Encorajamento – Sendo um Estimulador de Plantão

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Copyright2007 por Josadak Lima. Todos os direitos em língua portuguesa reservados por: A. D. Santos Editora Al. Júlia da Costa, 215 80410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil +55(41)3324-9390 www.adsantos.com.br editora@adsantos.com.br

Capa: PROC Design Diagramação: Manoel Menezes Impressão e acabamento: Editora Betânia

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) LIMA. Josadak, Encorajamento, sendo um estimulador de plantão – Série Discipulado de Liderança / Josadak Lima – Curitiba: A. D. SANTOS EDITORA, 2007. 88 p. ISBN – 97885-7459-140-7 1. Liderança Cristã

2. Discipulado CDD – 253 - 2

1ª Edição: Janeiro / 2008 Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:


APRESENTAÇÃO ENCORAJAMENTO – Sendo um Estimulador de Plantão, faz parte da série Discipulado de Liderança, preparado para treinar líderes na igreja local. As oito lições deste módulo estão baseadas no livro de Rute, que nos ensina que é possível desenvolver o encorajamento mútuo, mesmo em ambientes marcados por perda e dor. O livro de Rute é excelente para nos ajudar a enxergar que há uma luz no final do túnel. A vida desta mulher revela que, todos nós, sem exceção, somos vulneráveis à dor e ao sofrimento, mas que tudo acaba bem quando Deus está no controle. Você está carente de estímulo para continuar a viver? Apesar das circunstâncias desfavoráveis, ainda acredita que as coisas podem mudar em sua vida? Está desejoso por esperança, liberdade e conforto? Então, este livro é para você! Que Deus nos ajude nesta jornada! Josadak Lima

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ÍNDICE VISÃO PANORÂMICA (RETIRO) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 1. COISAS RUINS ACONTECEM À PESSOAS BOAS! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07 2. EM SUA JORNADA LEVE PESSOAS ENCORAJADORAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 3. ENCORAJE PESSOAS A VIVENCIAR A VONTADE DE DEUS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 4. ENCORAJE PESSOAS A OBTER O MÁXIMO DE SEU POTENCIAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 5. ENCORAJE PESSOAS PELO SEU EXEMPLO DE VIDA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 6. ENCORAJE PESSOAS POR MEIO DO INVESTIMENTO PESSOAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 7. O PERFIL DO ENCORAJADOR DE PLANTÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 8. ENCORAJE PESSOAS A CONSTRUÍREM UMA NOVA HISTÓRIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 APÊNDICE I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 APÊNDICE II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

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VISÃO PANORÂMICA (RETIRO) A. INTRODUÇÃO 11

Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como

também estais fazendo. 12

Exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno

de Deus, que vos chama para o seu reino e glória. 1 Ts 5.11 e 2:12

1. De que forma a passagem acima expressa o conceito de encorajamento? 2. O grande problema é que muitos entendem exortação como uma coisa negativa: admoestação, repreensão ou bronca, quando, na verdade, é o contrário. Existe uma diferença muito grande entre exortação e admoestação. Tanto em uma como na outra, você chega junto de alguém que está em crise, em uma situação perigosa ou, até pecaminosa, mas, os objetivos são diferentes. • A exortação procura mostrar um alvo a alcançar e encoraja

a pessoa a chegar lá ou, então, anima a pessoa a sair da situação caótica em que está. “Não tema, você consegue ânimo, coragem!”. • A admoestação mostra as conseqüências do erro, da situa-

ção, ou do permanecer nela e adverte a pessoa a mudar, enquanto há tempo. “Cuidado, arrepende-te…!”.


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3. A exortação é uma obrigação de todo cristão! Mas, admoestar é para a liderança, é para quem tem bom testemunho, para quem é irrepreensível... caso contrário, não há autoridade para isso!

B. SITUAÇÕES GERADORAS DE DESÂNIMO 1. Fofocas e calúnias. Estas coisas quase sempre nos deixam prostrados, a ponto de querermos deixar tudo e fugir. Normalmente, este tipo de experiência negativa nos deixa completamente “embrulhados” no “terror” da sombra do desânimo. Por mais fortes que pareçamos ser, ainda assim, seremos intensamente machucados. 2. Palavras torpes. As palavras “torpes” (palavras que não servem para edificação), quase sempre geram “endurecimento” na alma, a ponto de nos tornar pessoas armadas contra qualquer insinuação de conflito, o que é inevitável no convívio diário de uma igreja. 3. Perseguição gratuita e sofrimento. Quando qualquer uma destas coisas se multiplica em longa escala, como foi no caso de Jó, o desânimo é quase inevitável. O pior de tudo é que ele quase sempre subtrai do nosso coração, toda paz que possuímos. Precisamos, portanto, de um tratamento integral. E já temos o remédio – o Espírito Santo, a Palavra de Deus e os irmãos. Mas precisamos desejar a cura e correr atrás, tomando os cuidados que estão ao nosso alcance para que isto aconteça.


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C. FORMAS DIVINAS DE ENCORAJAR 1. O Espírito Santo. O encorajamento é o principal ministério do Espírito Santo. Aliás, em João 14.16 e 26, Ele é chamado de o “consolador”, (parácleto, termo grego que significa “chamado para estar ao lado” ou “assistente permanente”). Jesus afirmou, portanto, que o Espírito Santo é Seu glorioso legado, que foi enviado para habitar em nós e conosco. Ele é o “selo” que autentica a nossa garantia de salvação eterna. 2. As Escrituras Sagradas. Paulo orientou os Tessalonicenses, dizendo: “Consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1 Ts 4.18). Que palavras são estas? Sem dúvida, ele se referia às Escrituras Sagradas. 3. Os irmãos. Este terceiro e último ponto, nos remete ao fato de que todos somos vulneráveis aos golpes esmagadores do desânimo. Portanto, todos temos enormes possibilidades de que, em algum momento de nossa vida, as “cordas” sejam rompidas e o desânimo torne-se um fato objetivo. São estes os momentos em que olhamos mais para as “ondas” do que para Jesus. São estes os momentos, também, em que as pessoas em quem mais confiamos podem nos desamparar. O sentido da palavra encorajamento, que aparece na Bíblia como “exortação”, “consolação” e “ânimo”, é de colocar-se ao lado de alguém para ajudá-lo, ampará-lo ou protegê-lo. A Bíblia recomenda que, aqueles que já experimentaram a “consolação” de Deus, devem consolar os outros. Ou seja, a vida cristã tem que ser vivida numa dimensão solidária.1 1 1 Corintios 1.5-6

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D. QUESTÕES PRÁTICAS PARA ENCORAJAR ALGUÉM Além do encorajamento ser uma ordem, um mandamento, uma obrigação, um dever de todo cristão (Hebreus 3.13), há duas implicações práticas no exercício do encorajamento: 1. Primeiro – o encorajamento deve ser praticado baseado nas necessidades sentidas, aquilo que a pessoa compartilha, como aconteceu com Jesus e a mulher samaritana. 2. Segundo – o encorajamento deve ser praticado baseado nas necessidades observadas, aquilo que percebemos no outro.

E. CARACTERÍSTICAS INDISPENSÁVEIS AO ENCORAJADOR 1. Facilitador: Está disponível e aberto para que as pessoas confiem a ele seus temores e necessidades. 2. Apoiador: Ele fortalece o fraco na fé, especialmente os que caíram em algum pecado. 3. Discernimento: Ele tem capacidade espiritual para captar quando o sofrimento ou a dor serve para o crescimento espiritual. 4. Esperança: Ele está sempre, em qualquer circunstância, crendo na possibilidade. Conclusão: Todos nós, em algum momento da vida, necessitamos de alguém que se disponha a ouvir, que guarde nossos segredos, que seja um lugar seguro, um lugar de proteção e garantia, que possa trazer sabedoria do alto às áreas enfraquecidas da nossa vida, que possa nutrir nossa alma para continuarmos a caminhada.

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DISCUSSÃO EM GRUPOS PEQUENOS 01. Entre fofocas, palavras torpes e perseguição gratuita, qual machuca mais? Compartilhe com o grupo o porquê.

02. Em qual das características do encorajador você é mais forte? Compartilhe com o grupo e discuta se eles concordam.

TAREFA PARA A 1ª SEMANA

1. Faça um diário baseado em Rute 1.1-5. 2. Leia os comentários das páginas 7 a 12 e responda as perguntas da página 13.

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1. O que Deus está dizendo para mim? ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ 2. O que vou fazer com base nisto? ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________

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Lição 1 COISAS RUINS ACONTECEM À PESSOAS BOAS! LEITURA: 1Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos. 2Este homem se chamava Elimeleque, e sua mulher, Noemi; os filhos se chamavam Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; vieram à terra de Moabe e ficaram ali.

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Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com seus dois filhos, os quais casaram com mulheres moabitas; era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos. 5Morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando, assim, a mulher desamparada de seus dois filhos e de seu marido. Rute 1.1-5

REFLEXÕES PRÁTICAS “Não há nada como a luz, por menor e distante que esteja, para nos fazer andar na ponta dos pés pela escuridão”.2

É claro que a vida não é um mar de rosas. Existem obstáculos, dificuldades e desafios todos os dias. Diante deles nós só temos duas opções: viver como espectador ou ator. Assim, como 2 Swindoll, Charles, Devocional, Editora Mundo Cristão, 2005, pág. 59.

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aconteceu com Noemi e Rute, em algum momento de nossa vida a tragédia bate a nossa porta, as “cordas” se rompem. Uma pessoa que não está bem com Deus pode tornar-se amarga, triste e frágil, sem coragem para pôr sua fé em ação. Nestes momentos o desânimo se torna objetivo e real, assolando a pessoa, levando a suspiros angustiantes. A queda do homem no Éden trouxe conseqüências graves para todo o ser vivente na terra. Provações e sofrimento fazem parte da queda. Esses momentos, quase sempre, são marcados por fortes “ondas” que submergem a alma num “dilúvio de angústia”, levando-nos ao fundo do poço. Dependendo da intensidade do desânimo, podemos até perder a visibilidade espiritual da vontade de Deus para nossa vida e a chance de ver nisto uma possibilidade de crescimento no Senhor. Porém, a pior situação é aquela efetivada por meio de pessoas em quem confiávamos; e quando elas “faltam” conosco e “nos deixam na mão”. Portanto, todos nós necessitamos de encorajamento, de uma pessoa que se disponha a nos ouvir e guardar sigilo. Uma pessoa que seja um lugar seguro, de proteção e de garantia, que possa trazer a sabedoria do alto às nossas áreas enfraquecidas; que possa nutrir nossa alma para continuarmos a caminhada. Pergunte a si mesmo, agora: • Quais são os meus motivos? • O que é que me faz desejar escavar, descobrir, explorar e

aprender? • Quais são os meus objetivos, meus alvos. Para onde estou

indo? • Que contribuições estou fazendo, ou, planejo fazer para

minha família, para minha igreja e para mim mesmo?

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Uma vez respondidas estas perguntas, você começará estabelecer uma motivação duradoura.

UMA HISTÓRIA MARCADA PELA DOR! O primeiro versículo do livro de Rute nos informa que ele é um suplemento do livro de Juízes. É a narrativa de um romance que se desenrolou no período histórico dos juízes, que durou 450 anos.3 O livro de Juízes é constituído por vários cenários sombrios: batalhas, intrigas, rivalidades e opressões provocadas pelos estrangeiros (que roubavam, escravizavam e solapavam o povo escolhido de Deus), por isso é considerado, pelos estudiosos, um dos mais tristes da Bíblia. O período dos Juízes foi marcado também por uma profunda apostasia tanto espiritual como moral do povo, pois “naquela época não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo” (Jz 21.25). No entanto, o livro de Rute é um dos mais alegres e tem um final feliz. O último versículo do livro Rute deixa bem claro que o principal objetivo do autor era ressaltar a genealogia do Messias, Jesus Cristo, ou seja, Rute tornou-se a bisavó de Davi, um dos progenitores do Messias. Quanto à autoria deste livro, a tradição judaica afirma ser do profeta Samuel. Não se sabe o tempo exato, cronologicamente falando, em que se deram os fatos narrados no livro de Rute, somos informados apenas que aquela foi uma época turbulenta e caótica, tempo de crise econômica, de “fome na terra”. Sem meios de sustentar a família, Elimeleque pega sua esposa e filhos e parte para uma terra estranha, para as montanhas de Moabe. Eles abandonam a casa, os parentes e a terra, e emigram para outro lugar, um país vizinho, em 3 Atos 13.20

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busca de condições melhores. Chegando a Moabe, se estabeleceram e tudo estava na mais perfeita ordem, até que a tragédia invade aquele lar temente a Deus: Elimeleque morre! O fato é que, ninguém está preparado para coisas desse tipo, especialmente quando ocorre sem aviso prévio! Por outro lado, nenhum de nós, nem os mais santos, estamos isentos de sermos surpreendidos pelo inesperado, pois o futuro de cada um de nós é sempre uma grande incógnita. Nem eu e nem você, sabemos o que irá suceder às nossas vidas daqui à algumas horas. Portanto, não temos como nos preparar para eventos que não podemos antecipar. Tudo que acontece em nossa vida, cada minuto ou segundo, é algo inédito, nunca visto antes, nunca experimentado. Tempos depois da morte de Elimeleque, os seus dois filhos casam com mulheres Moabitas; Malom com Rute (“amizade”, “companheira”) e Quiliom com Orfa (“firmeza”). No entanto, em menos de dez anos, os dois vieram a falecer também, ficando as três mulheres privadas de seus esposos. O que aconteceu com Noemi, foram crises inevitáveis, normais para o ser humano, incidentes comuns da vida. A diferença está na maneira como você e eu enfrentamos esses momentos difíceis. O erudito Mathew Henry4 foi uma vez assaltado por um grupo de ladrões que levou a sua carteira. Nessa noite, ele escreveu em seu diário: “Estou grato por quatro motivos: 1) Por ter sido a primeira vez que fui assaltado; 2) Por terem me tirado a carteira e não a vida; 3) Porque, embora me levassem tudo, não foi muito; 4) Porque fui eu o roubado e não eu quem roubou.

4 Matthew Henry nasceu em 18 de Outubro de 1662. Foi ordenado na Igreja Presbiteriana

Britânica, onde serviu como pastor em Chester de 1687 a 1712.


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APRENDENDO A LIDAR COM A DOR Uma maneira errada de lidar com as crises, talvez a mais cômoda, é desistir da luta, fechar os olhos e se deixar levar pela correnteza. Pessoas que agem assim são derrotistas e estão fadadas sempre ao fracasso. Mas não é assim que se lida e se supera os problemas e os transtornos emocionais. Outra maneira errada de lidar com as crises é a fuga, atitude de transferir para os outros a culpa dos erros. A fuga é um tremendo mal, pois oculta o problema real, o que não pode ser vencido se não for enfrentado de frente, como fez Noemi. Há uma maneira certa de triunfar sobre os problemas da vida: aceitando a responsabilidade. Isto tem a ver com entender que somos vasos de barro, cheios de imperfeições e sujeitos a falhas. Observe que o próprio significado dos nomes dos filhos de Noemi implicam em sofrimento: Malom, significa “estar fraco”. Tudo indica que este moço era franzino ou doente, carregava a marca da dor na sua própria existência. E, o nome Quiliom, significa “definhamento”, não era diferente do irmão, também era um sofredor. Convém ressaltar que, nos tempos bíblicos os nomes, quase sempre, refletiam a realidade existencial por ocasião do nascimento do bebê. Noemi e Elimeleque sabiam o que era sofrer e superar dificuldades. Eles conviveram com a dor e mantiveram a fé em Deus. Elimeleque, cujo nome revela suas convicções religiosas (“para quem Deus é Rei”) e Noemi (“agradável”) eram tementes ao Senhor Deus, mas foram “obrigados”, pelas circunstâncias, a fugir de Israel para Moabe. Porém, lá encontraram a morte. Que Deus nos guarde de procedermos assim quando as dificuldades surgirem em nosso caminho. Nestes casos, às vezes, o melhor é esperar em Deus até que passe a tempestade. Quantas vezes nos afastamos do povo de Deus como Elimeleque, por causa dos problemas surgidos em


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nosso meio? Com isso, pensamos que iremos encontrar uma solução entre os estranhos, mas ao invés disto, encontramos mais desilusões. Precisamos evitar olhar para o sofrimento e a dor com os óculos do fatalismo. Esta atitude nos torna pessoas condenadas ao imobilismo. Outra forma errada de lidar com a dor é achar que os sofrimentos são ações diretas de Deus. Vivemos num mundo caído – somos criaturas pecaminosas, vivemos numa sociedade corrupta e amaldiçoada pelo pecado. Não deveríamos ficar surpresos, perplexos ou ressentidos quando nos deparamos com dificuldades. Portanto, a maioria das vezes, os sofrimentos são conseqüências da nossa indisciplina ou de adversidades que nos sobrevém quando quebramos a Lei moral de Deus. Ou seja, somos nós que, muitas vezes, produzimos o sofrimento. Aliás, seguir a Cristo implica em estar disposto a sofrer por . Nesta perspectiva, o sofrimento é algo normal e não excepcional na vida do cristão. Estude os evangelhos e observe que as colocações afirmam que o Evangelho é para gente forte, para aqueles que querem ser vencedores nas dificuldades. Portanto, quando as dificuldades vierem e, por certo virão, o correto é não olharmos para elas, mas para Jesus. Pois uma das coisas que acontece na hora do sofrimento é a dúvida. São os nossos sentimentos que nos levam a isto. Mas, não podemos nos apoiar em nossos sentimentos, especialmente quando eles não correspondem com a Palavra de Deus. Devemos sim, andar com fé na Palavra (promessa) infalível do Deus Todo-Poderoso! Ele5

Conclusão: procure força em Jesus e o apoio mútuo entre os irmãos. Fazendo assim, você triunfará sobre as dificuldades da jornada da vida. Lembre-se que, em nenhum lugar, Deus nos promete uma vida cristã isenta de problemas, mas nos garante a vitória sobre eles! 5 2 Timóteo 3.12; I Tessalonicenses 3.3


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DISCUSSÃO EM GRUPOS PEQUENOS 01. Você conhece alguém que já sofreu muito na vida? O que chama sua atenção nesta pessoa?

02. Por que é tão difícil se manter firme e tranqüilo em meio à dor da perda, necessidades, provas, tentações e ao desespero? Você já passou por alguma situação em que chegou a pensar que Deus o havia esquecido?

03. Escreva aqui o que você está sentindo em relação a esta situação.

04. Você está passando, no momento, por algum tipo de sofrimento? Qual? (Pode ser em relação ao que você escreveu no item acima ou alguma situação nova).

TAREFA PARA A 2ª SEMANA

1. Faça um diário baseado em Rute 1.1-22. 2. Leia os comentários das páginas 15 a 22 e responda as perguntas da página 23.

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1. O que Deus está dizendo para mim? ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ 2. O que vou fazer com base nisto? ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________

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