Projeto de Pesquisa - Mestrado ECA/USP

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2.0, da abordagem sóciointeracionista de Vigostky18 e da ampliação do coeficiente comunicativo das ações educativas apontadas pelos estudos da Proposta de Educomunicação sistematizada pelo NCE/USP. O entrelaçamento dessas abordagens tem a intencionalidade de produzir ecossistemas comunicativos carregados de afetividade, de criatividade e de significância tendo como eixo norteador a negociação de sentidos. Na Educomunicação os atores agem de maneira comunicativa e argumentativa19 criando espaços dialógicos, democráticos, interdiscursivos e colaborativos nos quais podem dar sentido àquilo que vê, assiste, ouve ou lê. A conjunção dessas perspectivas aponta em direção a uma comunicação dialógica e criativa em que os interlocutores, tendo a plenitude de suas relações democráticas, tornam-se co-produtores do processo, enquanto membros de uma comunidade de aprendizagem. Um dos pressupostos da EAD é a maior autonomia do aluno, portanto, é imprescindível centrar-se em uma “aprendizagem autodirecionada em que o aluno é o gestor e programador de seu processo de aprendizagem.” (MATTAR & VALENTE (2007:65). O estudo passa a ser organizado no sentido de levar o sujeito a construir o conhecimento e o aprendizado de maneira individual. Os autores são defensores de novos papéis na EAD em que os professores são aututores20 do material do seu curso. Isso dá maior 18

Lev Vygotsky (1896-1934) utiliza-se da teoria psicológica sociocultural do desenvolvimento humano que valoriza a mediação simbólica, para descrever o processo de construção do conhecimento que é determinado pelas condições socioculturais e históricas através da linguagem intrinsecamente ligada ao pensamento. 19

As competências Comunicativa e Argumentativa provêm da Teoria da Ação Comunicativa de Jünger Habermas e designam a capacidade dos falantes de utilizarem argumentos válidos, corretos e sinceros visando um acordo consensual, negociado, livre de coação. 20

Aututor. O neologismo não só “re-une” as figuras do autor e do tutor, como também implica a ideias de um aututor, que tem a liberdade e responsabilidades de se autogerir, de programar e avaliar sue próprio trabalho. A ideia procura corrigir a alienação a que foram submetidos os professores e que impera ainda hoje em vários projetos de EAD. (MATTAR & VALENTE, 2007:141).


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