Visita Oceanário 10 .º 1 ESJF

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Oceanário de Lisboa

Trabalho realizado por: Mariana André nº35 Alexandre Pinto nº1 Ana Luísa nº5


O Oceanário de Lisboa é um aquário público de que se situa em Lisboa, Portugal. Este estabelecimento recebe anualmente cerca de 1 milhão de pessoas tornando-o no equipamento cultural mais visitado de Portugal. O oceanário foi inaugurado em 1998, no âmbito de uma exposição cujo tema foi "Os oceanos, um património para o futuro”.

No dia 24 de Fevereiro 2015, fomos ao Oceanário de Lisboa ver as incríveis espécies de biologia marinha que se encontravam neste, para que os visitantes as pudessem observar. As espécies estavam divididas em quatro áreas correspondentes aos 5 habitats recriados nomeadamente m função do clima porque cada espécie precisa das respetivas condições para sobreviver, e assim, percorremos os 5 oceanos:

Oceano Global Oceano Antártico Oceano Índico Tropical Oceano Pacífico Temperado Oceano Atlântico Norte


Oceano global Esta zona está a simular todos os oceanos, as condições marinhas mais comuns, desde a zona costeira ao mar aberto, da superfície até ao fundo. O oceano possui uma vasta área. Este cobre 71% da Terra e contribui para 99% do espaço disponível à vida. Apesar de este ser um meio continuo, possui várias divisões por causa de diversos fatores, como a profundidade, temperatura da água, penetração da luz, entre outros. É por causa da junção de estes fatores que causam estas divisões que resulta a grande diversidade de habitats e ecossistemas que caracterizam oceano global. Nesta zona, encontram-se variadíssimas espécies, são exemplos o peixe-lua e a borboleta-debarbatana-filamentosa

- Peixe-lua ( mola mola ) O peixe-lua é o maior peixe ósseo do mundo, podendo atingir mais de 3 metros de comprimento, mais de 4 metros de altura. Este peixe é nativo de águas temperadas e tropicais e encontra-se em perigo de extinção.

No oceanário pode-se encontrar dois exemplares desta espécie. O termo “lua” provém da sua cor cinza, textura rugosa e corpo arredondado. Este peixe é geralmente um viveiro de parasitas tendo chegado a encontrar-se mais de cinquenta tipos diferentes de endo e exoparasitas (parasitas que se encontram no interior e no exterior do peixe) num único exemplar.


- Borboleta-de-barbatana-filamentosa (Chaetodon auriga)

Este peixe é um peixe ósseo que é muito comum em recifes de coral e em zonas de fundo de areia e coral. Este peixe distingue-se dos restantes peixes-borboleta pela presença de uma mancha preta na barbatana caudal cuja funcionalidade é confundir os outros animais pois estes confundem a mancha com um olho, e portanto não sabem a posição da cabeça e do corpo. A população do mar vermelho não possui esta mancha. Embora possa ocorrer solitário, é mais frequente nadar em pares. No entanto, quando encontram locais onde abunda alimento, formam grandes agregados.


Oceano Antártico A zona subantártica apresenta níveis de clima muito baixos que, e a temperatura conduz o desenvolvimento e adaptações morfológicas específicas para resistirem a temperaturas muito baixas.

O habitat representado no Oceanário corresponde climaticamente a uma faixa conhecida por zona subantártica, que apresenta temperaturas mais amenas logo muito mais variedade de espécies, ao contrário da zona mais austral, onde apenas vivem cerca de 120 espécies, de um universo de mais de 21.000 em todo o oceano.

Estas espécies são três exemplos de animais que aqui vivem:

- Pinguim de magalhães (Spheniscus magellanicus) Estas aves possuem cerca de 70cm de altura, e distingue se de outras espécies por ter duas bandas pretas no peito


O pinguim-de-magalhães, também conhecido como pinguim naufragado e pato-marinho, é um pinguim sul-americano característico de águas temperadas e de temperaturas entre 15 graus centígrados e abaixo de zero grau centígrados

.

Estes pinguins só são encontrados em todo o Falkland Islands e América do Sul, mas eles são extremamente numerosos dentro dessas regiões, atingindo uma a quantia de 100.000 mil casais reprodutores em falklands e 900 mil casais reprodutores na Argentina e 800.000 pares em Chil. As aves são bastante fiéis a esses locais e há colónias na Argentina com mais de cem anos de história de ocupação.

-tumbarão-gato-tímido (Haploblepharus pictus) O tubarão-gato-tímido deve o seu nome ao facto de, quando perturbado, enrolar o corpo e tapar os olhos com a cauda.


Esta espécie cresce até aos 60cm e a sua coloração dorsal é extremamente variável e pode caracterizar laranja preto gumes para enegrecida selas e manchas brancas em um fundo castanho claro ao quase preto. Esta espécie inofensiva e é de pouca importância comercial, devido ao seu pequeno tamanho.

-pargo-damante (Boopsoidea inornata) Fransmadam, em inglês, significa fresh mistress (amante franzesa), é um antigo nome da especie

São exclusivos de Africa do Sul. Eta espécie forma cardumes sobre fundos rochosos entre 5m e 30m de profundidade. Alimentam-se de iscos, pequenas conchas e caramujos, crustáceos planctónicos, vermes e algas. Os pargos-madame causam muitas dores de cabeça aos pescadores pois roubam, com grande agilidade, o isco destinado a apanhar outros peixes


Oceano Índico Tropical Este oceano, é o terceiro maior, com uma área de 68.556.000 de km2, o que representa 21% da superfície do oceano A dinâmica das águas do oceano Índico é mais complexa que nos outros oceanos. É caracterizado pela distribuição e dos ventos e moções (sistemas de ventos cujo sentido se inverte sazonalmente), pelas temperaturas, pela salinidade e pelas correntes superficiais. O oceano Índico distingue-se pela fraca produtividade das águas de superfície, privadas de

trocas

verticais

revitalizantes.

A

temperatura

elevada

das

águas

favorece

o

desenvolvimento de recifes e de plataformas coralíneas. Os recifes de coral são ecossistemas com grande produtividade e grande biodiversidade que, em muitos casos, suportam importantes pescarias e o turismo.

imagem- Seychelles (Ilhas coralinas características da zona indico tropical)

Dada a diversidade e variedade de espécies marinhas e de plantas estes habitats estão cobertos biodiversidade e cor. Por exemplo:


-Fico-chorão (Ficus benjamina) Este arbusto é típico de zonas quentes com abundancia de ar seco e quente, porque desenvolveu características singulares que permitiu evitar que fique num modo plasmolisado, porque a rigidez das suas folhas que diminuem a taxa de evaporação.

A seiva deste arbusto é venenosa, podendo provocar irritação da pele e reações alérgicas: comichão nos olhos e na pele, tosse e dificuldades respiratórias. No entanto, estes sintomas só duram poucos minutos.


O Ficus benjamina, pertence à família das moráceas e alcança mais de 30 m de altura e 40 m de diâmetro. É a árvore oficial de Bangkok, Tailândia. Neste país há uma região onde existem centenárias árvores de fícus. Percebe-se a dominância da espécie, pois nada mais cresce mais na área, abafada por sua impenetrável sombra e suas raízes que preenchem completamente o subsolo.

-Cirurgião-azul-claro (Acanthurus leucosternon) Com o tamanho variando entre 18 e 23 centímetros. Ele mora sozinho ou formar grandes agregações que se alimentam juntos.

Este peixe vive em águas costeiras, límpidas e pouco profundas, entre os 0.5 e 25 m de profundidade. Geralmente, observa-se sobre recifes de coral e, por vezes, forma grandes cardumes. Tal como os outros cirurgiões, a lâmina que apresenta em ambos os lados da barbatana caudal pode ser usada como meio de defesa e pode causar feridas profundas.


-Alcarraz-pijama (Sphaeramia nematoptera) Durante muitos anos, foi conhecido e é um modelo de força e calma.

O Pijama Cardinalfish é colorido como o arco-íris e têm um padrão unico. Ele tem um rosto amarelo-esverdeado, os olhos alaranjados brilhantes, e no corpo pode haver minimas variações mas tipicamente é metade é preto com padrão, e até à cauda o peixe é branco com bolinhas laranjas. Vive em locais com temperaturas entre 25-28ºC e tem pouca vulnerabilidade. O pijama cardinalfish macho resguarda os ovos em sua boca até que choquem e durante este período de tempo não se alimentam. Esta porção de ovos pode possuir de 6000 a cerca 12000 ovos.

-Unicórnio (naso brevirostrisis) O

nome

foi

lhes

atribuído

devido

ao

seu

prolongamento semelhante a um corno que suge no rosto dos adultos. Os biólogos suspeitam que este prolongamento seja usado para este animal se defender quando se sente ameaçado. Este animal também possui outra interessante particularidade: muda de cor conforme o seu "humor" ( ex: fica cinzento-escuro quando stressado). O Naso brevirostris pode ser encontrado nos oceanos Pacífico e Índico, em lagoas e recifes, até 45 m. Até chegar à idade adulta os peixes alimentam se de algas bentônicas, e quando chegam a adultos alimentam-se também de zooplâncton.


Oceano Pacífico Temperado Este habitat, de renome Pacífico Temperado, é típico da costa de Monterey Bay, que se situa na Califórnia, sendo que corresponde a uma faixa rochosa situada na costa. Este habitat, ao nível climático, atinge temperaturas médias de 17ºC, daí poder-se dar o nome de região temperada. A costa de Monterey Bay é constituída por rochas graníticas, que têm um determinado recorte devido à ação das marés e das ondas. Ao nível das águas, estas têm vantagens e desvantagens sendo as desvantagens relacionadas com as baixas temperaturas da água mas com a vantagem das águas serem bastantes produtivas por causa do afloramento costeiro que existe naquela zona. Neste habitat, existe uma extraordinária diversidade marinha, como invertebrados, peixes e mamíferos que se fornecem, quer de abrigo quer de alimento, devido a uma planta cujo nome é

kelp-gigante, sendo que esta planta domina a paisagem subaquática. Este habitat, como dito anteriormente, tem uma enorme diversidade marinha, sendo algumas espécies desse habitat como por exemplo a Lontra-marinha (Enhydra lutris – Mustelidae) e o Tubarão-dorminhoco (Cephaloscyllium ventriosum - Scyliorhinidae).

-Kelp-Gigante Kelp é o nome genérico atribuído a algas castanhas de grandes dimensões (ordem Laminariales), que se distribuem pelas águas costeiras, temperadas frias e ricas em nutrientes, de quase todo o mundo. Estas plantas podem atingir cerca de 65m de comprimento, sendo que são as plantas com o crescimento mais rápido, podendo crescer cerca de 30cm por dia! As Kelp são conhecidas por não só «acolherem» comunidades ricas em todo o tipo de organismos que dependem direta ou indiretamente destas algas mas também devido ao facto de crescerem verticalmente e de se fixarem ao fundo dos oceanos, formarem frondosas florestas marinhas chamadas as florestas de kelp.


Muitos animais procuram refúgio e alimento entre as suas lâminas e principalmente, entre as ramificações da estrutura com que o kelp se fixa ao fundo. A lontra-marinha até se enrola no kelp junto à superfície, para evitar ser arrastada pela corrente.

- Lontra Marinha (Enhydra lutris – Mustelidae)

A lontra marinha é um mamífero com características muito peculiares e que está adaptado à vida no mar como por exemplo o pelo que sendo constituído por duas camadas, muito densas.

Isto faz com que as bolhas

de

ar

fiquem

presas entre as fibras oleosas e protege do frio e mantem seca a lontra, tornando-as nuns animais extraordinários e fazendo-os nos únicos mamíferos marinhos que utilizam este tipo de técnica. Alimentam-se de animais com carapaças e conchas e para as abrir batem-lhes


habilidosamente na carapaça com uma pedra. Como come diariamente o equivalente a 30% do seu peso consegue

manter

a

sua

temperatura

corporal

constante e repor toda a energia que gasta. Também são bastante importantes no ecossistema pois ao alimentarem-se de ouriços, protegem as várias populações que estão relacionados aos mantos de kelp.

-Tubarão-dorminhoco (Cephaloscyllium

ventriosum)

Este animal marinho, passa o dia imóvel, no fundo de cavernas rochosas ou de fendas por exemplo. Deixa de estar imóvel no período noturno, nadando lentamente entre as algas como o kelp ou nas colunas de água, sempre perto dos fundos a profundidades compreendidas entre os 5 e os 40m. Estes cardumes de tubarões-dorminhocos, muitas das vezes, colocamse em cima uns dos outros, enquanto descansam tal como os peixes-ouriço e os peixes-balão, este tipo de animal marinho, quando ameaçado, pode expandir o ventre. Esta defesa também pode ocorrer enquanto o tubarão-dorminhoco se encontra em fendas, podendo expandir o seu estômago com água ou ar, tornando bastante difícil a tarefa de o remover. Esta defesa nestes casos não é perigosa, mas pode morder quando o tubarão é provocado.


Atlântico Norte Este habitat, de renome Atlântico Norte, situa-se ao longo da Crista Média Atlântica, localizada entre a Islândia e os Açores. Neste habitat podemos encontrar uma costa basáltica proveniente dos Açores, sendo que as rochas, de tonalidades cinzento-escuro, representam a origem vulcânica das ilhas dos Açores. Mas estas rochas, apesar de serem de origem vulcânica, encontram-se recortadas e gastas devido não só devido à exposição que estas rochas podem ter às ondas do mar quer às forças dos ventos que atuam sobre as rochas. Neste habitat podemos encontrar temperaturas variadas: enquanto que no ar, a temperatura média encontra-se entre os 14ºC mas nas águas as temperaturas podem ir em média desde os 10ºC até aos 14ºC. No Oceanário, os corredores onde este oceano está representado ronda os 14ºC para imitar o clima que se encontra nas grutas que se situam nos Açores. No Atlântico Norte podemos encontrar espécies quer marinhas como por exemplo a Raia lenga (Raja clavata - Rajidae) e por exemplo o Solha (Pleuronectes platessus - Pleuronectidae).

-Raia Lenga (Raja clavata) Esta espécie marinha povoa águas costeiras de quase toda a Europa, desde a linha da costa até cerca de 300 metros de profundidade.

Ela

consegue

perfeitamente

disfarçada

viver

sobre

os

fundos de areia e rocha que habita devido ao facto de ter um padrão de manchas e espinhos especial que lhe cobrem o dorso. A raia lenga reproduzse normalmente entre os meses de


Inverno e Primavera, sendo que por ano a fêmea põe cerca de 150 ovos, que estão protegidos por uma cápsula forte. O período de gestação das crias é de 5 meses, sendo que quando as pequenas raias nascem estão completamente formadas e semelhantes aos adultos.

-Solha

(Pleuronectes platessus)

Este peixe é um dos peixes-chatos de maior interesse comercial no Atlântico Norte mas também é um dos peixes-chatos mais conhecidos. O peixe Solha para se reproduzir larga uma larva que eclode e vive na coluna de água, durante um período de 1 a 2 meses. Depois deste período de tempo, este animal marítimo sofre uma metamorfose que faz com que o peixe coloque os olhos do lado direito do corpo e assim o peixe adapta-se à vida no fundo. O peixe solha vive desde então enterrado na areia, em águas pouco profundas sendo que ele também tolera variações de salinidade e penetra em estuários.


Esta visita ao Oceanário foi apoiada pela Biblioteca Escolar, no âmbito do projeto “Ler+ Mar” do Plano Nacional de Leitura.


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