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Jornal da Manhã

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Ijuí, 26 de fevereiro de 2013

País investe em programas em prol do desenvolvimento da pecuária leiteira Pág. 3

Ceriluz busca garantir integridade física de trabalhadores. Pág. 5

Pêssego apresenta níveis elevados de substâncias proibidas no Estado. Pág. 8

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Meta Agrícola

Empresa agora tem concessionária em Ijuí. Pág. 7

Maioria das crianças que trabalham, estão inseridas no meio rural. Pág. 6

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ARTIGO

Armazenagem: a última fronteira agrícola do Brasil Como produtor rural que fez parte da história recente da organização dos produtores rurais do meu estado, tenho orgulho do nosso país e daquilo que conquistamos no campo. Sem dúvida, temos uma agricultura tropical que é um modelo para o mundo, modelo de sustentabilidade e daquilo que é mais moderno dentro da porteira. É verdade também que existem muitos problemas que minam essa sustentabilidade “fora da porteira”, seja nossa infraestrutura lastimável, seja a logística vergonhosa. Mas é preciso ter lucidez e admitir que não podemos depender do governo para resolver todos os nossos problemas. Na maioria das vezes, o governo federal se comporta como um “elefante em loja de cristal”, com reações lentas e medidas desproporcionais que causam mais estragos que benefícios, e muitas vezes nem os melhores analistas conseguem entender. Isso sem falar nas várias medidas tomadas na calada da noite contra o setor produtivo que nos surpreendem e que são de fazer inveja a Maquiavel, muitas das quais já retratei em meus artigos anteriores. Porém, do outro lado temos o setor privado com uma visão mais apurada dos gargalos existentes e que pode realizar intervenções cirúrgicas, normalmente envolvendo investimentos no próprio negócio. Quando reclamamos dos romaneios de classificação, as empresas são categóricas ao afirmarem que se não queremos ter descontos sobre umidade e impurezas é só entregarmos grãos limpos e

Seu fartura

secos. E é claro que sabemos que apesar de aplicarem descontos pesados sobre a carga dos produtores, por exemplo, nos grãos avariados, as tradings não devolvem esses grãos nem jogam fora, ou seja, não se trata de uma perda direta do volume entregue. Independente disso, precisamos

Temos uma agricultura tropical que é um modelo para o mundo, modelo de sustentabilidade e daquilo que é mais moderno dentro da porteira. É verdade que também existem muitos problemas que minam essa sustentabilidade. é reduzir perdas por desconto na qualidade do grão, e para isso é essencial ter uma estrutura de armazenagem na fazenda. E é nesse ponto que quero che-

gar. Sempre que o governo federal lança uma nova linha de crédito a juros baratos e longos prazos para pagar, produtores e gerentes de banco se unem em quase que um frenesi para promoverem uma profunda renovação dos parques de máquinas. Nada contra, é preciso se modernizar, manter a competitividade. O problema é que mesmo com uma linha de crédito igualzinha para construir uma estrutura de armazenagem, nem o produtor e nem o seu gerente do banco tem o mesmo interesse para aplicar esse recurso. Mas por quê? A resposta parece absurda, mas parece que o gerente do banco não vê vantagem no empreendimento e dificulta a liberação do recurso. O efeito dessa inércia gerencial é que a capacidade de armazenagem na fazenda não aumentou quase nada na última década, saiu de 4% em 2000 para 13,6% em 2011. E se olharmos o que está acontecendo hoje no Centro-Oeste, onde as chuvas castigam as lavouras de soja prontas para colher, aumentando a umidade e os grãos avariados, os prejuízos nos descontos de classificação, as estradas em péssimas condições, os fretes tão altos como nunca antes visto na história deste país, fica claro que essa inércia custa caro, muito caro para os produtores. Enquanto isso, nossos competidores dão risadas da nossa condição e se perguntam por que não temos armazéns na propriedade... Glauber Silveira é produtor rural, engenheiro agrônomo, presidente da Aprosoja Brasil.

Getúlio

PESQUISA VISA AMPLIAR PRODUTIVIDADE DA MANDIOCA Uma pesquisa inédita com a cultura da mandioca está sendo realizada pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) no Campo Experimental no município de Acorizal (62 km ao norte de Cuiabá). Comandados pela engenheira agrônoma e doutora em Solos e Nutrição de Plantas, Dolorice Moreti, os experimentos consistem em adubação em área verde, utilização da bactéria Azospirillum fixadora de nitrogênio e consórcio com leguminosas. Segundo a pesquisadora, o objetivo é avaliar o desempenho da cultura da mandioca para que sejam difundidas técnicas que permitam a expansão e o aumento da produtividade. Os primeiros resultados foram colhidos esta semana, mas conforme a doutora Dolorice Moreti serão necessários pelo menos três anos para a finalização dos trabalhos. Os trabalhos estão sendo desenvolvidos a partir de três variedades de mandioca utilizadas para consumo de mesa e industrialização. O ciclo pode variar de oito a 16 meses. Tanto que os primeiros resultados das cultivares mais produtivas já estão sendo avaliados, para que em breve seja viabilizado o plantio da mandioca para os agricultores familiares.

BRASIL FIRMA PARCERIAS COM A NIGÉRIA O Brasil estabeleceu parcerias com a Nigéria nas áreas de produção de energia e agropecuária. Os dois países também trocarão experiências sobre iniciativas de combate à pobreza e segurança alimentar. Esses acordos de cooperação foram firmados entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, em Abuja, capital da Nigéria. Em discurso após reunião com Jonathan, a presidenta lembrou que a Petrobras está presente no país há 14 anos, produzindo petróleo. Ela disse que a empresa pretende ampliar a produção e estabelecer presença cada vez mais marcante na Nigéria. A presidenta disse que tem como objetivo intensificar o apoio ao governo nigeriano no desenvolvimento agropecuário, com a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O Brasil deve ajudar também na formação de profissionais da área.

ARROZEIROS GAÚCHOS ABREM ESPAÇO PARA A SOJA Os bons preços pagos pela soja, cujos valores chegam a R$ 60,00 a saca de 60 quilos, têm levado muitos produtores gaúchos a optar pelo sistema de rotação de culturas não muito convencional: o cultivo da oleaginosa em áreas de arroz e também de pastagem, especialmente na Metade Sul do Estado. Essa tendência, verificada há pelo menos três safras, fez aumentar a área de soja no Rio Grande do Sul. Um levantamento do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) aponta que, da safra 2011/2012 para a atual, houve um incremento de 70% na área cultivada com a oleaginosa em regiões de várzea, saltando de 160 mil hectares para 272 mil hectares semeados. No caso das áreas de pecuária, a Emater-RS estima o plantio de 80 mil hectares de soja em 20 municípios das regiões da Campanha e Fronteira-Oeste.

PROTESTO NOS PORTOS AFETA EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS O porto de Santos, que responde por mais de um quarto das exportações e importações do Brasil, amanheceu com seus guindastes e esteiras carregadoras parados na sexta-feira, num dia de protesto de trabalhadores portuários contra as reformas propostas pelo governo para o setor. A manifestação de seis horas, que foi encerrada às 13 horas, como previsto, atingiu outros importantes portos do país, interrompendo as exportações de soja, milho, açúcar e outras mercadorias nos principais terminais brasileiros. O protesto prejudicou especialmente os embarques de soja, milho e açúcar nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), os dois principais centros de embarque de produtos agropecuários do país, num momento em que começa o escoamento de uma safra brasileira recorde de grãos. A movimentação dos trabalhadores acendeu um sinal de alerta no mercado externo, num ano em que problemas logísticos brasileiros já têm atuado como fatores de alta para os preços futuros dos grãos negociados na bolsa de Chicago.

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Brasil investe para ampliar exportação do leite O Brasil quer retomar a condição de exportador de leite nos próximos dois anos. Esta é a meta do convênio firmado entre Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O Projeto Setorial de Promoção de Exportações de Produtos Lácteos Brasileiros prevê o investimento de R$ 2,1 milhões para a participação de empresas e de cooperativas em feiras e eventos para a promoção do produto. Uma das propostas do MDA é sensibilizar as 170 cooperativas do setor a participem do programa. Outro eixo do projeto é proporcionar, em parceria com a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, atendimento e orientação a produtores, por meio de programas como o Balde Cheio. Em 2012 a produção de leite no Brasil atingiu 32 bilhões de litros, enquanto, em 2008, foi de 27,5 bilhões de litros. O recorde brasileiro de exportação foi registrado em 2008, com fatura-

mento de US$ 541 milhões. O governo vai disponibilizar montante de R$ 1,9 milhão e a OCB arcará com R$ 372 mil. Após dois anos, poderão ser investidos novos valores. Por meio do convênio, deverá ser concedido crédito subsidiado aos produtores para aquisição de 3.600 itens, como tratores, ordenhadeiras e resfriadores. O crédito será disponibilizado dentro do Programa Pronaf Mais Alimentos, com cobrança de juros de 2% ao ano. Caberá à OCB estimular a adesão do setor, que é muito capilarizado, e à Apex-Brasil promover os produtos no exterior, colocando frente a frente vendedor e comprador, destaca Rogério Bellini, diretor de Negócios da agência. Serão convidados a visitar o Brasil importadores, jornalistas e formadores de opinião estrangeiros para conhecer o trabalho do setor e fazer negócios. Os mercados mais visados são: Angola, Arábia Saudita, Argélia, China, Egito, Emirados Árabes, Iraque e Venezuela. O governo deverá ampliar a assistência técnica aos produtores.

Programas transferem tecnologia para o desenvolvimento da pecuária leiteira O Programa Balde Cheio é resultante do convênio entre a Cooperideal, a Embrapa e a Emater. Surgiu com o objetivo de atender a demanda de leite de empresas do setor instaladas na região. Sua finalidade é avançar na qualidade do leite e reduzir os custos da produção, mantendo o mesmo número de vacas em lactação. O programa também tem por objetivo promover a troca de informações sobre as tecnologias aplicadas regionalmente e monitorar os impactos ambientais, econômicos e sociais, nos sistemas de produção que adotam as tecnologias propostas. A capacitação e a troca de informações acontecem na propriedade rural, que se torna uma sala de aula, chamada de unidade demonstrativa (UD). Além disso, a programação inclui aulas teóricas, tanto a extensionistas como a produtores, na Embrapa e nas propriedades selecionadas. Uma das principais estratégias do Projeto Balde Cheio são as parcerias efetuadas com diversos tipos de instituições públicas (órgãos de assistência técnica e extensão rural vinculados às Secre-

Três de Maio é um dos municípios que recebeu auxílio dos programas Balde Cheio e Pró Leite

tarias Estaduais de Agricultura, prefeituras, departamentos de agricultura municipais e instituições de ensino e pesquisa, instituições financeiras, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e privadas (cooperativas, laticínios, associações, federações de agricultura, Sebrae, instituições de ensino e pesquisa, profissionais autônomos). O envolvimento de parceiras distintas entre diferentes elos da cadeia produtiva do leite confere

ao projeto uma base sustentável e dinâmica, colaborando para a formação de uma rede de trabalho em que ocorre uma intensa troca de informações e de conhecimentos. Até o final de dezembro de 2012, 24 Estados brasileiros já faziam parte do Projeto Balde Cheio, totalizando 710 municípios e mais de 3.831 propriedades rurais, sendo 563 Unidades de Demonstração e 3.268 Propriedades Assistidas.

Como fazer parte do programa Balde Cheio:

Uma das propostas do MDA é sensibilizar as 170 cooperativas do setor a participar de programa

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Os interessados no Programa Balde Cheio precisam demonstrar interesse entrando em contato com o coordenador do projeto pelo Sistema Faeg/Senar, Marcos Bragança, no telefone: (62) 3545-2623, ou e-mail: marcos@faeg.com.br. O município interessado pode entrar em contato com o Sindicato Rural da região que encaminha um pedido formal (ofício) ao Sistema Faeg/Senar, onde não houver Sindicato o ofício deverá ser encaminhado diretamente ao Sistema Faeg/Senar; programação de uma visita ao município interessado, pelo coordenador estadual do projeto para apresentação do Balde Cheio aos Dirigentes do Parceiro, aos produtores rurais interessados e aos técnicos de campo locais. O Parceiro deverá ter um grupo constituído de dez a vinte produtores de leite que serão assistidos pelo projeto; Disponibilizar um Técnico de Campo no município (agrônomo, veterinário, zootecnista, técnico em agropecuária); Agendamento da 1º visita do Especialista Técnico do Balde Cheio, para definir a unidade demonstrativa e início do Projeto Balde Cheio no município.

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Saiba mais sobre Certificação Florestal e Orgânica A certificação socioambiental estimula melhorias ambientais, sociais e econômicas nos setores florestal e agropecuário. Ela reconhece que atuação responsável contribui para a conservação dos recursos naturais, proporciona condições dignas e justas para os trabalhadores e promove boas relações com a comunidade próxima à área, propriedade ou empresa certificada. Entre os benefícios alcançados pelos empreendimentos certificados, independente do porte, os que se destacam são a diferenciação dos produtos no mercado, a participação em mercados mais exigentes e os ganhos em gestão e melhoria na imagem institucional. “A certificação, em tese, é uma ferramenta de mercado que garante que as empresas e comunidades utilizem produtos da floresta (madeira ou não madeireiros) ou orgânica (agricultura) de forma sustentável, sendo ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável”, explica Adriana Imperador, coordenadora do Fórum de Pró-Reitoria Extensão das Universidades Brasileiras – Forproex – Eixo Meio Ambiente. Diante disso, os consumidores, com o tempo, também passaram

A Certificação age criando modelos de uso da terra e de desenvolvimetno sustentável

a exigir mais diante dos produtos presentes no mercado. A certificação acaba fazendo a diferença nas regiões em que atua, criando

ali modelos de uso da terra e de desenvolvimento sustentável que podem ser reproduzidos em outros municípios, regiões ou biomas

do País. “A idéia é agregar valor ao produto e participar mercados exigentes como na Europa”, completa Adriana.

23ª colheita do arroz é aberta oficialmente no Estado

Evento foi uma iniciativa da Federarroz e contou com a presença de Tarso Genro

Foi aberta oficialmente na manhã de 23 de fevereiro a 23ª colheita do arroz em Restinga Seca, na Região Central do Rio Grande do Sul. Ao lado do secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, o governador Tarso Genro participou do evento e, em seu discurso, assegurou aos produtores de arroz apoio ao movimento que busca a definição de cotas de importação do arroz junto ao Mercosul. O chefe do Executivo disse, ainda, que o bom momento da agropecuária permite que o “o Estado continue distribuindo renda, trabalho e justiça social”. Ao referir-se à informação divulgada pelo Ministério do Trabalho, de que o Estado foi o segundo que mais gerou empregos no ano passado, Tarso disse que o Rio Grande do Sul está “bomban-

do”. A abertura oficial da colheita do arroz é uma iniciativa da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e ocorre anualmente em um dos municípios arrozeiros do Estado. As perspectivas para o mercado brasileiro de arroz em 2013 foi o tema da palestra apresentada pelo consultor da Agrotendências, Tiago Sarmento Barata, durante a programação da 23ª abertura da colheita do arroz, na sexta-feira, em Restinga Seca. Segundo o especialista, alguns fatores exigem cautela e bom senso, mas a expectativa é positiva. Na análise dele, “os fundamentos desta safra apontam para uma relação de oferta e demanda bastante ajustada, dando condições para a manutenção dos preços firmes.”

Plantio do algodão é lento; produtores devem optar pelo milho A Ourofino Saúde Animal inicia o quarto ano de atividades do Programa de Incentivo ao Aperfeiçoamento Clínico (Piac). O projeto acontece em parceria com universidades brasileiras e consiste em distribuir gratuitamente medicamentos da Linha Pet da empresa para auxiliar no tratamento dos animais nos hospitais veterinários

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das faculdades. O Piac promove ainda um concurso anual entre os alunos que participam do programa. Aqueles que relatarem os três melhores casos clínicos em que houve a administração correta e bem-sucedida dos produtos recebidos são premiados. São mais de 40 instituições de ensino beneficiadas com a entre-

ga dos kits da Ourofino. Após a utilização terapêutica dos medicamentos, alunos e residentes podem enviar à companhia cases que descrevam como a utilização dos produtos contribuiu para o tratamento e a cura do animal, apresentando histórico do atendimento e aspectos clínicos. Em 2012, a Ourofino recebeu 22

relatos de estudantes ligados a universidades que fazem parte do Piac e, após avaliação da equipe técnica, elegeu os três melhores. Estes alunos foram premiados nesta semana com um aparelho de anestesia inalatória, um netbook e uma câmera digital, respectivamente, de acordo com as colocações.

A história das sementes Auri Braga Historiador e Técnico em Agricultura

Em grande parte do mundo se cultiva a terra no mínimo duas vezes por ano. Alguns países, principalmente da Europa, em função do gelo e neve que se formam no solo não permite o cultivo de duas culturas por ano. Dito isso, imaginamos quantos milhões de toneladas e de quantas espécies de sementes vamos utilizar para que tudo isso se transforme em alimento para a humanidade,por isso a importância que devemos dar para o setor de sementes e toda sua cadeia em todo o planeta. Vamos conhecer os principais órgãos de pesquisa que dão todas as diretrizes produtivas em todos os países produtores de sementes, das mais antigas, até os dias atuais. Vamos estudar o caminho percorrido pelos institutos de pesquisa para lançamento de um novo cultivar no mercado, quantos anos de pesquisa é necessário para o lançamento de uma nova cultivar com características totalmente diferentes dos já existentes, sempre mais produtivo, mais resistente a doenças de ciclos cada vez mais curtos, resistente a insetos e mais recentemente já se fala em mais resistentes à estiagem. Quando as empresas de sementes lançam uma nova cultivar,não imaginamos a carga genética que ela carrega, mas sempre caminha para tentar solucionar os problemas mais sentidos pelos agricultores. Quando lançado recentemente no mercado as variedades transgênicas resistentes aos herbicidas, quanta economia de mão de obra evitando as aplicações pré-emergentes onde o solo tinha que ser mexido. Vamos também conhecer profundamente a prática de plantio direto na palha, suas vantagens, principalmente na preservação ambiental.

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Cuidados em segurança se refletem em baixos índices de acidentes A legislação brasileira vem se tornando cada vez mais rigorosa no que diz respeito à segurança no trabalho. Normas são criadas com o objetivo de garantir a integridade física dos trabalhadores, com cuidados específicos em cada área de atuação. Além disso, os empregadores vêm se tornando mais conscientes e descobrem que é melhor investir em equipamentos de proteção e treinamentos, a arcar com as despesas em casos de acidentes graves ou fatais Respeitando a lei, mas principalmente por uma questão de consciência, a Ceriluz tem entre suas metas a redução dos índices de acidentes em ambas as áreas. E, felizmente, graças a um trabalho rígido coordenado pelo setor de Segurança no Trabalho e com apoio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), de diretores e colaboradores, vem obtendo resultados excelentes. Na obra da Usina RS-155, por exemplo, não foi registrado nenhum acidente de trabalho de graves proporções, mesma situação ocorrida na cooperativa de distribuição de energia nos últimos anos. Usina RS-155 – A obra da Usina RS-155 exigiu muitas ações preventivas sobre diferentes tipos de risco, entre elas o fiscalização de velocidade e sinalização para o tráfego de veículos pesados; correta armazenagem, transporte e manipulação de explosivos; controle de resíduos e poeiras; prevenção a quedas na construção civil e de riscos elétricos na montagem dos equipamentos e subestações. Em todos estes procedimentos foi respeitado o uso dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) e Coletivos (EPCs) definidos pelas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho. “A construção da usina RS-155 envolveu dois ramos de atividades que oferecem altos índices de acidentes de trabalho, que são a cons-

trução civil e energia elétrica. Mesmo assim os resultados foram muito positivos, pois não tivemos nenhum acidente grave com afastamento ou fatal”, explica a técnica em segurança no trabalho, Andréa Cargnelutti. Este resultado positivo não foi por acaso. Segundo a técnica, exigiu o envolvimento de todos e constantes treinamentos junto às equipes, inclusive de empresas terceirizadas. “O resultado disso se deve a um trabalho conjunto, principalmente do comprometimento da direção da Cooperativa e de toda a equipe técnica, com relação à prevenção de acidentes. Foram envolvidas as empreiteiras, os encarregados e os trabalhadores em geral, que no decorrer da obra se tornaram multiplicadores da segurança”, diz Andréa. Mesmo agora depois de pronta e com a Usina RS-155 já em funcionamento, seguem os cuidados de prevenção de acidentes para os colaboradores que continuam trabalhando no local em atividades de manutenção e também para receber visitantes, uma vez que a usina vem recebendo associados e moradores da região, sempre no segundo sábado de cada mês. Distribuição de energia Na área de distribuição de energia, os cuidados não são diferentes, uma vez que os riscos também estão presentes, principalmente de choques elétricos e quedas de postes.

Mas também neste serviço a Ceriluz vem obtendo ótimos resultados com índices muito reduzidos de acidentes, sendo o menor dos últimos anos em 2012, segundo Andréa. Isso é resultado do investimento em treinamentos e aquisição de Equipamentos de Proteção Individuais e Coletivos. No ano passado, por exemplo, a Cooperativa investiu R$ 116 mil na aquisição de equipamentos e outros R$ 63 mil em treinamentos, incluindo capacitação técnica e reciclagem em segurança. Em auxílio às equipes responsáveis pela segurança dos trabalhadores vieram novas normativas, entre elas a Norma Regulamentadora (NR) 10, vigente desde 2004 e que trata de segurança em instalações e serviços de eletricidade e, desde setembro de 2012, a NR 35, que regulamenta o trabalho em altura e visa diminuir os índices de quedas, hoje um dos principais fatores causadores de acidentes de trabalho no Brasil, correspondendo a 40% do total. A Ceriluz vem alcançando bons resultados principalmente graças aos treinamentos e também às atividades da Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat), organizada pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. São inúmeras ações que objetivam a integridade física dos colaboradores e, claro, a segurança também de nosso associado, consumidor da energia.

O correto uso de equipamentos de proteção é uma lição frequente nos treinamentos realizados

Os equipamentos de proteção são regularmente checados por laboratórios especializados

Mais de 40 tecnologias presentes na Expodireto Cotrijal de Não-Me-Toque

Alguns produtores estão em busca de maior rentabilidade na produção

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A Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – participa da Expodireto Cotrijal 2013 com 41 tecnologias apresentadas por 12 unidades da empresa. Cultivares e práticas de manejo para plantas de lavoura, forrageiras, hortaliças e frutas, além de sistemas de produção animal e vegetal serão apresentados em vitrines no campo e no estande institucional. A feira acontece de 4 a 8 de março, em Não-Me-Toque, RS. De acordo com o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Trigo Adão Acosta, na área de campo da Embrapa serão apresentadas cultivares de soja, milho, feijão, sorgo, trigo e forrageiras de verão. Além disso, na vitrine foram dedica-

dos espaços para o coletor solar, integração-lavoura-pecuária, conservação de solo, fixação biológica de nitrogênio e manejo integrado de pragas da soja. Ainda, junto à área de parceiros como a Emater/RS, estão implantadas abóboras, batatas-doce, tomates, pimentas e melão. Estão previstos dois lançamentos: a cultivar de trigo BRS Parrudo e a cultivar de capim sudão BRS Estribo. A data ainda está sendo definida em função da agenda do Ministro da Agricultura e demais autoridades. Nesta edição da feira, a Embrapa contará com as unidades de Agroenergia, Clima Temperado, Hortaliças, Florestas, Meio Ambiente, Pecuária Sul, Suínos e Aves, Uva e Vinho, Trigo, Produtos e Mercado – EN Passo Fundo, Arroz e Feijão, Milho e Sorgo.

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Quase 60% das crianças que trabalham estão na agricultura Quase 60% das crianças envolvidas em trabalho infantil estão na agricultura, um dos setores considerados mais perigosos. Além disso, há meninos e meninas a partir dos 5 anos trabalhando na atividade pastoril. Os dados fazem parte de relatório divulgado no dia 25 de fevereiro pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Intitulado Trabalho Infantil na Pecuária, o documento conclui que pouco se sabe sobre o envolvimento das crianças nessa atividade, em que a participação dos menores é comum cultural e tradicionalmente. A FAO ressaltou que muito do trabalho das crianças na pecuária pode ser classificado como trabalho infantil.

Um novo rural, novos negócios

Setor é considerado um dos mais perigosos

Brasil quer ser maior produtor de alimentos do mundo

Tecnologia a serviço da reprodução animal

A revista semanal do jornal britânico “Financial Times” publicou, neste fim de semana, reportagem sobre o delicado equilíbrio perseguido pelo Brasil entre a produtividade agropecuária e a preservação das florestas. “Sustentabilidade, e não exploração, é agora a chave para o país que almeja se tornar o maior produtor de alimentos do mundo”, diz o texto. De acordo com a matéria, o país deixou para trás um passado de exploração desenfreada dos recursos naturais, fazendo o seguinte questionamento na manchete: “Paraíso recuperado?”. O jornal lembra que, apenas no ano de 2004, a Amazônia havia perdido uma área de floresta de 27.000 quilômetros quadrados – o equivalente ao territótio da Bélgica.

Pecuaristas terão em breve um novo sistema de indução à reprodução disponível no mercado. Testado na Suíça, consiste na implantação de um sensor na genitália do animal que mede a temperatura e movimento. Quando a vaca está no cio, não só a temperatura sobe, como ela movimenta-se menos. A conjugação dos dois estímulos faz gerar um sinal, que é transmitido ao chip, que é fixo no pescoço da femêa. Este, por sua vez, envia um SMS ao celular do criador. Com isso não será mais necessário fazer exames para descobrir se as vacas estão em seu período fértil e podem reproduzir, garantindo maior rentabilidade na pecuária de corte e leiteira.

COMO

PLANTAR

ORQUÍDEAS

Em que vaso devo plantar? Existem várias opções disponíveis no mercado, mas para as residências, os mais fáceis são os de barro cozido, preferencialmente furados nas laterais, para garantir boa drenagem e aeração. Os vasos de plástico são comercialmente melhores, devido à sua leveza e facilidade de transporte, e podem também ser usados em casa com sucesso. Como plantar as orquídeas? Provavelmente sua orquídea já está plantada em um vaso, por isso, explicaremos mais sobre seu transplante (troca de vaso).

Estudo avalia potencial de prestação de serviços ecossistêmicos A conversão de florestas em usos antrópicos tende a reduzir a qualidade da água, devido ao aporte de nutrientes e sedimentos provenientes da movimentação e manejo do solo. “As florestas se apresentam como a melhor cobertura do solo para a manutenção da qualidade natural das águas superficiais, proporcionando serviços ecossistêmicos de regulação e provisão desse recurso”, aponta a engenheira florestal Carla Cristina Cassiano. Em contrapartida, afirma Carla, “a presença de vegetação florestal na área ripária pode reduzir esses efeitos, através da prestação de alguns serviços de proteção dos corpos d’água”.

Mãos à obra 1. Retire a orquídea do vaso - Se possível, divida-a em partes, conforme será explicado na seção seguinte. 2. Lave as raízes - Faça isso com cuidado, em água corrente, sob uma torneira. Passe os dedos nelas, retirando-se as raízes mortas e fragmentos restantes. Mantenha as raízes saudáveis intactas. 3 . Adicione material de drenagem (opcional) - Coloque uma camada de brita, argila expandida ou mesmo isopor. 4 . Coloque o substrato - Deixe um pouco para completar depois da colocação da muda. Molhe-o bem no fim do processo. 5 . Acomode a muda - Acomode a planta em um dos cantos do vaso. Mantenha a brotação nova (base do maior pseudobulbo) voltada ao centro do vaso, para dar espaço ao seu desenvolvimento. 6. Adube (Opcional) - Coloque uma pequena quantidade de adubo orgânico ou mistura na lateral do vaso. Veja mais em Como Adubar Orquídeas.

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Frango: Brasil e União Europeia fecham acordo Um novo regime de importação da União Europeia (UE) para algumas preparações e conservas de carne de frango do Brasil vai tornar possível uma maior rentabilidade para o exportador brasileiro. As importações estarão sujeitas a uma cota tarifária que chega a 158,2 mil toneladas anuais. O acordo, que entra em vigor a partir do dia 1º de março, é resultado de um entendimento bilateral que modifica o regime de importação da UE que se iniciou em 2009. O Brasil negociou o direito de cotas específicas, cuja administração será compartilhada pelos governos do Brasil e da União Europeia. O novo regime deve compensar parcial ou totalmente a elevação das tarifas aplicadas às importações acima da quantidade estabelecida para a cota.

A evolução do espaço rural da agricultura familiar da região sul do Brasil é inequívoca. Há a presença da energia elétrica em, praticamente, 100% dos estabelecimentos. O elevado índice de mecanização agrícola na condução dos cultivos reduziu a rudeza do trabalho e liberou parte da mão de obra e do seu tempo para o exercício de outras atividades. Convive hoje, o agricultor familiar ainda com suas atividades relacionadas à terra, mas também com oficinas mecânicas, serrarias, pequenos matadouros, armazéns etc. Esta nova conformação trouxe também a evolução da renda agropecuária e o ingresso de outras fontes de recursos, seja pelos ganhos de produtividade, pelo desenvolvimento de outras atividades, ou ainda, pelo acesso à aposentadoria rural e a outras políticas compensatórias. Hoje as possibilidades se descortinaram com a presença dos novos maquinários e equipamentos agrícolas, automóveis, motocicletas, eletrodomésticos, que permitem o estabelecimento da oferta de serviços para o conserto destes bens em tempo integral ou parcial. A existência de festas de comunidades, casamentos e formaturas cada vez mais frequentes e requintadas, já possibilita a presença de institutos de beleza para que a mulher rural não necessite mais ir à cidade arrumar-se e depois retornar ao interior para atender o seu compromisso social. Esta combinação de atividades agrícolas e não agrícolas além de ampliar a renda familiar, irá absorver aqueles jovens que possuem outras vocações, que não somente a atividade agropecuária, além de propiciar a sua independência financeira. Nos últimos planos de safra da agricultura familiar, ficou mais clara a possibilidade do financiamento destes investimentos (oficinas mecânicas, borracharia, serrarias, salão de beleza, padarias etc) através do Pronaf. Esta oportunidade de negócios, que traz mais renda e progresso ao interior poderá ser financiada pelo Pronaf em dez anos de prazo com até cinco anos de carência. Compartilhe esta informação!

José Nei Telesca Barbosa

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Meta Agrícola é inaugurada em Ijuí

Mercado exige mais profissionais nas áreas de produção animal e florestal

Empresa oferece sistema completo de produtos e serviços para preparar o produtor rural para os desafios cotidianos

Desde o dia 20 de fevereiro, os agricultores de Ijuí e região têm à sua disposição uma nova concessionária Case IH: a Meta Agrícola foi inaugurada no município. A loja visa atender aos agricultores de soja, trigo, arroz, entre outros, e oferece máquinas que irão facilitar todas as etapas dos processos agrícolas. A Meta Agrícola também levará aos campos gaúchos mais tecnologia, uma das marcas da Case IH, oferecendo um sistema completo de produtos e serviços capazes de preparar o produtor rural para os desafios cotidianos, criando instrumentos adequados para auxiliar o agricultor na tarefa de produzir mais e com uma qualidade superior. A empresa, que há mais de 160 anos possui sede em Passo Fundo, traz a Ijuí, além da venda de tratores e colheitadeiras Case IH, também suporte de peças, reparação e substituição. A estrutura completa garante o padrão de qualidade exigido pela Case IH em suas concessionárias. Entre as soluções disponibilizadas pela Case IH, estão as colheitadeiras de grãos Axial-Flow, colhedoras de cana, café e algodão, além de tratores de todas as potências, pulverizadores autopropelidos e plantadeiras. Além da concessionária em Ijuí, a Meta Agrícola representa a Case IH no Rio Grande do Sul com lojas em Passo Fundo, Vacaria e Tupanciretã, além da loja em Campos Novos, em Santa Catarina.

Segundo SNA, é crescente a necessidade de profissionais no ramo

Loja visa atender aos agricultorese e oferecer máquinas que irão facilitar todas as etapas dos processos agrícolas

Concessionária é a quinta representante da Case IH no Estado

Com a crescente necessidade de aumento da produção de proteína animal de maneira sustentável, além da exploração das reservas florestais brasileiras sem desmatamento, profissionais ligados a estas áreas serão os mais requisitados no mercado, segundo a avaliação do presidente da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), Antônio Alvarenga. Segundo Alvarenga, a maioria dos profissionais ligados ao agronegócio está voltada para a gestão e produção de grãos, mas a criação de animais ainda precisa de mais médicos veterinários e zootecnistas para contribuir no aumento da produção de carnes no Brasil. “O setor de grãos já alcançou um nível de produtividade muito acima de outros países produtores. Mas na [produção de] carne, por exemplo, ainda estamos atrasados e é preciso ter o mesmo boom de produtividade nesse setor como atingimos nos grãos. É um mercado (de carnes) que ainda vai crescer muito, à medida que a população vai ganhando renda e aumentando o consumo de proteínas”, avalia. Por outro lado, a exploração florestal também é uma atividade que tende a crescer e, por consequência, deve exigir mais mão de obra qualificada. “O Brasil tem uma reserva florestal grande e tem que aprender a explorar melhor suas reservas sem haver desmatamento. Existem vários programas a serem feitos nesse sentido, e o Brasil tem uma vocação para a exploração florestal”, destaca Alvarenga. De acordo com Alvarenga, os profissionais ligados ao agronegócio ainda estão muito voltados para a produção de grãos, e isso deve continuar. Para quem deseja seguir a carreira, alerta ele, é preciso que se aprofunde em conhecimentos de irrigação, técnicas de plantio ABC (Agricultura de Baixo Carbono), e pesquisas de sementes e solos. “É o agronegócio voltado para produção moderna de grãos. Um produtor rural que está no interior de Mato Grosso ou Bahia, por exemplo, necessita cada vez mais de profissionais da área de gestão. Ela é muito importante e a procura é grande nas fronteiras agrícolas brasileiras”, afirma.

Exportações brasileiras de carne suína aumentam Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em janeiro, o volume de carne suína exportado pelo Brasil ficou em 39,2 mil toneladas, considerando as carnes in natura, industrializada e salgada. Um aumento de 18,5% em relação a dezembro de 2012. No mesmo período, a tonelada do produto brasileiro ficou 10,9% mais barata, cotada, em média, em US$2.479,50. Por conta disso, mesmo com um maior volume embarcado, o faturamento subiu em menor proporção, 5,6%. A receita ficou em US$97,2 milhões. Em relação ao mesmo período do ano passado, o faturamento e o volume embarcado cresceram 11,7% e 25,4%, respectivamente.

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Amostras de pêssegos do Estado apresentam índices de agrotóxicos acima do permitido Amostras de pêssegos produzidos no Rio Grande do Sul apresentaram índices de agrotóxicos acima do limite permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Saúde no ano passado. O Ministério da Agricultura, no entanto, defende que tal elevação não representa risco à saúde. A Anvisa analisa as amostras nos pontos comerciais de distribuição e se constatadas irregularidades, a Agência comunica o Ministério da Agricultura, que notifica a Secretaria do Estado para acompanhar o produtor na aplicação dos agrotóxicos. Das sete amostras analisadas por técnicos do governo federal, cinco continham níveis elevados de substâncias proibidas, como fungicidas e inseticidas. O Ministério da Agricultura alega que

a pesquisa serve para alertar os produtores e a própria fiscalização. Em nota, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Ênio Marques alerta que, aos consumidores, cabe buscar saber sobre a origem do produto, já que é impossível identificar a presença de agrotóxicos a olho nu e lavar a fruta com água sanitária não resolve. Outra alternativa para os consumidores são os produtos orgânicos, que só podem ser incluídos nesta categoria com um rígido controle de qualidade. Não há um modo de o consumidor final saber se o pêssego está com excesso de agrotóxicos. Por isso, o indicado é que sempre se opte por empresas com credibilidade no mercado no momento da compra da fruta.

Alternativa para os consumidores são os produtos orgânicos

Preço do frango registra alta As cotações da carne de frango estão em alta no mercado interno nesta parcial de fevereiro, de acordo com dados do Cepea. A retomada da rotina de consumidores e a volta às aulas favorece o aquecimento do mercado de frango. Entre 31 de janeiro e 21 de fevereiro, o frango inteiro congelado chegou a se valorizar 5,9% em São José do Rio Preto (SP) e 5,4% em Porto Alegre (RS), com o quilo a R$ 3,92 e a R$ 4,44, respectivamente, nessa quinta-feira, 21. Quanto ao inteiro resfriado, as valorizações mais intensas foram de 4,3% em Toledo (PR) e de 3% em Descalvado (SP), a R$ 3,91/kg e R$ 3,88/kg na quinta. Já no mercado de insumos, segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de queda nos preços tem predominado.

Cotações estão em alta no mercado interno em parcial de fevereiro

Prêmio Empreendedor Rural Cooperativista é voltado ao RS O cronograma do Prêmio Empreendedor Rural Cooperativista - Troféu Aury Luiz Bodanese” será definido no dia 13 de março, às 16 horas, na sede da coordenadoria regional oeste do Sebrae/SC em Chapecó, durante reunião com o Movimento Catarinense para a Excelência (MCE), coordenadores do Projeto de Desenvolvimento de Empreendedores Rurais Cooperativistas nas cooperativas. Neste ano, a premiação será realizada com a participação das cooperativas ligadas à Coopercentral Aurora Alimentos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O prêmio foi um dos assuntos em destaque durante a primeira reunião para alinhar as atividades do Projeto de Desenvolvimento de Empreendedores Rurais Cooperativistas, na última semana, na sede do Sebrae, em Chapecó. Participaram coordenadores das cooperativas filiadas à Coopercentral Aurora, parceiros do Sebrae/SC catarinense e gaúcho e a coordenadoria central da Aurora. Promovido pela Coopercentral Aurora, Sebrae/SC e Movimento Catarinense pela Excelência (MCE), a premiação é destinada aos produtores rurais que concluíram o programa Qualidade Total Rural – um dos treinamentos que integram o Projeto de Desenvolvimento de Empreendedores Rurais Cooperativistas.

Transgênicos são o carro-chefe da agricultura Pela primeira vez desde que a técnica de cultivo com sementes transgênicas foi oficializada no país, em 2005, a área plantada com este tipo de produto supera em hectares a área ocupada por sementes orgânicas ou convencionais. De acordo com informações divulgadas recentemente a partir de dados da consultoria Céleres, especializada em agronegócio, mais de 37 milhões de hectares estão semeados com produtos transgênicos no país em 2013, 14% a mais do que no ano passado. Na opinião do presidente da

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Abrasem – Associação Brasileira de Sementes e Mudas, Narciso Barison Neto, o sucesso das sementes transgênicas nas lavouras brasileiras é sinal de aprovação do produtor e reflexo da boa qualidade dos produtos. “Quando se tem sucesso no mercado é porque você tem um produto bom, que agregue vantagens ao produtor, seja aceito e aprovado pelo mercado”, afirma. Além da vantagem econômica e do conforto disponibilizado ao agricultor, a utilização de sementes geneticamente modificadas também possibilita um maior pla-

nejamento na lavoura, sem que haja uma necessidade determinante de observar as condições de desenvolvimento da planta, assim como do clima e do solo para garantir a renda. “Isso fez com que a transgenia tivesse essa aceitação extraordinária”, alega. Estima-se que 99% das lavouras gaúchas de soja sejam transgênicas. “Isso trouxe muitos benefícios, por isso temos este avanço crescente tanto na soja, milho, quanto no algodão, sendo que existem também alguns ensaios na área do feijão”, revela Narciso.

Estima-se que 99% das lavouras do Estado sejam transgênicas

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