A evolução da pintura e da escultura em Portugal

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O Fado , 1910 – José Malhoa


A estética romântica entrou tardiamente na pintura portuguesa, e deveu-se ao contributo de artistas estrangeiros que trabalhavam no país.

Nunca possuiu um programa consistente nem objectivos concretos.

Manifestou-se sobretudo na pintura de género e de paisagens.

Principais temáticas:

Pintura histórica baseada sobretudo na história medieval ou em episódios nacionalistas.


Pintura de género, inspirada em episódios da vida rural e nos costumes populares.

Paisagens, procissões e o retrato.

Para além destes temas constituirem um renovação temática, os pintores abandonaram o atelier e passaram a trabalhar ao ar livre.

REPRESENTANTES: Tomás da Anunciação, João Cristino da Silva,Leonel Marques , Augusto Roquemond e Francisco Metrass.

NA ESCULTURA destacou-se Victor Bastos com um programa comemorativo dos heróis nacionais, decorrente da valorização histórica inerente ao romantismo.








A crise económica do fim do século, a instabilidade política provocada pela ditadura de João Franco, o Ultimato Inglês e a crescente contestação republicana que culminou no Regicídio e na implantação da República, não foram favoráveis ao desenvolvimento artístico.

Apesar da ida de alguns artístas para o estrangeiro, principalmente para Paris,através da atribuição de bolsas, a maior parte deles mostraram-se mais receptivos ao Naturalismo e às propostas dos artistas de Barbizon, do que aos outros movimentos artísticos.

Desenvolveram um Naturalismo sentimental e romântico, que sobreviveu nas artes plásticas portuguesas até cerca de 1940. A principal razão desta tendência deveu-se ao descomprometimento político da pintura de paisagem e dos retratos, além de que estes motivos eram muito requisitados pela burguesia da época.


PRINCIPAIS REPRESENTANTES: Marques de Oliveira e Silva Porto

estiveram em França como bolseiros onde entraram em contacto com os artistas de Barbizon, e com os realistas e impressionistas.

Foram ambos professores das Academias de Lisboa e Porto, respectivamente, e Silva Porto foi o organizador do “ Grupo do Leão”, posteriormente pintado por Columbano Bordalo Pinheiro.

COLUMBANO BORDALO PINHEIRO, individualista e autodidacta, foi o retratista da pequena burguesia lisboeta. Preferiu cenas sociais, captadas em interiores e terminadas em atelier.


O Grupo do Le達o, 1885 - Columbano


Guardando o rebanho, 1893 – Silva Porto



A macieira partida – Sousa Pinto 1883


Cecilia, 1882 – Henrique Pousão


As promessas, 1933 – José Malhoa


O Fado , 1910 – José Malhoa



Desterrado – Soares dos Reis


Caim, 1889 – Simões de Almeida


A Viúva – Teixeira Lopes


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