Revista Portuária - 10 Outubro 2016

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Sumário

8 Papel do gestor

Colaboradores precisam de mais segurança neste momento para vestir a camisa da empresa 25 Retração calculada

44 Em 2017

Greve dos bancos ultrapassa um mês de duração e traz prejuízos ao varejo

Colégio Unificado inaugura unidade de ensino fundamental no bairro São Vicente

36 Porto de Itajaí

47 Luxo

Obras no berço 3 são retomadas com liberação de recursos do governo federal

Grife italiana de alta costura assina decoração de iate da Azimut exposto em São Paulo

42 Mercado sustentável

50 Ensino

Empresa de Balneário Camboriú projeta crescimento milionário com acessórios para bikes

Senac oferece curso pa profissionais de telecomunicações, energia e comunicação de dados

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EDITORIAL

ANO 15  EDIÇÃO Nº 200 Outubro 2016 Editora Bittencourt Rua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88303-020 Fone: 47 3344.8600

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ossa reportagem especial deste mês fala sobre o valor da motivação. E esse valor não tem nada de emocional, é financeiro mesmo. Os gestores de grandes, pequenas e médias empresas estão sempre atentos à produtividade dos funcionários. Contudo, somente líderes preparados sabem exatamente quais fatores influenciam na capacidade de gerar mais ou menos lucros para a empresa. Algumas empresas ainda não acordaram para aspectos óbvios como elogiar um bom trabalho, não impor metas absurdas e etc. Como dissemos, isso é o mais básico a se fazer. Mas se muita gente ainda não acordou para essas pequenas coisas, que dirá inovar e estar atento aos percalços do colaborador. Gestores que fazem isso estão na frente num ano como este, em que a crise atingiu absolutamente todos os setores. Fugir dela é improvável, mas como líder é imprescindível que você faça seus funcionários não embarcarem no pessimismo. Trabalhador confiante, valorizado e seguro de que o cenário vai melhorar veste a camisa da empresa. Ele trabalha mais feliz, melhor e com isso produz mais. Não estamos aqui falando de ganhos financeiros para o colaborador propriamente, mas no ganho em receita que ele proporcionará à empresa se for valorizado. É importante que numa época como esta, os líderes não se esqueçam que companhias, produtos e serviços são feitos de pessoas. É absolutamente delas que você necessita para sobreviver e conseguir ter fôlego neste mercado tão adverso. •

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Horário de verão deve gerar economia de R$ 147 milhões

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economia de energia com a próxima edição do horário de verão, que começa no dia 16 deste mês, deverá ser de R$ 147,5 milhões, por causa da redução do uso de energia de termelétricas. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a redução da demanda máxima de energia no horário de pico (entre 18h e O horário de verão será 21h) deverá ser 3,7% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e de adotado nas regiões 4,8% no Sul com a mudança de sul, sudeste e centrohorário. oeste, até o dia 19 de A previsão de economia, fevereiro de 2017 divulgada durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), é menor que a do ano passado, quando a adoção do horário de verão possibilitou uma econo-

mia de R$ 162 milhões. O horário de verão será adotado nas regiões sul, sudeste e centro-oeste, até o dia 19 de fevereiro de 2017. O comitê também voltou a debater a redução da vazão da barragem da Usina Hidrelétrica de Sobradinho para o Rio São Francisco. Depois da autorização para a execução de testes para uma nova redução de vazão, será feita uma reunião nesta semana na Casa Civil sobre o tema. Durante a reunião, o Ministério de Minas e Energia informou que encaminhou ofício a todas as distribuidoras de energia solicitando a elaboração de um plano de operação para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos dias 5 e 6 de novembro. O ministério vai disponibilizar uma equipe técnica para acompanhamento e atuação em casos de necessidade. Agência Brasil

Em Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

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ESPECIAL | CAPA

Equipes motivadas resultam em melhores faturamentos Karine Mendonça

Preocupação financeira afeta produtividade e requer uma gestão consciente

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ntre os desafios dos tempos de incertezas econômicas, manter a equipe motivada é um dos principais que os gestores precisam enfrentar. Garantir a saúde financeira da corporação e evitar que a confiança da equipe despenque junto com uma possível redução no faturamento é a missão de um líder. Com forte aceitação popular e de passagem por Santa Catarina, o filósofo Mário Sérgio Cortella apresenta as cinco competências essenciais do líder: abrir a mente, elevar a equipe, inovar a obra, recriar o espírito e empreender o futuro. Cada uma delas requer coragem, paciência e humildade do líder para se trabalhar com sensibilidade e tomar decisões considerem a individualidade do colaborador. A pesquisa Global Benefits Attitudes, realizada pela Willis Towers Watson, revela que o impacto da preocupação financeira atinge justamente a produtividade dos empregados. Por outro lado, as empresas têm se demonstrado mais conscientes dessa situação: 66% dos emprega8

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dores pesquisados já possuem ou planejam implementar até 2018 ações específicas para incluir o conforto financeiro como parte do bem-estar geral da força de trabalho. Neste trilho, encontramos Rafael Dagnoni, diretor comercial e sócio da Tecadi Armazéns de Itajaí. Com cerca de 200 colaboradores, a empresa percebeu que teria de eliminar atitudes pessimistas para garantir o equilíbrio financeiro da corporação. Ele acredita que motivar a equipe aumenta a produtividade, tornando a empresa mais competitiva e, consequentemente, retendo o emprego de todo o time. “É o papel do gestor evitar que a empresa entre na crise e que o colaborador sofra com isso. Deixamos a equipe cada vez mais próxima, um time cada vez mais unido e cada gestor tomou conhecimento das decisões da empresa para manter seus liderados motivados”, revela. O resultado deu tão certo que, ao invés de demissões, o armazém está contratando profissionais ainda mais qualificados.


ESPECIAL | CAPA

Preocupação financeira

Para a pesquisa foram entrevistados 1004 empregados de grandes empresas brasileiras. De acordo com os dados levantados, 62% dos trabalhadores brasileiros estão preocupados com a sua saúde financeira, sendo que 22% do total pesquisado afirmam estar com dificuldades. Do total de funcionários pesquisados, apenas 38% afirmam não estarem preocupados nem no curto, nem no longo prazo com a sua situação financeira. Já sobre o grau de endividamento, 47% dos brasileiros afirmam se preocupar frequentemente, enquanto 20% dos funcionários brasileiros revelam que possuem problemas financeiros que afetam negativamente a sua vida.

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ESPECIAL | CAPA

Stress financeiro e o impacto na produtividade Outra conclusão que a pesquisa apontou foi que o impacto da preocupação financeira atinge diretamente a produtividade destes empregados: dentre os que apresentam dificuldades financeiras (22%), apenas 31% estão altamente engajados com o trabalho. Este percentual de altamente engajados chega a 54% quando olhamos o grupo de despreocupados. O número de faltas no trabalho também aumenta quanto maior é o estresse financeiro: um funcionário com dificuldades financeiras apresenta, em média, 2,6 ausências no ano e 18,8 dias de presenteísmo, o popular “corpo presente”, mas sem produtividade. Do grupo de 22% de empregados com dificuldades financeiras, 56% apresentam um alto nível de estresse pessoal. Ainda neste grupo, quando questionados sobre o que pensam sobre sua condição de saúde, apenas 47% afirmam ter uma saúde muito boa. Isso resulta em um maior uso do plano de saúde e um consequente aumento na sinistralidade e queda do rendimento nas empresas.

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ESPECIAL | CAPA

Visão do empregador

Uma segunda pesquisa da Willis Towers Watson, feita com 56 empregadores brasileiros, aponta que essa problemática está sendo levada cada vez mais em consideração pelas empresas. Do total das companhias estudadas, 66% já possuem ou planejam implementar até 2018 ações específicas para incluir o bem-estar financeiro como parte integrante e importante do bem-estar geral da força de trabalho. Além disso, 63% dos empregadores já possuem ou planejam trazer profissionais que ajudem a promover o bem-estar financeiro para o ambiente de trabalho, como conselheiros e educadores financeiros.

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ESPECIAL | CAPA

Conselheiro Financeiro

Devido ao atual momento econômico, a Portonave de Navegantes identificou que os colaboradores estavam com mais dívidas e empréstimos. Para auxiliar na solução do problema, foi criado o Programa de Educação Financeira. A iniciativa inclui um ciclo de palestras para colaboradores e familiares. O objetivo do Programa é informar e orientar sobre planejamento financeiro pessoal, possibilitando que as pessoas façam escolhas melhores e passem por momentos difíceis com mais tranquilidade e sem endividamentos. Há nove anos em operação, o cuidado com os funcionários reflete num alto nível de permanência da equipe dentro da Portonave. O quadro de funcionários conta com profissionais que iniciaram a carreira junto ao início das atividades do porto privado. “O conjunto destas ações, o clima em geral e as decisões do dia a dia transmitem

aos colaboradores uma mensagem de confiança e transparência. Isso reflete na motivação de nossas equipes e as mantêm focadas nos resultados. Acreditamos que com estas ações poderemos passar por este momento turbulento e sairmos ainda mais fortes e preparados para futuros desafios”, afirma a gerente de Recursos Humanos da Portonave, Alessandra Guilherme Santos. O terminal de Navegantes ainda desenvolve o programa Saúde em Equilíbrio, com a proposta de estimular a cultura de saúde e bem-estar dos colaboradores com ações voltadas à saúde física e mental. “Todo esse contexto de vida interfere no seu desempenho dentro da companhia. Entendemos que podemos auxiliá-los promovendo ações que ele possa trabalhar a saúde mental e física, envolvendo também a família em algumas atividades”, comenta Alessandra.

De olho no desemprego

A taxa de desemprego no Brasil, medida pelo IBGE, subiu para 11,8% no trimestre encerrado em agosto. Nos três meses anteriores, a taxa estava em 11,2%, e já era a maior da série histórica. A pesquisa aponta 12 milhões de pessoas desocupadas no país, classificadas assim por terem procurado emprego sem encontrar. Em relação a março a maio, a população desempregada de junho a agosto aumentou em 583 mil pessoas. Já a população ocupada caiu 0,8% na comparação entre os dois trimestres, com a perda de 712 mil postos. Ao todo, esse contingente soma 90,1 milhões de pessoas. Apesar disso, o número de empregados com carteira assinada se manteve estável em 34,2 milhões.•

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Artigo O exemplo vem de cima?

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Por Yaniv Chor Líder da Prática de Compliance da ICTS Protiviti, consultoria especializada em auditoria interna, serviços em gestão de riscos e compliance

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travessamos uma das maiores crises éticas da história do Brasil. Acompanhamos, diariamente, infindáveis casos de corrupção envolvendo altos escalões do governo e de grandes empresários de diversos setores da economia. Neste mesmo ambiente de “incertezas éticas” nacionais, a Lei 12.846/13, lei anticorrupção brasileira, e seus decretos regulamentadores, exigem que o exemplo do exercício de atitudes éticas e transparentes venha do topo da organização. O que pode parecer contraditório, mas não é. Se observarmos o ambiente ao nosso redor, perceberemos que, para certas decisões, o microambiente influencia mais que o macro ambiente. Com a ética funciona exatamente assim. Caso contrário, como poderíamos explicar um jovem que cresce em um ambiente corrompido pelo tráfico de drogas optar por estudar para se desenvolver e se capacitar profissionalmente, em vez de se envolver com o crime? A resposta para isso passa, entre outras coisas, pela educação que o jovem recebe em casa, e que o ensina a discernir o certo do errado. Ou seja, neste caso, o microambiente familiar sobrepõe o macro ambiente do tráfico de drogas. Se aplicarmos essa teoria para o ambiente corporativo, é isso que se espera das empresas no relacionamento com agentes públicos e agentes privados, mesmo com um ambiente político cercado de escândalos de corrupção. Isto é, espera-se que o microambiente corporativo, pautado pela ética e transparência, influencie positivamente o ambiente político e econômico do país. E, para que isso dê certo, a máxima que “o exemplo vem de cima” é fundamental. A alta gestão das empresas deve estar envolvida nas ações de compliance, mostrando para todos os

funcionários que estar em conformidade faz parte da estratégia de crescimento e, muitas vezes, de sobrevivência, como algumas empresas envolvidas em escândalos recentes têm afirmado. Em meados de 2007, uma empresa norte-americana do setor de tecnologia lançou um novo Código de Ética para negócios e relações trabalhistas após um escândalo de espionagem industrial envolvendo a então presidente e outros executivos. No entanto, em 2010, foi descoberto que o novo presidente da empresa havia falsificado relatórios de despesas para esconder um relacionamento com uma funcionária. O que era um caso de assédio sexual derrubou as ações da empresa em 8%, uma vez que o mercado deixou de confiar em uma empresa cujo presidente age dessa forma. Havia incertezas sobre a administração da empresa: e se a companhia escolheu as pessoas erradas? Se o líder da empresa se comporta desta forma, o que esperar de seus liderados? Cabe aos líderes das empresas garantir o tom de compliance corporativo que será adotado. Esses devem participar de treinamentos, orientar seus funcionários no dia a dia no que diz respeito às normas a serem seguidas e incentivar o uso de canais corporativos para a comunicação de condutas diferentes do esperado pela empresa. Principalmente, não podem tolerar que atitudes antiéticas sejam tomadas em nome da empresa, seja no relacionamento com setor público, privado ou social. Se o exemplo a ser seguido dentro das empresas for bom, podemos projetar uma melhoria no cenário econômico e social do país. Caso contrário, teremos que nos acostumar com as tristes notícias que testemunhamos hoje em dia.•


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Curso prepara para uso de planilhas nos processos de gestão

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curso “Excel para Gestores: do básico ao A formação contemplará intermediário” prepaorientações ra acadêmicos e profissionais para o uso de planilhas nos aplicáveis às áreas de processos de gestão empreadministração, finanças, sarial. A capacitação está com produção e comercial inscrições abertas até o dia 18 de outubro e ocorrerá nos dias 22 e 29 de outubro, na Univali, no Laboratório de Informática do Campus Balneário Camboriú. A professora Francine Simas Neves, mestre em Administração, atuante na Univali desde 2005, ministrará o curso de 16 horas. A formação contemplará orientações aplicáveis às áreas de

Outubro 2016 2016••Economia&Negócios Economia&Negócios 16 • Setembro

administração, finanças, produção e comercial. Na programação estão previstas as seguintes questões: introdução ao Excel, operações com recursos básicos, principais menus e submenus, operações com fórmulas simples, funções de planilha: financeira, data e hora, matemáticas e trigonométricas, estatísticas e lógicas, gráficos, opções básicas e intermediárias aplicadas à gestão empresarial. O investimento é de R$ 350, com 15% de desconto para alunos, egressos e funcionários da Univali. A inscrição deve ser efetuada em www. univali.br/imprensa/cursos-de-extensao/, na área de gestão. Mais informações: (47) 3341-7618, na Uni Júnior da Univali.•


Nove pequenas usinas catarinenses vencem leilão da Aneel

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1º Leilão de Energia de Reserva (LER) de 2016 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) teve nove usinas catarinenses selecionadas, entre 30 participantes. Os investimentos somam R$ 165 milhões. Santa Catarina liderou em número de projetos cadastrados e oito dos empreendimentos selecionados são do programa SC+Energia, do governo do Estado. Lançado há um ano, o SC+Energia (Programa Catarinense de Energias Limpas), tem como objetivo estimular investimentos de energias renováveis em Santa Catarina, como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Gerado-

ras Hidrelétricas (CGHs), além da energia eólica, solar e biomassa. Já foram cadastrados 77 projetos no programa, com produção de mais de 3 mil megawatts (MWs). No leilão da Aneel foram contratadas 19 PCHs, com 164,4 MW de potência, e 11 CGHs, que vão gerar 15,9 MW. Além de Santa Catarina, foram contemplados Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins. As usinas terão que ser concluídas para entregar energia a partir de março de 2020.•

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Presidente da Fecomércio SC defende força das MPEs na economia: “são motor do mercado de trabalho”

Bruno Breithaupt representou empresários catarinenses na Câmara dos Deputados

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m dia após importantes avanços para os micro e pequenos empreendedores brasileiros, com a aprovação na Câmara de mudanças nas regras do Supersimples, a Sessão Solene em homenagem ao Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa foi marcada por discursos otimistas. Representando os empresários de Santa Catarina, onde a economia é composta majoritariamente (98,2%) por empresas desses portes, o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, defendeu a importância do segmento para o mercado de trabalho e competitividade do Estado. De acordo com o empresário, as alterações no programa de tributação reduzida, que amplia o limite de faturamento das empresas, abre a possibilidade de refinanciamento dos débitos e permite investidoresanjo, podem ser sancionadas pelo presidente Michel Temer, desburocratizando e trazendo novo fôlego aos empreendimentos. “As MPEs são motor do mercado de trabalho no país e respondem pela geração de 53,5% dos empregos no Brasil e 50,3% em SC. A aprovação do teto de adesão do Simples Nacional, que englobará empresas e microempresário com faturamento maior, é necessária para romper um pouco mais das amarras da iniciativa privada e permitir que as 18 • Outubro 2016 • Economia&Negócios

empresas cresçam sem prejuízo em suas contas”, pondera Breithaupt. Segundo ele, o fortalecimento dos negócios de pequeno e médio porte depende também da redução dos custos e da burocracia. “É necessário extinguir a incidência da substituição tributária para as micro e pequenas empresas do Simples Nacional, pois a cobrança provoca uma 'bitributação' e o aumento da carga tributária, que são absolutamente prejudiciais às empresas”, avalia. Conforme o presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, deputado federal Jorginho Mello, com a menor carga tributária, os pequenos negócios poderão gerar ainda mais empregos e renda aos brasileiros: “O projeto que aperfeiçoa o Super Simples beneficiará mais de 10 milhões de pequenos negócios no país. Este é o projeto mais importante do ano para o crescimento da nossa economia”, finaliza. No final da sessão, os membros da mesa, entre eles o secretário da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, José Ricardo da Veiga, o presidente da Sebrae Nacional, Guilherme Afif Domingos, e o vicepresidente da CNC, Adelmir Santana, deram as mãos em um gesto simbólico de união em defesa do micro e pequeno empresário brasileiro.•


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Artigo

O futuro dos métodos de pagamento

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Por Juan D’Antiochia General Manager da Worldpay para a América Latina

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advento da Internet mudou de vez a forma de se fazer negócios no mundo. Atrelado a eles, os métodos de pagamentos digitais que têm sido críticos para a decisão de compra de consumidores no Brasil e no mundo. O aumento no uso dessa tecnologia acarreta na busca por um processamento mais rápido e simples. O comportamento e necessidade do consumidor tende a evoluir ao decorrer dos anos e as empresas precisam estar preparadas para atender estes compradores que não querem ter apenas uma opção para pagamento. Estas mudanças simplificam e maximizam a experiência deste consumidor que tem buscado agilidade na hora de realizar suas compras além de deixarem de lado métodos muito complexos. No último Relatório Global de Pagamento divulgado pela Worlpay, concluiu-se que em 2019 as eWallets vão ultrapassar os cartões de crédito no mercado global de comércio eletrônico, respondendo por 27% do volume de negócios globais, em comparação com 24% referente à cartões de crédito. Métodos alternativos de pagamentos adicionais serão responsáveis por uma parcela significativa do mercado permanecendo ao lado de cartão de débito, transferência bancária e os pagamentos efetuados com dinheiro. No Brasil os cartões de crédito são atualmente o método de pagamento mais popular, representando 44% do

volume mundial de e-commerce. A utilização de Boleto Bancário, que suporta tanto o pagamento on-line e off-line (incluindo dinheiro), também é bastante utilizado. Espera-se que o volume de negócios no comércio eletrônico no Brasil cresça 9% durante 2014-2019. A Worldpay está de olho nestas transformações há muito tempo e vem trazendo recursos para as empresas de comércio eletrônico poder processar transações utilizando métodos de pagamento e se preocupando com a comodidade dos compradores que querem estar sempre atualizados. Lembre-se que é essencial entregar aos clientes o que eles querem da forma mais eficiente possível, os métodos de pagamentos populares variam entre regiões e mesmo países e é fundamental oferecer o método preferido em cada mercado em que operam. É preciso que as empresas estejam sempre atentas a essas mudanças e comunicar cada vez mais os consumidores para que utilizem e entendam a facilidade dos métodos de pagamentos que vêm ganhando cada vez mais espaço com os avanços tecnológicos. Além disso, acreditamos que os próximos anos serão de consolidação do mercado de forma que o público passe a pagar escolhendo o seu método de pagamento preferido, além de fazer com que os comerciantes se sintam mais confiantes em disponibilizar tecnologias que seus clientes já adotaram.•


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Ministro da Fazenda prevê queda do desemprego para 2017

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ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a taxa de desemprego deverá começar a perder força a partir de 2017. Segundo ele, a situação da economia ainda é grave, mas a queda nos indicadores está começando a estabilizar. “A expectativa é que [o desemprego] comece a cair no ano que vem”, disse. “Esperamos que, com o crescimento da economia, a retomada do emprego acontecerá inevitavelmente. Não imediatamente, acreditamos que durante o ano de 2017, certamente. Não há dúvida que com o crescimento acentuado e continuado da economia nos próximos anos, aí de fato, o desemprego vai tender a cair de uma forma consistente”.

O ministro também falou, no entanto, que é prematuro falar em recuperação econômica, e que o país ainda vive uma recessão. “Ainda é prematuro dizer que já começou a recuperação [econômica]”, disse. “É muito séria ainda a situação. A economia continua em recessão, mas a queda começa a se estabilizar e muitos setores começam a dar indicadores de que podem já estar no início do processo de recuperação, que deve se confirmar e consolidar no próximo ano”. Meirelles voltou a defender a proposta de emenda à Constituição (PEC), em tramitação no Congresso Nacional, que estabelece um teto para os gastos públicos. De acordo com ministro, mesmo antes de ser aprovada, a medida já está gerando um clima positivo na economia. "O fato de que já está em andamento no Congresso já faz com que a expectativa já melhore, que a economia já comece a dar sinal de recuperação”.•

“Esperamos que, com o crescimento da economia, a retomada do emprego acontecerá inevitavelmente." 22 • Outubro 2016 • Economia&Negócios

Agência Brasil


Artigo A legalidade da cláusula de tolerância para entrega de imóvel adquirido na planta

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Indústria calçadista registra aumento de 40% nas exportações em 2016

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s empresas de componentes para a indústria coureiro-calçadista vêm ampliando sua participação no território internacional através do projeto Footwear Components By Brasil. As exportações no mês de agosto atingiram a marca de US$ 27,8 milhões, o que representa um valor acumulado de janeiro a agosto de US$ 186 milhões, sendo a taxa de crescimento de 40% em relação ao mesmo período de 2015, quando as exportações atingiram US$ 133 milhões. Ao todo, 11 empresas catarinenses participam do programa. “São mais de 70 países que recebem nossos produtos. O projeto vem ampliando sua participação após longo processo de capacitação e qualificação das empresas e uma grande aposta em tecnologia e design. As empresas entenderam que o mercado é global e se aprimora cada vez mais”, comenta o presidente da Associação, Milton Killing. Os principais destinos de exportação são China, Argentina, Índia, Alemanha e México. E os que mais cresceram em valores foram a China, Alemanha, Argentina e EUA.•

sse é um tema de muita insatisfação por parte daqueles que adquirem imóveis comerciais ou residenciais na planta, pois em incontáveis vezes as incorporadoras se utilizam da cláusula de tolerância de 180 dias para entrega de suas obras, além do prazo fixado no contrato para a entrega do imóvel. Indaga-se acerca da validade da cláusula, se há previsão legal e qual é o entendimento dos nossos tribunais relativamente à essa discussão. Quanto à validade da cláusula, informamos que não existe até o momento lei que fixe uma tolerância em favor das construtoras, existindo apenas uma praxe das construtoras/incorporadoras em inserir essa regra no mercado imobiliário. Essa regra, nada mais é que uma imposição das construtoras, que fixam em seu favor prazo adicional de 180 dias para entrega do imóvel ao comprador. Vale ressaltar que se aplica em regra aos contratos de compra e venda de imóvel na planta o Código de Defesa do Consumidor, independentemente se o comprador é pessoa física ou jurídica, isto é claro, se for esse o destinatário final do bem adquirido. Essa cláusula quando inserida nos contratos de compra e venda, o que é comum, declara que será aplicada a tolerância em casos de força maior ou caso fortuito, quando a vendedora não terá responsabilidade nenhuma em caso de atraso para a entrega do imóvel, o que nossos tribunais têm em algumas situações decidido pela abusividade e nulidade da cláusula, entendendo que afronta o princípio do equilíbrio contratual, disciplinado pelo Código de Defesa do Consumidor, por beneficiar apenas uma das partes parte, a vendedora. As construtoras/incorporadoras interpretam várias situações como sendo de caso fortuito ou força maior, tais como: • A falta de material e de mão de obra; • Muitas chuvas que impossibilite a execução dos trabalhos; • Incêndios que também impeçam os trabalhos; • Guerra e perturbação da ordem pública; • Greve de funcionários e órgãos ligados diretamente com a Administração Pública, ou da indústria ligada a construção civil que impossibilite a execução da obra e ao final, expedição de habite-se. Esses são alguns exemplos de situações alegadas pelas incorporadoras, existindo ainda outras dependendo da situação e da construtora. Por outro lado, mesmo não existindo Lei que discipline essa cláusula de Tolerância, existe outro entendimento dentro dos tribunais de que aplicam-se os costumes quando não houver legislação específica ao caso concreto, e neste caso, o Judiciário tem considerado é costumeira e válida a inclusão da dita cláusula de tolerância, o que já ocorre a muitos anos. Nesse aspecto, o Poder Judiciário em alguns casos vem admitindo a validade da cláusula meramente pelo costume, mas deverá a construtora realmente provar a existência de justo motivo que corrobore a prorrogação do prazo para entrega da obra.• Celso Almeida da Silva OAB/MT 5.952 | OAB/SC 23.796-A Bacharel em Direito pela Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro em 1992. Pós-Graduação 1999 – 2000 – Universidade Castelo Branco/ RJ. Título: Especialista em Direito Tributário, Administrativo e Constitucional. Pós-Graduação 2001 – 2002 – Universidade Estadual de Mato Grosso. Título: Especialista em Direito Penal. Pós-Graduação 2005 – Universidade Castelo Branco/RJ. Título: Especialista em Direito Ambiental. Curso de responsabilidade Civil - abril de 2003 em Londrina ministrado pelo ilustre jurista Silvio Rodrigues. Curso de técnica em elaboração de contratos a luz do novo Código Civil – 2004. Advogado atuante há 21 (vinte e um) anos nas áreas Cível, Tributária, Ambiental, Criminal, Comercial e Empresarial de forma geral, em nível administrativo e contencioso. Economia&Negócios • Outubro 2016 • 23


Artigo

PIS e COFINS: empresas podem solicitar restituição de importação

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Por Beatriz Dainese Sócia da Giugliani Advogados

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ocê sabia que quem efetuou importação entre 2011 e 2013 pode solicitar restituição de PIS e COFINS pagos na importação? Até o exercício de 2013 a legislação aplicável dizia que o valor aduaneiro seria composto do valor que servisse de base de cálculo para o Imposto de Importação acrescido do valor do ICMS e das próprias contribuições. Ocorre que este conceito estava totalmente equivocado. Isso porque o valor aduaneiro da mercadoria é encontrado a partir do seu valor FOB (Free on Board), acrescido dos valores do frete e seguros internacionais, convertendo-se esses valores para reais, por meio da taxa de câmbio do dia do registro da importação. Sendo inconstitucional, foi determinada uma nova forma de cálculo, considerada a partir de outubro/2013, com alteração da legislação aplicável, como a maneira correta de calcular o PIS e a COFINS na importação, tendo como base de cálculo apenas o VALOR

ADUANEIRO da mercadoria. Com este novo entendimento, os importadores passaram a ter direito a requerer a restituição dos valores pagos a mais (em função da base de cálculo incorreta). O pedido de restituição pode ser feito administrativamente, e a própria Procuradoria Geral da Fazenda Nacional emitiu um parecer e instruiu a Receita Federal, no sentido de que as solicitações deste tema, por ser um assunto pacificado pelo STF, não deverão ser discutidas e devem ser acatadas conforme já decidido. Quem tem direito a solicitar a restituição do PIS da COFINS importação, são os importadores tributados no lucro presumido entre 2011 e 2013 que ainda não se apropriaram do crédito. O mais importante é que, por podermos fazer este trabalho de restituição integralmente de forma administrativa, os créditos poderão ser imediatamente utilizados pela empresa por meio da compensação com os tributos federais que forem pagos futuramente.•


Greve nos bancos causa retração de 5,5% por dia no varejo catarinense

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greve dos bancos, que atingiu todo o país de setembro a outubro, chegou a mais de 30 dias e com isso o comércio varejista sofreu perdas diárias. Na avaliação da Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC), pode haver um impacto diário de 5,5% de retração no volume de vendas. O setor se preocupou principalmente pelo fato de a greve ter permanecido durante o início de outubro, época em que muitas empresas executam suas folhas de pagamento. “A situação chega a um momento crítico, que

é o período de pagamentos de salários e aposentadorias, e é preciso ter clareza que muitos consumidores, sobretudo aposentados, não estão familiarizados com o autoatendimento”, pondera o presidente da FCDL/SC, Ivan Tauffer. O fechamento de agências em 631 pontos, conforme levantamento da categoria, diminuiu a circulação de dinheiro e reduz as formas de pagamento no comércio, em especial nos pequenos pontos de venda, concluiu o líder lojista.•

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Artigo O Brasil e o século 21

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Por Milton Lourenço presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC). E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br

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ão é preciso ser um globetrotter para se saber que o comércio exterior que se praticava há 10 ou 20 anos não existe mais e que hoje o planeta caminha em direção da formalização de pactos regionais, colocando por terra a esperança que havia de que grandes acordos multilaterais, intermediados pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e regidos por negociações de tarifas e controle de fronteiras, pudessem ser assinados e seguidos por todos. Parece que o pragmatismo chinês de defender prioritariamente seus próprios interesses, ocupando espaços sempre que o interlocutor o permita, é o que vai prevalecer daqui para frente. Diante disso, é de se elogiar o pragmatismo adotado pela política externa comercial do atual governo brasileiro, que parece colocar em primeiro lugar os interesses do país, deixando para trás uma mentalidade retrógada que procurava edulcorar uma possível liderança do país por meio de um relacionamento com outros governos com base em financiamentos a juros maternais pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Aparentemente, o pragmatismo chinês começa a influenciar os responsáveis em Brasília pela diplomacia comercial. Se alguma dúvida resta quanto à eficiência dessa política, basta lembrar que o Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina, que na década de 80 superava o da China em 150%, em 2013 representava apenas 60% do PIB chinês. Isso mostra a diferença de crescimento entre as duas regiões nos últimos trinta e seis anos. E mostra também que esse crescimento desenfreado da China não foi obtido com a expor-

tação de produtos básicos, mas com a venda de produtos de valor agregado, que são aqueles que geram os empregos que acabam movimentando também o mercado interno. Sem entender esse fenômeno, os três últimos governos brasileiros isolaram o país, deixando-o despreparado para atuar nesse novo modelo de comércio internacional. Como o Mercosul vai para onde o Brasil for, o bloco sul-americano também se isolou do mundo. Basta ver que, dos 400 acordos firmados nos últimos dez anos, não mais que cinco envolveram o Brasil e o Mercosul. Além disso, os três últimos governos se recusaram peremptoriamente a discutir questões regulatórias internacionais que hoje já se tornaram imperativas, deixando de endossá-las por motivos ideológicos que se justificariam se o mundo ainda vivesse ao tempo da Guerra Fria (1945-1991). Entre essas questões, estão medidas de padronização dos produtos, proteção do consumidor, regras de investimento, competitividade, transparência, barreiras técnicas e sanitárias. Portanto, para começar a mudar o status internacional do país, o atual governo precisa se inspirar não só no pragmatismo chinês como forma de atuação, mas também nos modelos norte-americano e inglês em que são os empresários que apontam os caminhos a seguir, cabendo aos governantes viabilizá-los, e não o contrário. Em outras palavras: o comércio exterior brasileiro precisa deixar para trás o quanto antes uma legislação e um estilo de atuação de meados do século 20, se pretende competir com os países que já estão no século 21. •


ACII doa computador para a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Itajaí A Associação Empresarial de Itajaí (ACII) doou no início deste mês um computador para a Rede Feminina de Combate ao Câncer. A doação ocorreu em parceria com o Núcleo da Tecnologia da Informação e Comunicação (NuTIC), que buscou os equipamentos para montar o computador. A presidente da Rede Feminina, Ana Gusso, enfatizou que a entidade precisa de ajuda de toda a comunidade, pois por meio destes auxílios é possível manter o atendimento. Atualmente, são atendidas em média 26 mulheres por dia com exames de prevenção ao câncer do colo de útero e câncer de mama. “Temos uma média de custo de R$ 22 para cada

atendimento desse, por isso toda ajuda é de suma importância”, frisa. 1º Baile de Máscaras Além disso, no dia 28 de outubro, será realizado o 1º Baile de Máscara da Rede Feminina. O evento acontece no Maria´s Itajaí, a partir das 23h. Os ingressos custam R$ 35 e estão à venda no Cantinho Saudável (rua Nilson Edson dos Santos, 1040, São Vicente), Maria´s Ingressos (Centro de Convivência da Univali) e na sede da Rede (Rua Saúl Schead dos Santos, 371 - São Vicente).•

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Crise do milho não acabou E ainda afeta criadores e agroindústrias de Santa Catarina

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s volumes das exportações de carnes de aves e suínos estão bons. Contudo, o presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos e vice-presidente para assuntos do agronegócio da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mário Lanznaster, revela que os custos de produção estão “insuportáveis”. Por isso, a rentabilidade do setor estaria próxima de zero. “A crise aguda do milho ainda não acabou”, afirma o presidente pois, desde o início deste ano, o encarecimento do milho prejudicou violentamente as maiores cadeias produtivas de Santa Catarina, causando pesados e irreversíveis prejuízos à avicultura e à suinocultura. O grão encareceu cerca de 50% e chegou a valer R$ 60 a saca de 60 quilos. O preço do milho no mercado brasileiro retirou a competitividade internacional. Atualmente, recuou para R$ 41 e ainda impõe prejuízos aos criadores e agroindústrias. Lanznaster mostra que o milho norte-americano custa R$ 26 para quem produz frango e suíno naquele país e, se a importação fosse autorizada, chegaria ao Brasil mais barato que o nacional. O industrial lamenta que “o custo de produção está destruindo nossa competitividade e ficou difícil disputar com os americanos que contam com milho abundante e mais barato”. Ele reclama que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) impediu a importação de milho dos Estados Unidos, aguardada com expectativa para reduzir os preços do cereal, no mercado doméstico. Lanznaster estranha essa decisão porque há mais de 10 anos o Brasil planta milho e soja transgênica e 90% das lavouras em solo brasileiro são transgênicas. “A decisão da CNTBio retarda uma importante solução para a crise de abastecimento de milho no país e uma das consequências é o encarecimento dos alimentos para a população”, avalia.

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Mário Lanznaster mostra que o ritmo de crescimento em volume e receita tem contribuído para equilibrar a oferta interna de produtos, mas, em termos de resultados, a rentabilidade é quase zero. O presidente da Aurora reconhece que houve uma pequena desaceleração na produção de carne suína e de frango, o que reduziu um pouco a pressão sobre o abastecimento de milho para as grandes cadeias produtivas, a partir do início do segundo semestre. Em 2016, de acordo com projeção da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção de carne de frango em 2016 deverá ficar em 13 milhões de toneladas (4% menor que as 13,5 milhões de toneladas previstas no início deste ano) e a de carne suína, em 3,64 milhões de toneladas (inferior à previsão de 3,76 milhões apresentadas em janeiro). Algumas indústrias diminuíram o ritmo da produção com a suspensão de turnos de trabalho, encerramento de atividades de plantas e outras decisões na esfera produtiva. O dirigente acredita que a crise ameniza, porém, não desaparece no próximo ano, apesar da importação de milho do Paraguai e da Argentina e do bom desempenho da primeira safra no sul, que concentra 70% da produção de carne de frango e 80% da produção de carne suína. Para os dois setores, entretanto, é indispensável que seja viabilizada a importação de milho dos Estados Unidos para o Brasil. •


Governo do Estado investe R$ 15 milhões em projetos de inovação e pesquisa

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ara incentivar projetos de inovação e pesquisa e transformar ideias inovadoras em negócios de sucesso, o governo de Santa Catarina autorizou o repasse de cerca de R$ 15 milhões para empreendedores e universitários. Do total, R$ 10 milhões são da Fapesc e o restante de instituições parceiras (Sistema Acafe, UFFS, CNPq e Fundo Newton). “Depois de passar por uma rigorosa seleção e avaliação técnica, as pessoas são selecionadas e o governo do Estado dá o aporte financeiro para que a ideia se materialize. Contribuímos com a competitividade, eficiência

empresarial e geração de empregos”, afirma o governador. O crescimento do setor tecnológico de Santa Catarina é acentuado. O faturamento do setor chega a R$ 11,4 bilhões por ano, o que corresponde a 5% do PIB. Os empregos gerados chegam a mais de 47 mil. Um dos já contemplados com o programa foi Rudinei Carlos Gerhart, de Chapecó, que criou um aplicativo gratuito chamado Meu Plano. Após instalado no smartphone, o aplicativo analisa as ligações e operações feitas pelo usuário e indica o plano de telefonia móvel com melhor preço e que atenda suas principais necessidades.•

Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio Malburg Cep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD Economia&Negócios • Outubro 2016 • 31


Está lançado o Visite Itajaí Convention & Visitors Bureau

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conteceu na noite do dia 26 de setembro o lançamento do novo Visite Itajaí Convention & Visitors Bureau, na Associação Empresarial de Itajaí (ACII). O evento reuniu autoridades, empresários do trade e a diretoria da ACII. A implantação do Itajaí C&VB acontece em parceria com a Secretaria de Turismo, Conselho Estadual de Turismo e a ACII. Durante o evento foi apresentada a “Missão” do Itajaí C&VB, que objetiva “promover o fortalecimento do trade turístico de Itajaí e região, tendo como foco a captação e

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fomento de eventos, articulando e incentivando o intercâmbio de experiências, informações e convênios. O propósito é integrar entidades, instituições, poder público e iniciativa privada, visando o interesse comum e o desenvolvimento econômico sustentável, baseados nas nossas maiores e melhores vocações turísticas”. Também a “Visão” da entidade, que busca tornar Itajaí e região “reconhecida como referência em eventos regionais, nacionais e internacionais gerando oportunidades de negócios para os mais variados segmentos da sociedade”.•


PortosdoBrasil

TCP abre inscrições para Programa de Trainee 2017

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TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, abriu inscrições para seu Programa de Trainee. O objetivo é selecionar jovens talentos com perfil empreendedor, para compor as áreas de Finanças, Gestão Comercial, Operações e Desenvolvimento de Novos Negócios na empresa. As vagas são para Curitiba, Paranaguá e outras cidades do interior do Paraná. O período de inscrição vai até o dia 23 de outubro, conta com a assessoria da Page Talent, e será realizado em etapas. “São testes on-line de português, inglês e raciocínio lógico, além de dinâmicas de grupos e painel final com os diretores”, explica Thais Marques, gerente de Recursos Humanos da TCP. O Programa de Trainees conta com o know how da Advent International, uma das maiores empresas de private equity do mundo, com mais de US$ 42 bilhões em ativos sob gestão, 12 escritórios no mundo, e acionista da TCP desde 2011. Há mais de 10 anos a Advent promove e incentiva programas voltados a identificar, desenvolver, estimular e reter talentos nas empresas que fazem parte de seu portfólio de investimentos no Brasil. Thais Marques explica que o programa tem duração de 12 meses e os trainees participam de treinamentos “on the job”, desenvolvendo projetos atrelados aos objetivos da TCP. “O objetivo é que os trainees tenham autonomia e espaço para atuar de forma empreendedora, além de ser

uma ótima oportunidade para o crescimento e desenvolvimento profissional”, enfatiza. Podem participar estudantes dos cursos de Administração, Economia, Engenharias, Matemática, e áreas correlatas, com conclusão de curso entre dezembro de 2014 e dezembro de 2016. Os pré-requisitos são: inglês avançado, pacote office (Word, Excel e Power Point) e disponibilidade para mudança de localidade durante e após o programa. As inscrições podem ser feitas em vagas.com. br/v1404591. Advent International O Programa de Trainees da TCP faz parte de um programa bastante amplo de seleção de talentos para trabalhar em empresas investidas pela Advent International no Brasil. Desde que expandiu tal programa em 2009 para suas empresas investidas, mais de 70 mil candidatos se inscreveram, fazendo deste um dos programas de trainee de maior visibilidade, interesse e alcance do país. Cerca de 200 candidatos foram selecionados nesse período para atuar em uma das várias empresas que fazem parte do portfólio da Advent. Vários destes trainees hoje ocupam posições de liderança nessas empresas ou, após alguns anos trabalhando com o grupo, optaram por realizar cursos de MBA nas melhores escolas dos Estados Unidos e Europa. •

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PortosdoBrasil

Porto de Itajaí é contemplado com Prêmio Antaq de Sustentabilidade Ambiental Aquaviária

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Porto de Itajaí recebeu 99.37 pontos na avaliação do seu desempenho ambiental em auditoria realizada pela Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq). O Índice de Desempenho Ambiental (IDA) tem a pontuação máxima de 100 pontos e o Porto de Itajaí foi o segundo colocado no ranking da Agência Reguladora, ficando atrás apenas do Porto de São Sebastião, em São Paulo. O índice de Desempenho Ambiental (IDA), método para calcular um índice de desempenho da gestão ambiental em portos organizados, foi desenvolvido após a assinatura de um termo de cooperação técnica entre a Antaq e a Fundação Universidade de Brasília em 2012. O índice tem o objetivo de avaliar as ações das autoridades portuárias com

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relação ao atendimento da legislação ambiental e a redução dos impactos ambientais das operações realizadas em suas áreas de administração. Os 38 indicadores contemplam aspectos como a existência de licença ambiental vigente, planos de emergência, destinação adequada de resíduos, educação ambiental, segurança do trabalho e monitoramento da qualidade da água. A grande contribuição do IDA consiste na identificação de possibilidades de melhorias da gestão ambiental dos portos e da elaboração de estudos mais aprofundados e detalhados em torno de temas específicos. Desta forma, possibilita o aperfeiçoamento das ações de gestão e das políticas para que se alcance uma melhor compatibilização do setor portuário com o desenvolvimento sustentável.•


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Confirmados recursos para a conclusão do berço 3 do Porto de Itajaí

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Secretaria de Portos confirmou para o final deste mês a liberação da segunda parcela dos recursos para a conclusão das obras de reforço e realinhamento do berço 3 do Porto de Itajaí, no valor de R$ 4,6 milhões. Com o pagamento à empreiteira responsável, as obras serão retomadas e serão finalizadas até o fim deste ano, possibilitando ao porto a diversificação nas operações, agregando carga geral às operações com contêineres. A liberação dos recursos é decorrente das viagens que o superintendente Antonio Ayres dos Santos Júnior vem fazendo à Brasília, na tentativa de que tais recursos sejam repassados à empreiteira e, com o berço concluído, diversificar operações e agregar receita não apenas à Autoridade Portuária, mas também a toda cadeia logística que depende do Porto de Itajaí. A obra está parada desde junho deste ano, por falta dos repasses do governo federal para a empreiteira vencedora do processo licitatório. Para o berço 4 há um desafio maior: uma laje submersa que não constava no projeto inicial. Esse entrave levou a adequações que elevaram em R$ 26 milhões o orçamento da obra, o que gera a necessidade do contrato com a empreiteira ser aditivado. Após várias tratativas da Autoridade Portuária e Frente Parlamentar Catarinense junto ao Ministé-

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rio dos Transportes, Portos e Aviação Civil, o valor foi incluído no projeto de orçamento da União para 2017, enviado pelo governo federal ao Congresso. No entanto, ainda existe a necessidade do empenho político dois parlamentares catarinenses, para que a emenda seja aprovada.

Poligonal Em sua viagem à Brasília no início deste mês, o superintendente e corpo técnico do Porto de Itajaí se reuniram com representantes da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), para discutir a implementação de novas tarifas para serem implantadas para operações dentro da área da poligonal do Porto Organizado. O pleito foi bem recebido, havendo para tal a necessidade de ser agendada uma nova exposição para toda a diretoria da Agência Regulatória.

Arrendamento Tecon Com relação ao aditivo de reequilíbrio do contrato de arrendamento à APM Terminals, a Antaq determinou a celeridade da análise dos estudos de viabilidade técnica e econômica. Para isso se comprometeu a enviar especialistas para avaliarem a possibilidade in loco.•


PortosdoBrasil

Porto de Itapoá é escolhido para embarcar carne bovina aos EUA

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pós 17 anos de negociações entre o Brasil e os Estados Unidos para importação de carne bovina, o primeiro embarque in natura foi realizado no final de setembro pela JBS através do Porto de Itapoá. A carga seguiu para Philadelphia, na Pensilvânia, com previsão para chegada no dia 13 deste mês. Com o acordo firmado entre os dois países, deverão ser embarcados mensalmente pelo Porto de Itapoá 3 mil toneladas de carne bovina para os Estados Unidos. Em maio do

ano passado, com um acordo semelhante firmado entre Brasil e China, quando também foi pioneiro na retomada do embarque de carne bovina para o país asiático. Com apenas cinco anos de operação, o Porto de Itapoá é o sexto maior do país em movimentação de contêineres e o mais eficiente da América Latina, de acordo com a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal). O terminal tem como acionistas a Aliança Navegação, a Logz Logística Brasil S/A e o Grupo Batistella.•

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PortosdoBrasil

Portonave registra melhor mês em movimentação de sua história

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edicação, competência e infraestrutura de ponta. Estes foram alguns dos elementos responsáveis pelo recorde histórico de movimentação de contêineres da Portonave no mês de agosto. A empresa movimentou 85.518 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) no período e consolidou o melhor mês desde o início das operações do Terminal, em outubro de 2007. Na comparação com o mês de agosto do ano passado, a Portonave cresceu 13% em movimentação. No acu-

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mulado do ano até agora, o Terminal Portuário de Navegantes movimentou 587.540 TEUs, contra 428.424 TEUs no mesmo período em 2015 – um crescimento de 37%. As exportações tiveram destaque nos primeiros oito meses de 2016. As carnes congeladas representam o principal produto de exportação, seguido pela madeira. Resultado que vai ao encontro dos números nacionais. Agosto foi um mês bom para o comércio internacional brasileiro, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A balança comercial teve superávit


PortosdoBrasil

de 4,1 bilhões de dólares – 54% maior que agosto de 2015. Destaque para a exportação de carne suína, com crescimento de 9,4% no período.

Crescimento e sustentabilidade O Terminal Portuário de Navegantes é o primeiro terminal privado do país e hoje responde por 54% do market share do Estado, na movimentação de contêineres. Ainda no ano passado, a Portonave investiu na compra de equipamentos, como guindastes e empilhadeiras e na ampliação do Terminal, que dobrou a capacidade estática de armazenagem de 15 mil para 30 mil TEUs. Um dos pilares do Terminal é o desenvolvimento alinhado à sustentabilidade. Em abril deste ano a Portonave concluiu a eletrificação dos guindastes RTG (que fazem a movimentação dos contêineres no pátio). Com a troca do diesel por energia elétrica o Terminal reduziu em 62% o consumo de diesel e praticamente zerou as emissões de gases poluentes dos 18 guindastes.

Porto de Navegantes renova serviço para a Ásia

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Portonave renovou em setembro o serviço ASIA 2 – uma das três rotas que a empresa possui para a Ásia. Os principais produtos movimentados nesse serviço de exportação são carnes congeladas com destino ao Japão, China e Hong Kong. Na importação os navios transportam principalmente cerâmica e borracha e derivados vindos da China, Japão e Coreia do Sul. Composta por sete armadores, a linha começou a operar na Portonave em agosto de 2015 e a renovação é válida até julho de 2017. Produtividade, infraestrutura, equipamentos de ponta e qualidade na prestação dos serviços foram os diferenciais apontados para a renovação.• Economia&Negócios • Outubro 2016 • 39


Coluna Mercado

Círculo S.A. está entre as 500 Maiores do Sul do Brasil

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maior fabricante de fios para trabalhos manuais do Brasil, Círculo S.A., está na lista do tradicional anuário 500 Maiores do Sul, pesquisa elaborada pelo Grupo AMANHÃ com o apoio da PwC, maior auditoria do mundo. Considerado o maior e mais completo ranking regional de empresas do país, terá uma publicação especial dedicada às corporações que se destacam no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A pesquisa apresenta o indicador exclusivo, o Valor Pondera de Grandeza (VPG), que avalia a saúde financeira da empresa a partir de três indicadores financeiros e não somente em função da renda. A Círculo S.A. ocupa a 307ª posição no ranking da 26ª edição das “500 Maiores do Sul”, com um VPG de mais de R$ 146 milhões, receita líquida de R$ 194,433 milhões e lucro de R$ 1,976 milhões. Parcerias com grandes grifes e estilistas, diversos projetos que incentivam o hand made e pessoas apaixonadas por

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artesanato fazem da empresa a maior fábrica de fios para artes manuais do Brasil. Localizada em Gaspar, no Vale do Itajaí, a Círculo S.A., que deu os primeiros passos em 1938, hoje exporta para 27 países e vislumbra o crescimento de 10% acima da inflação para este ano. Consolidada no mercado nacional, a empresa conquista cada vez mais adeptos do artesanato em todo o país e no exterior. Todos os inúmeros produtos da marca, fabricados de acordo com as últimas tendências do setor, evidenciam a inovação e a modernidade por meio de cores e texturas diferenciadas em cada lançamento. Com o crescimento deste segmento, a empresa passou a oferecer também acessórios, sempre em busca de atender as expectativas e as necessidades de seus consumidores. O resultado é que a organização hoje é referência entre os principais fornecedores de fios em moda e decoração. •


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Coluna Mercado

Empresa de Balneário Camboriú expande mercado e aposta no segmento de acessórios para bicicletas

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e olho no crescimento do uso de bicicletas como meio de transporte e lazer, a Baltop Auto Center, com sede em Balneário Camboriú, aposta na diversificação de seu portfólio com a venda de produtos da sueca Thule e em oferecer know how na oferta de equipamentos e acessórios para o segmento, replicando no mercado a experiência de sucesso que possui na manutenção automotiva. Segundo estimativa da Associação Brasileira dos Fabricantes, Distribuidores e Exportadores e Importadores de Bicicletas, Peças e Acessórios (Abradibi),

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atualmente há um crescimento potencial de 8 milhões de unidades no segmento de bike ao ano no Brasil. A Baltop vem expandindo sua presença no mercado por meio de parcerias que ofereçam soluções mais robustas e que sejam líderes em seus segmentos. A Thule, por exemplo, é líder mundial no segmento de acessórios automotivos, especialmente suportes para bicicletas, racks e bagageiros, com diversificação constante do mix. A principal novidade da marca na Baltop é o bike trailler, um sucesso de vendas no mundo, utilizado princi-


palmente por quem tem filhos ou animais de estimação. O acessório permite levar uma ou duas crianças grandes (com limite de até 45 Kg de peso) ao mesmo tempo. “Temos outros produtos para atender públicos como ciclistas, turistas que precisam de bagageiros para aumentar o espaço do carro e aventureiros que buscam uma mochila e um case de celular mais resistente, por exemplo”, pontua o engenheiro mecânico da Baltop, Jaison Santos. A empresa é uma referência da marca da Thule para a região, ou seja, tem uma seção exclusiva dentro da Baltop, tamanha a diversificação de produtos da marca que podem ser encontrados no local. A decisão de associar o conceito de oficina automotiva com a venda de acessórios para bicicleta surgiu depois da ampliação das ciclofaixas em Balneário Camboriú, aliado ao fato de a região possuir um clima perfeito para atividades esportivas externas. A primeira ligação da Baltop com a bike, há 2 anos, já havia surpreendido os clientes que deixavam o carro para revisão automotiva. Enquanto aguardavam o serviço ser concluído, a empresa passou a disponibilizar bikes para o cliente se locomover por Balneário Camboriú. “A ideia é sugerir ao cliente que ele aproveitasse a cidade enquanto realizamos o serviço no veículo, disponibilizando bicicletas para toda a família, incluindo suporte e cadeirinha para crianças e animais de estimação”, pontua Santos.

Coluna Mercado

Multicanais A Baltop está em multicanais. Hoje, o cliente pode comprar os produtos na loja e ter o benefício de recebê-los montados e instalados, mas também pode comprar por meio de e-commerce e receber em casa ou retirar na loja. “Além disso, nossas mídias sociais apresentam bastante detalhes sobre o funcionamento, utilização dos produtos e seus respectivos preços, que no caso da Thule é tabelado no Brasil inteiro”, lembra. A empresa também monta e dá suporte técnico aos produtos da marca. “No caso dos trailers para bicicletas, a garantia da Thule é ilimitada”.•

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Coluna Mercado

Unificado inaugura unidade no bairro São Vicente, em Itajaí

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m 2017, o bairro São Vicente, de Itajaí, passará a contar com um colégio particular, o primeiro da localidade a atender todo o ensino fundamental: o Unificado. Serão 1,7 mil metros quadrados de área construída e 15 salas de aula climatizadas. A unidade estará localizada bem no centro da região composta pelo São Vicente e Cordeiros, podendo atender também crianças e adolescentes do Cidade Nova. As matrículas abrem no dia 7 de novembro, mas já estão sendo realizadas pré-reservas na unidade do Centro de Itajaí. A rede é reconhecida na região pelo seu ensino de qualidade e conta com unidades em Itajaí, Balneário Camboriú e Itapema. O diretor de Ensino e sócio do Unificado, Alexandre Machado Kleis, conta que foi através de uma pesquisa interna na primeira unidade do Unificado, em Itajaí, que se percebeu a demanda de alunos desses bairros. Entre 2008 e 2016, a

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escola recebeu 71 novos alunos vindos dos bairros Cordeiros, São Vicente e Cidade Nova. “Os alunos dessas localidades foram fundamentais para o nosso crescimento. Entre esses anos passamos de 376 alunos para 520. Como o número de alunos é grande, decidimos abrir uma escola especialmente para eles”, explica. Para incentivar novas matrículas e auxiliar na economia das famílias, a mensalidade será 10% mais barata que o Unificado Centro. A vice-diretora do Unificado São Vicente, Daiana Reig da Costa, afirma que as expectativas para a nova unidade são as melhores, já que os três bairros são grandes e têm um ótimo potencial de crescimento. “Seremos a primeira escola particular de lá que atenderá todo o ensino fundamental, uma necessidade que até hoje nenhuma escola particular atendeu, porque todas elas estão no Centro”, diz.•


Coluna Mercado

DC Logistics é destaque no prêmio Infraero de Eficiência Logística

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DC Logistics Brasil, com sede em Itajaí, recebeu quatro troféus na segunda edição do Prêmio Infraero de Eficiência Logística 2016 para os aeroportos da região sul. A empresa, que atua com soluções logísticas inovadoras e otimizadas há 22 anos, foi escolhida a Agente de Carga Destaque e a ganhadora nos segmentos Têxtil, Metal-Mecânico e Equipamentos e Instrumentos Médicos-Farmacêuticos. Foram monitorados e ranqueados os tempos do processo logístico desde a chegada da carga nos terminais da Infraero até a entrega ao importador ou seu representante legal. “Estamos muito felizes. É o reconhecimento pelo trabalho de toda a equipe que sempre está focada na

qualidade”, frisa o presidente da DC Logistics Brasil, Ivo Antonio Mafra. Em 2015 a empresa também foi destaque na premiação como Agente de Carga Destaque. Além disso, venceu nas categorias Têxtil, Metal-Mecânico, Equipamentos e Instrumentos Médicos-Farmacêuticos e Diversos. Em 2014, foi premiada no segmento Equipamentos e Instrumentos Médicos-Farmacêuticos pelos trabalhos no Aeroporto Afonso Pena. Com dez escritórios no país, a DC Logistics Brasil está localizada estrategicamente em todo território nacional. Oferece agilidade e experiência local na conexão entre os principais polos logísticos nacionais e internacionais.• Economia&Negócios • Outubro 2016 • 45


Coluna Mercado

Grife e Ilhota cria biquíni que não molha

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Dal Costa, marca referência em moda praia em Santa Catarina, se destaca não só pelo design diferenciado das peças produzidas a cada ano, mas também pela parceria com a maior empresa de fio de linha do Brasil, a Circulo S.A. A grife de Ilhota é a primeira do mercado a usar uma linha exclusiva de fios desenvolvida pela Círculo para a produção de beach wear. A parceria entre as marcas já existe há dois anos. O material 100% poliamida não absorve água e tem elasticidade suficiente para proporcionar conforto e qualidade. Com a linha fabricada pela Círculo, o estilista Alisson de Vito idealiza diferentes peças a cada novo verão. São maiôs e biquínis produzidos por 15 crocheteiras que demoram até um dia inteiro para produzir uma única peça de maiô. Uma união perfeita de tecnologia e resgate artesanal. O fio é tramado de forma que possa ter elasticidade suficiente sem precisar de elastano na composição. Em outras coleções, peças já foram crochetadas e comercializadas pela marca que começa a ampliar os modelos e aplicações do hand made devido à aceitação das clientes.•

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Coluna Mercado

Armani assina iate de luxo exposto no São Paulo Boat Show

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Azimut Yachts, o maior fabricante de iates de alto luxo do mundo com matriz na Itália e filial produtiva brasileira, por mais um ano, surpreendeu clientes e visitantes no São Paulo Boat Show. O Azimut 70, com decoração Armani, foi trazido pela primeira vez ao Brasil. A embarcação, dividida em três pavimentos e quatro suítes — uma das maiores expostas no salão náutico — traz soluções criativas em decoração desen-

volvidas por Giorgio Armani. Revestimentos das cabeceiras das camas e sofás, roupas de cama, almofadas e objetos da marca prometem encantar o público aliados aos processos construtivo, tecnológico e arquitetônico inconfundíveis da Azimut Yachts. “Trata-se de uma marca que segue o padrão da Azimut Yachts, preza por elementos funcionais, limpos e altamente luxuosos, que atendem perfeitamente a exigência de nossos clientes”, explica o diretor comercial da Azimut Yachts Francesco Caputo.•

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Curso Furukawa atrai pessoas que buscam diferencial no mercado de trabalho

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om o mercado de trabalho cada vez mais compe- com apostila, catálogo soluções inteligentes para infraestitivo, se destaca quem está mais preparado. Em trutura de redes Furukawa (em CD) ou folder mix e proItajaí, o Senac oferece o curso Furukawa, desti- dutos Furukawa para uso em aula. “Na prática, o objetivo nado para estudantes e profissionais das áreas de Tele- é compreender a montagem de um DIO (Distribuidor Interno Óptico – usado para tráfego de voz, comunicações, Energia, Comunicação de dados e imagens) e realizar o processo de Dados e CATV. Os participantes terão aufusão de fibra óptica no modo automático las sobre conceitos e tipos de fibra óptica, "É um mercado e manual”, explica o professor Jeancarlo cabeamentos, soluções para ambientes de promissor, que Minuzzi Vicenti. alta densidade, arquiteturas de Sistemas ainda falta O Grupo Furukawa atua nos prinÓpticos de Comunicação, projetos e memão de obra. cipais mercados mundiais com tecnolodições. Aqui os alunos gias de última geração para soluções em O Senac é o único de Santa Catacabeamentos incluindo fibras ópticas. rina a ter o direito de oferecer os cursos fazem o curso Presente em áreas como telecomunicaFurukawa. O treinamento aborda as solucom o material ções, eletrônica, sistemas automotivos, ções e tecnologias em fibras ópticas para didático oficial e energia, metais e serviços. O curso tem aplicações em 1 Gbps e 10Gbps. Com isso, a primeira prova duração de 24 horas e é reconhecido pela é capaz de definir o tipo de fibra, cabo e de certificação BICSI (Building Industry Consulting Serviacessórios para instalação de um sistema profissional ce International), associação mundial de óptico e analisar os testes do link óptico. Furukawa" profissionais de telecomunicações. Além “É um mercado promissor, que ainda disso, contabiliza 21 pontos para o Profalta mão de obra. Aqui os alunos fazem grama RCDD, (Registered Comunications o curso com o material didático oficial e a primeira prova de certificação profissional Furukawa”, ex- Distribution Designer), certificado profissional reconhecido no mundo inteiro. Mais informações pelo telefone (47) plica o diretor do Senac Itajaí, Laerson Batista da Costa. Os alunos recebem um kit para utilizar nas aulas 3348-0410.•

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