Boletim Informativo Março 2015

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Boletim Informativo do Câmpus Florianópolis | Ano 5 | Nº 36

Além da reforma do Auditório do Câmpus, várias obras estão previstas para 2015

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Diretoria revisa contratos para gerar economia de mais de R$ 300 mil ao ano para o Câmpus

Reunião com donos da nova cantina define mudanças para melhorar ainda mais o serviço

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Entenda o que são ciclones e porque eles ocorrem cada vez mais em território catarinense

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Pesquisa entre servidores mostra que mulheres adoecem mais do que homens no Câmpus

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Câmpus recebe Encontro Sul de Estudantes do Ensino Técnico |Página 8

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Diretoria de Administração revisa contratos para tentar economizar mais de R$ 300 mil ao ano A Diretoria de Administração está fazendo revisão em uma série de contratos terceirizados para diminuir os valores de custeio do Câmpus Florianópolis. “Estamos apertando os cintos por conta dos cortes previstos para a Educação este ano, em todo o país, especialmente na rede federal de ensino”, explica o diretor de Administração, Aloísio Silva Júnior. Dois contratos já foram alterados: o do serviço de contínuo e de direção veicular. “Fizemos mudanças, mas não haverá prejuízo para a co-

munidade acadêmica, uma vez que houve compensação, com a realocação de outros servidores”, afirmou Silva Júnior. Além da revisão dos contratos, cuja redefinição pode chegar a uma economia de R$ 300 mil ao ano, o Câmpus também trabalha com uma campanha para economia de água, luz e moderação no uso das impressoras/copiadoras. “Todos precisam ter consciência e economizar, pois os créditos de custeio não gastos retornam diretamente para o setor de Ensino”, destaca o diretor.

Reunião com gestores da nova cantina define mudanças para melhorar ainda mais o serviço Em dezembro de 2014, o Câmpus Florianópolis conseguiu mudar o objeto de contrato para o serviço de cantina oferecido aos estudantes. Até então, as licitações anteriores levavam em consideração o maior aluguel pago. Agora, vale o maior desconto ofertado aos estudantes no preço de itens considerados básicos segundo o edital (uma lista com 41 itens). No dia 19 de dezembro, a empresa GR Moreira Lancheria ME foi declarada vencedora. Ela ofereceu descontos de 44,25% nos itens ofertados na Cantina, sem pagar aluguel. “Os primeiros dias exigiram adaptação. Com preços mais baixos, aumentou muito a demanda, tivemos alguns problemas. No dia 12 de março realizamos uma reunião com os proprietários da cantina, representantes do Grêmio Estudantil, Setor de Contratos, Direção e o fiscal do contrato. Ouvimos várias críticas, inclusive o Grêmio entregou um documento com reclamações, entre elas

qualidade da alimentação, filas em horário de pico, limpeza e falta de mesas”, informou o diretorgeral Maurício Gariba Júnior. “Os proprietários pediram um pouco de paciênica e demonstraram empenho em melhorar o atendimento”. Segundo Gariba, os proprietários informaram que já compraram novas mesas, estão contratando novos funcionários e já trocaram o cozinheiro. Todos os presentes à reunião concordaram no benefício dos baixos preços. Solicitou-se também que a cantina ofereça opções para as pessoas com restrições a açúcar, glúten e outros. Os responsáveis pelo estabelecimento pediram também que os usuários colaborem, principalmente evitando desperdícios e recolhendo o seu lixo das mesas. “Avaliamos que a reunião foi positiva e continuaremos atentos. Toda e qualquer reclamação pode ser feita diretamente aos proprietários ou pelo email ouvidoriafpolis@ifsc. edu.br.”, lembrou Gariba.

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Boletim Informativo do Câmpus Florianópolis Ano 5 | nº 36 | março 2015 | Distribuição Gratuita Produção: Assessoria de Comunicação, Marketing e Ouvidoria Diretor: Maurício Gariba Júnior

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Palavra da Direção O ano começa cheio de expectativas. Algumas, esperamos muito que se concretizem, como a realização de todas as obras no Câmpus. Além de reformas gerais – a principal delas do auditório, uma série de outras ações já estão em execução ou devem começar em breve, com benefício para todos os departamentos acadêmicos. Outras expectativas já não são tão positivas e, por isso, estamos trabalhando para que, caso o cenário previsto aconteça, o impacto seja o menor possível para os nossos alunos e servidores. Estamos falando da previsão de cortes nas verbas do Ensino Federal, situação que vem mobilizando não só os diretores, reitores e administradores da área de educação pública de todo o país, mas também os estudantes. Contamos com o apoio de todos para que essa luta não se esvazie, para que possamos cobrar do governo o cumprimento do seu slogan de “Pátria Educadora”. Além da busca constante por novas verbas e para evitar que as atuais sejam diminuídas, estamos tentando economizar no custeio, tornando possível seguir investindo no Ensino, mesmo que os cortes aconteçam. A Diretoria de Administração está revisando contratos e cobrando da comunidade acadêmica um uso racional de luz, água, telefone e impressoras. E para que o Ensino tenha qualidade, é preciso que nossos servidores tenham qualidade de vida no trabalho, afinal, um trabalhador satisfeito produz mais e atende melhor ao seu público. Por isso, a Direção apoiou e segue apoiando a Comissão Interna de Saúde do Servidor Público (CISSP), que pretende fazer um trabalho detalhado de diagnóstico e apoio ao servidor do nosso câmpus para que, ao chegar aqui, ele possa se sentir acolhido, feliz e, assim, manter a nossa instituição como um dos melhores institutos federais do país. Boa leitura!

CONTATO: E-mail: comunicacaofpolis@ifsc.edu.br | Telefone: (48) 3221-0506 Endereço: Avenida Mauro Ramos, 950. Florianópolis / SC. CEP 88020-300 Envie sugestões, elogios ou críticas para jornalismo.florianopolis@ifsc.edu.br

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Saúde do trabalhador|

Mulheres são as que mais adoecem no Câmpus Florianópolis

As mulheres já conquistaram inúmeras vitórias (direito ao voto, direito ao estudo, trabalho), mas ainda há muito o que se fazer para que as responsabilidades e oportunidades sejam realmente iguais para todos e todas. Uma prova disso é o levantamento realizado pela Coordenadoria de Saúde Ocupacional do Câmpus Florianópolis, criada em setembro de 2014. Segundo dados levantados junto ao Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (SIASS), as mulheres são quem mais adoece entre os servidores do Câmpus. “Tanto nos números gerais quanto se compararmos em categorias específicas: as professoras adoecem mais que os professores; as técnicas mais que os técnicos”, explica Conceição Santos, uma das responsáveis pelo levantamento, referente aos anos de 2013 e 2014. Para Maria do Carmo Loureiro, chefe da Coordenadoria de Saúde do Câmpus, a principal causa é o acúmulo de papéis da mulher na sociedade. “Como regra social, a mulher assume o papel principal de cuidadora, e isso tem reflexos físicos, mas também, e principalmente, emocionais. A gente percebe que muitas chegam aqui com sintomas físicos, mas que são na verdade reflexo de uma carga emocional muito alta”, conta Maria do Carmo. “Mesmo quando uma mulher se afasta do trabalho por questão de saúde, ela vai pra casa e quase sempre fica lá cuidando dos filhos, do marido, resolvendo problemas”. Todos esses dados foram levantados pela Coordenadoria em função de um trabalho de diagnóstico exigido

pela legislação em vigor, criado junto com o SIASS, que busca a Qualidade de Vida no Trabalho. “Essa legislação dá diretrizes para ações de promoção, vigilância e assistência em saúde. E a Qualidade de Vida no Trabalho também está prevista no Planejamento Estratégico do Câmpus”, explica Letícia Wiggers, psicóloga do Departamento de Gestão de Pessoas do Câmpus e também membro da Coordenaria de Saúde Ocupacional. De acordo com Conceição e Letícia, outra característica dessas ações, segundo as normas do SIASS, é que elas sejam participativas. “Precisamos que os servidores participem dizendo o que é necessário para eles, quais as demandas, os problemas”, lembra Conceição. A Comissão Interna de Saúde do Servidor Público (CISSP), à qual está ligada a Coordenadoria de Saúde Ocupacional, foi criada no Câmpus em 2013. Desde então, o trabalho ainda está sendo realizado de forma mais interna, articulando parceiros internos (como os profissionais do curso de Segurança do Trabalho do câmpus e o próprio SIASS), mapeando, fazendo diagnósticos e planejando a capacitação dos integrantes da CISSP. “As nossas ações fazem parte de uma reorganização da Gestão de Pessoas, que de coordenadoria virou um departamento. Em geral, no serviço público, ainda se vê a Gestão de Pessoas como Departamento Pessoal. Precisamos promover uma mudança de cultura, pois a Gestão de Pessoas não é só aquele local onde se vai pedir contracheque, questionar alguma coisa, entregar papéis. É isso também, mas

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queremos ser mais”, defende Letícia. Para promover esta nova mentalidade, a CISSP vai promover, a partir de maio, cursos de capacitação para os integrantes da comissão. Inicialmente, serão três módulos (em maio, agosto e novembro), que trarão noções gerais sobre Segurança e Saúde do Trabalhador, Ergonomia, Saúde Mental, Assédio Moral, relações e processos de trabalho, primeiros socorros e riscos ocupacionais, entre outros temas. “O objetivo é nos preparar para poder atender ao servidor de forma mais completa, pois nós, integrantes, também estamos aprendendo”, explica Dyego de Campos (DAELN), coordenador da CISSP. A comissão também é formada por Andresa Silveira Soares (DALTEC), Carlos Rafael Garcia (DAMM), Caroline Maes (DGMAF), Claudi Ariane Gomes Fonseca (DACC), Evandro de Espíndola (CTIC), Guilherme de Espíndola (CTIC), Marcelo da Silva Moreno (COENG), Maria da Conceição Epitacio dos Santos (DGPF), Letícia Helena Frozin Fernandes Cruz Wiggers (DGPF) e Fernando José Fernandes Gonçalves (DAMM). “O DGP é a porta de entrada e o coração da instituição em relação ao servidor. É com a gente o primeiro contato. E é onde o servidor pode se sentir acolhido, ele tem que chegar no departamento sem medo, pois isso faz parte do desenvolvimento do nosso trabalhador”, explica Conceição. E Letícia lembra que já é ultrapassada a visão de que “o que é pessoal tem que ficar de fora”. “Não existe a separação. O ser humano é integral”, relata a psicóloga. Página

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Nova área|

Reforma do auditório Alb Após dois anos da primeira licitação, finalmente está sendo realizada a reforma do auditório Professor Alberto Aparecido Barbosa, o principal auditório do Câmpus Florianópolis. “Começamos as tratativas em 2012, mas somente em 2015 conseguimos começar as obras, por questões burocráticas relativas à licitação”, explicou o diretor-geral, Maurício Gariba Júnior. A primeira licitação foi realizada em 2013, para ampliação do espaço. Segundo a chefe do Departamento de Gestão de Materiais e Finanças, Vanessa Grando, a empresa vencedora desistiu de realizar a obra e, como não havia mais vencedoras, a licitação se tornou “fracassada”. Em 2014, a licitação foi republicada e o contrato foi assinado com sucesso. De acordo com o chefe do Departamento de Infraestrutura, Elon Lenzi, o término da reforma está previsto para a primeira quinzena de maio. “O custo desta obra será de R$ 542.457,82 exceto o custo com equipamentos de som, iluminação cênica, projeção de vídeo e cortinas que estão em fase de licitação”, informou o engenheiro.

Confira algumas das novas características: • mais 10 lugares, incluindo cadeiras acessíveis; a portadores de necessidades especiais; • poltronas maiores e mais confortáveis; • espaçamentos entre fileiras maiores; • acabamento de piso com carpete especial para auditórios; • forro com isolamento acústico; • palco ampliado em 10 m²; • ampliação do pé-direito-livre em 18 cm; • atrás do palco (backstage), haverá um lavabo e um camarim para uso dos grupos de teatro; • sistema removível de cortinas com coxias; • sistema de iluminação cênica; • sistema de som; • sistema de projeção de imagem; • sistema de climatização com renovação de ar; • sala de controle de luz e som; • hall de entrada.

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berto Aparecido Barbosa está em andamento Além do auditório, outras obras importantes já estão sendo realizadas desde as férias: a construção de um campo de futebol society, o novo sistema de iluminação na quadra poliesportiva e também a iluminação do canteiro de obras do Departamento Acadêmico de Construção Civil (DACC). O campo de futebol society terá dimensões oficiais, com área total (campo e bordas) de 1,9 mil metros quadrados, com grama sintética e iluminação. E no DACC, o novo sistema de iluminação do canteiro permitirá a ampliação da área iluminada de 100m² para aproximadamente 700m², o que permitirá aulas práticas mais abrangentes e confortáveis para as turmas do período noturno. O término das obras está previsto para começo de maio. Mas as reformas e obras não param por aí. Em 2015, outras importantes obras também devem ser iniciadas, como a ampliação do laboratório de Física na Ala Norte; substituição das divisórias dos laboratórios de Instalações Elétricas e Acionamentos A e B do Departamento Acadêmico de Eletrotécnica; implantação do guiché de atendimento aos alunos na secretaria do DAE; substituição de portas na Direção Geral, na Coordenadoria Pedagógica, no Departamento Acadê-

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mico de Linguagem, Tecnologia, Educação e Ciência (DALTEC) e na Coordenadoria de Saúde; construção de uma sala-cofre na Coordenadoria de Ingresso (Coing); ampliação da rede elétrica no térreo e andar superior do bloco da Ala Sul, para atender a instalação de aparelhos de ar-condicionado e futuras demandas; construção de três mezaninos metálicos, com divisórias e substituição de toda a rede elétrica nos Laboratórios de Medidas Elétricas, de Ensaios de Máquinas Elétricas e de Eletrônica Industrial; implantação de tablado e instalações elétricas para iluminação cênica na Sala de Teatro e reformas na Ala Oeste Superior. Os departamentos acadêmicos de Construção Civil (DACC) e de Metal Mecânica (DAMM), além da Direção, terão também um miniauditório próprio. Outra reforma importante e que beneficiará toda a comunidade acadêmica é a transformação e ampliação do bloco de convivência (onde ficam o hall de entrada e bibiloteca, hoje) em um bloco administrativo. Desta forma, todos os setores administrativos do Câmpus ficarão concentrados em uma só área, facilitando a vida de quem vem ao Câmpus pegar um documento, por exemplo.

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É bom saber|

Quando um ciclone ganha nome

No começo deste ano, pela primeira vez na história desde o início dos registros, dois ciclones subtropicais atingiram a região Sul do país, e com um intervalo menor do que 30 dias. Por se tratar de um evento relativamente comum, mas com potencial de risco, os professores Márcia Vetromilla Fuentes e Daniel Sampaio Calearo, do curso técnico de Meteorologia do Câmpus, junto com Camila de Souza Cardoso, meteorologista e bolsista DTI-CNPQ – Projeto Climasul, escreveram um artigo sobre o tema. Confira! A história do clima em Santa Catarina é fortemente determinada pela frequente atuação de ciclones. Mesmo em tempos remotos, quando a população catarinense desconhecia este termo, ainda assim muitos dos eventos mais severos de tempo no Estado como enxurradas, ventos fortes, nevadas, ressacas, entre outros, já eram influenciados pela ocasião da formação ou atuação deste sistema meteorológico. A partir do final da década de 90 os os meteorologistas do CIRAM/EPAGRI começaram a usar o termo Ciclone por entenderem que criar cultura com relação à meteorologia poderia tornar a sociedade catarinense menos vulnerável ao tempo severo que este sistema poderia ocasionar. Ciclones são sistemas onde o vento gira no sentido horário acumulando massa de ar próximo à superfície e fazendo este ar subir de forma espiralada por mais de uma dezena de quilômetro. Em seu caminho ascendente este ar sofre expansão e resfriamento, processo este responsável pela formação de profundas nuvens com grande potencial de precipitação e tempestade. Em sua fase de formação e atuação, os ventos nos baixos níveis da atmosfera são acelerados de tal forma que as rajadas de vento facilmente excedem os 100 km/h. Mas este não é um fenômeno raro visto que já foram registrados até 20 casos em único mês de maio no Atlântico Sul (Gan e Rao, 1991). Mas se eles são tão frequentes o que difere estes ciclones entre si? Estes sistemas são previsíveis? Quando eles passam a ser preocupantes? O que todos nós deveríamos saber sobre este sistema? Como ampliar a resiliência

de uma comunidade frente às intempéries do tempo? Estas são algumas das perguntas que estamos nos propondo a discutir com você leitor. Os ciclones são classificados basicamente como extratropicais, tropicais e subtropicais. Na comunidade científica eles ainda poderiam ter mais uma dezena de classificações, no entanto por simplicidade escolhemos falar genericamente sobre os supracitados. Entre eles, o ciclone extratropical é o mais conhecido e frequente em Santa Catarina, em geral eles se formam em latitudes médias entre 30° e 60° de latitude. No Atlântico Sul as regiões preferenciais são: no litoral da região Sul do Brasil, Uruguai e Argentina. Este sistema pode ser considerado um sistema frontal, pois possui uma frente fria, uma frente quente e em sua região central possui temperaturas menores que em seu exterior. Estes mesmos podem apresentar desenvolvimento rápido e forte intensificação, e neste casos eles são responsáveis por altas ondas oceânicas, ressacas nas praias catarinenses e ventos muito fortes que podem atingir ou mesmo superar os 100 km/h. Os ciclones tropicais, apesar de serem similares quanto ao movimento circular dos ventos, eles formam-se em regiões tropicais, possuem temperaturas mais elevadas no seu centro, não possuem frentes associadas e são altamente dependentes da temperatura da superfície do mar.(TSM) Estes ciclones recebem várias denominações, em função da região do globo em que se originam, como Furacão (No Atlântico Norte e Caribe), Tufão (no noroeste do oceano Pacífico) ou mesmo Ciclone Tropical (próximo a

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Austrália). Este tipo de tempestade apresenta esta denominação somente quando os ventos em superfície atingem o valor de 118 km/h, durante 1 minuto.Caso este distúrbio não atinja esta velocidade de vento este ciclone é chamado de depressão tropical, e em geral é o primeiro estágio de um ciclone tropical. Este sem dúvida é um dos sistemas meteorológicos de maior poder de destruição por sua abrangência, seus ventos fortes e constantes, chuvas intensas, força para elevar as ondas do mar e ainda condições de desenvolver tornados em suas bandas de precipitação. Estes foram os primeiros ciclones a receberem nomes, e podem ser classificados conforme a intensidade dos ventos e pressão, sendo os mais intensos classificados como categoria 5, neste os ventos superaram os 249 km/h, sem dúvida os ciclones mais temidos! O Katrina, um furacão de escala máxima que atingiu os E.U.A em 2005, matou cerca de 1000 pessoas e nunca será esquecido. Por fim, os ciclones subtropicais, como o Cari que atuou no começo de março no Oceano Atlântico Sul junto à costa catarinense, estes ciclones também são classificados como híbridos por apresentarem características similares aos extratropicais e aos tropicais. Eles não possuem frentes e apresentam seus núcleos quentes, em superfície, assim como os tropicais, no entanto este mesmo núcleo em níveis mais altos da atmosfera são frios o que difere do tropical. Eles formam-se em áreas subtropicais e não possuem forte dependência às TSMs. Esta pequena variação na estrutura dos ciclones pode ser responsável por uma forte variação nas condições de tempo de cada um deles. O mais temível no caso de um ciclone subtropical e a possibilidade do mesmo ter características mais próximas ao do ciclone tropical e por isso ter a possibilidade

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de transição deste para o outro, caso este vivenciado no Atlântico Sul por ocasião do Catarina em março de 2004, além de outros exemplos em outras partes do mundo onde isso não é tão incomum. Esta classe de ciclones foi a segunda a ser batizada por nomes, este batismo faz com que a atenção dada a este tipo de sistema seja diferenciada, como não poderia deixar de ser. Ele tem apresentado uma certa frequência nos últimos anos, foi o caso do Anita (em 2010), Arani (2011), Bapo e Cari (2015). A possibilidade deste sistema tornar-se tropical não deve, nem pode jamais ser esquecida ou subestimada, pois neste caso joga-se é com a vida das pessoas. Nos E.U.A quando se faz uma previsão de sistemas meteorológicos de alto poder impacto, e nisso eles possuem muita experiência, diz-se: “vamos nos preparar para o pior e torcer para que não ocorra”. Essa mentalidade ainda não é totalmente experimentada no Brasil, às vezes diminui-se o poder destrutivo da natureza como se diminuir o poder dela no discurso fosse o suficiente para a prevenção. Estes sistemas são absolutamente previsíveis, no entanto as intensidades e suas transições nem sempre são perfeitamente previstas. Em caso deste tipo de previsão a população tem de ficar alerta para o que possa acontecer, ficar atento as fontes oficiais de informação, que em Santa Catarina são a EPAGRI e a Defesa Civil do Estado, e acima de tudo criar uma cultura de risco onde a prevenção é sempre a melhor alternativa. Este ano de 2015 fica marcado na história do clima do Atlântico Sul como o março que apresentou dois ciclones subtropicais, e que isto nos sirva para tratarmos de criar cultura de risco em relação ao tempo e ao clima, a fim de aumentar a resiliência de nossa sociedade em tempos de extremos climáticos.

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Evento foi o primeiro encontro de estudantes do Ensino Técnico da Região Sul e foi considerado um sucesso. Fotos:

Câmpus recebe Encontro Sul de Estudantes do Ensino Técnico Nos dias 21 e 22 de março o Câmpus Florianópolis sediou o 1º Encontro Sul de Estudantes do Ensino Técnico, realizado pela Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (Fenet), com apoio do Grêmio Estudantil Livramento. “Foi um evento importante para o Movimento Estudantil da região, onde pudemos identificar as especificidades do Ensino Técnico no Sul do Brasil e conseguimos unir pautas comuns, para que a luta dos estudantes se fortaleça”, avaliou a diretora geral do Grêmio Estudantil, Karinny Simas Peixoto.

“O que mais ficou em evidência, nas pautas comuns, foi a dificuldade que já começa a se desenhar com os cortes na educação pública, um tema que está unificando estudantes do Brasil inteiro”, disse a estudante. Para Karinny, a presença de 80 alunos de pelo menos cinco instituições de ensino técnico foi um ótimo começo. “A gente sempre deseja mais, mas para um primeiro encontro regional, consideramos um evento vitorioso. Dos regionais realizados em outros lugares, o nosso foi o que estreou com maior número de participantes”, explicou.

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Segundo a diretora do Grêmio, após um momento de 'inércia' pelos anos 2000, o Movimento Estudantil está se rearticulando em todo o país, reflexo da conjuntura e devido ao atual momento de crise. “A atuação da Fenet faz muita diferença também, esperamos que o Movimento Estudantil na região dê um salto qualitativo após esse encontro”, afirmou. Os encontros regionais da Fenet são realizados a cada dois anos, intercalados com o Encontro Nacional. Veja mais fotos em https://www.facebook.com/campusflorianopolis.ifsc

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