Um Amor, um Verão e o Milagre da Vida

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Chegam ao cais ansiosas por descer. Fernando desembarca as bagagens com calma e atenção, para que tudo corra bem. Maria Paula e Bárbara finalmente despertam para o que está em volta, falando sem parar e fazendo planos para os próximos dias. Observam o jogo na praia, sob aquele calor escaldante do meio-dia, e o colorido dos corpos bronzeados pelo sol. Estela respira fundo e lentamente. Precisava se certificar de que estaria preparada para suas próximas emoções. João Carlos, olhos claros, cabelos louros e pele muito bronzeada, aparentando ter uns vinte anos, por um instante para o jogo e observa o cais. Sente, sem muita certeza, que o observam, mas não consegue definir os traços dos viajantes que acabam de chegar. Retorna ao jogo alegremente e faz um gol. O time de João Carlos celebra, e algumas pessoas que assistem aplaudem. Entre os torcedores, Ricardinho, irmão caçula de João Carlos, seu fã incondicional, está eufórico. Termina o jogo e João Carlos, com as mãos nos ombros do irmão, o conduz para a sombra aconchegante do quiosque da Jurema, que os cumprimenta alegremente. — Olá, meninos. Água de coco? Os garotos, sedentos, respondem ao mesmo tempo: — Por favor, Jurema. Ela os serve e continua atendendo aos seus fregueses.

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