriundas dos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Goiás que estão sendo enviadas para as demais regiões do País. Para tornar possíveis essas operações, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou, este ano, 10 leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural e ou sua Cooperativa (Pepro) e cinco de Contratos de Opção de Venda (COV). De julho a novembro deste ano, as operações de Pepro negociaram 8,86 milhões de toneladas do produto (somando R$ 454,79 no valor das operações) das 9,6 milhões de toneladas ofertadas. O escoamento dos produtos da região Centro-Oeste (exceto Distrito Federal) e de Rondônia pode ser feito em até seis meses após os leilões. Já os de COV de produtos do Mato Grosso e Rondônia somaram, de junho a julho 2,16 milhões de toneladas – resultando em operações no valor de R$ 538,24 milhões, tendo sido ofertadas 2,75 milhões de toneladas. Nesta modalidade, o produtor tem a opção de vender ou não o produto para o governo em um período pré-determinado (até o dia 29 de novembro nas negociações feitas em 2013). O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, frisou que o objetivo dos leilões é desafogar os armazéns dos grandes Estados produtores de milho.

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Basf conquista prêmios com seis peças publicitárias mais criativas no agronegócio Foram anunciados na semana passada, em São Paulo, os grandes vencedores da XVII Mostra de Comunicação em Marketing Rural e Agronegócio, promovida pela ABMR&A - Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio, a maior premiação do gênero do setor Agro. O júri selecionou as ideias mais criativas da propaganda do agronegócio, veiculadas entre 2010 e 2013, além de conceder prêmios especiais a agências, anunciantes, veículos e profissionais do setor. A e21, agência de publicidade do Grupo MTCom, foi premiada em seis categorias com peças de comunicação criadas para o cliente Basf Agro, incluindo Ouro para Planeta Faminto como melhor campanha institucional. Com profissionais especializados em comunicação para o mercado

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Auri Braga Historiador e Técnico em Agricultura

agro, a agência aposta na sinergia estratégica com o cliente para criar projetos vencedores, gerando valor de marca e resultados. “Emblemática esta conquista. É um reconhecimento que a parceria com a Basf está resultando em ideias criativas e de alto impacto.”, comemora Alberto Meneghetti, diretor da e21. Prêmios conquistados pela e21: Campanha Institucional – Ouro – “Planeta Faminto” Fonograma – Prata – “Gaúcho” Comercial de TV e Cinema – Prata – “João” Comercial de TV e Cinema – Bronze – “Viagem pela planta turbinada” Programa de incentivo – Bronze – “Esquadrão Classe SAS” Evento – Bronze - “In campo” Planeta Faminto foi um dos troféus conquistados pela e21

Secretaria propõe parceria com o Estado para coordenação conjunta de ações em desenvolvimento territorial Uma proposta de parceria entre o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Estado do Rio Grande do Sul foi apresentada, no dia 22 de novembro, durante visita da secretária de Desenvolvimento Territorial do MDA, Andrea Butto, ao RS. Ela esteve reunida, na sede da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), com o secretário Ivar Pavan. A ideia é de que os dois órgãos façam uma coordenação conjunta das ações e da promoção do desenvolvimento territorial do Rio Grande do Sul. Com isso, seria constituído um sistema de desenvolvimento rural sustentável, que apoiaria diversas instâncias nas áreas de gestão social e efetivação de políticas públicas, com atenção especial para a inclusão produtiva e para os Territórios da Cidadania. Na próxima semana, serão detalhadas as ações da proposta feita pela secretária Andrea Butto. “Queremos muito que o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável amplie e institucionalize o debate em torno do desenvolvimento territorial”, afirma. Segundo ela, a câmara temática do Estado que leva a denominação de ‘infraestrutura” não deve se restringir a essa denominação. Ao reconhecer a trajetória de debate do Conselho, Andrea Butto diz que é preciso consolidar a ideia de uma câmara de desenvolvimento territorial.

A História Das Sementes

Aproximar a gestão dos conselhos dos colegiados territoriais com o Conselho Estadual, e, inclusive, as ações da Câmara de Desenvolvimento Territorial no Condraf (Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável / MDA), com envolvimento da Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário no RS, foram outras sugestões feitas pela secretária do MDA. A reunião desta terça-feira foi preliminar. A proposta foi bem aceita pelo secretário Ivar Pavan. “O tema nos interessa muito. Temos um conjunto de ações de governo que dialoga com o governo federal e, especificamente, nesta área”, afirmou. Pavan sugeriu que a Emater esteja presente neste debate. Andrea Butto adiantou que um Termo de Co-

operação está sendo repassado à SDR a fim de que sejam analisadas todas as sugestões com a parceria. A SDR já desenvolve uma série trabalhos conjuntos com o MDA e foi designada pelo governador Tarso Genro para ser a secretaria do governo do Estado responsável pela articulação e implementação das ações junto ao Programa Territórios da Cidadania. Na reunião participaram ainda o diretor presidente da Emater, Lino De David, o diretor do Departamento de Agricultura Familiar (DAF/SDR), José Batista, a diretora do Departamento de Ações de Desenvolvimento Territorial do MDA, Márcia da Silva Quadrado e a delegada adjunta do MDA no Rio Grande do Sul, Dalva Schreiner.

Proposta foi apresentada pela secretária de Desenvolvimento e Territorial do MDA

Ministro cubano acena com a compra de máquinas agrícolas gaúchas As empresas do RS terão prioridade para estabelecimento no porto da cidade de Mariel, em Cuba. O anúncio foi feito na última semana pelo ministro de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro do país caribenho, Rodrigo Malmierca Díaz, durante encontro com o governador Tarso Genro, no Palácio Piratini. Para Tarso, o porto será uma plataforma significativa para as relações da América Latina com a Europa e África. “Esse encontro de hoje dá sequência a um conjunto de ações, marcando nosso vínculo econômico, comercial e cultural com Cuba. Queremos ser solidários nesse processo de reformulação do país, aprimorando concretamente o intercâmbio de informações”, reforçou. A Zona Especial de Desenvolvimento Mariel (ZEDM) é uma região junto ao porto da cidade cubana, situada a 40 quilômetros da capital Havana. A obra, de US$ 900 milhões, que irá modernizar o porto de Mariel, é administrada pela brasileira Odebrecht por meio de sua subsidiária, a Compañía de Obras en Infraestructura. O BNDES está financiando 80% dos recursos, e o início das operações está previsto para 2015.

A importância da pesquisa na construção da história das nossas lavouras significa toda a mudança que hoje o mundo inteiro conhece, tanto na qualidade dos grãos como no aumento extraordinário da produtividade na agricultura brasileira. Lembro bem que o Rio Grande do Sul era o grande celeiro no fornecimento de semente para o Brasil, principalmente para os Estados vizinhos Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e São Paulo. Com o passar dos anos, as instituições de pesquisa começaram a atuar com mais atenção em produzir variedades adaptadas a cada Estado. Em pouco mais de dez anos, a história se alterou completamente dos poucos mais de trinta sacos por ha que se produzia. A cada safra era um novo recorde. Com incremento ano a ano na produtividade, e na qualidade dos grãos produzidos. O Rio Grande do Sul não deixou de ser um grande fornecedor de sementes para outros Estados porque tem uma qualidade diferenciada em função do clima mais fresco favorável à conservação das sementes nos armazéns, e também continuou a produzir novas cultivares cada vez mais produtiva, mais adaptada tanto para o nosso estado como para os demais.

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Syngenta lança sistema de monitoramento de canaviais para aumentar a produtividade A Syngenta desenvolveu um padrão metodológico para aumentar a produtividade nos canaviais a partir de uma série de resultados obtidos em seus campos de soluções integradas. O alvo inicial é a cigarrinha, praga que compromete a produtividade ao atacar as folhas e as raízes da planta. Além de monitoramento detalhado, realizado desde o ano passado em mais de 300 áreas que formam uma amostragem significativa das principais regiões produtoras do país, a empresa aposta na eficácia de seu inseticida sistêmico Actara 250 WG. Nas áreas de cultivo que supervisiona, a Syngenta recomenda seu portfólio de produtos e soluções de forma integrada para todas as fases de cultivo e em diferentes variedades e épocas de plantio. Além disso, os campos são monitorados a cada 15 dias, permitindo que a empresa avalie e registre a presença de diversos invasores nos estágios iniciais

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de infestação, ateste que os de, sendo que a média do mer- car, o incremento é de aproxi- bal crescente por alimentos e ataques são favorecidos por cado varia de 80 a 90 toneladas madamente 1%. Além disso, a energia limpa sem que seja necondições meteorológicas es- por hectare. Syngenta contribui ainda para cessária a ocupação de novas pecíficas e afira a evolução ao Em termos de teor de açú- atender a uma demanda glo- áreas. longo do ciclo de produção. As discussões técnicas e comerciais subsequentes são imediatamente direcionadas por esse conjunto de informações. O objetivo é medir e avaliar os resultados e compará-los com os padrões obtidos pelos clientes. A amostra é representativa e, depois da cigarrinha, a partir do momento em que desenvolvermos o know how com esta ferramenta, passaremos a focar também outras pragas, doenças e ervas daninhas. Para tanto, a Syngenta conta com uma equipe formada por aproximadamente 100 pessoas, entre agrônomos e profissionais das áreas de vendas e suporte técnico”, afirma José Carlos Bacili, diretor de Marketing de Clientes da Syngenta. Alguns campos de soluções integradas apresentam ganhos Empresa recomenda produtos e soluções de forma integrada para todas as fases de cultivo significativos em produtivida-

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Unidade experimental de nogueira pecã será implantada em Ijuí A Unijuí e a Empresa Divinut Indústria de Nozes, da cidade de Cachoeira do Sul, firmaram convênio de cooperação educacional, técnica e científica visando à implantação de uma unidade experimental e de observação de mudas de Nogueira Pecã no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (Irder), pertencente ao Departamento de Estudos Agrários da Unijuí. O convênio foi assinado pelo reitor da Unijuí, Martinho Kelm, e pelo diretor da Empresa Divinut Indústria de Nozes, Edson Roberto Neto Ortiz. Conforme destaca o professor Osório Lucchese, coordenador do Curso de Agronomia, a Universidade deverá disponibilizar uma área de terra de 1,6 hectare no Irder - Instituto Regional de Desenvolvimento Rural, para o plantio de 260 mudas de nogueiras pecã, para testar as variedades indicadas (aspectos fenológicos e de pro-

Victor Kronenberger é Técnico Agrícola especializado em Apicultura

A produtividade da espécie será testada nos sistemas agroflorestais

dutividade), a partir de quatro diferentes espaçamentos entre as plantas.

O objetivo é testar a produtividade e a adequação desta espécie a sistemas agroflores-

tais (SAF’s), especialmente aos Sistemas Silvipastoris ligados à produção de leite.

Monsanto lança segundo Fundo de Investimento em Direitos Creditórios A Monsanto do Brasil acaba de lançar seu segundo Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) no país. A operação, no valor de R$ 300 milhões, contou com a participação de 137 fundos de investimento. As quotas do FIDC Monsanto II receberam nota brAAA, a mais alta da agência de classificação de risco Standard & Poor’s. A operação foi liderada pelo banco JP Morgan e a administração ficará a cargo da Citibank DTVM. “O FIDC Monsanto II é mais uma forma de ampliar opções de financiamento para nossos clientes, aliando soluções de mercado interessantes para os investidores”, afirma Eduardo Bezerra, diretor de Finanças e Estratégia Corporativa da Monsanto do Brasil. “O bom momento da Monsanto e do agronegócio brasileiro, que segue com produtividade crescente, contribuíram para o sucesso da operação”, completa. A Monsanto foi a primeira empresa do agronegócio a lançar um FIDC no mercado brasileiro, em 2010. Instituído em 2001 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o FIDC

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Mel e Geleia Real

O fundo de créditos é mais uma forma de ampliar opções de financiamentos para que o produtor possa investir

– também chamado de fundo de recebíveis – é um dos principais veículos de captação de recursos no mercado financeiro nacional, uma alternativa ao financiamento de longo prazo. Basicamente, o FIDC funciona da seguinte maneira: a empresa oferece aos investidores quotas de um fundo cuja remuneração dependerá da liquidação dos direitos creditórios originados pelas transações realizadas pela companhia com vendas a prazo. No caso da Monsanto, os ativos do FIDC II foram compostos por recebíveis originados das

vendas a prazo de sementes e biotecnologia, além de produtos da linha de proteção de cultivos, realizadas pela Monsanto do Brasil e pela Monsoy Ltda. O fundo criado pela Monsanto é multissérie, com prazo total de dez anos. “O FIDC é um importante instrumento de crédito para sustentar o nosso crescimento no Brasil, o segundo maior e mais importante mercado para a Monsanto em todo o mundo. Combinado com as outras ferramentas disponíveis, buscamos soluções financeiras que

permitirão viabilizar o financiamento aos nossos clientes e que mitiguem o risco de credito”, diz José Boé, gerente de Tesouraria e Estratégia de Crédito da Monsanto. Além do FIDC, a Monsanto oferece outras modalidades de venda distintas como, por exemplo, à vista, a prazo, crédito rural, barter, vendor e risk sharing. “Cada uma das operações traz alternativas diferenciadas para nossos clientes, com a possibilidade de financiamento com taxas de juros distintas”, completa Boé.

O leitor amigo já deve ter chegado à conclusão de que o nosso objetivo, a nossa campanha, é tão somente orientar os apicultores para que apresentem cada vez melhores produtos e esclarecer os consumidores para que saibam distinguir e dar devido valor a um mel bom, puro, natural, cuja fórmula somente as abelhas a possuem. Na falta do mel puro, natural, surgiram no comércio diferentes produtos que, segundo os vendedores, seria “mel artificial”, similares perfeitos do mel de abelhas. Nada sabemos quanto à composição química, nem as qualidades nutritivas ou medicinais destes produtos. Compete ao próprio consumidor analisar um e outro e tirar suas conclusões se convém ou não consumir alimentos artificiais, sintéticos em vez do produto puro, natural. Até há poucos anos, era comum falar-se em “segredo das abelhas” e, de fato, não se sabiam ao certo, como elas conseguiam transformar a água açucarada das flores, o néctar, no mais delicioso, aromático e saboroso mel, tão cobiçado por outros insetos, animais e gente. Os tempos agora são outros, graças ao progresso da ciência, dos minuciosos estudos de laboratório, sabe-se com absoluta certeza que o mel elaborado pela abelha europeia contém levulone, dextrose, sacarose, Vitaminas A, B1, B2, B5, B6, BC, C, G, H, PP, muitos sais minerais, além de outros elementos. Com essa riqueza de elementos que a natureza oferece ao operoso inseto do mel, os nutricionistas chegaram à conclusão que um quilograma de mel puro, natural, equivale a 9.000 gramas de cenouras, 5.400 gramas de maçãs, 4.000 gramas de ameixas, 2.600 gramas de carne de boi, 1.400 gramas de carne de porco, 4.200 gramas de uvas, 3.600 gramas de ervilhas, 1.000 de nozes, 675 gramas de queijo, 50 ovos, 40 laranjas e 25 bananas. Aí está, caro leitor, por que temos feito este barulho todo em defesa das abelhas e do mel que elas podem produzir às toneladas, desde que sejam tratadas como merecem. Para finalizar, lembramos mais uma vez que todo o mel puro cristaliza após algum tempo, com temperatura baixa. A cor do mel também não deve ser motivo de desconfiança, uma vez que, as mesmas abelhas, nas mesmas colmeias, no mesmo local, podem produzir um mel claro, suave, aromático, em setembro e outubro. Nas demais estações do ano, o mel poderá ser mais concentrado, mais medicinal, mais escuro, porém sempre saboroso e nutritivo.

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New Holland fornece maquinário para combate à seca ao ministério

Aquisição das máquinas faz parte da segunda etapa do PAC Equipamentos

A New Holland Construction, marca de máquinas e equipamentos para construção, entregou no dia 28 de outubro, cinco motoniveladoras, modelo RG140.B, ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Esses equipamentos fazem parte de um lote de 693 máquinas, composto por 603 motoniveladoras RG140.B e 90 pás-carregadeiras W130, adquiridas pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário por meio de licitação, no ano passado, dentro do Pro-

grama de Aceleração do Crescimento – PAC 2. Além da entrega das máquinas, que foram direcionadas à região semiárida do país em caráter emergencial, a New Holland Construction qualificou os 10 operadores dos equipamentos e irá fornecer a assistência técnica e manutenção durante dois anos. A aquisição dessas máquinas faz parte da segunda etapa do PAC Equipamentos e tem orçamento de mais de R$ 1 bilhão já

aprovado pelo Congresso Nacional. A quantidade de equipamentos destinados ao PAC representa um volume adicional de cerca de um terço do mercado de retroescavadeiras e dois terços do mercado de motoniveladoras no Brasil. Para atender a demanda e sem prejudicar a produção para outros projetos, a fábrica da New Holland em Contagem (MG) aumentou sua capacidade produtiva desde o início de 2013.

Kepler Weber lança maior silo do mundo para armazenar até 33 mil t de soja Durante divulgação do balanço financeiro, a Kepler Weber, companhia especializada no desenvolvimento de soluções em armazenagem, confirmou que está lançando o maior silo do mundo sem torre central capaz de armazenar até 33 mil toneladas de soja. O anúncio confirma o compromisso da Kepler Weber com o mercado brasileiro, adestacou o vice-presidente da empresa, Olivier Colas. “A Kepler Weber está focada

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para manter a companhia na liderança e transformá-la em uma referência mundial em armazenagem agrícola e torná-la um player expressivo em movimentação de granéis”, destaca. A empresa registrou aumento significativo da receita líquida no terceiro trimestre de 2013, com crescimento de 76% em relação ao mesmo período do ano passado, ao atingir R$ 166,9 milhões. Já na comparação do acumulado do ano, cresceu 56,1%,

chegando a R$ 415,2 milhões contra R$ 266 milhões no ano passado.

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Empresa é eleita a mais sustentável do agronegócio A Bunge Brasil foi eleita pelo Guia Exame de Sustentabilidade 2013 a empresa mais sustentável no setor do agronegócio. Uma das mais respeitadas publicações sobre sustentabilidade, o Guia chega à 14º edição e, pela primeira vez, premia as empresas por setor de atuação. Este é o quinto ano consecutivo que a Bunge é destaque na premiação. No total, 184 empresas concorreram, em categorias que envolvem 20 setores do mercado e sete indicadores-chave de sustentabilidade. A cerimônia de premiação foi realizada na noite desta quartafeira, 6 de novembro, em São Paulo. O objetivo da publicação é reconhecer e estimular modelos inovadores no ambiente de negócios que favoreçam práticas socioambientais. A metodologia

aplicada na pesquisa foi desenvolvida pelo Centro de Estudos da Fundação Getúlio Vargas e avalia as práticas ambiental, social e econômica das empresas. Segundo a publicação, um dos destaques da Bunge Brasil é a atuação no setor de biocombustíveis. Em março deste ano, a empresa inaugurou sua primeira fábrica de biodiesel no Brasil, localizada em Nova Mutum/MT. A adição desse combustível renovável ao diesel de petróleo reduz a emissão de gases de efeito estufa. Com investimentos da ordem de R$ 60 milhões, a nova unidade tem capacidade para produzir cerca de 150 mil m³ de biodiesel por ano, e atende à demanda crescente por esse combustível, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte do Brasil.

AgroDetecta é eleito a melhor tecnologia aplicada à agricultura no Prêmio Produz Brasil A Unidade de Proteção e Cultivos da Basf conquistou mais um importante prêmio em reconhecimento ao seu portfólio de produtos e serviços inovadores que visam facilitar a vida do homem do campo. A tecnologia AgroDetecta ganhou, na noite de 20 de novembro, o primeiro lugar na categoria “Alianças Estratégicas no Agronegócio“, na quarta edição do Prêmio Produz Brasil. Os vencedores das cinco categorias contempladas pelo Prêmio foram conhecidos em uma cerimônia realizada em Goiânia (GO). O serviçoAgroDetecta oferece ao produtor a chance de um manejo mais seguro, já que com o monitoramento agrometeorológico associado ao processamento das informações por modelos matemáticos obtêm-se a pre-

visão de ocorrência de doenças com até 10 dias de antecedência. A partir destas informações, o agricultor consegue saber o momento mais indicado para realizar o controle fitossanitário na lavoura mitigando riscos, melhorando o operacional e, consequentemente, gerando economia de recursos. A ferramenta pode ser utilizada para o monitoramento de diversas doenças nas culturas de soja, milho, feijão, algodão e trigo, do plantio até a colheita. Realizado pela Editora Racar com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), o prêmio reconhece e incentiva a produção sustentável, focando no resultado econômico e na preocupação ambiental e responsabilidade social.

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Mesmo com as chuvas, plantio de soja avança no RS

O plantio de soja avança gradativamente no município e também na região, seguindo de acordo com o término da colheita da safra de inverno e das condições climáticas

Sai o trigo e entra a soja. Em Ijuí, o plantio intensificou-se na última semana, devido ao atraso na colheita do trigo, reflexo do clima. Além disso, as condições climáticas registradas nas últimas semanas no Rio Grande do Sul também influenciaram as lavouras, gerando um re-

tardo no plantio dos grãos de verão. De acordo com as informações divulgadas da Emater/ RS-Ascar, o grande volume de precipitações e o excesso de umidade atrapalharam o trabalho de semeadura das lavouras, principalmente as de milho, soja e arroz.

Em relação à cultura do milho, mesmo com o atraso registrado no plantio na última semana, a atual safra se encontra um pouco à frente se comparada com anos anteriores, com 74% das lavouras semeadas. As áreas cultivadas há mais tempo têm sido beneficiadas

pelas condições registradas até o momento, apresentando bom desenvolvimento e padrão, principalmente aquelas lavouras que começam a entrar em floração, fase mais suscetível à deficiência hídrica e que totaliza 16% do total plantado no Estado. Na soja, o plantio também

teve seu ritmo alterado devido às chuvas recentes. A atual safra atinge 48% de área semeada, com 46% tendo germinado em boas condições. Apenas em casos pontuais houve problemas devido à intensidade das chuvas e ao excesso de umidade, com a maioria das lavouras em desenvolvimento.

Caravana percorre o Estado Brasil deverá ser maior produtor para o combate da lagarta de soja do mundo nesta safra

A partir de dezembro até março de 2014, a Embrapa vai percorrer as principais regiões produtoras do País com a Caravana de Alerta às Ameaças Fitossanitárias. Nessa primeira edição, o tema será a Helicoverpa armigera com eventos técnicos previstos em cinco regiões do RS. A ação conta com o apoio da Emater/RS. O foco na Helicoverpa armigera nesta primeira Caravana busca manejar, de forma correta e sustentável, uma praga que causou enormes prejuízos no custo da produção nas duas últimas safras no País. Helicoverpa armigera é uma lagarta identificada recentemente, que tem surpreendido produtores

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e pesquisadores pelo seu poder de destruição, causando prejuízos, principalmente, às lavouras de milho, soja e algodão. Além dos cultivos de verão, na última safra foram registradas três ocorrências da lagarta também em espigas de trigo nos Estados de SC e RS. O roteiro da Caravana Embrapa reúne uma apresentação ampla sobre as principais ameaças fitossanitárias, reforçada pelas explicações dos pesquisadores especialistas, que prestarão orientações complementares de acordo com o principal problema identificado na respectiva macrorregião, sempre com base no Manejo Integrado de Pragas.

A cada safra, o Brasil se consolida como celeiro do mundo, exigindo do produtor o uso de defensivos nas lavouras, na mesma proporção, de acordo com o presidente da Associação de Revendedores de Agroquímicos de Ijuí (Arai) Juarez Neme da Costa: “Devendo este ano ser o maior produtor de soja. E, muitas vezes as pessoas esquecem que o produtor não aplica defensivo agrícola porque quer, mas porque tem necessidade de combater pragas, ervas daninhas. Toda vez que o produtor está aplicando qualquer que seja o produto, ele está tendo um gasto, então é importante que as pessoas entendam que o produtor certamente gostaria de aplicar menos”, explica. A fala de Juarez está diretamente ligada aos dados divulgados recentemente sobre o aumento do uso de agrotóxicos nas lavouras do Estado, chegando a 22,1%, enquanto a área plantada registra um acréscimo de pouco mais de 6%. “Hoje estamos aumentando

significativamente a produção agrícola em todo o País, e para aumentar tem que usar produtos. Com certeza o uso desses produtos trambém é responsável pelo aumento na produção. Estamos terminando de colher uma safra de trigo que foi a maior da história do RS, temos produtividades de até 100 sacas/ hectare em Ijuí e isso certamente se deve ao uso de tecnologia”,

destaca Juarez. Além disso, ele destaca que o RS é o Estado que registra maior uso de agrotóxicos por plantar durante os 12 meses do ano: “O RS planta inverno e verão, então o consumo de produtos é o ano inteiro. Também temos que comparar o Estado com outras regiões: no RS temos mais de 100 cultivadas no Estado, incluindo hortifrutis.

O uso de defensivos agrícolas aumenta na medida que cresce a produtividade

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Comprovando as perspectivas de uma produção recorde, produtores devem manter o foco na sanidade das lavouras de trigo Após o período de chuvas, que colocou a colheita do trigo sob ameaça devido ao excesso, principalmente no que diz respeito à qualidade final do grão, os produtores da região Noroeste deram início à colheita do cereal no fim do mês de outubro. Embora a Emater/RS-Ascar observava uma possível queda no rendimento das lavouras, a produção estimada em 2.695.693 toneladas faz os produtores vislumbrarem a segunda maior safra gaúcha de trigo – a maior foi há dois anos (2.744.936 toneladas). Nesta safra, o cereal foi plantado em uma área 5% maior do que no ano passado. O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (Fecoagro), Rui Polidoro Pinto, que participou da abertura da safra de trigo em Cruz Alta, no dia 25 de outubro, destaca esta como uma safra excelente. No entanto, a pesquisadora da Embrapa Trigo, Eliana Maria Guarienti, destaca

dois aspectos relacionados à produção de trigo: qualidade tecnológica – envolve normatização do governo, e qualidade sanitária. A respeito desse último ponto, a pesquisadora da Embrapa lembra que o trigo é um alimento amplamente consumido, principalmente por crianças. Nesse sentido, apresentou um estudo feito em agosto deste ano no RS pelo Mapa. De 15 amostras de trigo avaliadas, quatro não estavam em conformidade, indicando presença de resíduos de agrotóxicos. Ingeridos em grandes quantidades, esses resíduos estariam relacionados ao câncer e a doenças que atacam o fígado. “Os consumidores querem produção ética. Usar essa tendência de consumo para alavancar as vendas no Brasil não é modismo. Devemos sempre buscar um padrão de qualidade para o trigo gaúcho, ser saudável sem deixar de ser competitivo”, conclui Eliana.

Aproveitando a trégua da chuva, produtores levaram o grão até as cooperativas de Ijuí e região

Isenção do ICMS no trigo não é o suficiente Manejo de plantas daninhas na resteva da safra de inverno É de fundamental importância realizar o manejo de plantas daninhas no período présemeadura de soja. Isso vai possibilitar a semeadura no limpo conforme colocam alguns pesquisadores. O período para controle de plantas daninhas em soja abrange um mês antes e um mês depois da semeadura do grão. Para obter elevada eficiência, é necessário adotar práticas de manejo da propriedade rural que vão além do simples cultivo da soja, ou seja, o manejo de plantas daninhas é uma atividade contínua que deve ser executada durante todo o ano e durante todos os anos. Métodos como a adoção da

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rotação de culturas, de adubos verdes, da cobertura do solo durante todo o ano (método “colher-semear”), do controle de plantas daninhas nas pastagens de estação fria, reduzem muito a probabilidade de estabelecimento de espécies daninhas problema e a densidade e tamanho das plantas daninhas a serem controladas na dessecação antes da semeadura das culturas. Além disso, é importante prestar atenção na planta de buva que, cortada no momento da colheita.Ou seja, é importante observar a altura do corte da planta para que se tenha mais volume foliar, o qual irá absorver mais o produto aplicado.

Com o objetivo de garantir a lucratividade ao produtor do RS e colocar o trigo gaúcho em grau de competitividade com o cereal importado de países fora do Mercosul dentro do mercado nacional, o governo do Estado reduziu o Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço (ICMS) sobre o grão, de 12% para 8%. A medida atende reivindicação dos produtores gaúchos, com aval do secretário Estadual de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) Luiz Fernando Mainardi, devido a uma situação criada pelo governo federal ao estender até o fim deste mês a isenção de 10% da Tarifa Externa Comum (TEC) sobre o trigo importado de países fora do Mercosul, principalmente de países como Canadá, Estados Unidos e também da União Europeia. A isenção da TEC foi anunciada em abril deste ano diante da dificuldade de estoque de trigo que havia no País, e ainda há: “Para torná-lo obviamente mais barato e pressionar menos a inflação nacional”, explica o economista Argemiro Brum. “Essa atitude acabou permitindo que os moinhos brasileiros fossem autorizados a importar 3,3 milhões de toneladas do cereal, incluindo a polêmica atual, e já

se fala em estender até o final de dezembro essa isenção, de maneira a podermos trazer mais 600 mil toneladas sem a TEC.” Para Argemiro, essa decisão do governo federal cai exatamente no momento em que o RS tem uma colheita cheia, uma safra excelente, devido ao clima, a tecnologia e aos produtores. “E, obviamente, a situação se complicou para os gaúchos em particular, porque significa trazer um trigo mais competitivo, forçando uma baixa de preço aqui, embora se deva a entrada do trigo nacional no mercado e principalmente safra atual e o oligopólio dos grandes moinhos nacionais, de moagem de trigo que acabam controlando os preços, nesse contexto os produtores se sentiram atingidos, e com razão, e começaram a pressionar o governo gaúcho para a tomada de atitudes”, destaca o economista. Assim, em função de uma situação criada pelo governo federal, que obviamente tem sua lógica, quem vai pagar a conta é o governo do Estado: “Que então projeta essa redução no trigo que será exportado para outras regiões do País, principalmente o Sudeste brasileiro”, acentua Argemiro. “Eu diria que deverá compensar parcialmente, a redução

de 4% não será suficiente para compensar essa retirada da TEC, sobretudo que se o mercado do trigo internacional continuar com preços em recuo como está nesse momento, porque o trigo internacional, principalmente do Norte é balizado pela Bolsa de Chicago e ela está em recuo nesses últimos tempos. Então, o trigo lá fora ficará mais barato, e agora com a desvalorização do real que tivemos nesses últimos tempos, houve uma certa compensação, porque desvalorizando o real, acaba se tornando mais caro importar, houve uma pequena compensação em função do câmbio,ajuda sim claro, mas não parece suficiente”.

Com uma supersafra de inverno, produtores exigem compensação

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Fruticultura no RS é favorecida pelo clima dos últimos períodos

Redução do ICMS do trigo

Luiz Fernando Mainardi Secretário de Agricultura Pecuária e Agronegócios

O clima dos últimos períodos tem beneficiado a fruticultura no RS. Exemplo são os morangos, a cultura está em pleno desenvolvimento e com ótima expectativa de produção

O clima dos últimos períodos tem beneficiado a fruticultura no RS. De acordo com a Emater/ RS-Ascar, no município de Bom Princípio, tradicional produtor de morangos, a cultura está em pleno desenvolvimento e com ótima expectativa de produção para este ano. As variedades plantadas no sistema convencional (solo) no município são Camarosa, Festival, San Andréas, Oso Grande,

Tudla e Earlibrite, sendo Camarosa e Oso Grande as mais cultivadas. No cultivo em substrato nas estufas, a produção encontra-se em plena fase de frutificação. Alguns casos de podridão apareceram, porém em menor quantidade do que o morango de solo. A produção é plena e está em uma ótima fase. As variedades cultivadas têm o predomínio total das cultivares Albion e San Andréas. Na

região Noroeste, a produção de morangos tem superado as expectativas dos agricultores, o que tem forçado os preços para baixo em função de boa produtividade. Muitos têm buscado, na confecção de polpa, uma forma de armazenar o produto e comercializar posteriormente. Já no município de Feliz, na região do Vale do Caí, as melhores condições de clima – com sol pleno e temperatura ame-

na, favoreceram a qualidade do morango e reduziram a incidência de podridões. Em função da baixa umidade, alguns produtores relataram a incidência de oídio. Sobre os citros, já acabou a safra da laranja de Umbigo e a bergamota Montenegrina, e os agricultores que ainda têm laranja Valência estão ganhando bons preços nas feiras e merenda escolar.

Produtores de uvas recorrem a tratores para suprir a falta de mão de obra nos campos A escassez de mão de obra está cada vez maior, a solução encontrada pelos produtores de uva é mecanizar suas produções. Por esta razão, empresas como a Agritech, fabricante dos tratores Yanmar Agritech, apostam em uma linha de máquinas especialmente projetada para o trabalho nos parreirais, como explica o gwerente do Setor de Vendas da empresa, Nelson Watanabe. “Há muito tempo possuímos máquinas destinadas a esta cultura. São tratores menores e mais estreitos, que permitem que o operador possa entrar por entre as linhas dos parreirais e realizar manobras com facilidade nas áreas de cultivo”. Watanabe afirma que a falta de mão de obra nos parreirais é crescente e que a procura por máquinas específicas para esta cultura tem aumentado a cada ano. “O crescimento nas vendas de máquinas voltadas para esta cultura cresce ano a ano, assim como a venda de implementos e o desenvolvimento de novas ferramentas que possam ajudar os agricultores a superar essa tendência, que acreditamos não ter volta”, completa o gerente. O grande problema, ainda, é que parte do trabalho que a uva plantada exige dos produtores precisa ser feito manualmente e, dependendo do tipo

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de uva, essa necessidade pode aumentar. “Os produtores de uvas Niagara conseguem plantar seus parreirais em ‘Y’ e, assim, mecanizar a maior parte do processo. Uvas como Itália e Rubi já precisam ser cultivadas no sistema de espaldeira, que necessita de maior mão de obra”, explica Cláudio Hissano, proprietário de uma concessionária de tratores Yanmar Agritech. O produtor de uvas Niagara, Odair Lorençon está aos poucos mudando sua plantação de 6,6 hectares. do sistema espaldeira de plantio para o ‘Y’. “A colheita precisa da mão de obra, mas o que puder mecanizar é preciso mecanizar, pois não consigo mais disputar essa mão de obra com as fábricas que cercam minha propriedade. Com o sistema em ‘Y’ eu consigo pulverizar, adubar, subsolar, fazer o transporte do produto, tudo com o trator”, completa Lorençon. Para o produtor Sérgio Minami, os tratores são responsáveis por viabilizar a produção de uvas na região em que se encontram suas propriedades. “Um trator trabalhando me substitui oito homens no campo”, afirma Minami. Opinião que seu vizinho, Sérgio Nakakubo, que adquiriu seu trator por meio do programa Mais Alimentos do governo federal, compartilha.

Conseguimos uma importante conquista nesta semana. Com o apoio do governador Tarso Genro sensibilizamos a Secretaria da Fazenda para a necessidade de promover a redução temporária do ICMS na comercialização do trigo gaúcho para os Estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A medida, que reduz de 12 para 8% o tributo, dará maior competitividade ao nosso produto em relação ao que é importado, especialmente dos demais países do Mercosul, facilitando o escoamento da produção. Além disso, também melhora a renda para o produtor neste momento em que estamos colhendo nossas lavouras e de grande oferta. Neste ano, devemos produzir mais de 2,8 milhões de toneladas, gerando um excedente de pelo menos 1,7 milhão de toneladas. Investimentos do Fundovitis - Aprovamos, nesta semana, no Conselho Deliberativo do Fundovitis, vários projetos de apoio à vitivinicultura que significam investimentos superiores a R$ 2 milhões de reais. Vamos repassar R$ 276 mil para a Escola da Família Agrícola, localizada em Garibaldi, para subsidiar o estudo de 30 alunos daquela região, cobrindo custos com alimentação e hospedagem. Com isso, apostamos na qualificação do jovem rural e contribuímos para a sua fixação no campo. Também destinaremos R$ 450 mil para a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), recurso a ser empregado na implantação de seis hectares de vinhedos no campus de Dom Pedrito. A medida apoia o curso de Tecnólogo em Enologia, o único em funcionamento no País. Outro investimento aprovado é o repasse de recursos para o Ibravin visando o desenvolvimento de campanha promocional do vinho gaúcho.

Falta de mão de obra nos parreirais é crescente e a procura por máquinas específicas para esta cultura tem aumentado

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Trabalhos da Rede Leite na região de Ijuí são apresentados em Congresso Brasileiro sobre Agroecologia

Experiência desenvolvida por alunos da escola Dr. Edmar Kruel tem como proposta a construção de conhecimento

Experiências realizadas na Escola Dr. Edmar Kruel, em Jóia, e no âmbito da Rede Leite – Programa em Rede de Pesquisa-desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira no Noroeste do RS -, foram selecionadas e estão sendo apresentadas e debatidas de 25 a 28 deste mês, em Porto Alegre, durante o VIII Congresso Brasileiro sobre Agroecologia e os Seminários Estadual (XIII) e Internacional (XII) sobre Agroecologia. Nesta edição, quase oitenta palestrantes e conferencistas brasileiros e estrangeiros vão discutir sobre o tema central “Cuidando da Saúde do Planeta”. Os eventos se realizam no Centro de Eventos da PUC e junto ao Clube Farrapos. A experiência desenvolvida com alunos da 8ª série da escola Dr. Edmar Kruel tem como títu-

lo Capacitação em gestão rural: uma proposta de construção e socialização de conhecimentos com jovens escolares. O trabalho foi organizado pelos extensionistas da Emater/RS-Ascar, Kátia Sassi, Jair Bassan e Gilberto Pozzobon. A outra experiência da Região de Ijuí, a ser apresentada em Porto Alegre, tem como tema Programa em rede de pesquisa – desenvolvimento em sistemas de produção com atividade leiteira na região Noroeste do RS (rede leite): a visão da extensão rural, organizada pela jornalista Cleuza Noal Brutti e engenheiros agrônomos Gilberto Pozzobon, Auria Geanet Schröder, Gilberto Bortolini e João Schommer, todos da Emater/RS-Ascar. O evento Agroecologia e Saúde Huma-

na, Reinventando a economia, Diversidade como condição fundamental da saúde do Planeta, Agroecologia como base para a educação e Saúde do Agrossistema são os eixos temáticos que serão tratados através de palestras e conferências, oficinas, mostras audiovisuais e fotográficas, atividades artísticas e pôsteres, que vão apresentar e debater sobre as experiências na área, tanto no Brasil, como em outros países. Do Brasil, além do Rio Grande do Sul, há convidados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Pará, Maranhão, Mato Grosso, Goiás e de Brasília. Já do exterior, os participantes no Congresso são da Argentina, Equador, México, Estados Unidos, Bélgica, França e Espanha.

Pesquisa traz vantagens sobre sistema de plantio direto do arroz A Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul lidera o ranking de municípios com a maior produção de arroz, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uruguaiana, Itaqui e Alegrete estão nos três primeiros lugares, respectivamente. Estudos da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), desenvolvidos na Fazenda Fonte Rica, em Uruguaiana, utilizaram uma tecnologia do cultivo de arroz irrigado por inundação em sistema de plantio direto. O sistema trouxe benefícios em economia de máquinas, preparo do solo e aumentou a rentabilidade dos produtores. A pesquisa, intitulada Estudo da viabilidade do sistema de plantio direto de arroz irrigado por inundação em terras baixas, é liderada pelo professor do curso de Agronomia do Campus Itaqui, Amauri Beutler, e tem a participação dos alunos Janete Munareto, Cleiton Ramão, Naimã Dias, Bruna Pozzebon, Pris-

cila Ramos, Gerisson Munareto, Giovane Burg, Evandro Deak, Marcelo Schmidt e do engenheiro agrônomo Robson Giacomelli. Os experimentos foram realizados em três locais da fazenda com diferentes tempos de cultivo de arroz antes do início da pesquisa.

Embrapa Soja se posiciona em relação ao fertilizante Celleron A Embrapa Soja, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), se posicionou em relação às notícias veiculadas na imprensa a respeito do fertilizante Celleron, da empresa Follyfertil. A Embrapa esclareceu que o estudo citado pela empresa refere-se a um teste de eficiência agronômica com a finalidade de emissão de relatório técnico-científico para o desenvolvimento de produto, não tendo como propósito a emissão de laudo técnico para registro ou indicação de tecnologia. A informação de que a combinação de formas e épocas de aplicação do produto possibilitaria o incremento de produtividade superior a 6 sacos/ ha, fornecida pela empresa, aparentemente, é baseada em

números absolutos e despreza o tratamento estatístico dado aos resultados do experimento. De acordo com os resultados do teste, os incrementos de produtividade não foram consistentes e, quando observados, foram promovidos por outros fatores que não o efeito do produto. Para isolar o efeito de outros fatores, a avaliação e a validação de qualquer tecnologia ou produto deve se basear em resultados de um conjunto de ensaios realizados com variação de locais e por diferentes safras agrícolas, a fim de garantir com elevado grau de certeza que os resultados podem ser reproduzidos pelos agricultores e que se repetem apesar das variações ambientais.

Mapa discute inovação e tecnologia aplicadas à nutrição vegetal Com a finalidade de apresentar à Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura (SDC/Mapa) as inovações aplicadas ao processo produtivo agrícola, o presidente da Associação Brasileiras das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), Clorialdo Rober-

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to Livreiro, esteve reunido com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha, e demais diretores da SDC, nesta segunda-feira, 21 de outubro, em Brasília. A reunião apontou as possibilidades de entendimento e colaboração entre a SDC e a Abisolo. No âmbito da pesqui-

sa e inovação, o secretário Caio Rocha disponibilizou a linha de crédito Inovagro; no que diz respeito à formação profissional, foi apontada a relevância da criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), instrumento que terá a capacidade de levar até o pequeno e médio produtor a

tecnologia, inovação e conhecimento necessários para o ajuste de solo e nutrição vegetal sustentáveis. “O Brasil é responsável por cerca de 75% da produção dos insumos de fertilizantes no mundo. A grande busca das empresas produtoras de fertilizantes brasileiras é o desenvolvimen-

to de produtos mais eficientes na correção do solo”, coloca o presidente da associação. “Hoje em dia, 5% do faturamento das empresas associadas é investido em pesquisa e desenvolvimento, o que já resultou em um aumento de 40% na eficiência dos insumos produzidos pelos associados”, enfatiza Clorialdo Livreiro.

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Comitê elabora propostas para regulamentação da Anater O Comitê Permanente de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), se reuniu na sexta-feira, dia 22 de novembro, em Brasília. No encontro foram elaboradas propostas de estratégias operacionais da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), no âmbito da sua regulamentação. O resultado será encaminhado ao Conselho, que vai deliberar e enviar ao governo federal. O diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Dater/ MDA), Argileu Martins da Silva, destacou que o Comitê fez um amplo e produtivo debate sobre toda a estratégia de ação da Anater. “Esta Agência é uma grande conquista dos agricultores e agricultoras e permitirá um salto na oferta e qualificação dos serviços de Ater no País”, acrescentou.

País busca ampliar lista de frigoríficos autorizados a vender carne bovina para China A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, defende uma ação conjunta do governo e do setor privado com o objetivo de conseguir da China, no menor prazo possível, não apenas a suspensão do embargo à carne bovina brasileira como a autorização para que novos frigoríficos possam exportar nosso produto para mercado chinês. Durante reunião com o Ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa), Antônio Andrade, ela lembrou a necessidade de aproveitar a visita ao Brasil, em dezembro, dos técnicos da Administração de Inspeção e Quarentena (AQSIQ), órgão responsável pela fiscalização sanitária dos produtos importados pela China. “É uma boa oportunidade para remover os obstáculos”, disse a senadora Kátia Abreu. Na avaliação da senadora, é “importante que os chineses autorizem novas plantas frigoríficas e não decidam com base apenas nos pedidos já formalizados por empresas brasileiras”. Ela lembrou que, no Brasil, apenas nove frigoríficos estão autorizados a exportar carne para a China continental.

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A criação da Anater foi aprovada no Senado Federal no dia 19 de novembro. Com isso, o tema será enviado para a sanção presidencial. A Agência permitirá buscar parcerias com Estados e entidades, além de implementar um grande programa de formação de agentes de Ater em articulação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embra-

pa), Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Oepas) e instituições de ensino, permitindo que o conhecimento disponível associado ao conhecimento dos agricultores possa resultar em sistemas de produção sustentáveis. A Agência também vai estabelecer critérios de avaliação de resultados e impactos para o serviço de Ater.

Última etapa da vacinação contra a aftosa atinge 50% de cobertura no RS A segunda e última fase da vacinação contra a febre aftosa do governo do Estado atingiu 50% de cobertura no Rio Grande do Sul. De acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), cerca de seis milhões de bovinos e búfalos com até dois anos devem ser imunizados até 30 de novembro. Na primeira fase, concluída em maio deste ano, a vacinação atingiu 97,7% de cobertura de um total de pelo menos 14 milhões de animais, superando a meta de 90% prevista pelo governo. A Seapa está investindo R$ 11 milhões na compra de 8 milhões de doses da vacina entre as duas etapas. Elas são distribuídas gratuitamente a produtores que se enquadram nos critérios do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e têm até 100 animais por propriedade rural.

Escola Agrícola e adesão de jovens são destaques em conferência nacional A 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (CNDRSS), encerrada no dia 17 de novembro, em Brasília, com a aprovação de cem propostas que priorizam o desenvolvimento do Brasil Rural para os próximos anos, trouxe elementos importantes para a continuidade das ações do setor no Rio Grande do Sul. A avaliação é do diretor do Departamento de Agricultura Familiar da Secretaria de Desenvolvimento Rural (DAF/SDR), José Adelmar Batista, um dos 46 delegados representantes do RS na Conferência. “Acredito que tenha sido um dos melhores eventos de que participei nos últimos tempos, especialmente pela riqueza de conteúdo. Começamos sem um documento base, mas através das etapas territoriais, setoriais e estaduais fomos construindo importantes propostas por meio de uma participação ampla, um debate bem elaborado e com profundidade”, avaliou. Escola Agrícola Presente na Conferência Estadual do Rio Grande do Sul, realizada no final do mês de julho, o tema da Escola Agrícola voltou a entrar em pauta, agora em âmbito nacional. Ao final da

atividade em Brasília, foi aprovada uma moção para que seja registrado o curso de Agroecologia, já que muitos Estados não registram no diploma dos estudantes a atividade. “Nossos estudantes de agroecologia querem ter escrito no seu diploma a atividade que desempenharam, e essa moção representa uma vitória para o ramo da agroecologia”, frisa Batista. Paridade e adesão dos jovens A mescla entre homens, mulheres e jovens também foi comemorada. De acordo com o

regulamento da Conferência, dos 46 delegados eleitos no Rio Grande do Sul, 16 deveriam ser mulheres da sociedade civil e sete do poder público. Além disso, dez jovens (20%) deveriam fazer parte do total de delegados. “Para a Conferência valer, tínhamos que ter 50% homens e 50% mulheres, o que representou um grande avanço. E dessa paridade de 50%, deveríamos ter 20% de jovens, que levaram para a Conferência o desejo da sucessão e de permanecer na terra”, afirmou o diretor do DAF.

Delegados do RS presentes durante o evento em Brasília

MERCADO DO LEITE: EUFORIA E CUIDADOS

Profº. Argemiro Brum, do Ceema/ Dacec/ Unijuí

Nos últimos anos o leite vem surpreendendo positivamente os produtores, confirmando o acerto na diversificação produtiva regional nesta direção. Em 2013 o preço médio atingiu o seu mais elevado nível nominal, ultrapassando R$ 1,00/litro bruto ao produtor que ofereça um produto dentro dos padrões exigidos pelo mercado. Em termos nacionais, até setembro passado, segundo o Cepea/ ESALQ/USP, o preço do leite havia atingido o seu mais alto valor real em 13 anos. Ou seja, já descontada a inflação, o produtor de leite brasileiro, na média, recebia o mais alto valor em mais de uma década. Em termos nominais, a média nacional de setembro passado ficou em R$ 1,11/litro bruto, superando em 21,7% o valor registrado em setembro de 2012. Já o valor líquido médio atingiu a R$ 1,03/ litro. No Rio Grande do Sul, a média do litro, em meados deste mês de novembro, ficou em R$ 0,90 em termos brutos, superando em 23,3% o valor médio de um ano atrás. Essa realidade auxiliou, sem dúvida, na capitalização das pequenas propriedades rurais brasileiras em geral e gaúchas em particular, a grande maioria dedicada também ao leite. Todavia, é preciso manter o gerenciamento da produção em dia. Isso porque a tendência é de uma estabilização nos preços e, até mesmo, um retorno a patamares médios menores. Por um lado, porque o acesso à renda, por parte do brasileiro, chegou a um limite, particularmente devido ao seu forte endividamento e inadimplência em muitos casos. Por outro lado, porque o Estado brasileiro será obrigado a fazer reformas, mais dia menos dia, e isso tende a alterar o quadro dos programas sociais existentes nos últimos tempos. Enfim, o mercado continuará exigente e seletivo. Segundo estudos nacionais, o cenário para 2020 no Brasil está indicando um excedente de 5,5 bilhões de litros anuais, fato que exigirá um crescimento de 2,8% anuais da produção e não mais de 4% como nestes últimos tempos. Nesse contexto, se o Brasil tiver 120.000 produtores de leite profissionalizados daqui a seis anos, com um plantel individual de 45 vacas, a uma produtividade de 20 litros/vaca/dia, a produção anual nacional chegaria a 39,4 bilhões de litros, mais ou menos o consumo projetado para 2020. Hoje o país estaria com 250.000 produtores de leite no mercado formal. Que cuidemos para que não seja a produção regional a ser excluída!

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Jornal da Manhã | Ijuí, 26 de novembro de 2013

Fragoso encaminha pedido ao governador A redução pelo governo do Rio Grande do Sul da alíquota do ICMS sobre o trigo de 12 para 8% nas vendas para os Estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, até 31 de janeiro de 2014 é vista com simpatia pela direção da Cotrijui. A decisão do governador gaúcho Tarso Genro, na avaliação da direção da Cotrijui, já representa um avanço, devendo garantir uma certa estabilidade no mercado de comercialização do trigo. Entretanto, assinala a mesma fonte, o ideal para que a competitividade entre o produto gaúcho e o importado fosse mais justa, seria que o Estado do Rio Grande do Sul zerasse o ICMS na venda para outras regiões do País. Reconhecendo o esforço do

governo gaúcho, o presidente da Cotrijui Vanderlei Ribeiro Fragoso, deve encaminhar expediente ao governador do Rio Grande do Sul, solicitando que

seja concedida isenção total de ICMS na venda de trigo para São Paulo, Minas, Rio e Paraná e que essa medida tenha o prazo prorrogado por mais tempo.

Safra de inverno na área da Cotrijui gera negócios que superam os 210 milhões de reais

As culturas de inverno que em anos anteriores não foram representativas, em 2013, com a implementação da venda por

lote através da Cotrijui (caso do trigo), alterou o cenário. O grão valorizou bem mais e além disso o mercado acelerou

volumes interessantes de aquisições. Números da Cooperativa, apontam que na área de ação da Cotrijui os negócios originados podem atingir mais de 195 milhões de reais. Já a aveia, com uma região bem menor de cultivo, representa neste ano receitas de mais de 20 milhões de reais. Na prática no universo de atuação da Cotrijui, que envolve lavouras nas regiões Celeiro, Planalto Médio, Missões e Fronteira, os negócios gerados aos produtores ultrapassam aos 210 milhões de reais.

A situação das lavouras de verão As chuvas recentes e prognósticos de novas precipitações nesta semana, indicam que a lavoura de milho que está bem avançada (mais de 80% plantada), aponta para excelentes perspectivas neste ano. Com investimentos em novas tecnologias e

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variedades, a tendência é de uma colheita muito positiva. Já no caso da soja, o plantio ultrapassa aos 55% na área em que atua a Cotrijui. A projeção é de que a produtividade de soja em condições normais, seja de 50 sacas por hectare.

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Marfrig pode buscar mercado de bônus se custo de empréstimos cair A Marfrig Alimentos, segunda maior empresa do setor de bovinos no Brasil, irá buscar o mercado internacional de bônus apenas se os custos de empréstimos caírem consideravelmente, já que a companhia não possui nenhum pagamento significativo de dívida nos próximos três anos, disse Sergio Rial, que irá assumir a presidência da companhia no começo de 2014, na quarta-feira. A Marfrig irá adotar uma “aproximação oportunista” em acessar os mercados de bônus, e pode apenas vender nova dívida se os spreads, ou a diferença entre os custos de empréstimo da empresa e aqueles da dívida do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento equivalente, reduza a pelo menos um ponto percentual, disse Rial em Nova York. As declarações do executivo destacam o foco da Marfrig em reduzir seus custos de dívida, ampliar as margens em suas três unidades e controlar

gastos com vendas, gerais e administrativas para retornar a lucratividade. O prejuízo líquido da Marfrig no terceiro trimestre caiu 60 por cento para 194 milhões de reais conforme Rial reformulou as operações e orquestrou a venda da unidade de carnes de ave Seara para a rival JBS. “Não enfrentamos pagamentos iminentes de dívida nos próximos três anos, e conseguimos elevar o caixa, o que nos deixa em uma posição muito confortável no campo de dívida”, disse o executivo nos bastidores de um evento com investidores patrocinado pelo banco de investimentos Bradesco BBI. Atualmente, o rendimento no bônus da Marfrig de 11,25 por cento com vencimento em setembro de 2021 está em torno de 11,70 por cento. O spread relativo ao bônus do Tesouro dos EUA de sete anos está em cerca de 9,5 pontos percentuais, segundo dados da Thomson Reuters.

Reunião técnica debate rumos da cadeia produtiva do leite Baseada na importância econômica e social da cadeia produtiva do leite para o país e para a região Sul, ocorreu na quarta-feira, dia 20 de novembro, na sede da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas, a Reunião Técnica do Leite, com foco na Pesquisa e Inovação. O evento, promovido pela Embrapa com apoio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) e cooperativas Santa Clara e Cosulati, contou com a presença do secretário adjunto da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze. A meta é alicerçar um fórum permanente de discussão entre a comunidade científica e o setor produtivo do leite, aprovei-

tando para acolher as demandas do setor produtivo, integrar instituições e profissionais e embasar o estabelecimento das futuras ações de PD&I para a atividade leiteira da região. O Governo do Estado dispõe de iniciativas em todos os elos da cadeia, desde o incentivo à produção, à industrialização em todas as esferas, à regularização do transporte, à rastreabilidade e a certificação dos animais e produtos. “Cerca de 70% do leite do RS é destinado para fora do Estado. Nesse caso, só vamos expandir mercado quando tivermos um leite de qualidade e nossa meta é dobrar a produção de leite nos próximos 10 anos”, destacou.

25/11/2013 19:50:30


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Jornal da Manhã | Ijuí, 26 de novembro de 2013

Bayer CropScience cria projeto para auxiliar sojicultores

Iniciativa visa dar suporte aos produtores em troca de informações relevantes, monitoramento das lavouras e suporte técnico especializado

Para auxiliar os sojicultores, a Bayer CropScience criou o projeto Bayer Contra Lagartas, uma iniciativa que tem como objetivo oferecer suporte aos produtores, por meio da troca de informações relevantes, monitoramento das lavouras, adoção de ferramentas para o manejo de lagartas, suporte técnico especializado e a

Projeto amplia as alternativas do produtor rural para a recomposição da vegetação nas APPs O deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC) apresentou na última semana, durante a reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o relatório favorável ao Projeto de Lei 6330/2013, que modifica o código florestal ao permitir o cultivo de árvores frutíferas em propriedades de até quatro módulos, ocupando 50% das áreas de preservação permanente. O projeto dispõe sobre a recomposição das Áreas de Preservação Permanente (APPs) com o plantio de espécies fru-

COMO

PLANTAR

tíferas de valor econômico e dentro dos critérios e exigências estabelecidas. Este projeto permite a recomposição vegetal das APPS. Além disso, representa fonte de renda para pequenos produtores. A proposta prevê a inclusão de 50% de espécies perenes, de espécies frutícolas. Desta forma, haverá um estímulo à fruticultura, garantindo renda nessas áreas de aproveitamento e fazendo também a preservação do meio ambiente.

MORANGO

Clima - O morango cresce melhor em clima ameno ou clima frio, mas pode ser cultivado em regiões mais quentes. Em regiões onde a temperatura não é baixa durante o inverno, as mudas de morango devem ser colocadas em um ambiente refrigerado a aproximadamente 4°C durante 15 a 20 dias, antes de serem plantadas na horta. Luminosidade - Alguns cultivares de morango são sensíveis ao fotoperíodo, ou seja, ao número de horas de luz em um dia. Existem cultivares de dias longos e cultivares de dias curtos. Outros cultivares não são sensíveis ao fotoperíodo. Escolha cultivares adequados a sua região. O morangueiro necessita de boa luminosidade para crescer bem, com pelo menos algumas horas de luz solar direta diariamente. Em regiões quentes, o morangueiro pode ser cultivado em sombra parcial. Solo - O morangueiro precisa de solo bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica. O pH ideal do solo situa-se entre 5,5 e 6,5. Irrigação - Deve ser irrigado de forma a manter o solo sempre úmido, mas sem que fique encharcado. Plantio - O morango é plantado através de mudas oriundas dos estolhos (ou estolões) do morangueiro. O estolho ou estolão é um caule rastejante que cresce eventualmente lançando raízes e brotos, dando origem a novas plantas. Compre mudas de fornecedores no início da plantação e nos anos seguintes obtenha mudas dos estolhos destas plantas. Corte os estolhos para a retirada das mudas quando estas estão bem desenvolvidas, cortando na metade do comprimento entre os brotos em cada estolho. Alguns horticultores esperam as mudas enraizarem antes de separá-las da planta-mãe, outros cortam assim que os brotos têm de 3 a 5 folhas. Colheita - Os morangos devem ser colhidos quando estão maduros, diariamente ou a cada dois dias. Colha cortando o talo, sem tocar no morango. Os morangueiros são plantas perenes, mas produzem bem apenas por dois ou três anos. Assim, substitua as plantas a cada dois ou três anos.

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utilização de boas práticas agrícolas durante toda a safra. Para isso, a Bayer está criando uma rede de informações sobre lagartas, com apoio dos próprios produtores, que fornecem informações que alertem sobre o desenvolvimento e risco de infestação nas principais regiões do país.

Plantio da soja avança para 78% da área prevista no País O plantio da soja na temporada 2013/14 avançou para 78% da área prevista com a oleaginosa na atual temporada, dois pontos à frente de igual período do ciclo anterior. Na semana passada, haviam semeados 73 por cento dos hectares previstos. A Safras estima o cultivo da oleaginosa em área recorde no Brasil nesta temporada em 27,9 milhões de hectares, ou 5 por cento mais ante o ciclo anterior.

Lagarta foi favorecida por restos culturais Um dos pontos apontados pelo representante do Mapa e que coordena a Comissão de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV), Wanderlei Dias Guerra, para que a infestação com a Helicoverpa armigera já tenha sido detectada logo nos primeiros dias após o plantio é a entressafra. Soqueiras de algodão mal destruídas, guaxas de milho e lavouras de milheto na entressafra são os principais motivadores da ocorrência precoce da lagarta. “Em alguns lugares os agricultores estão tendo de realizar mais aplicações para o controle da praga. Estamos desenvolvendo um projeto piloto com um grupo de produtores de Sapezal que poderá ser estendido para todo o Estado, relata Guerra.

Cultivar de trigo Ametista apresenta alta produtividade no RS e PR A cultivar de trigo Ametista chamou a atenção de quem passou pelo dia de campo promovido pela Coopertradição e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em Pato Branco (PR). A observação é do professor do curso de agronomia da Universidade, Giovani Benin. De acordo com ele, o evento reuniu aproximadamente 200 pessoas,

Câmara Setorial Nacional discutiu as principais barreiras para exportação de arroz A Câmara Setorial Nacional da Cadeia Produtiva do Arroz discutiu no início deste mês, durante a reunião do grupo no Ministério da Agricultura em Brasília, as principais barreiras para exportação de arroz brasileiro. De acordo com o presidente da Câmara Setorial e da Comissão do Arroz da Farsul, Francisco Schardong, a principal reivindicação feita ao governo federal foram as questões tarifárias e fitossanitárias impostas ao grão. O grupo também esteve reunido no Palácio do Itamaraty, onde o governo fez a apreciação do projeto de lei, de autoria do deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS), sobre os aspectos fitossanitários para entrada de arroz vindo do Mercosul. “Foi criado grupo de trabalho para analisar os agroquímicos autorizados nas lavouras uruguaias e proibidos no Brasil.”, ressalta Schardong. A previsão é que o Brasil exporte 1 milhão de toneladas de arroz em 2013.

entre estudantes, agricultores e responsáveis técnicos da cooperativa. “Os participantes tiveram a oportunidade de observar o desempenho de 28 cultivares comerciais e destacaram o tipo agronômico e bom potencial produtivo da Ametista”, disse Benin. No Rio Grande do Sul, a produtividade da Ametista foi ainda maior. Em Carazinho, o

proprietário da Sementes São Bento, Cornelis Souilljee, conta que obteve uma produtividade de 92 sacos por hectare em um campo de 74 hectares. Desenvolvida pela OR Melhoramento de Sementes Ltda., Ametista é uma cultivar de trigo precoce, classificada como pão/melhorador e indicada para os Estados do RS, SC e PR.

Animais de estimação terão passaporte brasileiro para viajar

Cães e gatos poderão viajar para o exterior do país munidos de passaporte brasileiro. Apesar de o documento estar relacionado a viagens internacionais, o passaporte também poderá ser usado em viagens nacionais. O passaporte co-

meçará a ser expedido em fevereiro de 2014, quando serão completados os 90 dias de prazo para a entrada em vigor da instrução normativa (IN), publicada no Diário Oficial da União do dia 22 de novembro, que estabelece os requisitos e os procedimentos para a concessão, emissão, validade e legalização do documento. Para tirar o passaporte do animal de estimação, que não tem custo, o dono deverá entrar em contato com as unidades da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (Mapa) em portos, aeroportos, aduanas e postos de fronteira do país e solicitar a emissão do documento, entregue em até 30 dias.

Produtores de vinho são incluídos no Simples Nacional O deputado federal Afonso Hamm (PP/RS) esteve reunido com o deputado Claudio Puty, relator do Projeto de Lei Complementar 237/12, que altera o Estatuto das Micro e Pequenas Empresas foi informado de que a ban-

deira que levantou para incluir o setor de vinhos e espumantes teve um desfecho importante. De acordo com o deputado, esta foi uma importante conquista relatada por Puty.

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Jornal da Manhã | Ijuí, 26 de novembro de 2013

Ministro faz visita ao RS para resolver conflito de demarcação de terras O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, iniciou neste mês as reuniões que pretendem encontrar uma solução pacífica para o conflito entre produtores rurais e indígenas no processo de demarcação de terras no RS. Pela manhã, Cardozo esteve em Passo Fundo, no Norte do Estado, onde conversou com índios e representantes da Funai. À tarde, participou de encontro com agricultores, em Porto Alegre. “Temos uma orientação da presidente Dilma Rousseff para montar um programa de verbas que permitam equacionar esse conflito em cada área. Vamos dialogar área por área e respeitar o direito de todos os envolvidos. Podemos ter indenizações, aquisições de recursos, várias formas de composição a serem negociadas”, disse Cardozo em entrevista coletiva na sede da Polícia Federal, na capital gaúcha. “A ideia é que possamos iniciar o mais rápido possível o processo de discussão. É importante deixar claro que onde

houver tentativa de retomada de áreas com força física não iremos aplicar esse programa”, completou o ministro. A visita de Cardozo faz parte de uma promessa do Ministério da Justiça, que suspendeu a demarcação e criou uma comissão especial com o objetivo de solucionar o impasse. Em outubro, o ministro defendeu

a edição de uma portaria que modificaria as regras de demarcação e que outros órgãos tivessem o direito de participar das decisões, como entidades rurais. Atualmente, a Fundação Nacional do Índio (Funai) é o único órgão responsável pelo parecer técnico que define se as propriedades são ou não terras indígenas.

Conflitos entre agricultores e indígenas tem gerado o caos em municípios do RS

Randon registra desempenho positivo no trimestre devido a mercado aquecido de veículos comerciais A demanda aquecida no mercado de veículos comerciais e de material de carga no mercado brasileiro fez com que a Randon S.A Implementos e Participações tenha encerrado o terceiro trimestre e os nove primeiros meses de 2013 com resultados favoráveis. A receita bruta total, com impostos e antes da consolidação, atingiu R$ 1,8 bilhão no terceiro trimestre ou 32,5% a mais que no mesmo período do ano anterior (R$ 1,3 bilhão). No comparativo dos nove meses de 2013, houve crescimento na receita bruta de 29,2%, em relação ao mesmo período de 2012, totalizando R$ 5,0 bilhões. Já a receita líquida consolidada no terceiro trimestre somou R$ 1,1 bilhão, 29,2% mais que no mesmo trimestre de 2012 e nos nove primeiros meses deste ano atingiu R$ 3,2 bilhões, 26,9% superior aos R$ 2,5 bilhões de janeiro

a setembro de 2012. No terceiro trimestre, também foram destaques indicadores como o lucro líquido consolidado de R$ 78,7 milhões que foi 508,5% maior ao do mesmo período de 2012. O Ebitda consolidado atingiu R$ 176,3 milhões e margem Ebitda foi de 15,5%, representando um crescimento de 6,7 pontos percentuais, em relação ao terceiro trimestre de 2012. “A safra agrícola e a produção aquecida de caminhões trouxe de volta à cena indicadores positivos de resultados presentes nos melhores momentos da Companhia”, afirmou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Randon, Geraldo Santa Catharina, observando que o otimismo no campo deverá permanecer para o próximo exercício, quando as primeiras expectativas apontam novamente para crescimento da

safra 2013/2014. O diretor Geraldo Santa Catharina diz que apesar das boas perspectivas de mercado e da posição confortável da carteira de pedidos nas linhas de semirreboque e vagões, continuam em pauta os esforços adicionais para redução da necessidade de capital de giro e, ainda, na atenção dedicada à produtividade e eficiência de produção, bem como controle rígido das despesas. Destacou no entanto, que a Companhia está ainda avaliando os impactos das medidas restritivas adotadas pelo BNDES no que se refere ao Programa Finame PSI, e que a expectativa é de que as regras de financiamento para o restante do exercício e para 2014 sejam definidas o mais breve possível , para evitar perdas de eficiência em toda cadeia produtiva.

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Bunge inova na categoria e lança Óleo de Soja com Canola Líder no mercado brasileiro na categoria de óleo de soja, a marca Soya, da Bunge Brasil, lança o Óleo Soya Soja com Canola. A novidade traz os reconhecidos benefícios da semente de Canola para o atual consumidor de óleo de soja. O lançamento está alinhado à tendência de consumo de produtos cada vez mais saudáveis e também no crescimento do poder aquisitivo da Classe C. O Óleo Soya Soja com Canola é feito para quem quer cuidar da família, agregando ainda mais benefícios à já conhecida e aprovada qualidade de Soya, que hoje é líder de mercado. “Com a adição da Canola, o novo produto é fonte de ômega 3 e 6 que, quando associados à uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis, podem auxiliar na redução dos riscos de doenças cardiovasculares. Além disso, é rico em vitamina E, um importante antioxidante natural, que protege as células do organismo contra o envelhecimento precoce”, explica Sérgio Mobaier, diretor de marketing da Bunge Brasil. Hoje, as classes B e C são responsáveis por quase 80% do consumo das famílias brasileiras e este crescimento influencia diretamente no mercado. “As consumidoras, principalmente da classe C, deixaram de comprar apenas o básico e estão optando por produtos com maior valor agregado, pois com o aumento da renda, querem oferecer uma alimentação mais saudável e de maior qualidade para sua família”, diz o executivo. O lançamento chega em embalagem prática e diferenciada de 750 ml, com design que facilita o manuseio durante o uso. O óleo Soya Soja com Canola estará disponível inicialmente para os consumidores da região Sul, e posteriormente para todo o Brasil. “O Sul foi escolhido para iniciar o projeto por ser um grande

mercado consumidor de óleo de soja no país e por ser uma região reconhecida por valorizar a saudabilidade na alimentação. A marca Soya é a mais comprada nesta região, mesmo sendo um mercado bastante competitivo para a categoria de Óleo de Soja, com muitos ‘players’ regionais”, conta Mobaier. Segundo dados da Nielsen, a região possui um consumo per capita de Óleos de 7,4 litros por ano, enquanto a média nacional é de 5,6 litros/ ano. Para o lançamento, a marca Soya investirá mais de R$ 2 milhões em marketing, que engloba campanha de TV, mídia impressa, mídia exterior e ações de ponto de venda. “Com isso esperamos retomar esse laço forte que temos com os consumidores do Sul, região em que a marca começou sua história de sucesso em 1976 e até hoje mantém a liderança de vendas” completa o diretor. Líder de mercado, a marca Soya está presente nos lares de milhares de brasileiros há mais de 30 anos. Hoje, possui em seu portfólio produtos como maionese, óleos e margarinas.

Rio Grande do Sul já semeou mais de 80% da área destinada para o arroz O Rio Grande do Sul já plantou 83% da área destinada ao cultivo do arroz. Ao todo, serão cultivados 1,1 milhão de hectares da safra 2013/14, 6% a mais do que na safra passada. A projeção foi divulgada nesta quinta-feira (21.11) pela Ema-

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ter/RS-Ascar. As regiões da Fronteira Oeste, Sul e Campanha concentram as maiores áreas semeadas. No entanto, orizicultores do Centro do Estado e do entorno da Lagoa dos Patos enfrentam certa dificuldade para

finalizar o plantio da safra 2014, em função das intensas chuvas. Devido às precipitações, o processo de plantio foi interrompido na região. Além disso, naquelas áreas onde a semeadura já foi concluída, os trabalhos de condução das lavou-

ras (controle de inços, aplicação de inseticidas e fertilizantes) também tem sido prejudicadas, mas sem maiores prejuízos. Para o produtor que tem o grão em estoque, a saca de 50 kg foi comercializada por um preço de R$

33,31, representando uma diferença de +0,54% sobre o preço anterior. O Rio Grande do Sul é principal produtor nacional do grão, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

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Caça: além de cruel, proibida

Apesar da caça ser proibida no Brasil, a Ceriluz amplia o alerta sobre proibição desta prática em suas usinas, entre elas a Nilo Bonfanti, em Chiapetta

As usinas hidrelétricas se utilizam de um recurso natural para produzir energia elétrica. Em contrapartida, os empreendedores que constroem estas estruturas têm uma série de questões ambientais a serem seguidas. Começa com o processo de elaboração dos projetos, quando são realizados estudos ambientais que incluem a avaliação da flora e fauna locais, os impactos causados e as medidas de compensação a serem adotadas. Entre estas contrapartidas está o replantio de árvores retiradas, o controle da pesca - proibida a 200 metros de qualquer estrutura da barragem (1500 durante a piracema) - e a proibição da caça. Estas são algumas das muitas medidas adotadas pela Ceriluz nas usinas que possui em funcio-

namento: PCH Nilo Bonfanti, PCH José Barasuol e PCH RS-155. A proibição da caça nas usinas mostra-se uma redundância, porém é necessária. Isso porque esta prática é proibida no Brasil e, assim sendo, também no Rio Grande do Sul, último Estado a adotar esta medida, conforme explica o comandante da Patrulha Ambiental de Cruz Alta, Fernando Hockmüller. “Hoje, caçar, perseguir, apanhar, matar um animal silvestre é crime ambiental”, afirma. Segundo o policial ,esta prática ilegal leva a sérias punições, entre elas a penal, com prisão de seis meses a um ano, além de punições cíveis e administrativas. Apesar disso, conforme o comandante, a caça continua acontecendo. “A caça nada mais é que uma questão cultural, es-

pecialmente aqui no Rio Grande do Sul onde a prática se estendeu por mais tempo, por ser um dos únicos Estados onde ela era permitida.Mas, logicamente, esta é uma questão de educação, de conscientização, de as pessoas se darem conta de que esta não é mais uma conduta aceita na nossa sociedade e, temos verificado, principalmente através das crianças e estudantes, que essa consciência está sendo mais abordada”, acredita Hockmüller. Ele acrescenta que a geração mais antiga, que ainda trouxe essa cultura de seus pais e avós, se mostra mais resistente em modificar seu comportamento em relação a caça. O comandante da Patrulha Ambiental de Cruz Alta alerta também que a população de ani-

mais selvagens vem diminuindo na região, apesar da falsa impressão do contrário, uma vez que animais são vistos em rodovias e até mesmo em áreas urbanas. “Nós estamos vendo os animais na beira do asfalto porque eles não têm mais o refúgio natural que tinham, que são as matas”, avalia. Ele relata que no seu dia a dia percebe que muitas crianças e jovens já não conseguem mais identificar alguns animais por que não convivem mais com eles, diferente de pessoas mais velhas, que tiveram os animais silvestres mais presentes. “Hoje nossa geração ainda reconhece alguns animais por tê-los visto em livros, mas pessoalmente nunca os viu e terá raras oportunidades de ver algum na natureza”, acrescenta. Fernando Hockmüller lembra

ainda que é indispensável a conscientização da população quanto a preservação do meio ambiente, optando por um desenvolvimento sustentável. “Tem que se fazer o uso dos recursos que estão a nossa volta, mas de uma forma sustentável, que é o que hoje não ocorre. As pessoas estão pensando muito na questão econômica e esquecendo da questão ambiental. Meio ambiente é um direito de todos, não pertence a uma pessoa”, conclui. A Patrulha Ambiental de Cruz Alta realiza fiscalizações constantes para coibir a caça ilegal e a pesca fora do que determina a legislação, além de outras contravenções referentes ao meio ambiente. Também verificam denúncias que podem ser feitas pelo telefone (55) 3322 8305.

Técnicos uruguaios apresentam relatório de visitas a cooperativas gaúchas

Segurança alimentar é preocupação do governo

A comitiva formada por técnicos uruguaios que integram o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida) apresentou ao Departamento de Cooperativismo da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), durante os dias 21 e 22 de novembro, um relatório com proposições de trabalho observadas a partir de visitas realizadas às cooperativas gaúchas em setembro. De acordo com o documento, são quatro eixos principais: qualificação das cooperativas de leite; formação de técnicos cooperativistas e governamentais; realização de intercâmbios com o setor cooperativista do Uruguai; e a inclusão de dois grupos de cooperativas para implementar uma metodologia de circuitos para melhoria de

O secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, participou no dia 22 de novembro, na China, de fórum sobre segurança alimentar e tendências globais de produção. O evento contou com a participação dos principais representantes do agronegócio mundial, entre eles o vice-ministro da Agricultura da China, Niu Dun. Neri Geller ressaltou o trabalho intenso do governo brasileiro em desenvolver mecanismos eficientes para resolver os problemas de segurança alimentar, tendo em vista que o país tem exportado cada vez mais seus produtos. “Somos produtores de grandes excedentes de produção do mundo, desde carne

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gestão. Ficou acertada uma nova reunião entre a SDR e membros do fundo para fevereiro de 2014, quando serão especificadas as atribuições de cada entidade nas ações propostas e os recursos a serem utilizados. As cooperativas conhecidas foram Coopan (Nova Santa Rita), Copeagri (Ibirubá), Agricoop, Coperal e Copaal (Erechim), Cotrisana, Coamur e Coasa (Sananduva), Agroipé e Pradense (Ipê) e Coopeg (Garibaldi). O roteiro das visitas foi elaborado por meio de um termo de cooperação assinado entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Governo do Estado, via SDR, Emater, e Banrisul, e o Centro Latino Americano de Economia Humana.

bovina, café, açúcar, soja e milho. Frisando que hoje o Brasil é o segundo maior exportador de milho”, disse o secretário. Neste ano safra 2013/14, a China deve importar sete milhões de toneladas de milho – a perspectiva apresentada durante o evento é de que esse valor alcance 42 milhões de toneladas em 2030. Além do milho, a soja brasileira é de extrema importância para o mercado do país asiático. De janeiro a outubro, o Brasil exportou 42,1 milhões de toneladas de soja em grão e a China foi o principal destino do produto brasileiro, adquirindo, do total, 32,018 milhões de toneladas.

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